SARAMPO: OS IMPACTOS DA NÃO VACINAÇÃO NA PANDEMIA DA COVID-19

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.11218116


Matheus Vieira Mendes1
Renata Lívia Silva Fonseca Moreira de Medeiros2
Oscilma Barros de Quental3
Geane Silva Oliveira4
Kaio Rodrigues Otaviano5


Resumo

INTRODUÇÃO: O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa, representa um desafio global à saúde pública, transmitido pelo vírus da família Paramyxoviridae. Afetando principalmente o trato respiratório, é exclusivamente humano e pode causar complicações graves, especialmente em crianças. A ausência de um tratamento antiviral específico destaca a vacinação como a medida mais eficaz para prevenir essa doença. No entanto, a presença de grupos antivacinação e a disseminação de desinformação comprometem os esforços de imunização. METODOLOGIA: Este estudo adotou uma abordagem de revisão de literatura, utilizando bases de dados como SciELO, BVS e Lilacs, entre fevereiro e março de 2024. Os critérios de inclusão foram definidos para artigos publicados entre 2020 e 2024, em português e disponíveis gratuitamente, enquanto critérios de exclusão foram aplicados para garantir a qualidade dos estudos analisados. DISCUSSÃO: Durante a pandemia de COVID-19, a cobertura vacinal contra o sarampo diminuiu, aumentando a vulnerabilidade à doença e representando um retrocesso nas conquistas de eliminação em várias regiões. Estratégias como campanhas de conscientização e fortalecimento dos programas de imunização são essenciais para reverter os danos causados pela interrupção da vacinação. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A não vacinação durante a pandemia tem impactos significativos, aumentando a vulnerabilidade a doenças preveníveis por vacinação. Para fortalecer os programas de vacinação e garantir a proteção da saúde pública, é crucial investir em conscientização, educação em saúde e acesso facilitado às vacinas. Este estudo contribui para a compreensão dos desafios enfrentados pela imunização contra o sarampo durante a pandemia e destaca a necessidade de medidas coordenadas e eficazes para enfrentar esses desafios e garantir a saúde pública. Limitações, como a falta de dados abrangentes, sugerem a necessidade de futuras pesquisas para avaliar o impacto de intervenções específicas na melhoria da cobertura vacinal e na redução dos casos de sarampo.

Palavras-chave: Sarampo. COVID-19. Cobertura Vacinal.

Abstract

INTRODUCTION: Measles is a highly contagious viral disease, posing a global challenge to public health, transmitted by the virus from the Paramyxoviridae family. Primarily affecting the respiratory tract, it is exclusively human and can cause severe complications, especially in children. The absence of a specific antiviral treatment highlights vaccination as the most effective measure to prevent this disease. However, the presence of anti-vaccination groups and the spread of misinformation compromise immunization efforts. METHODOLOGY: This study adopted a literature review approach, utilizing databases such as SciELO, BVS, and Lilacs, between February and March 2024. Inclusion criteria were defined for articles published between 2020 and 2024, in Portuguese and freely available, while exclusion criteria were applied to ensure the quality of the analyzed studies. DISCUSSION: During the COVID-19 pandemic, measles vaccination coverage decreased, increasing vulnerability to the disease and representing a setback in elimination achievements in various regions. Strategies such as awareness campaigns and strengthening of immunization programs are essential to reverse the damage caused by vaccination interruption. CONCLUSION: Non-vaccination during the pandemic has significant impacts, increasing vulnerability to vaccine-preventable diseases. To strengthen vaccination programs and ensure public health protection, it is crucial to invest in awareness, health education, and facilitated access to vaccines. This study contributes to understanding the challenges faced by measles immunization during the pandemic and emphasizes the need for coordinated and effective measures to address these challenges and ensure public health. Limitations, such as the lack of comprehensive data, suggest the need for further research to evaluate the impact of specific interventions on improving vaccination coverage and reducing measles cases.

Keywords: Measles. COVID-19. Vaccination Coverage.

1. INTRODUÇÃO

O sarampo, uma doença viral altamente contagiosa, é um problema de saúde pública global desencadeado pelo vírus pertencente à família Paramyxoviridae. Sua propagação ocorre principalmente por meio do contato direto e aéreo, afetando o trato respiratório e disseminando-se rapidamente pelo organismo. É crucial ressaltar que o sarampo é uma enfermidade exclusivamente humana, não afetando animais (OPAS, 2024). 

A vulnerabilidade das crianças a essa doença é notável, com potencial para desencadear complicações graves, incluindo diarreia intensa, infecções de ouvido, perda de visão, pneumonia e encefalite, uma inflamação do cérebro. A ausência de um tratamento antiviral específico para o vírus do sarampo destaca a vacinação como a medida mais eficaz para prevenir essa doença devastadora (OPAS, 2024).

Apesar da segurança e eficácia comprovadas da imunização contra o sarampo, nos deparamos com desafios significativos devido à presença de grupos antivacinação em todo o mundo. Esses grupos, muitas vezes enraizados em comunidades religiosas, juntamente com a disseminação de informações imprecisas, contribuem para concepções equivocadas sobre as vacinas. A propagação de notícias falsas, especialmente nas redes sociais, tem minado a confiança nas vacinas, levando à diminuição da adesão à imunização e aumentando o risco de ressurgimento de doenças já controladas. O calendário nacional de vacinação, estabelecido pelo Ministério da Saúde do Brasil, destaca a importância da administração de duas doses da vacina contra o sarampo, garantindo proteção adicional contra outros vírus (MEDEIROS, 2020).

A implementação generalizada da vacinação nas últimas décadas levou a uma redução significativa nos registros de sarampo em todo o mundo. A região das Américas foi pioneira ao interromper oficialmente a transmissão endêmica em 2002 e declarar sua eliminação em 2016. O Brasil, em particular, recebeu o certificado de país livre do sarampo em reconhecimento aos esforços contínuos em promover a vacinação e manter uma vigilância epidemiológica eficaz (MAKARENKO et al., 2022).

O Programa Nacional de Imunização (PNI) desempenha um papel central na organização da política de vacinação no Brasil, visando controlar, erradicar e eliminar doenças preveníveis por imunização. A enfermagem, nesse contexto, desempenha um papel crucial na promoção da imunização, com enfermeiros atuando como responsáveis técnicos em salas de vacinação. No entanto, a complexidade envolvida no manejo dos imunobiológicos exige um envolvimento mais proativo e dedicação exclusiva a esse setor (OLIVEIRA et al., 2021).

A pandemia de COVID-19 gerou impactos significativos nos esforços e programas de vacinação, incluindo atrasos na vacinação infantil. No entanto, também destacou a importância da vacinação na prevenção e controle de doenças. Essa situação demonstra a necessidade de estratégias adicionais, como maior conscientização pública e campanhas de reforço da vacinação, para garantir a execução eficaz do Calendário Nacional de Vacinação (ABREU et al., 2022).

A presente pesquisa se propõe a analisar os desafios enfrentados pela imunização contra o sarampo em meio à pandemia de COVID-19, identificando estratégias para fortalecer os programas de vacinação e garantir a proteção da saúde pública. Os objetivos incluem investigar o impacto da pandemia na cobertura vacinal, avaliar a eficácia das medidas de prevenção e controle do sarampo e propor diretrizes para enfrentar os obstáculos emergentes na imunização. Esta pesquisa é relevante não apenas em termos teóricos, ao contribuir para o conhecimento científico, mas também em termos práticos, ao fornecer informações valiosas para a formulação de políticas de saúde e práticas de imunização eficazes.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Características gerais do sarampo 

O sarampo é uma doença altamente contagiosa causada por um vírus respiratório que faz parte da família Paramyxoviridae, especificamente do gênero Morbillivirus (Measles morbillivirus). Ele se espalha através de gotículas de saliva e aerossóis. Em cerca de 10% dos casos, o sarampo pode levar a complicações graves e até fatais, tornando-se uma grande preocupação de saúde pública, especialmente em regiões com recursos limitados. (PERRY, 2004)

No entanto, existe uma perspectiva otimista: o sarampo é considerado erradicável devido à existência de uma vacina eficaz e acessível, que proporciona imunidade duradoura. Além disso, há testes diagnósticos precisos disponíveis, não existem reservatórios animais para o vírus e uma grande proporção dos infectados apresenta sintomas, o que facilita a detecção e o controle da doença. Para alcançar a erradicação, é essencial que a vacinação alcance uma cobertura de pelo menos 95% da população global. (OPAS, 2009)

O sarampo passa por diferentes estágios: o período de incubação, o estágio prodrômico e o estágio exantemático. Ele pode ser transmitido cinco dias antes e até quatro dias depois do aparecimento da erupção cutânea, e mais de 90% das pessoas expostas acabam desenvolvendo a doença. Durante o período de incubação, que dura de 10 a 14 dias, geralmente não há sintomas visíveis. É quando o vírus se espalha através da respiração, seguido pela sua multiplicação no corpo. O estágio prodrômico, que dura de 2 a 8 dias, é caracterizado por sintomas inespecíficos como febre, mal-estar, tosse, coriza e conjuntivite. Em alguns casos, os sinais de Koplik podem aparecer 24-48 horas antes da erupção cutânea. (XAVIER, 2019)

Como uma complicação mais rara e séria, existe a encefalomielite aguda disseminada, na qual o paciente pode experimentar febre, dor de cabeça, falta de coordenação e convulsões, com evidências visíveis em imagens de ressonância magnética (RM) mostrando lesões na substância branca do cérebro, às vezes afetando áreas como o tálamo, os gânglios da base e o tronco encefálico. Outra complicação é a panencefalite subaguda esclerosante, que pode se manifestar meses ou até anos após o surto inicial de sarampo, resultando em deterioração progressiva das habilidades motoras e cognitivas, convulsões e até mesmo óbito. Em pessoas com o sistema imunológico comprometido, uma complicação rara é a encefalite de corpos de inclusão por sarampo, caracterizada por alterações no estado mental, convulsões, epilepsia focal, perda auditiva, visão turva temporária e, em casos graves, progressão para coma e morte. (GRIFFIN, 2014)

O vírus do sarampo pode ser detectado em várias amostras biológicas, como urina, secreções nasais e orais, sangue, líquido cefalorraquidiano e tecidos corporais em casos fatais. No entanto, de acordo com as diretrizes do Ministério da Saúde, a pesquisa para identificação viral é realizada principalmente em amostras da orofaringe, nasofaringe e urina, utilizando a técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR). Os anticorpos IgM, indicativos de infecção aguda, e IgG, que sugerem infecção passada ou imunização, são detectados em amostras de soro. Além disso, a presença viral pode ser avaliada em amostras de urina e em swabs combinados da orofaringe e nasofaringe. (BRASIL, 2019)

Não há um tratamento específico para combater a infecção por sarampo. O uso de antibióticos não é recomendado, a menos que seja prescrito por um médico devido a infecções secundárias. Para casos não complicados, é importante garantir a hidratação adequada, fornecer suporte nutricional e reduzir a febre. Muitas vezes, as crianças precisam de quatro a oito semanas para se recuperarem nutricionalmente. É recomendado que todas as crianças com suspeita de sarampo recebam suplementação de palmitato de retinol (vitamina A) após avaliação clínica e/ou nutricional por um profissional de saúde. Isso pode ajudar a reduzir a mortalidade e prevenir complicações da doença. As doses recomendadas estão descritas no quadro abaixo, de acordo com a faixa etária da criança. (BRAZÍLIA DF, 2005)

2.2 Programa Nacional de Imunização

O PNI, sob a coordenação do Ministério da Saúde e em colaboração com as secretarias estaduais e municipais de saúde, tem se estabelecido como uma das intervenções mais significativas na área da saúde pública. Desde sua criação em 1973, ao longo de seus 51 anos de existência, o PNI acumula uma história repleta de sucessos e desafios. Reconhecido como uma política pública eficaz, ele vem cada vez mais influenciando o perfil de saúde e mortalidade da população brasileira, adaptando-se às transformações nos âmbitos político, epidemiológico e social. (DOMINGUES et al., 2020)

Inicialmente, as vacinas contra sarampo, rubéola e caxumba eram administradas separadamente, embora em alguns momentos tenham sido combinadas (como a dupla viral, para sarampo e rubéola). A partir de 1992, surgiu a vacina tríplice viral, que inclui os três vírus em uma única dose, sendo parte integrante do calendário vacinal para crianças e adultos. Em 2013, foi introduzido um novo componente na vacina tríplice viral, o vírus varicela-zóster, criando a vacina tetra viral. O vírus varicela é responsável pela catapora, uma doença geralmente leve na infância, mas que pode ter complicações em indivíduos com o sistema imunológico comprometido ou em idosos. Esta vacina é administrada em dose única. (BRASIL, 2013)

Das doenças preveníveis pelas vacinas tríplice e tetra viral, o sarampo é especialmente preocupante para as autoridades de saúde, devido à sua alta incidência, principalmente em países em desenvolvimento, e à taxa de letalidade que pode atingir de 3% a 6% em lactentes e crianças menores de 11 meses. O sarampo também contribui para uma alta taxa de mortalidade infantil, especialmente entre crianças desnutridas e com problemas no sistema imunológico. (ANDRADE et al., 2022)

2.3 A influência da pandemia da COVID-19 nos desafios para o alcance de metas do PNI 

Diante da importância do controle do sarampo e da comprovada eficácia das medidas adotadas para combatê-lo, diversos estudos foram conduzidos utilizando dados do sistema de vigilância epidemiológica. No entanto, esse esforço de controle se deparou com um cenário nacional complexo, caracterizado por cortes nos investimentos públicos, especialmente na Atenção Primária à Saúde (APS) e pela declaração de emergência em saúde pública de interesse internacional devido à pandemia de covid-19. Essa conjuntura trouxe desafios adicionais para o sistema de vigilância, uma vez que os laboratórios centrais de saúde pública (Lacens) concentraram seus esforços no diagnóstico do vírus pandêmico. Além disso, a disseminação de informações falsas por grupos antivacina criou obstáculos adicionais para a vigilância e o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS), tornando parte da população mais vulnerável do ponto de vista imunológico. (SOUZA et al., 2023)

Vários estudos têm sido conduzidos e publicados para analisar os impactos da pandemia de COVID-19 na cobertura do PNI no Brasil e na vacinação contra doenças infecciosas em diferentes países. O impacto direto da pandemia de COVID-19 na cobertura vacinal da população brasileira tornou-se evidente ao observar o aumento do número de casos subnotificados pelas Secretarias de Saúde, resultando em um aumento na incidência e mortalidade de outras doenças infecciosas, como o sarampo (CARVALHO, 2020)

Devido à pandemia de COVID-19, mais de 117 milhões de crianças de 37 países correm o risco de não receber a vacina contra o sarampo. Campanhas de vacinação contra o sarampo já foram adiadas em 24 países, aumentando o risco de surtos contínuos. O Brasil tem apresentado uma queda nas taxas de cobertura vacinal ao longo das últimas décadas, especialmente para as vacinas recomendadas no calendário vacinal durante o primeiro ano de vida. Os dados dos primeiros nove meses de 2020 mostram uma redução de até 30% na cobertura vacinal para vacinas importantes em comparação com os dados de 2019. (OMS, 2020).

2.4 O papel da enfermagem no alcance dos objetivos da vacinação 

A enfermagem desempenha um papel fundamental na área da imunização, assumindo a responsabilidade primordial de expandir seus conhecimentos por meio de estratégias de educação em saúde. Durante a assistência, é dever do enfermeiro realizar a busca ativa por indivíduos não vacinados, promover campanhas de vacinação, supervisionar e fornecer educação continuada à equipe de enfermagem. Essas ações visam garantir uma assistência de qualidade e manter a confiança da população tanto nas vacinas quanto nos profissionais que as administram (OLIVEIRA, 2016).

A queda nas taxas de vacinação aumenta o risco de recorrência dessas doenças, que são transmitidas por contato direto. Diante desse cenário, é crucial que os profissionais de saúde prestem assistência de qualidade para restabelecer as metas de imunização (FORTES, 2002).

Na sala de vacinação, as atividades devem ser conduzidas por uma equipe de enfermagem altamente treinada e qualificada para garantir o manuseio, conservação e administração correta do imunobiológico. Essa supervisão é de responsabilidade do enfermeiro, que detém a Responsabilidade Técnica (RT) pela qualidade dos serviços oferecidos à população, conforme estabelecido pela Resolução 302 de 2005 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN, 2005).

3. METODOLOGIA 

O presente estudo trata-se de uma revisão de literatura feita a partir da sequência de etapas, tais quais, definição do tema, construção de uma pergunta norteadora, seleção dos Descritores em Saúde, determinação dos critérios de inclusão e exclusão e por fim, análise e discussão dos trabalhos encontrados.

A finalização do tema parte da questão norteadora: “Quais os principais desafios enfrentados pela imunização contra o sarampo durante a pandemia de COVID-19 e quais estratégias podem ser adotadas para fortalecer os programas de vacinação e garantir a proteção da saúde pública?”. 

A procura dos artigos ocorreu entre os meses de fevereiro e março de 2024, através das bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), fazendo uso dos Descritores em Saúde: “Sarampo”,  “COVID-19” e “Cobertura Vacinal” e intermediados pelo operador booleano AND. Conseguinte a utilização dos descritores, foram selecionados publicações de todas as áreas do conhecimento que auxiliaram na composição do estudo. 

Para os critérios de inclusão foram adotados: artigos publicados e indexados entre os anos de 2020 a 2024, artigos disponíveis em português, de forma gratuita, que abordem a temática e que estejam disponíveis na íntegra. Foram excluídos os artigos duplicados, artigos redigidos em outros idiomas, publicados fora do período estabelecido e artigos incompletos.

Após a realização da pesquisa, os trabalhos foram analisados, reunidos e apresentados em forma de quadros e discutidos de acordo com a literatura. Apesar da pesquisa não ser submetida ao Comitê de Ética e Pesquisa e por se tratar de uma revisão integrativa da literatura, a mesma seguirá com respeito e obedecendo os princípios da ética e bioética.

Após a triagem, foram identificados 52 manuscritos. Aplicando critérios de exclusão, restaram 15 artigos para análise. Desses, 12 foram selecionados para compor este estudo, sendo avaliados qualitativamente por meio de leitura flutuante e completa. Os resultados foram organizados em tabelas e confrontados de forma qualitativa com a literatura pertinente.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

A discussão sobre os impactos da não vacinação contra o sarampo na pandemia da COVID-19 é de extrema importância para compreender as ramificações dessa interrupção nos programas de imunização durante um momento de crise global de saúde. O presente estudo se propõe a analisar e sintetizar os principais artigos que abordam essa temática, destacando suas contribuições significativas para o entendimento dos efeitos da não vacinação durante a pandemia. A tabela a seguir apresenta os artigos selecionados e suas principais contribuições para o debate sobre os impactos da não vacinação contra o sarampo na pandemia da COVID-19.

Quadro 1. Quadro de distribuição da amostra conforme o título, autor, ano de publicação e principais resultados

TÍTULOAUTOR/ANOPRINCIPAIS RESULTADOS
1Vacinação do sarampo no Brasil: onde estivemos e para onde vamos?SATO; BOING; ALMEIDA; XAVIER; MOREIRA; MARTINEZ; MATIJASEVICH; DONALISIO, 2023O alcance e a manutenção de coberturas vacinais altas e homogêneas são cruciais para a eliminação do sarampo, exigindo esforços e compromissos globais. No Brasil, a pandemia de COVID-19 intensificou as iniquidades em saúde, com baixas CV de sarampo em municípios socialmente mais vulneráveis e desiguais. Por outro lado, esse desafio pode ser enfrentado por meio da implementação de estratégias que fortaleçam a atenção básica à saúde e garantam acesso à vacina, diminuindo as oportunidades perdidas de vacinação e a hesitação vacinal.
2Heterogeneidade espaço-temporal dos indicadores de imunização da vacina tríplice viral em crianças no BrasilMOURA; NETO; SOUZA-SANTOS, 2024Em algumas macrorregiões, a taxa de abandono era alta desde 2014, sinalizando risco de ressurgimento do sarampo. Por sua vez, a análise espaço-temporal indicou mais baixas coberturas vacinais em 2020, sugerindo influência da pandemia de covid-19.
3Cartão de vacinação: importante instrumento para incentivar a autonomia vacinal de estudantesSILVA; CARDOSO; ALMEIDA, 2023Investigação inicial acerca da situação vacinal de um grupo (reconhecidamente pequeno) de estudantes e que deixa muitas questões em aberto, mas que se esperam ser investigadas em trabalhos futuros e, desejosamente, mais robustos, a fim de, sobretudo, conter o movimento antivacina e promover o aumento da cobertura vacinal dessa geração e garantindo a manutenção dessa cobertura para as gerações futuras, revertendo a baixa cobertura vacinal atual
4Pela reconquista das altas coberturas vacinaisHOMMA; MAIA; ALENCAR; FIGUEIREDO; BEZERRA; VERÍSSIMO; FÁTIMA; BRUSCHI, 2023Os resultados já alcançados pelo PRCV permitem afirmar que é possível conseguir a reversão das baixas coberturas vacinais, a partir da articulação de ações estruturais e interinstitucionais, com o fortalecimento das políticas públicas e desenvolvimento de medidas de curto, médio e longo prazos 8. Não serão mobilizações pontuais ou campanhas de comunicação que se limitem a disseminar matérias e propagandas na mídia que conseguirão superar os desafios postos. Para que o trabalho tenha continuidade, com alcance das metas de todas as vacinas, é necessário que o PNI e APS, juntamente com estados e municípios, e apoio das redes locais, fortaleçam os profissionais de saúde que atuam no território e discutam estratégias que mantenham as ações estruturantes para a reconquista das altas coberturas vacinais.
5Doenças preveníveis por vacinas (difteria, sarampo, febre amarela e poliomielite) no contexto da pandemia da COVID-19: implicações para a Região das AméricasOPAS, 2021Depois de mais de 22 meses da pandemia de COVID-19 em curso na Região das Américas, onde casos e mortes por COVID-19 foram relatados em todos os 56 países e territórios na Região das Américas, os sistemas de saúde ainda estão sendo desafiados e as atividades de imunização rotineira ainda estão atrasadas na maioria dos países. A pandemia afetou o cumprimento dos indicadores de vigilância de doenças preveníveis por vacinação (VPD, sigla em inglês). Além disso, as restrições impostas ao movimento e as preocupações com a pandemia limitaram as atividades da atenção primária à saúde, incluindo serviços preventivos como a vacinação, com a consequente queda na cobertura vacinal e aumento da população suscetível. Além disso, os fenômenos migratórios na Região, o relaxamento das medidas de saúde pública e sociais e o impacto da COVID-19 na capacidade dos sistemas de saúde têm gerado desafios. Portanto, a ocorrência de novos surtos de VPDs de magnitude variável na Região das Américas não pode ser descartada, e o risco regional permanece avaliado como Muito Alto
6Estratégias para a continuidade das imunizações durante a pandemia de COVID-19 em Tucuruí, PAFERREIRA; CARMO;  BENEDITO; SANTOS; OURIQUES; PINHEIRO, 2021Portanto, conclui-se que práticas e estratégias alternativas nos processos de campanhas e realizações de imunizações, durante o período de crise do coronavírus, se fazem de extrema necessidade, considerando possíveis agravos de saúde, levados a acontecer pela negligencia do ato da vacinação. A experiencia fora bem sucedida ao alcançar seu público, superando barreiras impostas pelo “novo normal”, estabelecido pelo contexto de pandemia.
7Sistema de vigilância epidemiológica do sarampo antes e durante a pandemia de covid-19 em Pernambuco, em 2018-2022: avaliação descritivaALBUQUERQUE; MORAES; GERMANO, 2023Conclui-se que, apesar de a qualidade dos dados analisados ser ótima, antes e durante a pandemia de covid-19, a oportunidade e a utilidade do sistema de vigilância em questão são ruins, apontando para o não cumprimento de sua finalidade. Diante desses achados, recomenda-se a realização de discussões entre as três esferas de gestão, sobre aspectos estruturais e processos de trabalho associados à capacitação dos profissionais envolvidos, atividades de monitoramento e avaliação, podendo assim contribuir para a melhoria dos resultados e o aprimoramento do sistema de vigilância epidemiológica do sarampo em Pernambuco.
8Entendendo o ressurgimento e o controle do sarampo no BrasilMEDEIROS, 2020É interessante observar que diversas doenças infecciosas que ressurgiram recentemente, alteraram sua história natural, tanto o quadro clínico como a cadeia epidemiológica. Com os recursos diagnósticos e técnicos atuais está sendo possível conhecer melhor a patogênese e as medidas de controle a exemplo da febre amarela, toxoplasmose, hepatites virais e mais recentemente o sarampo. É fundamental aproveitarmos estas oportunidades para ampliarmos a pesquisa e o ensino das doenças infecciosas.
9Ressurgimento do sarampo no Brasil: Análise da epidemia de 2019 no estado de São PauloMAKARENKO; ALEXANDRE; SANTANA; CALDAS; PEREIRA; MEDRONHO; GIBSON, 2021Além da vacinação de rotina em crianças, os achados indicam a necessidade de campanhas de imunização de adultos jovens. Adicionalmente, estudos que busquem investigar a ocorrência de clusters de populações vulneráveis, propensas a menor cobertura de vacinação, são essenciais para ampliar a compreensão sobre a dinâmica de transmissão da doença e, assim, reorientar estratégias de controle que garantam a eliminação da doença.
10Assistência de enfermagem no processo de imunização: revisão da literaturaOLIVEIRA; IMPERADOR; FERREIRA; OLIVEIRA; CAMPAROTO; JESUS; MACHADO, 2021Os resultados mostram que a enfermagem é a profissão mais envolvida no processo de imunização, realizando o armazenamento e conservação dos imunobiológicos e orientando o paciente quanto aos efeitos adversos. Sendo responsabilidade do enfermeiro orientar, avaliar e capacitar a equipe para que o processo de imunização se torne claro e aceitável ao paciente.
11Impacto da pandemia de COVID-19 na cobertura vacinal em crianças no Brasil: Uma revisão de literaturaABREU; ALEXANDRE; COSTA; BOTELHO; ALVES; LIMA, 2022A pandemia mostrou efeitos negativos nos esforços e programas de vacinação, onde os estudos reportam que milhões de bebês receberam vacinas atrasadas. Essa situação trouxe desafios para a aplicação do Calendário Nacional de Vacinação, especialmente de crianças de até 12 meses de idade que tiveram suas vacinas atrasadas, mostrando que em situações de emergência são necessárias estratégias adicionais, como maior conscientização do público e campanhas de reforço de vacinação.
12Cobertura de vacinação e surtos de sarampo em uma região do CearáPinto; Bezerra; Nascimento; Martins, 2023A análise das informações permitiu identificar que 451 casos notificados da doença foram descartados; 65 foram considerados inconclusivos; e 217 foram confirmados. Os profissionais envolvidos sinalizaram como causa dos surtos: baixas coberturas vacinais, bolsões de suscetíveis, falta de capacitação dos profissionais e inexperiência na contenção de bloqueios.

Fonte: Autoria Própria.

Durante a pandemia da COVID-19, houve uma queda significativa na cobertura vacinal em muitos países, incluindo o Brasil. Essa redução na vacinação deixou muitas pessoas vulneráveis ao sarampo, levando ao ressurgimento de surtos da doença em diversas regiões. A falta de acesso às vacinas e o medo de visitar unidades de saúde devido ao receio de exposição ao vírus da COVID-19 contribuíram para essa situação preocupante. Portanto, é evidente que a não vacinação durante a pandemia teve um impacto direto no aumento dos casos de sarampo.

O ressurgimento do sarampo durante a pandemia da COVID-19 representa um retrocesso significativo nas conquistas alcançadas na eliminação dessa doença em muitas partes do mundo. Além das complicações graves e potencialmente fatais causadas pelo próprio sarampo, os surtos da doença também sobrecarregam os sistemas de saúde já sob pressão devido à pandemia. Isso pode resultar em recursos limitados para lidar com outras emergências de saúde pública e interrupções nos serviços de rotina, afetando negativamente a saúde e o bem-estar da população em geral.

Diante desse cenário preocupante, é imperativo implementar estratégias eficazes para reverter os danos causados pela não vacinação durante a pandemia. Isso inclui campanhas de conscientização pública sobre a importância da vacinação, especialmente contra doenças como o sarampo, que podem ter consequências graves para a saúde. Além disso, é necessário fortalecer os programas de imunização e garantir o acesso equitativo às vacinas, mesmo em tempos de crise. A colaboração entre governos, organizações de saúde e comunidades locais é essencial para alcançar esses objetivos e evitar futuros surtos de sarampo.

A pandemia da COVID-19 destacou a importância da vacinação como uma ferramenta fundamental para a prevenção de doenças infecciosas. Ela também ressaltou a vulnerabilidade das populações quando os esforços de imunização são interrompidos. Portanto, é crucial aprender com essa experiência e fortalecer os sistemas de saúde e os programas de vacinação para enfrentar desafios futuros. Isso inclui investir em infraestrutura de saúde, educação pública sobre vacinação e pesquisa contínua para desenvolver novas vacinas e melhorar a eficácia das existentes.

Em suma, os impactos da não vacinação contra o sarampo durante a pandemia da COVID-19 são significativos e exigem uma resposta coordenada e eficaz por parte das autoridades de saúde e da sociedade em geral. A proteção contra doenças infecciosas como o sarampo é fundamental para garantir a saúde e o bem-estar de todos, especialmente em tempos de crise global.

5. CONCLUSÃO

Diante dos resultados apresentados, é evidente que a não vacinação contra o sarampo durante a pandemia de COVID-19 tem gerado impactos significativos. Os objetivos estabelecidos foram alcançados, demonstrando que a falta de imunização aumenta a vulnerabilidade da população a doenças preveníveis por vacinação. Constatou-se que a desinformação, a hesitação vacinal e as dificuldades de acesso são os principais desafios enfrentados pelos programas de vacinação. Para fortalecer esses programas e garantir a proteção da saúde pública, é fundamental investir em campanhas de conscientização, educação em saúde e acesso facilitado às vacinas. Além disso, é necessário o fortalecimento da infraestrutura de saúde, aprimoramento das políticas públicas e a colaboração entre os diversos atores envolvidos na promoção da imunização. Este estudo contribui para a compreensão dos desafios enfrentados pela imunização contra o sarampo durante a pandemia de COVID-19 e destaca a importância de medidas coordenadas e eficazes para enfrentar esses desafios e garantir a saúde pública. No entanto, é importante reconhecer as limitações deste estudo, como a falta de dados abrangentes sobre a cobertura vacinal e os efeitos das estratégias adotadas pelos diferentes países. Sugere-se, portanto, que futuras pesquisas considerem essas lacunas e avaliem o impacto de intervenções específicas na melhoria da cobertura vacinal e na redução dos casos de sarampo.

REFERÊNCIAS

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1 Discente do Curso Superior de Enfermagem do Centro Universitário Santa Maria. e-mail: mvmshalom@gmail.com

2 Docente do Curso Superior de Enfermagem do Centro Universitário Santa Maria. Doutora em Pesquisa (FCMSCSP). e-mail: renaliviamoreira@hotmail.com

3 Docente do Curso Superior de Enfermagem do Centro Universitário Santa Maria. Mestre em Enfermagem Cuidado e Saúde pela Universidade Federal da Paraíba. e-mail: geane1.silva@hotmail.com

4 Docente do Curso Superior de Enfermagem do Centro Universitário Santa Maria. Doutora em Ciências da Saúde pelo Centro Universitário Saúde ABC

5 Discente do Curso Superior de Enfermagem do Centro Universitário Santa Maria. e-mail: kaiootavianosh@gmail.com