A IMPORTÂNCIA DA CAPACITAÇÃO DOS PROFESSORES PARA ATENDER ALUNOS COM TEA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.12538557


Bruna Karolayne Oliveira Malta1; Eliana Amaral De Oliveira2; Rejane Bonadimann Minuzzi3; Cristiano Souza Da Silva4; Roseli Maria De Jesus Soares5; Rafael Arnaldo Junior6; Rejane Gomes Martins7; Rhaissa Pereira Santos De Moraes8; Silvana Da Silva Reis9; Orlenes Ribeiro Dos Santos10; Bibiana Kaiser Dutra11


RESUMO

O presente artigo tem por objetivo falar sobre a importância da capacitação de professores para atender alunos com TEA, levantando as vantagens dessa capacitação no dia a dia escolar, entendendo que essa é uma demanda presente em sala de aula e que precisa ser especializada. Também será discutida a importância de uma fala única da instituição, professores e família, buscando desta forma o pleno desenvolvimento escolar e social da criança. Sabido que a educação é um fazer conjunto, onde pais e professores colaboram para a formação social e educacional, falaremos sobre as necessidades que a instituição escolar precisa propiciar a esse aluno e ao professor para o desenvolvimento de atividades e o papel da escola na orientação dos pais e na disseminação de informações sobre temas urgentes, como a TEA.

Palavras-Chave: TEA; Capacitação; Professor. 

ABSTRACT: This article aims to talk about the importance of teacher training for students with ASD, raising the advantages of this ability in everyday school life, understanding that this is a demand present in the classroom and needs to be used. It will also discuss the importance of a single speech of the institution, teachers and family, seeking the school and social development of the child. It is well known that education is a set where countries and teachers collaborate for social and educational formation, talk about the needs that a school institution needs to provide for this student and the teacher for the development of activities and the school’s role in the guidance of parents. and disseminating information on urgent topics such as tea.

Keywords: TEA; Training; Teacher.

1. INTRODUÇÃO

O presente artigo discutirá a importância da capacitação dos professores para atender alunos com TEA (Transtorno Aspectro Autista) e a importância de uma formação qualificada com a finalidade de capacitá-los frente às necessidades principais desses alunos, entendo que é necessário a atualização constante frente a esse transtorno que constantemente vem ganhando novos saberes.

Serão abordados temas vinculados ao autismo, família, professores e escolas, buscando compreender como esse conjunto pode ajudar na formação do aluno dentro e fora da sala de aula, bem como as principais dificuldades enfrentadas pelos profissionais de ensino para o exercício de sua função, visando entender como funciona ou como poderia funcionar a rede de apoio.

Entendemos que é de extrema importância a formação dos professores, contudo, além disso, deve haver uma comunicação saudável entre a escola e os pais, pois, muitas vezes, a infraestrutura escolar não é adaptada e adequada para receber esses alunos ou dar o suporte necessário para um desenvolvimento qualificado, desta forma se faz necessária uma comunicação com os pais integradora, visando que juntos possam massificar informações sobre o TEA, buscar melhorias estruturais e ajudar dessa forma com que as crianças se desenvolvam de maneira tranquila e com qualidade.

Desta forma buscaremos através deste trabalho pensar e repensar a atuação da escola para com os alunos com TEA, de uma forma que se possam quebrar paradigmas, a fim de que, através de uma qualificação dos professores, infraestrutura adequada e dê uma integração entre escola e país, possa se buscar resultados que ajudará os alunos com TEA e a todos aqueles que estão envolvidos com o aluno.

Diante disso, serão utilizadas pesquisas exploratórias bibliográficas para que seja desenvolvido e explanado o tema proposto.

2. PROFESSOR E SUA FORMAÇÃO

Sabendo a importância do profissional de educação para a construção do saber do aluno, falaremos sobre a necessidade de uma formação qualificada e da constante atualização a fim de garantir uma boa educação aos alunos com TEA. Essa formação e atualização devem acontecer constantemente, pois, cada vez mais o conhecimento desses transtornos, de um modo geral, tem obtido avanços significativos e, o que era novidade anos atrás, agora já não é mais, o que era ensinado há 10 anos, já não cabe nos dias de hoje, diante disso é preciso treinamentos, materiais especializados no assunto, palestras presenciais e online roda de conversa e compartilhamento de casos para que o corpo escolar se desenvolva cada vez mais frente a essa demanda. Antes disso, entretanto, é necessário dar um passo atrás para compreendermos a importância dessa atualização.

Segundo a Lei Nº 13.146, de 6 de julho de 2015, foi sancionado que:

Art. 1º É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania (Presidência da República Casa Civil, 2015).

Com essa lei sancionada é preciso assegurar as condições de igualdade com a finalidade de promover a inclusão social e de cidadania às pessoas com deficiência. A sanção dessa lei foi um grande avanço para a educação, pois o aluno integrado à sociedade consegue desenvolver-se com mais facilidade, visto que as pessoas com autismo encontram maior dificuldade de socializar-se e de manterem contatos sociais (SILVA; GAIATO; REVELES apud FERNANDES; SILVA, 2016).

[…] a criança não é um ser acabado, mas um organismo em desenvolvimento e, consequentemente, o seu comportamento se forma não só sobre a influência excepcional da interferência sistemática no meio, mas ainda em função de certos ciclos ou períodos do desenvolvimento do próprio organismo infantil, que determinam, por sua vez, a relação do homem com o meio (VYGOTSKI apud, FERNANDES; SILVA, 2016).

Esse ganho requer vários tipos de superação, principalmente ao que tange aos professores. A partir desse momento o professor se vê em sala de aula com alunos com diversas necessidades especiais, que podem ir de dificuldades de aprendizagem até dificuldades física ou intelectual. Nesse meio estão inclusos os alunos autistas (crianças com déficit considerável na interação social, no comportamento e invariavelmente na comunicação). O professor diante disso precisa, juntamente com a instituição escolar, garantir um ensino de qualidade para que esses alunos possam desenvolver-se em todos os seus aspectos. Por este motivo o docente, frente a essa demanda, precisa mais do que nunca se preparar e buscar a capacitação necessária para atender todos os alunos, busca que a instituição de ensino também deve proporcionar.

O professor que recebe o aluno com TEA, antes de procurar os métodos para aprendizagem da criança, precisa estabelecer um vínculo com a família para que possa investigar as peculiaridades da criança, essa aproximação é de extrema importância, pois é a partir dessa sondagem que se pode buscar compreender e entender qual é o grau que o aluno apresenta de autismo, se a família tem laudo fechado e se faz algum tipo de acompanhamento, como por exemplo: fonoaudióloga, psicopedagoga, fisioterapeuta e etc. Desta forma e a partir dessa investigação o professor poderá dar um ponta pé inicial ao trabalho pedagógico, orientando os pais, caso necessário, a buscarem também algum outro tipo de cuidado caso o aluno não tenha o acompanhamento necessário. A importância desse contato com a família precisa ser frisada é ressaltada, pois buscando entender o histórico do aluno é possível entender quais são as reais necessidades do aluno e em quais pontos é preciso um enfoque maior, de outra maneira a descoberta de especificidades pode ser comprometida sem essa comunicação, sendo muito mais custoso para ambas às partes, pois delonga-se o diagnóstico, a intervenção e os resultados.

Tanto para o professor, quanto para a escola como instituição, é dever que seja assegurada a educação plena deste indivíduo, como fala a LDB (Lei Diretrizes Base) no Art.58.  “Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica, para atender às suas necessidades”. Ou seja, para que esse dever seja cumprido, se necessário, o professor terá que adaptar sua sala e toda a sua metodologia para atender a criança com TEA e aos demais alunos. 

Atender as especificidades de cada aluno requer planejamento, conhecimento, dedicação e superação, por isso é ressaltado que é de suma importância à formação e a especialização desse profissional, para que assim possa estabelecer um olhar de acolhimento e respeito, promovendo um ensino de qualidade a todos, facilitando também os manejos necessários para a elaboração de atividades em geral. Nessa perspectiva o educador pode propiciar a este aluno:

Superação do foco de trabalho nas estereotipias e reações negativas do estudante no contexto escolar, para possibilitar a construção de processos de significação da experiência escolar; Mediação pedagógica nos processos de aquisição de competências, por meio da antecipação da organização das atividades de recreação, alimentação e outras, inerentes ao cotidiano escolar; Organização de todas as atividades escolares de forma compartilhada com os demais estudantes, evitando o estabelecimento de rituais inadequados, tais como: horário reduzido, alimentação em horário diferenciado, aula em espaços separados; Interlocução permanente com a família, favorecendo a compreensão dos avanços e desafios enfrentados no processo de escolarização, bem como dos fatores extraescolares que possam interferir nesse processo;
Interlocução com a área clínica quando o estudante estiver submetido a tratamento terapêutico e se fizer necessária a troca de informações sobre seu desenvolvimento; Planejamento e organização do atendimento educacional especializado considerando as características individuais de cada estudante que apresenta transtornos do espectro autista, com a elaboração do plano de atendimento objetivando a eliminação de barreiras que dificultam ou impedem a interação social e a comunicação. (BRASIL, 2015).

Por esses motivos que a requisição da formação do professor de salas regulares é importante, pois é entendido que esse profissional trabalha o desenvolvimento do aluno, desta forma é necessário um olhar e um saber diferenciado para que possam dar conta de todas as demandas que vem, cada vez mais, crescendo dentro das instituições de ensino.

3. ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E SUA INFRAESTRUTURA 

Não podemos negar o aumento de alunos com necessidades especiais nas escolas regulares, apesar de poucos estudos mostrando essa evolução, é notório que a inclusão tem acontecido cada vez mais nas unidades de ensino, contudo, segundo um estudo realizado pelo Movimento Todos pela Educação, apenas 4,5% das escolas públicas do Brasil têm todos os itens previstos em lei para atender essa demanda (TOKARNIA apud LOURIS e SANTOS, 2017). 

Uma infraestrutura adequada para atender esses alunos faz total diferença na qualidade de ensino, conforme postulado por Tokarnia:

Na realidade brasileira, infraestrutura está sim relacionada com qualidade de ensino. Temos uma grande desigualdade de infraestrutura e infelizmente as escolas menos equipadas atendem os alunos mais carentes. Os alunos vêm com uma dificuldade devido a diversos fatores e ainda chegam em escolas menos preparadas (apud LOURIS e SANTOS, 2017).

 Uma infraestrutura escolar adequada é mais do que necessária para que os alunos se desenvolvam e para que os professores possam trabalhar da melhor maneira dentro da instituição de ensino. Segundo dados do Censo Escolar de 2017, as deficiências encontradas nas escolas vão desde a rede de esgoto e água, passando por falta de acessibilidade a tecnologias, até chegar a bibliotecas e salas de leitura (MARTINS, 2018). 

A infraestrutura disponível nas escolas tem importância fundamental no processo de aprendizagem. É recomendável que uma escola mantenha padrões de infraestrutura necessários para oferecer ao aluno instrumentos que facilitem seu aprendizado, melhorem seu rendimento e tornem o ambiente escolar um local agradável, sendo, dessa forma, mais um estímulo para sua permanência na escola. (BRASIL, 2011).

Com tais informações é mais do que necessário abrir os olhos para esse tema tão importante dentro do contexto escolar, uma vez que alunos com TEA, bem como os demais alunos, precisam de espaços adequados para que possam desenvolver-se plenamente. Vale lembrar que uma infraestrutura adequada também é importante para que os professores possam utilizar os recursos disponibilizados pela instituição a fim de agregar insumos ao ensino das crianças. Uma infraestrutura adequada é bem mais do que salas de aula e paredes bonitas, trata-se de inclusão e de necessidade, sendo assim, a adaptação e a captação de recursos para o desenvolvimento e reforma das escolas é um tema urgente e que precisa ser estudado e colocado em prática pelos órgãos competentes.

4. RELAÇÃO PAIS E ESCOLA

Para um melhor desenvolvimento escolar dos alunos com TEA, é extrema importância o enrubescimento de um relacionamento sadio entre os pais dos alunos e a instituição escolar. 

Essa relação deve ter como objetivo comum ajudar as crianças a se adaptarem da melhor maneira possível a escolar, mas, além disso, o desenvolvimento de uma comunicação saudável entre os pais e a escola também pode e deve colaborar para o desenvolvimento da criança tanto na escola, como em casa e na sociedade como um todo. Essa participação também traz ao aluno segurança, pois a escola e os pais estarão falando a mesma linguagem, trazendo tranquilidade ao aluno, bem como para a escola e para os pais, visto que o que é ensinado em um lugar é compreendido e reforçado no outro. Esse relacionamento entre escola e pais proporciona ao aluno homogeneidade e consistência nas rotinas, itens importantes na vida cotidiana das crianças com TEA, conforme destacado na pesquisa de MAPELLI (2018).

Essa associação entre pais e escola também deve ter por objetivo buscar melhorias nas instalações escolares para receber esses alunos, assim a luta estende-se para além da instituição e ganha os lares, ambos em busca de um bem comum, o desenvolvimento da criança.

A abertura de novos espaços de participação da família na escola é uma alternativa no sentido de um maior comprometimento de todos com a educação. O Conselho Escolar pode ser a ferramenta nesta aproximação, pois é nela que as famílias podem discutir com professores, alunos, funcionários, equipe diretiva, linhas de ação que venham ao encontro das expectativas de cada segmento. Além disso, a participação de todos nesse processo é um ato democrático e demonstra que todos têm a contribuir em educação, desde que haja envolvimento e comprometimento para com ela (DRESCHER, 2014).

Ainda de acordo com Libânio, Oliveira e Toschi:

A participação é o principal meio de assegurar a gestão democrática, possibilitando o envolvimento de todos os integrantes da escola no processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização escolar. A participação proporciona melhor conhecimento dos objetivos e das metas das escolas, de sua estrutura organizacional e de sua dinâmica, de suas relações com a comunidade, e propicia um clima de trabalho favorável à maior aproximação entre professores, alunos e pais. Nas empresas, a participação nas decisões é quase sempre estratégia que visa à busca de aumento de produtividade. Nas escolas, também se buscam bons resultados, mas há nelas um sentido mais forte de prática da democracia, de experimentação de formas não autoritárias de exercício de poder, de oportunidade ao grupo de profissionais para intervir nas decisões da organização e definir coletivamente o rumo dos trabalhos (LIBÂNEO, OLIVEIRA; TOSCHI, 2009, p. 328-329).

A participação ativa dos pais na escola deveria acontecer sempre, pois como traz Amazonas, Damasceno, Terto & Silva “A família, presente em todas as sociedades, é um dos primeiros ambientes de socialização do indivíduo, atuando como mediadora principal dos padrões, modelos e influencias culturais” (apud DESSEN; POLONIA, 2007). 

Essa interação apenas tem a contribuir para o desenvolvimento da criança, mas como não dizer que essa interação também não contribui para o desenvolvimento da própria escola e dos pais, pois como foi ressaltado acima o aluno poderá contar com a ajuda escolar e a ajuda em casa, desenvolvendo-se em todos os ambientes, mas também existem ganhos no desenvolvimento da instituição que pode, com a ajuda dos pais, buscar melhorias para a instituição através de leis e reivindicações, além de ser possível o compartilhamento de saberes sobre assuntos emergentes relacionados à educação e comportamento da escola para com a sociedade em geral. 

Sabendo que todos os alunos apresentam dificuldade, uma vez ou outra, em alguma matéria ou então nos relacionamentos com colegas, professores ou escola, esse trabalho em conjunto permite que os professores possam ter um diálogo aberto com os pais, facilitando, por exemplo, o encaminhamento da criança a um especialista, pois existe confiança no trabalho docente e existe uma comunicação eficaz, onde os pais poderão verificar se o que acontece na escola acontece em casa ou vice-versa. 

Também permite aos professores mapearem as famílias atendidas pela escola, compreendendo qual é a sua situação frente à escolarização do filho, conhecendo, além disso, quais são as condições simbólicas e materiais dessas famílias para, a partir dessas informações, tecer e organizarem um ambiente onde se possa estudar a melhor forma de atender os alunos que são desprovidos de apoio familiar no envolvimento escolar (CASTRO; REGATTIERI; 2009) ou auxiliarem os pais que precisam de algum tipo de apoio ou informação.

Entendendo a importância desse vínculo podemos nos questionar qual seria o primeiro passo que a escola poderia dar a fim de criar esses laços. Primeiramente é interessante ressaltar que são os pais é quem deveriam se interessar pela vida acadêmica dos filhos, indo atrás de professores, coordenadores e etc., a fim de saberem como a criança está se desenvolvendo, mas infelizmente não é isso que acontece na maioria das vezes, a educação é terceirizada e cobrada apenas da instituição de ensino, assim a criança aprende uma coisa em casa e outra na escola, uma confusão então é instaurado e o desenvolvimento dessa criança tem uma curva maior até o ponto que deveria chegar. Segundo Fábio Lednk Milagres, em sua resenha do livro Qualidade de Ensino: A contribuição dos Pais, do autor Vitor Henrique Paro:

Na investigação, notou-se uma crença unânime entre professores, coordenadores pedagógicos, funcionários e direção quanto à importância de ajuda dos pais para o bom desempenho dos alunos na escola. Porém, na mesma medida em que enfatizam a importância e a necessidade de os pais participarem, reclamam da falta dessa participação (MILAGRES, 2002).

Contudo vale ressaltar que existe também uma parcela de responsabilidade da escola em integrar os pais no mundo pedagógico de seus filhos. Pensando nisso, além das reuniões de pais, seria interessante disponibilizar aos responsáveis e a comunidade como um todo, palestras com temas urgentes, como por exemplo, dúvidas que os pais tenham sobre o desenvolvimento dos filhos com TEA. Essa interação, além de propiciar um vínculo com os pais, poderia proporcionar à família um conhecimento maior sobre o desenvolvimento das crianças, trazendo informações que agreguem na educação e no convívio em sociedade. Além disso, pode-se criar Associação de Pais ou incluí-los em Conselhos para decisões gerais, tais ações têm como objetivo a integração e interação de representantes legais no desenvolvimento das crianças e no enrijecimento dos saberes sobre os assuntos emergentes como a TEA. 

Tais ações estão pautadas pela LDB/96 que reafirma como dever da escola definir formas de democratização onde é estabelecido um relacionamento com a sociedade:

Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;
II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. (LDB/96).
Tal vínculo é de suma importância, principalmente para as crianças com TEA, pois com a colaboração de todos os envolvidos a criança poderá desenvolver-se de uma maneira mais eficaz e saudável, pois a busca por melhorias dentro e fora da sala de aula estará sendo discutida pelos responsáveis em todos os segmentos da escola e da sociedade como um todo. 

5. CONCLUSÕES

Com base no que foi apresentado podemos concluir que a relação aluno, escola e família são essenciais para o pleno desenvolvimento das crianças autistas. Também pudemos concluir sobre a importância da formação adequada dos profissionais que atendem essas crianças na escola para um ensino de qualidade e eficaz, visando que existe um aumento dessa demanda em sala de aula. 

Sabendo que a escola é uma extensão da casa, o trabalho pedagógico e socioemocional da escola tem que estar alinhado com o da família para que flua de forma tranquila para as crianças, principalmente para as crianças com TEA. Vimos também que a infraestrutura é de suma importância para o aprendizado dos alunos com TEA, desta forma, precisamos nos preparar em todos os âmbitos escolares para que seja possível atender e suprir as necessidades do educando nas escolas da melhor forma possível.

Tais ações têm como objetivo maior auxiliar e facilitar o desenvolvimento dessas crianças, de uma forma que a escola possa ser um recurso mais do que válido para aprender e desenvolver aptidões e saberes que serão utilizados ao longo da vida. 

REFERÊNCIAS

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Censo escolar da educação básica 2010. Brasília, Inep. 2011. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/basicalevantamentos-acessar>. Acesso em 08 nov. 2023.

BRASIL. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência) nº 13.146/2015. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm>. Acesso em 08 nov. 2023.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.304/96. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em 08 nov. 2023.

CASTRO, Jane Margareth; REGATTIERI, Marilza. Interação escola-família: subsídios para práticas escolares/Jane Margareth Castro, Marilza Regattiere (orgs.). Ministério da Educação; Unesco, p. 70-76. Brasília, 2009.

DESSEN, M. A.; POLONIA, A. C. A família e a escola como contextos de desenvolvimento humano. Revista Paidéia, Ribeirão Preto, v. 17, n. 36, p. 21-32, 2007.

DRESCHER, Carla Hulda Pfeifer. A importância do conselho escolar para a gestão democrática da escola. Universidade Federal de Santa Maria. Agudo, RS: 2014.

LIBÂNEO, J.C.; OLIVEIRA, J.F.de.; TOSCHI, M.S. Educação Escolar: Políticas, estrutura e organização. 7 ed. São Paulo: Cortez, 2009.

LOURIS, Amanda Beatriz; SANTOS, Leticia Piana. A educação precária brasileira e seus efeitos na vida do adolescente envolvido no tráfico de drogas. Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE: 2017.

MAPELLI, Lina Domenica et al. Criança com transtorno do espectro autista: cuidado na perspectiva familiar. Esc. Anna Nery, Rio de Janeiro, v. 22, n. 4, 2018. Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em 08 nov. 2023.

MILAGRES, F. Qualidade de ensino: a contribuição dos pais. Quaestio – Revista de Estudos em Educação, v. 4, n. 1, p. p. 115-119, 2002. Disponível em: <http://periodicos.uniso.br>. Acesso em 08 nov. 2023.

MORAES, Mônica Figueiredo de. A influência da infraestrutura no desempenho escolar: estudo de caso de três colégios do estado do rio de janeiro. Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação/CAEd. Juiz de Fora: 2014. Disponível em: <http://www.mestrado.caedufjf.net>. Acesso em 08 nov. 2023.

OLIVEIRA, Zélia Maria Freire de. Fatores influentes no desenvolvimento do potencial criativo. Estud. psicol. (Campinas), Campinas, v. 27, n. 1, p. 83-92, Mar. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo>. Acesso em 08 nov. 2023.

SILVEIRA, Luiza Maria de Oliveira Braga; WAGNER, Adriana. Relação família-escola: práticas educativas utilizadas por pais e professores. Psicol. Esc. Educ. (Impr.), Campinas, v. 13, n. 2, p. 283-291, Dec. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em 08 nov. 2023.


1BRUNA KAROLAYNE OLIVEIRA MALTA – Licenciatura em Química – Faculdade de Ciências Médicas de Cacoal
2ELIANA AMARAL DE OLIVEIRA – Mestrado em Educação Inclusiva – Universidade Federal do Tocantins/TO
3REJANE BONADIMANN MINUZZI – Mestrado em Diversidade Cultural e Inclusão social – FEEVALE – Novo Hamburgo/RS
4CRISTIANO SOUZA DA SILVA – Especialização em Gerontologia – FAVENI
5ROSELI MARIA DE JESUS SOARES – Especialização em Educação Digital: Ação docente para uma atuação inovadora – Universidade Virtual do Estado de São Paulo/SP
6RAFAEL ARNALDO JUNIOR – Especialização em Educação Especial e Psicomotricidade – Faculdade São Luís.
7REJANE GOMES MARTINS – Especialização em Gestão Escolar – Instituto Pro Minas
8RHAISSA PEREIRA SANTOS DE MORAES – Especialização em Psicopedagogia e Educação Infantil – Faculdade Iguaçu
9SILVANA DA SILVA REIS – Graduação em Pedagogia – Universidade Federal de Goiás
10ORLENES RIBEIRO DOS SANTOS – Licenciatura Plena em Pedagogia – Universidade Pitágoras
11BIBIANA KAISER DUTRA- Doutorado em Ecologia e Evolução da Biodiversidade – Instituto Federal Farroupilha/RS