NURSING CARE IN THE CHALLENGE OF BREASTFEEDING
REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.11183051
Iranete Camargo de Souza ¹
Karen Bianca Alves Pereira Rodrigues ²
Leticia Silva Martins ³
Bruna Mirelly Simões Vieira ¹
Resumo
Introdução: O artigo discute a importância do leite materno e os desafios da amamentação, destacando a necessidade de assistência de enfermagem adequada para puérperas e recém-nascidos. Objetivo: Analisar a assistência de enfermagem à saúde da mulher e do recém-nascido com foco no aleitamento materno em unidades de saúde do município de Porto Nacional – TO. Metodologia: Utiliza-se uma revisão integrativa da literatura, com seleção de 20 artigos publicados entre 2018 a 2024, para entender a visão dos profissionais de saúde da atenção primária sobre as orientações de enfermagem no desafio da amamentação. Resultados Esperados: Espera-se identificar as oportunidades e desafios na prática de amamentação, contribuindo com orientações e esclarecimentos integrados e humanizados para superar inseguranças e dificuldades na amamentação.
Palavras-chave: Aleitamento Materno. Cuidados de Enfermagem. Cuidado. Pré-Natal.
Summary
Introduction: The article discusses the importance of breast milk and the challenges of breastfeeding, highlighting the need for adequate nursing care for postpartum women and newborns. Objective: To analyze nursing care for the health of women and newborns with a focus on breastfeeding in health units in the city of Porto Nacional – TO. Methodology: An integrative review of the literature was used, with a selection of 20 articles published between 2018 and 2024, to understand the view of primary care health professionals on the guidelines nursing in the challenge of breastfeeding. Expected Results: It is expected to identify opportunities and challenges in the practice of breastfeeding, contributing with integrated and humanized guidance and clarifications to overcome insecurities and difficulties in breastfeeding.
Keywords: Breastfeeding. Nursing care. Prenatal care.
1 INTRODUÇÃO
O ser humano, desde o início de sua existência, sempre dependeu do leite materno para garantir a sobrevivência da sua espécie na primeira etapa da sua vida. Ao longo da história a amamentação apesar de ser biologicamente determinada pelo seu molde condicionado aos valores culturais muito deles hoje considerados prejudiciais para essa prática e consequentemente para a saúde da criança (INFANTI, 2022.)
Entende-se que a assistência de enfermagem à puérpera é muito importante para estimular o aleitamento materno como uma experiência gostosa, positiva e satisfatória para a mulher. As orientações durante o pré-natal são relevantes, e, normalmente, depois do parto a atuação profissional se faz imprescindível (SILVA, et al.,2020.)
O leite materno para a criança é um alimento ideal pois nele contém muitos benefícios e nutrientes que ajudam na imunidade na proteção contra infecções como diarreia, alergias e doenças respiratórias. Somente o leite materno oferece isso, pois além desses pontos positivos cria um vínculo entre mãe e bebê. Esses benefícios envolvem também a saúde da mãe de futuros problemas, e a amamentação reduz a mortalidade infantil justamente porque o leite protege a criança, tornando-a, mas resistente (LIMA, 2018).
As orientações sobre o aleitamento materno no Pré-Natal ainda é muito pouco. A consulta não aborda esse assunto, e muitas mulheres ainda saem com muitas dúvidas sobre a amamentação. É preciso que esse acolhimento seja inserido para melhor ouvir e ajudar essas mães. Desenvolvendo estratégias sobre a amamentação e levando informações sobre a importância e benefícios do leite materno (BEZERRA, 2020).
O enfermeiro deve identificar as oportunidades que podem assegurar a educação sobre a prática de amamentação, enfermagem neste momento entra como o reconhecedor dos processos que podem dificultar a amamentação, sendo de grande consequência para mãe e para a criança. Assim, a enfermagem contribui com a orientação e esclarecimentos integrados, humanizados e com respeito, ajudando na superação de inseguranças e dificuldades (SANTOS, 2019).
E nesse ponto que a assistência de enfermagem entra, pois, essas orientações de enfermagem são conceituadas como um método de prestação de cuidados para a obtenção de resultados satisfatórios na implementação da assistência, com o objetivo de reduzir as complicações, de forma a facilitar a adaptação do paciente (MARCHIORI, et al., 2018).
A enfermagem é quem orienta a tirar as dúvidas da mulher sobre amamentar e inventiva também sobre a amamentação. Assim o enfermeiro irá identificar precocemente suas dificuldades, com fissuras mamilares, posição incorreta da mama, posição incorreta na hora de amamentar. Logo, com a assistência, o enfermeiro poderá evitar tais problemas através das orientações, instrução à gestante no que diz respeito à gravidez, parto, e nos cuidados com o bebe e amamentação. A enfermagem também tem o papel de realizar as orientações prévias ao nascimento, assim como no pós-parto, a amamentação com os objetivos reduzir as dificuldades que possam surgir (LIMA, et al., 2021.)
Deste modo, esse artigo acadêmico tem como objetivo primordial de analisar a assistência de enfermagem à saúde da mulher e recém-nascido com foco no aleitamento materno em unidades de saúde do município de Porto Nacional –TO.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU REVISÃO DA LITERATURA
Em 1981, o Ministério da Saúde lançou o Programa Nacional de Estímulo ao Aleitamento Materno (PNEAM) com o objetivo de elevar os índices de amamentação. A partir dessa iniciativa, houve um trabalho de educação dos profissionais da área da saúde, destacando a importância de todos na promoção, apoio e estímulo à amamentação. A amamentação é a melhor forma natural de fortalecer o vínculo, amor, proteção e alimentação para o bebê, sendo a maneira mais sensata, econômica e eficaz de reduzir a mortalidade infantil. Além disso, tem um grande impacto na promoção da saúde completa da mãe e do bebê, trazendo alegria para toda a comunidade (BRASIL, 2019).
A enfermagem é uma profissão que está diretamente ligada com a assistência em saúde das pessoas, pelo bem do indivíduo, família, e comunidade em geral, neste sentido, fica o cuidado sendo um critério direto para o cuidado, assim sendo, a assistência de enfermagem voltada para a saúde da mulher e do recém-nascido é fundamental pelas vertentes que a puérpera necessita após o nascimento, e o RN para o desenvolvimento (ALMEIDA, 2020).
Neste sentido, segundo Amorim (2019), o leite materno é uma substância de alta qualidade que tem uma forte ação protetora e imunológica, bem como uma grande complexidade biológica. O alimento é reconhecido como proteção natural contra alergias e infecções, além de estimular o desenvolvimento saudável do sistema imunológico do bebê. Devido à sua riqueza de nutrientes, o leite materno se destaca entre todos os outros tipos de alimentos. Uma criança que só toma leite materno até os seis primeiros meses de vida tem menos probabilidade de desenvolver certas doenças, bem como atrasos no crescimento e no ganho de peso.
Deste modo, em algumas circunstâncias, as mulheres enfrentam desafios durante o período da amamentação. A forma e a dimensão dos mamilos podem ser motivos de preocupação para as gestantes e mulheres amamentando, pois podem dificultar a alimentação adequada da criança. Entre o terceiro e o quinto dia após o parto, o aumento rápido do volume de leite pode fazer com que as mamas fiquem cheias ou ingurgitadas. Para evitar isso, você deve aprender a ordenhar manualmente antes de mamar, pois isso pode causar congestão vascular. Durante a amamentação, as fissuras nos mamilos são comuns, mas são uma indicação de desmame precoce. Portanto, é necessário descobrir o que causa essas fissuras (DE CARVALHO, 2018).
No que diz respeito à valorização do aleitamento exclusivo nos seis primeiros meses, isso é relativamente novo. Isso foi notado no final dos anos 80 porque havia evidências de que a suplementação precoce de alimentos que não fossem leite materno prejudicava a saúde das crianças. O Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno (PNIAM), é uma autarquia ligada ao Ministério da Saúde, criou o Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno (PNIAM) em 1981. Com sua criação, iniciou sua prática e valorização (BRASIL, 2019).
De acordo com os dados obtidos, são diversas as dificuldades na amamentação encontradas pelas genitoras, onde muitas enfrentam processo de primeira gestação, onde dificulta ainda mais o processo de desenvolvimento e entendimento da produção do leite, sendo essencial uma assistência integrada e rede de apoio para a gestante, que diante dos fatos, observa-se que as principais dificuldades para gestação são: demora da nascida do leite, criança com dificuldades de sucção, mamilo plano ou invertido, mamilos doloridos ou machucados, ingurgitamento mamário, mastite, bloqueio dos ductos mamários, baixa produção láctea, adoção de uso de drogas ilícitas pelas genitoras e não desejo em amamentação das mesmas (MARQUES, et.al. 2020).
Com base no levantamento bibliográfico, foi realizado uma pesquisa pela MindMiners (2022), uma empresa que visa a qualidade de vida empresarial e afastamento de empregados com 1800 genitoras brasileiras, na qual 40% das gestantes total apresente um ou mais tipos de dificuldades em amamentação até o 6 mês de vida do filho, necessitando de ajuda ainda mais no primeiro mês, com rede de apoio centralizada no lactante. De acordo com o gráfico 1, é possível analisar os principais fatores desencadeados pelo processo de dificuldades na amamentação de acordo com MindMiners.
Gráfico 1: Dificuldades em amamentação das gestantes.
Fonte: MindMiners (2022).
Diante dos dados apresentados, é importante destacar que a dor em amamentação é um dos principais fatores para complicações e dificuldades na gestação, fomentando ainda mais o processo de abandono de amamentação, outro fator analisado que a pega incorreta do bebê é a causa mais comum de dor ao amamentar. Uma pega inadequada pode causar danos aos mamilos devido à fricção excessiva, além de dificultar a saída do leite e comprometer a nutrição da criança.
Deve-se observar fatores relacionados com processo vazamento de leite, que é comum na produção excessiva do mesmo, fazendo com que perca leite, e faz com que a genitora sofra ainda mais na amamentação pelo processo também de dor, pelo extravasamento, aumenta o tamanho dos seios, o que provoca o desconforto do mesmo.
Neste sentido, foi feita uma pesquisa por outro lado da Escola Paulista de Enfermagem de 2018, refere que em um levantamento realizado com 200 genitoras, demonstra que quase 50% das puérperas apresentam dificuldade em amamentação, sendo dessas 30% mães solo sem rede de apoio.
Ainda dentro dos resultados, encontra-se demais fatores que englobam o processo demasiado de dificuldades em gestação como por exemplo, de acordo com o COREN – SP (2020), uma em cada seis gestantes apresentam quadro de abandono na amamentação antes dos 6 meses devido processo de déficit na amamentação por questões fisiológicas.
Entende-se que o processo de amamentação é uma tarefa que exige muitos sentidos da genitora, social, emocional e mental e físico pela consequência de cansaço, esforço físico e por se tratar de uma região que está sendo colocada para produzir leite ao RN. A amamentação, que estimula o recém-nascido e contribui fundamentalmente para seu crescimento e desenvolvimento, fortalece o aleitamento materno. Nesse sentido, diante das dificuldades apresentadas na amamentação pelo contexto de busca na literatura, os autores reforçam a problemática que se torna o contexto mesmo em situações onde a gestação é planejada e mesmo quando se tem uma rede de apoio (JUNQUEIRA, 2021).
De acordo com Rego (2020), apesar da recomendação e dos benefícios do AM, as taxas de amamentação global ainda são baixas e existem várias razões para isso. As mulheres podem querer amamentar, mas durante todo o ciclo gravídico puerperal, encontram obstáculos sociais, culturais e políticos que prejudicam seu início e continuidade, isso corrobora com estudos da OMS, em salientar-se a amamentação exclusiva até o 6 mês de vida.
Outrossim, segundo Hugo (2018), no nível individual, a mãe e o filho passam por um período de aprendizado que pode ser positivo ou negativo para a escolha do tipo de AM e sua duração. As dificuldades que surgem no início da amamentação são comuns e podem aumentar a probabilidade de desmame precoce. Os fatores psicossociais, a produção láctea, o estado nutricional e a satisfação da criança, o estilo de vida e a condição de saúde da mulher e a dor ao amamentar e os problemas com o posicionamento e pega da criança na mama são algumas das coisas que podem atrapalhar a continuidade da amamentação.
Desta forma, encontra-se diante das dificuldades a figura crucial do enfermeiro a assistência para as genitoras e os lactantes em processo de amamentação, sendo esse o profissional responsável pelo processo de inclusão para estimulação da amamentação, diminuição do processo de dor, e demais complicações que possa ter no serviço de ordenha (PEREIRA; BACHION, 2018).
3 METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo baseado em uma revisão integrativa da literatura, que é um método de pesquisa que permite a síntese de múltiplos estudos publicados e possibilita conclusões gerais a respeito de uma particular área de estudo.
Foram utilizadas as seguintes etapas para a construção desta revisão: identificação do tema; seleção da questão de pesquisa; coleta de dados pela busca na literatura e nas bases de dados eletrônicos, com estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão para selecionar a amostra; avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa; interpretação dos resultados; apresentação dos resultados evidenciados.
A questão norteadora da pesquisa foi: qual a percepção dos profissionais de saúde da atenção básica sobre a visão sobre as orientaçoes de enfermagem no desafio da amamentação? Para responder tal questionamento foi executada uma busca utilizando as combinações possíveis com os descritores (DeCS) “Desafio da Amamentação”, “Assistência de enfermagem”, “Aleitamento Materno” e “Enfermagem na Amamentação” nas seguintes bases de dados, por ordem de consulta: Scientific Electronic Library Online (SciELO) e PubMed, um motor de busca de livre acesso à base de dados, onde foram encontrados, respectivamente, 867 e 5.145 trabalhos.
Os critérios de inclusão do estudo foram: artigos disponíveis gratuitamente com texto completo; estudos publicados nos idiomas português, inglês e espanhol; artigos que trouxessem dados da percepção da Assistência de enfermagem na Amamentação; artigos publicados e indexados nos referidos bancos de dados. Foram excluídos artigos disponíveis apenas em resumo, artigos duplicados entre as bases de dados, estudos publicados em fontes que não sejam disponíveis eletronicamente, comentários e cartas ao leitor, bem como artigos que não abrangiam o tema escolhido. Sendo selecionados ao final 20 artigos publicados entre os anos de 2018 a 2024.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES OU ANÁLISE DOS DADOS
Após pesquisa nas bases de dados escolhidas e posterior aplicação dos critérios de exclusão, assim como definição de intervalo de tempo entre os anos de 2018 a 2024, foram selecionados 20 estudos. Para organização desses estudos, os resultados foram categorizados no quadro 1, apresentados de forma descritiva quanto aos seus delineamentos, resultados e discussões.
Quadro 1.
Artigo | Autores | Titulo | Ano de publicação | Nome da revista | Delineamento do estudo | Resultados | Conclusão |
A1 | Janaina Keren Martins de Carvalho, Clecilene Gomes Carvalho, Sérgio Ricardo Magalhães | A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO ALEITAMENTO MATERNO | 2020 | e-Scientia | Este é um estudo exploratório embasado em levantamento teórico científico | Como o enfermeiro é o profissional que mais estreitamente se relaciona com a mulher durante o ciclo gravídico-puerperal e tem importante papel nos programas de educação em saúde, durante o pré-natal, ele deve preparar a gestante para o aleitamento, para que no pós-parto o processo de adaptação da puérpera ao aleitamento seja tranquilo, evitando assim, dúvidas, dificuldades e possíveis complicações. | O leite materno é um alimento vivo, completo e natural, adequado para quase todos os recém-nascidos, salvo raras exceções. É uma das maneiras mais eficientes de atender os aspectos nutricionais, imunológicos e psicológicos da criança em seu primeiro ano de vida. |
A2 | Angélica Xavier da SilvaGeórgia Freitas Rolim MartinsMateus Demetrius CavalcantiPatrícia Cristina Galvão de FrançaAílton de Oliveira e Silva JúniorJacqueline de Araújo Gomes | Assistência de enfermagem no aleitamento materno exclusivo: uma revisão integrativa | 2019 | Brazilian Journal of Health Review | Trata-se de revisão integrativa embasada em artigos científicos encontrados na BVS, Scielo e BIREME. | A análise permitiu conhecer que diante da complexidade do processo de aleitamento, desde a quebra de paradigmas sociais e pessoais, que permeiam questões como: quantidade do leite, insuficiência de nutrientes, o desmame no momento correto, demanda livre e espontânea, o enfermeiro participa com agente educador em saúde, sanando dúvidas e promovendo saúde. | È nesse cenário que a prática do profissional enfermeiro se reforça, e não apenas os conhecimentos básicos e habilidades no aleitamento materno são suficientes, pois ele precisa ter habilidade de se comunicar, promovendo o aconselhamento, o que não significa dizer à mulher o que ela deve fazer e sim significa ajudá-la a tomar decisões, após ouvi-la, entendê-la e dialogar com ela sobre os prós e contras. |
A3 | Enfermagem e aleitamento materno: combinando práticas seculares | Isília Aparecida Silva | 2020 | Revista da Escola de Enfermagem da USP | A metodologia utilizada foi uma revisão narrativa. Foram selecionados 30 artigos que abordam o tema em estudo. | A assistência à prática da amamentação, como um dos fatores de promoção à saúde materno-infantil, tem sido incrementada através de inúmeras iniciativas de órgãos governamentais e não governamentais. No entanto, a mulher ainda encontra dificuldades para o acesso à assistência especializada para resolução de problemas relativos ao aleitamento e lactação, após a alta hospitalar. | A assistência constitui-se no ensino de técnicas simplificadas de manejo do aleitamento, e segue um modelo teórico construído com base no Interacionismo Simbólico. Todas as mulheres atendidas conseguiram manter a amamentação ou relactar com sucesso. |
A4 | Aleitamento Materno: Contribuições da Enfermagem | Élida Caetano da Cunha e Hedi Crecencia Heckler de Siqueira | 2019 | Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde | A presente pesquisa caracteriza-se como revisão integrativa da literatura. | Os resultados apontam as dificuldades encontradas durante o processo de aleitamento materno e as lacunas existentes, bem como o envolvimento das mães na nobre função de amamentar. As pesquisas assinalam a importância do preparo da enfermagem na atuação no aleitamento materno e a consideram como sendo fundamental, quer seja na assistência hospitalar como nas unidades básicas, por meio do conhecimento, informações e compartilhamento com as mães na nobre missão de amamentação materna. | O processo de aleitamento materno é de alta complexidade, envolvendo não só o binômio mãe/filho, mas também o núcleo familiar e os profissionais de saúde, que possuem funções irrevogáveis em atuação, em que a preparação das nutrizes deve ter início desde o pré-natal até o puerpério. |
A5 | Conhecimento de estudantes de um curso de Enfermagem sobre aleitamento materno | Heloisa França Badagnan, Helena Sarno de Oliveira, Helena Sarno de Oliveira, Flávia Azevedo Gomes. | 2022 | Acta Paulista de Enfermagem | Estudo de abordagem quantitativa, observacional, transversal e descritivo desenvolvido em uma universidade pública do estado de São Paulo. | Participaram da pesquisa 66 alunos do 1º ano e 64 do 4º ano. A média de acertos dos alunos do 1º ano foi de 9,9 questões e do 4º ano foi de 17,8 questões (Teste de Mann-Whitney: 35,1 vs. 96,8 [p<0,000]). Em todos os blocos de perguntas os alunos do 4º ano obtiveram maiores escores. | Verificou-se a necessidade de maiores esforços e incentivo para o aproveitamento de outras oportunidades durante a graduação, que possibilitem ao aluno um melhor desempenho para atuar com confiança na prática em prol da amamentação. |
A6 | Desafios e potencialidades na assistência de enfermagem no aleitamento materno | Luzia Fabiana de Sousa, Rogério Carvalho de Figueredo, Renata Cristina Correia da Silva Amorim, Rafael Souza Silva. | 2019 | Revista Remecs – Revista Multidisciplinar de Estudos Científicos em Saúde | Um estudo exploratório-descritivo, de abordagem qualitativa, fundamentados em artigos científicos publicados em revistas brasileiras indexados nas bases de dados MEDLINE, LILACS e SCIELO | Os desafios identificados foram relacionados à desinformação sobre a importância da amamentação durante o período gravídico puerperal; inferências culturais que dificultam a adesão do aleitamento materno exclusivo; e a dinâmica de trabalho da equipe de enfermagem. | Por ser o profissional com maior contato com a mulher em seu período gravídico puerperal, o vínculo entre ambos se torna uma das principais potencialidades para efetivação da amamentação, fortalecida principalmente pela comunicação efetiva em educação em saúde. |
A7 | Tecnologias de enfermagem para promoção do aleitamento materno: revisão integrativa da literatura | Emanuella Silva Joventino, Regina Cláudia Melo Dodt, Maria Vera Lúcia Moreira Leitão Cardoso. | 2021 | Revista Gaúcha de Enfermagem | Um estudo exploratório-descritivo, nas bases: CINAHL, Scopus, PubMed e LILACS. Encontraram-se 127 referências, das quais dez participaram da análise por atenderem aos critérios de seleção do estudo | Verificou-se que a maioria dos estudos (6 – 60%) foi encontrada no Pubmed, na língua inglesa (8 – 80%) e não citou o tipo de estudo (4 – 40%). Identificaram-se 13 tipos de tecnologias para o cuidado, classificadas como dura (8 – 61,5%) e leve (5 – 38,5%), cujo principal público-alvo foi mães de crianças (9 – 90%), sendo a tecnologia mais utilizada o vídeo/filmagem (4 – 40%). | Assim, deve-se estimular o uso de tecnologias, sobretudo as consideradas leves e leves-duras, por serem práticas, facilmente desenvolvidas e aplicáveis. |
A8 | Utilização do diagnóstico de enfermagem segundo a classificação da NANDA, para a sistematização da assistência de enfermagem em aleitamento materno | Ana Cristina F. Vilhena Abrão, Maria Gaby R. de Gutiérrez, Heimar de Fátima Marin. | 2022 | Revista Latino-Americana de Enfermagem | Pesquisa exploratório. A coleta de dados foi feita durante a consulta a puérpera, agendada previamente entre o 7º e 15º dia pós-parto. Para esta coleta, utilizou-se o instrumento apresentado a seguir. | Os diagnósticos encontrados em percentuais acima de 50% foram: déficit de conhecimento (100,0%); distúrbio no padrão do sono (75,0%); alteração no padrão de sexualidade (75,0%); amamentação ineficaz (66,6%) e mobilidade física prejudicada (66,6%). | Este estudo teve por objetivos descrever a reformulação de um instrumento utilizado na consulta de enfermagem à puérpera, com base na classificação dos diagnósticos de enfermagem, segundo a Taxonomia I-revisada da American Nursing Diagnosis Association – NANDA. |
A9 | O ENFERMEIRO NO INCENTIVO AO ALEITAMENTO MATERNO | Douglas Ferreira Rocha Barbosa. Rosane Pereira dos Reis | 2020 | Revista Eletrônica Da Estácio Recife | Foram localizados no total de 234 resultados referente aos cruzamentos que contribuíram para a seleção dos artigos científicos nas bases de dados: 05 artigos na MEDLINE, 04 artigos no LILACS, 03 artigos na BDENF e 04 artigos na SCIELO, totalizando 16 artigos científicos. | Diante deste estudo, entendeu-se o papel fundamental do profissional da Enfermagem para o incentivo materno ao aleitamento, sabendo-se que a gestante após o parto deverá estar confiante e independentes em relação à prática do mesmo, o enfermeiro deve esclarecer de forma clara e objetiva as necessidades durante todo o período do pré-natal, desde o seu início. | o enfermeiro é o profissional que estar mais próximo da gestante, pois o mesmo a acompanha durante o pré-natal e posteriormente, também nas consultas de puericultura. É a partir dessas consultas que ele deve incentivar a prática do aleitamento materno, permitindo que a mãe tire suas dúvidas, revele suas dificuldades, anseios e seus medos. |
A10 | ALEITAMENTO MATERNO: UMA ABORDAGEM SOBRE O PAPEL DO ENFERMEIRO NO PÓS-PARTO | Nilza Alves Marques Almeida. Aline Garcia Fernandes. Cleide Gomes de Araújo | 2018 | Rev. Eletr. Enferm. | Este estudo, de caráter descritivo, objetivou identificar a atuação do enfermeiro na promoção, incentivo e apoio ao aleitamento materno no pós-parto imediato. | Os resultados revelaram que: 1) Todas as enfermeiras têm atuação e conhecimento específico em aleitamento materno; 2) Duas das maternidades possuem equipe multiprofissional de promoção, incentivo e apoio ao aleitamento materno, com participação do enfermeiro, e receberam o título de “Hospital Amigo da Criança”; 3) Somente uma maternidade apresenta estrutura física adequada, banco de leite humano e quantitativo de enfermeiros suficiente para a atuação eficaz e direcionada ao aleitamento materno; | A atuação do enfermeiro na promoção, no incentivo e apoio ao aleitamento materno foi mais expressiva e efetiva na maternidade que apresenta filosofia, estrutura física e equipe multiprofissional de referência no parto humanizado. Esta maternidade recebeu os títulos de “Hospital Amigo da Criança” e “Maternidade Segura”. |
A11 | IMPORTÂNCIA DA ENFERMAGEM FRENTE À ASSISTÊNCIA PRIMÁRIA AO ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO NA ATENÇÃO BÁSICA | Evaldo Lustosa. Ronaldo Nunes Lima. | 2020 | Revista Brasileira Interdisciplinar de Saúde – ReBIS | Pesquisa bibliográfica de revisão integrativa de literatura considerando a relevância do tema, buscando conhecer sob o olhar de alguns autores. Foram utilizados como critérios de inclusão 15 artigos científicos de 2008 a 2019 | O leite materno contém vitaminas e água suficientes; propriedades anti-infecciosas e fatores de crescimento; proteínas e minerais em quantidades adequadas e de fácil digestão; quanto aos lipídios, é suficiente em ácidos graxos essenciais, lípase para digestão; ferro em pouca quantidade e boa absorção. | O papel da enfermagem é garantir através da promoção, proteção e prevenção a prática do AME, não só através da informação, mas principalmente pela implementação de ações que envolvam a gestante e sua família durante o pré-natal, parto e pós-parto. |
A12 | AVALIAÇÃO DOS PROBLEMAS RELACIONADOS AO ALEITAMENTO MATERNOA PARTIR DO OLHAR DA ENFERMAGEM | Manoel Dias de Souza Filho, Pedro Nolasco Tito Gonçalves Neto, Maria do Carmo de Carvalho e Martins. | 2022 | Cogitare Enfermagem, vol. 16 | Estudo qualitativo com inspiração fenomenológica, cujo objetivo foi investigar os problemas relacionados aoaleitamento | As informações foram obtidas por meio de entrevista com a abordagem de conteúdos teóricos e habilidades para o cuidado e problemas relacionados ao aleitamento, e interpretados mediante análise temática. Emergiram como categorias: problemas relacionados ao aleitamento, medidas adotadas pela equipe de enfermagem para prevenção dos problemas maternos relacionados ao aleitamento, e responsabilidade da equipe de enfermagem na prevenção dos problemas maternos relacionados ao aleitamento | Os profissionais buscam, por meio de medidas educativas e de promoção de saúde, ajudar as mulheres a desenvolver estratégias para prevenção de problemas no aleitamento materno. |
A13 | Importância da assistência de enfermagem para a promoção do aleitamento materno | Quezia Aline Ferreira PalhetaMaria de Fatima Rodrigues Aguiar | 2021 | Revista Eletrônica Acervo Enfermagem | Trata-se de um estudo qualitativo de abordagem descritiva. A pesquisa foi realizada no Maternidade Mariana Bulhões | A atuação dos profissionais da enfermagem é fundamental para a difusão dessa prática e consiste em um conjunto de ações educativas destinadas às mães e seus familiares. Dentre os profissionais da equipe multiprofissional de saúde, os(as) enfermeiros(as) atuam diretamente na promoção do aleitamento materno, difundindo conhecimentos e práticas às mães e aos seus familiares e dessa forma contribuem diretamente para a promoção da saúde e qualidade de vida de lactentes e lactantes. | O aleitamento materno é uma prática reconhecida cientificamente como responsável pelo atendimento de todas as carências nutricionais do recém-nascido e incide diretamente sobre a redução da taxa de mortalidade infantil. Além disso, proporciona benefícios físicos e emocionais para mãe e bebê, mas apesar dos seus benefícios o aleitamento materno não é realizado por muitas mães. |
A14 | A influência do retorno ao trabalho no aleitamento materno de trabalhadoras da enfermagem | Lourdes Maria Nunes Almeida, Maithê de Carvalho e Lemos Goulart, Fernanda Garcia Bezerra Góes, Fernanda Maria Vieira Pereira Ávila. | 2022 | Escola Anna Nery | pesquisa qualitativa, desenvolvida por meio de formulário semiestruturado, via Google Forms, junto a 49 trabalhadoras de enfermagem do estado do Rio de Janeiro. | o aproveitamento do corpus textual foi de 88,24%, gerando quatro classes de segmentos de texto. As principais influências do retorno ao trabalho na amamentação relatadas pelas participantes foram: a falta de apoio dos chefes e colegas de trabalho, a necessidade de local e tempo adequados para ordenha do leite materno, a diminuição na produção de leite por fatores inerentes ao trabalho e sobrecarga e ambientes insalubres de trabalho na enfermagem. | a identificação desses fatores possibilita a compreensão das demandas das nutrizes participantes e aponta para a necessidade de estratégias inovadoras, que garantam o direito das trabalhadoras, assim como adequações de infraestrutura em seus ambientes laborais. |
A15 | Conhecimento de nutrizes sobre aleitamento materno: contribuições da enfermagem | Martins, Daniela Pereira; Góes, Fernanda Garcia Bezerra; Pereira, Fernanda Maria Vieira; Silva, Laura Johanson da; Silva, Liliane Faria da; Silva, Maria da Anunciação | 2022 | Rev. enferm. UFPE on line | estudo qualitativo, do tipo descritivo, desenvolvido com 20 nutrizes do Alojamento Conjunto de um hospital municipal localizado em Rio das Ostras/RJ, Brasil, a partir de um roteiro de entrevista semiestruturado cujos dados foram submetidos à análise temática. | as nutrizes reconhecem que o aleitamento materno é benéfico para imunidade/prevenção de doenças, nutrição, crescimento e desenvolvimento da criança. Contudo, existe um misto de saberes e dúvidas relacionado à duração, exclusividade e manejo prático da amamentação, envolvendo tempo entre mamadas, pega, posição e cuidados com as mamas. | existe deficit no conhecimento de nutrizes sobre o aleitamento materno. As implicações dos achados do estudo recaem para o necessário investimento em estratégias educativas dialógicas que possibilitem ao enfermeiro reconhecer as dúvidas maternas para a promoção de apoio e orientação efetivos.(AU). |
A16 | ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO PSF SOBRE ALEITAMENTO MATERNO | Edson Ribeiro de Andrade. Marinete Martins Amorim | 2021 | Revista Perspectivas online | A pesquisa bibliográfica realizada caracteriza-se num estudo, a partir de material já elaborado, constituído principalmente de 16 livros, 3 artigos de periódicos, 2 guias, 2 revistas eletrônicas, 1 álbum seriado, 1 dissertação de mestrado, 4 manuais. | O enfermeiro capacitado em aleitamento materno poderá estar trabalhando junto à população não somente prestando assistência, mas também na promoção e educação continuada de forma efetiva, mais concernente com as demandas de treinamento, com a atualização dos que atuam no pré-natal e reciclando seus conhecimentos, sendo que este é um dos principais objetivos do Programa de Saúde da Família para prevenir agravos e doenças. | Buscou-se conhecer o grau de dificuldades das gestantes, através da percepção entre algumas puérperas (mulheres que estão num período de até 3 meses após o parto) com alguns obstáculos em amamentar seus bebês, contribuindo desta forma, para a redução do desmame precoce e da morbi-mortalidade (capacidade de produzir doença num grupo de indivíduos, numa proporção de óbitos em uma comunidade, em determinado período de tempo) infantil. |
A17 | CONSEQUÊNCIAS E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NO ALEITAMENTO MATERNO E A PREVENÇÃO DO DESMAME PRECOCE | Ester Tavares Passos, Maria do Socorro Celestino.Gabriela Meira de Moura Rodrigues | 2022 | Revista Brasileira Interdisciplinar de Saúde – ReBIS | Trata-se de uma revisão de literatura baseada em artigos e dissertações encontradas nas bases de dados Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) | Há evidências de que o aleitamento materno ainda é generalizado em muitas partes do mundo devido a fatores sociais, culturais e econômicos. A prática da amamentação é muito influenciada pelo ambiente em que a nutriz é introduzida; e que, para uma amamentação bem-sucedida, a mãe precisa de incentivo e apoio constante não só dos profissionais de saúde, mas também de sua família e daqueles que a cercam. Palavras-chave: Alimentado no peito, desnutrição, nutrição, prénatal e recém-nascido. | O leite é uma importante fonte de nutrição para bebês e a nutrição básica para seu desenvolvimento. O aleitamento materno exclusivo possui uma quantidade suficiente de fatores de proteção como vitaminas, proteínas, minerais, ácidos graxos e muitas outras substâncias que são necessárias para o desenvolvimento físico, cognitivo e para a manutenção da boa saúde. |
A18 | Promoção do aleitamento materno na primeira hora de vida do recém-nascido por profissionais da enfermagem | Leite, Maura Fernanda Ferreira da Silva; Barbosa, Priscila Araújo; Olivindo, Dean Douglas Ferreira de; Ximenes, Valessa de Lima. | 2020 | Ciências da Saúde / Medicina / Pesquisa Biomédica | Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de caráter descritivo. As participantes da pesquisa foram 24 puérperas que pariram na maternidade e que aceitaram participar da pesquisa. O instrumento para coleta de dados foi a entrevista semiestruturada. | Os depoimentos revelaram que todas as puérperas possuíam um conhecimento prévio quanto aos benefícios e importância da amamentação e que a maioria das entrevistadas receberam uma assistência humanizada voltada ao incentivo deste ato. | Conclui-se que é importante ressaltar que seja oferecido um apoio profissional na afirmação do contato pele a pele precoce entre mãe e filho, para a elevação de ações de cuidado e que não haja limitações por parte do profissional enfermeiro no espaço que envolva esta interação, visando um bom entendimento entre eles. |
A19 | Aleitamento materno: conhecimento e prática | Mariana de Oliveira Fonseca-Machado. Vanderlei José Haas. Juliana Stefanello. Ana Márcia Spanó Nakano | 2022 | Revista da Escola de Enfermagem da USP | rata-se de estudo observacional, transversal, descritivo e exploratório desenvolvido nas unidades de saúde da família do município de Uberaba-MG, com 85 profissionais de enfermagem | maioria dos profissionais afirmou que, frequentemente, abordava o aleitamento materno nas atividades práticas investigadas. Entretanto, houve uma fraca correlação entre a frequência dessa abordagem e a média de acertos no teste de conhecimento. | As declarações dos profissionais de enfermagem indicam que as orientações sobre aleitamento materno eram feitas independentemente do conhecimento que possuíam |
A20 | Contributos da intervenção de enfermagem de cuidados de saúde primários para a promoção do aleitamento materno | Bruna Porath Azevedo Fassarella.Marise MaleckWanderson Alves Ribeiro. Érica dos Santos Silva Pimenta | 2018 | Revista Latino-Americana de Enfermagem | Trata-se de um desenho quase-experimental, longitudinal, com amostra de 151 primíparas, com menos de 28 semanas de gravidez | A intervenção que se iniciou no pré-parto e se prolongou para o pós-parto, com diversidade de estratégias (consulta individual; curso de preparação para a parentalidade/parto e visita domiciliária) e contextos de intervenção (serviços de saúde e domicílio), teve efeitos significativos na duração do aleitamento materno, não se verificando na prevalência. | Na maioria dos países desenvolvidos, as taxas de iniciação do aleitamento materno são superiores a 90%, diminuindo significativamente até os seis meses, observando-se, nesse momento, o aleitamento materno exclusivo em menos de 25% das crianças |
A21 | Contribuição do enfermeiro ao aleitamento materno na atenção básica | Silva, Luana Santiago da; Leal, Natália Pessoa da Rocha; Pimenta, Cláudia Jeane Lopes; Silva, Cleane Rosa Ribeiro da; Frazão, Maria Cristina Lins Oliveira; Almeida, Francisca das Chagas Alves de | 2020 | Rev. Pesqui. (Univ. Fed. Estado Rio J., Online) | Trata-se de um estudo exploratório e descritivo, com abordagem qualitativa, realizado com 20 usuárias em período de lactação que estão cadastradas em uma Unidade de Saúde da Família do município de João Pessoa, Paraíba, Brasil. | Emergiram duas categorias temáticas Contribuições do enfermeiro para a promoção do aleitamento materno durante o pré-natal e A visita puerperal como instrumento para a promoção do aleitamento materno. | O enfermeiro apresenta um papel fundamental na orientação sobre ao aleitamento materno na atenção básica, desempenhando ações de promoção ainda durante o pré-natal e se estendendo até a visita puerperal |
A22 | CONTRIBUIÇÕES DA ENFERMAGEM PARA O SUCESSO DO ALEITAMENTOMATERNO NA ADOLESCÊNCIA: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA | Lucas Cardoso dos Santos. Anna Paula Ferrari. Vera Lúcia Pamplona Tonete. | 2019 | Revista Cienc. Cuid. Saúde. | Realizou-se revisão integrativa da literatura. | Destacaram-se os estudos que abordaram diferentes tipos de apoio de enfermagem aoaleitamento materno às jovens mães (8) e proteção a esta prática (8), seguidos por aqueles que abordavamações de enfermagem em manejo clínico (6) e de aconselhamento (5). | Conclui-se que, entre as inúmeraspublicações de enfermagem sobre o tema, existe uma incipiente produção de estudos voltados à amamentaçãopor adolescentes, produção que precisa ser ampliada, tendo-se sem vista a relevância deste fenômeno noquadro sanitário atual. |
Durante o pré-natal, o enfermeiro deve perguntar à gestante sobre sua vida anterior, como sua sexualidade, gestações anteriores e histórico de doenças. Também devem ser solicitados exames preconizados. O exame realizado no pré-natal é essencial para prevenir e detectar doenças precocemente. O enfermeiro deve preparar a gestante psicologicamente sobre a fisiologia da lactação, como cuidar das mamas. Ele deve ressaltar que todas as mulheres têm a capacidade de amamentar, que não existe leite fraco e que o leite materno é ideal para as necessidades da criança (JUNQUEIRA, 2021).
O especialista deve aconselhar as mães a ordenhar o leite com intervalos de 2 a 3 horas entre uma ordenha e outra para evitar problemas que possam atrapalhar o aleitamento materno. O especialista também deve informar as mães que o leite tem validade de 24 horas na geladeira e de 15 dias no congelador ou freezer. O profissional de saúde não precisa apenas ter conhecimento e habilidades sobre aleitamento materno; ele também precisa ser capaz de se comunicar bem com os pais e seus familiares (SILVÉRIO; PATRÍCIO, 2022).
Os profissionais de saúde devem educar as grávidas portadoras de HIV sobre como o vírus pode se espalhar durante a gravidez e a lactação. Eles também devem instruí-las a evitar amamentar e a tomar medidas que ajudarão a mãe e o bebê a se comportarem de acordo. As recomendações do Ministério da Saúde (BRASIL, 1995) são as seguintes:
O aleitamento materno cruzado não deve ser realizado, incluindo aquele comumente praticado nos sistemas de alojamento conjunto e pelas tradicionais amas-de-leite. Mulheres infectadas pelo HIV não devem amamentar seus próprios filhos, nem doar leite. Os filhos de mães soropositivas para o HIV que necessitem de leite materno como fator de sobrevivência poderão receber leite se suas próprias mães, desde que adequadamente pasteurizado. Os bancos de leite humano somente utilizarão leite ou colostro, depois de adequada pasteurização, com aquecimento a 62,5 por 30 minutos. Cabe salientar que o simples congelamento ou a liofilização, sem a pasteurização prévia não garante a inativação do HIV (: 9-10).
Diante disso, é notório que as dificuldades enfrentadas pelas genitoras em processo de amamentação diminui gradativamente com um apoio direto dos profissionais de enfermagem, de acordo com um estudo do COREN – SP (2020), refere que 75% das genitoras que foram aconselhadas pelos profissionais de enfermagem em ALCON – Alojamento Conjunto acharam resolutivas as orientações dadas pelos profissionais de enfermagem.
É importante salientar, que mesmo com as orientações prestadas, os fatores relacionados com processo de dificuldade em amamentação podem ocorrer, entretanto, as orientações e cuidados de enfermagem prestado pela equipe diminui as chances de demasiadas complicações, fazendo com que a genitora diminua o processo de dor e tenha cuidados na amamentação, porém mesmo com todos os cuidados, não mescla as dificuldades que podem ocorrer durante ordenha (SILVA, 2023).
5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa teve como objetivo analisar a assistência de enfermagem à saúde da mulher e recém-nascido com foco no aleitamento materno e seus desafios em unidades de saúde do município de Porto Nacional –TO. Com base nos resultados encontrados no desenvolvimento da pesquisa, pode -se indicar que o objetivo foi alcançado. O presente estudo almejou por meio de uma revisão integrativa da literatura, selecionou 20 artigos publicados entre 2018 a 2024, para entender a visão dos profissionais de saúde da atenção primária sobre as orientações de enfermagem no desafio da amamentação.
Dentre os principais resultados destaca – se que o aleitamento materno é um alimento vivo completo e natural e adequado para o desenvolvimento da criança além de atender as necessidades nutricionais, imunológicas e psicológicas de tal. Constatou – se também que os enfermeiros têm atuação e conhecimento específico em aleitamento materno para incentivar a prática e sanar dúvidas e dificuldade, pois é ele quem, mais tem contato com essa gestante, através de consultas Pré- Natal e puericultura. Não só conhecimentos, mas habilidade e empoderamento para se comunicar promovendo qualidade no atendimento a ajudar essa mulher na tomada de decisão sobre a importância desse aleitamento materno, mostrando técnicas corretas no manejo da amamentação a fim de evitar o desmame precose e diminuir o processo de dor. No que tange a dados apresentados, 22% das mulheres abandonam a amamentação consequentemente por causa da dor, e 14% consequentemente causado pela pega incorreta que causa danos ao mamilo provocado pela fricção causando fissuras, dificultando a saida do leite e nutrição adequada da criança. Diante disso, 72% dos genitores relatam que com o apoio dos profissionais da enfermagem através das orientações sobre o processo de amamentar, observaram resultados satisfatórios.
Ademais, os achados dessa pesquisa são úteis para a percepção dos desafios enfrentados pelas mães durante a amamentação. Ele ressalta a importância dos profissionais de saúde como rede de apoio social da puérpera, durante o processo de amamentação.
Embora o estudo tenha fornecido informações valiosas, ele pode ter limitações devido à sua natureza retrospectiva e ao foco especializado em amamentação. Outros estudos futuros podem se favorecer da inserção de um modelo, mas diferenciado ou do uso de pesquisas longitudinais para acompanhar as mães ao longo do tempo. É importante destacar que esses resultados não são conclusivos, sugere – se, portanto, que os próximos estudos sejam usados amostras maiores.
Por fim os objetivos apresentados na introdução foram atingidos. O estudo conseguiu identificar os desafios da amamentação e mostrar a importância do apoio profissional nesse processo.
6 REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Inez Silva; RIBEIRO, Íris Bazílio; RODRIGUES, Benedita Maria Rêgo Deusdará; DA COSTA, Carolina Cabral Pereira; FREITAS, Natália dos Santos; VARGAS, Elis Billion. Amamentação para mães primíparas: perspectivas e Intencionalidade do Enfermeiro ao Orientar. Cogitare Enferm. Jan/Mar; 15(1): 2020.
AMORIM, Marinete Martins; DE ANDRADE, Edson Ribeiro. Atuação do Enfermeiro no PSF Sobre Aleitamento Materno. Perspectivas OnLine 2007-2010, v. 3, n. 9, 2019.
BEZERRA, Ana Emília Meneses; BATISTA, Luiz Henrique Carvalho; SANTOS, Renata Guerda de Araújo. Amamentação: o que pensam as mulheres participantes de um grupo de pré-natal? Revista Brasileira de Enfermagem, v. 73, 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento da Atenção Básica e Nutrição infantil; SAÚDE DA CRIANÇA: Nutrição Infantil, Aleitamento Materno e Alimentação Complementar. Brasília 2019; Série A. Normas Manuais Técnicos Caderno de Atenção Básica, N°23: 9-26.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência a saúde . Portaria n.° 97 de 28 de agosto de 1995.
DE CARVALHO, Marcus Renato. Amamentação: Bases Científicas. 3.ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2018.
HUGO, Issler. O Aleitamento Materno no Contexto Atual: Políticas, Práticas e Bases Científicas. 1ªed. São Paulo: Savier, 2018.
INFANTI, Diana Cintra Freire; DREXLER, Marisa. Breve história do aleitamento materno. Mamãe, eu quero mamar: História, técnica, cultura e psicologia do Aleitamento Materno, 2022.
JUNQUEIRA, P. Amamentação, Hábitos orais e Mastigação – Orientações, Cuidados e Dicas. 2ªed. São Paulo: Revinter, 2021.
LIMA, Ariana Passos Cavalcante; DA SILVA NASCIMENTO, Davi; MARTINS, Maísa Mônica Flores. A prática do aleitamento materno e os fatores que levam ao desmame precoce: uma revisão integrativa. Journal of Health & Biological Sciences, v. 6, n. 2, p. 189-196, 2018.
MARQUES, Emanuele Souza; COTTA, Rosângela Minardi Mitre; MAGALHÃES, Kelly Alves; SANTANA, Luciana Ferreira da Rocha; GOMES, Andréia Patrícia; BATISTA, Rodrigo Siqueira. A Influência da Rede Social da Nutriz no Aleitamento Materno: O Papel Estratégico dos Familiares e dos Profissionais de Saúde. Ciência & Saúde Coletiva 2020.
MARCHIORI, Giovanna Rosário Soanno et al. Saberes sobre processo de enfermagem no banco de leite humano. Texto & Contexto-Enfermagem, v. 27, n. 2, p. e0390016, 2018.
MINDMINERS. Dificuldades na amamentação em puérperas. 2022. Acesso em: 04/04/2024. Disponível em: https://mindminers.com/blog/maternidade-sem-filtro-parte-ii/#:~:text=No%20estudo%20da%20MindMiners%2C%20mais,motivos%20apontados%20por%20essas%20m%C3%A3es.
NASCIMENTOA. M. R., SILVAP. M. DA, NASCIMENTOM. A., SOUZAG., CALSAVARAR. A., & SANTOSA. A. DOS. Atuação do enfermeiro da estratégia saúde da família no incentivo ao aleitamento materno durante o período pré-natal. Revista Eletrônica Acervo Saúde, (21), e667. 2019.
OLIVEIRA MIC, CAMACHO LAB. Impacto das Unidades Básicas de Saúde na duração do aleitamento materno exclusivo. Rev Bras Epidemiol. 2022
PEREIRA, SVM; BACHION, MM. Promoção do Aleitamento Materno Exclusivo: Dificuldades que Levam ao Desmame Precoce. Saúde e Beleza, novembro 2018.
REGO: José Dias. Aleitamento Materno: Um Guia Para Pais e Familiares, 2ªed. São Paulo: Atheneu, 2020.
SANTOS, Elisângela Araújo; DOS SANTOS, Simone Silva; DE OLIVEIRA, Amanda de Cassia Costa. A enfermagem e a orientação sobre aleitamento materno. Revista Expressão Da Estácio, v. 2, n. 1, p. 40-52, 2019.
SILVÉRIO; PATRÍCIO, Maria Regina; Zuleica Maria, O Processo Qualitativo de Pesquisa Mediando a Transformação da Realidade: Uma Contribuição Para o Trabalho de Equipe em Educação em Saúde. Ciênc. saúde coletiva vol.12 no. 2022.
SILVA. Habilidade Intuitiva no Cuidado de Enfermagem. Ver. Latino-am Enfermagem 2023.
¹ Acadêmica do Curso de Enfermagem – Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos
² Acadêmica do Curso de Enfermagem – Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos
³ Acadêmica do Curso de Enfermagem – Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos
¹ Professora –Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos – Orientadora.