CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DE INFECÇÕES ASSOCIADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA – UTI

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11215138


Bruno De Oliveira Gouveia Soares¹; Monica Cristina Saldanha Pessoa²; Ana Carolina de Moraes Cruz³; Kim Vinicius Machado4.


RESUMO

A enfermagem faz parte de um processo de trabalho voltado à saúde, que deve ser executada de maneira segura. A Infecção Hospitalar (IH) é um acontecimento, causando naquele que sofre determinados danos seja ele pacientes ou a equipe de enfermagem ambos correm risco na Unidade de Terapia Intensiva. UTI caracteriza-se em uma unidade hospitalar reservada e complexa. Este trabalho teve como objetivo: Analisar o processo de trabalho da atuação do enfermeiro no controle de infecção hospitalar em unidade de terapia intensiva – UTI. Trata-se de uma revisão bibliográfica narrativa com abordagem descritiva, a respeito da atuação do enfermeiro no controle a infecção hospitalar na unidade de terapia intensiva – UTI. Para seleção dos dados serão consideradas como critério de inclusão as bibliografias que abordassem o tema. Foram realizadas buscas em sites especializados como: Literatura Latino-Americano e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Portal do Ministério da Saúde (MS) e os demais meio eletrônicos. O tema demonstra que o enfermeiro por ser o profissional que atua de forma mais intensiva com os clientes nas ações de saúde, acaba sendo um dos maiores responsáveis pelo controle da infecção hospitalar em unidade de terapia intensiva. Além de proporcionar reflexões acerca da necessidade de inclusão de disciplinas direcionadas para o assunto infecção hospitalar nas instituições de nível superior, já que são centros formadores de recursos humanos. E sugere-se, que novos estudos sejam realizados para avaliar a efetividade do programa de controle de infecção hospitalar, servindo também de base referencial para o conhecimento de novas realidades no universo da saúde.

Palavras-chave: Infecção; Higienização; Paciente.

ABSTRACT

Nursing is part of a health-oriented work process, which must be performed safely. Nosocomial Infection (HI) is an event, causing certain damage to the patient, whether it is the patient or the nursing team, both at risk in the Intensive Care Unit. The ICU is characterized by a reserved and complex hospital unit. The objective of this study was to: Analyze the work process of nurses in the control of hospital infection in the intensive care unit (ICU). This is a narrative literature review with a descriptive approach regarding the role of nurses in the control of nosocomial infection in the intensive care unit (ICU). For the selection of data, bibliographies that address the theme will be considered as an inclusion criterion. Searches were carried out on specialized websites such as: Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Ministry of Health (MS) Portal and other electronic media. The theme demonstrates that nurses, as they are the professionals who work more intensively with clients in health actions, end up being one of the most responsible for the control of hospital infection in the intensive care unit. In addition, it provides reflections on the need to include disciplines directed to the subject of hospital infection in higher education institutions, since they are human resources training centers. It is suggested that new studies be carried out to evaluate the effectiveness of the hospital infection control program, also serving as a reference basis for the knowledge of new realities in the health universe.

Keywords: Infection; Hygiene; Patient.

1 INTRODUÇÃO

A enfermagem desempenha um papel essencial no cuidado à saúde, e sua prática deve ser conduzida com total segurança. Nesse contexto, a atuação do enfermeiro no controle de infecções hospitalares na UTI emerge como um tema central e de suma importância para todos os profissionais envolvidos. O objetivo primordial é sempre a preservação da saúde tanto dos profissionais quanto dos pacientes. Essa responsabilidade é compartilhada por diversos profissionais inseridos no ambiente hospitalar, todos eles sujeitos a rigorosas regulamentações (Ribeiro et al., 2016).

O Ministério da Saúde do Brasil, em sua Portaria 2.616/98, datada de 2017, define infecção hospitalar (IH) como toda infecção que se desenvolve após a admissão do paciente e se manifesta durante o período de internação ou após a alta, desde que relacionada à permanência no ambiente hospitalar. Em consonância com essa diretriz, a Portaria n° 196, de junho de 2016, estabeleceu a obrigatoriedade para todos os hospitais de constituírem Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), independentemente de sua entidade mantenedora, conforme estabelecido pelo Brasil em 2018. A esfera federal também criou a Comissão Nacional de Controle de Infecção Hospitalar, por meio da Portaria n° 140 de abril de 1987, com representantes de diversos estados (Brasil, 2016).

No final do século XIX, na Inglaterra, a figura de Florence Nightingale marcou um ponto de inflexão crucial na história hospitalar. Suas contribuições foram pioneiras nos processos de organização hospitalar, especialmente na disseminação e implementação de medidas para controlar as infecções nesse ambiente. Florence introduziu práticas de higiene rigorosas, promoveu o isolamento dos pacientes doentes, defendeu o atendimento individualizado e advogou pela redução da superlotação nas enfermarias hospitalares, entre outras ações. Seu impacto foi decisivo na redução da mortalidade hospitalar da época (Maruyama e Oliveira, 2019).

Na última década, os microrganismos Gram-positivos, especialmente o Staphylococcus aureus, têm surgido como agentes causadores significativos de infecções da corrente sanguínea. Essas infecções afetam pacientes de todas as faixas etárias, sendo mais prevalentes nos extremos de idade, e apresentam prognóstico mais desfavorável em pacientes com mais de 50 anos. Entre as infecções hospitalares, as sepses causadas por S. aureus contribuem significativamente para a morbidade e mortalidade, representando um desafio clínico importante (Pimentel, 2017).

A prevenção e o controle de infecções devem ser incorporados como pilares fundamentais na formação dos profissionais da área da saúde. Além disso, é essencial que esses princípios façam parte do processo de educação continuada ao longo da carreira profissional, garantindo a constante atualização dos profissionais. Atualmente, é inaceitável, dentro dos padrões éticos estabelecidos e dos ideais de qualidade na assistência e na qualidade de vida, que qualquer profissional de saúde receba sua credencial profissional ou diploma sem possuir uma base sólida em prevenção e controle de infecções, assim como sem ter adquirido o preparo técnico específico necessário (Tipple et al., 2016).

Segundo Neves (2018), a prática da higienização das mãos representa um dos principais desafios na prevenção de infecções relacionadas aos cuidados em saúde, devido à sua baixa adesão entre os profissionais da área. O autor identifica diversas razões para essa falta de adesão, como falta de motivação, irresponsabilidade, falta de consciência sobre a importância da transmissão de microrganismos, ausência de pias próximas aos leitos, reações cutâneas nas mãos e escassez de tempo, entre outros fatores.

Por sua vez, Viana (2016) destaca que todos os enfermeiros, independentemente de sua posição gerencial, têm a responsabilidade de administrar os recursos e os processos de cuidado nas UTIs. Isso requer uma avaliação cuidadosa, baseada nos conhecimentos adquiridos ao longo de sua formação pessoal e profissional.

Pedrosa (2016) observa que as infecções urinárias são as mais comuns nos ambientes hospitalares, representando de 35% a 45% de todas as infecções, sendo que de 70% a 88% delas estão relacionadas ao uso de cateteres vesicais. A pneumonia surge como a segunda causa mais comum de infecção hospitalar, correspondendo a 24% das infecções em UTIs, com 58% delas associadas à ventilação mecânica. Em relação à sepse, associada ao acesso venoso central, ela responde por 40% dos casos de infecção.

É importante salientar que na UTI as dificuldades de comunicação e o descumprimento das rotinas por parte de toda a equipe de assistência ao paciente, o que tem impactado na prevenção e controle das infecções hospitalares (IHs). É fundamental um trabalho contínuo com toda a equipe de enfermagem da UTI, enfatizando a importância do cumprimento das normas e rotinas, atualização constante e a correta execução dos procedimentos para evitar a disseminação de infecções entre os pacientes. O interesse por este estudo foi despertado após observar casos de negligência por parte dos profissionais de enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O objetivo deste trabalho é destacar a importância da atuação do enfermeiro no controle de infecções hospitalares nesse ambiente crítico.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Enfermagem e a UTI

A enfermagem se trata de uma arte, mas conhecida como a arte de cuidar, em especial, cuidar do ser humano. Desenvolvido através de trabalho de forma autônoma ou juntamente em equipe, atividades que incluem a promoção, prevenção e a recuperação da saúde. Os profissionais de enfermagem, por muita das vezes por conta do baixo salário no mercado de trabalho, são intrinsicamente submetidos à desvalorização, obrigando-os a assumir jornadas duplas ou triplas de trabalho, colocando-se em risco a sua própria vida e gerando desinteresse ao exercício profissional (Fiuza, 2016).

Historicamente, os enfermeiros têm um grande envolvimento quanto ao controle de infecção, sendo responsáveis por unidades hospitalares e devendo sempre se atentar quanto às várias possibilidades de transmissão de agentes infecciosos. Tal envoltura implica que os profissionais devam sempre se preocupar quanto a mecanismos que possam oferecer segurança ao executar suas atividades (Cardozo, 2021).

Pereira et al. (2018) A implementação efetiva de boas práticas assistenciais requer a integração de todos os setores, sendo o controle de infecções cada vez mais crucial. Enfermeiros desempenham um papel significativo nesse contexto, porém suas ações estão conectadas a diversos outros fatores. Os desafios na área abrangem aspectos organizacionais, como políticas governamentais e institucionais, interações interpessoais no ambiente de trabalho, além da necessidade de padronização dos serviços. Questões biológicas, como a identificação de novos microrganismos e resistência antimicrobiana, também são relevantes. O engajamento profissional, incluindo conscientização e adesão a medidas de controle, e a capacitação contínua são fundamentais. Outros pontos essenciais envolvem a epidemiologia das infecções e a implementação de medidas preventivas e de controle.

Dos grupos que compõem os profissionais que atuam na área da saúde, os profissionais de enfermagem são apontados como um dos principais segmentos que estão sujeitos à exposição a riscos ocupacionais, pelo fato de ser o maior grupo de trabalhadores que atuam em prol a saúde e de que seus integrantes mantêm na maior parte de sua estadia de trabalho contato direto com os pacientes/clientes. Os trabalhadores da equipe de enfermagem são responsáveis pela realização de muitos procedimentos e por diversos tipos de atividades, prestando assistência ininterrupta durante 24 horas por dia (Morais, 2009).

Segundo Cheregatti (2017), a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um ambiente hospitalar especializado e complexo, projetado para fornecer cuidados intensivos a pacientes em estado grave ou com disfunção de um ou mais sistemas orgânicos. Historicamente, a concepção das enfermarias de atendimento contínuo remonta a Florence Nightingale, que estabeleceu a prática de separar os pacientes mais gravemente feridos em um posto próximo à enfermaria principal para garantir atendimento imediato. Nos Estados Unidos, essas enfermarias surgiram para atender pacientes submetidos a grandes cirurgias. No Brasil, os primeiros cuidados intensivos foram iniciados em 1955 no Instituto de Ortopedia de uma faculdade de Medicina em São Paulo (Novaretti et al., 2016).

Todo hospital de nível terciário, com uma capacidade de 100 leitos ou mais, deve incluir uma quantidade mínima de leitos destinados a tratamentos intensivos, correspondendo a pelo menos 6% do total de leitos. As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) oferecem cuidados especializados para diferentes grupos de pacientes, segmentados por faixa etária e especialidades, como neonatal, pediátrica, adulta e especializada. Os profissionais que compõem as equipes das UTIs, além dos médicos intensivistas e da equipe de enfermagem, incluem fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais (Cheregatti, 2016).

Quando se trata de espaço físico, é crucial considerar que este ambiente deve ser mais do que apenas uma estrutura física; ele deve ser uma ferramenta que facilite e agilize os recursos de atendimento, promovendo um acolhimento humanizado ao paciente, conforme destacado por Souza e Ferreira (2018). As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) foram concebidas para atender pacientes em estado crítico, exigindo assistência e monitoramento contínuos por parte de médicos e enfermeiros. Essa preocupação com o ambiente propício para cuidados intensivos remonta à Florence Nightingale, cujos esforços durante a Guerra da Crimeia no século XIX incluíram a seleção de pacientes mais graves e sua acomodação de forma a facilitar a prestação de cuidados imediatos (Lino e Silva, 2016).

As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) surgiram da necessidade de concentrar recursos materiais e humanos para atender pacientes graves em estado crítico, ainda considerados recuperáveis, e para garantir uma observação constante, centralizando-os em um ambiente especializado (Villa e Rossi, 2019). Segundo Amorim e Silverio (2019), uma UTI é composta por uma série de elementos estrategicamente organizados para fornecer cuidados contínuos a pacientes em estado grave ou de alto risco, exigindo assistência médica e de enfermagem especializada, bem como o uso de equipamentos específicos. Esses autores também observam que a tecnologia desempenha um papel fundamental em todas as áreas da saúde, especialmente nas UTIs, desafiando os profissionais de enfermagem a integrar habilmente esses avanços tecnológicos aos cuidados prestados, dominando os princípios científicos subjacentes e atendendo às necessidades terapêuticas dos pacientes.

Amorim e Silverio (2016) A dimensão humana do cuidado de enfermagem na UTI é desafiadora de implementar devido à complexidade da rotina diária, que muitas vezes limita a interação significativa com os pacientes. Apesar dos esforços consideráveis dos enfermeiros para humanizar o cuidado, a dinâmica intensa e a predominância do sistema tecnológico tornam essa tarefa intrinsecamente difícil. No entanto, é responsabilidade desses profissionais adotar estratégias que promovam a humanização, mesmo diante das exigências do ambiente.

Segundo Santos (2016), as infecções adquiridas em ambiente hospitalar, especialmente na unidade de terapia intensiva, são uma causa frequente de complicações sérias para os pacientes, prolongando sua permanência no hospital e aumentando os custos para a instituição. Portanto, é imperativo que os profissionais de saúde assumam a responsabilidade pela prevenção, desenvolvendo estratégias específicas para abordar esse problema de forma individualizada e direcionada.

Pereira et al. (2017) ressaltam que os profissionais encarregados do controle de infecções devem implementar uma política interna de prevenção e controle de infecções hospitalares. No entanto, o sucesso dessa Comissão depende do comprometimento de todos os profissionais envolvidos na prestação de cuidados hospitalares, com destaque para os enfermeiros. Eles têm um papel crucial devido ao seu contato direto com os pacientes e sua participação ativa na Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). A equipe de enfermagem, por ser o grupo mais numeroso e passar mais tempo em contato com os pacientes, desempenha um papel fundamental na prevenção, detecção e controle de infecções hospitalares.

Embora a formação dos enfermeiros inclua conteúdos relacionados a essa problemática, o mesmo não ocorre com os técnicos e auxiliares de enfermagem. No entanto, sob a supervisão do enfermeiro, esses profissionais exercem atividades essenciais, cabendo a eles também a vigilância sobre as infecções hospitalares (Turrini, 2016).

Pereira et al. (2018) destacam a importância da padronização dos processos comportamentais nas unidades hospitalares, ressaltando que mudanças culturais e de procedimentos devem ser interiorizadas de forma interligada, com o suporte de uma estratégia educacional cuidadosamente planejada. Essa abordagem visa liberar os envolvidos – tanto os cuidadores quanto os pacientes – das limitações decorrentes de comportamentos muitas vezes prejudiciais. A educação em saúde desempenha um papel fundamental nesse contexto, buscando estabelecer valores, habilidades e competências que garantam o sucesso de todo o processo. Nesse sentido, destaca-se a importância de incluir a educação dos profissionais de saúde desde o momento da admissão até a promoção da educação continuada no ambiente de trabalho. É crucial enfatizar que ao fornecer assistência adequada e seguir as medidas de controle de infecção, os profissionais contribuem significativamente para reduzir o risco de adquirir e disseminar infecções. No entanto, é fundamental reconhecer que a motivação desempenha um papel crucial nesse processo; sem ela, mudanças concretas e duradouras não ocorrerão (Turrini, 2016). Apesar dos esforços de diversos pesquisadores e dos órgãos competentes em relação à Infecção Hospitalar, Maruyama e Oliveira (2008) destacam que essa questão continua sendo um problema significativo e muitas vezes negligenciado em nosso país.

2.2 EPI’s e acidente com materiais perfurocortantes na UTI: Riscos e Prevenção.

De acordo com Sonego et al. (2016), os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) são dispositivos pessoais projetados para reduzir os riscos e proteger os profissionais de qualquer área contra possíveis patologias decorrentes das condições de trabalho. Embora a legislação brasileira exija que esses protetores sejam fornecidos gratuitamente pelos empregadores e que haja orientação e treinamento adequados sobre seu uso, proteção e conservação, muitos funcionários desconhecem as práticas corretas de manuseio, armazenamento e posicionamento desses materiais.

Em ambientes de cuidados intensivos, como as UTIs, onde a equipe de enfermagem enfrenta um ritmo de trabalho intenso e constante manipulação de material biológico e perfurocortante, há um aumento significativo nos riscos de exposição. Dada a alta exposição e a variedade de procedimentos realizados nessas unidades, não apenas relacionados a materiais perfurocortantes, mas também a diversos outros, é crucial o uso regular e adequado dos EPIs para minimizar o risco de doenças ocupacionais e acidentes (Bonini, 2019).

Considerando que o ambiente hospitalar apresenta riscos significativos para os profissionais de saúde, tanto em relação a acidentes causados por materiais biológicos quanto a doenças ocupacionais, o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é fundamental para garantir sua segurança. Cabe aos profissionais avaliarem a utilidade do uso desses equipamentos e incentivar sua utilização regular durante as atividades laborais. É responsabilidade do enfermeiro manter uma vigilância constante sobre o uso adequado dos EPIs (Oliveira, 2017).

A preocupação com os riscos biológicos surgiu na década de 1940, especialmente entre os profissionais que trabalhavam em laboratórios com a manipulação de agentes infecciosos, devido aos danos à saúde constatados. No entanto, para os clínicos, essa preocupação só se intensificou na década de 1980, com os crescentes riscos relacionados à epidemia de AIDS, que levou a uma revisão das questões de segurança nos locais de trabalho e ao surgimento de medidas de proteção (Souza et al., 2017).

Os riscos ocupacionais dentro das unidades de saúde são amplamente difundidos devido ao contato direto com os pacientes. O manuseio de materiais contaminados, a exposição ao ar, objetos não esterilizados e até mesmo o contato direto com as mãos representam grandes ameaças para a transmissão de agentes prejudiciais à saúde (Gomes et al., 2016). A equipe de enfermagem é particularmente vulnerável a acidentes biológicos devido à manipulação frequente de objetos perfurocortantes, sangue e fluidos corporais. Alguns trabalhadores podem negligenciar o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) ao lidar com excreções, trocar roupas contaminadas, realizar aspiração das vias aéreas e em outros procedimentos. É fundamental que a orientação sobre o uso adequado dos materiais seja rigorosamente seguida, pois embora o uso correto dos EPIs não elimine totalmente os riscos, pode reduzir a exposição a fluidos em até 75% (Silva et al., 2017).

Os acidentes de trabalho representam a materialização dos danos à saúde dos trabalhadores decorrentes da atividade laboral, envolvendo tanto aspectos físicos quanto psicológicos, além de considerações sociais, econômicas, políticas e existenciais (Barbosa, 2018). No contexto da saúde pública brasileira, os acidentes ocupacionais são uma preocupação constante tanto para as instituições quanto para os profissionais de saúde, pois o ambiente de trabalho é propício ao surgimento desses eventos (Oliveira et al., 2019). O risco contínuo de acidentes durante a prática profissional, especialmente para os profissionais de enfermagem, varia de acordo com o tipo de atividade realizada, a infraestrutura disponível, as características específicas do atendimento e os recursos disponíveis para os profissionais (Oliveira e Gonçalves, 2019). Os acidentes ocorridos nas unidades de terapia intensiva (UTIs), em particular, são frequentes devido à manipulação intensa de materiais perfurocortantes em diversos setores, destacando-se as UTIs. Isso acaba se tornando uma experiência comum para os profissionais de enfermagem durante sua prática (Cardoso e Figueiredo, 2017).

De acordo com Monteiro e Benatti et al. (2009), os trabalhadores da área da saúde, especialmente os profissionais de enfermagem, enfrentam um risco aumentado de contrair infecções relacionadas ao trabalho. Entre essas infecções, destacam-se o Vírus da Hepatite B (HBV), a Hepatite C (HVC) e o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), que podem ser prevenidos atualmente por meio de vacinas imunológicas e práticas de saúde adequadas (Simão, 2016). Os profissionais de enfermagem desempenham suas funções de forma contínua, oferecendo cuidados durante 24 horas por dia, 168 horas por semana e 720 horas por mês, atendendo a diversos grupos populacionais. Eles representam o maior grupo dedicado à prestação de assistência ininterrupta ao paciente, sendo responsáveis por aproximadamente 60% dos procedimentos de saúde (Santos, 2018).

Dentre os equipamentos perfurocortantes encontrados nos setores de terapia intensiva, as agulhas com lúmen destacam-se como as principais causadoras de acidentes de trabalho relacionados a perfurocortantes. Diante disso, é responsabilidade das instituições de saúde disponibilizar essas agulhas com dispositivos de segurança e garantir a capacitação dos trabalhadores quanto ao uso e descarte adequados desses materiais, conforme estipulado pela NR-32. Além da capacitação dos funcionários, é essencial adequar e organizar os processos de trabalho, sensibilizando-os sobre a importância da adoção de práticas seguras e fornecendo educação continuada (Oliveira et al., 2016).

Medidas de proteção, como o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), devem ser adotadas durante a assistência a todos os pacientes, independentemente de sua condição patológica. Isso inclui cuidados na manipulação e descarte de materiais perfurocortantes contaminados, assim como durante o contato com sangue, secreções, excreções, mucosas e pele não íntegra (Spagnulo et al., 2018). De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), estima-se que aproximadamente 2,34 milhões de pessoas morram anualmente devido a acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, resultado dos riscos provenientes de mudanças tecnológicas, sociais e organizacionais que afetam gravemente a saúde dos trabalhadores (Fernandez e Marziale, 2016).

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é reconhecida como o ambiente mais exigente, desafiador e estressante dentro do contexto hospitalar. A intensa rotina de trabalho, os riscos constantes enfrentados pela equipe de enfermagem (enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem), como exposição a raios-X e acidentes com perfurocortantes, juntamente com situações de crises frequentes, ruídos intermitentes de monitores e equipamentos médicos, e a circulação agitada de profissionais, contribuem para um ambiente altamente estressante e emocionalmente desgastante. Além disso, a UTI apresenta características de insalubridade devido à natureza das emergências e à concentração de pacientes críticos com condições de saúde instáveis e em constante mudança, o que a torna um ambiente desafiador para toda a equipe multiprofissional (Rodrigues, 2017).

2.3 Higienização das mãos.

As mãos, por serem capazes de abrigar microrganismos e transferi-los, direta ou indiretamente, de uma superfície para outra, destacam a importância crucial da higienização frequente e cuidadosa das mãos. Essa prática não apenas promove o controle das infecções hospitalares, mas também garante maior segurança e qualidade na assistência ao paciente (Primo et al., 2018). Essencialmente, a higienização das mãos tem como objetivo remover sujidades, suor, oleosidade, pelos e células descamativas, juntamente com a microbiota presente na pele. Ao fazer isso, interrompe-se a transmissão de infecções por contato, contribuindo significativamente para a prevenção e redução das infecções cruzadas (Anvisa, 2017).

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o termo “Higiene das mãos” engloba diferentes técnicas, como a higiene simples, a higiene antisséptica, a fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica e a antissepsia cirúrgica das mãos (Anvisa, 2017). O manual fornecido descreve detalhadamente essas técnicas:

Higiene simples das mãos: possui a finalidade de remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, retirando a sujidade; é o ato de higienizar as mãos com água e sabonete comum, sob a forma líquida. Duração do procedimento: 40 a 60 segundos.

Higiene antisséptica das mãos: possui a finalidade de promover a remoção de sujidades e de microrganismos, reduzindo a carga microbiana das mãos; é o ato de higienizar as mãos com água e sabonete associado a agente antisséptico. Duração do procedimento: 40 a 60 segundos.

Fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica: tem a finalidade de reduzir a carga microbiana das mãos (não há remoção de sujidades); é feita a aplicação de preparação alcoólica nas mãos para reduzir a carga de microrganismos sem a necessidade de enxague em água ou secagem com papel toalha ou outros equipamentos. Duração do procedimento: 20 a 30 segundos.

➢ Antissepsia cirúrgica das mãos: tem finalidade de eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de proporcionar efeito residual na pele do profissional. As escovas utilizadas no preparo cirúrgico das mãos devem ser de cerdas macias e descartáveis, impregnadas ou não com antisséptico. Duração do Procedimento: de 3 a 5 minutos.

Algumas recomendações, como manter as unhas naturais, limpas e curtas; evitar o uso de unhas postiças ao lidar diretamente com os pacientes; não utilizar esmaltes nas unhas; abster-se de usar anéis, pulseiras e outros adornos durante o atendimento aos pacientes; e aplicar creme hidratante nas mãos diariamente, de forma individual, para prevenir o ressecamento da pele, contribuem significativamente para a eficácia do processo de higienização das mãos (Brasil, 2019).

Essa prática não só serve como um indicador crucial da qualidade dos serviços de saúde para garantir a segurança do paciente, mas também é considerada a medida individual mais simples e eficaz na prevenção e controle das infecções relacionadas à assistência à saúde, bem como na disseminação de microrganismos multirresistentes (Prado et al., 2017). Segundo Garcia et al. (2018), A prevenção e controle das infecções hospitalares são responsabilidades de toda a equipe de saúde, exigindo o estrito cumprimento das normas de proteção ao paciente, como a lavagem das mãos e o uso adequado de luvas. As implicações das infecções hospitalares vão além das preocupações de saúde, abrangendo aspectos sociais, éticos e jurídicos devido ao impacto direto na vida dos pacientes e aos riscos associados.

Apesar de ser uma prática fundamental na redução da disseminação de infecções no ambiente de saúde e na prevenção das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), a adesão dos profissionais de saúde à higienização das mãos no momento adequado e de forma correta ainda é baixa (Anvisa, 2017). A Organização Mundial da Saúde (OMS) propõe cinco momentos durante os cuidados em que a higienização das mãos é essencial: antes do contato com o paciente, antes da realização de procedimentos limpos e assépticos, após o risco de exposição a fluidos corporais, após contato com o paciente e após contato com áreas próximas ao paciente (Anvisa, 2017). O não cumprimento dessa prática pode ser atribuído a várias razões, como a falta de equipamentos necessários ou sua localização não acessível, a escassez de suprimentos e produtos essenciais para a higienização das mãos, a ausência de uma cultura institucional que promova a prática e a falta de liderança administrativa para estimular a adesão ou aplicar punições aos negligentes (Prado et al., 2018).

O manual da ANVISA “Segurança do Paciente: Higienização das Mãos” (2009) detalha a técnica correta de lavagem das mãos da seguinte maneira:

1. Abrir a torneira e molhar as mãos, evitando encostar-se à pia.

2. Aplicar quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir todas as superfícies das mãos.

3. Ensaboar as palmas das mãos, friccionando-as entre si.

4. Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos, e vice-versa.

5. Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais.

6. Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com movimento de vai e vem e vice-versa.

7. Esfregar o polegar direito, com o auxílio da palma da mão esquerda, utilizando movimento circular e vice-versa.

8. Friccionar as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fechada em concha, fazendo movimento circular e vice-versa.

9. Esfregar o punho esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita, utilizando movimento circular e vice-versa.

10. Enxaguar as mãos, retirando os resíduos de sabonete, evitando contato direto das mãos ensaboadas com a torneira.

11. Secar as mãos com papel toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos. No caso de torneiras com contato manual para fechamento, sempre utilizar papel toalha.

Com o intuito de melhorar a adesão à higienização das mãos, a OMS, desde 2018, estimula a implantação da estratégia multimodal, que inclui: adequação da estrutura da instituição com a disponibilização de pias, sabonete, papel toalha e solução alcoólica; treinamento e educação regular das equipes; avaliação periódica da higienização das mãos com feedback para os profissionais; utilização de cartazes atuando como lembretes para os profissionais e informativos para pacientes e visitantes (Santos et al., 2016).

3 MATERIAIS E MÉTODOS

Em relação aos objetivos, trata-se de uma pesquisa literária, narrativa, pois para Cervo (2016) o estudo tem por objetivo familiarizar-se com o fenômeno ou obter novas percepções do mesmo e descobrir novas ideias. Quanto aos procedimentos, realizou-se uma pesquisa de revisão bibliográfica do tipo narrativa, pois procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicado em documentos. O acesso à bibliografia foi feito através de dois modos: manualmente e eletronicamente. O primeiro consistiu em pesquisa diretamente nos livros de referências disponíveis nas bibliotecas sobre a temática. Em seguida, foram realizadas buscas em sites especializados como: Literatura Latino-Americano e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Portal do Ministério da Saúde (MS) e os demais meio eletrônicos. A busca nas bases de dados foi orientada pelas palavras-chave: Enfermagem. Infecção hospitalar (IH). Unidade de Terapia intensiva (UTI). Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). Para seleção dos dados foram consideradas como critério de inclusão as bibliografias que aborda a relação da atuação do enfermeiro: associada à infecção hospitalar na UTI e artigos publicados em língua portuguesa entre os anos de (2016 à 2021) e foram excluídos aquelas que não atenderem a temática da proposta e livros e teses e artigos publicados em outros idiomas.

De acordo com Minayo (2016), diz que a infecção hospitalar (IH) trata – se de um estudo que traz como objetivo a inserção do conteúdo infecção hospitalar na matriz curricular de um curso de graduação em enfermagem. Toma como pressuposto que o tema Infecção Hospitalar é pouco abordado no currículo em vigor o que pode trazer consequências negativas para o paciente, família, instituições e mesmo ao profissional de enfermagem. O autor em seu artigo relatar que a infecção hospitalar (IH) constitui – se em um agravo de saúde pública, que vem assolando as internações hospitalares, devido, a sua alta morbi- mortalidade. Para o autor em seus artigos ressalta que as (IH) representa um dos principais problemas da qualidade na assistência médica devido às complicações do tratamento e ao sofrimento do paciente, sendo, responsáveis por aproximadamente 65% dos óbitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Por se tratar de uma revisão bibliográfica, o projeto não foi submetido ao Comitê de Ética em Humanos, conforme resolução nº 466/12, havendo, portanto, o comprometimento em citar os autores e utilizar no estudo, respeitando a Norma Brasileira Regulamentadora (NR 6023). Os dados foram utilizados exclusivamente com finalidade científica.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com Faria e Cassiani (2016), afirma que o objetivo da enfermagem é o cuidado com o ser humano, que deverá ser prestado com qualidade e segurança. Considera-se importante que os enfermeiros que atuam na UTI devem ter um conhecimento que vai desde a administração e efeito das drogas até o funcionamento dos aparelhos e as atividades rotineiras que fazem parte do setor.

Para a construção dos resultados, foram aplicados critérios de exclusão conforme ilustrado na Figura 1. Em seguida, foram selecionados 10 artigos para a construção da discussão do assunto aqui abordado.

Figura 1. Fluxograma da aplicabilidade dos critérios de inclusão e exclusão.

4.1. A atuação do enfermeiro frente ao controle da infecção hospitalar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Kugart (2017), destaca que cabe ao enfermeiro a avaliação da assistência, cujo resultado frequentemente influencia as decisões do dia seguinte. Portanto, falhas durante o dia podem resultar em situações graves. O enfermeiro de UTI necessita de um amplo conhecimento que abrange desde a administração de medicamentos até o funcionamento de aparelhos, atividades essenciais que fazem parte de sua rotina e devem ser dominadas por ele.

De acordo com Hudak e Gallo (2016), o enfermeiro na UTI desempenha várias funções, incluindo obtenção da história do paciente, exame físico e execução do tratamento, além de aconselhamento e ensino sobre saúde. Além disso, é responsável pela coordenação da equipe de enfermagem, exigindo compreensão das individualidades de cada membro. Essas responsabilidades demonstram o papel crucial do enfermeiro na organização e coordenação da equipe de terapia intensiva. A esse respeito Gomes (2018) afirma que o enfermeiro que atua nesta unidade necessita ter “conhecimento científico, prático e técnico, a fim de que possa tomar decisões rápidas e concretas, transmitindo segurança a toda equipe e principalmente diminuindo os riscos que ameaçam a vida do paciente”.

Hudak corrobora com Gallo (2017), os enfermeiros das UTIs precisam combinar fundamentação teórica com habilidades de liderança, discernimento, iniciativa, habilidade de ensino e estabilidade emocional. A constante atualização é essencial para desenvolver habilidades de trabalho em equipe e capacidade de lidar com situações inesperadas de forma objetiva e sincronizada. Dada a natureza específica da UTI, o trabalho em equipe é crucial. O enfermeiro deve ser tranquilo, ágil e capaz de raciocínio rápido para adaptar-se a cada situação emergente, exigindo conhecimento científico e experiência clínica.

De acordo com Galvão e Trevizan corrobora com Sawada (2018), enfermeiros de UTI frequentemente enfrentam uma sobrecarga de atividades administrativas em detrimento das tarefas assistenciais e educacionais. Essa realidade reflete a literatura, que destaca a limitação do enfermeiro em resolver problemas de outros profissionais e atender às expectativas da instituição hospitalar, muitas vezes relegando seus próprios objetivos a segundo plano.

Para Chaves (2016), compreende-se que os enfermeiros precisam reavaliar sua prática profissional. Ao assumirem o papel de coordenadores da assistência de enfermagem e implementarem um plano de ação, garantem o desenvolvimento de suas atividades básicas (administrativas, assistenciais e educacionais). Isso promove uma melhor organização do trabalho da equipe, orientando seus esforços para o objetivo comum de oferecer assistência de qualidade, atendendo às necessidades reais dos pacientes sob seus cuidados.

De acordo com Kugart (2019), na UTI, a insegurança e o medo são comuns entre os membros da equipe de enfermagem, mesmo em um ambiente amigável e exigente. Reconhecendo a humanidade tanto nos pacientes quanto na equipe, os enfermeiros devem promover um ambiente seguro e calmo. É crucial para o enfermeiro de Terapia Intensiva entender sua equipe e reconhecer suas fraquezas e limitações, enquanto estabelece programas de educação continuada. Além disso, o enfermeiro desempenha o papel de elo entre o paciente e a equipe multiprofissional, coordenando a dinâmica da unidade 24 horas por dia, apesar das discussões sobre essa responsabilidade.

Segundo Amorim e Silverio (2019), o papel do enfermeiro em uma UTI, quando ele opta pelo cuidado e não pela cura, ou seja, quando ele, não se torna “escravo” da tecnologia, mas aprende a usar a tecnologia a favor da harmonização do paciente, do seu bem-estar fica mais claro sob alguns aspectos. Ele passa a valorizar a técnica por ela ser uma “aliada” na tentativa de preservar a vida e o bem-estar, o conforto do paciente. Vila e Rossi (2021), afirmam que apesar do grande esforço que os enfermeiros possam estar realizando no sentido de humanizar para o cuidado em UTI, esta é uma tarefa difícil, pois demanda atitudes às vezes individuais contra todo um sistema tecnológico dominante. A própria dinâmica de uma UTI não possibilita momentos de reflexão para que seu pessoal possa se orientar melhor.

Para Nishide e Cintra corrobora com Nunes (2021), o enfermeiro da UTI tem a responsabilidade de cuidar dos pacientes em emergências e de apoio à vida. Independentemente do diagnóstico ou contexto clínico, eles devem garantir o bem-estar e a integridade dos pacientes, integrando habilidades técnicas e intelectuais à prática diária. Além disso, desempenham um papel crucial nos momentos de fragilidade dos pacientes, oferecendo apoio físico e emocional, coordenando o serviço de enfermagem e equilibrando a humanização do cuidado com a tecnologia. Portanto, é essencial que o enfermeiro da UTI possua habilidades e competências para desempenhar suas funções de forma eficaz.

Segundo Mendonça et al. (2017), afirma que tanto no âmbito gerencial quanto assistencial, o enfermeiro deve supervisionar a equipe de enfermagem e seus procedimentos, invasivos ou não, conforme a Lei do Exercício da Enfermagem, assim, tanto na supervisão direta, no trabalho em conjunto e na atuação frente a programas de educação permanente, denotando ao enfermeiro papel importantíssimo na identificação e notificação dos casos de infecção associada aos cuidados em saúde.

Para Pimentel (2019), o papel do enfermeiro é abrangente, envolvendo áreas administrativas, assistenciais, de ensino e pesquisa. Na administração, planeja, organiza, direciona e controla as atividades da unidade. Na assistência, elabora planos de cuidados individualizados com base em metodologia científica. O papel de ensino incentiva a busca por conhecimento para melhorar a equipe. Como pesquisador, demonstra a diferença entre uma assistência baseada em conhecimento científico e uma orientada por tarefas. No controle de infecções hospitalares, o enfermeiro destaca-se como um profissional essencial, envolvendo-se em várias frentes, como adequação do ambiente, educação em saúde, treinamento da equipe e educação continuada para proteger o ambiente hospitalar.

Tendo por base Mendonça et al. (2016), o conhecimento, a competência, a habilidade e a segurança da equipe de enfermagem refletem e contribuem para a conclusão de um tratamento que possa suprir as necessidades do paciente, fazendo assim, com que se minimize os riscos à saúde física e emocional, proporcionando melhor qualidade de vida. A responsabilidade de todos os profissionais de saúde está inserida nesse contexto, considerando os papéis éticos na assistência ao cidadão. Para Pereira et al. (2016), relata que a assistência de enfermagem prestada através das ações do enfermeiro ao paciente crítico exige competência técnica, científica e um raciocínio clínico aliado à tomada de decisões que ajudam a intervir a tempo e reduzem as possíveis eventualidades, melhorando assim seu prognóstico e reduzindo assim o seu tempo de internação.

4.2. Os principais procedimentos de prevenção e controle de infecções a serem adotados no ambiente hospitalar.

Souza et al. (2018), relata que as ações e medidas de prevenção às infecções hospitalares devem ser rotinas em todas as instituições que se preocupam com a satisfação da sua clientela e que têm responsabilidade com a saúde. É no ambiente de Terapia Intensiva, é indicado que essas ações de prevenção ao controle de infecções sejam mais rigorosas, em decorrência do tipo de paciente, do ambiente e da intensidade dos procedimentos invasivos. São inúmeras as medidas de prevenção às infecções hospitalares, porém as mesmas devem ser conhecidas e praticadas por todos aqueles que irão lidar diretamente ou indiretamente ao paciente.

Martins (2019), afirma que as medidas de prevenção às infecções a serem adotadas pelos serviços hospitalares são as de Precauções Padrão e Precações Baseadas na Transmissão. Sendo as Precações Padrão constituídas pela: Lavagem das mãos; Uso correto das luvas; Máscaras; Protetor facial e de olhos; Utilização de roupas de proteção; Manuseio adequado das matérias perfurocortante e cuidado com os equipamentos e demais matérias.

De acordo com Souza et al. (2018), alguns médicos acreditam que a prática dos profissionais de saúde, está bastante relacionada com a adoção das medidas de biossegurança, o uso dos equipamentos de proteção individual (EPI) e a lavagem das mãos. A higienização das mãos, nos programas de prevenção e controle das infecções hospitalares, é uma prática prioritária, considerando ser uma ação isoladamente mais importante para reduzir as taxas dessas infecções. Sendo que o principal objetivo do processo de higienização das mãos é o de reduzir a transmissão de microrganismo pelas mãos, prevenindo as infecções.

Brasil (2019), destaca o papel crucial dos antimicrobianos no combate às infecções hospitalares. Com o avanço da tecnologia, esses medicamentos foram aprimorados, mas surgiram desafios como o aumento de bactérias multirresistentes e novos microrganismos. Isso fragiliza o ambiente hospitalar e demanda ações mais efetivas dos profissionais de saúde na prevenção das infecções. A Comissão de Controle das Infecções Hospitalares é responsável pela vigilância epidemiológica, focando especialmente em pacientes de alto risco. Para Martins (2016) portanto, é fundamental realizar a vigilância epidemiológica das infecções hospitalares por meio da observação ativa, sistemática e contínua de sua incidência e distribuição entre os pacientes, assim como dos eventos e condições que aumentam o risco de sua ocorrência. Esse processo envolve a coleta, consolidação, análise e interpretação dos dados observados, fornecendo informações cruciais para o planejamento, implementação e avaliação de medidas de intervenção, incluindo a supervisão da assistência prestada pelos profissionais de saúde.

5 CONCLUSÃO

A segurança na execução dos processos de enfermagem, especialmente no controle de infecções hospitalares na UTI, é fundamental. Os riscos associados ao manuseio de materiais biológicos são frequentes e muitas vezes resultam de falhas na organização do trabalho e nas medidas preventivas. A conscientização dos profissionais sobre esses riscos é essencial, assim como a utilização adequada de equipamentos de proteção. Parcerias entre os profissionais podem facilitar a compreensão e o desenvolvimento de medidas preventivas, especialmente em ambientes como a UTI, onde os cuidados são mais rigorosos. Acidentes envolvendo materiais biológicos, especialmente os perfurocortantes, são comuns, causando danos significativos a profissionais e pacientes. Os profissionais de enfermagem, devido à sua constante presença na UTI e ao seu papel central nos procedimentos, são os mais afetados. Além dos riscos físicos, enfrentam também desafios psicológicos devido ao ambiente estressante e às longas jornadas de trabalho. Embora os profissionais estejam cientes dos riscos e tenham acesso aos EPIs, muitos ainda enfrentam dificuldades na sua utilização e armazenamento. A calma durante as atividades pode reduzir os acidentes, mas ainda assim, muitos acidentes não são notificados e medidas preventivas não são tomadas. É importante que este trabalho incentive mais pesquisas sobre o tema, contribuindo para mudanças positivas no ambiente de trabalho e a redução de acidentes.

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¹Aluno do Curdo de Enfermagem da Universidade Nilton Lins – E:mail: bruninho13600137@gmail.com
²Aluno do Curdo de Enfermagem da Universidade Nilton Lins – E:mail: Saldanhamonica377@gmail.com
³Professora do Curso de Trabalho de Conclusão de Curso da Universidade Nilton Lins
4Professor Orientador do Curso de Enfermagem da Universidade Nilton Lins – E:mail: kim.machado01@gmail.com