VALIDAÇÃO DE HISTÓRICO DE ENFERMAGEM PARA CONSULTA DE ENFERMAGEM DO PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO REALIZADA PELA ENFERMEIRA OBSTÉTRICA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11199765


Virgínia Grasiele Silva dos Santos1
Laysa da Silva Fidelis2
Alcina Patricia De Oliveira3
Rosicleide Rúbia Pereira Medeiros4
Francisca Janiscleia Silva dos Santos5
Meire Raquel Paiva Vasconcelos da Silveira6
Alinne Albuquerque de Carvalho7
Jerssycca Paula dos Santos Nascimento8
Maria Lúcia Fernandes de Carvalho Marques9
Laisa Moreira Santos10
Mariana Ferreira de Sousa Moreira Paiva11
Larissa Gabriela de Souza Gomes12
Carla Denari Giuliani13


RESUMO

O objetivo do estudo foi validar um instrumento para ser utilizado como Histórico de Enfermagem na consulta de Pré- Natal de Alto Risco (PNAR) realizada pela Enfermeira Obstétrica. Estudo metodológico, do tipo descritivo, com abordagem do tipo quantitativa, realizada em 4 fases: 1. Revisão de literatura para a construção do histórico de enfermagem; 2. Adaptação do Histórico de Enfermagem; 3. Validação; 4. Análise e resultado dos dados. O instrumento foi avaliado por meio de formulário no Google Forms, por Enfermeiras Obstétricas que atendem no PNAR que tenham o tempo mínimo de um ano de atendimento com esse público; e residentes de Enfermagem Obstétrica do último ano. A validação do formulário foi realizada por 31 enfermeiras obstétricas e residentes de enfermagem obstétrica, obteve avaliação satisfatória em relação aos critérios avaliados, obtendo índice de validade de conteúdo geral superior a 80% na maioria dos itens. Foi sugerido modificações no impresso, tanto no conteúdo, quanto na estrutura e aparência do formulário. O estudo foi capaz de validar um Formulário com informações necessárias para facilitar a comunicação entre os profissionais da Enfermagem Obstétrica e equipe multidisciplinar que realizam a assistência de pré-natal de alto risco, com a contribuição destes profissionais para sua construção.

Palavras-chave: Cuidado Pré-Natal. Gravidez de Alto Risco. Processo de Enfermagem. Saúde da mulher.

INTRODUÇÃO

A gestação é um fenômeno fisiológico que evolui sem intercorrências na maior parte dos casos. Apesar desse fato, há uma parcela pequena de gestantes que, por serem portadoras de alguma patologia, podem desenvolver algum agravo ou apresentam maiores probabilidades de evolução desfavorável, tanto para o feto como para a mãe (BRASIL, 2012).

Aproximadamente 10% das gestações apresentam situações de risco, relacionadas à vida reprodutiva prévia e/ou fatores associados à gestação atual, que necessitam de acompanhamento especializado (BRASIL, 2016). Sendo assim, a assistência pré-natal de qualidade favorece o reconhecimento dos fatores desfavoráveis ao seguimento da gestação – tanto aqueles relacionados às condições clínicas como associados às condições básicas de vida – e permite a avaliação do risco gestacional de forma contínua, além da intervenção precoce, o que favorece melhores resultados de saúde (FERREIRA, 2019).

De modo geral, as características individuais, condições sociodemográficas desfavoráveis, história reprodutiva, condições clínicas e obstétricas isoladas ou associadas a outras complicações que repercutem na evolução da gestação, como hipertensão arterial, diabetes mellitus, obesidade, entre outros fatores de risco podem tornar o prognóstico materno e fetal ruim (BRASIL, 2012).

A gestação de alto risco pode ser classificada quando é identificada patologia e/ou problemas na saúde da mãe durante o ciclo gravídico ou o agravamento de uma condição pré- existente, que ameaça tanto a saúde materna quanto a do feto. Podem ser de caráter patológico (diabete mellitus, hipertensão arterial, hemorragias, entre outras), ou encontrado no campo psicossocial (imaturidade psicológica, conflitos familiares, entre outros).

Atualmente, mais de meio milhão de mulheres morrem todos os dias, no mundo, por causas relacionadas ao ciclo gravídico-puerperal (COLLEGER, 2012). A assistência pré- natal não pode prever as complicações do parto na maioria das mulheres, porém, a promoção da saúde e a identificação dos riscos poderão favorecer o prognóstico materno. A detecção de qualquer risco implica na necessidade de atenção especializada, com exame e/ou avaliação e, se necessário, referência da atenção básica para um serviço de ambulatório mais especializado. E conforme disposto no Manual Técnico – Gestação de Alto Risco, para um seguimento eficiente da assistência pré-natal é necessária a utilização de instrumentos discriminadores (BRASIL, 2020).

Na atenção pré-natal de alto risco (PNAR) o Ministério da Saúde reforça a necessidade do atendimento da gestante por equipe multidisciplinar, incluindo o profissional enfermeiro (BRASIL, 2012). Nesse cenário, os enfermeiros desempenham um papel fundamental no cuidado e na educação de mulheres em risco, estando aptas/os a fornecer assistência necessária para a mulher e seu feto. Os fatores de risco de origem biológica, psicológica ou social vividos pela gestante podem colocar em risco a saúde ou a vida materno-fetal, dessa forma a consulta de enfermagem deve ser realizada por profissionais qualificados com o adequado rastreamento de fatores de riscos existentes e pré- existentes, a fim de assegurar um planejamento do cuidado adequado com abordagem integral e multiprofissional voltada para o materno-fetal.

Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2012), considera-se gestação de alto risco aquela na qual a vida ou a saúde da mãe e/ou do feto e/ou do recém-nascido têm maiores chances de serem atingidas que as da média da população. Os fatores que aumentam o risco de uma gestação podem ser divididos em fatores presentes antes da gestação e fatores que surgem durante a gestação, dessa forma percebe-se a importância da consulta de enfermagem sendo essencial conhecer as condições relacionadas ao processo saúde-doença.

Considera-se que a Enfermagem é uma ciência, arte e uma prática social, indispensável à organização e ao funcionamento dos serviços de saúde, que tem como responsabilidades a promoção e a restauração da saúde, a prevenção de agravos e doenças e o alívio do sofrimento; proporcionar cuidados à pessoa, à família e à coletividade, organiza suas ações e intervenções de modo autônomo, ou em colaboração com outros profissionais (BRASIL, 2017).

O respaldo para o enfermeiro prestar assistência de enfermagem durante um pré- natal a uma gestante de alto-risco encontra-se amparada pela Lei n° 7. 498 de 1986 e Decreto n° 94.406 de 1987, que determina ser de competência do enfermeiro os cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida; os cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas (BRASIL, 1986; 1987).

Durante a consulta de enfermagem este profissional utiliza-se da Coleta de dados/Histórico de Enfermagem como instrumento de trabalho para a identificação de fatores de risco. A Resolução COFEN nº 358/2009 reforça as 5 etapas do processo: coleta de dados, diagnóstico da Enfermagem, planejamento, implementação e avaliação. Na primeira etapa, então, realiza-se o levantamento dos dados subjetivos e os objetivos, pelas técnicas de anamnese, por meio da entrevista e exame físico do paciente e também por meio da inspeção, palpação, ausculta e percussão (VIANA; PETENUSSO, 2010; TANURRE; PINHEIRO, 2013). Essa resolução enfatiza em seu Art 3º que:

O Processo de Enfermagem deve estar baseado num suporte teórico que oriente a coleta de dados, o estabelecimento de diagnósticos de enfermagem e o planejamento das ações ou intervenções de enfermagem e que forneça a base para a avaliação dos resultados de enfermagem alcançados. (COFEN, p. 3, 2009)

Segundo Marcelino e Torricelli (2017), os profissionais de saúde inseridos na assistência obstétrica precisam ter como foco a identificação de fatores de risco para morbimortalidade materna e incorporar em sua prática clínica, abordagens que contribuam para a promoção da equidade de gênero e dos direitos humanos das mulheres. Acompanhar e/ou cuidar desta mulher inclui, além da atenção voltada para os fatores determinantes do risco, o respeito ao desejo de ser mãe, aos aspectos culturais e sociais e à prestação de uma assistência respeitosa e acolhedora.

A enfermeira Obstétrica tem papel relevante no cuidado Pré-natal de alto risco, profissional com capacidade de identificação de anormalidade e tomada de condutas em equipe com outros profissionais especializados como da medicina baseado em protocolos institucionais. A utilização do processo de enfermagem nas consultas de Pré-Natal de Alto Risco contribui para um cuidado integral e na necessidade de adaptação frente às mudanças encontradas no processo gestacional desde o diagnóstico de risco gestacional. O Histórico de Enfermagem organizado e formulado para as consultas auxilia o profissional a identificar fatores de risco, monitorar a saúde da gestante, tratar e prevenir afecções em momento oportuno, o que contribui para melhores desfechos maternos e perinatais.

A validação do instrumento foi realizada à luz da Teoria de Necessidades Humanas Básicas (TNHB), de Wanda Horta (1979), teórica essa já utilizada em outros instrumentos no local de estudo. A Teoria das Necessidades Humanas Básicas apresenta-se adequada por ter como objeto o atendimento às necessidades humanas no ciclo saúde- enfermidade em qualquer fase da vida. Segundo Horta (1979), as necessidades humanas básicas, quando não atendidas, causam instabilidade hemodinâmica no ciclo vital. Segundo essa teoria, as necessidades humanas podem ser categorizadas em psicobiológicas, psicossociais e psicoespirituais.

Considera-se que a validação de um histórico de enfermagem formulado para a consulta de pré-natal de alto risco possa auxiliar na sistematização da assistência dada à mulher e ao feto na assistência obstétrica.Dessa forma o objetivo deste Trabalho de conclusão de Residência foi validar um instrumento para ser utilizado como Histórico de enfermagem na consulta de Pré-Natal de Alto Risco (PNAR) realizada pela Enfermeira Obstétrica.

METODOLOGIA
TIPO DE ESTUDO

Trata-se de um estudo metodológico, do tipo descritivo, cujo objetivo foi validar o conteúdo e a aparência do instrumento da consulta de enfermagem especializada no Pré- Natal de Alto Risco (PNAR), com abordagem do tipo quantitativa, realizada em 4 fases:

  • Fase 1. Revisão de literatura para a construção do histórico de enfermagem;
  • Fase 2. Adaptação do Histórico de Enfermagem;
  • Fase 3. Validação;
  • Fase 4. Análise e resultado dos dados.

Os critérios de inclusão para a revisão de literatura e adaptação do histórico de enfermagem consistiram na leitura de publicações na íntegra, a partir de 2016, em periódico nacional (Scielo) através do uso dos descritores: Consulta de enfermagem, Pré-natal, Alto risco. Assim como, fizeram parte da revisão, manuais do Ministério da Saúde e Protocolos relacionados com a temática Pré-Natal e Pré-Natal de Alto Risco (PNAR).

Os estudos que não se enquadraram após a leitura foram excluídos. Todos os artigos e Manuais selecionados foram lidos em duas etapas: I. Busca por aspectos relevantes relacionados com a temática; e II. Seleção das informações sobre o assunto a serem incluídas no instrumento. Foram utilizados para a busca os seguintes descritores: Consulta de Enfermagem, Cuidado Pré-natal, Processo de Enfermagem, Gravidez de Alto Risco. Dessa forma, a adaptação do instrumento (APÊNDICE B) foi embasada na consulta dos artigos e manuais, assim como nas recomendações do Ministério da Saúde para o atendimento ao PNAR.

LOCAL DE ESTUDO

O PNAR cenário deste estudo é especializado na assistência à mulher, faz parte de um Hospital Maternidade referência no distrito sanitário norte, na cidade de Belo Horizonte/Minas Gerais e atende exclusivamente aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). É referência na formação de Enfermeiros obstétricos no Brasil e atendimento a pacientes de alto risco.

PARTICIPANTES DO ESTUDO

O instrumento foi avaliado por meio de formulário no Google Forms, por Enfermeiras Obstétricas que atendem no PNAR que tenham o tempo mínimo de um ano de atendimento com esse público; e residentes de Enfermagem Obstétrica do último ano, que tenham realizado vivência no PNAR. Sendo estipulado um número mínimo de 30 participantes Foram convidadas 19 Enfermeiras Obstétricas (EO) para a Fase de Validação, porém somente 08 responderam ao formulário e 06 foram excluídas devido ultrapassar o tempo de 10 dias para a resposta do formulário. A grande maioria das participantes da pesquisa se tratava de Residentes de Enfermagem Obstétricas do 2° ano, sendo que das 25 convidadas 23 responderam ao formulário.

COLETA DE DADOS

O Google Forms é uma ferramenta gratuita de criação de formulários on-line disponível para qualquer usuário que possui uma conta Google e ainda pode ser acessado em diversas plataformas, inclusive, por meio do celular (NUNES, 2016). Organizam-se em forma de gráficos e planilhas, proporcionando um resultado quantitativo de forma mais prática e organizada, facilitando a análise dos dados. Permite a criação de formulários personalizáveis com opções de respostas nos formatos de múltipla escolha, respostas em menu, respostas curtas ou em parágrafos, grid de múltipla escolha, escala linear de opções, e também data e hora.

Os participantes da pesquisa receberam um link por meio eletrônico (Whatsapp) do formulário Google Forms para participar da pesquisa, contendo informações sobre o estudo desde relevância e o objetivo do mesmo. Inicialmente o participante teve acesso ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE (APÊNDICE A) anexo ao Google Forms e sendo direcionada automaticamente a avaliação do formulário após  aceite de participação na pesquisa. O participante que aceitou e concordou com a participação recebeu por email o TCLE com a assinatura digital dos pesquisadores.

Após o consentimento o participante foi direcionado para a fase de avaliação do Instrumento, sendo estabelecido 10 dias para a avaliação do formulário. O formulário avaliativo foi composto por 14 sessões de perguntas de múltipla escolha e questões abertas para avaliação dos participantes, com uma duração prevista de um tempo máximo de 15 minutos para as respostas do formulário.

A validação ocorreu através da escala Likert de 5 pontos adaptada para a pesquisa com 3 pontos. (1. Concordo totalmente; 2. Discordo totalmente 3. Discordo parcialmente ), em que o número 1 representará concordância máxima e o número 3, discordância passível de contribuição do participante do estudo.

A escala Likert é popular em estudos por ser uma das formas mais confiáveis de medir opiniões, percepções e comportamentos. Comparadas a perguntas binárias, que exibem apenas duas opções de respostas, as perguntas da escala de Likert oferecem um feedback mais granular sobre a qualidade do um produto ou estudo. Permitindo também graus variados de opiniões. Composta na maioria das vezes por:1) discordo totalmente, 2) discordo, 3) indiferente (ou neutro), 4) concordo e 5) concordo totalmente, sendo em alguns estudos adaptado conforme a necessidade do mesmo ou a critério dos pesquisadores.

ANÁLISE DE DADOS

Os dados foram coletados no preenchimento do formulário pelos participantes. As respostas foram organizadas em uma tabela e exportadas em planilhas do software Microsoft Excel e gráficos. Para a análise dos dados foi realizada a validação do conteúdo por meio da Porcentagem de concordância (Fig. 1), método empregado para calcular a concordância entre os participantes. Sendo a medida mais simples de concordância interobservadores, sendo calculada diretamente por meio do Google Forms.

A validade de conteúdo é fundamental no processo de desenvolvimento e adaptação  de  instrumento  de  medidas  (ALEXANDRE,  2011).  As  vantagens  desse procedimento é proporcionar informações úteis que são facilmente calculadas. Ao usar esse método, deve-se considerar como uma taxa aceitável de concordância entre os membros do comitê. Sendo a tabulação dos dados por meio do Google Forms e Microsoft Excel, foi considerado como 80 % o índice de aceitação da aparência do impresso em cada seção validado pelos participantes.

Figura 1. Cálculo para Porcentagem de concordância.

PROCEDIMENTOS ÉTICOS

O presente trabalho foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Sofia Feldman (CEP/HSF) sob o parecer 1594514 e seguiu os requisitos estabelecidos para sua realização. Atendendo às determinações da Resolução nº 466/12 (BRASIL, 2013) do Conselho Nacional de Saúde (CNS) que dispõe sobre pesquisas envolvendo seres humanos sendo garantido o anonimato dos participantes da pesquisa minimizando, os possíveis riscos ou desconfortos aos mesmos.

A participação na presente pesquisa envolveu risco mínimo aos participantes, pela ausência de qualquer procedimento invasivo, porém algumas questões poderão causar desconforto mínimo psicológico, quanto a possíveis inconvenientes relacionados às vivências profissionais.

Sendo assim, foi garantido a liberdade de participação na pesquisa pelo participante pela utilização do Google forms, onde ficou integralmente livre para, a qualquer momento, negar o consentimento ou desistir de participar e retirar o consentimento.

DESENOLVIMENTO E DISCUSSÃO

O Formulário Google Forms para a validação do impresso para a consulta de Enfermagem no PNAR é composto por 14 sessões de perguntas, para a avaliação estatística foi considerada a escala likert de cinco pontos adaptada para o estudo sendo o índice de concordância de 80 %.

No início do formulário foi avaliado o perfil das profissionais participantes. Durante a coleta de dados foram recebidas 31 avaliações do formulário no Google Forms, durante o mês de janeiro de 2021, pelas Enfermeiras Obstetras e Residentes de Enfermagem Obstétrica do 2º ano.

Quanto á relação dos profissionais participantes evidenciou-se que 100% (31) foram do sexo feminino. Mostrando o que traz em outros estudos sobre a prevalência do sexo feminino em formações voltadas para à área de Saúde da Mulher e infantil. O perfil dos participantes, como relatado anteriormente, teve a predominância das Residentes de Enfermagem Obstétrica 74,2% (23) em relação às Enfermeiras Obstétricas.

No que concerne o tempo de atuação 74,2% (23) tinham de 1 a 2 anos na área de Obstetrícia, sendo apenas 6,5 % (2) possuíam um tempo maior de 5 a 10 anos de experiência na área. Quanto ao tempo de atuação no Pré-Natal de Alto Risco (PNAR), devido à maioria das participantes se tratarem de residentes, foi observado um tempo de 1 a 2 anos (90,3%). Em relação às Enfermeiras Obstétricas que participaram, o tempo de atuação foi entre 3 a 5 anos (9,7%).

ITEM 1. IDENTIFICAÇÃO DA GESTANTE – TNHB (W.A. HORTA) – NECESSIDADES PSICOBIOLÓGICAS.

No Item Identificação da gestante, as participantes que responderam 90,3% (28) concordaram totalmente e 9,7% (3) discordaram parcialmente, contribuindo com as seguintes sugestões: Inserção de telefone para contato, modificação de etnia por cor auto declarada e inserção de denominação religiosa.

Em relação ao tópico zona de risco foi sugerido que fosse abordado de outra maneira, visto que muitas gestantes não compreendem o que se trata morar em zona de risco ou por não compreenderem a temática. Porém, houve a permanência do tópico, visto que cabe ao profissional durante a entrevista observar a melhor forma de abordar a temática, buscando compreender o ambiente da gestante e a relevância do ambiente no processo saúde doença.

ITEM 2. GRAVIDEZ ATUAL – TNHB (W.A. HORTA) – NECESSIDADES PSICOBIOLÓGICAS, PSICOSSOCIAIS.

No Item Gravidez atual 87,1% (27) dos participantes concordaram totalmente, 9,7 %(3) discordaram parcialmente e 3,2% (1) discordaram totalmente contribuíram no que tange às características psicobiológicas das necessidades humanas básica de Wanda Horta, correlacionando-a este não somente a psicossocial já definida no formulário.

A utilização da Teoria das Necessidades Humanas Básicas (TNHB) de Wanda Horta visa um maior embasamento na construção do formulário ancorado a uma teoria utilizada amplamente no Processo de Enfermagem na instituição do estudo.

ITEM 3. ULTRASSONOGRAFIA -TNHB (W.A. HORTA) NECESSIDADES PSICOBIOLÓGICAS.

Em relação ao item Ultrassonografia destaca-se que foi um dos que receberam maior colaboração das residentes e das Enfermeiras Obstétricas participantes. A grande maioria concordou totalmente 90,3% (28) com este item, ocorrendo uma notória contribuição para a melhoria deste item. Observaram-se as seguintes contribuições: separar os dados ultrassonográficos por tópicos como Índice de líquido amniótico (ILA), Peso fetal estimado (PFE), Placenta e Doppler com os respectivos espaços com data para um melhor acompanhamento cronológico e progressão da patologia associada. Todas as contribuições foram inseridas na nova versão, visto a relevância do item para a consulta de PNAR.

ITEM 4.  ANTECEDENTES   PESSOAIS -TNHB   (W.A.HORTA) – NECESSIDADES PSICOBIOLÓGICAS E PSICOSSOCIAIS.

No item antecedentes pessoais 77,4% (24) dos participantes concordaram e 22,4% (7) dos participantes discordaram parcialmente do item, deixando suas contribuições e opiniões para a melhoria do mesmo. O item recebeu contribuições como: substituição de termos, adicionar campo obstétrico e um espaço para descrever complicações obstétricas. Em relação à TNHB de Wanda Horta, o item recebeu contribuição que reflete ao fato de também se enquadrar no rol das necessidades psicossociais.

No que tange a taxa de aceitação de concordância ser de 90%, este item não atingiu o valor estabelecido. Sendo, dessa forma, reformulado com as contribuições recebidas pelos participantes. Procurou-se neste item, uma melhor forma de adaptação, visto que em relação aos antecedentes pessoais a um vasto campo de marcadores que não podem deixar de ser elencados na consulta de PNAR.

ITEM 5. ANTECEDENTES FAMILIARES – TNHB (W.A. HORTA) – NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS, PSICOBIOLÓGICAS.

No item antecedentes familiares 90,3% (28) dos participantes concordaram totalmente. Porém, mesmo com o índice de validação atingindo foram feitas as contribuições que foram consideradas para a melhoria do instrumento.

ITEM 6. HISTÓRIA GINECOLÓGICA. TNHB  (W.A. HORTA) – NECESSIDADES PSICOBIOLÓGICAS.

Quanto à história ginecológica 83,9% (26) dos participantes da pesquisa concordaram totalmente e 16, 1% (5) discordaram parcialmente. Neste item não houve considerações nem sugestões de modificações.

ITEM 7.  VACINAS. TNHB   (W.A. HORTA)- NECESSIDADES PSICOBIOLÓGICAS.

No item Vacinas 86,7% (26) dos participantes concordaram totalmente e 13,3% dos participantes discordaram parcialmente. Os participantes fizeram as seguintes contribuições: inserção de outras vacinas relacionadas com as TORCHS (Toxoplasmose, outras doenças, Rubéola, Citomegalovírus, Herpes simples e varicela) e com contexto atual da COVID 19, pois ainda não existe recomendação sobre quando o grupo das gestantes fará parte do calendário vacinal.

ITEM 8. EXAME FÍSICO/ EXAME GINECO-OBSTÉTRICO. TNHB (W.A. HORTA) – NECESSIDADES PSICOBIOLÓGICAS.

Destaca-se que neste item houve 100% (31) de concordância total pelos participantes. Observa-se com a total concordância sobre a realização do exame físico e exame ginecológico-obstétrico durante a primeira consulta de enfermagem no PNAR ser de extrema relevância para as consultas subsequentes, retirando assim o foco da doença e atentando para as necessidades do indivíduo integralmente.

ITEM  9.  EXAMES.  TNHB (W.A. HORTA) – NECESSIDADES PSICOBIOLÓGICAS.

Em relação ao item Exames 83,9 % (26) dos participantes concordam totalmente e 12,9% (4) dos participantes discordaram parcialmente. Neste item houve uma discordância total de 3,2% (1). Os profissionais contribuíram de forma expressiva para a melhoria deste item, como: elencar os exames com data e espaço e deixar espaço para outros exames que podem porventura ser solicitados durante as consultas.

ITEM 10. MEDICAMENTOS. TNHB (W.A. HORTA) – NECESSIDADES PSICOBIOLÓGICAS.

No item Medicamentos 83,9% (26) dos participantes concordaram totalmente e 16,1% (5) discordaram parcialmente. Das contribuições feitas foi alterado no formulário o termo droga para medicamento, visto que muitos relataram se tratar de um termo pejorativo e com má interpretação pela gestante, além de ser mais adequado.

ITEM 11. HIPÓTESE DIAGNÓSTICA/DIAGNÓSTICO  DE ENFERMAGEM. TNHB (W.A. HORTA) – ASSINATURA/COREN.

No último item do formulário houve 87,1% (27) de concordância total pelos participantes e 12,9% (4) discordaram parcialmente. Não houve contribuições neste item apesar dos 12,8 % de discordância, porém foi incluído na parte de assinatura e COREN a opção de Residente de Enfermagem Obstétrica, visto que muitos conduzem a consulta de PNAR juntamente com a Enfermeira Obstétrica.

DISCUSSÃO

O Pré-Natal de Alto Risco (PNAR), cenário deste estudo, faz parte de um Hospital de referência para o atendimento de alto risco, vinculado a Rede Cegonha, no atendimento de gestante de Belo Horizonte e cidades da região metropolitana, também referência para outras cidades do interior de Minas Gerais.

Vale ressaltar, que o estudo foi realizado durante o período da Pandemia do COVID-19, período esse que trouxe algumas limitações e dificuldades para a realização do estudo, como os aspectos psicológicos dos profissionais e das residentes de enfermagem obstétrica convidadas para participarem do estudo.

As atuais condições de trabalho dos profissionais de enfermagem no enfrentamento da pandemia da Covid-19 no Brasil e no mundo têm demonstrado uma sobrecarga de condições laborais, sobretudo devido o déficit de profissionais e as preocupações com as medidas de proteção individual, muitas vezes, insuficientes e inadequadas, condições essas que podem levar à exaustão e ao adoecimento (BACKES, 2021).

Ainda é cedo para compreender o resultado deste cenário atual. Pode-se dizer que nunca antes a enfermagem recebeu em tamanha intensidade fatores estressores generalizados às profissões desta categoria, no que diz respeito à necessidade de demonstrar eficiência, agilidade e adaptação (BACKES, 2021).

A limitação no número de profissionais que participaram do estudo pode estar relacionado a este contexto, assim como a falta de facilidade de manuseio com pesquisas virtuais como Google Forms. Este estudo tem outras limitações como o fato de não incluir participantes externos, restringindo-se aos profissionais que atuam no local do estudo.

Durante a fase de Validação foi evidenciado uma baixa adesão, no que tange a resposta ao formulário, das 19 Enfermeiras Obstétricas (EO) convidadas somente 08 (25,8%) responderam ao Formulário e 06 foram excluídas devido ultrapassar o tempo de 10 dias para a resposta do formulário. Esse fato pode estar correlacionado a diversos fatores como os detalhados anteriormente.

A grande maioria das participantes do estudo se tratava de Residentes Obstétricas do 2° ano (74,2 %), sendo que das 25 convidadas 23 responderam ao formulário, sendo considerada uma participação expressiva da categoria.

Observou-se que, a maioria das contribuições surgiu das Residentes de Enfermagem, evidenciando dessa maneira um domínio e propriedade da temática de avaliação no Alto Risco, Pré-Natal e consulta de Enfermagem pelas residentes. A escolha das Residentes de Enfermagem do 2º ano deve-se ao fato de seu ensino-clínico ser realizado predominantemente em ambiente de alto risco, propiciando um aprendizado da temática de gestação de alto risco. O estudo foi realizado com as residentes do 2º ano durante o penúltimo mês de residência de Enfermagem Obstétrica.

A participação das Residentes e das Enfermeiras Obstétricas possibilitou a modificação de itens no formulário, favorecendo dessa forma a validação do conteúdo do formulário para consulta de PNAR. Ressalta-se que a realização de novos estudos e a avaliação do instrumento no cenário do PNAR torna-se imprescindível para sua confiabilidade e efetividade.

Neste estudo o formulário foi reformulado com o aporte e sustentação teórica de Wanda A. Horta, por meio da Teoria das Necessidades Humanas Básicas (TNHB). A utilização da TNHB de W. A. Horta para a fundamentação e análise do formulário deve-se ao fato dessa teoria embasar as características psicobiológicas, psicossociais e psicoespirituais integradas com o meio interno e externo do ambiente das gestantes. Favorecendo a compreensão dos fatores pessoais, familiares e ambientais no processo saúde- doença, sobretudo para o alto risco.

Visto que muitas patologias definidas de alto risco gestacional estão enraizadas na compressão das necessidades humanas do indivíduo. Como traz Horta (1979), que a doença seria um estado de desequilíbrio de tais necessidades do ser humano e deste com o mundo à sua volta, o que geraria os problemas de enfermagem: estados de desconforto, insatisfação e necessidade da assistência profissional da Enfermagem.

Observa-se como uma limitação relacionada à TNHB, corroborando com Tavares (2019), o número escasso de estudos sobre a temática atrelada ao pré-natal.

O formulário permite identificar possíveis fatores de risco gestacionais na consulta de enfermagem no PNAR, assim como elencar a progressão destes fatores e patologias associadas. Foi reestruturado de forma a dar maior eficiência e efetividade nas primeiras consultas, de forma especial na primeira consulta, visto que elas demandam um maior tempo para a sua realização para a coleta de informações, além de ter uma grande quantidade de impressos a serem preenchidos até o momento atual.

As informações e os itens foram construídos visando à consulta de enfermagem e melhoria do impresso utilizado no serviço, para que a consulta de PNAR pudesse ter uma sistematização da assistência.

A construção do formulário para a consulta de Enfermagem de PNAR exigiu aprofundamento científico para a etapa de construção e exigiu rigor metodológico a fim de garantir a imparcialidade na avaliação por meio do Google Forms. Junta-se a isso, o fato da pesquisa se realizar durante o período da Pandemia do COVID-19, onde não foi possível a realização de coleta de dados de forma manual ou por meio de impressos físicos. Dessa forma, o formulário Forms favoreceu a coleta e a imparcialidade na avaliação entre participantes e pesquisadores.

O predomínio das Necessidades Humanas Básicas psicobiológicas deve-se a demanda que as condições de saúde/doença das gestantes são solicitadas, sendo que o PNAR envolve um maior monitoramento dessas condições, exigindo certamente, cada vez mais, Enfermeiras Obstétricas capacitadas para as diversas situações encontradas no atendimento de alto risco.

A etapa de validação permitiu garantir o alcance do objetivo do estudo, sendo que a grande maioria alcançou mais de 80% do índice de aceitação da aparência do impresso em cada seção validado pelos participantes (Tabela 1). Após todas as etapas do estudo o impresso foi reformulado (Apêndice) e pretende-se que o mesmo seja inserido durante as consultas de enfermagem, a fim de dar mais sustentação à prática da Enfermeira Obstétrica no Processo de Enfermagem.

Tabela 1. Distribuição do Índice de aceitação/ Porcentagem de concordância.

ITEM% DE ACEITAÇÃO
Identificação90,3
Gravidez Atual87,1
Ultrassonografia90,3
Antecedentes Pessoais77,4
Antecedentes Familiares90,3
História ginecológica83,9
Vacinas86,7
Exame Físico Exame Gineco-Obstétrico100
Exames83,9
Medicamentos83,9
Hipótese diagnóstica Diagnóstico de Enfermagem87,1

Espera-se que o instrumento seja inserido como ferramenta para consulta de enfermagem no serviço ambulatorial especializado, em virtude da escassez de materiais validados para consulta de PNAR, que possibilitem a documentação da assistência de enfermagem a este público de forma assertiva.

Como traz Silva et al (2019) o Enfermeiro tem mostrado tamanha importância com suas atribuições quando se trata do mesmo utilizar o processo de Enfermagem nas consultas de pré-natal, utilizando de instrumentos que servirão como subsídios para planejarem suas ações intervencionistas. Mostrando dessa forma a necessidade da utilização da Sistematização da Assistência de Enfermagem como ferramenta indispensável para a prática profissional.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que este estudo foi capaz de validar um Formulário com informações necessárias para facilitar a comunicação entre os profissionais da Enfermagem Obstétrica e equipe multidisciplinar que realizam a assistência de pré-natal de alto risco, com a contribuição destes profissionais para sua construção.

O formulário poderá auxiliar na sistematização da assistência de enfermagem por meio da consulta de enfermagem/Processo de enfermagem, organizando o seu trabalho e permitindo realizar suas competências como Enfermeira Obstétrica, como previsto em lei, por meio do planejamento do cuidado e traçando diagnósticos de enfermagem, para assim definir condutas amparadas em seu arcabouço legal visando uma maior autonomia da assistência.

Algumas das limitações do estudo, deve-se ao fato do mesmo ser realizado integralmente em formato online, o que favorece a não adesão de alguns profissionais por questões de não adaptação ao formato e um número reduzido de participantes devido a coleta não ser de forma presencial. Observa-se também como limitação o período vivenciado atualmente, do contexto da pandemia do COVID-19, que favoreceu de certa forma os estudos online e desfavoreceu por outro lado, como citado anteriormente.

Em relação ao formulário, percebe-se como uma das limitações do estudo o volume de informações relacionadas ao alto risco para a reformulação do formulário, na forma em que o mesmo não tivesse excessos de informações ou poluição visual. Agregando assim todas as informações necessárias para a consulta de enfermagem e dessa forma favorecendo a formação de diagnósticos de enfermagem e priorização de condutas.

Sendo o cenário do PNAR, um importante espaço para atuação da Enfermeira Obstétrica por meio da consulta de enfermagem no processo saúde-doença, prevenção de agravos e das altas taxas de morbimortalidade gestacional e puerperal. E em vista do número crescente de gestações de alto risco é preciso novos estudos que propiciem traçar novas demandas e resultados da realização da sistematização da assistência de enfermagem pela Enfermeira Obstétrica nas consultas de PNAR. Este estudo poderá contribuir para a fundamentação e consolidação do Processo de Enfermagem durante os atendimentos voltados à Saúde da Mulher no Pré-Natal de Alto Risco. Observou-se como benefícios, a coleta de dados sistematizada favorecendo o levantamento de problemas e consequentemente facilitando a determinação de possíveis diagnósticos de enfermagem.

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1 Enfermeira Obstétrica formada Hospital Sofia Feldman. Mestranda do MPEA – UFF/ COREN MG. Enfermeira Obstétrica- Saúde da Mulher HC-UFU EBSERH. Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia-MG.

2 Enfermeira pela Universidade Federal de Campina Grande. Especialista residente em Saúde da Família e Comunidade- SMS-PMJP/FCM-PB.

3 Enfermeira assistencial do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes- HU/PAA – EBSERH.

4 Graduada em Enfermagem. Especialista em Saúde da Família – FIP (2009). Especialista em Obstetrícia e Neonatologia – FACENE. Especializanda em Urgência e Emergência e UTI pela Cefapp. Mestra em Educação, trabalho e inovação em medicina, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

5 Graduada em Enfermagem; Especialista em Enfermagem obstétrica e ginecológica; Enfermeira Assistencial na Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) no HU-UFU. 

6 Graduação em Enfermagem. Especialização em Enfermagem Obstétrica.

7 Graduada em Enfermagem. Especialista em Cuidados ao Paciente Critico pelo Sírio Libanês.

8 Enfermeira assistencial na Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH. Residência em obstetrícia e mestranda do mestrado profissional de enfermagem assistencial da Universidade Federal Fluminense – UFF.

9 Enfermeira Saúde da Mulher – HULW na na Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH.

10 Enfermeira – Saúde da Mulher – Obstetrícia na Empresa Brasileira de Serviço Hospitalares – EBSERH. Hospital de Clínicas de Uberlândia HC-UFU

11 Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal de Uberlândia. Especialização em Enfermagem do Trabalho. Especialização em Saúde Pública e da Família. Enfermeira Assistencial EBSERH HC/UFU. Liderança de Enfermagem na Unidade da Saúde da Mulher HC/UFU.

12 Graduada em enfermagem UFPE-CAV.Enfermeira da Unidade de Urgência e Emergência do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia. Pós-graduada em enfermagem em saúde da mulher, ginecologia e obstetrícia. Pós-graduada em saúde coletiva, com ênfase em saúde da família.

13 Graduada em Enfermagem. Doutora em História ê Cultura, Professora Associada I na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), MG, Brasil, Coordenadora e Fundadora do Laboratório Avançado em Estudos de Gênero (LGV) da Universidade Federal de Uberlândia.