REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202408200005
Felipe Tadeu Alves1
Resumo
A logística está presente nas operações mais simples e básicas de toda a cadeia produtiva e empresarial. Possuir um adequado planejamento de execução é uma tarefa importante e preciosa para que seja possível obter sucesso. Assim, os processos logísticos envolvem atividades como a compra de insumos, a aquisição de matérias-primas, a negociação com fornecedores, o armazenamento de recursos, o controle desses recursos em estoque, a correta gestão do tempo de uso dos recursos disponíveis a fim de que não se percam suprimentos, dentre outras estratégias que podem ser fundamentais para a alavancagem empresarial ou em situações mais complexas, a exemplo das guerras. Embora não se saiba ao certo qual o momento em que tenha surgido, a correta aplicação dos princípios e dos fundamentos da logística são ferramentas essenciais para o sucesso de qualquer negócio, inclusive negócios de caráter militar em operações bélicas, como no caso da Segunda Guerra Mundial, em que a logística e a ajuda dos países que representavam os aliados em enfrentamento ao eixo nazista foram elementos fundamentais para que a guerra tivesse o desfecho em desfavor dos ideais nazistas. Este artigo tem por objetivo geral discutir a relevância dos processos logísticos durante os períodos de ocorrência das guerras, sobretudo na Segunda Guerra Mundial. A justificativa para a escolha do tema reside na importância da compreensão da racionalização do uso de recursos. A gestão logística é fundamental para que se alcance sucesso em operações comerciais simples e da mesma forma em questões de maior complexidade, como no caso de guerras. A metodologia utilizada neste estudo foi de natureza bibliográfica visando responder à seguinte indagação “De que forma a logística foi preponderante para os resultados de vitória ou fracassos na Segunda Guerra Mundial?”.
Palavras-chave: Alemanha. Bélico. Estados Unidos. Processos logísticos.
Abstract
Logistics is present in the simplest and most basic operations throughout the production and business chain. Having adequate execution planning is an important and precious task for success. Thus, logistics processes involve activities such as the purchase of inputs, the acquisition of raw materials, negotiation with suppliers, storage of resources, control of these resources in stock, the correct management of the time of use of available resources in order to that supplies are not lost, among other strategies that can be fundamental for business leverage or in more complex situations, such as wars. Although it is not known exactly when it began, the correct application of the principles and fundamentals of logistics are essential tools for the success of any business, including military businesses in war operations, as in the case of the Second World War. , in which logistics and help from countries that represented the allies in confronting the Nazi axis were fundamental elements for the war to end in disfavor of Nazi ideals. This article’s general objective is to discuss the relevance of logistical processes during periods of war, especially in the Second World War. The justification for choosing the topic lies in the importance of understanding the rationalization of the use of resources. Logistics management is essential for achieving success in simple commercial operations and equally in matters of greater complexity, such as in the case of wars. The methodology used in this study was bibliographic in nature, aiming to answer the following question “How were logistics predominant in the results of victory or failure in the Second World War?”.
Keywords: Germany. Warlike. United States. Logistics processes.
Introdução
A logística está presente nas operações mais simples e básicas de toda a cadeia produtiva e empresarial. Embora não se saiba ao certo qual o momento em que tenha surgido, a correta aplicação dos princípios e dos fundamentos da logística são ferramentas essenciais para o sucesso de qualquer negócio, inclusive negócios de caráter militar em operações bélicas, como no caso da Segunda Guerra Mundial, em que a logística e a ajuda dos países que representavam os aliados em enfrentamento ao eixo nazista foram elementos fundamentais para que a guerra tivesse o desfecho em desfavor dos ideais nazistas.
Logística, de acordo com o que explica Ching (2001), é um conceito que existe desde os anos de 1940 e que foi amplamente difundido em períodos de guerra, sendo utilizado em questões como transporte de recursos de guerra, compra e manutenção de suprimentos, alimentos, roupas, materiais bélicos, dentre outros. Os Estados Unidos, ainda segundo Ching (2001) foi o país que mais se utilizou dos fundamentos da logística durante o período da Segunda Guerra Mundial como forma de obter êxito em seu objetivo.
Ferreira (2007) argumenta que o gerenciamento dos processos logísticos é realizado por meio da utilização de uma variedade de ferramentas, as quais devem alcançar a cadeia produtiva em momentos diferentes, tais como: produção, estoque, transporte, consumo racional, análise de custos na aquisição e comercialização e a forma correta de se proceder à distribuição dos recursos. Se para uma atividade comercial, aplicar os fundamentos da logística é essencial para lograr êxito, quanto mais para atividades de guerra em que a ausência de recursos pode ser determinante para o sucesso ou insucesso das operações.
Para Silva e Musetti (2003), a logística no período da Segunda Guerra Mundial foi uma ferramenta de execução conjunta e global ligada a estratégias relacionadas com o apoio às operações militares. Em outras palavras, se um país estava na linha de frente combatendo por meio de seu poder bélico, havia outros países que ajudaram fornecendo os recursos necessários para que fosse possível o enfrentamento. Os Estados Unidos atuaram fortemente com recursos logísticos, enviando homens e suprimentos a outros países que estavam no front de batalha desde o início da guerra.
Este artigo tem por objetivo geral discutir a relevância dos processos logísticos durante os períodos de ocorrência das guerras, sobretudo na Segunda Guerra Mundial. Como objetivos específicos estão: investigar o conceito e o surgimento da logística e compreender os impactos do planejamento logístico em momentos de guerra.
A justificativa para a escolha do tema reside na importância da compreensão da racionalização do uso de recursos. A gestão logística é fundamental para que se alcance sucesso em operações comerciais simples e da mesma forma em questões de maior complexidade, como no caso de guerras. A Segunda Guerra Mundial foi afetada pelos fundamentos da logística, países perderam e ganharam batalhas pela forma como fizeram uso de seus recursos antes e depois de iniciados os combates, demonstrando assim ao mesmo tempo a necessidade de utilizar com inteligência os recursos disponíveis e também se aplicar o correto planejamento na guerra.
A metodologia utilizada neste estudo foi de natureza bibliográfica visando responder à seguinte indagação “De que forma a logística foi preponderante para os resultados de vitória ou fracassos na Segunda Guerra Mundial?”. O trabalho encontra-se dividido em seções para possibilitar uma melhor compreensão sobre a temática em estudo.
Metodologia
A metodologia do trabalho científico é o caminho adotado pelo pesquisador com a finalidade de atingir seus objetivos de pesquisa. Este estudo utiliza-se de fontes bibliográficas. A metodologia de caráter bibliográfico, segundo preleciona Prodanov e Freitas (2013) é aquela em que são utilizados materiais de natureza rastreável, ou seja, que podem ser encontrados em bibliotecas, livrarias ou na rede mundial de computadores. Assim, as fontes são diversas, mas dotadas de confiabilidade, haja vista a possibilidade de serem buscados os autores que serviram de base ao estudo.
Além de seu caráter bibliográfico, o estudo é qualitativo, pois visa a discutir teorias para que seja possível promover a interpretação de dados a partir de visões de caráter social, sendo, portanto pautada em um viés um pouco mais subjetivo do que estudos que sejam de natureza quantitativa, os quais exigem análise e interpretação de dados de natureza numérica, a exemplo das estatísticas (Almeida, 2021).
Conceito e surgimento da Logística
Logística, segundo ensina Pereira e Silva (2017), é uma forma que possibilita a realização de um planejamento de diversas ações relacionadas com a cadeia de suprimentos, tais como: transporte, estocagem, controle sobre a distribuição, a gestão das matérias-primas, os processos de produção, dentre outras. O uso da logística está diretamente conectado com a maximização e a eficiência dos recursos a serem utilizados, sendo por meio dela possível que se proceda a uma otimizada forma de gestão dos recursos, visando à melhoria dos processos de maneira permanente.
Um sistema logístico eficiente é a chave para um comércio forte. Países que almejam se fortalecer e prosperar estão baseados, geralmente, em sistemas logísticos capazes de proporcionar recursos suficientes para momentos bons e prósperos, assim como para momentos de escassez. A gestão dos recursos é fundamental para que não haja dificuldade em garantir, em épocas de menor prosperidade, os elementos necessários a cada ação ou objetivo.
Nesse sentido, Pereira e Silva (2017) ensinam que:
Um sistema logístico eficiente permite uma região geográfica explorar suas vantagens inerentes à exportação desses produtos às outras regiões. O sistema permite então que o custo do país (custos logísticos e de produção) e a qualidade desse produto sejam competitivos com aqueles de qualquer outra região. Alguns exemplos passados desta especialização são: a indústria eletrônica japonesa; a agricultura e as indústrias de computadores e de aviação americanas; e o domínio de vários países no fornecimento de matérias-primas como petróleo, ouro, bauxita e cromo. Custos logísticos é um fator-chave para estimular o comércio. (Pereira; Silva, 2017, p.293).
Dentre as etapas que se deve observar no processo logístico está a etapa de aquisição de produtos. É imprescindível que todas as etapas do processo logístico funcionem de maneira adequada, pois o mau funcionamento de uma etapa pode colocar em risco todas as demais. Nesse sentido, se o processo de compras e aquisições acontecer de maneira inadequada, todas as etapas subsequentes estarão comprometidas. A eficiência logística requer a observação da compra dos suprimentos, da negociação com os fornecedores, da adequada armazenagem e da correta entrega ao cliente (Figura 1).
Figura 1 – Sistemas logísticos eficientes
Fonte: Valera (2018)
Ainda sobre a importância das aquisições no processo da eficiência logística, Ferreira (2007) aduz que:
A aquisição é um processo importante na gestão logística, pois tem que ser feita de modo que ofereça produto de qualidade com preço justo ao cliente. O ato de comprar é um processo de aquisições para obter materiais, componentes acessórios ou serviços incluindo a seleção de fornecedores, contratos de negociação e decisões envolvendo compras locais ou centrais. As aquisições visam evitar atrasos nos processos de elaboração e colocação de um pedido de compra assim como o monitoramento desse pedido com fornecedores. A gestão de compras engloba custo, qualidade e velocidade de resposta, considerada uma tarefa crucial para a empresa independente de que tipo seja: manufaturada, distribuição, varejo ou atacado. Tornando-se um processo estratégico e não só um ato de compra e monitoramento (Ferreira, 2007, p.15).
O momento de surgimento da logística é incerto, não existindo exatamente uma data definida para quando teve início a logística no mundo, mas sabe-se que alguns dos seus fundamentos foram utilizados em períodos de guerra. Alexandre, o Grande (310 a.C.) em conjunto com suas tropas já fazia uso dos princípios logísticos, trabalhando com estratégias previamente definidas para que nada faltasse durante os dias de batalha. A logística está intrinsecamente relacionada com a fixação de métodos a fim de que não haja ausência de nenhum recurso necessário para determinadas situações (Paura, 2011).
Também foram utilizadas estratégias de logística durante a construção das pirâmides do Egito, sendo este um evento que necessitou de amplo planejamento para que pudesse ter sucesso na empreitada. O exército de Napoleão Bonaparte também experimentou uma derrota por causa de um amplo planejamento realizado pelo povo, sendo que a cada avanço feito pelas tropas de Napoleão, as pessoas abandonaram suas casas para regiões inóspitas, mas antes de saírem retiravam todos os mantimentos ou outros recursos que pudessem ser usados pelo exército. Com isso, o povo começou a enfraquecer drasticamente a força do exército de Bonaparte, deixando a sua logística insuficiente (Paura, 2011).
Questões como os tipos de materiais a serem utilizados, a forma correta de movimentação desses materiais, a mão-de-obra especializada são apenas alguns dos fundamentos com os quais a logística de importa e para que seja possível obter um processo logístico verdadeiramente otimizado, devem-se observar os princípios norteadores da logística. Para os momentos de guerra, a ajuda logística de uns países para com outros foi determinante para que fosse possível vencer ou não as batalhas. É por isso que conhecer e aplicar os fundamentos da gestão dos materiais é algo sumariamente relevante para a sociedade.
A logística na Segunda Guerra Mundial
Como já apresentado neste artigo, a logística não tem uma data exata que possa ser definida como a data de seu surgimento, mas os períodos de guerra certamente contribuíram para a ampliação da discussão acerca da relevância de se observar os fundamentos da logística, tendo em vista que a guerra não é somente a aplicação de força bruta ou poder bélico, mas sim a aplicação de estratégias como forma de melhor determinar os possíveis caminhos para a vitória.
Napoleão Bonaparte, embora fosse vitorioso em muitos de seus combates, sofreu pela atuação estratégica dos povos russos que desejavam a derrota da França (Pereira; Silva, 2017). Na Segunda Guerra Mundial também a logística desempenhou papel de destaque. Cumpre a priori, sendo objetivo do presente estudo dimensionar a importância dos fundamentos da logística durante o período da Segunda Guerra Mundial, destacar em breves linhas o que foi esse período histórico denominado de Segunda Guerra Mundial.
Segundo Nadai (2015), a Segunda Guerra Mundial teve início no ano de 1939, quando os nazistas sob o comando de Adolf Hitler, tinham por objetivo a expansão dos territórios que estavam sob o domínio da Alemanha e países aliados. Esse objetivo surgiu como uma espécie de vingança em decorrência de terras outrora perdidas para os rivais no período da Primeira Guerra Mundial (1914 a 1918). Em todas as ocorrências da guerra, a utilização racional de recursos se mostrou como uma importante ferramenta de combate inteligente.
Conforme salientam Silva e Musetti (2003):
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a logística foi executada de forma global e integrada à estratégia e à tática como atividade de apoio às operações militares. Essa guerra exigiu dos Estados Unidos da América (EUA) a capacidade logística de movimentar e manter grande quantidade de homens e suprimentos nas frentes de batalha da Europa e da Ásia. Desde então, a logística vem ocupando papel de destaque na administração de conflitos a serviço de países ou organizações internacionais, particularmente nas atividades de mobilização, deslocamento, posicionamento e manutenção de tropas, equipamentos e suprimentos. Essas ações envolvem as áreas de governo e da iniciativa privada, e proporcionam suporte à logística de apoio às forças militares em operações de combate ou de não-guerra (2003, p.343).
Há relatos (Nadai, 2015) de que o processo de ajuda entre os países e o planejamento logístico não foram perfeitos, mas dotados de falhas que acabaram por influenciar a guerra. Nesse sentido, Nadai (2015) argumenta que:
Inúmeros obstáculos foram detectados no processo de fornecimento de suprimentos para a frota militar em plena guerra, fazendo com que houvesse busca pela agilidade e aperfeiçoamento estratégico, buscando adotar métodos pré-determinados para evitar contratempos durante os acontecimentos (2015, p.03).
Durante a Segunda Guerra Mundial, as forças nazistas procederam ao rompimento do Tratado de Não agressão e deram início ao que ficou então conhecido como “Operação Barbarossa” (Figura 2), sendo esta classificada como a maior e mais violenta de todas as campanhas militares quando analisados os números de tropas e de baixas. No ano de 1941, um pouco após a invasão, as forças nazistas já ocupavam uma grande parte do território da União Soviética (Coutinho, 2023).
Figura 2 – Operação Barbarossa
Fonte: Aula Zen (2018)
A União Soviética não esperava sofrer tantas dificuldades com a invasão da Alemanha nazista e muitas das mortes que aconteceram no período da guerra foram justamente na Rússia. Mas, por outro lado, a Rússia se manteve firme em momentos cruciais da guerra e foi decisiva para que os países aliados conseguissem enfrentar os nazistas. Essa atuação russa decisiva em muito se deve à forte estratégia logística que os generais da linha de frente da guerra adotavam. O planejamento, o uso de recursos, a adoção de inteligência no enfrentamento são alguns bons exemplos da ação dos russos na Segunda Guerra Mundial (Coutinho, 2023).
No entanto, a logística russa não era isenta de problemas, pelo contrário, enfrentou em diversos momentos inseguranças, mas pelo comando de homens como General Khrulev, os russos melhoraram substancialmente na forma de utilizar seus recursos, possibilitando assim significativa melhoria de operações. Coutinho (2023), a esse respeito, argumenta que:
Khrulev conseguiu convencer Stalin que seria necessário permitir que os estados-maiores no nível operacional concentrassem seus esforços no comando das tropas. Além disso, surgiu a necessidade de uma centralização do gerenciamento da logística em todos os níveis para garantir o emprego operacional e mais eficiente de forças e meios disponíveis.
Propôs então uma estrutura conjunta, com a ativação de comandos logísticos centralizados no nível operacional, e com a execução das atividades logísticas sendo progressivamente descentralizadas, a partir da retaguarda para as frentes de combate. Neste sentido, o comando da logística e o gerenciamento de suprimentos foram retirados da competência de estados-maiores operacionais, aliviando-os dessa enorme carga de trabalho. Na estrutura de cada exército, corpo de exército, divisão, brigada ou regimento haveria um correspondente serviço de logística encarregado de planejar, controlar e executar as respectivas tarefas logísticas, obedecendo a uma cadeia de comando e controle própria, dentro do sistema logístico existente em cada frente de combate (2023, não paginado).
Outro momento importante na Segunda Guerra Mundial foi quando os países aliados invadiram a Normandia. Esse dia foi decisivo para a conclusão da Segunda Guerra Mundial. Participaram do ataque tropas norte-americanas, britânicas e canadenses. Nadai (2015) sobre esse episódio relata que:
A invasão da Normandia, considerada uma das batalhas de maior magnitude logística dos últimos tempos, ocorrida em 6 de junho de 1944, no noroeste da França, é, até hoje, considerada a maior invasão marítima da história, que envolveu um contingente de três milhões de soldados. Nesta batalha, a Alemanha foi desfavorecida por não possuir informações suficientes sobre as ações dos inimigos, não tendo conhecimento da data em que a invasão aconteceria e apresentando divergências quanto ao local do desembarque. Erwin Johannes Eugen Rommel, experiente militar alemão e comandante de exército na França, acreditava, ao contrário da maioria, que a invasão aconteceria na região da Normandia e assumiu a localização que lhe foi delegada, preparando um arsenal de defesa que se denominou “Muralha do Atlântico”, dificultando a logística dos Aliados durante a invasão (2015, p.03).
Nesse sentido, quando estudadas as guerras, deve-se compreender que muitas foram as estratégias usadas pelos países com a finalidade de alcançar vitória, e dentre essas estratégias a racionalização dos recursos, pois seria impossível para qualquer país continuar a batalhar sem que antes tivesse os recursos necessários. Essa racionalização deve ser aplicada em diversos momentos, inclusive quando feita a estocagem dos materiais (Figura 3).
Figura 3 – Logística em armazenamento de guerra
Fonte: Padilha (2020)
Assim, a logística também está interligada com o controle da qualidade e quantidade dos materiais (Figura 4).
Figura 4 – Controle logístico
Fonte: Padilha (2020)
O controle dos materiais armazenados em estoque é fundamental, pois permite que seja constantemente verificada a quantidade de itens existentes de um determinado material, bem como a sua validade, caso seja necessário com tempo determinado para seu uso.
Considerações Finais
A logística foi, sem dúvidas, decisiva para os resultados das batalhas durante a Segunda Guerra Mundial. Os países que adotaram estratégias sobre o uso de seus recursos em guerra, a exemplo da Rússia, obtiveram melhores resultados do que os países que não alinharam suas batalhas à racionalização e ao uso de estratégias de logística em batalha.
A logística possibilita a correta gestão dos recursos desde a negociação e aquisição até a saída ou utilização do recurso. Se essa gestão é fundamental em situações quotidianas da vida, em situações complexas como no caso de uma guerra, torna-se ainda mais vital que se verifique essas condições.
É um tema que deve ser estudado em diferentes vieses e setores, de modo que este estudo não se propõe ao seu esgotamento, tendo como enfoque alguns conceitos e a aplicação dos processos logísticos na Segunda Guerra Mundial. Sendo assim, recomenda-se que outros trabalhos sejam realizados sobre a temática, delimitando-se a partir de outros enfoques e possibilitando novas discussões acerca da relevância dos processos logísticos para a humanidade.
Referências
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Paura, Glávio Leal. Fundamentos da Logística. IFPR, 2011. Disponível em: https://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/464/3a_Livro_-_Fundamentos_da_logistica.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 10 de ago. de 2024.
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1Graduado em Administração pela Fadminas e Graduando em História e Licenciatura pela Unicesumar – Polo de Biguaçu.