INTEGRATIVE REVIEW OF THE MULTIDISCIPLINARY APPROACH IN THE CLINICAL PRACTICE OF ATTENTION DEFICIT AND HYPERACTIVITY DISORDER (ADHD)
Graduação em Bacharelado em Medicina; Universidade Brasil – Fernandópolis/SP
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11214711
Amanda Danielly Aguetoni¹; Amanda Rodrigues de Oliveira2; Antonio Carlos Moreira da Silva3; Fredy Leandro de Carvalho Balbuena4; Jéssica Bitencourt Lima de Souza5; Leandra Stefany Dutra Tavares6; Maria Fernanda do Vale7; Reniê Pugsley Lima de Souza8; Roberto Antonio de Souza9; Wesley Ribeiro Ferreira10.
RESUMO
Esta revisão integrativa examina a complexidade do manejo do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) por meio de uma abordagem multidisciplinar. Exploramos os aspectos clínicos do TDAH, incluindo sua epidemiologia, diagnóstico e impacto na qualidade de vida. Além disso, discutimos as estratégias terapêuticas, tanto farmacológicas quanto não farmacológicas, destacando o papel crucial da avaliação médica e psicológica. Também abordamos a importância da colaboração entre profissionais de saúde e educadores para adaptar o ambiente escolar às necessidades dos alunos com TDAH. No entanto, identificamos desafios significativos, como barreiras sociais e estigma, que podem dificultar a implementação efetiva de uma abordagem multidisciplinar. Concluímos ressaltando a importância contínua da colaboração interdisciplinar e da busca por estratégias inovadoras para melhorar o cuidado aos pacientes com TDAH.
Palavras-chave: TDAH, abordagem multidisciplinar, manejo, desafios, colaboração.
ABSTRACT
This integrative review examines the complexity of managing Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) through a multidisciplinary approach. We explore the clinical aspects of ADHD, including its epidemiology, diagnosis, and impact on quality of life. Additionally, we discuss therapeutic strategies, both pharmacological and non-pharmacological, highlighting the crucial role of medical and psychological assessment. We also address the importance of collaboration between healthcare professionals and educators to adapt the school environment to the needs of students with ADHD. However, we identify significant challenges, such as social barriers and stigma, which may hinder the effective implementation of a multidisciplinary approach. We conclude by emphasizing the ongoing importance of interdisciplinary collaboration and the pursuit of innovative strategies to improve care for patients with ADHD.
Keywords: ADHD, multidisciplinary approach, management, challenges, collaboration.
1. INTRODUÇÃO
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neuropsiquiátrica crônica que afeta crianças, adolescentes e adultos, caracterizada por padrões persistentes de desatenção, hiperatividade e impulsividade. Sua prevalência tem aumentado significativamente nas últimas décadas, tornando-se um dos distúrbios mais comuns da infância. No entanto, sua complexidade e impacto abrangente na vida dos indivíduos demandam uma abordagem clínica integrada e multidisciplinar.
A prática clínica do TDAH vai além da simples prescrição de medicamentos; envolve uma compreensão holística das necessidades do paciente e a implementação de estratégias terapêuticas abrangentes. Nesse contexto, a abordagem multidisciplinar emerge como uma abordagem fundamental para o manejo eficaz do TDAH. Envolver profissionais de diferentes áreas, como psiquiatras, psicólogos, pediatras, terapeutas ocupacionais e educadores, permite uma avaliação mais completa e um plano de tratamento mais abrangente, que considera não apenas os sintomas do transtorno, mas também os fatores ambientais, emocionais e sociais que podem influenciar no seu desenvolvimento e progressão.
Diante desse cenário, surge a necessidade de investigar mais profundamente a eficácia e os benefícios de uma abordagem multidisciplinar na prática clínica do TDAH. Assim, o objetivo deste estudo é realizar uma revisão integrativa para explorar e sintetizar as evidências disponíveis sobre o papel e a importância da abordagem multidisciplinar no manejo do TDAH, fornecendo uma visão abrangente sobre o tema e orientando futuras práticas clínicas e pesquisas nessa área.
2. ASPECTOS CLÍNICOS DO TDAH
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neurobiológica comum que afeta crianças, adolescentes e adultos, caracterizada por padrões persistentes de desatenção, hiperatividade e impulsividade. Sua prevalência tem aumentado significativamente nas últimas décadas, afetando cerca de 5% das crianças em idade escolar em todo o mundo, de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (American Psychiatric Association, 2003).
O diagnóstico do TDAH é baseado na avaliação clínica detalhada, que inclui a análise dos sintomas característicos do transtorno, como dificuldade em prestar atenção a detalhes, distração frequente, dificuldade em seguir instruções, impulsividade, inquietude motora e dificuldade em permanecer sentado em situações onde isso é esperado. O processo diagnóstico também pode envolver a obtenção de informações de pais, professores e cuidadores, bem como a exclusão de outras condições médicas ou psiquiátricas que possam estar contribuindo para os sintomas.
As manifestações clínicas do TDAH podem variar significativamente de acordo com a idade e o indivíduo. Nas crianças, os sintomas podem se manifestar como dificuldade em seguir instruções, baixo desempenho acadêmico, problemas de comportamento, dificuldades de socialização e interações negativas com colegas. Já nos adolescentes e adultos, os sintomas podem persistir e se manifestar como dificuldade em manter empregos, relacionamentos interpessoais instáveis, impulsividade, dificuldades financeiras e problemas legais (Kanner, 1972; Rutter & Hersov, 1985).
O impacto do TDAH na qualidade de vida é significativo e abrangente. Além dos desafios acadêmicos e profissionais enfrentados pelas pessoas com o transtorno, há também um impacto emocional e social substancial. A baixa autoestima, a sensação de inadequação, a ansiedade e a depressão são comuns entre os indivíduos com TDAH, o que pode levar a dificuldades adicionais no funcionamento diário e nas relações interpessoais.
Portanto, compreender os aspectos clínicos do TDAH, incluindo sua descrição, epidemiologia, diagnóstico, manifestações clínicas e impacto na qualidade de vida, é fundamental para a identificação precoce, o manejo adequado e o suporte eficaz das pessoas afetadas por esse transtorno neurobiológico complexo.
3. ABORDAGEM TERAPÊUTICA MULTIDISCIPLINAR
No manejo do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), a atuação de uma equipe multidisciplinar desempenha um papel fundamental na abordagem integrada e holística do paciente. Essa equipe geralmente é composta por profissionais de diferentes áreas, como psiquiatras, psicólogos, pediatras, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e educadores, trabalhando em conjunto para fornecer um plano de tratamento abrangente e personalizado para cada indivíduo.
As intervenções terapêuticas para o TDAH podem incluir abordagens farmacológicas e não farmacológicas. As intervenções farmacológicas são frequentemente utilizadas como parte do tratamento do TDAH e podem incluir o uso de estimulantes do sistema nervoso central, como metilfenidato e anfetaminas, para ajudar a controlar os sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade (American Psychiatric Association, 2003). No entanto, é importante ressaltar que o tratamento farmacológico deve ser complementado com intervenções não farmacológicas para otimizar os resultados. (Assumpção Jr. & Kuczynski, 2003).
Além das intervenções farmacológicas, as terapias não farmacológicas desempenham um papel crucial no manejo do TDAH. As terapias cognitivo-comportamentais (TCC) são amplamente utilizadas no tratamento do TDAH e focam na modificação de padrões de pensamento e comportamento disfuncionais. Essas terapias ajudam os pacientes a identificarem pensamentos negativos e comportamentos impulsivos, desenvolver habilidades de organização e planejamento, melhorar a atenção e concentração, e aprender estratégias de enfrentamento para lidar com situações estressantes. Essas terapias podem incluir treinamento de habilidades sociais, técnicas de gerenciamento de tempo e terapia comportamental para os pais (Leonardi et al., 2010).
É importante ressaltar a importância da participação ativa dos pais e da escola no tratamento do TDAH. Os pais desempenham um papel crucial no suporte emocional e no estabelecimento de rotinas consistentes em casa, enquanto a escola pode oferecer adaptações educacionais e apoio acadêmico para atender às necessidades específicas do aluno com TDAH. A participação ativa dos pais e da escola é fundamental para o sucesso do tratamento do TDAH. Os pais desempenham um papel crucial no suporte emocional e na implementação de estratégias de manejo em casa, enquanto a escola pode oferecer apoio acadêmico, implementar modificações no ambiente de aprendizado e colaborar na implementação de planos de intervenção individualizados.
Portanto, uma abordagem terapêutica multidisciplinar que integra intervenções farmacológicas e não farmacológicas, terapias cognitivo-comportamentais e envolvimento ativo dos pais e da escola é essencial para o manejo eficaz do TDAH e para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos afetados por esse transtorno neurobiológico complexo.
4. CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA NO MANEJO DO TDAH
Avaliação psicológica e neuropsicológica desempenham um papel fundamental no manejo do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), fornecendo informações valiosas sobre o funcionamento cognitivo, emocional e comportamental do indivíduo. A avaliação psicológica envolve uma variedade de técnicas e instrumentos que são utilizados para identificar sintomas, avaliar a gravidade do TDAH e diferenciar entre o TDAH e outros transtornos com sintomas semelhantes. Estudos como o de Bick (1987) e Cunha (2001) destacam a importância dessas avaliações para identificar sintomas, avaliar a gravidade do TDAH e diferenciar entre o TDAH e outros transtornos com sintomas semelhantes.
A avaliação neuropsicológica, por sua vez, tem como objetivo investigar as funções cerebrais e cognitivas do paciente, identificando padrões de funcionamento cerebral que podem estar associados ao TDAH. Testes neuropsicológicos são administrados para avaliar áreas como atenção, memória, funções executivas e controle inibitório, fornecendo insights sobre as dificuldades específicas enfrentadas pelo indivíduo com TDAH.
Estratégias de intervenção comportamental desempenham um papel crucial no manejo do TDAH, ajudando os pacientes a desenvolverem habilidades de autorregulação e enfrentamento que os auxiliam a lidar com os desafios diários. Pesquisas como a de Jerusalinsky (2005) ressaltam que as estratégias comportamentais, como estabelecer rotinas estruturadas e aplicar técnicas de gerenciamento de tempo e organização, são eficazes para melhorar o funcionamento adaptativo e reduzir os sintomas do TDAH. As estratégias comportamentais podem incluir o estabelecimento de rotinas estruturadas, reforço positivo de comportamentos desejados, técnicas de gerenciamento de tempo e organização, e a implementação de sistemas de recompensa e consequências.
O suporte psicológico para pacientes e familiares é essencial para fornecer apoio emocional, educacional e prático durante o processo de tratamento do TDAH. Estudos como o de Bick (1987) indicam que o suporte psicoterapêutico pode ajudar os pacientes a lidar com questões emocionais relacionadas ao TDAH, enquanto pesquisas como a de Jerusalinsky (2005) destacam a importância do suporte psicológico para ajudar os familiares a entender melhor o transtorno, aprender estratégias de manejo eficazes e desenvolver habilidades de comunicação e resolução de problemas.
Portanto, a contribuição da Psicologia no manejo do TDAH abrange desde a avaliação inicial do transtorno até a implementação de intervenções comportamentais e o fornecimento de suporte psicológico contínuo para pacientes e familiares.
5. PERSPECTIVA MÉDICA E FARMACOLÓGICA
A avaliação médica é um passo fundamental no manejo do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), pois permite a identificação precisa dos sintomas e a elaboração de um plano de tratamento individualizado. Estudos como o de França (2012) destacam a importância da avaliação médica para determinar a necessidade de intervenção farmacológica e monitorar a eficácia do tratamento ao longo do tempo. Em primeiro lugar, a avaliação médica cuidadosa permite uma análise detalhada dos sintomas apresentados pelo paciente, auxiliando no diagnóstico preciso do TDAH. Esta avaliação considera não apenas a presença dos sintomas principais, como desatenção, hiperatividade e impulsividade, mas também a sua gravidade, duração e impacto na vida diária do indivíduo.
Um dos principais objetivos da avaliação médica é determinar a necessidade de intervenção farmacológica. Nem todos os pacientes com TDAH necessitam de tratamento medicamentoso, e a decisão de iniciar uma terapia farmacológica deve ser baseada em uma avaliação cuidadosa do perfil de sintomas, bem como em considerações sobre o funcionamento global do paciente, sua história médica e familiar, e possíveis comorbidades psiquiátricas. Portanto, a avaliação médica é essencial para identificar os pacientes que se beneficiariam do tratamento medicamentoso e para selecionar a medicação mais apropriada para cada caso.
Além disso, a avaliação médica continua desempenhando um papel crucial ao longo do tratamento do TDAH, pois permite o monitoramento da eficácia do tratamento ao longo do tempo. Durante o acompanhamento médico regular, o médico avalia a resposta do paciente à medicação, observa quaisquer efeitos colaterais adversos e faz ajustes terapêuticos conforme necessário. Isso é especialmente importante porque a eficácia e a tolerabilidade dos medicamentos podem variar de pessoa para pessoa, e algumas vezes pode ser necessário experimentar diferentes medicamentos ou ajustar as doses para alcançar o melhor resultado clínico.
A prescrição de medicamentos, como estimulantes e não estimulantes, é uma das principais abordagens no tratamento do TDAH. Esses medicamentos ajudam a reduzir os sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade, melhorando o funcionamento global do paciente. No entanto, é crucial monitorar de perto os efeitos colaterais e realizar ajustes terapêuticos conforme necessário, conforme ressaltado por França (2012).
A psiquiatria desempenha um papel importante no tratamento do TDAH, fornecendo expertise especializada no manejo de transtornos mentais. Os psiquiatras podem auxiliar na avaliação diagnóstica, na prescrição de medicamentos e no monitoramento dos efeitos terapêuticos, garantindo uma abordagem integrada e abrangente do transtorno. A colaboração entre médicos e psiquiatras é essencial para garantir o melhor resultado para o paciente.
Portanto, a perspectiva médica e farmacológica no manejo do TDAH envolve a avaliação cuidadosa dos sintomas, a prescrição adequada de medicamentos e o monitoramento contínuo do tratamento, com o objetivo de otimizar os resultados clínicos e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
6. ABORDAGEM EDUCACIONAL E ESCOLAR
A abordagem educacional e escolar desempenha um papel fundamental no manejo eficaz do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), proporcionando um ambiente de aprendizagem que atenda às necessidades específicas dos alunos com essa condição. Para isso, é essencial implementar adaptações no ambiente escolar que facilitem a participação e o desempenho desses alunos (Josua et al., 2011). Essas adaptações podem incluir a disponibilização de recursos visuais, a organização do espaço físico da sala de aula para minimizar distrações, a redução do tempo de atividades que exijam atenção prolongada e a implementação de estratégias para promover a autorregulação e o gerenciamento do comportamento.
Além disso, é importante que os educadores estejam cientes das características do TDAH e das necessidades específicas dos alunos com essa condição, para que possam utilizar estratégias de ensino e aprendizagem eficazes. Isso pode incluir o uso de métodos de ensino mais interativos e práticos, a divisão de tarefas em etapas menores e mais gerenciáveis, o fornecimento de feedback frequente e positivo e a promoção de um ambiente de aprendizagem inclusivo e acolhedor (Josua et al., 2011).
A parceria entre profissionais da saúde e educadores também é fundamental para garantir uma abordagem integrada e abrangente no manejo do TDAH. Essa colaboração permite a troca de informações e experiências entre diferentes áreas de atuação, possibilitando uma compreensão mais completa das necessidades dos alunos e a implementação de estratégias de suporte mais eficazes. Além disso, a parceria entre profissionais da saúde e educadores pode facilitar o desenvolvimento de planos de intervenção individualizados, que considerem as necessidades específicas de cada aluno e promovam o seu sucesso acadêmico e emocional (Josua et al., 2011).
Portanto, a abordagem educacional e escolar no contexto do TDAH requer não apenas adaptações no ambiente escolar e o uso de estratégias de ensino eficazes, mas também uma colaboração estreita entre profissionais da saúde e educadores, visando proporcionar um suporte abrangente e integrado para os alunos com essa condição.
7. DESAFIOS E BARREIRAS NA ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR NO TDAH
A implementação de uma abordagem multidisciplinar no manejo do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) pode enfrentar diversos obstáculos e desafios que dificultam sua efetividade. Entre esses obstáculos, destacam-se as barreiras sociais e o estigma associado ao TDAH. Muitas vezes, indivíduos com TDAH enfrentam estigmatização e discriminação devido à falta de compreensão sobre a natureza do transtorno e aos estereótipos negativos associados a ele (Okay, 2012).
Além disso, a implementação de uma abordagem multidisciplinar requer uma colaboração interdisciplinar eficaz entre profissionais de diferentes áreas, como psicologia, psiquiatria, educação e saúde. No entanto, essa colaboração nem sempre é fácil de ser alcançada devido a diferenças de perspectivas, objetivos e práticas entre os diferentes profissionais envolvidos. A integração de serviços de saúde também pode ser um desafio, especialmente em sistemas de saúde fragmentados ou com recursos limitados, onde a falta de comunicação e coordenação entre os serviços pode prejudicar a continuidade e a eficácia do tratamento do TDAH.
Portanto, é essencial superar esses desafios e barreiras para garantir uma abordagem multidisciplinar eficaz no manejo do TDAH. Isso requer não apenas uma maior conscientização e educação sobre o transtorno para reduzir o estigma, mas também um esforço conjunto de profissionais de saúde e educadores para colaborar de forma eficaz e integrada no suporte aos indivíduos com TDAH e suas famílias.
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A revisão integrativa que conduzimos sobre o manejo do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) oferece uma visão ampla e útil para profissionais e pesquisadores. Ao resumir o que aprendemos, é claro que o TDAH é um transtorno complexo que precisa ser abordado de maneira completa e envolve diferentes áreas, como psicologia, psiquiatria, medicina e educação. Aprendemos que uma avaliação completa, que inclui aspectos médicos, psicológicos e neuropsicológicos, é fundamental para diagnosticar corretamente o TDAH e entender as necessidades individuais de cada pessoa.
Uma das conclusões mais importantes é a necessidade de uma avaliação abrangente, que inclua avaliação médica, psicológica e neuropsicológica, para determinar o diagnóstico preciso do TDAH e identificar as necessidades específicas de cada indivíduo. Além disso, destacamos a importância da intervenção precoce e do acompanhamento regular para monitorar a eficácia do tratamento ao longo do tempo, especialmente no que diz respeito ao uso de intervenções farmacológicas.
As implicações para a prática clínica incluem a promoção de uma maior colaboração entre profissionais de diferentes áreas, a fim de oferecer um suporte holístico e integrado aos pacientes com TDAH. Isso pode envolver a implementação de modelos de cuidado colaborativo, o desenvolvimento de protocolos de tratamento padronizados e a criação de redes de apoio que incluam pais, escola e comunidade. Isso pode incluir a criação de planos de tratamento que envolvam diferentes especialidades e a colaboração com a família e a escola. Quanto ao futuro, acreditamos que mais pesquisas são necessárias para explorar outras opções de tratamento além dos medicamentos, como terapias comportamentais e educacionais, e entender melhor os fatores que afetam o TDAH.
Em resumo, nossa revisão destaca a importância de uma abordagem multidisciplinar para o TDAH, mostrando como diferentes áreas podem trabalhar juntas para ajudar os pacientes. Isso reforça a ideia de que uma avaliação completa e uma intervenção personalizada são essenciais para melhorar a qualidade de vida das pessoas com TDAH.
REFERÊNCIAS
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (2003). Transtorno de déficit de atenção e de comportamento disruptivo. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Porto Alegre: Artmed.
ASSUMPÇÃO JR., F. B., & KUCZYNSKI, E. (2003). Tratado de psiquiatria da infância e adolescência. TDAH. São Paulo: Atheneu.
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CUNHA, I. (2001). A revolução dos bebês. Aspectos de como as emoções esculpem o cérebro e geram os comportamentos no período pré e peri-natal. Psicanalítica – Rev. da SPRJ, 2 (1), 102-128.
FRANÇA, M. T. B. (2012). A medicação psiquiátrica na infância e o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Blog Fale Comigo por Luciana Saddi. Folha.com. 24/01/2012.
JERUSALINSKY, A. (2005). Gotinhas e comprimidos para crianças sem história. Uma psicopatologia pós-moderna para a infância. Textura – Revista de Psicanálise, 5 (5), 4-11.
JOSUA, D., ANDRADE, M. A. C., JULIEN, M. C. G., GURIAN, M. F. P., RODRIGUEZ, M. I. F., SOARES, M. Z. S. (2011). Escola e crianças “desatentas”: cuidados e descuidos. Seminário: saúde, escola e psicanálise. PUC, São Paulo. (Trabalho não publicado)
LEONARDI, J. L., RUBANO, D. R., & ASSIS, F. R. P. (2010). Subsídios da análise do comportamento para avaliação de diagnóstico e tratamento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) no âmbito escolar. In Conselho Regional de Psicologia SP, Medicalização de crianças e adolescentes. São Paulo: Casa do Psicólogo.
OKAY, Y. (2012). Medicalização da criança: um cenário preocupante e conflituoso. Jornal da FFM (Fundação da Faculdade de Medicina), XI (59), 2.
¹Graduanda em medicina pela União das Faculdades dos Grandes Lagos
²Graduanda em Medicina pela Universidade Brasil
³Graduando em Medicina pela Universidade Brasil
4Graduando em Medicina pela Universidade Brasil
5Graduanda em Medicina pela Universidade Brasil
6Graduanda em Medicina pela Universidade Brasil
7Graduanda em Medicina pela Universidade Brasil
8Graduando em Medicina pela Universidade Brasil
9Graduando em Medicina pela Universidade Brasil
10Graduando em Medicina pela Universidade Brasil