A IMPORTÂNCIA DO PERSONAL TRAINER NO TREINAMENTO DE FORÇA: UMA REVISÃO DA LITERATURA

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.11123825


Alcione Freitas Gomes; Leandro José Souza Silva; Ociene Ramos Nogueira; Rosiane Said De Menezes; Tainá Ribeiro Rabelo; Prof. Msc. Elvis Geanderson Lima Do Vale Orientador


1. INTRODUÇÃO

Em meados de 1990 no Brasil, surgiu a profissão de personal training (PT) devido a forma em acompanhar a moda que circulava nessa época. Embora tenha surgido desta forma, hoje o trabalho do PT vem sendo utilizado por atletas em todo o mundo, mesmo antes do “modismo”, porém só ganhou visibilidade após astros de Hollywood se beneficiarem do trabalho do PT. (LOURENCI, 2022).

Podemos definir PT como profissional de educação física capaz de desenvolver atividade física baseado em programa particular, especial, que respeita a individualidade biológica, sendo essas atividades realizadas em horários preestabelecidos, com segurança, além de proporcionar um condicionamento adequado, com finalidade estética, de reabilitação de treinamento ou de manutenção das saúde. (FILHO et al. 2020). O Treinamento de força (TF), conhecido como uma efetiva ferramenta para o aumento da força, potência e resistência muscular; que para ser bem sucedido envolve uma interação adequada entre as variáveis agudas do treinamento. (ZARONI, 2021).

Apesar da prática de exercícios ser recomendação médica é importante salientar a necessidade do acompanhamento de um profissional qualificado, ou seja, o PT, afim de orientar o indivíduo na prática de exercícios físicos, sempre respeitando o limite físico de cada praticamente. (LOURENCI, 2022).

Segundo Lopes et al., foi avaliado os efeitos do personal trainer nas sessões de treinos de indivíduos experientes em TF na carga total levantada (CTL), número total de repetições (NTR), tempo sob tensão (TST) e na percepção subjetiva de esforço (PSE). Neste estudo, 15 homens treinandos realizaram duas sessões de treino com exercícios distribuídos ao corpo todo com CPT vs sem supervisão de personal trainer (SPT). Observou-se maior CTL, (p<0,001, ∆%=30), NTR (p<0,001, ∆%=29), TLT (p=0,003∆%=21) e PSE (p<0,001, ∆%=29) na condição CPT. (apud ZARONI, 2021, p. 2)..

O Conselho Federal de Educação Física (CONFEF), na resolução n°046 de 2002, relaciona a atividade física ao profissional Bacharel em Educação física de forma individualizada, oferecendo o serviço de treinamento físico personalizado. (FILHO et al., 2020).

A principal característica do PT é a sua forma de trabalho prático individualizada em todos os aspectos, assim sendo: social, psicológico, pedagógico, fisiológico etc. O mesmo deve proporcionar uma atividade com mais segurança, prazer, felicidade e com resultados mais significativos. (LOURENCI, 2022).

A orientação do PT vai além dos exercícios físicos, o mesmo acompanha de perto o desenvolvimento do cliente, contribuindo para um relacionamento mais estreito, porém de forma ética e respeitosa. (FILHO et al., 2020).

A prescrição e o acompanhamento individualizado de programas de TF são as principais funções do PT, ele tem a capacidade de relacionar a melhor combinação das variáveis do TF, supervisionado diariamente as sessões de seus clientes, garantindo a qualidade na técnica e execução dos exercícios, além do fornecimento da motivação e no reforço psicológico, aspectos neurais, ganhos de força muscular induzidos pelo treinamento são também induzidos por incrementos na massa muscular esquelética. (ZARONI, 2021).

Segundo Lourenci (2022), o campo de atuação do profissional abrange várias áreas e tende a expandir-se ainda mais, por isso exige que os profissionais voltados a essa área de atuação tenham domínio de diversas áreas de conhecimento para desempenhar a sua função

O interesse por este tema surgiu a partir de uma reflexão sobre como o personal trainer é visto perante a sua atuação no acompanhamento individualizado no treinamento de força, tanto nos aspectos físicos, quanto nos aspectos fisiológicos e sociais; atribuindo ao cliente motivação, causada pelo relacionamento do personal trainer com o mesmo nas atividades supervisionadas. Visto que a atuação desse profissional abrange um serviço de treinamento físico personalizado, caracterizado pelo trabalho prático e que compõe os aspectos social, psicológico, pedagógico, fisiológico; entendemos que a intervenção do PT pode ocorrer de forma individual ou coletiva.

Nesse sentido, a supervisão do treinamento de força individualizado especializado ajuda no controle das variáveis do TF, orientação de técnica de exercícios e no fornecimento da motivação e no reforço psicológico. (ZARONI, 2021).

Ao longo desta pesquisa iremos abordar a importância do personal trainer no Treino de força e suas principais atribuições na elaboração e associação do treinamento especializado, levando em consideração o indivíduo como um todo, não somente na prática da atividade física, mas também nós aspectos sociais, psicológicos, etc.

O problema central abordado neste estudo é entender como a presença e a orientação de personal trainers afetam o desempenho, a motivação e a segurança dos indivíduos que se envolvem em programas de treinamento de força.

2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Analisar de maneira abrangente a importância do personal trainer no treinamento de força, destacando os benefícios e a relevância em contar com um profissional qualificado nessa modalidade de treinamento.

2.2 Objetivos Específicos

  1. Revisar a literatura existente para identificar os principais benefícios do treinamento de força orientado por personal trainers, incluindo o aumento da força muscular, a prevenção de lesões e a melhoria da qualidade de vida;
  2. Avaliar como a orientação de personal trainers afeta a motivação, a aderência e os resultados a longo prazo dos indivíduos que participam de programas de treinamento de força;
  3. Sintetizar as principais conclusões dos estudos revisados e fornecer uma visão geral sobre o tema.

DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

O problema central abordado neste estudo é entender como a presença e orientação de personal trainers afetam o desempenho, a motivação e a segurança dos indivíduos que se envolvem em programas de treinamento de força.

4.  JUSTIFICATIVA

4.1  Pessoal

O interesse por este tema surgiu a partir de uma reflexão sobre como o personal trainer é visto perante a sua atuação no acompanhamento individualizado no treinamento de força, tanto nos aspectos físicos, quanto nos aspectos fisiológicos e sociais; atribuindo ao cliente motivação, causada pelo relacionamento do personal trainer com o mesmo nas atividades supervisionadas. Visto que a atuação desse profissional abrange um serviço de treinamento físico personalizado, caracterizado pelo trabalho prático e que compõe os aspectos social, psicológico, pedagógico, fisiológico; entendemos que a intervenção do PT pode ocorrer de forma individual ou coletiva.

4.2 Cientifica

A supervisão do treinamento de força individualizado especializado ajuda no controle das variáveis do TF, orientação de técnica de exercícios e no fornecimento da motivação e no reforço psicológico. (ZARONI, 2021).

4.3  Social

A cada dia o número de pessoas que buscam uma vida saudável, através dos exercícios físicos vem aumentando; além disso, há aquelas pessoas que estão preocupadas com sua estética e outras que se preocupam com a sua saúde, que nesse caso é a grande maioria. Portanto, a qualidade de vida é uma condição desejada pela maioria das pessoas que procuram praticar atividades físicas e acatam hábitos saudáveis. (SOUZA, DRUMMOND, SALGADO. 2019).

5. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA / TEÓRICA

5.1 Principais benefícios do treinamento de força sob a supervisão do Personal Trainer

O treinamento de força (TF) refere-se a uma intervenção em que os praticantes submetem um músculo ou grupos musculares a uma resistência externa, objetivando aumentar a força, potência, hipertrofia e desempenho motor, através de uma variedade de manifestações, como treinamento com pesos livres, aparelhos de musculação, peso corporal, etc. (DOMINSKI et al. 2020).

Zaroni et al. (2021), relata que o TF é reconhecido como uma efetiva ferramenta para o aumento da força, potência e até mesmo a resistência muscular.

Os benefícios da musculação vão muito além da estética, pois atua na diminuição do estresse, aumento na interação social, combate o sedentarismo e a aterosclerose, controla a hipertensão arterial, a obesidade, o diabetes mellitus, a osteoporose, etc. (SOUZA, DRUMMOND, SALGADO. 2018).

O PT é o profissional de educação física formado, e que através de todo o conhecimento adquirido durante a graduação em educação física e conforme a sua capacidade poderá elaborar programas de treinamento individualizado, que visam atender as necessidades e objetivos do cliente, respeitando o princípio da individualidade biológica. (LEHN, MOREIRA. 2023).

Personal training refere-se a um programa de treinamento individualizado, isto inclui orientação quanto à execução dos movimentos, sobrecarga, tempo de descanso e demais variáveis inerentes ao treinamento. (LEHN, MOREIRA. 2023).

É essencial evidenciar as diferenças nos termos “Personal Trainer” e “Personal Training”. O termo “Personal Trainer” se refere ao profissional de educação física, que atua como professor particular na atividade física, já o “Personal Training” (treino personalizado) se remete à atividade física executada, a partir do programa de treinamento individualizado. (ROSA, 2018).

A prescrição bem-sucedida de um programa de TF envolve uma interação adequada entre as variáveis agudas do treinamento, como a escolha e ordem de exercícios, intensidade, volume, intervalo de descanso (entre séries, sessões ou exercícios), ações musculares (concêntricas, excêntricas ou isométricas), velocidade de construção e frequência. Além disso, tornou-se progressivamente mais difícil induzir incrementos na força e massa muscular com aumento da experiência e nível de treinamento, aumentando a importância de uma rotina adequada. (ZARONI et al. 2021).

A atuação do PT abrange o indivíduo como um todo, tanto em seu cotidiano, como por exemplo, em seus hábitos, horas de sono, relações sociais e familiares, quanto em seu treinamento. (CARVALHO et al. 2023).

O treinamento de forca (TF) com supervisão pode afetar a carga total levantada (CTL), o número total de repetições (NTR), o tempo líquido sob tensão (TLT) e a percepção subjetiva de esforço (PSE) em indivíduos experientes em TF. (LOPES et al. 2020). No TF ocorrem algumas alterações devido a sobrecarga do treinamento, como o aumento da força muscular, fatores neurais e morfológicos nas etapas iniciais do treinamento. (MUNHOZ, OURIQUES. 2020).

Por isso, a manipulação o manuseio das variáveis agudas do programa de TF indica ser determinado para aumentar de forma significativa as adaptações induzidas por este tipo de treinamento. É evidente que a periodização ou a mudança constante de uma ou mais variáveis do TF podem quebrar períodos de maior estagnação fisiológico, e assim, diminui o aspecto monótono do treinamento. (ZARONI et al. 2021).

A prescrição individualizada e o acompanhamento das sessões de treinamento de força (TF) são as principais funções do personal trainer. O mesmo seleciona a melhor combinação das variáveis agudas do TF, esse profissional deve supervisionar diariamente as sessões de seus clientes para garantir que a técnica e a intensidade adequada sejam utilizadas nos exercícios (LOPES et al. 2020). A prática regular do TF é recomendada para a população em geral, é sugerido pelo American College of Sports Medicine que o treinamento seja feito por pelo menos duas vezes por semana com duração de 30 minutos cada seção. (DOMINSKI et al. 2020).

Estudos prévios investigando praticantes iniciantes sugerem que a supervisão de um personal trainer afeta positivamente as cargas auto selecionadas e causam maiores índices de esforço percebido na sessão de TF. (LOPES et al. 2020). Os ganhos de força obtidos são principalmente por adaptações neurais, logo após, vêm os ganhos e adaptações morfológicas, enquanto as neurais diminuem. O ganho da força depende da otimização dessas adaptações durante o treinamento. (MUNHOZ, OURIQUES. 2020).

O PT saberá prescrever e orientar os exercícios físicos, considerando todos os aspectos e característica de cada indivíduo, respeitando suas necessidades pessoais, ele oferece uma aula personalizada, observando o aluno e percebendo o que o motiva a praticar os exercícios. Se os exercícios físicos forem praticados regularmente, constituirão uma causa importante para a qualidade de vida, que possibilitem benefícios tanto para o estado físico, quanto para o psicológico e social, e que não se limitam a idade ou sexo. (SOUZA, DRUMMOND, SALGADO. 2019).

Alguns do fatores que levam as pessoas a procurar um PT são: melhores resultados, mais atenção na execução dos exercícios, exclusividade no treino e principalmente segurança. A motivação é um fator que se destaca quando se fala da aderência do PT, pois o mesmo oferece através de seu método de trabalho compromisso para a obtenção de resultados satisfatórios e profissionalismo. (CARVALHO et al. 2023).

Além dos aspectos neurais, os ganhos de força muscular induzidos pelo treinamento são também induzidos por incrementos na massa muscular esquelética. O treinamento supervisionado pelo PT potencializa as adaptações morfológicas induzidas pelo TF. (ZARONI et al. 2021).

A busca por saúde, qualidade de vida e estética aumenta a busca pelo PT, os indivíduos buscam resultados satisfatórios. (CARVALHO et al. 2023).

Segundo Lopes et al. (2020), o número total de repetições, a carga total levantada, o tempo líquido sob tensão e a percepção subjetiva de esforço foram significativamente maiores na sessão de TF com a supervisão de um Personal Trainer quando comparada à sessão sem supervisão. Quatro estudos investigaram a influência do personal trainer na intensidade planejada pelo profissional vs. Pelos próprios alunos, relatou-se que quando a programação de treino era planejada pelo PT o número de repetições e a carga total levantada, e a PSE eram maiores. Assim, parece que o treinamento de força quando supervisionado pelo PT pode potencializar os resultados em força, percepção de que o treinamento foi extenuante, e posteriormente resultados objetivados pelo aluno. (CARVALHO, 2023).

O treinamento de força, há muito tempo está entre as principais tendências fitness, devido aos vários benefícios que ele possibilita e também ao fácil acesso da população a esse tipo de treinamento. Há provas de que a prática de TF traz benefícios e colabora para a manutenção da saúde e no tratamento de doenças, porém esse é um tema pouco investigado nas demais áreas das ciências da saúde. É evidente que essa temática não deve ficar restrita à educação física, é necessário expandir e investigar sobre o assunto nas demais áreas de conhecimento que incorporam as ciências da saúde. (DOMINSKI et al. 2020).

Claramente a função de PT deve ser desempenhada por alguém capacitado e regulamentado pelos órgãos que regem a realização das atividades desses profissionais, pois do contrário pode trazer sérios prejuízos aos envolvidos. (SILVA. 2019).

É fato que o programa de treinamento de força sob a supervisão do personal trainer fornece benefícios superiores em parâmetros morfológicos, se comparado a condição de não supervisionado. Porém é analisado de maneira escassa pela literatura. (ZARONI et al. 2021).

5.2 O treinamento de força na prevenção de lesões e melhoria da qualidade de vida

O exercício físico expandiu-se a partir do momento em que foi evidenciado através dos meios de comunicação tecnológicos, e devido ao entendimento das relações interpessoais, observou-se a inovação nos métodos de condicionamento físico, na alimentação, e na busca pela qualidade de vida. (CARVALHO et al. 2023).

A atividade física tornou-se uma das principais recomendações médicas, pois auxilia na prevenção de doenças, e o indivíduo ao praticá-la exercita não somente o corpo, mas também ocupa a mente o que contribui para a qualidade de vida do ser humano, além de diminuir o índice de mortalidade relacionados a doenças que têm como fator de risco o sedentarismo. (SILVA, 2019).

A qualidade de vida é um fenômeno que abrange diversas dimensões do ser humano, atribuídos a vários estudos na comunicação científica, as ciências do esporte, hoje é uma das que mais se preocupam com a relação da qualidade de vida em conjunto com a Educação Física e que o termo citado é uma construção cada vez mais científica e primorosa. (FRADE et al. 2018).

O treinamento de força deve ser um dos meios para prevenir lesões, tal como referindo quando os músculos, ossos, tendões e ligamentos estão mais fortes, o risco de lesioná-los é menor. (MENDANHA. 2022).

O Treinamento de força (TF), é uma ação em que as pessoas que o praticam sujeitam um ou vários músculos a uma resistência interna, essa ação busca aumento de força, potência, a hipertrofia e o desempenho motor, através de várias formas, como o treinamento com pesos livres, a utilização do peso corporal, ou os aparelhos de musculação. (DOMINSKI et al. 2020).

Souza, Drummond, Salgado (2018), diz que se praticados de forma regular, os exercícios físicos constituem um fator importante para a qualidade de vida, possibilitando benefícios sobre o estado físico, psicológico e social, independente da idade ou sexo.

No entanto, a prática de exercícios físicos deve ser supervisionada por um profissional de educação física capacitado, a fim de prevenir lesões. (SILVA, 2019).

O treinamento individualizado se conceitua a partir de atividade física que é desenvolvida baseada em programa articular, especial, que respeita a individualidade biológica, e que é acompanhado pelo profissional de educação física, é desenvolvida em horários preestabelecidos que podem ser por finalidade estética, de reabilitação, de treinamento ou de manutenção de saúde. (ROSA. 2018).

A prática de esportes ou atividades físicas é importante para cuidar da saúde, mas é preciso executá-los de forma informada e sem excessos, devido ao risco de lesões que afetam o sistema musculoesquelético. Sabe-se que o Treino de Força (TF) é uma estratégia que auxilia na melhora dos aspectos físicos, psicossociais, motores e na qualidade de vida. Incluindo vários benefícios, como: aumento de força, agilidade, coordenação motora e aumento do sistema cardiovascular; além da prevenção de lesões, fortalecendo ligamentos, tendões e ossos. (MENDANHA, SCHMIDT. 2022).

O local mais habitual para atuação do PT são as academias, pois oferecem várias formas de treinamento, incluindo o treinamento de força, aeróbios, funcionais e treinamentos técnicos. As academias se destacam em meio às pessoas que procuram melhoria na qualidade de vida e estética. (ROSA. 2018).

Sabe-se que o treino de força é a estratégia perfeita quando se trata de aperfeiçoamento dos aspectos físicos, psicossociais, motores e da qualidade de vida. Estão entre seus benefícios o aumento de força, agilidade, coordenação motora, o aumento do sistema cardiovascular e também, a prevenção de lesões, pois o TF fortalece os ligamentos, tendões e ossos. (MENDANHA, 2022).

Não podemos deixar de citar o trampolim que foram as olimpíadas para destacar o trabalho do PT, pois o mesmo pode treinar um atleta em menor tempo e de forma individual e mais segura, pois está capacitado para atender os limites do corpo do atleta sem colocar sua saúde em risco. (SILVA. 2019).

Percebe-se que o treinamento de força, quando é supervisionado pelo PT busca potencializar os resultados em força, por isso, leva a crer que o treinamento foi extenuante, e consequentemente os alunos alcançam seus objetivos. (CARVALHO et al. 2023).

Observou-se que os motivos mais recorrentes que levam à contratação dos serviços do PT são: aceleração dos resultados, segurança técnica para execução, aumento de autodisciplina com a atividade física, motivação, prescrição individualizada/variada e capacitação técnica do profissional. (ROSA. 2018).

Segundo Mendanha (2022), um estudo apresentou propostas de programas de intervenção para a prevenção de lesões mais eficiente que retrata o treinamento de força.

Entre os benefícios advindos da prática do TF, podemos destacar a redução na taxa de mortalidade, controle do peso, pressão arterial e diabetes e aumento da qualidade de vida. (DOMINSKI et al. 2020).

Há lesões que não são evitadas, porque acontecem acidentalmente, mas há aquelas que são resultado direto de más práticas. Dependendo de como ocorrem, as lesões esportivas se dividem em dois tipos: as lesões esportivas agudas, que são caracterizadas pelo fato de ocorrerem repentinamente, como por exemplo, entorses de tornozelos, ou fraturas nas pernas ou nas mãos. E o outro tipo são as lesões esportivas crônicas, caracterizadas pelo aparecimento periódico, surgem após a prática continuada de um esporte ao longo do tempo. (LOURENCI, 2022).

É necessário evidenciar a importância do PT em concentrar-se em trabalhar apenas com o que ele sabe fazer de melhor, se o profissional é especializado em TF e o aluno busca melhores resultados nessa área, isso diminui drasticamente as chances do aluno/cliente em se frustrar ou desistir do treinamento personalizado. (ROSA. 2018).

A prática regular do TF é recomendada para a população em geral, é necessário que seja feito ao menos duas vezes na semana e com duração de pelo menos 30 minutos em cada seção, dentre os vários benefícios podemos destacar o aumento da qualidade de vida. (DOMINSKI et al. 2020).

A partir da anamnese do aluno feita anteriormente pelo profissional, o mesmo deverá desenvolver o programa de treinamento junto ao seu aluno/cliente; respeitando suas queixas, objetivos, suas limitações, sua condição física atual e seu tempo disponível para sessão de treinamento. (ROSA. 2018).

O TF ajuda a prevenir lesões musculares e nas articulações, promovendo agilidade nas ações que dependem de força, favorecendo o desenvolvimento de outras habilidades que envolvem a velocidade, coordenação e resistência. (MENDANHA, SCHMIDT. 2022).

O estudo de Lourenci (2022), destaca que a ocorrência de lesões em cadetes de uma academia militar são frequentes e de diversos tipos, como: canelite, tendinite, fratura por estresse, entorse e luxação no ombro. Tais problemas podem ocorrer devido a vários fatores, dentre eles a intensidade das atividades físicas, má alimentação, falta de repouso, uma preparação física ineficiente, levando em consideração o princípio da individualidade biológica, seja para recuperação ou evolução do indivíduo. Nesses casos, um treinamento de força apropriado para a rotina desses cadetes poderia ser eficaz para a prevenção de lesões.

Um programa de treinamento deve respeitar o indivíduo em sua totalidade, relevando seus objetivos gerais que envolvem melhoria e manutenção da saúde, procuram também evitar lesões e o desenvolvimento de consciência corporal, fortalecendo todos os grupos musculares. (ROSA. 2018).

A busca pela saúde e qualidade de vida são apenas alguns dos fatores que levam os indivíduos a procura do treino de força supervisionada pelo personal trainer, pois os mesmos procuram resultados satisfatórios. (CARVALHO et al. 2021).

5.3 O personal trainer e sua atuação no treinamento de força

Hoje em dia as pessoas buscam investir um profissional de educação física (personal trainer) com interesse em elaborar um programa de treinamento personalizado, a fim de atingirem seus objetivos. Isso está relacionado a população que está mais ativa e buscando praticar exercícios físicos como, por exemplo, a musculação. Desse modo a atuação do personal trainer aumentou significativamente, o mesmo que tem a função de planejar e acompanhar de forma dinâmica o treinamento do cliente, pois esse profissional tem conhecimentos adquiridos em sua formação, que lhe permitem planejar o treinamento de forma segura e eficiente, respeitando as individualidades biológicas de seus clientes. (ROSA, 2018).

O trabalho do PT é caracterizado como uma forma de trabalho prático, que envolve a atividade individualizada em todos os aspectos que englobam a situação social, psicológica, fisiológica e pedagógica. Elevando essa prática com segurança, prazer, felicidade e com resultados mais satisfatórios. (SILVA, 2019).

O personal trainer (PT) tem como principais funções a prescrição e o acompanhamento individualizado no programa de treinamento de força (TF), através de seu conhecimento técnico-científico o mesmo consegue elaborar um programa que tenha a melhor combinação de variáveis do TF, ele deverá supervisionar diariamente as sessões de seus clientes, devendo garantir que a técnica, execução e a intensidade estejam adequadas durante a prática dos exercícios. (ZARONI et al. 2021).

Lehn, Moreira (2023), relata que após a leitura de vários artigos foi possível evidenciar que esse meio fitness criou uma imagem padrão aos profissionais de educação física, ou seja, devem ser atuantes em academia, devem possuir um corpo escultural/desenhados pelos exercícios físicos; e a consequência disso são profissionais que descartam componentes como: conhecimento científico e profissionalismo.

O desenvolvimento de um treinamento personalizado deverá representar um investimento expressivo por parte do personal trainer, pois além do conhecimento nas áreas que abrangem a Educação Física (anatomia, fisiologia, biomecânica, bioquímica, nutrição), deverá abranger os conhecimentos sobre avaliação física, planejamento, prescrição e supervisão. (CARVALHO et al. 2023).

Ao buscar a contratação do PT às pessoas analisam fatores como, por exemplo, o trabalho do profissional com outros alunos, observam sua postura, pontualidade, aparência, valor do serviço, conhecimento técnico-científico, indicações de amigos e se tem parcerias com outros profissionais que podem complementar a área fitness. Segundo algumas pesquisas, esses são os principais fatores que levam à contratação deste profissional. (LEHN, MOREIRA. 2023).

É de responsabilidade do PT o cuidar integral de seus alunos, isto envolve o conjunto de fatores que compõem cada um deles, como por exemplo, o acompanhamento durante o processo de execução das atividades físicas, que propõe alcança seus objetivos, dentre eles a qualidade de vida. (SILVA, 2019).

É de suma importância que o profissional esteja capacitado tanto cientificamente quanto tecnicamente, isto envolve os conhecimentos em biomecânica, fisiologia, anatomia e além disso deve possuir todos os componentes presentes nos cursos de graduação, pois assim conseguirá desempenhar seu trabalho de forma segura e eficaz, afim de saber lidar com a individualidade e limites de cada aluno. (LEHN, MOREIRA. 2023).

A função do profissional de educação física deve ser percebida com seriedade, tendo o PT a obrigação de estar qualificado a desenvolver e prescrever programas de treinamento físico individualizado, e preferencialmente o mesmo deve ter conhecimento nas áreas de treinamento desportivo, deve também conhecer a fisiologia do exercício, anatomia e biomecânica do movimento. (SILVA. 2019).

Alguns fatores que levam as pessoas a manter a prática de exercícios físicos são: a saúde, melhoria na qualidade de vida, estética e bem-estar. E os fatores que os levam a buscar um profissional trainer estão relacionados a competência desse profissional, ao alcance de metas, os resultados, a motivação por parte do mesmo, dentre outros. (CARVALHO et al. 2023).

Atuar como PT vai além de montar alguns exercícios de determinado seguimento muscular, é saber levar em consideração a individualidade de cada cliente, observando suas limitações, seus objetivos e suas metas, a principal função deste profissional é traçar os objetivos junto aos seus clientes de forma que seja possível alcançar bons resultados dentro de suas possibilidades e limitações. (ROSA. 2018).

O treinamento individualizado especializado e supervisionado pelo PT ajuda no controle das variáveis do programa de TF, como: orientação de técnica de exercícios, e no fornecimento da motivação e reforço psicológico. (ZARONI et al. 2021).

Parece que o treinamento de força, quando supervisionado pelo PT pode potencializar os resultados em força, percepção de que o treinamento foi extenuante, e posteriormente, resultados objetivados pelo aluno. (CARVALHO et al. 2023).

Além de todo o conhecimento e técnica, o profissional precisa conhecer os aspectos motivacionais que levam uma pessoa a praticar atividade física, para que a mesma tenha maior adesão ao treinamento. Podemos citar então a teoria da autodeterminação, que segundo seus autores Richard M. Ryan e Edward L. Deci (1985), para que uma pessoa seja ou se mantenha motivada é necessário alimentar as necessidades psicológicas, que são a autonomia, vínculo social e capacidade. Dividindo estas capacidades em três esferas da autodeterminação, que são elas: motivação intrínseca, extrínseca e a motivação. (ROSA, 2018).

Estar motivado é de extrema importância, as ferramentas motivacionais são de suma importância para os profissionais de educação física, estas permitem saber como funcionam melhor os elementos que integram a dinâmica desses fatores. (SOUZA, DRUMMOND, SALGADO. 2018).

Segundo Carvalho (2023), nos aspectos motivacionais, alguns alunos relataram que ao irem nas aulas os motivos atribuem-se ao bem-estar e saúde, ao passo que o personal trainer colabora para essa motivação, propondo exercícios novos, dando atenção, preservando o cuidado do aluno. Relata ainda que alguns aspectos que poderiam interferir na motivação, ou seja, desmotivar, seriam a falta de atenção, exagero no treino ou por desânimo do PT. O bom humor, elogio do treino, competência e sinceridade são as principais características que o personal deve ter.

A orientação do PT inclui muito mais que as definições de exercícios, ele acompanha de perto o desenvolvimento do cliente, com conhecimento teórico, prático, interpretações de condições físicas, psíquicas, emocionais e sociais. Isso contribui para que um relacionamento mais estreito seja construindo entre profissional e cliente, dentro de um ambiente ético e respeitoso. (FILHO, 2020).

Segundo Zaroni et al. (2021), uma maior proporção de supervisão parece induzir alterações de maior magnitude na força muscular e composição corporal do que a taxa de supervisão mais baixa durante programas de treinamento de força.

6. METODOLOGIA

Tipo de estudo

Este estudo de revisão de literatura foi conduzido utilizando o método de síntese de conhecimento conhecido como revisão integrativa (RI), conforme orientado pelo Joanna Briggs Institute Reviewer’s Manual (AROMATARIS; MUNN, 2020). O processo de revisão seguiu as etapas padrão, que incluíram a formulação da questão de pesquisa, a busca na literatura para identificar os estudos primários relevantes, a avaliação crítica dos estudos primários, a análise dos dados coletados e a apresentação dos resultados da revisão (WHITTEMORE; KNAFL, 2005).

6.1 Delineamento da pesquisa

Está revisão de literatura se concentrará na análise de estudos e pesquisas publicados nos últimos cinco anos (2018 – 2023) que exploram o papel e a influência dos personal trainers no treinamento de força, bem como os benefícios associados à orientação profissional nessa área.

Período

A realização do estudo ocorreu no período de agosto de 2023 a outubro de 2023.

Critérios de seleção

Os critérios de inclusão adotados para conduzir esta RI foram definidos da seguinte forma: foram considerados elegíveis estudos primários nos quais os pesquisadores investigaram qual a importância do personal trainer no treinamento de força. Além disso, foram aceitos estudos publicados em inglês, português ou espanhol, no período de janeiro de 2018 a abril de 2023.

Com o objetivo de garantir a qualidade e a relevância dos estudos incorporados à revisão, foram excluídos da análise outros tipos de documentos, tais como editoriais, cartas de resposta, estudos secundários (como revisões sistemáticas), relatos de experiência ou opiniões de especialistas. Essa delimitação temporal foi estabelecida para controlar o volume de estudos primários incluídos, evitando uma sobrecarga de informações que poderia prejudicar a condução da revisão integrativa ou introduzir vieses nas fases subsequentes do método.

Definição da amostra

Para a busca dos estudos primários, foram escolhidas três bases de dados que são altamente pertinentes para o campo da saúde e educação física. Essas bases incluem a Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Portal de Periódicos Capes e a Scientific Electronic Library Online (SciELO) e a Periódicos Capes. Essa seleção abrange uma ampla gama de fontes confiáveis que garantem uma abordagem abrangente na coleta de dados para a revisão.

Os três componentes do acrônimo PECO foram utilizados em diferentes combinações de descritores controlados, palavras-chave e operadores booleanos AND e OR durante a formulação das estratégias de busca nas bases de dados. Isso possibilitou uma abordagem abrangente na pesquisa das publicações, assegurando a inclusão de estudos relevantes para a revisão.

Neste estudo, foram selecionados descritores controlados dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e utilizadas estratégias de busca em três bases de dados, LILACS, Periódicos Capes e SciELO. Além disso, as estratégias definitivas de busca para as publicações foram aplicadas em ambas as bases de dados (tabela 01).

A seleção dos estudos foi conduzida mediante a análise dos títulos e resumos das publicações, com base na pergunta de interesse da RI e nos critérios de inclusão pré definidos. Essa etapa foi executada de maneira independente e com mascaramento por dois revisores. O mascaramento foi posteriormente desvendado, permitindo que, em reuniões de consenso, os revisores procedessem à seleção dos estudos primários a serem lidos na íntegra. É importante salientar que, durante essas   reuniões, um terceiro revisor desempenhou um papel de apoio nas discussões.

A análise completa dos estudos primários escolhidos foi conduzida de maneira independente por dois revisores. No caso de discordâncias ou dúvidas, recorreu-se a um terceiro revisor para resolver as questões em pauta e auxiliar na determinação final dos estudos a serem incluídos na amostra da RI.

Adicionalmente à pesquisa nas bases de dados, um dos revisores conduziu uma busca manual nas referências dos estudos primários que foram incorporados à RI. No entanto, é importante ressaltar que essa estratégia não resultou na inclusão de novos estudos. O processo de busca e seleção dos estudos primários foi realizado no período compreendido entre agosto de 2023 e outubro de 2023.

  Tabela 01. Estratégia de busca
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Periódicos CapesQualquer campo contém (Personal Trainer AND Treinamento de Força) E Qualquer campo contém (personal trainer OR Treinamento de Força OR Performance) ESCOPO: Padrão / Buscar tudo Tipo de material: Artigos; Data de publicação:                       5-YEAR; Disponibilidade: Acesso Aberto ;Disponibilidade: Periódicos revisados por pares ;Disponibilidade: Recurso On- line ;Tipo de recurso: Artigos ;Data de Criação: 2018-2023 ;Idioma: PortuguêsOR= 6.470 AND= 525/09/2023
SciELOExpressão: (Personal Trainer OR Treinamento de Força OR Performance) AND (Treinamento de Força OR Personal Trainer) Filtros aplicados: (Idioma: Português) (Ano de publicação: 2018) (Ano de publicação: 2022) (Tipo de literatura: Artigo)OR = 100 AND= 225/09/2023
  LILACS  Qualquer campo contémOR= 4.383 após filtro 450 AND= 5  25/09/2023
 (Personal Trainer OR Treinamento de Força OR Performance) E Qualquer campo contém (Treinamento de Força OR Personal Trainer) ESCOPO: Padrão / Buscar tudo Tipo de material: Artigos; Data de publicação:                        5-YEAR; Disponibilidade: Acesso Aberto ;Disponibilidade: Periódicos  revisados  por  pares ;Disponibilidade: Recurso On-line ;Tipo de recurso: Artigos ;Data de Criação: 2018-2023 ;Idioma: Português  

7. RESULTADOS E DISCUSSÃO

7.1  RESULTADOS

Após o levantamento e definição da amostra foram considerados elegíveis artigos que se enquadram nos objetivos e nos critérios de inclusão. A tabela 2 mostra os autores, ano dos estudos, objetivo e os resultados abordando um tema relevante na atualidade, onde foi necessário uma análise criteriosa relacionada a importância do personal trainer no treinamento de força.

AutoresOBJETIVORESULTADOS
01CARVALHO et al. (2023)Investigar os efeitos da contratação do personal trainer na musculação.É importante que o personal trainer coloque em prática os aprendizados de forma gradual com boa qualidade de atendimento, para que garanta o resultado do  seu  cliente  obtendo  destaque  no mercado de trabalho.
02DOMINSK et al. (2020)Analisar a distribuição geográfica, evolução e produção científica dos grupos de pesquisa em treinamento de força no Brasil.De 2014 a 2018 foram produzidos 431 artigos pelos líderes dos GP brasileiros vinculados a área de TF, 264 (61,25%) estudos publicados por GP e 167 (38,75%) publicados por GNE.
03FILHO et al. (2020)Traçar o perfil do personal trainer com questionário digital aprovado pelo Comitê de Ética (2.230.073).A  possível  não  dedicação  exclusiva, segundo número de clientes, pode ser uma forma de complementar rendimentos.
04FRADE et al. (2018)Investigar a melhoria da qualidade de vida dos clientes após a contratação do personal trainer.Através da pesquisa foi possível destacar a atuação do PT no tocante a melhoria dos resultados almejados através das correções posturais cadência do exercício e carga correta.
05LEHN, MOREIRA. (2023)Buscar explicar o trabalho do PT e os fatores que os alunos analisam para decidir sobre a contratação do serviço.Os resultados explicam os possíveis motivos da crescente do treinamento personalizado assim como os fatores que os alunos utilizam para aderir a tal serviço.
06LOPES et al. (2020)Avaliar o efeito da supervisão do PT     na     sessão     de     indivíduos experientes em TF.As sessões de treinamento de força com supervisão de um personal trainer afetam positivamente as variáveis do treinamento.
07LOURENCI, Matheus. (2022)Analisar como o treinamento de força colabora para a prevenção de lesões em decorrência de atividades.Este estudo sobre fortalecimento muscular poderá agregar conhecimento para que o TF possa a vir ter sua carga horária aumentada pela sessão de educação física, permitindo uma evolução física saudável ou   uma   manutenção   de   bom condicionamento.
08MENDANHA, Lucas. (2022)Compreender e analisar a eficiência de programas de treinamento de força com a intenção de prevenir lesões em atletas profissionais de futebol.Encontrou-se 35% de lesões nos músculos adutores, mas quando colocados em programas de treinamento de força usando faixas elásticas com carga, houve aumento de força.
09MUNHOZ, Celso. (2020).Identificar a influência da frequência de treinamento sobre a hipertrofia muscular.Os estudos mais relevantes para identificar a influência da frequência de treinamento sobre hipertrofia muscular, devem expor a relação TF e a variável frequência de treino.
10ROSA, Justino (2018)Identificar os principais aspectos motivacionais dos praticantes de atividade física para que o personal trainer possa utilizar como objetivo de motivar e manter seu aluno motivado durante o programa de treinamento.Não é possível apontar resultado do programa de treinamento se o aluno não for avaliado antes e depois, o personal trainer pode traçar metas e estratégias na busca por melhores resultados.
11SILVA, Davison. (2019)Identificar      a      importância      do personal trainer na orientação na qualidade de vida do idoso.Este estudo evidenciou a importância do personal trainer na orientação do aluno no treinamento/atividade física.
12SOUZA, DRUMMOND, SALGADO. (2018).Identificou quais dimensões motivacionais estimulam esses clientes a buscar por este serviço de personal trainer.A saúde foi a dimensão mais determinante para prática de exercício físico com acompanhamento do personal trainer.
13ZARONI, Rafael. (2021)Revisar os efeitos de programas supervisionados por personal trainer no treinamento de força.A atuação do PT na prescrição e execução dos programas de treinamento de força parece  trazer  benefícios  superiores  a programas não orientados.

Tabela 2. Representação dos artigos mais relevantes para esta revisão.

7.2  DISCUSSÃO

Silva (2019), enfatiza que a prática de exercícios físicos, apesar de ser uma recomendação médica, necessita de um profissional capacitado, as pessoas precisam procurar um profissional que possa acompanhá-las em seus treinos diários, ou seja, é necessário um profissional capacitado e habilitado. Dessa forma, o personal trainer é apontado como o profissional responsável pelo planejamento, e orientação na prática de exercícios físicos, e que respeita os limites físicos de cada indivíduo.

Em sua pesquisa Souza, Drummond, Salgado (2018), relataram que há alguns fatores que levam os indivíduos a buscarem orientação do personal trainer na prática de exercícios físicos, esses fatores envolvem a saúde, ganho de massa magra, estética, resultados mais rápidos, perda de peso e correção postural.

O treinamento personalizado é proposto a pessoas que desejam um treinamento com melhores resultados, o personal trainer é um profissional capacitado, pois o mesmo dispõe de conhecimentos necessários para desenvolver as capacidades físicas que promovem melhor desempenho nas sessões de treino, e por consequência resultados mais abrangentes. O PT é capaz de elaborar programas específicos que estão de acordo com os objetivos de cada cliente, além de acompanhá-los durante os treinos; um dos maiores desafios que o PT encontra é atender às expectativas dos clientes, além de orientá-los respeitando cada planejamento elaborado anteriormente. (ROSA, 2018).

A organização, avaliação, a prescrição e a orientação devem ser estruturadas com bases fortemente ligadas ao treinamento sendo ele desportivo, a biomecânica e a fisiologia do exercício. E referente a contratação do personal trainer é possível ver o trabalho individual e especializado, que detém todos os ingredientes para um máximo de desempenho de treinos extremamente específicos para cada indivíduo. (FRADE, 2018).

No que tange ao campo da ciência dos exercícios, o treinamento de força possui diferentes significados, ele pode ser considerado desde o ponto de vista físico-mecânico até ponto de vista fisiológico, a partir daí surgem diversos caminhos a serem percorridos através de fatores como os objetivos do trabalho, a magnitude da resistência a superar, etc. Há alguns elementos que devem ser levados em consideração no planejamento do treinamento de força, esse planejamento envolve algumas etapas que aumentam as chances de sucesso no processo de execução, incluindo e propondo um critério de design para a programação do TF com base nas variáveis a seguir: análise das necessidades, seleção de exercícios, frequência de treinamento, ordem dos exercícios, carga de treino e repetições, volume e período de recuperação. (LOURENCI, 2022).

A atuação do PT ao prescrever os exercícios físicos e ao executar os programas de musculação, parece trazer melhores resultados do que programas de treinamento não supervisionados. É necessário estimular a contratação do personal trainer devido a potencialização dos benefícios que estão relacionados à prática desses exercícios. (CARVALHO et al., 2023).

Devido a prática da musculação há um aumento da força muscular, e isso promove uma modificação morfológica, ou seja, a hipertrofia muscular que se caracteriza como o aumento do volume de determinado músculo devido ao aumento da área de seção transversa das fibras que constituem esse músculo. O treinamento de força causa adaptações benéficas ao organismo humano, isso quer dizer que o TF proporciona melhora nas aptidões físicas associadas à saúde, no condicionamento físico e na longevidade. (MUNHOZ, 2020).

Mendanha (2022), enfatiza que o treinamento de força (TF) é uma ótima estratégia na busca pela melhoria da aparência física, melhora psicossocial, motora e da qualidade de vida. Alguns dos benefícios que o TF sob a supervisão de um PT pode trazer são: aumento de força, agilidade, coordenação motora, a prevenção de lesões, além de fortalecer ligamentos, tendões e ossos e aumento do sistema cardiovascular.

É possível observar que atualmente houve um aumento na produção de conhecimento sobre o treinamento de força, isso está associados aos grupos de pesquisa, e por mais que seja evidente que a prática do treinamento de força traga benefícios a manutenção da saúde e na recuperação do indivíduo, ainda assim, esse é um tema pouco investigado nas outras áreas da saúde. (DOMINSK, 2020).

Outros benefícios citados na literatura, são: correção dos movimentos, correção da postura e segurança. O PT possui conhecimento técnico – científico fazendo com que haja rapidez nos resultados, pois o mesmo tem competência para planejar, motivar, além de acompanhar o treinamento; a assessoria do PT dá ao aluno motivação no alcance de sua metas e objetivos de treino. (LEHN, 2023).

Um estudo comparou e conclui que o TF supervisionado por um PT selecionou intensidades significativamente maiores no aparelho leg press e supino reto se comparado ao grupo não supervisionado. O resultado do TF realizado com a supervisão do PT é significativamente maior, pois leva a maiores valores iniciais de força e maior intensidade no treino. (ZARONI, 2021). Lopes et al (2020), avaliou como a supervisão do personal trainer (PT) pode influenciar os indivíduos na sessão de treinamento de força (TF). Indivíduos

experientes em TF na carga total levantada (CTL), número total de repetições (NTR), tempo sob tensão (TST) e na percepção subjetiva de espaço (PSE), o resultado foi que as sessões que estavam sob a supervisão do PT interferiram positivamente nos parâmetros de carga externa e interna.

Outro estudo relatado por Zaroni (2021), observou que, um grupo de homens submetidos a 12 semanas de TF supervisionado pelo PT, realizou as séries com maior carga (kg), maior aumento de força máxima dos exercícios supino reto e agachamento do que o grupo não supervisionado. Esse mesmo autor compara outros estudos em sua revisão, e sugere que a realização do TF sob a supervisão do PT dispõe aos indivíduos melhor performance durante as sessões dos exercícios, se realizados rotineiramente resulta em incrementos de força de maior magnitude. E enfatiza que estudos sobre a supervisão do PT no treinamento de força são escassos, mas ressalta que o TF contribui na potencialização das adaptações morfológicas e isso inclui benefícios nos parâmetros morfológicos.

Segundo os resultados obtidos após a pesquisa de revisão normativa, observou-se que a atuação do personal trainer no treinamento corrobora na melhoria dos resultados desejados através das correções posturais, cadência do exercício e carga correta. (LEHN, 2023).

O desempenho das funções relacionadas ao personal trainer não está apenas em nomear exercícios ou determinados seguimentos musculares, mas sua atuação também envolve saber respeitar a individualidade dos seus alunos/clientes, suas limitações, seus objetivos e metas. É saber traçar os objetivos conforme as necessidades de seus clientes, sendo possível alcançar um bom desempenho na medida de suas possibilidades e limitações. (ROSA, 2018).

Sendo assim, faz-se necessária a realização de mais estudos adquirindo instrumentos que permitam avaliar as adaptações de grupos musculares específicos, esses estudos podem ajudar a elucidar de maneira mais clara o papel da supervisão do personal trainer. (ZARONI, 2021).

CONCLUSÃO

Através da análise das publicações, observou-se a importância da supervisão do personal trainer sob a sessão de treinamento de força. Evidenciou-se que o trabalho do PT é caracterizado pela capacidade de trabalho prático, o mesmo possui conhecimento técnico – científico o que o torna capaz de planejar um treinamento de força que terá como benefícios a segurança, a correção dos movimentos, correção de postura, etc.

O treinamento de força supervisionado pelo personal trainer promove a melhor combinação de variáveis, e além disso o PT supervisiona diariamente as sessões visando garantir a técnica, execução e intensidade durante a prática dos exercícios. O TF traz benefícios não somente na aparência física, mas contribui também para a qualidade de vida do indivíduo, ajuda na prevenção de lesões, no aumento de força e melhora dos aspectos psicossociais.

Sendo assim, a supervisão do personal trainer potencializa a sessão de treinamento de força, pois como já vimos o profissional influencia no resultado através da motivação e orientação quanto a técnica, intensidade e execução. Apesar dos poucos estudos relacionados a supervisão do personal trainer no treinamento de força, os artigos revisados evidenciaram a eficiência e colaboração dos benefícios na vida das pessoas que participam do treinamento supervisionado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARVALHO, S. Anderson et al. Personal Trainer: potencializador de resultados ou artigo de luxo? Uma breve revisão. C.PAQV. v. 15, n. 01. 2023.

DOMINSKI, H. Fabio et al. Pesquisa em treinamento de força no Brasil: análise dos grupos e produção científica. Rev. Bras. Ciênc. Esporte. v. 42. 2020.

FILHO, D. A. Luz et al. Personal trainer formação e atuação do profissional no Brasil. Rev. Bras. Prescrição e Fisiologia do Exercício. v. 14, n. 90. 2020.

FRADE, B. Rodrigues et al. A melhoria na qualidade de vida de quem contrata um personal trainer: uma revisão narrativa. Rev. Diálogo em Saúde. v. 01, n 01. 2018.

LEHN, V. GOMES; MOREIRA, R. Silva. O personal trainer: possíveis fatores que levam à contratação do serviço. Rev. Ibero – Americana de Humanidades, Ciências e Educação – REASE. v. 09, n. 06. 2023.

LOPES, Ricardo Charles et al. Supervised resistance training session increases Theo volume load and the subjective responses in well-trained Men. Journal of Physical Education. V. 31, n1. 2020.

LOURENCI, Matheus L. A importância do treinamento de força para prevenção de lesões em atividades militares na AMAN. Resende. v. 37, 11. 2022.

MENDANHA, O. R. Lucas. Treino de força para a prevenção de lesões no futebol profissional masculino. PVC Goiás. 2022.

MUNHOZ, T. Celso; OURIQUES, M. P. Erasmo. Influência da frequência de Treinamento sobre a hipertrofia muscular: uma revisão de literatura. Univ. Fed. Do Sul de Santa Catarina. 2020.

ROSA, J. Matheus. Aspectos motivacionais: aplicações para o atendimento do personal trainer. Univ. Fed. Espírito Santo. 2018.

SILVA, L. Davison. A importância do personal training para a qualidade de vida do idoso. Fac. Laboro. 2019.

SOUZA, S. T. Matheus; DRUMMOND, R. Lucas; JOSÉ, V.V. Salgado. Procura pelo treinamento personalizado e fidelização: um estudo com clientes de personal trainers nas academias de Divinópolis – MG. Rev. Bras. RBCM. v. 27, n. 04. 2019.

ZARONI, Sakai Rafael et al.. A supervisão do personal trainer pode potencializar as adaptações induzidas pelo treinamento de força? Uma breve revisão narrativa. CPAQV. V. 13, p.3. 2021.