PAPEL DO ULTRASSOM NO DIAGNÓSTICO DAS DOENÇAS CAROTÍDEAS: UMA REVISÃO NARRATIVA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11427681


Ana Carolina Rodrigues de Andrade1
Humberto Lucca Andrade Moreira2
Ian Freire Castro1
Diógenes Lavor Bezerra3
Paulo Renato Pereira Magalhães2
Marcia Grazielly Souza Vieira4
Francisco Eduardo Siqueira da Rocha4


1.     INTRODUÇÃO

As artérias carótidas são responsáveis por transportar sangue oxigenado do coração até ao cérebro. Originam-se no arco aórtico, passam através do pescoço e terminam na cabeça. São responsáveis pela irrigação do pescoço, face e cérebro. Quando há acumulo de placas de aterosclerose nessa região, preferencialmente ao nível da bifurcação da artéria carótida comum e origem da artéria carótida interna, temos o que é chamado de doença carotídea aterosclerótica, que também pode ser conhecida por estenose carotídea (EC) ou doença vascular extracraniana.

 A aterosclerose é uma doença sistêmica e complexa que resulta em placas constituídas, majoritariamente, de células necróticas, lipídios e cristais de colesterol que se acumulam dentro das paredes das artérias e são causa da maioria dos eventos cardiovasculares clínicos. (SBACV, 2023)

A EC é uma importante causa de ataque isquêmico transitório (AIT) e acidente vascular cerebral (AVC).

Ela se manifesta através da embolia cerebral, hipoperfusão secundária, invasão intracraniana de trombo por acidente de uma placa ateromatosa ou dissecção da parede arterial.

Atualmente, a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) recomenda que o tratamento deve ser inicialmente realizado de forma conservadora, com mudança de estilo de vida e medicações específicas e, em alguns casos, procedimentos invasivos. Entre os pacientes avaliados com doença carotídea, podemos encontrar pacientes assintomáticos ou sintomáticos (quando apresentaram AIT ou AVC). Em pacientes com estenose carotídea importante, o tratamento cirúrgico através de endarterectomia da carótida (EDC) tem sido o tratamento adotado para a prevenção de AVC, enquanto a angioplastia carotídea (AC) com stent tem sido proposto como uma opção terapêutica para pacientes de alto risco cirúrgico. (SBACV, 2023)

Dentre os métodos de avaliação disponíveis, o uso do ultrassom (US) vem tendo papel importante no diagnóstico das doenças carotídeas. Devido à sua ampla aplicabilidade, relativo baixo custo e reprodutibilidade, o US tem ganhado espaço dentro não só da cirurgia vascular, mas também de outras especialidades médicas.

A Atualização da Recomendação para Avaliação da Doença das Artérias Carótidas e Vertebrais pela Ultrassonografia Vascular: DIC, CBR, SBACV, que foi publicada em 2023, discute sobre os métodos que podem ser usados dentro dessa avaliação. Dentre eles, ganham destaque o ultrassom (US), modo B, em escalas de cinza e imagens com fluxo Doppler colorido (UDC). Dentro desses métodos, a US é capaz de avaliar estenoses carotídeas tanto pelo critério de velocidades quanto pela quantificação da estenose feita pelas medidas dos diâmetros residuais. A mesma publicação chama atenção para a razão de velocidades pré- estenose e no ponto da estenose que é maior que duas vezes para as estenoses maiores que 50% e, principalmente, a análise da redução do lúmen pelo Doppler colorido ou power Doppler do fluxo e pelo modo B. (Albricker et al, 2023).

Este trabalho tem como objetivo avaliar, frente às atualizações recentes das recomendações e do potencial danoso que as doenças carotídeas têm à saúde, onde o ultrassom doppler se encaixa no diagnóstico dessas afecções e como as recomendações brasileiras se encaixam no contexto mundial atual. 

2.     metodologia

Trata-se de uma revisão narrativa, a qual partiu da pergunta de pesquisa: “Qual o atual papel do Ultrassom Doppler no diagnóstico das doenças carotídeas? ”. A pesquisa bibliográfica foi feita utilizando as bases de dados Pubmed, Web of Science e DOAJ. Foram utilizados como descritores Decs: “Ultrassom Doppler”, “Doença Carotídea” e “Aterosclerose”. A busca foi delimitada aos trabalhos publicados nos anos de 2019 a 2024. Foram resgatados na PubMed 116 artigos, no Web Of Science, 92 artigos, no DOAJ, 89 artigos, totalizando 297 resultados.

Os critérios de inclusão foram: artigos escritos em português, inglês ou espanhol, que respondessem à pergunta de pesquisa e que estivessem dentro do recorte temporal delimitado. 194 foram selecionados após a leitura do título. 117 duplicatas foram eliminadas, e trinta e seis foram eliminados após a leitura do resumo, restando 24 trabalhos para serem lidos na íntegra. Ao final, 13 artigos foram selecionados (Figura 1), os quais abordam a proposta delimitada na pergunta de pesquisa dentro do contexto brasileiro.

Figura 1 – Fluxograma contendo o processo de seleção dos artigos revisados

Fonte: Autoria própria.

3.     resultados

Os artigos selecionados para compor este trabalho estão listados no Quadro 1 com as principais informações sobre as características destes estudos.

Quadro 1 – Síntese das principais informações acerca dos artigos revisados

Ano de publicaçãoAutoresTítuloAmostraObjetivo
2023Rakesh Vijaywargiya, Gaurav Bhandari, Vasudev Lodhi, Aksha Tanwani.Evaluation of Carotid Arteries in Stroke Patients using Colour Doppler Sonography: A Cross-sectional Study80Diagnosticar e caracterizar a morfologia da placa na porção extracraniana das artérias carótidas por meio da ultrassonografia Doppler colorida em pacientes com acidente vascular cerebral.
2022Ayfer Ertekin.Evaluation of extracranial carotid flow velocities with Doppler USG and its relationship with various risk factors in patients presenting with acute ischemic stroke: A clinical study conducted in Turkey67 O estudo visa identificar os pacientes em risco de acidente vascular cerebral, revelando os fatores de risco associado às variáveis de velocidade do fluxo carotídeo medido por ultrassonografia Doppler em pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico agudo e iniciar medidas preventivas em pacientes de alto risco
2019Rafailidis, Vasileios, Chryssogonidis, Ioannis, Xerras, Chrysostomos, Nikolaou, Irini, Tegos, Thomas, Kouskouras, Konstantinos, Rafailidis, Dimitrios, Charitanti-Kouridou, Afroditi.  A comparative study of color Doppler imaging and contrast-enhanced ultrasound for the detection of ulceration in patients with carotid atherosclerotic disease54Avaliar a acurácia diagnóstica do Doppler colorido (CDI) e da ultrassonografia com contraste (CEUS) no diagnóstico de ulceração carotídea, tendo a angiotomografia computadorizada com múltiplos detectores (MDCTA) como método de referência.
2023Sultan, Salahaden R, Bashmail, Fatima T, Alzahrani, Nouf A, Alharbi, Shahd I, Anbar, Rayan, Alkharaiji, Mohammed.Is 3D ultrasound reliable for the evaluation of carotid disease? A systematic review and meta-analysis918Este estudo tem como objetivo revisar e analisar sistematicamente a confiabilidade da US3D na avaliação da doença carotídea.
2023Naaem Simaan , Tamer Jubeh, Karine Beiruti Wiegler, Adi Sharabi-Nov, Asaf Honig  and Radi ShahienComparison of Doppler Ultrasound and Computerized Tomographic Angiography in Evaluation of Cervical Arteries Stenosis in Stroke Patients, a Retrospective Single-Center Study100O objetivo é testar a concordância dos resultados de duas modalidades diagnósticas amplamente utilizadas em pacientes com AVC: ultrassonografia duplex (DUS) e computadorizada angiografia tomográfica (CTA).
2022Daniele Fresilli, Nicola Di Leo, Ombretta Martinelli, Luca Di Marzo, Patrizia Pacini, Vincenzo Dolcetti, Giovanni Del Gaudio, Fabrizio Canni, Ludovica Isabella Ricci, Corrado De Vito Corrado Caiazzo  · Rafaella Carletti, Cira Di Gioia, Iacopo Carbone, Steven B. Feinstein, Carlo Catalano, Vito Cantisani3D‑Arterial analysis software and CEUS in the assessment of severity and vulnerability of carotid atherosclerotic plaque: a comparison with CTA and histopathology106Nosso objetivo é avaliar a eficácia do ultrassom multiparamétrico (MPUS) para avaliação da vulnerabilidade da placa carotídea e grau de estenose carotídea em comparação com angiotomografia computadorizada (CTA) e histologia
2021Hediyeh Baradarana Alen Delicb Ka-Ho Wongc Nazanin Sheibanic Matthew Alexandera J. Scott McNallya Jennifer J. Majersikc Adam De HavenoncUsing Ultrasound and Inflammation to Improve Prediction of Ischemic Stroke: A Secondary Analysis of the Multi-Ethnic Study of Atherosclerosis5,918Examinar a relação entre medições basais de ultrassom e inflamação e risco subsequente de acidente vascular cerebral isquêmico primário
2022Aiyun Zhou, Wan Zhu, Pan Xu , Chunxiao Zhao , Liping Jiang , Wenxin YuanCarotid contrast-enhanced ultrasonography combined with sirtuin-3 in the diagnosis of plaques in carotid atherosclerosis517Investigar o papel da SIRT3 em pacientes CAS e seu valor diagnóstico para placas instáveis quando combinado com CEUS
2021Mehravar Rafati, Atieh Zali, Ali Ghorbanpour, Mohammadreza SehhatiAnalysis of sequential ultrasound frames for the measurement of hemodynamic stresses, critical bent buckling pressure, and critical buckling torque of human common carotid atherosclerosis155A investigação das propriedades hemodinâmicas e alterações da espessura médio-intimal da carótida comum artéria em seres humanos com aterosclerose, a fim de determinar as relações entre esses índices
2022Jeroen J.W.M. Brouwers, Janey F.Y. Jiang, Robert T. Feld, Louk P. van Doorn, Rob C. van Wissen, Marianne A.A. van Walderveen, Jaap F. Hamming, and Abbey SchepersA New Doppler-Derived Parameter to Quantify Internal Carotid Artery Stenosis: Maximal Systolic Acceleration947A ultrassonografia Doppler (USD) é usada como medida inicial para diagnosticar e classificar a estenose da artéria carótida. Fatores de distorção locais, como calcificação vascular, podem influenciar a capacidade de obter medições DUS. A aceleração sistólica máxima derivada do DUS (ACCmax) fornece uma maneira diferente de determinar o grau de estenose. Enquanto o DUS convencional parâmetros são medidos na própria estenose, ACCmax é medido distalmente à carótida interna estenose da artéria (ACI). O valor da ACCmax na estenose da ACI foi investigado neste estudo.
2024Andrejs Lioznovs, Maija Radzina, Laura Saule, Peteris Einars Grinbergs  and Aigars LacisWhat Is the Added Value of Carotid CEUS in the Characterization of Atherosclerotic Plaque?53O objectivo desta revisão foi avaliar o papel do novo método multiparamétrico de US – contraste ultrassom (CEUS) – na verificação da instabilidade da placa aterosclerótica
2019Zhou Chu, Liu Cheng, Qiao TongCarotid artery calcification score and its association with cognitive impairment102Investigar retrospectivamente a possível associação entre o escore de calcificação da artéria carótida (EC) e o comprometimento cognitivo em pacientes com estenose da artéria carótida (CAS).
2021Gabriel Cismaru, Teodora Serban and Alexandru TirpeUltrasound Methods in the Evaluation of Atherosclerosis: From Pathophysiology to Clinic Compilar informações sobre os métodos de ultrassom usados na avaliação de aterosclerose.

Fonte: Autoria própria.

4.     discussão

Os artigos encontrados abordam de forma geral os métodos de imagem para a avaliação e diagnóstico da doença aterosclerótica carotídea, com foco na comparação entre diferentes modalidades de ultrassonografia.

Investigando, assim, a precisão diagnóstica, confiabilidade e utilidade clínica de várias técnicas de imagem, como ultrassom com contraste (CEUS), ultrassom 3D (3DUS) e ultrassom Doppler convencional (2DUS), para avaliação da estenose, ulceração e vulnerabilidade da placa carotídea. Fatores esses, que são de vital importância para definir o grau de periculosidade das placas arterioscleróticas e para a avaliação de risco do paciente.

Rafailidis et al (2019), avaliou a eficácia do CEUS em comparação com o ultrassom Doppler colorido (CDI) na detecção de ulceração carotídea e concluiu o CEUS como ferramenta valiosa na avaliação da doença carotídea em pacientes sintomáticos e assintomáticos.  O CEUS ofereceu maior precisão diagnóstica em comparação com o CDI, especialmente na identificação de placas vulneráveis e ulcerações. A sensibilidade, especificidade e valores preditivos positivos e negativos do CDI para o diagnóstico de ulceração foram 41,2%, 97,95%, 87,5% e 82,8% respectivamente, enquanto o CEUS exibiu respectivas medidas de 94,1%, 97,95%, 94,1% e 97,95. %.

A presença de neovascularização foi identificada como um marcador de placa instável e um preditor de risco cardiovascular por Lioznovs et al (2024) ressaltando a utilidade clínica do CEUS na estratificação de risco e na definição de algoritmos de tratamento para prevenir AVCs. O estudo indicou regiões com alta neovascularização e ulcerações nas superfícies das placas como sugestivas de aumento do risco de instabilidade.

Essa técnica, no entanto, mostrou-se limitada por fatores como qualidade de imagem dependente do operador e possíveis reações alérgicas a agentes de contraste.

O artigo “Software de análise 3D‑Arterial e CEUS na avaliação da gravidade e vulnerabilidade da placa aterosclerótica carotídea: uma comparação com ATC e histopatologia” tem como objetivo avaliar a eficácia do Ultrassom Multiparamétrico (USMP) na avaliação da vulnerabilidade da placa carotídea e do grau de estenose em comparação com Angiografia por tomografia computadorizada e histologia.

O estudo envolveu 106 pacientes agendados para endarterectomia carotídea, os quais foram submetidos a avaliações com US Doppler colorido, ultrassom com contraste, US com análise arterial 3D e ATC. Após a cirurgia, as amostras de carótida foram examinadas histologicamente para avaliar as características de vulnerabilidade da placa.

Os resultados mostraram alta acurácia diagnóstica para CEUS e 3DAA na identificação de estenose carotídea grave, com 94,5% de acurácia para CEUS e 98,4% para 3DUS. O exame histopatológico revelou valores de acurácia diagnóstica de 93,4% para CEUS e 90,3% para 3DUS na identificação de placas vulneráveis.  (Fresilli et al, 2022)

Adicionalmente, Sultan et al (2023) investigou a confiabilidade da US3D para a avaliação da doença carotídea em uma revisão sistemática e meta-análise que revisou 16 publicações compreendendo 918 carótidas estenosadas. A análise dos estudos revisados ​​revelou que a US3D apresenta excelente reprodutibilidade intra e interobservador (intraobservador: coeficiente de correlação r=0,88-0,92; interobservador: r=0,91, IC 95% 0,87-0,95) e excelente concordância com US2D (r=0,89, IC 95% 0,83-0,95) e angiografia (r=0,73, IC 95% 0,44-0,1) e sugere que a 3USD é confiável para a avaliação da doença carotídea.

No entanto, o estudo reconhece a necessidade de investigação de alta qualidade para abordar a heterogeneidade entre estudos, o viés de publicação e a relação entre pontuações de qualidade e resultados específicos. Em resumo, a pesquisa demonstra que a US3D se mostra promissor para implementação clínica. No entanto, são necessárias mais investigações para abordar as limitações identificadas e compreender completamente a confiabilidade das características da placa carotídea usando US3D em diferentes populações de pacientes. (Sultan et al, 2023)

Ainda discutindo sobre o CEUS, os resultados trazidos por Zhou et al (2022) mostram que pacientes com aterosclerose carotídea (CAS) grave exibiram níveis significativamente mais elevados de marcadores inflamatórios (proteína C reativa, interleucina-6), colesterol total e colesterol de lipoproteína de baixa densidade, bem como níveis mais baixos de colesterol de lipoproteína de alta densidade. Além disso, os níveis de SIRT3 foram marcadamente mais baixos em pacientes com CAS grave e placas instáveis. A combinação de CEUS e SIRT3 é sugerida como uma estratégia potencial para o diagnóstico de placas instáveis.

Em termos de metodologia, o estudo empregou um desenho observacional prospectivo, medindo os níveis séricos de SIRT3 usando um ensaio imunoenzimático (ELISA) e avaliando as condições da placa usando várias técnicas de imagem. Análises estatísticas, incluindo regressão logística, foram utilizadas para identificar fatores de risco para placas instáveis. O estudo demonstra o valor diagnóstico potencial da SIRT3 em combinação com CEUS para placas instáveis, uma vez que as curvas Receiver Operating Characteristic (ROC) revelaram que a combinação de CEUS e SIRT3 apresentou alta sensibilidade e especificidade no diagnóstico.

Em um caminho alternativo, Baradaran et al (2021) apontou que os níveis de interleucina-6 sérica (IL-6) quando analisados junto à distensibilidade carotídea (DC) e à estenose carotídea (CS) estavam associadas à ocorrência de acidente vascular cerebral. A adição de tercis de CD, IL-6 e categorias de CS a um modelo de linha de base que incluía fatores de risco vascular clínico tradicional melhorou significativamente o ajuste do modelo. O estudo sugeriu que essas medições básicas de ultrassom e soro poderiam ter implicações nos esforços de prevenção primária ou nos critérios de inclusão em ensaios clínicos. O artigo destaca que a atual previsão do risco de AVC isquêmico depende principalmente de fatores clínicos e carece da incorporação de marcadores de imagem ou laboratoriais. Tendo como objetivo abordar essa lacuna, explorando o potencial do ultrassom e dos marcadores séricos para melhorar a previsão de risco.  O estudo também reconheceu diversas limitações, incluindo o uso de dados de visitas iniciais dos participantes e a falta de contabilização de alterações nos fatores de risco vascular durante o período do estudo. Além disso, a ausência de aplicabilidade geral dos resultados a todas as populações foi apontada como uma limitação.

Tratando de outra modalidade de avaliação por Ultrassom, Vijaywargiya, BHANDARI, LODHI e TANWANIO (2023) discutem em seu trabalho de pesquisa a morfologia da placa na porção extracraniana das artérias carótidas por meio de Doppler colorido (DUS) em pacientes com AVC.

O estudo, realizado na Índia, incluiu 80 pacientes com AVC e teve como objetivo caracterizar a morfologia da placa e avaliar o grau de estenose usando vários parâmetros Doppler, como Pico de Velocidade Sistólica (VPS). Os autores utilizaram exame Doppler colorido e análise espectral para avaliar as artérias carótidas, e parâmetros estatísticos como o teste t de Student foram empregados para avaliar a associação entre os parâmetros Doppler e o grau de estenose. A sensibilidade e especificidade de diferentes parâmetros Doppler para detecção de estenose foram analisadas, revelando que a imagem Doppler colorida superou a imagem em modo B na identificação de estenose de alto grau e na diferenciação entre oclusão total e oclusão quase total.

 Embora o estudo não tenha sido comparado com uma modalidade padrão-ouro, a utilização da ultrassonografia Doppler colorida para detecção e avaliação da doença arterial carotídea foi enfatizada como uma abordagem custo-efetiva e não invasiva.

A pesquisa também buscou classificar as placas em quatro tipos com base na ecogenicidade: Tipo 1 – Placas com borda fina na superfície e natureza predominantemente anecoica, Tipo 2 – Placas com menos de 25% de componentes ecogênicos, Tipo 3 – Placas com menos de 25 % de componentes hipoecóicos e placas Tipo 4 – predominantemente ecogênicas.

Na avaliação, o fator de risco mais comum observado foi hipertensão, e 67% dos pacientes com AVC apresentavam placa na vasculatura carotídea.

A maioria dos pacientes com placa apresentava estenose inferior a 50%, enquanto 29,6% apresentavam estenose significativa (>50%). (Vijaywargiya, BHANDARI, LODHI, TANWANIO, 2023)

Ertekin (2022) investigou a associação entre as velocidades do fluxo carotídeo e vários fatores de risco em pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico agudo, utilizando a ultrassonografia Doppler (USG) como principal ferramenta diagnóstica. A relação entre velocidades do fluxo carotídeo e volume do infarto cerebral, fatores comórbidos, variáveis ​​bioquímicas, disfunção sistólico-diastólica do ventrículo esquerdo foi analisada por meio de análise estatística.

Os resultados do estudo revelaram várias associações significativas:

Associação 1: Velocidade do fluxo diastólico final da artéria carótida comum e volume do infarto cerebral. Houve uma correlação negativa significativa entre a velocidade do fluxo diastólico final da artéria carótida comum e o volume do infarto cerebral na doença aguda.

Associação 2: Pico de velocidade sistólica da artéria carótida comum e tabagismo. Foi encontrada uma relação positiva significativa entre velocidade de pico sistólico da artéria carótida comum e tabagismo.

Associação 3: Espessura íntima-média da artéria carótida comum e glicemia. Foi observada uma correlação positiva significativa entre a espessura íntima-média da artéria carótida comum e glicemia.

Associação 4: Velocidade do fluxo diastólico final da artéria carótida comum, hipertensão e doença cardíaca isquêmica.

Uma correlação negativa significativa foi detectada entre a velocidade do fluxo diastólico final da artéria carótida comum e a hipertensão, bem como uma relação significativa entre a velocidade do fluxo diastólico final da artéria carótida e doença cardíaca isquêmica.

Associação 5: Disfunção diastólica do ventrículo esquerdo e velocidade de pico de fluxo sistólico da artéria carótida interna. A disfunção diastólica do ventrículo esquerdo foi associada à diminuição da velocidade de pico de fluxo sistólico da artéria carótida interna em pacientes.

O estudo observou uma associação potencial entre velocidades do fluxo carotídeo e disfunção cardíaca, fornecendo informações sobre as implicações diagnósticas do ultrassom Doppler na avaliação da estenose carotídea e na previsão de infarto cerebral.

Em um curso contrário, Brouwers et al (2022) explora os benefícios potenciais do uso de aceleração sistólica máxima (ACCmax) em comparação com parâmetros convencionais de USD, como velocidade de pico sistólico (PSV) da artéria carótida interna (ACI). O estudo envolveu uma revisão retrospectiva de estudos de ecocardiograma de artéria carótida em um centro acadêmico terciário, com foco na acurácia diagnóstica de ACCmax e PSV ACI em comparação com a medição de estenose derivada de angiotomografia computadorizada como teste de referência.

Os resultados revelaram que o ACCmax foi significativamente diferente entre os diferentes grupos de estenose (<50%, 50–69% e ≥70%) e exibiu fortes correlações com o PSV da ACI. O ACCmax teve sensibilidade de 90% e especificidade de 89% para diagnosticar estenose da ACI ≥70% e sensibilidade de 82% e especificidade de 88% para diagnosticar estenose da ACI ≥50%. No entanto, quando comparado ao índice PSV e ao PSV da ACI, a área sob a curva (AUC) da ACCmax foi significativamente menor para o diagnóstico de estenose da ACI ≥50%, sem diferenças significativas para o diagnóstico de estenose da ACI ≥70%. Estes resultados sugerem que a ACCmax é uma medida adicional interessante de USD para determinar o grau de estenose da ACI.

O estudo destacou que o ACCmax fornece uma maneira diferente de determinar o grau de estenose em comparação com os parâmetros convencionais, pois é medido distalmente à estenose e não é afetado por fatores de distorção locais no local da estenose. Os pesquisadores reconheceram algumas limitações do estudo, incluindo o desenho retrospectivo, o menor número de casos com graus mais elevados de estenose e a falta de análise interobservador para ACCmax devido ao desenho do estudo.

Rafati, Zali, Ghorbanpour, Sehhati (2021) investigaram as propriedades hemodinâmicas e as alterações da espessura médio-intimal (EIM) da artéria carótida comum em 155 pacientes do sexo masculino com aterosclerose. O estudo teve como objetivo determinar as relações entre esses índices e verificar a utilidade potencial dos parâmetros hemodinâmicos e biomecânicos na avaliação do desenvolvimento da aterosclerose e na orientação de estratégias de tratamento intervencionista.

Vários parâmetros da ACC foram medidos, incluindo aceleração, diâmetro do lúmen, EIM e velocidade usando ultrassonografia modo B e Doppler. Os resultados mostraram que todos os parâmetros biomecânicos da ACC foram significativamente diferentes em pacientes com estenose leve, moderada e grave em comparação ao grupo controle. Houve também uma correlação significativa entre índices biomecânicos baseados em EIM e não baseados em EIM, incluindo deformação circunferencial, índice de rigidez e tensão de cisalhamento em diferentes grupos de estenose.

O estudo concluiu que os parâmetros biomecânicos avaliados na CCA podem ser indicadores úteis do desenvolvimento de aterosclerose e podem ajudar na caracterização do risco de doença arterial coronariana.

Zhou, Cheng, Tong (2019) investigam a associação entre o escore de calcificação da artéria carótida (CS) e o comprometimento cognitivo em pacientes com estenose da artéria carótida (EC). O estudo foi conduzido usando ultrassom Doppler colorido, angiotomografia computadorizada espiral com múltiplos detectores e ressonância magnética em 102 pacientes com CAS.

A correlação entre EC e escores cognitivos, grau de estenose vascular e parâmetros histológicos e morfológicos da placa foi analisada. O valor de CS apresentou correlações significativas com a área da parede, área total dos vasos sanguíneos e carga de placa, e teve valor preditivo para a probabilidade de ocorrência de lipídios na placa carotídea. Esses achados sugerem que a CS da artéria carótida está significativamente correlacionada com os escores cognitivos e pode ser usada como fator de risco para triagem precoce de comprometimento cognitivo em pacientes com CAS.

Sugere-se que o mecanismo esteja relacionado ao impacto da calcificação na carga de placa.

Os valores de CS foram medidos por angiotomografia e os pacientes foram divididos em grupos de CS leve, moderada e grave. A pesquisa confirma a correlação significativa entre o valor de CS e o comprometimento cognitivo em pacientes sem AVC, indicando o potencial do valor de CS como um fator de risco independente para comprometimento cognitivo vascular. No entanto, o estudo observa as limitações dos métodos de avaliação atuais e apela a mais investigação para estreitar a margem de erro e melhorar a base de divisão para grupos cognitivos.

Cismaru, Serban, Tirpe (2021) fornecem uma revisão abrangente de métodos de ultrassom não invasivos e invasivos para avaliação, caracterização e avaliação de risco de placas ateroscleróticas, enfatizando a importância da identificação precoce devido a uma progressão silenciosa.

A revisão começa abordando os métodos convencionais de ultrassom, incluindo ultrassonografia modo B com modo Doppler, e sua visualização rápida e econômica e avaliação qualitativa da placa. A medição da espessura médio-intimal da carótida (C-IMT), embora um tanto contestada, é identificada como potencialmente útil na identificação de aterosclerose subclínica. A ultrassonografia com contraste é destacada por sua capacidade de proporcionar melhor resolução e visualização da neovascularização da placa, correlacionando-se com futuros eventos cardiovasculares.

O artigo discute então técnicas de elastografia emergentes, como elastografia de deformação e elastografia por onda de cisalhamento, que acrescentam uma dimensão biomecânica à avaliação da placa.

A pesquisa discute ainda o potencial dos métodos de ultrassom por meio da apresentação de um estudo prospectivo BioImage de 2015 que avaliou biomarcadores de imagem vascular com capacidade preditiva para eventos aterotrombóticos precoces. Constatando que biomarcadores de imagem, incluindo US-3D, podem ser utilizados como métodos complementares aos fatores de risco convencionais.

O artigo apoia o importante papel das técnicas de ultrassom na avaliação, caracterização e avaliação de risco de placas ateroscleróticas, contribuindo em última análise para melhorar os resultados dos pacientes através de uma melhor vigilância da doença, diagnóstico e estratificação de risco.

Em resumo, os estudos encontrados destacam a importância crescente do ultrassom na avaliação das artérias carótidas, desde a caracterização de placas ateroscleróticas à sua associação com condições como comprometimento cognitivo e AVC.

Estas descobertas têm implicações significativas na prática clínica, fornecendo informações valiosas sobre a avaliação e o diagnóstico da doença carotídea, o que pode influenciar estratégias preventivas e de tratamento.

5.     CONCLUSÃO

A Atualização da Recomendação para Avaliação da Doença das Artérias Carótidas e Vertebrais pela Ultrassonografia Vascular: DIC, CBR, SBACV, que foi publicada em 2023, discute temas como a espessura mediointimal (EMI) e a placa carotídea (PC) e os definem, na avaliação ultrassonográfica, como critérios diagnósticos importantes.

Além disso, destaca-se a relevância da avaliação dos critérios técnicos para a quantificação das estenoses, particularmente a velocidade e as razões de velocidades pelo método Doppler, a visualização da placa, entre outros parâmetros, para conferir confiabilidade e facilitar o diagnóstico.

Tais resultados, espelham o que foi encontrado neste trabalho. As principais técnicas são constantemente revistas, revisadas e atualizadas na literatura científica, mostrando a importância do avanço contínuo na área de imagem carotídea e na compreensão da doença aterosclerótica e apontam para o potencial de novas técnicas de imagem, na caracterização e prevenção de eventos adversos.

Ainda que a atualização não discuta temas como o uso de marcadores inflamatórios, algo que foi proposto por alguns dos trabalhos inclusos nessa revisão, ela tem um enfoque nos outros métodos aqui propostos.

Deve-se ressaltar a necessidade de novos artigos acerca dessa temática para demonstrar cada vez mais a relevância do uso do ultrassom na prática clínica, especialmente na cirurgia vascular.

REFERÊNCIAS

Ayfer Ertekin. “Evaluation of Extracranial Carotid Flow Velocities with Doppler USG and Its Relationship with Various Risk Factors in Patients Presenting with Acute Ischemic Stroke: A Clinical Study Conducted in Turkey.” Romanian journal of neurology 21.2 (2022): 140–150. Print.

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Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular – SBACV, São Paulo, SP, Brasil


¹ Residente em Cirurgia Vascular do Hospital Geral de Fortaleza – HGF

² Graduando do Curso de Medicina. Universidade Estadual do Ceará – UECE

3 Médico Cirurgião Geral

4 Médico(a) Cirurgião Vascular. Preceptor(a) do serviço de Cirurgia Vascular do HGF e Professor(a) da Universidade Estadual do Ceará -UECE