CARACTERIZAÇÃO DA COMERCIALIZAÇÃO E PERFIL DO CONSUMIDOR DE CARNES CAPRINA E OVINA EM CATOLÉ DO ROCHA – PB

CHARACTERIZATION OF THE COMMERCIALIZATION AND CONSUMER PROFILE OF GOAT AND SHEEP MEAT IN CATOLÉ DO ROCHA – PB

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.12702305


Jefferson Carlos da Rocha Pereira*
Orientador: Prof. Dr. Felipe Queiroga Cartaxo


RESUMO

Objetivou-se com esse trabalho formar uma base de dados sob a caracterização da situação do mercado em relação à exigência dos consumidores e a demanda dos comerciantes quanto às carnes ofertadas, principalmente caprina e ovina, possibilitando possíveis intervenções eficazes, com o intuito de melhorar a sustentabilidade da atividade de ovinocaprinocultura na região. A pesquisa foi realizada no município de Catolé do Rocha – PB, onde os dados foram obtidos por meio de levantamento, através da aplicação de formulários elaborados com questões semiestruturadas, relacionadas ao perfil dos consumidores e comerciantes das carnes caprina e ovina. Os resultados obtidos das variáveis qualitativas foram expressos em frequências absolutas e relativas e os das variáveis quantitativas por estatística descritiva univariada. Algumas questões como resultado de maior relevância foram submetidas ao teste de qui-quadrado (x²) para verificação de diferença entre frequências. Os consumidores do município de Catolé do Rocha, majoritariamente, acham a carne caprina mais saudável e a carne ovina mais saborosa. O critério para escolha do local para a maioria dos consumidores do município foi o atendimento, em segundo lugar o preço e a higiene em terceiro. Os cortes comerciais da carcaça ovina e caprina mais preferidos pelos consumidores foram o pernil, seguido das costelas. Com relação aos não constituintes da carcaça, a buchada teve a maior preferência pelos entrevistados, seguido do sarapatel. O preço elevado das carnes ovina e caprina, para os consumidores é o principal problema. A carne caprina obteve maior preferência dos consumidores em comparação a carne ovina. Se faz necessária uma divulgação mais ampla dos produtos de origem caprina e ovina em Catolé do Rocha-PB.

Palavras-Chave: ovinocaprinocultura; consumidores; cortes comerciais.

ABSTRACT

The purpose of this study was to form a database on the characterization of the market situation in relation to consumer demand and the demand of traders for the meat on offer, mainly goat and sheep, enabling possible effective interventions to improve the sustainability of sheep and goat farming in the region. The research was carried out in the municipality of Catolé do Rocha – PB, where the data was obtained by means of a survey, through the application of forms designed with semi-structured questions, related to the profile of consumers and traders of goat and sheep meat. The results obtained for the qualitative variables were expressed in absolute and relative frequencies and for the quantitative variables by univariate descriptive statistics. Some of the most relevant results were subjected to the chi-squared (x²) test to check for differences between frequencies. The majority of consumers in the municipality of Catolé do Rocha think that goat meat is healthier and sheep meat is tastier. The criterion for choosing a place for the majority of consumers in the municipality was service, secondly price and thirdly hygiene. The commercial cuts of sheep and goat carcasses most preferred by consumers were shanks, followed by ribs. As for the non-carcass cuts, buchada was the most preferred by those interviewed, followed by sarapatel. The high price of sheep and goat meat is the main problem for consumers. Goat meat was more preferred by consumers than sheep meat. There is a need for more widespread promotion of goat and sheep products in Catolé do Rocha-PB.

Keywords: sheep and goat farming; consumers; commercial cuts.

1 INTRODUÇÃO

As atividades rurais são fortemente influenciadas pelas condições edafoclimáticas, notadamente no semiárido brasileiro. A agricultura, pela alta variabilidade inter e intra-anual da distribuição pluvial, torna-se uma atividade de risco, podendo chegar a perdas superiores a 80% na produção. Tal problema evidencia que a exploração de ruminantes, certamente, contribui para uma maior estabilidade econômica dos produtores rurais, caracterizando-se como uma atividade de menor risco (CARTAXO et al., 2017).

O rebanho brasileiro de caprinos e ovinos conta com mais de 27 milhões de cabeças (IBGE, 2017). O rebanho nacional de caprinos, estimado em 9 milhões de animais, encontra-se majoritariamente no Nordeste (93%). Por sua vez, o efetivo nacional de ovinos conta com 18 milhões de cabeças (IBGE, 2017), com maior representatividade na região Nordeste (66%).

A exploração de pequenos ruminantes tem crescido no Brasil (BARRETO NETO, 2010), mas de forma discreta, principalmente, quando comparado à competitividade entre os outros setores da produção animal, como a bovinocultura, suinocultura e avicultura. No entanto, alguns fatores corroboram para esse crescimento insatisfatório como a baixa produtividade dos rebanhos, baixa qualidade dos produtos ofertados, sem o mínimo de padronização ou, também, quando não conseguem atender as exigências qualitativas e quantitativas do mercado. Além disso, a informalidade na comercialização da carne caprina e ovina, associada à desconfiança e incerteza sobre a qualidade sanitária dos produtos, contribuem de forma direta para a baixa competitividade dessas carnes no mercado (VIANA et al., 2013).

A caprinocultura e a ovinocultura no Brasil são cadeias produtivas com aspectos socioeconômicos relevantes, principalmente para o Nordeste. A exploração e comercialização dos produtos, como carne, leite e pele dessas atividades permitem a inserção de fonte de renda, trabalho e segurança alimentar para muitas famílias, sendo, portanto, uma alternativa para subsidiar empregos e renda no campo.

A cadeia produtiva da caprinocultura e ovinocultura é caracteristicamente desarticulada, com oferta irregular de produtos, tanto em quantidade como em qualidade, apresentando um padrão que não satisfaz ao mercado (CARVALHO; SOUZA JUNIOR, 2008).

De acordo com Silva (2014) há uma ausência de articulação e integração dos atores da caprinocultura e da ovinocultura que causam a baixa qualidade dos produtos, assimetria de informação dentro do sistema, a presença de intermediários, gargalos tecnológicos, barreiras sanitárias, falta de garantia de suprimento ao longo do ano, concorrência desleal e falta de fluxo de produtos entre os mercados estaduais.

O crescimento desta cadeia produtiva requer que os diversos segmentos se organizem para estabelecer não só as bases comerciais e de mercado do agronegócio da caprinocultura e ovinocultura, mas também para estabelecer o padrão tecnológico capaz de atender às exigências, preferências e demandas do mercado consumidor (ARAÚJO et al., 2009).

Com relação ao consumo de carnes caprina e ovina, especificamente, os dados são ainda bastante escassos e contraditórios, (encontrando-se valores que variam em torno de 0,7 kg/ano/habitante), o que dificulta a confiabilidade dos dados. Silva et al. (2012) observaram preferências dos consumidores em relação às características da carne, como os tipos de cortes e a quantidade de gordura, informações que podem nortear os sistemas de produção de carne, possibilitando a identificação de nichos de mercado em função dessas características.

Diante do exposto, o objetivo do presente estudo foi formar uma base de dados sob a caracterização da situação do mercado em relação à exigência dos consumidores e a demanda dos comerciantes quanto às carnes ofertadas, principalmente caprina e ovina, possibilitando possíveis intervenções eficazes, com o intuito de melhorar a sustentabilidade da atividade de ovinocaprinocultura na região.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Ovinocaprinocultura

A ovinocaprinocultura é uma atividade desenvolvida em diversas partes do mundo, devido à alta adaptabilidade desses pequenos ruminantes a distintos tipos de solo, clima, vegetação e topografia, além de sua simplicidade de manejo e pouca exigência dos animais em relação à alimentação (COSME, 2016).

 No Nordeste brasileiro as criações de caprinos e ovinos estão voltadas, em sua maioria, ao sistema de produção extensivo, de cria e venda de animais vivos ou abatidos nas fazendas ou feiras municipais, com participação de atravessadores e marchantes locais (CARVALHO; SOUZA JUNIOR, 2008).

Uma importante fonte geradora de emprego e renda, a ovinocaprinocultura se destaca como significativa relevância para a agropecuária brasileira. Na região Nordeste do país é considerada uma das atividades rurais mais representativas, apresentando grande importância cultural para a agricultura familiar e para o agronegócio (AQUINO et al., 2016).

Os animais são explorados para produção de carne, pele e leite. A ovinocaprinocultura é considerada uma das atividades potenciais para o desenvolvimento do semiárido brasileiro. O efetivo de ovinos no Brasil é, segundo o IBGE, 15,6 milhões de cabeças e encontra-se em crescimento, sendo que, deste total, 9,1 milhões estão na região Nordeste (CUENCA et al., 2008). O baixo custo de produção e à diversificação do tipo de produção se caracterizam como os principais fatores a boa rentabilidade na exploração econômica de ovinos e caprinos (DIAS et al., 2023).

A ovinocaprinocultura, de acordo com Batista et al. (2019) mostra-se como um negócio rentável e promissor, especialmente a caprinocultura de corte, que ganhou destaque no agronegócio brasileiro, isto porque sua carne se adequou as mudanças nos hábitos de consumismo da população, que buscam a cada dia uma alimentação saudável e com baixo teor de gordura.

2.2 Mercado consumidor

Dentre os produtos oriundos da caprinocultura e ovinocultura a carne pode ser considerada o mais nobre, tendo ganhado espaço nos mais diversos cardápios da culinária nordestina, devido ao seu alto valor nutricional e de sua aceitabilidade, principalmente de cunho cultural para a região Nordeste (AMARAL et al., 2012).

O consumo de carne carpina e ovina ainda é limitado em comparação a outros produtos de origem animal. O grande desafio da caprinocultura e da ovinocultura mundial está em elevar o consumo do produto. A demanda por carnes de caprinos e ovinos, em cortes padronizados, vísceras devidamente processadas, embaladas e comercializadas de forma resfriada ou congelada, hoje é uma realidade, principalmente para os grandes centros consumidores e nas áreas habitadas pelo segmento populacional de maior renda (CARVALHO, 2011).

O abate também é considerado um fator limitante, 70% dos abates são realizados nas propriedades rurais, 20% nos matadouros e somente 10% em frigoríficos (GARCIA, 2004). Segundo Figueiredo Júnior et al. (2009) a quase totalidade da carne comercializada para consumo tem origem no abate informal. Esses autores informaram que o volume de carne caprina e ovina comercializada com inspeção federal ou estadual na região Nordeste do Brasil não atinge o percentual de 5%. A informalidade durante o abate e comercialização da carne foi o principal gargalo na atividade, apontado por Carneiro et al. (2012).

Ainda assim, é notório que o consumo per capita de carne destes animais no Brasil é baixo se comparados às carnes de aves, estimado em 43,90 kg; bovina 37,40 kg e suína 14,10 kg (MAPA, 2010). Na região Nordeste o consumo per capita é mais que o dobro do registrado no Brasil, chegando ao índice de 1,5 kg/hab/ano (NOGUEIRA FILHO; KASPRZYKOWSKI, 2006).

Diante da importância da caprinocultura e da ovinocultura para o Nordeste é necessário que haja o fortalecimento desta cadeia, que segundo Souza (2007), pode ser conseguido através do estabelecimento de uma política nacional para o setor, que possibilite o desenvolvimento de polos de produção de caprinos e ovinos e de processamento da carne e produtos derivados que tenham maior atração nos mercados interno e externo.

3 METODOLOGIA

A pesquisa foi realizada no município de Catolé do Rocha – PB, Sertão da Paraíba (Figura 1), situado na Mesorregião do Sertão Paraibano, Microrregião de Catolé do Rocha. O município abrange uma área de 552 km2, apresentando uma população de 28.759 habitantes (IBGE, 2018).

 Figura 1 – Mapa dos Municípios do Estado da Paraíba.

Os dados foram obtidos por meio de levantamento, através da aplicação de formulários elaborados com questões semiestruturadas, relacionadas ao perfil dos consumidores e comerciantes de carnes caprina e ovina, podendo ou não os entrevistados opinar com mais de uma resposta (Anexo I). Foram aplicados 300 formulários a consumidores, correspondente a 1% da população estimada do munícipio para o ano de 2019, e 50 formulários aos estabelecimentos de venda do produto (Figura 2). A técnica utilizada foi a entrevista estruturada, quando os dados são coletados com a presença do pesquisador (entrevistador).

Figura 2 – Estabelecimentos de venda (Mercado Municipal e Açougues) de carnes ovina e caprina no município de Catolé do Rocha – PB, 2019.

Durante a aplicação dos formulários, a entrevista foi realizada de forma clara e objetiva, utilizando-se vocabulário oportuno à circunstância, para adequar-se a situação de forma que o entrevistado ficasse confortável e com total compreensão das perguntas realizadas. Além disso, no decorrer da entrevista, o pesquisador manteve total imparcialidade em todos os momentos.

Os dados coletados com os consumidores foram adquiridos em pontos de comercialização de carnes caprina e ovina: supermercados de pequeno, médio e grande porte, casas de carne, açougues e restaurantes. Os comerciantes foram abordados e entrevistados no próprio estabelecimento. A amostragem realizada na pesquisa foi por cota não representativa.

Os resultados obtidos das variáveis qualitativas foram expressos em frequências absolutas e relativas e os das variáveis quantitativas por estatística descritiva univariada. Algumas questões como resultado de maior relevância foram submetidas ao teste de qui-quadrado (x²) para verificação de diferença entre frequências, adotando-se o nível de significância p = 0,05 (THOMS et al., 2010).

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os consumidores de carnes do município de Catolé do Rocha apresentaram idade média de 40,3 anos. Isto pode ter ocorrido pela idade mínima (25 anos) e idade máxima (65 anos) dos entrevistados (Tabela 1). A idade que apareceu com maior frequência (moda) foi de 36 anos, denotando ser uma faixa etária de consumidores mais jovens que a média aritmética observada. Como as entrevistas foram realizadas em estabelecimentos comerciais, provavelmente não se tenha observado idade menor que mínima (25 anos), devido os adultos serem os responsáveis pela compra destes produtos para reposição dos seus estoques. No Brasil, a idade média para o casamento passou de 23 anos para as noivas e 27 anos para os noivos, na década de 1970, para 30 anos para elas e 33 anos para eles, em 2014, segundo as Estatísticas de Registro Civil do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Possivelmente está seja a explicação para os valores médios encontrados na presente pesquisa.

No Brasil, a idade média para o casamento passou de 23 anos para as noivas e 27 anos para os noivos, na década de 1970, para 30 anos para elas e 33 anos para eles, em 2014, segundo as Estatísticas de Registro Civil do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Possivelmente esta seja a explicação para os valores médios encontrados na presente pesquisa.

Tabela 1 – Idade do consumidor de carnes do município de Catolé do Rocha – PB, Semiárido paraibano, 2019.

Idade (anos)
MédiaDPModaMedianaMínimoMáximoCV (%)
40,38,636,038,025,065,021,48

A renda familiar dos consumidores de carnes do município de Catolé do Rocha foi de 3,30 salários mínimos se aproximando da maior frequência (moda) verificada, que foi de 3,0 salários mínimos (Tabela 2). A mediana observada, que é o valor central da renda familiar, foi semelhante à moda (3,0 salários mínimos), sugerindo uma boa renda familiar se comparada à média nacional que é R$ 1.3473,00, segundo IBGE (2018). No entanto, foram encontrados consumidores que apresentaram grande variação de renda familiar entre 1,0 a 8,0 salários mínimos.

Tabela 2 – Renda familiar do consumidor de carnes do município de Catolé do Rocha – PB, Semiárido paraibano, 2019.

Renda familiar (salários mínimos por mês)
MédiaDPModaMedianaMínimoMáximoCV (%) 
3,301,203,003,001,008,0036,40 

A quantidade de carne comprada semanalmente pelos consumidores de carnes do município de Catolé do Rocha foi de 2,97 kg, sendo a média muito próxima dos 3,0 kg observados para a quantidade de maior frequência (moda) e para o valor central (mediana), conforme a Tabela 3. Isto demonstra que, independentemente do tipo de carne comprada, a quantidade de 3,0 kg/semana foi a que apresentou maior frequência, tendo sido muito semelhante à média observada. Infelizmente, foi reportado que alguns consumidores não compravam carne, conforme observado no mínimo, e outros chegavam a comprar até 6,0 kg/semana, o que elevou coeficiente de variação (CV) para 47,63%. Este fato pode ser relacionado com a renda familiar verificada na Tabela 2, em que alguns consumidores apresentaram renda familiar de 1,0 salário mínimo.

Tabela 3 – Quantidade de carne comprada semanalmente por família no município de   Catolé do Rocha – PB, Semiárido paraibano, 2019.

Carne (kg)
MédiaDPModaMedianaMínimoMáximoCV (%) 
2,971,413,003,000,006,0047,63 

A carne mais preferida pelos consumidores do município de Catolé do Rocha, conforme a Figura 3, foi a carne bovina com 38,7% da preferência, em seguida a carne de aves que apresentou média 24,3%, a carne suína ficou em terceiro lugar sendo preferida por 23,3%, os consumidores sem preferência por carnes registraram 4,7%, o pescado foi preferido por 3,7% dos consumidores, a carne caprina obteve preferência 3,3% dos consumidores, já a carne ovina registrou apenas 1,7%, sendo a carne ovina a que apresentou a menor a preferência entre os consumidores e 0,3% dos consumidores afirmaram que não consomem nenhum tipo de carne.

Diante dos percentuais acima descritos, é importante destacar a baixa preferência verificada para as carnes caprina e ovina, tendo em vista que a região Nordeste apresenta os maiores rebanhos destes pequenos ruminantes com 93% e 66%, respectivamente. Isto pode ser um alerta para os órgãos públicos no sentido de formular políticas públicas para alavancar o consumo das carnes caprina e ovina nesta região do país. Era esperado, de certa forma, maior preferência das carnes de aves e suínos em virtude do menor preço praticado no momento da compra, porém a diferença entre estas em relação às carnes caprina e ovina foi muito acentuada.

Figura 3 – Preferência (%) dos consumidores pelo tipo de carne em Catolé do Rocha – PB, 2019. SP – sem preferência, NC – não consome carne.

Os consumidores do município de Catolé do Rocha compram suas carnes praticamente em dois momentos: semanalmente que obteve 50% do período preferido e mensalmente, que para 47% é o melhor período para aquisição deste produto (Tabela 4). Isto deve estar relacionado com o poder aquisitivo para os que compram semanalmente e o recebimento do salário ou aposentadoria para os consumidores que compram mensalmente.

Com relação ao consumo de carne, 99% dos consumidores reportaram consumir este produto diariamente, 0,67% esporadicamente e apenas 0,33% não consomem carne.

Tabela 4 – Periodicidade de compra e consumo de carne em Catolé do Rocha – PB, 2019.

 Frequências
 n%
Periodicidade de compra de carne  
Semanal15050,00
Quinzenal20,67
Mensal14147,00
Esporadicamente62,00
Não compra carne10,33
Periodicidade do consumo de carne  
Diário29799,0
Esporadicamente20,67
Não consome carne10,33

A carne fresca é o tipo que apresentou maior preferência no momento da compra, sendo a opção para 71% dos consumidores, a resfriada ficou em segundo lugar com 21% da preferência, congelada foi preferida por apenas 4,33%, a carne salgada obteve 1,67%, percentual semelhante ao registrado para os consumidores sem preferência e os consumidores que não compram carne 0,33% (Tabela 5).

É comum em cidades do interior a maior preferência dos consumidores ser por carne fresca, este fato corrobora com o maior percentual de consumidores (50%) que afirmaram preferir comprar carne semanalmente. Isto pode ser explicado pelo abate dos animais ser realizado toda semana, condicionando os consumidores a irem aos estabelecimentos comerciais adquirir esse tipo de produto.

Tabela 5 – Tipo de carne comprada em Catolé do Rocha – PB, 2019.

 Frequências
 n%
Fresca21371,00
Resfriada6321,00
Congelada134,33
Salgada51,67
Sem preferência51,67
Não compra carne10,33

O principal local para compra de carne dos consumidores do município de Catolé do Rocha é o supermercado (58,33%), em seguida açougue com 41,00% e a feira livre e outros com apenas 0,33% da preferência (Tabela 6). Supermercados de cidades interioranas, geralmente, compram carcaças de animais recém-abatidos, principalmente de bovinos, essa carne é vendida logo que chega aos referidos estabelecimentos, em virtude de ter dias específicos para o recebimento deste produto. Este fato, provavelmente, influenciou de forma determinante o alto percentual do critério de escolha do local de compra da carne.

Tabela 6 – Distribuição de frequência em relação ao local de compra da carne, o critério utilizado para escolha do local de compra e a opinião sobre o modelo de comercialização em Catolé do Rocha – PB, 2019.

 Frequências
 n%
Local principal de compra da carne  
Supermercado17558,33
Açougue12341,00
Feira livre10,33
Outros10,33
Critério para escolha do local de compra  
Atendimento15351,00
Preço13645,33
Higiene local62,00
Outros51,67
Opinião sobre o modelo de comercialização  
Bom16856,00
Precisa melhorar7525,00
Baixa oferta5418,00
Outros31,00

O critério para escolha do local para a maioria dos consumidores do município de Catolé do Rocha foi o atendimento (51%), em segundo lugar o preço (45,33%) e a higiene ficou na preferência de apenas 2,00%. Possivelmente, a praticidade e a opção de encontrar vários produtos em um só local podem ter influenciado este elevado percentual de consumidores. Isto é refletido na opinião sobre o modelo de comercialização, em que 56% dos consumidores consideraram bom.

Os cortes comerciais da carcaça (Figura 4) ovina e caprina mais preferidos pelos consumidores de Catolé do Rocha foram o pernil com 31,33% e as costelas obtiveram a segunda colocação com 26% da preferência (Figura 5). Com relação aos não constituintes da carcaça, a buchada, prato típico da região Nordeste, constituído por vísceras brancas e vermelhas teve a maior preferência com 27% e o prato formado pelos mesmos não constituintes da carcaça, o sarapatel, ficou em segundo lugar tendo registrado 11% da preferência. O sarapatel em algumas localidades também é conhecido por picado. A principal diferença entre a buchada e o sarapatel é que na buchada as vísceras são cortadas e colocadas em buchos devidamente costurados, e no sarapatel as vísceras também são cortadas, porém não são colocadas em buchos.

Figura 4 – Cortes de carcaças de caprinos e ovinos.

Figura 5 – Preferência dos consumidores de Catolé do Rocha – PB em relação aos cortes de carne caprina e ovina e outros componentes não carcaça, 2019.

Os consumidores de carne ovina reportaram que o sabor é o principal atributo, tendo sido constatado por 59,33%, já para os consumidores de carne caprina o principal atrativo (59,0%) desse produto é por ser nutritiva. A segunda opção dos consumidores pelo tipo de carne ovina é em virtude do valor nutritivo (36,67%) e dos consumidores de carne caprina é por ser uma carne saudável (20,33%) e o terceiro fator de preferência dessa carne com 14,0% de preferência é por ser uma carne saborosa (Tabela 7).

Segundo Costa et al. (2008) a carne caprina é considerada uma carne magra e sua composição química está de acordo com as exigências dos atuais consumidores, por sua vez, a carne ovina é mais macia e suculenta. Provavelmente, pelo fato da carne caprina por apresentar menores teores de colesterol e gordura saturada foi considerada pelos consumidores como mais nutritiva em relação aos demais atributos, por outro lado, a carne ovina por conter maior concentração de lipídeos tem maior maciez que a caprina e, possivelmente os consumidores consideram o sabor como principal característica.

Tabela 7 – Opinião dos consumidores de Catolé do Rocha – PB sobre as carnes ovina e caprina, 2019.

Opinião sobre o tipo de carneOvinosCaprinos
n%n%
Saborosa17859,334214,00
Saudável/leve6120,33
Nutritiva/forte11036,6717759,00
Outros82,67
Não gosta124,00124,00

Fonte: Elaborada pelo autor, 2019.

Aproximadamente oitenta e oito por cento dos consumidores de carnes ovina e caprina do município de Catolé do Rocha não conseguem diferenciar as carnes ovina e caprina, os que sabem diferenciar (11,33%) apontaram a aparência como característica determinante, obtendo unanimidade, ou seja, 100% (Tabela 8).

Com relação ao preço das carnes ovina e caprina, para 42,33% dos consumidores o preço elevado é o principal problema, em seguida o corte comercial é o que determina o valor das carnes para 40,67% e apenas 17% acharam o preço justo. Isto vem confirmar o relato de alguns consumidores que consideram alto o preço praticado pelo comércio em relação às carnes caprina e ovina.

Tabela 8 – Distribuição de frequência em relação à diferenciação da carne caprina da ovina e opinião sobre o preço das carnes de Catolé do Rocha – PB, 2019.

 Frequências
 n%
Diferenciação da carne caprina da ovina  
Sim3411,33
Aparência*34100,00
Odor*
Coloração*
Sabor*
Não26688,67
Opinião sobre o preço das carnes  
Caro12742,33
Depende do corte12240,67
 Justo5117,00

Os comerciantes do município de Catolé do Rocha estão em média na comercialização de carnes a mais de 17 anos (Tabela 9). Foi constatado que existem comerciantes que estavam na atividade há 53 anos e os mais novos estavam no comércio à cerca de10 anos, sugerindo que a comercialização de carnes, independentemente da espécie comercializada apresenta certa longevidade. Este fato indica que os açougues e os balcões do mercado público que vendem carnes são locais de comercialização tradicionais e que tem sua clientela fiel, mantendo a sustentabilidade no negócio ao longo do tempo.

Tabela 9 – Período de comercialização de carnes dos estabelecimentos de Catolé do Rocha – PB, Semiárido paraibano, 2019.

Período (anos)
MédiaDPModaMedianaMínimoMáximoCV (%)
17,18,910,015,010,053,051,9

Fonte: Elaborada pelo autor, 2019. DP = desvio-padrão; CV = coeficiente de variação.

A carne mais comercializada nos estabelecimentos comerciais em Catolé do Rocha é a carne bovina com 378,1 kg por semana, o que corresponde a 70,42%, a comercialização da carne ovina registra 88,2 kg semanalmente, correspondendo a 16,43% e a menos comercializada é a caprina com 70,6 kg por semana, representando 13,15% das carnes comercializadas dessas três espécies de ruminantes (Tabela 10). Estes resultados são relevantes, pois servem de alerta para os órgãos públicos no sentido de formular políticas públicas para aumentar o consumo das carnes destes animais e para modernizar os atuais sistemas de produção destes pequenos ruminantes.

Tabela 10 – Quantidade comercializada (kg) de carnes nos estabelecimentos de Catolé do Rocha – PB, 2019.

Tipo de carneMédiaDPMínimoMáximoCV (%)
Bovina378,1239,4200,01.100,063,3
Ovina88,250,425,0180,057,1
Caprina70,632,920,0150,046,6

Fonte: Elaborada pelo autor, 2019. DP = desvio-padrão; CV = coeficiente de variação.

Os comerciantes pagam pela carne bovina ao produtor e/ou atravessador um valor médio de R$ 10,43, no entanto o preço pago por quilograma de carne ovina ou caprina é superior, tendo sido registrado R$ 12,82 (Tabela 11). Isto representa uma diferença de aproximadamente 18,5% entre as carnes ovina ou caprina quando comparadas com a carne bovina. Este fato pode ser uma vantagem comparativa entre as carnes ovina ou caprina em relação a carne bovina que pode ser utilizado para alavancar e modernizar os sistemas de produção destes pequenos ruminantes em busca de melhores resultados no desempenho produtivo e reprodutivo.

Tabela 11 – Valor médio pago (R$) de carne comercializada nos estabelecimentos de Catolé do Rocha – PB, 2019.

Tipo de carneMédiaDPMínimoMáximoCV (%)
Bovina10,430,1810,0010,501,72
Ovina/Caprina12,820,3912,0013,003,06

Fonte: Elaborada pelo autor, 2019. DP = desvio-padrão; CV = coeficiente de variação.

Os consumidores de Catolé do Rocha têm como primeira opção a carne bovina (44,1%), em seguida a carne ovina com 38,2%, depois a carne caprina que apresentou 14,7% e por fim o pescado com apenas 2,9% (Tabela 12). Provavelmente, o menor preço da carne bovina no momento da compra em relação às demais carnes e a tradição de se consumir carne bovina tenham refletido em maior opção desta carne.

Tabela 12 – Carnes mais vendidas nos estabelecimentos de Catolé do Rocha – PB, 2019.

 Frequências
 n%
Opção do consumidor  
Bovina1544,1
Ovina1338,2
Caprina514,7
Pescado12,9

Fonte: Elaborada pelo autor, 2019.

Os estabelecimentos de carnes de Catolé do Rocha compram 100% das carnes ovina e caprina diretamente dos criadores (Tabela 13). A frequência de abastecimento das carnes ovina/caprina da maioria dos estabelecimentos (82,4%) é feita semanalmente e apenas 17,6% abastecem seus comércios esporadicamente.

A origem das carnes ovina/caprina é predominantemente (82,4%) do município de Catolé do Rocha e apenas 17,6% é comprada de outros municípios, sendo comprado o animal vivo direto dos produtores ou comerciantes do município que compram estes animais e revendem para os comerciantes de carnes, que fazem o abate aproveitando as vísceras brancas e vermelhas para pratos típicos como, sarapatel e buchada. Este alto percentual de origem das carnes ovina/caprina demonstra a vocação do município para produção de ovinos e caprinos, no entanto mudanças no sistema de produção são necessárias para aumentar a produtividade destes rebanhos.

O principal critério na compra destes animais para comercializar suas carnes é o preço, sendo observado um percentual muito alto com 97,1% para comerciantes das carnes ovina/caprina.

Cem por cento da carne ovina ou caprina comercializada no município de Catolé do Rocha é fresca e foi observado que o mesmo percentual dos comerciantes acha o preço cobrado aos consumidores justo. O corte comercial da carcaça do ovino mais vendido é o pernil que alcançou 97,1% da preferência dos consumidores. E na carcaça caprina o corte mais vendido é a costela com 50% da preferência dos consumidores. Com relação aos não constituintes da carcaça caprina, a buchada é a preferida por 50% dos consumidores.

Cem por cento dos consumidores do município de Catolé do Rocha acham a carne caprina mais saudável e a carne ovina mais saborosa. Este fato pode ser atribuído como comentado anteriormente, em razão da carne caprina apresentar menores concentrações de colesterol e gordura saturada e a carne ovina maiores teores de lipídeos, o que confere mais sabor e suculência    

Tabela 13 – Perfil dos estabelecimentos de carnes de Catolé do Rocha – PB, 2019.

 Frequências
 n%
Fornecedor de carne ovina  
Criador34100,0
   
Fornecedor de carne caprina  
Criador34100,0
   
Frequência de abastecimento de carne ovina/caprina  
Semanalmente2882,4
Esporadicamente617,6
   
Origem da carne ovina/caprina  
Animal vivo2882,4
Animal abatido617,6
   
Critérios utilizados para comprar carne ovina/caprina  
Preço3397,1
Outros12,9
   
Origem da carne ovina/caprina  
Município2882,4
Fora do município617,6
   
Tipo de carne comercializada  
Fresca34100,0
   
Preço da carne comercializada  
Justo34100,0
   
Cortes mais vendidos de carne ovina  
Pernil (perna)3397,1
Costela12,9
Cortes mais vendidos de carne caprina  
Buchada1750,0
Costela1750,0
Opinião do consumidor em relação à carne caprina  
Mais saudável34100,0
   
Opinião do consumidor em relação à carne ovina  
Mais saborosa34100,0
   

5 CONCLUSÕES

Os consumidores do município de Catolé do Rocha, majoritariamente, acham a carne caprina mais saudável e a carne ovina mais saborosa.

O critério para escolha do local para a maioria dos consumidores do município foi o atendimento, em segundo lugar o preço e a higiene em terceiro.

Os cortes comerciais da carcaça ovina e caprina mais preferidos pelos consumidores foram o pernil, seguido das costelas.

Com relação aos não constituintes da carcaça, a buchada teve a maior preferência pelos entrevistados, seguido do sarapatel.

O preço elevado das carnes ovina e caprina, para os consumidores é o principal problema.

A carne caprina obteve maior preferência dos consumidores em comparação a carne ovina.

Se faz necessária uma divulgação mais ampla dos produtos de origem caprina e ovina em Catolé do Rocha-PB.

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*Graduando do Curso de Bacharelado em Agronomia, Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Campus IV, Catolé do Rocha – PB; e-mail: jefersoncrp@gmail.com