REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11126814
Cartejames Otavio Almeida
Francisca Das Chagas Sergio De Oliveira
Jonas Batista Da Silva
Orientador: Prof. Gracivan da silva santos Pereira.
RESUMO
O trabalho proposto encontra-se baseado no estudo da importância do brincar no ensino infantil para o processo de aprendizagem pelo viés da Pedagogia, com o objetivo de levar entendimento da importância de se trabalhar tal tema nas escolas de ensino infantil, levantando questões de grande relevância uma vez que as brincadeiras são uma forma de adquirir aptidões de maneira interessante pelas crianças, aguçando sua imaginação, percepção e também favorecendo o convívio em grupo desenvolvendo a socialização. O trabalho foi desenvolvido em dois momentos. Primeiramente realizaram-se brincadeiras com as crianças do Jardim I de uma escola de Ensino Infantil, localizado na cidade de Redenção, PA. No segundo momento, aplicou-se um questionário avaliativo com questões relacionadas com o assunto abordado, para os professores analisarem a importância das aulas realizadas através das brincadeiras e jogos. Através dos questionários pode-se comprovar que as brincadeiras pedagógicas, são de grande importância como facilitadora para a obtenção de conhecimento, além de estimular o interesse do aluno tornando o ensino-aprendizado como um objeto concreto para o desenvolvimento intelectual das crianças.
Palavra-chave: Ensino Infantil, Brincadeiras, desenvolvimento infantil.
ABSTRACT
The proposed work is based on the study of the importance of play in early childhood teaching to the learning process by bias of Pedagogy, with the objective of bringing understanding of the importance of working this theme in elementary schools, raising questions of great importance since the jokes are a form of acquiring skills in interesting way by children, heightening their imagination, perception and also favoring the sociable group developing the socialization.
KEYWORDS: Teaching Children, Play, child development.
1. INTRODUÇÃO
Através do brincar a criança interage com o meio, conhecendo-o e manifestando sua criatividade, inteligência, habilidade e imaginação. Esses aspectos manifestos pela criança durante a brincadeira, além de serem necessários para um bom desenvolvimento, a conduz durante toda a vida. Sendo assim, a brincadeira deve ser vivenciada da melhor forma possível.
Pois é a brincadeira, e nada mais, que está na origem de todos os hábitos. Comer, dormir, vestir-se, lavar-se, deve ser inculcados no pequeno através de brincadeiras, acompanhados pelo ritmo de versos e canções. É da brincadeira que nasce o hábito, e mesmo em sua forma mais rígida o hábito conserva até o fim alguns resíduos da brincadeira. Os hábitos são formas petrificadas, irreconhecíveis, de nossa primeira felicidade e de nosso primeiro terror. (BENJAMIN, 1994, p.253)
O brincar é uma experiência que possibilita à criança demonstrar sua personalidade, uma vez que são manifestas ação e imaginação, é despertada também para conseguir seus objetivos.
Segundo Grassi,( 2008, p. 46)
A brincadeira é o ato ou efeito de brincar, momento em que utilizando-se de brinquedos a criança brinca. Na brincadeira diversas funções são mobilizadas: as psicomotoras, as neuropsicológicas, a cognitiva além de sentimentos e afetos.
A situação da brincadeira propicia à criança um melhor conhecimento de si própria, e o processo de socialização, devido às situações de vida que são vivenciadas com outras crianças.
Segundo MOURA (1992), o professor deve assumir o papel de organizador do ensino. Deveria ter consciência de que o seu trabalho é organizar situações de ensino que possibilitem ao aluno tomar consciência do significado do conhecimento a ser adquirido e de que para que o apreenda torna-se necessário um conjunto de ações a serem executadas com métodos adequados. Dessas ações pode tomar parte o uso de algum instrumento, para se atingir o objetivo decorrente da negociação pedagógica acontecida no espaço escolar.
O professor também pode brincar com as crianças, principalmente se elas o convidarem, solicitando sua participação ou intervenção. Mas deve procurar ter o máximo de cuidado respeitando sua brincadeira e ritmo. O professor poderá, igualmente, organizar atividades que ajudem a criança a descobrir as possibilidades que certos materiais possuem; os jogos de grupo para crianças mais velhas, ou os de construção para as mais novas, desenvolvendo outros níveis de competência, além de permitir verificar o interesse da criança. (BRANCO; MACIEL; QUEIROZ, 2006).
A importância do brincar para o desenvolvimento infantil reside no fato de esta atividade contribuir para a mudança na relação da criança com os objetos, pois estes perdem sua força determinadora na brincadeira. “A criança vê um objeto, mas age de maneira diferente em relação ao que vê. Assim, é alcançada uma condição que começa a agir independentemente daquilo que vê.” (Vygotsky, 1998, p. 127).
Portanto este trabalho tem como objetivo demonstrar a importância da brincadeira no ensino infantil para a conscientização dos educandos que essa é a melhor forma de gerar e ampliar a aprendizagem e os conhecimentos dos alunos.
2. PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
No fim do século 19, o psicólogo e filósofo francês Henri Wallon (1879-1962), o biólogo suíço Jean Piaget (1896-1980) e o psicólogo bielo-russo Lev Vygotsky (1896-1934) buscavam compreender como os pequenos se relacionavam com o mundo e como produziam cultura. Até então, a concepção dominante era de que eles não faziam isso. “Investigando essa faceta do universo infantil, eles concluíram que boa parte da comunicação das crianças com o ambiente se dá por meio da brincadeira e que é dessa maneira que elas se expressam culturalmente”.
Wallon foi o primeiro a quebrar os paradigmas da época ao dizer que a aprendizagem não depende apenas do ensino de conteúdos: para que ela ocorra, são necessários afeto e movimento também. Ele afirmava que é preciso ficar atento aos interesses dos pequenos e deixá-los se deslocar livremente para que façam descobertas. Levando em conta que as escolas davam muita importância à inteligência e ao desempenho, propôs que considerassem o ser humano de modo integral. Isso significa introduzir na rotina atividades diversificadas, como jogos. Preocupado com o caráter utilitarista do ensino, Wallon pontuou que a diversão deve ter fins em si mesmos, possibilitando às crianças o despertar de capacidades, como a articulação com os colegas, sem preocupações didáticas.
Já Piaget, focado no que os pequenos pensam sobre tempo, espaço e movimento, estudou como diferem as características do brincar de acordo com as faixas etárias. Ele descobriu que, enquanto os menores fazem descobertas com experimentações e atividades repetitivas, os maiores lidam com o desafio de compreender o outro e traçar regras comuns para as brincadeiras.
As pesquisas de Vygotsky apontaram que a produção de cultura depende de processos interpessoais. Ou seja, não cabe apenas ao desenvolvimento de um indivíduo, mas às relações dentro de um grupo. Por isso, destacou a importância do professor como mediador e responsável por ampliar o repertório cultural das crianças. Consciente de que elas se comunicam pelo brincar, Vygotsky considerou uma intervenção positiva a apresentação de novas brincadeiras e de instrumentos para enriquecê-las. Ele afirmava que um importante papel da escola é desenvolver a autonomia da turma. E, para ele, esse processo depende de intervenções que coloquem elementos desafiadores nas atividades, possibilitando aos pequenos desenvolver essa habilidade.
Para Friedmann (1992), a criança ao manifestar condutas lúdicas demonstra o nível de seu estágio cognitivo e constrói conhecimentos, no qual o desenvolvimento cognitivo da criança passa por quatro períodos distintos: sensório- motor, pré-operatório, operatório concreto e o operatório formal. Neste sentido, é fundamental o conhecimento dos estágios do desenvolvimento infantil enquanto componentes do desenvolvimento integral do homem descritos por Piaget (1974) apud Friedmann (1992).
De um ano e meio até dois anos, fase em que aparece a linguagem, a atividade lúdica tem como característica essencial o exercício que consiste em qualquer situação ou objeto colocado à sua frente, no qual a criança se exercita na sua atividade de brincar pelo simples prazer de fazer rolar uma bola, produzir sons ou bater com um martelo, repetindo essas ações e observando seus efeitos e resultados.
2.1 DESENVOLVIMENTO INFANTIL
As fases do desenvolvimento infantil segundo Jean Piaget (1998) estão divididas em quatro fases que são:
Período Sensório-Motor (0 a 2 anos)
– Aprendizagem da coordenação motora elementar.
– Aquisição da linguagem até a construção de frases simples.
– Desenvolvimento da percepção.
– Noção de permanência do objeto.
– Preferências afetivas.
– Início da compreensão de regras.
2.2 PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO (2 A 7 ANOS)
– Domínio da linguagem.
– Animismo, finalismo e antropocentrismo/egocentrismo, isto é, os objetos são percebidos como tendo intenções de afetar a vida da criança e dos outros seres humanos.
– Brincadeiras individualizadas, limitação em se colocar no lugar dos outros.
– Possibilidade da moral da obediência, isto é, que o certo e o errado é aquilo que dizem os adultos.
– Coordenação motora fina.
2.3 PERÍODO DAS OPERAÇÕES CONCRETAS (7 A 11 OU 12 ANOS)
– Início da capacidade de utilizar à lógica.
– Número, conservação de massa e noção de volume.
– Operações matemáticas, gramática, capacidade de compreender e se lembrar de fatos históricos e geográficos.
– Auto-análise, possibilidade de compreensão dos próprios erros
– Planejamento das ações.
– Compreensão do ponto de vista e necessidades dos outros.
– Coordenação de atividades, jogos em equipe, formação de turmas de amigos (no início de ambos os sexos, no fim do período mais concentrada no mesmo sexo).
– Julgamento moral próprio que considera as intenções e não só o resultado (p.ex. perdoar se foi “sem querer”). Menos peso à opinião dos adultos.
2.4 PERÍODO DAS OPERAÇÕES FORMAIS (11-12 ANOS EM ADIANTE)
– Abstração matemática (x, raiz quadrada, infinito).
– Formação de conceitos abstratos (liberdade, justiça).
– Criatividade para trabalhar com hipóteses impossíveis ou irreais (se não existe gravidade, como funcionaria o elevador? Se as pessoas não fossem tão egoístas, não precisaria de polícia.). Possibilidade de dedicação para transformar o mundo.
– Reflexão existencial (Quem sou eu? O que eu quero da minha vida?).
– Crítica dos valores morais e sociais.
– Moral própria baseada na moral do grupo de amigos.
– Experiência de coisas novas, estimuladas pelo grupo de amigos.
– Desenvolvimento da sexualidade.
3. JOGOS
A concepção de jogo está integrada tanto ao objeto (brinquedo) quanto à brincadeira. É uma atividade mais estruturada e estabelecida por um princípio de regras mais explícitas. Exemplos clássicos seriam: Jogo de Mímica, de Cartas, de Tabuleiro, de Construção, de Faz de Conta, etc. Uma particularidade importante do jogo é o seu emprego tanto por crianças quanto por adultos, enquanto que o brinquedo tem uma agregação mais exclusiva com o universo infantil.
Para Vygotsky, a brincadeira pode ter papel fundamental no desenvolvimento da criança. Seguindo a ideia de que o aprendizado se dá por interações, o jogo lúdico e o jogo de papéis, como brincar de “mamãe e filhinha” permite que haja uma atuação na zona de desenvolvimento proximal do indivíduo, ou seja, criam-se condições para que determinados conhecimentos e/ou valores sejam consolidados ao exercitar no plano imaginativo capacidades de imaginar situações, representar papéis, seguir regras de conduta de sua cultura (só a mamãe que pode colocar a filhinha de castigo), etc.
Assim, a criança se projeta no mundo dos adultos, ensaiando atividades, comportamentos e hábitos nos quais ainda não está preparada para tal, mas que na brincadeira permite com que sejam criados processos de desenvolvimento, internalizando o real e promovendo o desenvolvimento cognitivo.
Podemos considerar jogos voltados às atividades reprodutoras – com certa relação com a memória – e voltados às atividades criadoras, relacionadas à imaginação. Segundo Vygotsky.
“O jogo da criança não é uma recordação simples do vivido, mas sim a transformação criadora das impressões para a formação de uma nova realidade que responda às exigências e inclinações dela mesma”.
Assim, no espaço escolar, o jogo pode ser um veículo para o desenvolvimento social, emocional e intelectual dos alunos. O professor das fases iniciais pode – e deve -permitir a brincadeira. Entretanto, mais importante que isso é definir os objetivos que se deseja alcançar, para que este momento seja, de fato, significativo. “Ensinar a brincar”, de forma a mediar ações na zona de desenvolvimento proximal é uma forma de promover o crescimento de seu aluno.
Ainda na perspectiva de Piaget (1974) apud Friedmann (1992), coloca que o jogo pode ser estruturado de três formas: de exercício, simbólico, construção e regra e, neste sentido as brincadeiras evoluem conforme a faixa etária.
3.1 JOGOS DE EXERCÍCIO
Caracterizam a etapa que vai do nascimento até o aparecimento da linguagem, apesar de reaparecerem durante toda a infância. O jogo surge primeiro, sob a forma de exercícios simples cuja finalidade é o próprio prazer do funcionamento.
Piaget (1998) acredita que os jogos são essenciais na vida da criança. De início tem-se o jogo de exercício que é aquele em que a criança repete uma determinada situação por puro prazer, por ter apreciado seus efeitos.
Esses exercícios caracterizam-se pela repetição de gestos e de movimentos simples e têm valor exploratório. Dentro desta categoria podemos destacar os seguintes jogos: sonoro, visual, tátil, olfativo, gustativo, motor e de manipulação.
3.2 JOGO SONORO
Telefone sem fio sonoro:
As crianças sentam em uma roda e escolhem um instrumento, a primeira criança deve tocar uma pequena célula rítmica em seu instrumento a do lado deve tentar repetir- ló no instrumento que esta com ela e assim vai até chegar ao final.
Essa brincadeira é interessante se possível ser gravada para que as crianças percebam como a célula rítmica foi mudada com o decorrer da roda.
3.3 JOGO VISUAL
Memória visual é a capacidade de olhar para uma forma, objeto, número ou letra e lembrar dela. Esta é uma habilidade importante que é necessário com toda a aprendizagem e é afetada pela atenção, concentração e capacidade de observação. Crianças com dificuldade de memória visual costumam ter problemas leitura e escrita.
– Mostrar objetos, fotos, brinquedos, blocos coloridos, etc por alguns segundos, remover e depois perguntar o objeto retirado.
– Desenhar uma letra, palavra ou forma e pedir a criança para copiar depois de ter sido removido.
– Mostrar um grupo de gravuras para a criança de 3 a 8 segundos. Cobri-los, remover uma ou duas gravuras do grupo e depois perguntar o nome dos objetos retirados.
– Jogo de Memória
– pedir a criança olhar para uma imagem, em seguida, removê-lo e tê-la descrever os detalhes.
FONTE: http://johannaterapeutaocupacional.blogspot.com
3.4 JOGO TÁTIL
Objetivos
- Estimular a percepção tátil.
- Reconhecer as diferentes sensações e percepções relacionadas ao tato.
Comentários
O tato corresponde a um sentido amplamente utilizado pelo ser humano, muitas vezes de maneira inconsciente e automática. A atividade objetiva proporcionar ao aluno a oportunidade de vivenciar o tato com objetos presentes em seu cotidiano.
Materiais
Para a caixa tátil:
– caixa de papelão;
– tesoura;
– cola e/ou durex;
– papel de presente e/ou outros, coloridos, para encapar a caixa.
Para o interior da caixa:
– objetos variados, com diferentes formas e texturas, como esponja, lixa, bolinha, escova de dente, lápis, caixa de fósforos, etc.
Preparar com antecedência:
– Pegue a caixa de papelão e faça dois furos nas laterais, para que os alunos consigam introduzir as mãos. Encape a caixa, utilizando os papéis de presente e/ou coloridos. Deixe livre a tampa da parte de cima da caixa, para que se tenha acesso ao interior, a fim de acrescentar diferentes objetos.
Estratégias
1) O professor deverá organizar a sala em círculo, explicar o objetivo da atividade e, em seguida, solicitar a um aluno que coloque as mãos no interior da caixa, escolha um objeto e o descreva.
2) Depois que o objeto for desvendado, este deverá ser retirado da caixa e apresentado ao grupo.
3) O procedimento deve ser realizado com todos os alunos.
4) Para finalizar, o professor deve escolher três objetos com textura e formatos diferentes e salientar as sensações percebidas.
Cristina Faganeli Braun Seixas é bióloga e professora da Fundação Bradesco (Unidade I – Osasco).
3.5 JOGO OLFATIVO
Objetivos
- Estimular o olfato.
- Reconhecer diferentes odores.
Comentários
Dentre os sentidos, o olfato é altamente específico, pois a capacidade de percepção dos odores varia de indivíduo para indivíduo, além de o mesmo odor provocar reações diversas, prazerosas ou não, em diferentes pessoas.
Saliente-se que a memória olfativa é fundamental na relação entre o indivíduo, o ambiente que o cerca e os odores característicos.
Material
Aluno
Odor 1: perfume | Odor 2: catchup | Odor 3: maionese | Odor 4: pimenta | Odor 5: sabonete |
Aluno 02:
Odor 1: mostarda | Odor 2: ovo | Odor 3: perfume | Odor 4: alho | Odor 5: canela |
Observação:
Os alunos não devem ter conhecimento prévio dos produtos a serem reconhecidos; e alguns odores devem ser alterados para os cinco alunos, conforme exemplo acima. Portanto, cada grupo precisa contar com, no mínimo, 20 odores diferentes.
Dica
O professor pode solicitar, depois do experimento, uma pesquisa sobre “memória olfativa”. Copos plásticos (de café); vendas (para cobrir os olhos); perfumes; catchup; mostarda; pimenta; maionese; canela; cravo; orégano; ovo cozido; sabonete; alho; cebola; abacaxi; etc.
Estratégias
1) Dividir a sala em grupos de 5 alunos. Cada aluno deve colocar a venda e tentar descobrir os diferentes odores que se encontram, separadamente, nos copos plásticos.
2) Enquanto isso, os outros integrantes do grupo marcam com um “x” na tabela (veja abaixo uma sugestão de modelo) quais odores foram identificados pelo colega.
Cristina Faganeli Braun Seixas é bióloga e professora da Fundação Bradesco (Unidade I – Osasco).
3 .6 JOGO GUSTATIVO
Percepção gustativa:
-Reconhecer sabores: doces, salgados, amargos, azedos, picantes.
Para uso paladar:
De olhos fechados, as crianças provam alimentos com sabores diferentes, adivinhar o que estão comendo.
Ensinar os nomes: doce, amargo, salgado, azedo, etc.
3.7 JOGO MOTOR
Cobra-Cega
Objetivo:
Desenvolver a coordenação motora ampla, a agilidade, a percepção e o equilíbrio. Estimular, com a prática, o desenvolvimento dos principais segmentos corporais de maneira lúdica.
Preparação:
Formar um grupo de crianças e colocar uma no meio do circulo, a qual irá se passar de cobra-cega. Pegar um lenço e vendar os olhos da criança.
Desenvolvimento:
Iniciar a brincadeira cantando: – cobra-cega de onde vem?
Esta deverá responder:
-Venho de Belém.
– O que traz pra nós?
-arroz… Feijão… Batata… (ou outra coisa).
-A criança deverá sair atordoada em busca e outra cobra-cega. Quando pegar alguém, esta passará a ocupar o seu lugar, nomeando a cobra cega.
Observação: a cobra-cega deverá descobrir qual o colega que ela está apalpando.
3.8 JOGO DE MANIPULAÇÃO
São praticados a partir do contato da criança com diferentes materiais, movidos pelo prazer que a sensação tátil proporciona.
3.9 JOGOS SIMBÓLICOS
Em torno dos 2-3 e 5-6 anos (fase Pré-operatória) nota-se a ocorrência dos jogos simbólicos, que satisfazem a necessidade da criança de não somente relembrar o mentalmente o acontecido, mas também de executar a representação.
3..10 JOGOS DE CONSTRUÇÃO E REGRA
Em período posterior surgem os jogos de regras, que são transmitidos socialmente de criança para criança e por consequência vão aumentando de importância de acordo com o progresso de seu desenvolvimento social. Para Piaget, o jogo constituiu-se em expressão e condição para o desenvolvimento infantil, já que as crianças quando jogam assimilam e podem transformar a realidade.
4.BRINCADEIRA
A brincadeira se distingue por alguma estruturação e pela utilização de regras. Seguem algumas brincadeiras amplamente conhecidas: Brincar de Casinha, Ladrão e Polícia etc. A brincadeira é uma atividade que pode ser tanto coletiva quanto individual. Na brincadeira a existência das regras não limita a ação lúdica, a criança pode modificá-la, ausentar-se quando desejar, incluir novos membros, adotar as próprias regras, por fim, existe maior liberdade de ação para as crianças.
4.1 BRINQUEDOS
Ao brincar a criança entre em um mundo imaginário capaz de lhes fazer viajar por lugares nunca vivenciados e o brinquedo é a chave para esse mundo. Segundo Piaget (1989).
“Os métodos de educação exigem que se forneçam as crianças um material conveniente, a fim de que jogando, elas, cheguem a assimilar as realidades intelectuais, que sem isso, permanecerem exteriores à inteligência infantil”.
De acordo com a autora KISHIMOTO (1994) o brinquedo é representado como um “objeto suporte da brincadeira”, ou seja, brinquedo aqui estará concebido por objetos como piões, bonecas, carrinhos etc. Os brinquedos podem ser considerados: estruturados e não estruturados. São designados de brinquedos estruturados aqueles que já são adquiridos prontos, é o caso dos exemplos acima.
Os brinquedos não estruturados não são provenientes de indústrias, assim são simples objetos como paus ou pedras, que nas mãos das crianças adquirem novo significado, podendo transformar-se em um brinquedo. A pedra se transforma em comidinha e o pau se transforma em cavalinho. Desse modo, os brinquedos podem ser estruturados ou não estruturados dependendo de sua origem ou da alteração criativa da criança sobre o objeto.
5. METODOLOGIA DA PESQUISA
A Metodologia a ser trabalhada é do tipo qualitativa de cunho bibliográfico e descritivo, que visa o levantamento de dados na literatura sobre a Importância do brincar no ensino infantil para o processo aprendizagem a partir de uma pesquisa de revisão bibliográfica afim da conscientização de educadores e futuro educadores a respeito do brincar no processo de aprendizagem, a participação dos mesmos é de suma importância haja vista que através deles se podem chegar a uma solução que visa ajudar o aluno a superar essa dificuldade, tornando-o um individuo preparado para futuros desafios.
Strauss e Corbin (1998, p.10-11) conceituam pesquisa qualitativa como:
…qualquer tipo de pesquisa que produz descobertas não obtidas por procedimentos estatísticos ou outros meios de quantificação. Pode se referir à pesquisa sobre a vida das pessoas, experiências vividas, comportamentos, emoções, sentimentos, assim como funcionamento organizacional, fenômenos culturais e interações entre as nações (…) e a parte principal da análise é interpretativa.
Depois de realizada a revisão bibliográfica, foi definida a realização da pesquisa e reformuladas algumas perguntas que seriam feitas para os professores entrevistados.
Foram impressos os questionários necessários para a pesquisa. Em seguida dirigiu-se até a Escola de Ensino infantil localizado na zona urbana de Redenção-Pa. O objetivo foi realizar algumas brincadeiras com os alunos do Jardim 1 e depois a aplicação do questionário para os professores atuantes.
A quantidade de alunos pesquisados na sala de aula da Escola Engenheiro Palma Muniz compreendeu um total de 6 professores do ensino infantil, e todos responderam todas as 4perguntas.
.6. ANÁLISE E TABULAÇÃO DOS DADOS
Dos professores que responderão a pesquisa, 60% disseram que utilizam sim as brincadeiras em suas aulas diárias, 40% responderam que ás vezes e 0% não.
A análise desses dados mostrou que a grande maioria utilizam as brincadeiras como uma forma de dinamizar suas aulas. Por outro lado há aqueles que utilizam ás vezes. Nesses casos, cabe ao professor como despertador de conhecimento, buscar a motivação e compreenderem que as brincadeiras são de extrema importância para que os alunos possam se interessar e adquirir aprendizagem.
Segundo Piaget, (1949, p.39).
Não se aprende a experimentar simplesmente vendo o professor experimentar, ou dedicando-se a exercícios já previamente organizados: só se aprende a experimentar, tateando, por si mesmo, trabalhando ativamente, ou seja, em liberdade e dispondo de todo o tempo necessário (Piaget, 1949, p.39).
De acordo com o gráfico 2, pode-se observar que, quando perguntados aos professores o quanto é importante a utilização das brincadeiras para a aprendizagem de seus alunos, 83% responderam que consideram muito importante, 17% disseram que pouco e 0% irrelevante,ou seja sem importância.
Como se pode observar a maioria entende a importância da utilização das brincadeiras para o ensino aprendizagem dos alunos. Porém há aqueles que consideram pouco importante, é importante que esses professores possam entender que os jogos e brincadeiras podem facilitar o seu trabalho pedagógico.
Segundo GALLARDO (2003, p. 40). Nessa perspectiva, o indicado é saber o que a criança já sabe sobre o quê queremos que ela vivencie e assim utilizar esse conhecimento para aproximá-la do novo ou não vivenciado, dado que na maioria das vezes o “novo”, não é mais que uma variação do conhecido. Saber o que a criança sabe é o ponto de partida da ação pedagógica, já que o ponto de chegada nessa concepção não existe.
No gráfico 3, pode-se observar que para 60% dos professores entrevistados percebem que seus alunos tem maior participação nas aulas quando utilizadas as brincadeiras, 40% responderam que eles participam mais das aulas e 0% não notaram desinteresse nas aulas pelos alunos quando há brincadeiras.
Percebe-se que a maioria percebem as mudanças significativas em seus alunos e que as brincadeiras e jogos são o caminho para a aquisição de conhecimento. Para Winnicott (1975), a brincadeira é a realização das tendências que não podem ser imediatamente satisfeitas. Esses elementos da situação imaginária constituirão parte da atmosfera emocional do próprio brinquedo. Nesse sentido, a brincadeira representa o funcionamento da criança na zona proximal e em consequência, promove o desenvolvimento infantil. (VYGOTSKY, 1998).
De acordo com o gráfico 5, observa-se que 83% perceberam que seus alunos aprendem mais com as brincadeiras em sala de aula, 17% responderam que pouco e 0% não perceberam aquisição de aprendizado de seus alunos.
Percebe-se que embora a maioria conseguisse perceber que seus alunos aprendem mais brincando, há um percentual que não conseguiu perceber mudança relacionar inteiramente, devido à prática talvez não esta sendo realizada de maneira contínua.
Segundo BRASIL (1995, p. 58).
Para as crianças, a brincadeira é a melhor maneira de se comunicar, um meio para perguntar e explicar, um instrumento que ela tem para se relacionar com outras crianças. Brincando, as crianças aprendem muito sobre o mundo que as cerca e têm a oportunidade de procurar a melhor forma de se integrar a esse mundo que já encontraram pronto ao nascer.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com o estudo efetuado, com base no referencial teórico consultado pudemos aprofundar um pouco mais a reflexão que vem sendo feita pelos autores aqui citados, acerca da importância das brincadeiras na educação infantil para o processo de ensino aprendizagem.
O trabalho realizado atingiu os objetivos, tanto o geral como os específicos. E o objetivo principal foi o estudo e a verificação da utilização das brincadeiras e jogos feitos pelos professores da Escola de Ensino infantil.
Por meio dos resultados obtidos através questionários feitos com os professores podemos perceber pelas respostas que a utilização do lúdico por parte dos professores como prática pedagógica é de extrema importância haja vista que para eles é um grande facilitador para a aquisição de aprendizagem de seus alunos.
Entretanto, podemos perceber que há um percentual que não utilizam as brincadeiras pedagógicas frequentemente, por não achar muito importante. A respeito disso, é importante que esses professores entendam a importância de despertar no aluno o interesse necessário para a aquisição de conhecimento, e a utilização das brincadeiras e jogos são o melhor caminho para alcançar o resultado desejado.
Logo, espera-se através desse estudo contribuir para que a prática das brincadeiras feitas em sala de aula no ensino infantil possa ser trabalhada de maneira, mais eficaz e cotidianamente para que as crianças despertem o interesse em aprender brincando.
Vygotsky (1998, p.127) relata que “No brinquedo, no entanto, os objetos perdem sua força determinadora. A criança vê um objeto, mas age de maneira diferente em relação àquilo que vê. Assim, é alcançada uma condição em que a criança começa a agir independentemente daquilo que vê.” No brincar, a criança consegue separar pensamento, ou seja, significado de uma palavra de objetos, e a ação surge das ideias, não das coisas.
O professor é responsável pela aplicação teórica, e deve buscar técnicas metodológicas para aplicar a prática, ou seja, ele é um agente transformador, onde contribui para a transformação dos seus alunos.
Na Educação Infantil, o professor proporcionar aos seus alunos a aquisição de vivências e descobrimento de si mesmos. Através da prática de atividades como as brincadeiras fazem com que despertem o interesse e a motivação dos alunos.
Para Vygotsky (1998), o educador poderá fazer o uso de jogos, brincadeiras, histórias e outros, para que de forma lúdica a criança seja desafiada a pensar e resolver situações problemáticas, para que imite e recrie regras utilizadas pelo adulto.
Portanto, através do estudo e as reflexões apresentadas neste trabalho, é possível entender a importância das brincadeiras na educação infantil. Assim, através desta pesquisa buscou-se demonstrar que da ludicidade trabalhada na pré-escola é de muita relevância para o desenvolvimento infantil, pois é mais que comprovado que as crianças aprendem mais brincando, haja vista que brincar é essencial para as crianças, e deve-se diferenciar de acordo com a faixa etária trabalhada.
Segundo Piaget, focado no que os pequenos pensam sobre tempo, espaço e movimento, estudou como diferem as características do brincar de acordo com as faixas etárias. Ele descobriu que, enquanto os menores fazem descobertas com experimentações e atividades repetitivas, os maiores lidam com o desafio de compreender o outro e traçar regras comuns para as brincadeiras.
Conclui-se então que a brincadeira voltada para as crianças e aplicados em sala de aula facilita a aprendizagem e o desenvolvimento físico, social, cultural, afetivo e cognitivo. Enfim, desenvolve o sujeito como um todo. Portanto, a educação infantil deve considerar trabalhar atividades lúdicas no cotidiano escolar. Tornando mais fácil e interessante o processo de ensino e aprendizagem
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas I: magia e técnica. arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1994. http://www.anpae.org.br/simposio2011/cdrom2011/PDFs/trabalhosCompletos/comunicacoesRelatos/0020.pdf/acesso em 19/08/2015
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