CUIDADOS COM A INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA ENTRE OS MÉTODOS  CONTRACEPTIVOS HORMONAIS E AS TARV 

CARE WITH DRUG INTERACTION BETWEEN HORMONAL CONTRACEPTIVE  METHODS AND ART 

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11406217


Claudenilde Oliveira Nunes1
Luana Passos Reis2
Omero Martins Rodrigues3


RESUMO 

A eficácia e segurança dos métodos contraceptivos hormonais são amplamente  reconhecidas na prevenção da gravidez indesejada. Esses métodos, incluindo pílulas  anticoncepcionais, adesivos, anéis vaginais e implantes, há muito têm proporcionado  às mulheres uma opção confiável para o planejamento familiar. No entanto, para  aquelas que também vivem com o vírus da imunodeficiência humana (HIV), a  utilização simultânea desses contraceptivos hormonais e da terapia antirretroviral  (TARV) torna-se uma consideração crucial. A TARV, uma combinação de  medicamentos antirretrovirais usados para suprimir a replicação do HIV, tem sido uma  intervenção vital na gestão e tratamento do vírus. À medida que mais e mais mulheres  vivendo com HIV optam por métodos contraceptivos hormonais para controlar sua  fertilidade, é essencial compreender a interação farmacológica potencial entre esses  dois regimes terapêuticos. O objetivo geral deste estudo é analisar e destacar os  cuidados necessários com a interação medicamentosa entre os métodos  contraceptivos hormonais e a terapia antirretroviral (TARV). 

Palavras-chave: Medicamentos. HIV. TARV. Contraceptivos Hormonais.  

ABSTRACT 

The effectiveness and safety of hormonal contraceptive methods are widely  recognized in preventing unwanted pregnancy. These methods, including birth control  pills, patches, vaginal rings, and implants, have long provided women with a reliable  option for family planning. However, for those also living with the human  immunodeficiency virus (HIV), the simultaneous use of these hormonal contraceptives  and antiretroviral therapy (ART) becomes a crucial consideration. ART, a combination  of antiretroviral medications used to suppress HIV replication, has been a vital  intervention in the management and treatment of the virus. As more and more women  living with HIV opt for hormonal contraceptive methods to control their fertility, it is  essential to understand the potential pharmacological interaction between these two  therapeutic regimens. The general objective of this study is to analyze and highlight the necessary care with the drug interaction between hormonal contraceptive methods  and antiretroviral therapy (ART). 

Keywords: Medicines. HIV. ART. Hormonal Contraceptives. 

INTRODUÇÃO  

A eficácia e segurança dos métodos contraceptivos hormonais são amplamente  reconhecidas na prevenção da gravidez indesejada. Esses métodos, incluindo pílulas  anticoncepcionais, adesivos, anéis vaginais e implantes, há muito têm proporcionado  às mulheres uma opção confiável para o planejamento familiar. No entanto, para  aquelas que também vivem com o vírus da imunodeficiência humana (HIV), a  utilização simultânea desses contraceptivos hormonais e da terapia antirretroviral  (TARV) torna-se uma consideração crucial. 

A TARV, uma combinação de medicamentos antirretrovirais usados para  suprimir a replicação do HIV, tem sido uma intervenção vital na gestão e tratamento  do vírus. À medida que mais e mais mulheres vivendo com HIV optam por métodos  contraceptivos hormonais para controlar sua fertilidade, é essencial compreender a  interação farmacológica potencial entre esses dois regimes terapêuticos (Fleury et.  al., 2023). 

Este artigo propõe examinar de maneira abrangente os cuidados que devem  ser tomados quando se utiliza simultaneamente métodos contraceptivos hormonais e  a TARV. Serão analisadas as interações medicamentosas, tanto farmacocinéticas  quanto farmacodinâmicas, entre os contraceptivos hormonais e os medicamentos  antirretrovirais mais comumente prescritos. Além disso, serão discutidos os impactos  dessas interações na eficácia contraceptiva, na farmacocinética dos antirretrovirais e  na segurança geral do tratamento (Araújo, 2017). 

Este estudo visa fornecer informações atualizadas e relevantes para  profissionais de saúde, médicos, farmacêuticos e pacientes, a fim de auxiliá-los na  tomada de decisões seguras e informadas sobre a escolha e combinação adequada  de métodos contraceptivos hormonais e medicamentos antirretrovirais. Compreender  a interação medicamentosa entre esses dois regimes terapêuticos é fundamental para  garantir a saúde reprodutiva e o bem-estar geral das mulheres vivendo com HIV. 

Ao abordar os cuidados necessários nessa interação medicamentosa, este  artigo contribuirá para a promoção de uma abordagem abrangente do planejamento  familiar seguro e eficaz para mulheres vivendo com HIV, oferecendo uma base sólida  para futuras pesquisas e aprimoramentos nos protocolos clínicos. É fundamental que  os profissionais de saúde estejam bem-informados sobre essas interações para garantir a melhor assistência possível às pacientes e maximizar os benefícios  terapêuticos de ambos os regimes de tratamento. 

Ao longo das próximas páginas, exploraremos a influência das interações  medicamentosas entre os métodos contraceptivos hormonais e a TARV, destacando  os aspectos farmacodinâmicos e farmacocinéticos relevantes. Essa análise  abrangente nos ajudará a compreender a importância de implementar protocolos de  cuidados específicos visando ao planejamento familiar seguro e à liberdade  reprodutiva das mulheres vivendo com HIV. 

2. OBJETIVOS  

2.1 GERAL 

O objetivo geral deste estudo é analisar e destacar os cuidados necessários  com a interação medicamentosa entre os métodos contraceptivos hormonais e a  terapia antirretroviral (TARV), visando fornecer orientações atualizadas e relevantes  para profissionais de saúde, médicos, farmacêuticos e pacientes, a fim de garantir o  planejamento familiar seguro e eficaz para mulheres vivendo com HIV. 

2.2 ESPECÍFICOS 

Avaliar as interações farmacodinâmicas entre os contraceptivos hormonais e  os medicamentos antirretrovirais, analisando os efeitos sinérgicos ou antagonistas  que podem surgir e seus impactos na eficácia contraceptiva e na supressão viral; 

Examinar os potenciais efeitos adversos e riscos associados à combinação  desses dois regimes terapêuticos, levando em consideração os aspectos relacionados  à segurança, como o risco de toxicidade hepática, tromboembolismo e diminuição da  eficácia da TARV; e  Compreender as interações farmacocinéticas entre os métodos contraceptivos  hormonais e a TARV, identificando possíveis alterações na absorção, distribuição,  metabolismo e excreção dos medicamentos envolvidos; 

Propor recomendações e diretrizes para profissionais de saúde e pacientes,  visando a tomada de decisões informadas sobre a escolha e combinação adequada  de métodos contraceptivos hormonais e medicamentos antirretrovirais, com ênfase na preservação da saúde reprodutiva e no alcance da supressão viral adequada em  mulheres vivendo com HIV. 

3. METODOLOGIA 

A pesquisa foi realizada através de uma revisão integrativa. As abordagens  qualitativas de pesquisa se fundamentam numa perspectiva que concebe o  conhecimento como um processo socialmente construído pelos sujeitos nas suas  interações cotidianas, enquanto atuam na realidade transformando-a e sendo por ela  transformada. 

Entendimentos sobre as formas de medicação e interações entre  medicamentos se faz fundamental, valendo ainda mais analisar e pesquisar sobre  duas formas de tratamento contínuos, como é o caso dos medicamentos contraceptivos  hormonais e a medicação TARV. 

A busca ocorreu nas bases Scielo.br, Lilacs e Pubmed. Os termos pertinentes  ao título foram e seus descritores em português, inglês e espanhol, com preferência ao nato. Os descritores controlados tiveram sua seleção no banco de Descritores em  Ciência da Saúde (DeCS) e MeSH Database. Em português, foram combinados no  Scielo.Br e Google Scholar: as palavras chaves do resumo. Em inglês os descritores  foram combinados no Pubmed em inglês. E, combinados no Lilacs em espanhol  utilizando para ambos o google tradutor. 

Nesta fase, optou por itens de pertencimento a temática do artigo, objetivos e  os resultados que seriam capazes de responder ao problema de pesquisa dentro da  revisão integrativa.  

Na inclusão, o recorte temporal filtrou artigos de revisão entre os anos de 2016 e 2023, pelos idiomas português, inglês e espanhol analisados pelos títulos. Neles,  estudos de caso, artigos de revisão, meta análises, integrativas e sistemáticas. 

Na exclusão, optou-se por artigos completos, excluindo citações nas bases de  pesquisa e capítulos soltos, além destes, papers, resenhas e títulos que não se  configuram de pertencimento à questão norteadora do estudo.  

A análise que se faz é comparativa e indutiva, com a leitura dos textos e  reescrita deles a partir do entendimento do próprio autor sobre as características com  as quais as falas se relacionam com o problema dessa pesquisa, e com o pensamento  de se defender um ponto de vista.

Após serem selecionadas as obras que irão compor o desenvolvimento do  estudo, buscar-se-á localizar nestas as informações que se mostrarem úteis à  elucidação do problema de pesquisa por meio de leitura crítica/analítica considerando  a intelecção do texto e o seu teor que será, na sequência, interpretada tornando  possível a formação de conclusões para elaboração da pesquisa de conclusão de curso. 

Levando em consideração os Níveis de Evidência, a classificação ocorreu em  três níveis, considerados apenas o nível mais forte cujas evidências fossem  provenientes de revisões sistemáticas ou meta análises de ensaios clínicos  randomizados. O segundo nível, com evidências de ensaios clínicos randomizados  delineados e no terceiro nível, juntou-se estudos de caso, revisões de literatura, estudos descritivos e qualitativos e evidências de opinião de especialistas. 

4. REFERENCIAL TEÓRICO  

O referencial teórico deste trabalho lida de forma direta com as produções  relacionadas ao controle de medicamentos, é fundamental o entendimento de como  os medicamentos são controlados e assim distribuídos para todos os pacientes do  Sistema Único de Saúde (SUS) e de forma controlada é possível que todos os  cidadãos acessem este direito, resguardado em lei.  

4.1 CONTROLE DE MEDICAMENTOS 

Os diretores de maiores visualizações percebem que os controles internos por  via de auditoria é compreendido como uma ferramenta de extrema magnitude para  alavancá-la seus empreendimentos, chamando auxílio imediato às administrações. 

Entende-se que o controles interno que usa o que tinha sido auditado  exprime o cuidado que certos gestores têm em uma organização em que o  agregado de processos meios ou rotinas com os anseios de resguardar as  qualidades das entregas, fabricando dados gerais e acrescentar as administrações  dessa unidade em orientação ordenada de trabalhos. 

Adiante, a auditoria completa o processo de controle interno da  Organização. Em seguida as auditorias em saúde pública proporcionam as revisões  de qualidade de seus atendimentos, as perícias e a intervenção, ou facilmente concorriam a um inquérito de contas e processos de trabalhos. E, além disso,  investigar processos prestados por colaboradores de medicina. Com relação à administração, conhece-se que o significado de auditoria se  aproxima desenvolvendo em sistemas de saúde, abandonou de se colocar limites  a ao campo de simples verificação de dados e teve que passar a possuir outras  importantes atribuições absorvendo todo o organismo de firma e de suas  administrações públicas como UPAS. 

Também se identifica além de auditoria em saúde propriamente dita, no  apoio às aceitar, necessidades especiais de uns sistemas de controles interno e no  sistema monetário de ambiente hospitalar público, por exemplo. 

No campo público em que é exercida através do Ministério de Saúde ou  vigilância sanitária, as auditorias entregam às autoridades competentes uns relatórios  que servirá em aferição de sanções se for o caso (na maior parte enormes firmas que  têm filiais, acatam essa medida) e demonstrações recomendações para melhorá-los. 

Adiante, a auditoria baseia-se em uma técnica de perspectivas discursivas  de muitos tópicos. Além disso, temos que a atribuição mais importante de auditoria  é constatar se a unidade anda sendo bem administrada, e continuam operando de  acordo com as imposições normativas de profissão de maneira uniforme. 

Tanto para os sistemas SUS, quanto para as redes particulares de saúde existem 2  espécies de auditoria, sendo compreendidas auditoria livre ou externa, e auditoria interna. O mais importante objetivo de auditoria hospitalar é de se autenticar a veracidade de demonstrações de uma cuida ou setor auditado, que se encontra  com a responsabilidade em efetivar estes demonstrativos por meio de Relatórios  de Auditoria em saúde. 

Dessa forma, observa-se que os entendimentos conceituais de auditoria em  saúde se afinam com o que se entende por controles, dando em suas formas  interligada com a administração direta, uma visão de como está o atendimento de  unidades organizacionais de saúde pública, e conclui desenvolvendo motivações  para que haja maiores cuidado na unidade auditada. 

Em Faria e Paiva (2019), entende-se que as perspectivas discursivas a  respeito das equipes de Saúde e seus territórios de atuação têm invocado a  atenção para o maior engajamento da comunidade. Assim, em uma agenda de  modificações e de apoio para o Sistema Único de Saúde (SUS) e os entes particulares. Da mesma forma, para harmonizar desiguais entrelaçamentos entre  equipes responsáveis pelo manuseio de farmácias hospitalares. Entende com base em Faria e Paiva (idem), que a concreticidade vivenciada  através das equipes de saúde pública e população prova-se que possíveis dilemas  inerentes a certos enfrentamentos encerram por envolver não exclusivamente as  relações entre uma e outra, todavia, da mesma forma a proposta de universalização  da política de saúde. 

Portanto, em Faria e Paiva (2019), o dilema é que a gestão de pessoas  capacite ao atendimento e promova comportamento organizacional que faça os  colaboradores saberem como extrair resultados ao contato com o usuário. Entende se que o excesso de agilidade pode distanciar essa aproximação. 

Portanto, o problema identificado por Pollo & Assis (2019) indica pela  necessidade de recursos para que haja uma possibilidade de construção,  acompanhamento e supervisão de equipes, que por comparação por analogias,  podem ser pensadas em células ágeis para a área de saúde pública. 

Em Richter, et al (2019), ao lançar um debate teórico em um estudo de caso  com 12 enfermeiras, em posição estratégica na atuação do líder na aplicação da  posologia hospitalar enfrentavam problemas no local dos medicamentos, sendo  constatado que alguns deles simplesmente sumiram da prateleira sem registro, e  em desiguais instituições e serviços da área de saúde de um município do Sul do  território brasileiro. Foi aplicada a entrevista de setembro a novembro de 2017. 

Foi revelado que as profissionais de farmácia hospitalar visualizam  enfrentamentos destacadamente essenciais no crescimento de ações  empreendedoras, entre elas se apresentam as equipes, que por analogia podem se  transformar em células ágeis. 

No âmbito situacional do estudo, a posição ocupada pelas mesmas, exprime  chances ímpares ao desenvolvimento de uma cultura empreendedora, com  inovações e de novas técnicas que harmonizem produção de qualidade e agilidade.  Para tanto, em muitos cenários de ação profissional, através do seu potencial  estratégico na orientação de indivíduos e procedimentos adequadamente como no  encorajamento para o crescimento de ações empreendedoras e no gerenciamento  do cuidado de serviços de saúde e enfermagem (Rchter, et al., 2019)

Portanto, o estudo de Richter, et al (2017), apresenta o desafio carência de  buscar caminhos e oportunidades que autorizam administrar os paradoxos que permeiam a condição nem na maioria das vezes proveitoso do ser mulher que cuida  de um enfermo em cargo estratégico de atuação do líder nas instituições de saúde públicas. Em Zucchi, et al (2018), tem-se que se faz preciso preparar-se a fim de que  ocorra uma maior concretização dos serviços e de populações mais vulneráveis às  infecções, de modo a aferir uma espaçosa cobertura da PrEP. 

Propõe-se uma observação a respeito de tal embate, enfocando duas  dimensões: os utilizadores da profilaxia e os serviços de farmácia hospitalar,  argumentando os princípios organizativos que irão poder conferir maior êxito na  proposta e na incorporação da PrEP, e dessa forma, encaixar o elemento humano  bem treinado significa realizar sobre estes alguns investimentos necessários  (Zucchi, et al., 2018). 

A preparação das equipes de farmácia hospitalar é árdua e a fim de que ela  deva possuir em unidades de saúde pública deverá ser levada em consideração  pela gestão desta unidade. Em suma, para que tais investimentos ocorram, as  contas devem estar em dia, além de outros fatores como a motivação do pessoal  das equipes. 

Portanto, um dos maiores problemas na gestão hospitalar são identificados  por Zuchi, et al., (2018) é perceber que a cobertura da PrEP (enquanto exemplo)  pode apresentar dificuldades devido a colaboradores não comprometidos com as  demandas, principalmente no contexto de endemias, o que também causa fatores  estressantes aos mesmos profissionais, devendo a motivação e o clima  organizacional serem trabalhados pela gestão de pessoas. 

Em Magnano, et al., (2017), uma estratégia macro para celeridade de ações  está na formação da mesa de negociação permanente, e em identificar os entraves  e os desenvolvimentos de soluções decorridos dos procedimentos de negociação  no âmbito dos hospitais pela responsabilidade de gerir a farmácia hospitalar. 

Os mais importantes motivadores para a não colocação de mesas são a  ausência de assessoria técnica e a usabilidade de demais produtos para  negociação do trabalho, que devem abordar a performance de células ágeis de  trabalho nas unidades de saúde pública (Magnano, et al., 2017). 

Ademais, existem demonstrações que as mais importantes modificações  devem ocorrer nos processos de trabalho, isto em consequência da ação de mesas  de negociação para dar celeridade nas decisões da área de saúde pública, cuja  eficácia tinha sido apontada na requerente necessidade de aplicação de concursos e de procedimentos seletivos públicos a disposição de escolher as mais oportunas  pessoas a estas células ágeis, ou seja, indivíduos aptos na construção destas  equipes que se dispõem à administração de medicamentos dentro de um ambiente  hospitalar. Com isso, faz-se necessário entender o que significa  administração medicamentosa. 

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES 

Dentre as formas de contracepção, foi elencado em um quadro (quadro 01) que  elenca os tipos de métodos contraceptivos, descrição, eficácia e a interação com  pessoas em TARV. 

Quadro 01 – Métodos contraceptivos e a interação com TARV 

Fonte: Acervo pessoal, 2024. 

As interações observadas entre os meios contraceptivos e a terapia TARV pode  ser analisada de forma mais detalhada, entendendo como:  

As pílulas anticoncepcionais contêm hormônios (geralmente estrogênio e  progesterona) que inibem a ovulação. Elas são tomadas diariamente em horário  regular. No entanto, é importante considerar as possíveis interações com a TARV.  Alguns medicamentos antirretrovirais podem afetar a eficácia das pílulas  anticoncepcionais (Rachid; Schechter, 2017). 

Injetáveis Mensais e Trimestrais liberam hormônios gradualmente para prevenir  a gravidez. Assim como nas pílulas, é essencial verificar possíveis interações com os  medicamentos antirretrovirais (Rachid; Schechter, 2017). 

O implante subcutâneo é colocado sob a pele e libera hormônios  continuamente. Sua eficácia é muito alta e sua duração é prolongada. Felizmente, não  costuma haver muitas interações conhecidas com a TARV (Rachid; Schechter, 2017).  

O DIU é inserido no útero e libera levonorgestrel. Ele também é muito eficaz e  tem longa duração. Geralmente, não há interações significativas com a TARV (Rachid;  Schechter, 2017).  

O adesivo transdérmico é aplicado na pele e libera hormônios gradualmente.  Sua eficácia é semelhante à das pílulas. No entanto, alguns medicamentos  antirretrovirais podem afetar sua eficácia (Rachid; Schechter, 2017).  

O anel vaginal é inserido na vagina e libera hormônios. Assim como nos outros  métodos, é importante consultar um profissional de saúde para avaliar possíveis  interações com a TARV (Rachid; Schechter, 2017). 

A recomendação é sempre para que todos os métodos antes de serem  utilizados seja feita uma consulta com um profissional de saúde, para que tenha as  devidas orientações a partir de resultados de exames para que (Rachid; Schechter,  2017) fique mais adequado o tratamento, reduzindo as interações que podem vir a  surgir. 

Os antirretrovirais podem interagir com métodos contraceptivos hormonais,  como anticoncepcionais orais, injetáveis ou implantes, os efeitos colaterais potenciais são: 

Alguns antirretrovirais, como efavirenz, nevirapina e ritonavir, podem diminuir  os níveis dos hormônios no sangue. Isso pode prejudicar o efeito dos contraceptivos  hormonais, aumentando a chance de gravidez não planejada (Nicaretti, 2022).

Pacientes em TARV podem precisar usar um método contraceptivo de barreira,  como a camisinha, para complementar a proteção (Nicaretti, 2022). Em relação a interação de medicamentos para Tuberculose, se usa  especialmente a Rifampicina, a rifampicina é usada para tratar a tuberculose, mas  apresenta muitas interações medicamentosas (Nicaretti, 2022). 

Outros efeitos colaterais incluem alguns antirretrovirais, como inibidores de  protease (LOPINAVIR, SAQUINAVIR, RITONAVIR, ATAZANAVIR, DARUNAVIR,  FOSAMPRENAVIR E TIPRANAVIR), interagem com a rifampicina. 

Essa interação pode diminuir o efeito da TARV e até provocar resistência ao HIV. O uso das estatinas para diminuir os níveis de colesterol no sangue e prevenir  doenças cardíacas. Assim a interação entre alguns antiretrovirais, como inibidores de  protease, podem interagir com estatinas. Isso pode aumentar o risco de efeitos  colaterais, como miopatia ou rabdomiólise (Lima, 2023). 

Além destes dados ainda se faz fundamental discutir a diferença entre os  pacientes que são detectáveis e indetectáveis: em pacientes soropositivos  detectáveis: se tem que esses pacientes têm níveis detectáveis do vírus da  imunodeficiência humana (HIV) em seu sangue. Isso significa que o teste de carga  viral (quantidade de HIV no sangue) mostra resultados positivos. Os pacientes  detectáveis podem transmitir o vírus a outras pessoas por meio de relações sexuais  desprotegidas ou compartilhamento de agulhas. Assim o tratamento antirretroviral  (TARV) é essencial para controlar a replicação do HIV e reduzir a carga viral (Lima,  2023). 

Em relação aos pacientes soropositivos indetectáveis se observa que esses  pacientes têm níveis tão baixos de HIV em seu sangue que não podem ser detectados  pelos testes de carga viral padrão. A supressão viral é alcançada por meio do uso  consistente e correto da TARV. Os pacientes indetectáveis têm um risco  significativamente menor de transmitir o HIV a outras pessoas. A prevenção da  transmissão do HIV é uma das principais vantagens de manter uma carga viral  indetectável (Campos, 2021). 

Em resumo, a diferença fundamental está nos níveis de carga viral: detectável  têm níveis mais altos, enquanto indetectáveis têm níveis muito baixos ou inexistentes.  É importante que todos os pacientes soropositivos sigam o tratamento adequado e  façam exames regulares para monitorar sua carga viral e saúde geral.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS  

Em um cenário em que mulheres vivendo com HIV buscam opções de  planejamento familiar, a interação entre métodos contraceptivos hormonais e a terapia  antirretroviral (TARV) assume grande importância. Este estudo analisou  cuidadosamente essas interações, destacando os desafios e as precauções  necessárias. 

As orientações atualizadas fornecidas aqui são essenciais para profissionais  de saúde, médicos e farmacêuticos. Compreender as possíveis interações  medicamentosas e os efeitos colaterais é fundamental para garantir que mulheres  soropositivas possam fazer escolhas informadas e seguras em relação ao  planejamento familiar. 

Ao considerar os métodos contraceptivos hormonais, é crucial avaliar  individualmente cada paciente, levando em conta sua situação clínica, a eficácia da  TARV e as possíveis interações. A colaboração multidisciplinar entre profissionais de  saúde é fundamental para garantir que as mulheres vivendo com HIV tenham acesso  a informações precisas e personalizadas. 

Em última análise, o objetivo é proporcionar às mulheres soropositivas a  capacidade de tomar decisões conscientes sobre sua saúde reprodutiva, promovendo  um planejamento familiar seguro e eficaz. 

REFERÊNCIAS 

ARAÚJO, Edilaine Dória. Caracterização molecular de papilomavirus humano  em mulheres HIV positivas no estado de Sergipe, Brasil. 2017. 

CAMPOS, Angela Borges de Carvalho. Detecção de HPV e presença de HIV  vaginal em mulheres infectadas por HIV.2021. 

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GT., & SOUSA, FDCA. (2018). Prática da automedicação entre acadêmicos do curso  de enfermagem de uma instituição de ensino superior. Scientia Plena, 14, 1-9 

LIMA, Reângela Cíntia Rodrigues de Oliveira. Comportamento contraceptivo e  decisão reprodutiva de mulheres no contexto do HIV. 2023. 

MELO, José Romério Rabelo et al. Automedicação e uso indiscriminado de  medicamentos durante a pandemia da COVID-19. Cadernos de Saúde Pública, v.  37, 2021. 

NICARETTA, Augusto et al. Orientações pré-concepcionais. Promoção e  proteção da saúde da mulher, ATM 2025/1. Porto Alegre: Universidade Federal do  Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina, 2022. p. 147-166, 2022.

NUNES, GRASIELLA MOURA. A automedicação e o papel do farmacêutico: uma  revisão integrada. 2015. 1 CD-ROM Monografia (Bacharelado em Farmácia) – Departamento de Farmácia, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde,  Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, 2014. 

RACHID, Marcia; SCHECHTER, Mauro. Manual de HIV/aids. Thieme Revinter Publicações LTDA, 2017. 

SILVA, Alícia de Freitas; DE JESUS, Jefferson Silva Pinho; RODRIGUES, Juliana  Lima Gomes. Automedicação na pandemia do novo coronavírus. Revista Ibero Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 7, n. 4, p. 938-943, 2021. 

XAVIER, Mateus Silva et al. Automedicação e o risco à saúde: uma revisão de  literatura. Brazilian Journal of Health Review, v. 4, n. 1, p. 225-240, 2021.


1Discente do Curso Biomedicina, Centro Universitário Nilton Lins. E-mail: nildeoliveira801@gmail.com
2Discente do Curso Biomedicina, Centro Universitário Nilton Lins. E-mail: reisluana828@gmail.com
3Docente do Curso Superior em Biomedicina, Centro Universitário Nilton Lins. Especialista em  Docência Superior. E-mail: omeromartins.farma@gmail.com