UMA ANÁLISE CONCEPTUAL DE PATIENT ADVOCACY EM ENFERMAGEM: PROTOCOLO DE SCOPING REVIEW

A CONCEPT ANALYSIS OF PATIENT ADVOCACY IN NURSING: A SCOPING REVIEW PROTOCOL

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.11360272


Sara Morais Pires1
Idalina Gomes2


Resumo

Introdução: Vários autores definem Patient Advocacy como sendo um conceito central à prática de enfermagem. O que envolve agir de acordo com os interesses da pessoa, promover o seu bem- estar, fornecer informações adequadas, proteger os seus direitos e benefícios, e também, promover conforto às pessoas incapazes de comunicar. Esta prática, contextualizada no cuidado de enfermagem, tem como objetivo principal assegurar a autonomia da pessoa que está sob cuidados, preservando as suas crenças e valores no processo de tomada de decisão, garantindo a qualidade dos cuidados dentro de uma relação terapêutica. Objetivo: Mapear o conceito de patient advocacy na prática dos cuidados de enfermagem. Material e Métodos: A elaboração deste protocolo segue as orientações da metodologia apresentada pelo The Joanna Briggs Institute (2020) e modelo PRISMA ScR para a estruturação da informação recolhida. A pesquisa realizar-se-á em três fases distintas, em que a análise de relevância dos artigos, a extração e síntese dos dados será realizada por dois revisores independentes. Apresentação dos resultados: Os resultados serão apresentados em tabela, sob a forma de narrativa e em resumo de um mapa conceptual. Conclusão: É esperado que esta scoping review contribua para uma definição atual do conceito de Patient Advocacy na prática dos cuidados de enfermagem.

Palavras-chave: cuidado de enfermagem; direitos da pessoa; patient advocacy; revisão.

Abstract

Introduction: Several authors define Patient Advocacy as a concept central to nursing practice. It involves acting in the person’s best interests, promoting their well-being, providing adequate information, protecting their rights and benefits, and also providing comfort to people who are unable to communicate. This practice, contextualised in nursing care, has the main objective of ensuring the autonomy of the person under care, preserving their beliefs and values in the decision-making process, guaranteeing the quality of care within a therapeutic relationship. Objective: To map the concept of patient advocacy in nursing practice. Material and Methods: The preparation of this protocol follows the guidelines of the methodology presented by The Joanna Briggs Institute (2020) and the PRISMA ScR model for structuring the information collected. The research will be carried out in three distinct phases, in which the analysis of the relevance of the articles, the extraction and synthesis of the data will be carried out by two independent reviewers. Presentation of results: The results will be presented in tabular form, as a narrative and summarised in a conceptual map. Conclusion: It is hoped that this scoping review will contribute to a current definition of the concept of Patient Advocacy in nursing practice.

Key-terms: patient advocacy; patient rights; nursing; nursing care; review.

1. INTRODUÇÃO

Advocacy emerge do termo em latim advocatus que origina a palavra advogado, refere-se àquele que defende ou representa outra pessoa, em vez de julgá-la. Apesar de outros profissionais de saúde advogarem os seus clientes, a Enfermagem enquanto profissão, passou a integrar o conceito de advocacia desde 1973, introduzido pelo International Council of Nurses no Código de ética da profissão, considerando que a enfermagem promove o respeito pelos direitos humanos, incluindo o direito à vida e ao de ser tratado com respeito (Sundqvist et al., 2016; Hanks, 2010). Na célebre Declaração de Alma-Ata, elaborada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1978, reconheceu-se às pessoas a capacidade e a possibilidade de serem agentes e parceiros nas decisões de saúde que lhes dizem respeito. Até então, essas decisões eram da única e exclusiva responsabilidade dos profissionais de saúde (WHO, 2018).

A importância do Patient Advocacy em enfermagem é também destacada no Código de ética para Enfermagem da American Nurses Association (ANA), sendo considerado um elemento essencial para a profissão, na salvaguarda dos direitos e na segurança da pessoa (Sundqvist et al., 2016).

No entanto, Nightingale, já apresentava características de Patient Advocacy, no seu trabalho, ao considerar os profissionais de enfermagem como protetores da vida, o que inclui a defesa da pessoa, a igualdade dos direitos humanos, bem como na proteção de grupos vulneráveis e nas suas atividades de liderança (Nightingale, 2005).

Na Literatura vários autores definem Patient Advocacy como sendo central à prática de enfermagem. Isso envolve agir de acordo com os interesses da pessoa, promover o seu bem-estar, fornecer informações adequadas, proteger os seus direitos e benefícios, e também oferecer conforto às pessoas incapazes de comunicar (Neves et al., 2021; Sundqvist et al., 2018; Sundqvist et al., 2016; Jansson et al., 2015; Munday et al., 2015). Além disso, segundo Neves et al. (2021), o Patient Advocacy assume como objetivo principal o assegurar da autonomia da pessoa alvo dos cuidados, preservando as suas crenças e valores no processo de tomada de decisão. Isso inclui protegê-la simultaneamente de práticas inadequadas executadas por outros profissionais de saúde e garantir a qualidade dos cuidados, no âmbito de uma relação terapêutica.

No entanto, ainda se apresenta como um papel recente para a profissão, com múltiplas interpretações de conceitos, mas que se desenvolveu com a consolidação dos direitos das pessoas/clientes (Munday, 2015; Hanks, 2010).

Evidenciam-se na literatura três modelos teóricos que tentam clarificar o Patient Advocacy em enfermagem, designadamente, o modelo da advocacia humana de Curtin (1979), o modelo da advocacia existencial de Gadow (1980) e o modelo funcional de advocacia de Konhke (1982), que assentam todos na crença de que a autonomia dá a todos os seres humanos, o direito de escolher as suas próprias ações (Sundqvist, et al., 2016).

Além disso, decorrente da necessidade de explicitar este conceito, Bu e Jezewski (2007) basearam-se no método de análise conceitual de Walker and Avant´s (1995) aliado a uma extensa revisão bibliográfica, com enfoque neste conceito e desenvolveram uma teoria de médio alcance. Essa teoria, atribuiu três características adjacentes ao Patient Advocacy, designadamente: proteger a autonomia do cliente; agir em defesa do cliente e promover a justiça social nos cuidados de saúde (Bu & Jezewski, 2007).

Mais recentemente, Abbasinia et al. (2020), partindo da premissa que este conceito ainda não se encontrava claramente concetualizado e de que existe um fosso evidente, entre a defesa ideal da pessoa e a realidade da prática, desenvolveram uma análise concetual abrangente do conceito, desde 1850 a 2016. A análise realizada pelos autores foi categórica ao afirmar que o conceito de Patient Advocacy é definido pelos seguintes atributos: Salvaguarda das Pessoas – o que envolve proteger as pessoas contra erros ou negligência nos cuidados de saúde; Informação – que visa fornecer informações sobre o diagnóstico, tratamento e prognóstico da pessoa; mediação – em que o papel do enfermeiro é atuar como elo de ligação entre pacientes, famílias e profissionais de saúde, sendo a voz das pessoas; defesa da Justiça Social na Prestação de Cuidados de Saúde – o que inclui confrontar políticas ou regras inadequadas no sistema de saúde.

Outros estudos evidenciam que emergem barreiras quanto à implantação do Patient Advocacy na prática dos cuidados, designadamente: a equipa médica; a falta de tempo; a elevada carga de trabalho; as falhas de comunicação com a pessoa ou equipa de saúde; a impotência do enfermeiro; o medo em assumir riscos e conflitos; a falta de autonomia; o frágil exercício de poder para tomar decisões e falta de suporte por parte da instituição (Tomascheweski-Barlem et al. 2017). As características dos enfermeiros podem, também, influenciar positivamente o Patient Advocacy, tais como a confiança, a competência, a autonomia e a sensibilidade moral. O que se constituem como importantes pontos de apoio para o exercício da advocacia, destacam Tomascheweski- Barlem et al. (2017) e Ferreira (2017).

Os mesmos autores, referem que o ambiente hospitalar pode constituir um importante fator dificultador macrossocial, na medida em que o recurso a tecnologia avançada e os custos elevados de saúde, têm ignorado princípios como a autonomia e os valores dos clientes (Tomascheweski- Barlem et al., 2017).

Consideramos, tal como outros autores (Abbasinia et al., 2020; Bu & Jezewski, 2007), que uma análise conceitual mais recente e atual de Patient Advocacy pode ser fundamental. Essa análise pode contribuir para o desenvolvimento de teorias educativas ou de gestão e também para a conceção de instrumentos de avaliação do desempenho dos enfermeiros no que diz respeito ao apoio à pessoa alvo dos cuidados. Além disso, essa abordagem pode facilitar o desenvolvimento de estratégias eficazes que promovam a qualidade e a segurança dos cuidados de enfermagem.

Com esta perspetiva, foi realizada uma pesquisa preliminar na MEDLINE, na Base de Dados Cochrane de Revisões Sistemáticas e na JBI Evidence Synthesis e não foram identificadas quaisquer revisões sistemáticas ou revisões de âmbito atuais ou em curso sobre o tema, pelo que se justifica a realização de uma scoping review que permita mapear o conceito na atualidade, no âmbito do cuidado de enfermagem.

2.  OBJETIVO

O objetivo desta scoping review é mapear a evidência científica sobre uma definição clara do conceito de patient advocacy em enfermagem.

3.  MATERIAL E MÉTODOS

Atualmente, vive-se num paradigma de tomada de decisão partilhada, em que o relacionamento com o profissional de saúde, encontra-se alicerçado no consentimento informado, baseado na transmissão de informação e alternativas à pessoa, considerando que a informação e o apoio são determinantes para que esta possa tomar as melhores decisões para si própria (Tariman et al., 2016; Neves et al., 2021).

Por se tratar de uma revisão concetual, as questões foram construídas com o intuito de definir o conceito, razão pela qual foi utilizado o modelo de análise conceitual proposto por Walker e Avant (2011). Os autores entendem que é necessário analisar a estrutura básica de um conceito, distinguindo os seus atributos essenciais dos menos relevantes, de forma a mantê-lo atualizado, pois os seus construtos vão-se alterando de forma contínua.

A opção pela realização de uma scoping review, está relacionada com a necessidade de mapear a evidência disponível relativa à definição do conceito de patient advocacy, desde 2016, data em que foi concluída a última revisão nesta temática, até atualmente, pelo que se construiu a seguinte questão norteadora da pesquisa:

Como se define o conceito de patient advocacy, na prática do cuidado de enfermagem? E as seguintes

Sub-questões: – Quais são os atributos definidores de patient advocacy? – Quais são os antecedentes e as consequências associados a patient advocacy?

Esta revisão será realizada, seguindo a metodologia apresentada pelo The Joanna Briggs Institute (2021) e modelo PRISMA ScR (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta- Analyses extended for Scoping Reviews) para a estruturação da informação recolhida, cumprindo todas as etapas recomendadas pelo mesmo. Este protocolo de scoping review encontra-se registado na Open Science Framework (https://doi.org/10.17605/OSF.IO/UQVPH).

3.1.  ESTRATÉGIA DE PESQUISA E IDENTIFICAÇÃO DOS ESTUDOS

Os critérios de elegibilidade serão definidos segundo a metodologia proposta pelo JBI, com recurso à estratégia participants, concept e context (PCC). Assim, serão incluídos estudos: a) cujos participantes sejam enfermeiros; b) relativamente ao conceito, com enfoque na definição de patient advocacy e c) relativamente ao contexto, serão considerados todos onde se verifique a prestação de cuidado de enfermagem. Quanto, ao tipo de estudos, serão incluídos todos os estudos primários, quantitativos e qualitativos, revisões de literatura e ainda literatura cinzenta. Serão incluídos estudos publicados em Português, Inglês e Espanhol. Os estudos publicados desde 2016 e 2024, serão incluídos nesta revisão, tendo em consideração a data da última análise concetual realizada de Patient Advocacy publicada.

Quanto à estratégia de pesquisa, esta será definida no sentido de encontrar estudos publicados e não publicados. Serão utilizadas as bases de dados eletrónicas MEDLINE (via PubMed), CINAHL (via EBSCO), SciELO, LILACS, Cochrane Database of Systematic Reviews, e JBI Database of Systematic Reviews. A pesquisa de estudos não publicados será efetuada no Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP).

As três etapas da estratégia de pesquisa estabelecidas pelo JBI serão realizadas: 1) inicialmente será conduzida uma pesquisa limitada nas bases de dados MEDLINE (via PubMed) e CINAHL (via EBSCO) de forma a identificar as palavras mais utilizadas nos títulos e nos resumos dos artigos elaborados no contexto em estudo, bem como os termos de indexação; 2) de seguida, recorrendo às palavras e aos termos de índice identificados, será elaborada uma estratégia de pesquisa adaptada às bases de dados/repositórios incluídas; 3) Na terceira e última etapa analisar- se-á a lista de referências dos artigos selecionados, procedendo-se à leitura de estudos que possam ser considerados relevantes e consequentemente adicionais, visando o aumento da sensibilidade da pesquisa.

Um exemplo de uma estratégia de pesquisa a utilizar (nomeadamente na CINAHL (via EBSCO)), tendo em conta as palavras-chave identificadas na pesquisa preliminar, é:

(“NURSES” [Mesh]) AND (“PATIENT ADVOCACY” [Mesh]) OR (“PATIENT RIGHTS+” [Mesh]) OR (“PATIENT NAVIGATION” [Mesh]) AND (“NURSING PRACTICE” [Mesh]) OR (“NURSING ROLE” [Mesh]) OR (“NURSING” [Mesh]) OR (“NURSING CARE+” [Mesh])

Após a pesquisa, todas as citações identificadas serão compiladas e carregadas no Mendeley e os duplicados serão removidos. Na sequência de um teste-piloto, os títulos e os resumos serão então selecionados por dois revisores independentes para serem avaliados em função dos critérios de inclusão da revisão. O texto completo das citações selecionadas será avaliado em pormenor por dois revisores independentes, de acordo com os critérios de inclusão. As razões para a exclusão de fontes de evidência no texto integral que não satisfaçam os critérios de inclusão serão registadas e comunicadas na revisão da delimitação do âmbito. Quaisquer desacordos que surjam entre os revisores em cada fase do processo de seleção serão resolvidos através de discussão, ou com um, ou mais revisores adicionais. Os resultados da pesquisa e o processo de inclusão de estudos serão relatados na íntegra na revisão final de âmbito e apresentados num fluxograma

Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-analyses extension for scoping review (PRISMA-ScR).

3.2 EXTRAÇÃO DOS DADOS

Os autores construíram um documento para a extração dos dados, de acordo com o objetivo e a questão de investigação (Tabela 1). Este documento, ao longo do processo de extração, poderá ser revisto e adaptado pelos investigadores em função do objetivo da revisão em curso. Os dados serão extraídos por dois revisores independentes, sendo que um terceiro revisor poderá ser envolvido, em situações de divergência.

Tabela 1: Instrumento construído pelos investigadores para a extração de dados/Instrument made by the researchers for data extraction

Data Extraction Instrument
TitleComo se define o conceito de patient advocacy, na prática do cuidado de enfermagem?
AimsMapear o conceito de patient advocacy na prática dos cuidados de enfermagem.
Inclusion CriteriaPopulation – Nurses Concept – Patient Advocacy Context – Nursing Care
 
AUTHORS  /  YEAR  OF PUBLICATION 
COUNTRY OF ORIGIN 
AIMS 
POPULATION 
METHODS 
DEFINING ATTRIBUTS 
ANTECEDENTS           OF PATIENT ADVOCACY 
CONSEQUENCES        OF PATIENT ADVOCACY 

3.3.  SÍNTESE DOS DADOS

As dados apresentadas devem responder diretamente ao objetivo e às perguntas da revisão. A fim de promover a sistematização da informação, será elaborada uma tabela onde se agruparão os estudos relacionados com a definição concetual de patient advocacy, e por frequência de aparecimento nos vários artigos analisados. Os dados são normalmente apresentados sob a forma de diagramas ou tabelas que elucidem acerca do mapeamento do conceito em estudo. Um resumo narrativo acompanhará os resultados tabulados e descreverá a forma como os resultados se relacionam com o objetivo e as perguntas da revisão.

Tabela2: Tabela síntese de dados para a questão de revisão./Data synthesis grid for the review question

Autor/AuthorsAno           de publicação/ Year publishedTipo e desenho do estudo/Study type and designPopulationAtributos Definidores/ Defining AttributesAntecedentes /Antecedents of Patient AdvocacyConsequências/ Consequences of Patient Advocacy
       

3.4.  APRESENTAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

O estudo possibilitará identificar e estruturar alguns conceitos relacionados com o patient advocacy em enfermagem, transmitindo a sua evolução nestes últimos anos. Em décadas anteriores, este conceito era definido maioritariamente pelo rastreio de erros médicos; pela proteção dos doentes contra a má conduta profissional dos colegas de trabalho; pelo fornecimento de informações e pela individualização dos cuidados (Abbasinia, et al. 2020). Segundo os mesmos autores, de 2001 a 2016, surgiram outros conceitos definidores de patient advocacy, como a privacidade das pessoas, o confronto com políticas desajustadas no sistema de saúde, bem como a identificação e correção das desigualdades em saúde. O recurso a uma sistematização concetual de 2016 até à atualidade, permitirá percecionar também, o que a pandemia por COVID-19 impactou nesta dimensão ética inerente ao cuidado de enfermagem. Esta scoping review contribuirá para uma robustez atual do conceito de patient advocacy na prática de enfermagem, potenciando o desenvolvimento de estratégias que promovam a defesa das pessoas e o incremento da segurança dos cuidados prestados no âmbito do sistema de saúde.

4.  CONCLUSÕES

A análise concetual de um cuidado elementar à prática de enfermagem, emerge como uma oportunidade de atualizar esse mesmo cuidado, tornando-o atual e em concordância com o que nos diz a evidência. O mapeamento de patient advocacy, revela-se fulcral em países também como Portugal, em que a expressão não tem tradução literal, utilizando-se o conceito em saúde, de advogar a pessoa.

No entanto, a evidência retrata a diversidade de conceitos que patient advocacy abrange, relacionada tendo em conta a vulnerabilidade que as pessoas doentes podem manifestar. A nível da prática de cuidados, revela-se crucial que os enfermeiros tenham conhecimento da potencialidade deste conceito na prática de enfermagem e que através da sua análise, se consigam empoderar, a si, e às pessoas doentes, respeitando sempre a vontade do outro neste processo.

No que concerne à implicação desta revisão scoping para a investigação, espera-se que também seja promotora do desenvolvimento de novas teorias que elucidem como se desenvolve este conceito na prática, promovendo a sua operacionalização, bem como o desenhar de novas estratégias de gestão e educativas.

CONFLITO DE INTERESSES

Os autores declaram não existir conflitos de interesse.

CONTRIBUIÇÕES AUTORAIS

Para artigos de investigação com vários autores, deve ser fornecido um curto parágrafo especificando as suas contribuições individuais. Devem ser utilizadas as seguintes declarações: Conceptualização, Pires, S. e Gomes, I.; metodologia, Pires, S. e Gomes, I.; validação, Pires, S. e Gomes, I.; análise formal: Pires, S. e Gomes, i.; investigação: Pires, S. e Gomes, I.; redação – preparação do draft original: Pires, S. e Gomes, I.; redação – revisão e edição: Pires, S. e Gomes, I. Todos os autores leram e concordaram com a versão publicada do manuscrito.

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1Escola Superior de Enfermagem de Lisboa/CIDNUR 1 (Doutoranda na ESEL/UL, Lisboa, Portugal)
Sara Morais Pires: 0000-0001-6461-195X
2Escola Superior de Enfermagem de Lisboa/CIDNUR 2 (Professora Coordenadora, ESEL, Lisboa, Portugal)
Idalina Gomes: 0000-0003-2974-0734