FATORES DE RISCO PARA A DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECIFICA DA GRAVIDEZ DHEG

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11218289


Éricles da Silva1, Paulo Eduardo Ingre da Costa1, Lavoisier Gutenbergue Queiroz Sussuarana1, Jair Alves Maia2, Samille Apoenna Carvalho Muniz3.


RESUMO

Introdução: A doença hipertensiva específica da gravidez (DHEG), na sua forma pura, caracteriza-se pelo aparecimento, em grávida normotensa, após a vigésima semana de gestação, da tríade sintomática: hipertensão, proteinúria e edema. Objetivo: descrever os principais fatores de riscos para a doença hipertensiva especifica da gravides (DHEG) através de uma revisão de literatura. Método:  Trata-se de uma revisão sistemática da literatura. Resultados: este estudo foi composto por 14 artigos científicos referente aos fatores de risco para a doença hipertensiva especifica da gravidez. Considerações finais: Neste estudo foram evidenciados varios fatores de risco para a Doença Hipertensiva especifico da Gravidez (DHEG), como a raça, condiçoes socioeconomicas, tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, idade, consumo de sal, dieta inadequada, pré-natal inadequado, obesidade e antecedentes familiares. Portanto, é indispensável que os profissionais da área da saúde como os médicos, os enfermeiros e a equipe multidisciplinar da área da saúde estejam instrumentalizada com conhecimentos científicos para prestar assistência ao pré-natal de forma satisfatória e com a finalidade de reduzir a incidência de doença Hipertensiva especifico da Gravidez. 

Palavras-chave: Gravidez, doença hipertensiva; fatores de risco. 

ABSTRACT

Introduction: Specific hypertensive disease of pregnancy (GHD), in its pure form, is characterized by the appearance, in a normotensive pregnant woman, after the twentieth week of gestation, of the symptomatic triad: hypertension, proteinuria and edema. Objective: to describe the main risk factors for specific hypertensive disease of pregnancy (SHD) through a literature review. Method: This is a systematic review of the literature. Results: this study was composed of 14 scientific articles referring to risk factors for pregnancy-specific hypertensive disease. Final considerations: In this study, several risk factors for Pregnancy-Specific Hypertensive Disease (GHD) were highlighted, such as race, socioeconomic conditions, smoking, alcoholism, sedentary lifestyle, age, salt consumption, inadequate diet, inadequate prenatal care, obesity and family history. Therefore, it is essential that health professionals such as doctors, nurses and the multidisciplinary health team are equipped with scientific knowledge to provide prenatal care in a satisfactory manner and with the aim of reducing the incidence of disease. Pregnancy-specific hypertension.

Keywords: Pregnancy, hypertensive disease; risk factors.

INTRODUÇÃO

A doença hipertensiva específica da gravidez (DHEG), na sua forma pura, caracteriza-se pelo aparecimento, em grávida normotensa, após a vigésima semana de gestação, da tríade sintomática: hipertensão, proteinúria e edema. Nessa doença, não ocorrem as alterações hemodinâmicas observadas na gravidez normal, que incluem ajustes na fisiologia renal e cardiovascular. A manifestação mais característica da DHEG é uma vasoconstrição arteriolar acentuada, que acarreta um aumento da resistência vascular periférica e tem como consequência imediata o aparecimento da hipertensão1.

Muito se discute sobre a condição da hipertensão arterial sistêmica (HAS), de fato é uma condição clínica caracterizada por níveis persistentes de pressão arterial sistólica (≥140mmHg) e diastólica (≥90mmHg). Portanto, a doença hipertensiva na gestação pode surgir a partir da vigésima semana tendo como característica edemas e proteinúria na clínica da paciente no período gestacional2.

A classificação da hipertensão arterial sistêmica (HAS) mais difundida sobre doença hipertensiva na gravidez estabelece a possibilidade de quatro formas de síndromes na gestação: hipertensão arterial crônica, hipertensão gestacional, pré-eclâmpsia e hipertensão arterial crônica sobreposta por pré-eclâmpsia, sendo a pré-eclâmpsia a forma mais grave para a gestante e para o feto em desenvolvimento2.

Recentemente segundo estudos admitiu a possibilidade da ocorrência também na gestação, assim como se observa na clínica médica, da “hipertensão do jaleco branco”. Esse quadro caracteriza-se pela presença de hipertensão arterial (≥ 140 x 90 mmHg) durante as consultas pré-natais de rotina3.

É importante salientar que a forma de hipertensão do jaleco branco deve ser considerada apenas quando presente na primeira metade da gestação e de forma alguma deve oferecer confusão com pré-eclâmpsia, característica da sua segunda metade. Ressalte-se que a “hipertensão do jaleco branco” pode evoluir para pré-eclâmpsia e causar danos graves parra a gestante e para o feto. Entretanto, esse trabalho ressalta a falta de informações a respeito desses importantes desfechos, principalmente em localidades onde se acredita serem mais prevalentes a hipertensão arterial na população em geral4.

Considerando-se que o diagnóstico da DHEG é difícil de ser estabelecido e muitas vezes firmado principalmente com base em dados clínicos, inúmeros têm sido os esforços no sentido de se determinar parâmetros hemostáticos que tenham um valor preditivo no diagnóstico e prognóstico da doença4.

Entretanto é possível identificar ações preventivas mediante ao atendimento a gestante portadora da Doença Hipertensiva Especifica da Gestação – DHEG – durante a consulta de pré-natal. Diga – se então que o pré-natal é um dos papeis mais importante na prevenção dessa morbilidade e mortalidade maternal e parietal. No entanto, independente da gravidade do quadro clinico, deve ser hospitalizada toda paciente diagnosticada com pré-eclâmpsia, tendo em vista acompanhamento em unidade de alto risco para tratamento especializado visando reduzir a mortalidade e os danos há saúde do feto e da gestante5.

Com relação ao feto as complicações mais frequentes associadas são as restrições do crescimento intrauterino, baixo peso ao nascer e prematuridade, sendo uma grande incidência a quantidade de natimortos, asfixia ao nascimento, síndrome de aspiração de mecônio, complicações neonatais precoces e tardias e neurodesenvolvimento da criança deficiente6.

Este estudo teve como objetivo geral de descrever os principais fatores de riscos para a doença hipertensiva especifica da gravides (DHEG) através de uma revisão de literatura.

MATERIAIS E MÉTODO

O presente estudo consiste em uma revisão de literatura, a qual se constitui de um estudo com coleta de dados realizada a partir de fontes secundárias. Este método tem a finalidade de reunir e sistematizar resultados de pesquisas sobre um delimitado tema ou questão de maneira sistemática e ordenada, contribuindo para o aprofundamento do conhecimento do tema investigado7.

Para a busca dos artigos, manuais, relatos de casos e livros para compor o estudo, foram utilizadas as seguintes combinações entre os descritores da pesquisa: fatores de riso, DHEG, complicações, hipertensão gestacional, pré-natal de alto risco. Após a coleta dos dados passou-se para a categorização dos estudos e análise.

Para a busca dos artigos científicos, relatos de casos, manuais e livros foi realizado pesquisa nas seguintes bases eletrônicas de dados, Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDILINE) e Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) Scientific Electronic Library Online (SELO). E também foi pesquisado os manuais do ministério da saúde do Brasil, livros e similares que publicam matérias referente a temática em estudo.

O recorte temporal das publicações a serem pesquisada foi definido entre o período de 2015 a 2024, pois se trata de um recorte temporal que vem contemplando os estudos publicados nesse período, por serem publicações que tragam as novas descobertas sobre o manejo da gravidez de alto risco na população em geral.

Após a seleção dos artigos foi analisado os títulos e os resumos de todos os documentos encontrados e selecionado os que se enquadraram nos critérios de inclusão da pesquisas em estudo, para a construção da presente pesquisa, referente aos fatores de risco e complicações da doença hipertensiva especifica da gravidez.

Os critérios de inclusão adotados foram: pesquisa de campo, estudos de caso, relatos de casos, revisão sistemática, revisão narrativa, metanálise, coorte observacional, estudo prospectivos e retrospectivos que foram publicados nos últimos 10 dez anos, esse recorte temporal foi definido visando buscar o que há de inovador no manejo da doença hipertensiva especifica da gravidez.

Este projeto de pesquisa não será submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) por não envolver pesquisa com seres humanos, ficando apenas em base de dados secundários, mas obedecerá às recomendações da Resolução 466 de 2012 que regulamenta a realização das pesquisas.

REVISÃO DE LITERATURA

A Hipertensão Arterial, em gestantes, é definida pela presença de pressão arterial maior ou igual a 140/90mmHg e para ser constatada, devem ser realizadas duas aferições com um intervalo de 4 horas, a paciente deve estar sentada, evitando assim a compressão da veia cava pelo útero grávido8.

As doenças hipertensivas específicas da gravidez (DHEG) representam as alterações que ocorrem com maior frequência no período gestacional, dentre tais mazelas, a pré-eclâmpsia (PE) é a avaliada como a de maior incidência. Esta morbidade é considerada a primeira causa de mortalidade materna no Brasil e a terceira no mundo, repercutindo em alta taxa de morbimortalidade perinatal9.

A pré-eclâmpsia é uma enfermidade multifatorial cuja característica é a disfunção endotelial difusa, a qual, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) afeta cerca de 8% a 10% das gestações no mundo. O surgimento de tal doença é propiciado por fatores de riscos como a primiparidade, gravidez múltipla, diabetes mellitus, obesidade e os extremos da vida reprodutiva (mulher adolescente ou maior que 35 anos)10.

A gravidez constitui um período normal do ciclo de vida, onde ocorrem diversas transformações biopsicossociais na mulher, isto se constitui num processo natural cuja evolução levará ao nascimento de um bebê sadio, no entanto tais transformações podem resultar em desenvolvimento inadequado para o feto e/ou para a mãe. Toda gestação que evolui inadequadamente é considerada de alto risco, ou seja, apresenta algum fator que compromete a evolução saudável. Sabe-se que em países em desenvolvimento incluindo o Brasil, um grande número de mulheres evolui ao óbito por complicações na gravidez, entre elas as doenças hipertensivas são responsáveis pela maioria das mortes maternas11.

QUADRO 1: principais resultados das pesquisas referentes aos fatores de risco para doença hipertensiva especifica da gravidez DHEG.

AUTOR/ANOTÍTULOOBJETIVORESULTADOS
MOURA, Escolástica Rejane Ferreira et. al. 202012Fatores de risco para síndrome hipertensiva específica da gestação entre mulheres hospitalizadas com pré-eclâmpsia.identificar os fatores de risco para pré-eclâmpsia presentes em uma população com essa patologia.Este estudo identificou que 75% das gestantes que desenvolveram a doença hipertensiva especifica da gravidez tinha renda familiar entre 1 e 2 salários mínimos.
Ministério da Saúde. 201613Síndrome hipertensiva específica da gestaçãodescrever os fatores de risco para pré-eclâmpsia.62,5% das gestantes estudadas neste estudo desenvolveram pré-eclâmpsia, ou seja, a DHEG ocorre com maior frequência em mulheres que sejam geneticamente predispostas à doença.
Takiuti NH, Kahhale. 202114Hipertensão e gravidez: principais fatores de riscoExplicas os fatores de risco para a DHEG.De acordo com os resultados desta pesquisa 55% das gestantes que desenvolvera DHEG, referiram uma alta ingesta de sal no decorrer da gestação.
BACELAR. Eloisa Barreto. Et. al. 2017.15Fatores associados à Síndrome Hipertensiva Específica da GestaçãoAnalisar possíveis associações entre Síndrome Hipertensiva Específica da Gestação (SHEG) e características sociodemográficasDe acordo com um estudo realizado no nordeste brasileiro,76,5% das puérperas que desenvolveram a doença hipertensiva especifica da, tiveram uma assistência pré-natal inadequada
Magalhães. MLC. et al. 2016.16Sondrome de Help e gestação de alto riscoDescrever a Síndrome Hipertensiva Específica da Gestação (SHEG)A idade materna pode se caracterizar como um fator de risco para a Doença Hipertensiva Especifica da Gravidez (DHEG) desde que a gestante esteja nos extremos da idade como menor de 15 anos e maior de 40 anos de idade
GAMA, S.G.N. et al., 201517Fatores associados à cesariana entre primíparas adolescentes no BrasilExplicar as causas da Doença Hipertensiva Especifica da Gestação (DHEG)Mulheres que são portadoras de doenças crônicas antes da gestação tem um fator de risco elevado para desenvolver a Doença Hipertensiva Especifica da Gestação (DHEG)
ARAUJO, Késsia Loenne Pereira de. et al. 202118Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG): análise da ocorrência entre os anos de 2019 e 2020Analisar a prevalência da Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG) entre os anos de 2019 e 2020 no município de Porto Franco – MA.Os resultados do presente estudo mostraram, que 71,1% das gestantes que desenvolvera pré-eclampsia no final da gestação eram fumantes e não param de fumar durante a gestação
GUERREIRO, D. D. et al., 201519Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG)Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG)O consumo de álcool e outras drogas licitas e ilícitas também são fatores de risco para a doença hipertensiva especifica da gravidez e no presente estudo mostrou que 71% das gestantes estudadas fizeram uso de álcool durante a gestação
AMARAL, Walter Toledo; PERAÇOLI, José Carlos. 201920Fatores de risco relacionados à pré-eclâmpsiaIdentificar fatores de risco relacionados ao desenvolvimento da Pré-eclâmpsia no sentido de identificar precocemente gestantes com risco para a doença e oferecer a estas, acompanhamento especializado.As mulheres afrodescendentes têm maior risco para desenvolver hipertensão arterial crônica e como a doença hipertensiva especifica da gravides é uma complicação da hipertensão arterial. Dessa forma as mulheres negras se caracterizam como fator de risco para DHEG
SAFTLAS, A.F. et al. 201721Leisure-Time Physical Activity, and Risk of Preeclampsia and Gestational. HypertensionDescreves os fatores de risco para PEOutro fator de risco para DHEG é o sedentarismo. A atividade física regular produz efeitos benéficos no sistema cardiovascular para dotas as pessoas

Populações de baixa renda apresenta maior risco para doenças crônicas como o diabetes, a hipertensão arterial e outras doenças, dessa forma a baixa renda é um fator de risco para o desenvolvimento da doença hipertensiva especifica da gravidez (DHEG).

A renda da maior parte das famílias dessas gestantes, ou seja, de 30 (75%) delas era de um a dois salários mínimos, o que pode estar associado a condições nutricionais deficientes e ao estresse relacionado a necessidades básicas não atendidas, conjugando aspectos que concorrem para os distúrbios hipertensivos12.

Atualmente é aceito que fatores genéticos são importantes no desenvolvimento da pré-eclâmpsia. As formas de herança não seguem os modelos clássicos mendelianos. Estudos familiares têm mostrado que em famílias com primeiro grau de consanguinidade com uma mulher com Pré-Eclampsia tem 4 a 5 vezes maior risco de apresentar esta enfermidade. Igualmente, os familiares de segundo grau têm um risco aumentado de 2 a 3 vezes.22

A dieta rica em sódio favorece o aumento da pressão arterial, principalmente durante a gestação, por isso é de suma importância a redução do consuma de sal durante a gravides para evitar a hipertensão e a Doença Hipertensiva Especifica da Gravidez (DHEG) que acomete milhares de mulheres em todo o mundo.

A assistência pré-natal quando é realizada de forma inadequada pela gestante, dificulta o diagnóstico precoce de alterações na gestação e na realização de condutas adequadas sobre condições que a gestante pode ser acometida, aumentando os riscos de morbimortalidade materno-infantil.23

Quanto à idade gestacional, estudos apontam que a Doença Hipertensiva Especifica da Gravidez (DHEG) é mais incidente a partir do final do segundo trimestre após a 20ª semana de gestação. Nesta pesquisa (86,36%) das gestantes que desenvolveram (DHEG) estavam nesta fase da gestação quando manifestaram a doença, confirmando assim os achados da literatura médica atualizada24.

Gestantes portadoras de doenças crônicas como o diabetes melitus, obesidade, cardiopatias, nefropatias, hepatopatias e outras doenças crônicas aumenta o risco de desenvolver a DHEG, após a 20º semana de gestação, trazendo risco para a gestante e para o feto em desenvolvimento.13

O tabagismo tem sido considerado em vários estudos como causador do desenvolvimento de pré-eclâmpsia, hipertensão arterial prévia, idade avançada e nuliparidade foram considerados fatores de risco em estudo anterior publicado recentemente em nosso meio. Pré-eclâmpsia (PE) é uma síndrome clínica de etiologia desconhecida caracterizada por hipertensão arterial, proteinúria e edema em mulheres após a 20ª semana de gestação. Caracteriza-se por uma disfunção endotelial de patogenia ainda não completamente entendida2 e é um importante causa de morbimortalidade materno-fetal3-5, ocorrendo em até 10% de todas as gestações.25

O consumo de álcool representa um potencial complicador da gestação, tendo em vista seu consumo ascendente em mulheres em idade fértil. Além disso, conhece-se seus efeitos teratogênicos e placentários. No estudo presente, observou-se ainda que mães que usaram álcool na gestação foram mais propensas a utilizarem tabaco, entretanto, quando ajustado para este fator, não se encontrou relevância na chance de desfechos adversos.26

Quando comparadas com outras etnias, mulheres afrodescendentes têm maior incidência de hipertensão arterial crônica e de restrição de crescimento intrauterino, mas não de pré-eclampsia. Entretanto, apresentam aumento das taxas de pré-eclampsia sobreposta à hipertensão arterial crônica.27

São muitos os fatores de risco indicados na literatura para a incidência da pré-eclâmpsia, no entanto, obesidade, diabetes mellitus, hipertensão, idade nos extremos da fase reprodutiva (gestação na adolescência e depois dos 35 anos), histórico familiar ou pessoal de PE ou eclâmpsia, nefropatias, primiparidade e baixa escolaridade são os fatores de maior incidência para o desenvolvimento da DHEG. As principais incidências da doença são em primigestas, gestantes com histórico pessoal e/ou familiar de pré-eclâmpsia e/ou eclâmpsia, gestação gemelar, doença cardiovascular pré-existente, hipertensão, nefropatia, lúpus (doenças autoimunes) e diabetes mellitus.28

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste estudo foram evidenciados varios fatores de risco para a Doença Hipertensiva especifico da Gravidez (DHEG), como a raça, condiçoes socioeconomicas, tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, idade, consumo de sal, dieta inadequada, pré-natal inadequado, obesidade e antecedentes familiares.

Portanto, é indispensável que os profissionais da área da saúde como os médicos, os enfermeiros e a equipe multidisciplinar da área da saúde estejam instrumentalizada com conhecimentos científicos para prestar assistência ao pré-natal de forma satisfatória e com a finalidade de reduzir a incidência de doença Hipertensiva especifico da Gravidez. 

Espera-se que esse trabalho possa auxiliar na compreensão sobre tamanha relevância desse fator de risco, para que assim, os profissionais estimulem e orientem atividades e ações que previnam o aumento da incidência da doença na população estudada.

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1Acadêmico do Curso de Graduação em enfermagem do Centro Universitário UNINORTE, Rio Branco-Acre, Brasil, 2024.

2Professor do curso de graduação em enfermagem e acadêmico do curso de medicina do Centro Universitário UNINORTE, Rio Branco-Acre, Brasil, 2024.

3Professora do curso de graduação em medicina do Centro Universitário UNINORTE, Rio Branco-Acre, Brasil, 2024.