IMPACTOS DA PERDA DO PRIMEIRO MOLAR PERMANENTE: ANÁLISE DAS CAUSAS, CONSEQUÊNCIAS E ABORDAGENS TERAPÊUTICAS

IMPACT OF PERMANENT FIRST MOLAR LOSS: ANALYSIS OF CAUSES, CONSEQUENCES AND THERAPEUTIC APPROACHES

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.11182846


Lauanny Costa FEITOSA1
Cecilia Rosa GONÇALVES2
Orientador: Ricardo Kiyoshi YAMASHITA3


RESUMO

A perda dos primeiros molares permanentes é uma condição comum, que pode ter múltiplos impactos na saúde bucal e no bem-estar do paciente. Este trabalho tem como objetivo analisar o impacto da perda dos primeiros molares permanentes do ponto de vista funcional e estético, e propor opções terapêuticas que possam ser utilizadas para restaurar a função mastigatória e a aparência do sorriso. 

O modo como o tratamento é conduzido varia de acordo com a condição geral da arcada dentária do paciente. As escolhas terapêuticas incluem a manutenção do espaço, como o uso de aparelhos ortodônticos para evitar deslocamentos indesejados dos dentes, e, em determinadas situações, intervenções protéticas para corrigir possíveis ausências dentárias. A prevenção por meio de medidas de higiene oral e a pronta intervenção são elementos cruciais na abordagem desse problema.

Palavras-chave: Dente. Molar. Perda. Terapêutica.

ABSTRACT

The loss of permanent first molars is a common condition that can have multiple impacts on oral health and patient well-being. This study aims to analyze the impact of the loss of permanent first molars from a functional and aesthetic point of view, and to propose therapeutic options that can be used to restore masticatory function and the appearance of the smile. 

The way in which treatment is conducted varies according to the general condition of the patient’s dental arch. Therapeutic choices include space maintenance, such as the use of orthodontic appliances to prevent unwanted displacement of teeth, and, in certain situations, prosthetic interventions to correct possible missing teeth. Prevention through oral hygiene measures and prompt intervention are crucial elements in addressing this problem.

Keywords: Tooth. Molar. Loss. Therapy.

INTRODUÇÃO

O primeiro molar permanente é um dente extremamente importante para a saúde bucal e para a qualidade de vida dos indivíduos. Ele é o primeiro dente permanente a surgir na arcada dentária, normalmente aos seis anos de idade, e tem a função de triturar e moer alimentos. Por estar localizado em uma posição estratégica na arcada dentária, ele exerce uma grande influência no posicionamento e na função dos demais dentes (Novais et al, 2014). 

O elemento dental primeiro molar permanente é primordial quando nos referimos a uma oclusão ideal, pois ele é considerado chave de oclusão, que se trata da primeira das seis chaves de Andrews (Novais et al, 2014). 

Além de comprometer a mastigação e a estética do sorriso, pode vir a causar desalinhamento dos dentes, problemas na articulação da mandíbula, dificuldade na fala, entre outros. Essa perda é frequentemente causada por cáries, doenças periodontais, traumatismos, e a falta de informação da população em relação aos cuidados necessários para prevenção pode ser um fator que contribui para esse problema (Dias, M. F. et al. 2020).

Diante do problema exposto pode-se observar a importância deste dente na arcada dentária, a revisão e a investigação neste tema são importantes para desenvolver estratégias de prevenção e tratamento, assim, contribuir para a melhoria da saúde bucal da população; um dos tratamentos proposto são implantes dentais, próteses dentárias e aparelhos ortodônticos.

Objetivos 

      Analisar   fatores de risco associados à perda do primeiro molar permanente em adultos para identificar estratégias eficazes de prevenção.

Evidenciando assim a consequência da perda deste elemento. 

1) Analisar a perda precoce associada a cárie dental, falta de conhecimento da população adulta e fatores socioeconômicos;

2) Evidenciar as consequências da perda prematura deste elemento dental, má oclusão, problemas na fala, problemas na mastigação e estética;

3) Enfatizar a importância dos tratamentos já na fase adulta, reabilitação de pacientes através de próteses, implantes dentários e aparelhos ortodônticos. 

4) Revisar a literatura, onde iremos estudar a fundo cada elemento relacionado ao tema proposto. 

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

 Causas relacionadas a perda do primeiro molar permanente 

Por conta da anatomia muito complexa, os primeiros molares estão sujeitos a uma maior frequência de cáries, devido à sua presença característica de cicatrizes e fendas (Madeira; Rizzolo, 2010).

Os microrganismos principais que estão relacionados à doença cárie consistem em Streptococcus mutans, Streptococcus sobrinus e Lactobacillus, pois tem características específicas que participam do processo da doença. Portanto as bactérias cariogênicas tem como capacidade a produção de ácidos a partir da fermentação dos carboidratos e ainda sobrevivem em meio ácido. As constâncias juntamente com a consistência dos carboidratos interferem na progressão da doença a quantidade de açúcar consumido em excesso entre as refeições e juntamente com a sua textura favorecem a retenção na cavidade oral (BRASIL, 2004).

Normalmente as perdas dos primeiros molares permanentes costumam ser na faixa etária dos 14 anos de idade, não havendo relação com sexo, cor ou raça, mas pode estar relacionado com o fator econômico do paciente (Godoi et al., 2019).

O aparecimento de cárie em crianças está diretamente relacionado à falta de conhecimento dos pais. A maioria dos pais ainda carecem de informações sobre esses problemas, muitas desconhecem os motivos que levam ao comprometimento da dentição de seus filhos, hábitos alimentares e de higiene adequados e sua importância para a saúde bucal da criança. (Guimarães et al., 2003).

No período da dentição mista o primeiro molar é erroneamente confundido pelos que tem menos conhecimento na área, por “dente de leite”, assim não dando a devida importância ao elemento; com isso torna-se frequente a instalação de cáries que se não tratada a tempo pode causar a perda prematura deste.  (Matsumoto et al., 2020).

           Além da cárie dentária ser o maior causador da perda, temos outros fatores etiológicos como a anquilose, restaurações malfeitas, traumatismos tanto os diretos como os indiretos, reabsorções que vão além da normalidade e extrações. Esta perda precoce pode gerar posteriormente diversos problemas na saúde oral, gerando no futuro a necessidade de tratamento ortodônticos, para então ter uma oclusão adequada (Gatti et al., 2012).

De acordo com Carvalho, et al (1989), ao realizarem um estudo no Serviço de Saúde Bucal Jardim de Infância no município de Nexo, Dinamarca.  Um total de 338 crianças de 6 anos de idade a 8 anos. O estudo abrangeu a fase de erupção dos primeiros molares permanentes, a presença e distribuição de placa dentária e a ocorrência de localização de cárie oclusal.  Os autores chegaram à conclusão de que nos primeiros molares a cárie se desenvolve mais facilmente devido às condições favoráveis para acúmulo de placa, sulcos profundos e falta de higiene.

Consequências da perda 

A literatura mostrou a importância do primeiro molar permanente na oclusão ao longo dos anos. Sua perda pode levar a problemas graves, com extraordinárias mudanças clínicas na posição dos dentes e antagonistas vizinhos, que podem exigir tratamento ortodôntico e de reabilitação devido à complexidade de defeitos de más oclusões instaladas (Normando, Cavacami 2010).

Entretanto, percebe-se que a perda dos primeiros molares inferiores não interfere apenas na região posterior e parece capaz de influenciar significativamente o posicionamento dos dentes anteriores, causando um aumento da ocorrência de diastema e dos desvios da linha média (Normando e Cavacami, 2010).

A extração precoce deste dente pode causar uma assimetria facial, bem como das arcadas, podendo afetar os dentes próximos.  Caso a perda do primeiro molar seja unilateral, isto resultara em um desvio na linha média, podendo ocorrer também o aumento do quadro de sobremordida, caso essa perda seja bilateral, haverá então uma retração gengival (Tashima, 2003). 

De acordo com Issao e Guedes-Pinto (1974) a perda do primeiro molar permanente entre as causas favorece a migração do segundo molar para o mesmo local, causando alterações na curva de Spee e na articulação temporomandibular; incluindo causar interferência no aparelho auditivo.

Se o primeiro molar permanente estiver ausente após a erupção do segundo molar permanente, ocorrerá apenas a inclinação desse dente. Embora os pré-molares tenham experimentado o maior movimento, todos os dentes na frente da lacuna, incluindo o incisivo central do lado onde ocorreu a perda, podem mostrar sinais de movimento. A movimentação e rotação desses dentes podem levar a uma mordida traumática (Schmidt, 2001).

Com a perda do primeiro molar permanente tendo ausência bilateral ocorrerá aparecimento de retração gengival; ocorrendo ausência superior haverá aparecimento de classe III, juntamente com outros transtornos como: desequilíbrio articular, redução da superfície oclusal, perda ou diminuição da função, aumento da incidência de cárie, oclusão traumática, diminuição no crescimento dos ossos maxilares (Chaia 1967). 

Sabe-se que as condições sociais dos indivíduos e a prática odontológica, que trata a extração dentária como uma solução dolorosa em populações de baixo nível socioeconômico, desempenham um papel importante no problema da perda dentária. No Brasil, a exodontia em massa começa a partir dos 30 anos, sendo a solução mais prática e econômica para os problemas bucais (Pinto, 1997).

Tipos de Prevenções

O cuidado odontológico na infância é fundamental para conscientizar e instruir os pais ou responsáveis sobre a importância da saúde bucal da criança, evidenciando informações a respeito da higiene bucal correta, hábitos alimentares e desenvolvimento normal da dentição (Martins; Jetelina, 2016).

De acordo com Dias e Marques (2020) é importante compreender o conhecimento dos pais quando nos referimos à erupção do primeiro molar permanente em crianças; saber como eles realizam os hábitos de higiene oral, cuidam da dieta alimentícia e verificar o acesso aos tratamentos odontológicos. Com tudo, é essencial que o cirurgião dentista faça o acompanhamento do paciente por meio de um tratamento que possa manter o espaço entre os demais dentes que irão nascer, assim possibilitando melhor oclusão da cavidade bucal.

Os pais acreditam que o crescimento do dente decíduo sempre precede a erupção do seu sucessor, e pensam que a região anterior é o local de erupção do primeiro dente permanente. Portanto sugerem que os pais constam com um conhecimento razoável referente à saúde bucal das crianças (Massoni et al. 2010).

As superfícies oclusais dos molares são as primeiras e mais frequentes afetadas por cárie em dentes permanentes, deste modo, a prevenção e o tratamento são de grande importância. Uma das formas de prevenção de cárie em fossas e fissuras nos primeiros molares permanentes é com a aplicação de produtos com propriedades preventivas e cariostáticas, como selantes, verniz fluoretado e diamino fluoreto de prata (Espinoza et al., 2019).

O diagnóstico precoce é muito importante, especialmente se feito por um profissional. Portanto, o cirurgião-dentista é aquele principal responsável pela implementação da promoção da saúde do paciente. No entanto, é muito óbvio quantas pessoas ainda não têm acesso à essa vantagem (Taylor et al., 2019).

Deve-se notar que as medidas mais importantes e necessárias são uma nutrição controlada, que reduz o consumo de carboidratos fermentáveis ​​na dieta e higiene bucal adequada com uso de fio dental e escovação com creme dental com flúor, sem dúvida importante no controle do biofilme (Twetman, 2018).

De acordo com Moyers (1991) fotografia panorâmica (radiografia) mostra a probabilidade de padrões de erupção dentes permanentes. Ele afirma que é essencial erupção dos dentes permanentes em uma sequência favorável para compensação de espaço na arcada dentária, evitar encurtar, a tendência induzida é que os molares permanentes devem mover-se mensalmente.

De acordo com Catrink (2011) é necessário que as equipes de saúde bucal tenham conhecimento da importância que é o desenvolvimento de ações fora do consultório, fazendo ações de prevenção, promoção e educação em saúde juntamente com os grupos sociais que fazem parte da unidade básica de saúde.

A entrada da Equipe de Saúde Bucal no Programa Saúde da Família veio  com o objetivo de reduzir os índices epidemiológicos de saúde bucal e abranger o acesso da população brasileira às ações de saúde bucal, foi  concretizado por meio da Portaria 1.444/GM de 2000, na qual o Ministério da Saúde decretou o incentivo financeiro às Equipes de Saúde Bucal no Programa Saúde da Família, com o intenção de promover a busca para  a construção de novos processos de trabalho voltados à família, considerando-a como instituição permanente nas relações estabelecidas pela humanidade, em que sucedem relações pessoais e se transmite valores éticos, religiosos e culturais (Boareto, 2011).

 Prevenção Domiciliar 

 Para prevenir a cárie na infância é recomendado a visita ao dentista pela primeira vez a partir do nascimento do primeiro dente, por volta dos 6 meses de vida, para receber as orientações e também educação para a família. Após o nascimento do primeiro dente, é de extrema importância realizar a escovação após a refeição, principalmente à noite, antes de dormir (Zaura, et al. 2015).

Diversos estudos demonstram, que as condições socioeconômicas das famílias das crianças estão associadas com a prevenção da cárie. (Santos, Maria Lizzia Moura Ferreira, et al. 2023).

Uma das principais contribuições para a prevenção da doença cárie, são as mudanças de hábitos alimentares. O profissional deve direcionar os pais no que diz respeito a dieta dos alimentos (Pordeus, I. e Paiva, S. 2013).

1) Evitar o consumo de alimentos e bebidas que contenham grandes quantidades de açúcar nas principais refeições e antes de dormir.

2) Os cremes dentais são recomendados quando apresentam concentração mínima de flúor- 1100 ppm.

3) Educar aos pais a respeito da quantidade certa de creme dental, que vária de acordo com a idade.

4) Higienização bucal correta consiste em: escova de tamanho compatível com a idade e de cerdas extra macias, e ainda fazer o uso correto do fio dental antes da escovação (Pordeus, I. e Paiva, S. 2013).

Prevenção em Consultório

Em situações específicas de cada paciente necessitam da intervenção do cirurgião dentista. Felizmente, existem vários métodos de prevenção que se mostraram eficazes na prevenção de cáries, e existem vários métodos comumente usados ​​em odontologia. 

Primeiro, os selantes de fissuras são usados ​​para evitar o crescimento de bactérias causadoras de cáries nas faces oclusais dos dentes posteriores. O cimento de ionômero de vidro (VIC) e o selante à base de resina (RBS) são as duas formas mais comuns. (International Journal of Clinical Practice Volume 2022). 

1)Aplicação profissional de fluoretos, por meio de flúor em gel que podem ser aplicados com moldeiras, com o seu devido protocolo de aplicação. 

2)Aplicação de verniz fluoretado, que podem ser aplicados em cárie ativa e inativa. 

Abordagens Terapêuticas 

Os possíveis tratamentos para a perda do primeiro molar permanente serão específicos e vão depender da condição que a arcada dentária se encontra e a orientação do dentista, pois antes do tratamento ser proposto ele irá avaliar a saúde ao todo do paciente e criar um planejamento do tratamento mais indicado para o caso clínico. Com a substituição feita de dentes perdidos precoce, por meio de várias formas de tratamento reabilitador, foi considerada como fator de proteção significativo referente a disfunção mastigatória (Sagheb, K., Wentaschek, S., Bjelopavlovic, M. et al 2024).

A ortodontia é uma das áreas de atuação na odontologia que visa prevenir, a interceptação e a correção das anomalias de posição, harmonia orofacial, durante o crescimento, com objetivo de estabelecer a oclusão e as funções bucais ideias, proporcionando o equilíbrio estético ideal. Sendo assim é de grande importância a identificação do tempo ideal para iniciar o tratamento ortodôntico das várias maloclusões. O tratamento ortodôntico deve ser iniciado de acordo com cada tipo de caso, que varia de paciente para paciente (Janson, G., Garib, DG, & Pinzan, A. et al. 2013).

Caso após a perda precoce dos dentes decíduos, for confirmado que ainda não há perda de espaço, é necessário instalar alguns dispositivos para evitar a movimentação dos dentes adjacentes (Janson, G., Garib, DG, & Pinzan, A. et al. 2013).

        Hoje em dia cada vez mais  pessoas procuram  a estética oral e por isso o  tratamento e a reabilitação  ortodôntica têm sido de grande valia para obter um sorriso estético. A ortodontia restauradora e os   movimentos recomendados  para   o tratamento pré-protético  como  extrusão,  intrusão,  mesialização  e   verticalização  se  entrelaçam  com  a odontologia  moderna para  encontrar um  tratamento mais eficaz e seguro  para cada  paciente (Paula, et al. 2023).

         O efeito da ortodontia moderna e da reabilitação protética na qualidade de vida dos pacientes foi importante para a recuperação satisfatória do    paciente. Neste sentido, a utilização de   implantes osseointegrados facilitou  a   criação  de  um plano  de tratamento ortodôntico-protodontico,  cujo  principal objetivo é   substituir  dentes  perdidos, obter  alinhamento ortodôntico pré-operatório para otimizar a utilização de implantes e usar implantes intraorais como estabilizadores do tratamento (Oliveira, M. E. F., et al. 2024).

 Mantenedores de espaço ainda na infância 

      Desta forma, o espaço é preservado e são dadas condições para o desenvolvimento normal da oclusão. Tais dispositivos são chamados de mantenedores de espaço e podem ser divididos em: 

1) Funcionais: São aparelhos que restauram todas as funções (mastigação, estética e vocalização), restaurando a oclusão, além de manter os espaços ântero-posterior e vertical.

2) Semi Funcionais: São aqueles com restauração parcial da função mastigatória.

3) funcionais: Aparelhos que apenas mantêm o espaço na direção ântero-posterior e não restauram a oclusão ou outra função.

4) Removíveis: Se assemelham às próteses parciais removíveis e usam grampos como retentores nos dentes localizados em áreas não afetadas por surtos de crescimento. 

5) Fixo: Fixado à prótese com cimento após a fabricação ou colados em dentes de suporte; não requer cooperação do paciente durante o uso (Janson, G., Garib, DG, & Pinzan, A. et al. 2013).

 Aparelho Ortodôntico 

A ortodontia em adultos é o tipo de tratamento ortodôntico que tem mais crescido nos últimos anos, partindo de relativamente raro antes dos anos 1980 para um procedimento hoje rotineiro. Nos EUA, os adultos agora compõem cerca de 30% dos pacientes em tratamento ortodôntico ativo. 

Uma tendência semelhante está ocorrendo na prática ortodôntica em todo o mundo, com porcentagem um pouco inferior à dos EUA em países menos desenvolvidos, mas aumentando firmemente em todos os lugares. A ortodontia em adultos, neste aspecto, é um dos principais componentes da prática ortodôntica. Por definição, a ortodontia conservadora é a movimentação dos dentes para facilitar outros procedimentos odontológicos necessários para controlar doenças, restaurar funções e/ou melhorar a aparência. Muitas vezes, o tratamento envolve apenas parte dos dentes e, na maioria dos casos, o objetivo principal é facilitar ou melhorar a substituição de dentes perdidos ou danificados. (Proffit, WR 2021) 

Segundo Proffit (2021) o objetivo do tratamento ortodôntico restaurador em adultos é o mesmo dos jovens: obter a melhor combinação de estética dentária e facial, oclusão dentária e estabilidade do resultado para maximizar o benefício ao paciente. O tratamento ortodôntico corretivo requer aparelho fixo para todos os dentes ou alta habilidade na realização da terapia com alinhamentos claros. 

Prótese parcial fixa 

A reabilitação de dentes em uma arcada parcialmente edêntula necessitam ser analisados ​​para determinar o tipo de prótese que mais será adequada a para cada situação clínica. Sendo assim, a indicação de PPF em dentes, implantes ou próteses parciais removíveis deverá ser planejada avaliando vários fatores, como dificuldade do tratamento, condição financeira do paciente, grau de desconforto causado pelo possível tratamento, previsão da estética, avaliar a qualidade do periodonto de inserção, presença de parafunção, disponibilidade de tempo, estado geral de saúde do paciente e o interesse do mesmo (Pegoraro, Luiz F., 2014).

Dois tipos de próteses são utilizadas principalmente na reabilitação: removíveis ou fixas. As próteses totais fixas com implantes são preferidas pelos pacientes principalmente porque aumentam o poder de mastigação e o conforto, além de reduzir reparos e manutenção. prefira o lado psicológico porque dispensa a retirada de próteses. Por outro lado, são próteses que, além do preço mais elevado, agrega técnicas de fabricação mais complexas, desde o desenho da prótese cirúrgica até o controle do biofilme bacteriano. (SILVA, et al.  2023)

A prótese parcial fixa (PPF) é um dos tipos de prótese que pode ser cimentada aos dentes naturais e parafusada ou cimentada em implantes que atuam como pilares para suportar a PPF. Consiste em dois ou mais dentes ou implantes, geralmente colocados nas extremidades do espaço edêntulo, chamados de retentores, que suportam um ou mais dentes colocados entre eles, chamados de pônticos (Pegoraro, Luiz F., 2014).

Implante dentário

A implantodontia é um ramo da odontologia que trata da reabilitação da boca por meio de implantes dentários. O objetivo do tratamento é restaurar as funções estéticas e de mordida do paciente e restaurar sua autoestima e qualidade de vida (Kunrath MF, Muradás TC, et al. 2021).

 O implante dentário tem grandes chances de sucesso, para melhorar a função e possivelmente o conforto da sobredentadura, o que está cada vez mais aumentando a qualidade de vida do paciente. O Oral Health Impact Profile (OHIP) é o instrumento internacional mais utilizado para qualidade de vida referente à saúde bucal. (Sagheb, K., Wentaschek, S., Bjelopavlovic, M. et al 2024)

  A reabilitação protética com implantes osseointegrados oferece aos pacientes uma alternativa previsível ao tratamento clássico no tratamento do edentulismo parcial ou completo. A osseointegração é considerada um procedimento muito previsível e, portanto, os avanços nas técnicas atuais levam a uma reabilitação que restaura a função, a estética e o conforto utilizando técnicas minimamente invasivas (Branemark, 1983).

Branemark estabeleceu o conceito de osteo degeneração em um estudo da circulação tibial de coelhos, onde a remoção de câmeras de titânio confirmou que elas estavam firmemente aderidas no osso. Após sucessivos estudos para entender a resposta desse osso ao biomaterial, ele considerou a osseointegração como um elo direto, estrutural e funcional entre o osso vital organizado e a superfície funcionalmente carregada do implante de titânio (Branemark, 1983).

Uma grande variedade de implantes de diferentes tamanhos e formas foram desenvolvidos e melhoraram os resultados clínicos. Os implantes são parafusos metálicos fixados ao osso do maxilar superior ou inferior, cuja função é substituir as raízes dos dentes perdidos e que funcionam como um suporte para os dentes artificiais. (Shibli, Carvalho Formiga, 2019).

Prótese parcial removível

Uma prótese parcial removível, muitas vezes chamada de “PPR” ou “ponte portátil”, é projetada para pacientes que perderam parcialmente os dentes em um ou ambos os arcos dentários e desejam restaurar sua função de mordida e estética (Dinato, J.C 2013).

Como a estética dental se concentra em dentes fortemente preservados ou minimamente restaurados, claros e bem alinhados, o conceito de prótese parcial removível expande o conceito de beleza com dois requisitos básicos: a saúde e o respeito das estruturas de suporte para a biomecânica de cada caso clínico. A PPR, não é esteticamente um caso fácil de se alcançar, porém traz consigo qualidade de vida ao paciente, sendo possível prever o sucesso do tratamento e a saúde estabelecida (Russi, S. e Rocha, E. 2015). 

METODOLOGIA

O trabalho foi desenvolvido a partir de uma pesquisa bibliográfica descritiva e qualitativa, pois a sua base consiste em analisar materiais que já foram publicados e tem como finalidade compor a fundamentação teórica do trabalho. 

As bases de dados e periódicos eletrônicos que foram utilizados são: SciELO (Scientific Eletronic Library Online), Pub Med, Google Acadêmico, Biblioteca Virtual em Saúde, artigos publicados e teses. Uso das palavras-chaves nas pesquisas, sendo elas: “odontologia”, “primeiro molar permanente” e “oclusão”.

Como critérios de inclusão para a pesquisa bibliográfica foram utilizados artigos, periódicos, documentos e livros de publicação nos períodos de 1967 a 2024. 

Para critérios de avaliação foram incluídos autores com temas relevantes, especialmente os que estão relacionados à origem de determinados conceitos e pesquisas que abrangem a perda precoce do primeiro molar permanente. Sendo alguns deles: Oliveira et al, (2024), Silva-Junior et al., (2000) e Massoni et al., (2010).

  Esta pesquisa bibliográfica é de natureza observacional e tem como objetivo ser explicativa. As informações para o desenvolvimento da pesquisa foram coletadas após uma leitura exploratória, focando nas seguintes características: autor/ano, objetivos, resultados e conclusões.

CONCLUSÃO

Concluímos que o elemento dental primeiro molar permanente é de grande importância na cavidade bucal, pois o mesmo é considerado chave de oclusão. A perda precoce do primeiro molar desencadeia vários fatores que afetam diretamente a vida do indivíduo, que vão desde a função à estética. 

Entre os principais fatores para a perda precoce desse dente temos a cárie, sendo assim os meios de prevenção contra a cárie são as principais formas para prevenir a perda do primeiro molar ainda na infância evitando assim consequências futuras. 

As abordagens interdisciplinares e educacionais são essenciais para promover uma melhor compreensão dos fatores envolvidos e garantir melhores resultados a longo prazo para os pacientes afetados.

 Portanto, é imprescindível que sejam implementadas medidas preventivas, eficazes e estratégias de intervenção precoce como: higiene bucal correta e evita consumo exagerado de açúcar, para prevenir a perda prematura dos primeiros molares permanentes, garantindo assim um desenvolvimento oral saudável e duradouro. 

Contudo esse trabalho destaca a necessidade de uma abordagem terapêutica e individualizada no tratamento de pacientes, que sofrem com a perda do primeiro molar permanente. A educação continuada dos dentistas sobre os tratamentos mais recentes e eficazes e a conscientização dos pacientes sobre as consequências dessa perda são essenciais para garantir resultados satisfatórios e longevidade da saúde bucal, para promover não só a saúde oral, mas também o bem-estar geral dos indivíduos.

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1Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos (UNITPAC)
E-mail: lauannyfeitosa05@gmail.com
ORCID: https://orcid.org/0009-0006-4054-4776
2Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos (UNITPAC)
E-mail: ceciliarosa.pbs@gmail.com
ORCID: https://orcid.org/0009-0006-2631-7673
3Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos (UNITPAC)
E-mail: Ricardo.yamashita@unitpac.edu.br
ORCID: http://orcid.org/0000-0002-2976-8406