ABORDAGEM DO SEIS SIGMA EM UMA EMPRESA DE FILTROS  INDUSTRIAIS

SIX SIGMA APPROACH IN AN INDUSTRIAL FILTER COMPANY

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11123142


Arthur Vinicius Gomes Silvestre de Oliveira;
Thiago Valverde Ferreira Del Campo Rodriguez;
  Orientador: Prof. Dr. Rogério Lobo


Resumo: 

Uma empresa familiar brasileira que produz plástico microporoso busca  expandir sua linha de produtos após uma mudança de localização, enfrentando  desafios na gestão da qualidade. A implementação do Seis Sigma é considerada  essencial para resolver problemas e aprimorar os processos, alinhando-se aos  objetivos de desenvolver uma cultura de qualidade conforme a ISO 9000. O texto  aborda os fundamentos da qualidade, evolução ao longo do tempo e conceitos como  controle da qualidade total (TQC), explorando ferramentas como DMAIC, 5W2H,  fluxograma, diagrama de Ishikawa, FMEA e Kanban, com exemplos e métodos de  aplicação detalhados. A metodologia envolve pesquisa aplicada e estudo de caso  único, utilizando técnicas de coleta de dados como entrevistas, observações diretas  e método Delphi para consenso de especialistas, integrando o DMAIC com  ferramentas de qualidade e suportado por software como Microsoft Office, Excel 360,  Bizagi, Trello e Canva para promover uma cultura de melhoria contínua na empresa. 

Palavras-chave: Seis Sigma; Ferramentas da qualidade; Plástico microporoso;  Filtros industriais. 

Abstract: 

A Brazilian family-owned company that produces microporous plastic is looking  to expand its product line after relocating, facing challenges in quality management.  The implementation of Six Sigma is deemed essential to address issues and enhance  processes, aligning with the goal of developing a quality culture in accordance with  ISO 9000 standards. The text discusses quality fundamentals, evolution over time, and concepts like Total Quality Control (TQC), exploring tools such as DMAIC, 5W2H,  flowcharts, Ishikawa diagrams, FMEA, and Kanban, with detailed examples and  application methods. The methodology involves applied research and a single-case  study, employing data collection techniques like interviews, direct observations, and  the Delphi method for expert consensus, integrating DMAIC with quality tools and  supported by software like Microsoft Office, Excel 360, Bizagi, Trello, and Canva to  foster a culture of continuous improvement within the company. 

Keywords: Six Sigma; Quality tools; Microporous plastic; Industrial filters.

1. Introdução 

Essa seção aborda o contexto no qual se gerou a motivação para o estudo  deste trabalho, e a importância para o seu desenvolvimento, assim com o objetivo  geral e específicos.

A empresa em análise nasceu quando seu fundador descobriu o potencial do  material microporoso e percebeu a falta desses produtos no mercado brasileiro. Então  a empresa iniciou suas atividades em um pequeno galpão a 39 km da capital paulista.  Com o tempo, o plástico microporoso conquistou espaço no mercado devido às suas  excelentes propriedades e ampla gama de aplicações. Inicialmente utilizado na área  pneumática, o material logo encontrou demanda em diversos setores, incluindo  indústrias alimentícia, farmacêutica, de tratamento de água e efluentes, automotiva,  estética e hospitalar, entre outros. 

Diante do crescente mercado, a empresa embarcou em um projeto de  expansão, iniciando a construção de uma nova fábrica para aumentar a capacidade  produtiva e incorporar novas tecnologias. O desafio foi superado com a mudança para  uma sede própria, localizada no Vale do Paraíba, a 200 km de São Paulo, próxima  das fronteiras entre São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. 

Atualmente, a empresa tem como objetivo ampliar sua linha de produtos para  atender às demandas de uma variedade de projetos, mantendo o compromisso com  a qualidade e o atendimento personalizado aos clientes.

Após uma análise detalhada da empresa citada, foi observada uma escassez  no setor de gestão da qualidade, onde foi encontrado grandes gargalos que  prejudicam o funcionamento da empresa, como solução a problemática foi iniciado a  implementação do conceito Seis Sigma que abrange várias diretrizes e ferramentas  que serão abordadas nesse estudo.  

1.1. Justificativa e Problemática 

A empresa em estudo, por se enquadrar como microempresas, derivada de  uma empresa familiar, qualquer modificação em relação a melhorias nos processos,  seja de qualidade ou procedimentos, pode ser considerado um ganho na saúde e  futuro da empresa. 

Estando presente em diversos setores, sendo os principais, a indústria  alimentícia, farmacêutica, de tratamento de água e efluentes, automobilística, estética  e hospitalar, tais melhorias proporcionaria uma melhor visibilidade e qualidade para  seus produtos diante a necessidade desses mercados, dando a oportunidade de  crescimento e desenvolvimento tecnológico. 

Desta maneira, a abordagem do Seis Sigma ressalta a importância da  qualidade em todas as dependências da empresa, e tornando possível uma mudança  do comportamento cultural em suas atividades, proporcionando a resolução dos  principais problemas encontrados em uma análise inicial, que seriam relacionados ao  mapeamento dos processos e padronização de sua cadeia produtiva. 

Nesse contexto, esse trabalho se justifica por abordar conceitos e ferramentas  relacionadas com o Seis Sigma em um problema real, podendo ser adaptado para  resolver quaisquer problemas similar dentro da indústria de manufatura,  independente das diversidades encontradas.

1.2. Objetivos (Geral e específicos) 

1.2.1. Objetivos Gerais 

Apresentar e desenvolver novas culturas voltadas para a qualidade, a partir da  metodologia Seis Sigma, atribuindo os conceitos da ISO 9000 na produção de filtros  industriais. 

1.2.2. Objetivos Específicos 

Em frente às necessidades especificas da empresa, é importante ressaltar  alguns fatores cruciais para alcançar os objetivos. Identificar e definir os problemas  existentes no processo produtivo, mapeando e mensurando os fluxos existentes, é o  início da análise para o desenvolvimento e implementação das ferramentas de  qualidade, com o intuito de otimizar os principais aspectos produtivos. Garantir e  assegurar a sustentação das melhorias aplicadas é fundamental para o sucesso do  estudo e da própria empresa. 

− Identificar e definir os problemas existentes no processo produtivo; − Mapear e mensurar os fluxos de processos existentes; 

− Desenvolver a implementação das ferramentas de qualidade no processo  produtivo dos fluxos mapeados; 

− Otimizar os principais aspectos produtivos; 

− Garantir e assegurar a sustentação das melhorias aplicadas. 

Para alcançar esses objetivos, é necessário um entendimento sobre o que é  qualidade, levando em consideração seus principais fatores, e os responsáveis que  contribuam para o seu desenvolvimento. A próxima seção, traz diversos pontos de  vista da literatura, explorado os aspectos que contribuíram para tornar a qualidade  um fator crucial em qualquer empreendimento.

2. Revisão Bibliográfica  

Nessa seção, é mostrado o referencial teórico envolvido em torno da filosofia  Seis Sigma, destacando ferramentas da qualidade e seus conceitos, para o controle  e melhoria contínua, usados no desenvolvimento deste estudo. 

2.1. Fundamentos da Qualidade 

Saber os conceitos de qualidade é fundamental para que se possa entender  os valores do seis sigma. As definições de qualidade se tornaram bastante ampla na  literatura, sendo entendida de diversas maneiras, mas mantendo os seus princípios  bem próximos. 

Segundo Paladini (2009), com as mudanças no entendimento da qualidade  durante o tempo, muda também os princípios operacionais de modo a viabilizar a  opção de qualidade abordada no momento. 

Ballestero-Alvarez (2019) diz que, a qualidade surgiu perante as necessidades  que grandes empresas enfrentavam em relação a inspeções dos produtos. A partir  delas, surgiu o departamento de garantia da qualidade, trazendo conhecimentos  obtidos com diversos estudos voltados para a padronização da produção em massa. 

Diante das evoluções, o foco passou a ser o modo de uso, trazendo a  importância do consumidor e o feedback do produto para a empresa. 

Segundo Palmer (1974), a qualidade é a melhor forma para atender às  condições do consumidor. 

Com o impacto de uma crise econômica, todo o conhecimento até o momento  precisou ser aperfeiçoado, trazendo assim o controle da qualidade total (TQC), e  voltando o foco para o custo do produto. Como consequências de transformações  sociais e políticas, as exigências dos consumidores obtiveram mais ênfase, fazendo  com que as empresas procurassem novas práticas de gerenciamento, em frente a um  novo mercado competitivo, e tendo o objetivo suprir as expectativas dos  consumidores. 

Com o crescimento cada vez mais acelerado da competitividade, a  necessidade de se adequar com as normas e filosofias relacionadas com a qualidade  se torna indispensável para uma empresa globalizada. A nova visão de qualidade se  tornou necessária para as empresas se manterem no mercado, e fez com que novas  ferramentas surgissem, proporcionando melhorias que atendam todos os  interessados com a organização.  

Segundo Carpinetti (2012), a Gestão da Qualidade pode ser subentendido  como uma filosofia, não apenas como um conjunto de ferramentas e técnicas  aplicadas. 

A metodologia visa garantir o controle de qualidade total, e a aproximação com  os interesses dos clientes, aplicando modelos estatísticos e de gestão, junto com  diversas ferramentas de acompanhamento e controle, sempre em paralelo com a ISO  9000:2015 

A ISO 9000 é um conjunto de normas sobre qualidade, resultado da evolução  do conceito ao longo dos anos, estabelecendo requisitos que tem como finalidade a  certificação de organizações, se tornando uma referência e garantindo fundamentos  para a realização de um processo, produto e/ou serviço com alto nível de qualidade. 

Segundo a Carpinetti (2022), a qualidade é o grau no qual um conjunto de  características inerentes satisfaz a requisitos. 

Antes de aplicar tais conceitos, é importante salientar os interesses da  empresa, e a quão disposta ela está para realizar as mudanças necessárias que  afetará todos os seus setores, e é nessa ocasião que a liderança se torna crucial para  um desenvolvimento do projeto, tendo que estar totalmente comprometida para  almejar uma alta taxa de sucesso. 

As práticas e ferramentas abordadas têm como objetivo diminuir a variabilidade  de um sistema, seja de manufatura, serviços, atividades administrativas, ou qualquer  processo que apresente a oportunidades de melhorias. 

Segundo Eckes (2001), para envolver os líderes, o programa de qualidade  precisa ser visto como o veículo para a obtenção dos objetivos negociais da  organização.

Tais melhorias possuem impacto diretamente para com o cliente, afetando o  desempenho organizacional como um todo, e oferecendo um padrão de  competitividade elevada no mercado. Atualmente mais empresas estão buscando  adotar as práticas do seis sigma, dados que demonstram a importância e o poder da  qualidade, sendo exigida com mais rigor pelos clientes, que buscam um alto nível de  satisfação. 

Segundo Deming (1990), a qualidade é tudo aquilo que melhora o produto do  ponto de vista do cliente. 

O método Seis Sigma teve sua origem nos anos 1980, na Motorola, com um  papel essencial desempenhado por Bill Smith, engenheiro sênior e cientista da  Divisão de Comunicações. Esse método foi criado com o intuito de reduzir os  impactos da complexidade em determinados processos de produção, resultando na  diminuição da taxa de produtos com defeitos, o que, por sua vez, aumentaria a  satisfação do cliente. 

A abordagem visava aprimorar a qualidade interna dos processos produtivos,  com o objetivo de proporcionar melhorias significativas no produto final. Esse conceito  rapidamente se disseminou para outras grandes empresas da época, que o adotaram  com sucesso em suas operações diárias, alcançando benefícios financeiros  substanciais. 

Segundo De Feo e Barnard (2003) existem duas metodologias aplicadas no  Seis Sigmas o DMAIC e o DMADV. O DMAIC ele é aplicado em processos de  negócios já desenvolvidos, visando definir as metas e extraindo o problema raiz dos  processos, para então implantar melhorias pensando não só no agora, mas também  no futuro. Já o DMADV é usado para criação de processos, definindo metas do  projeto, análise de dados, e desenvolvendo todas as fases até a entrega final ao  cliente, apresentando os melhores resultados. 

“A qualidade não diz respeito a apenas um produto ou serviço  específico, mas a tudo o que uma organização faz, poderia ou deveria fazer  para determinar não só a opinião dos seus clientes imediatos ou usuários  finais, mas também a sua reputação na comunidade, em todos os seus  aspectos” (HUTCHINS, 1992).

2.2. Conceitos e Ferramentas da Qualidade 

2.2.1. DMAIC 

O DMAIC é utilizado em qualquer processo em que haja uma oportunidade de melhoria, e seu conceito se baseia em dividir um projeto em etapas onde se busca  um resultado desejado, dentro de um ciclo contínuo. 

DMAIC é um acrônimo, onde cada letra representa uma fase em um ciclo: 

a) Definir: Consiste na criação de um escopo de projeto, definindo uma equipe e  partes interessada, mensurando seus objetivos e analisando suas vantagens  e desvantagens, determinando os requisitos críticos para o cliente 

b) Medir: Essa fase consiste em realizar o levantamento de dados do processo  definido, identificando seus principais indicadores (KPIs), expondo as atuais  variabilidades.  

c) Análise: Com as possíveis causas de variação medidas, é necessário analisar  seus parâmetros e, com isso, é de suma importância o desenvolvimento de  hipóteses para entender as relações entre variáveis e determinar as causas,  incluindo a viabilidade financeira. 

d) Melhorar: Com base nas hipóteses adquiridas na fase de análise, visa  encontrar soluções e realizar mudanças significativas e mensuráveis para as  problemáticas encontradas. 

e) Controle: Monitorar as melhorias aplicadas, e estabelecer novos níveis de  indicadores, avaliando os resultados de acordo com o esperado, e  assegurando a sustentabilidade das mudanças realizadas. 

Dentro dos conceitos do DMAIC podemos citar algumas ferramentas de  qualidade que assessoram suas fases, facilitando seu gerenciamento e execução.  Dentre as principais ferramentas de gerenciamento da qualidade temos:

2.2.2. 5W2H 

Segundo Sabbag (2013), essa ferramenta visa comprovar as relevâncias da  realização de um projeto, identificando responsáveis competentes, os limites físicos  e temporais, os principais fatores para o êxito, a complexidade do projeto, e se a  viabilidade, tornando sua atividade mais eficiente e ágil. Para utilização dessa  ferramenta existe um roteiro que se deve seguir para atingir seu objetivo, derivado de  um acrômio podemos representar na tabela 1. 

Tabela 1 – Características do 5W2H 

Fonte: Gerenciamento de projetos e empreendedorismo – 2ª edição (2013 p.121).

2.2.3. Fluxograma 

Segundo Lobo (2020), o fluxograma é uma representação gráfica utilizado para  o mapeamento do processo, com o intuito de padronização de tarefas e auxiliando  em tomadas de decisões, facilitando a compreensão de trabalhos complexos,  tornando-os mais visíveis e facilitando sua análise. 

Essa ferramenta detalha as atividades do processo utilizando símbolos  padronizados, como demonstrados na Figura 1.

Figura 1 – Simbologia do fluxograma 

Fonte: MIRO. Disponível em: https://miro.com/pt/fluxograma/o-que-e-fluxograma/. Acesso em: 04 fev.  2024. 

2.2.4. Diagrama de Ishikawa 

Segundo Ballestero-Alvarez (2019), o diagrama de Ishikawa mais conhecido  como espinha de peixe é bastante utilizado para identificar as causas de um problema  raiz, através dos 6Ms, que são as iniciais dos principais fatores críticos vinculados a  maior parte dos problemas. Esses fatores são vinculados à matéria-prima, máquina,  medida, meio ambiente, mão de obra e método, e podem ser divididos em subclasses,  destrinchando seus aspectos de qualidade e aprofundando no entendimento da  origem do problema originário da respectiva classe. 

É comumente utilizado ferramentas de apoio, como os 5 porquês, que atua na  identificação das causas e subcausas que influenciam o problema, e o brainstorm, que servem como um ponto de partida para a análise e a sugestões de ideias para a  solução ou abordagem de um determinado problema. 

A figura 1 representa um modelo base de formatação para a aplicação do  diagrama de Ishikawa.

Figura 2 – Representação do diagrama de Ishikawa 

Fonte: Gestão de qualidade, produção e operações. (2019 p.89). 

2.2.5. FMEA (Failure Mode and Effect Analysis) 

Segundo Lobo (2020), a ferramenta utilizada para diminuir a probabilidade de  falhas potenciais, que visa a identificação de problemas antes mesmo que ele ocorra,  garantindo uma confiabilidade de produção, assegurando uma extrema qualidade ao  consumidor e aumentando a confiabilidade de produtos ou processos em operação.  O FMEA possibilita analisar problemas similares com os que já ocorreram, e como  consequência, uma melhor resposta ao problema encontrado. 

A aplicação consiste em formar um grupo de trabalho, com o intuito de  descrever cada tipo de falha e suas possíveis causas e efeito, relacionando medidas  de detecção, atribuindo índices de avaliação dos riscos, sobre as funções ou  características definidas do produto ou processo. 

Para avaliação dos riscos os índices atribuídos são referentes a severidade  (S), ocorrência (O) e detecção (D) para cada causa de falha, gerando coeficientes de  prioridade de risco (R) por meio do produto dos três índices. A avaliação de cada produto é independente, como demonstrado na Tabela 2, Tabela 3 e Tabela 4, e para  os índices de ocorrência pode-se utilizar os índices de capabilidade da máquina  (CPK) demostrado na Tabela 3. 

A severidade (S), representa o grau de segurança do processo. Identifica o  impacto de um efeito resultante da falha, caso ela ocorra. Ela se associa aos danos  relacionados ao produto, usuário, equipamentos ou meio ambiente. 

Tabela 2 – Indice de severidade 

Fonte: Gestão da qualidade- 2ª edição (2020 p.163). 

A ocorrência (O), representa a probabilidade de uma determinada falha  acontecer dentro do processo. Essa probabilidade é avaliada levando em  consideração diversos fatores, como a frequência de uso, condições operacionais,  histórico de falhas e medidas de mitigação existentes.

Tabela 3 – Indice de ocorrência 

Fonte: Gestão da qualidade- 2ª edição (2020 p.163). 

A detecção (D), representa a eficácia dos métodos de monitoramento,  inspeção, teste ou controle existentes para identificar uma falha. 

Tabela 4 – Indice de detecção 

Fonte: Gestão da qualidade- 2ª edição (2020 p.163). 

Essa abordagem ajuda a priorizar os modos de falha com base em seu  potencial de risco (R), permitindo que as equipes concentrem seus esforços de  mitigação nos modos de falha mais críticos e com maior probabilidade de impacto  negativo no produto, sistema ou processo.

2.2.6. Kanban 

Segundo Lobo (2020), o Kanban é uma ferramenta derivada do just in time (JIT), que tem como objetivo organizar as informações das atividades, em relação a  sua produtividade, movimentação e aquisição. Se trata de cartões de controles  visuais, que gerenciam e acompanham as atividades durante o processo de forma a  melhorar sua eficiência. 

A Figura 3 é uma representação da utilização do Kanban em um processo.  Nessa representação, cada cartão, composto por 6 números, é uma atividade que  tem como responsável um membro ou grupo de membros, e tem como finalidade  identificar o estado atual da tarefa. 

Figura 3 – Representação do KanBan 

Fonte: SMARTSHEET. Disponível em: https://pt.smartsheet.com/free-kanban-card-templates.  Acesso em: 04 fev. 2024. 

Existe a possibilidade de ser utilizado de forma eletrônica, se tornando ainda  mais acessível durante a rotina de trabalho.

3. Metodologia 

Nessa seção é demonstrado os meios utilizados para realizar a aplicação das  ferramentas de qualidade, assim como o levantamento dos dados necessários. 

A natureza do estudo é a pesquisa aplicada, que segundo Franceschini (2012),  é o procedimento pelo qual se desempenha o trajeto de buscar informações, do ponto  de vista de um pesquisador, emergindo a procura, a indagação, a investigação e o  relatório que contribui seu resultado. 

Com foco em problemas práticos, a pesquisa aplicada, concentra em utilizar o  conhecimento científico já existente, em conjunto com a colaboração das partes  envolvidas, buscando um resultado tangível, que pode ser utilizado para melhorar e  desenvolver processos, produtos e/ou serviços. 

Embasado em um estudo de caso (estudo de caso único), segundo Yin (1989)  a definição de estudo de caso é uma investigação empírica que tem como objetivo  investigar um fenômeno contemporâneo através de um contexto de vida real, onde a  fronteira entre o fenômeno e o contexto não é visivelmente clara e possui diversas  fontes de evidência a serem utilizadas. Essa definição nos ajuda a compreender e  distinguir o método de estudo de caso de outras estratégias de investigação, como o  método histórico, entrevista em profundidade, método experimental e inquérito.  

O método de estudo de caso adquire informações de diversas fontes, sendo  elas registros de arquivos, entrevistas, artefatos, observação direta e participante.  Cada uma dessas fontes exige habilidades e metodologias específicas. 

Os registros de arquivos, em computadores por exemplo, são valiosos para  diversas aplicações. Podem abranger desde estatísticas de serviços, como a  quantidade de clientes, até dados organizacionais, como orçamentos, mapas e  gráficos. Além disso, incluem também dados geográficos, listas de nomes, resultados  de pesquisas e informações pessoais, como salários e contatos de fornecedores.  Esses dados podem ser cruzados com outras fontes para verificar sua precisão e  validez. 

A observação direta visa visitar o local de estudo, onde o indivíduo faz  observações e adquire evidências sobre o caso em estudo. As evidências encontradas geralmente são úteis para fornecer informações adicionais sobre o tópico  em estudo. Segundo Yin (1989), para aumentar a autenticidade das observações,  deve-se recrutar mais de um observador e, após as observações, usar como  comparativo os resultados das observações destacadas para eliminar discrepâncias. 

É importante notar, porém, que embora esses dados sejam geralmente obtidos  diretamente do processo observado, sua simples existência não garante sua precisão  e exatidão. Portanto, os pesquisadores devem constantemente verificar as fontes dos  dados antes de tirar conclusões definitivas. 

A pesquisa inicial para este trabalho, foi uma entrevista com o diretor da  empresa analisada, buscando informações a fim de contribuir com a identificação das  problemáticas envolvidas, auxiliando na aplicação das ferramentas da qualidade. 

Esse trabalho tem a finalidade exploratória, que segundo Marion, Dias e Traldi  (2002), é uma pesquisa aplicada quando há um pouco conhecimento a respeito de  um determinado assunto, exigindo que se faça uma investigação aprofundada,  visando descobrir informações e criar hipóteses sobre um determinado contexto.  Assim, o objetivo de pesquisa exploratória é o aprimoramento de ideias e/ou  confirmações de intuições, buscando entender as razões e motivações para  determinadas atitudes e comportamentos. 

Segundo Dalkey e Helmer (1963) Sob a perspectiva exploratória de coletas de  dados, a técnica Delphi se aplica como uma grande ferramenta de mensurar e validar  dados e informações, que visa obter o consenso de especialistas, que possuem o  mesmo objetivo de maneira cientifica, por meio de uma série de questionários  intensivos, intercalados por feedbacks controlados de opiniões. 

Portanto, segundo Dalkey (1969), o Delphi é considerado como uma técnica  sistemática para adquirir opiniões, validadas cientificamente, de especialistas sobre  determinado assunto. 

Segundo Sackman (1975), este método de pesquisa aplica questionários,  entrevistas pessoais ou sessões online interativas. Os questionários possuem uma  estrutura formal e são adaptados para cada caso específico, consistindo em uma  série de itens que podem utilizar escalas quantitativas ou qualitativas, gerados pelos  membros da pesquisa. Acompanhados de instruções claras, os questionários são aplicados em múltiplas rodadas, permitindo aos participantes responderem aos itens  objetivos escalados. Cada interação é seguida por feedback estatístico das respostas  de cada item, garantindo assim a integridade e confiabilidade dos dados coletados. 

O estudo é realizado com uma abordagem qualitativa, que segundo Chapoulie  (1984), necessita que um determinado pesquisador observe pessoalmente, de  maneira contínua, situações às quais ele possui interesse, levando em conta que não  se deve limitar às características pré-definidas.  

Segundo Angers (1992), deve-se observar que as principais características, se  faz de uma técnica direta, ao qual já existe um contato com informantes, e que seja  uma observação não-dirigida, onde observação da realidade continua sendo o  objetivo final e, habitualmente, o pesquisador não se submete a fazer alterações ao  observar uma situação, se utilizando de anotações para descrever e compreender  uma situação, mais do que números para enumerar as frequências de  comportamentos. 

Com a compreensão dos requisitos do Seis Sigma, o DMAIC é essencial para  o escopo de projeto, permitindo a resolução oportuna de um problema. Este trabalho  aborda as ferramentas da qualidade nas etapas do DMAIC, dentro da estrutura  mencionada. 

Os instrumentos utilizados como fonte de desenvolvimento foram os recursos  de software, Microsoft Office Word (para criação de relatórios), Excel 360 (para  elaboração de planilhas) e Bizagi (para a construção de fluxogramas). E recursos  online, Trello (para o gerenciamento de tarefas), Canva (para criação de quadros e  templates). 

Na etapa “Definir”, a utilização da ferramenta 5W2H, em conjunto com a  entrevista com os diretores da empresa, representa o ponto de partida para o  entendimento e direcionamento do estudo, dentro dos objetivos propostos. 

Na etapa “Medir”, o mapeamento do processo atual com fluxograma, permite  uma melhor análise dos pontos críticos. 

Na etapa “Analisar”, a partir do mapeamento anterior, o Diagrama de Ishikawa  é responsável em expor as causas dos problemas encontrados, facilitando uma ação  de melhoria com sugestões mais assertivas.

Na etapa “Melhorar”, a ferramenta FMEA serve como base para a identificação  e avaliação dos riscos encontrados com os problemas analisados, ordenado as ações  em prioridades. 

Na etapa “Controlar”, para gerenciar as melhorias, a ferramenta Kanban serve  como um controlador do processo, permitindo a visualização do fluxo conforme as  operações forem acontecendo. 

A Figura 4 é uma representação do uso das ferramentas dentro do DMAIC. 

Figura 4 – DMAIC 

Fonte: Autoria própria, 2024. 

A utilização dessas ferramentas em conjunto com o DMAIC, requer um  comprometimento dos gestores e da equipe, sendo essencial para alcançar um nível  de qualidade melhor que o anterior, possibilitando a cultura de melhoria contínua. A  próxima seção demostra a utilização das ferramentas e métodos apresentados, na  empresa em estudo.

4. Resultados e Discussão  

Nessa seção são apresentados os resultados do trabalho, através do modelo  Seis Sigma, e utiliza o DMAIC para discutir as possibilidades de melhorias, dentro dos  objetivos propostos.  

4.1. Definir 

Com a intensão de explorar as necessidades e oportunidades, foi fundamental  uma melhor interação com o ambiente operacional da empresa em estudo, através  de visitas guiadas e entrevistas com os gestores, realizadas no primeiro semestre de  2024. 

Com a utilização da ferramenta 5W2H, foi possível estabelecer um plano de  melhoria adequado, essencial para o alinhamento das necessidades da empresa e o  objetivo do estudo. Podemos observar o resultado na Tabela 5. 

Tabela 5 – Alinhamento dos objetivos (5W2H) 

Fonte: Elaborado pelos autores, 2024. 

De acordo com as informações contidas a partir da entrevista, se observa que,  por se tratar de uma empresa familiar de pequeno porte, os recursos se tornam  limitados, aparecendo como um obstáculo para a melhoria da qualidade. Mas com a análise adequada, o alinhamento das ideias e objetivos podem trazer resultados  significativos, sem a obrigação de investimentos altos. 

4.2. Medir 

A visita guiada, proporcionou a elaboração de um fluxograma, com o intuito de  expor as características do processo, levando em consideração as carências  envolvidas, e o estudo das informações por meio de provas empíricas. 

Conhecer o processo, de modo prático, em conjunto com direcionamento  definido, possibilita de maneira mais assertiva, encontrar as etapas mais críticas. 

Se observa que, o controle de processo na área de estoque de matéria prima  é fundamental, por apresentarem decisões que influenciam no tempo do processo. 

O inventário sempre atualizado, pode evitar desperdícios, e que o  comprometimento do PCP, juntamente com as partes gestoras, é importante para um  melhor controle, influenciando no nível de qualidade e desenvolvimento de produção. 

Para garantir o funcionamento adequado do processo de produção, é  necessário implementar uma gestão que busque integrar cada etapa, visando a  entrega de pedidos de forma eficiente, reduzindo contratempos e facilitando a  identificação de gargalos. É fundamental adotar um sistema de ERP (Enterprise  Resource Planning) adequado a esse processo para acompanhamento em tempo  real, possibilitando um ajuste assertivo e imediato. 

Figura 5 – Mapeamento do processo (Fluxograma) 

Fonte: Elaborado pelos autores, 2024. 

A Figura 5 traz o mapeamento do processo como um todo, desde o pedido, até  o recebimento das peças pelo cliente. Nesse detalhamento, é visto a necessidade de  fabricação do molde, e da compra da matéria prima base, polietileno de ultra alto peso  molecular, para o cumprimento das especificações do pedido. A produção se consiste  no preenchimento do molde com o pó do plástico microporoso para a realização da cura em alta temperatura, utilizando um forno, em um determinado tempo, variáveis  que dependem do tipo de mistura do pó e das dimensões da peça. Após o  resfriamento, se efetua a desmoldagem, onde se retira as rebarbas no acabamento e  verifica sua qualidade, para enfim, ser embalada em lotes e enviada para o cliente. 

4.3. Analisar 

Essa etapa permitiu identificar as não conformidades do processo e suas  variações, analisando as diversas possíveis causas que influenciam no desempenho  e qualidade. Utilizando um diagrama de causa e efeito, podemos visualizar de forma  mais clara as relações entre os diferentes fatores e as falhas observadas, facilitando  a compreensão e a identificação das áreas que requerem melhorias. 

A Figura 6, representa o diagrama de causa e efeito, no contexto de melhoria  da qualidade, a partir das análises obtidas durante a visita e a entrevista. 

Figura 6 – Diagrama de causa e efeito (Ishikawa)

 

Fonte: Elaborado pelos autores, 2024. 

As observações retiradas na categoria “Máquina”, traz um déficit no que diz  respeito a manutenção preventiva, levando em consideração que os equipamentos  utilizados, em específico os fornos, são de principal importância para o andamento do  processo, e que qualquer parada, representaria um prejuízo grande para a empresa.

Na categoria “Meio Ambiente”, o fator contaminação é um grande risco para a  qualidade, visto que, por se tratar de filtros, uma alteração na estrutura da peça  poderia comprometer a integridade do produto assim como a imagem da empresa. 

Em “Matéria Prima”, o polietileno de ultra alto peso molecular (PEUAPM) é  utilizado como base para o desenvolvimento dos produtos, tornando a busca e/ou  desenvolvimento de fornecedores essencial, podendo influenciar diretamente no  custo e tempo de produção, com o nível de oferta e a necessidade de importação,  refletindo no preço final do produto. 

Com a mão de obra representado a maior parcela dos custos, essa categoria  traz a relevância que o fator humano pode ocasionar para a qualidade, tendo impacto  direto com o desempenho, produtividade, acidente de trabalho e retrabalho. As  observações realizadas nessa categoria trazem uma incerteza, deixando evidente a  necessidade de um melhor acompanhamento dos funcionários, para estabelecer um  nível de qualificação adequado. 

Na categoria “Método”, se destaca a relevância que um sistema ERP tem em  uma empresa, tornando evidente as dificuldades de sua falta. Com essa carência na  empresa em estudo, se observa a baixa agilidade de tarefas adjacentes, e a  necessidade de um acompanhamento produtivo, com o intuito de controlar e gerar  dados relevantes para futuras projeções e simulações. 

As observações sobre “Medidas” evidenciam a falta de padrão nos métodos de  medida, podendo ocasionar retrabalhos, pelo motivo dos produtos estarem propensos  a saírem das especificações do cliente. 

Com esses fatores, é possível encontrar múltiplas causas para o problema  principal, e interpretar a correlação entre eles é fundamental para garantir sucesso do  estudo.

4.4. Melhorar 

Nessa etapa será abordado o FMEA (análises de tipo e efeito de falha),  elaborado a partir da influência das causas identificadas com o diagrama de Ishikawa,  onde será transcrito as falhas potenciais, e a partir disso, criar ações de correção e  priorizando as execuções com o índice de RPN mais alto. 

A Tabela 6 demonstra os índices obtidos para cada falha potencial, extraídas  no período da visita técnica. 

Tabela 6 – FMEA de Processo 

Fonte: Elaborado pelos autores, 2024. 

A falha potencial com maior índice de RPN é a contaminação do polietileno de  ultra alto peso molecular. Por se tratar de produtos que podem ser fornecidos para indústria hospitalar, tal contaminação pode apresentar um grande risco a saúde, e  sua detecção é muito difícil por ser armazenado como pó, com isso, a organização é  fundamental para o dia-dia, mantendo um ambiente limpo e isolado. 

A baixa produtividade pode ser consequência da falta de um sistema que  acompanhe o processo, tornando um problema persistente e com falhas para sua  detecção. Sendo o segundo com maior indicie, sua correção trará benefícios  significativos para a qualidade. A implantação do Kanban, junto com o treinamento  operacional, e a inovação das máquinas e equipamentos, facilitará o processo em  geral, sendo tal inovação, a aquisição de um forno esteira, eliminando algumas  atividades desnecessárias, aproveitando melhor o tempo de produção. 

Em seguida, temos a cura incompleta do produto, que também pode trazer  riscos com sua utilização final, sua correção pode ser efetuada com a manutenção  preventiva dos fornos e/ou a substituição do forno, como citado no modo de falha  anterior. 

Contaminação do Produto está relacionada com as máquinas e equipamentos  utilizados em sua produção, e normalmente são observação estéticas, mas que  comprometem seu resultado, por isso é fundamental a organização e limpeza do  ambiente, ferramentas e equipamentos. 

A quebra ocorre na etapa de desmoldagem do produto, e com as correções  anteriores, com foco no treinamento, a frequência irá diminuir, proporcionando um  índice menor. 

O sistema de gestão ERP possui a função de integrar cada setor da empresa,  tornando as especificações acessíveis em todos os departamentos, eliminando as  divergências. 

4.5. Controlar 

Como repercussão do cenário mencionado no FMEA, o Kanban surge como  uma das ferramentas a ser implantada para aprimorar o desenvolvimento do  processo, trazendo benefícios para a qualidade. A adoção de um modelo online torna sua implantação acessível e imediata, permitindo adaptações conforme as  necessidades do projeto. 

Na figura 7 temos a representação de um Kanban em andamento, onde cada  cartão representa um produto diferente e em sua fase de processamento  correspondente. 

Figura 7 – Kanban 

Fonte: Elaborado pelos autores, 2024. 

Com essa abordagem, a visualização dos pedidos (cartão), em suas etapas  correspondentes (colunas), torna o controle simples e eficaz, facilitando a  comunicação entre as equipes e a tomada de decisões. 

A figuro 8 aborda as informações correspondentes de um produto em  desenvolvimento.

Figura 8 – Detalhamento Kanban 

Fonte: Elaborado pelos autores, 2024. 

Esse cartão possui um descritivo detalhado, contendo anexos de desenhos  técnicos assim como suas especificações de produção, datas e pessoas  correspondentes para a atividade.

Após a conclusão das etapas, é criado um registro de dados que facilita  consultas futuras, como para a fabricação de lotes subsequentes e para pesquisa e  desenvolvimento. 

5. Considerações Finais 

A competitividade entre as organizações está cada vez mais intensa,  obrigando as empresas a buscarem maneiras eficazes de atender às necessidades  dos clientes, fornecendo produtos isentos de erros. A gestão da qualidade  desempenha um papel fundamental nesse contexto, servindo como um diferencial  estratégico ao longo do desenvolvimento do produto. No entanto, diante de visitas  técnicas foi evidente que os processos de fabricação de filtros industriais precisam  ser otimizados para aumentar a eficiência. 

A abordagem Seis Sigmas representa uma forma inovadora de gestão,  aprimorando produtos e serviços por meio da redução de erros e, ao mesmo tempo,  atendendo às expectativas dos clientes. O estudo destacou que a fábrica enfrenta  desafios em seus processos atuais, que não atendem de forma eficaz às  necessidades dos clientes e nem aos objetivos internos da organização. 

A implementação de ferramentas de qualidade e melhorias contínuas, faz com  que seja facilmente analisadas as áreas da produção que precisam de  aprimoramento. Além disso, a análise aprofundada dos processos permite identificar  oportunidades para minimizar desperdícios, reduzir custos e aumentar a satisfação  do cliente. Essas melhorias podem resultar em uma produção mais eficiente e  sustentável, beneficiando tanto a empresa quanto seus clientes. 

Portanto, este artigo teve como foco listar e analisar quais ferramentas da  qualidade se enquadram melhor de acordo com o objetivo proposto e utilizar a  estrutura DMAIC não só como melhoria da empresa em estudo, mas também em  estudos subsequentes.

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