COMPLICAÇÕES OBSTÉTRICAS PELA INFECÇÃO DA COVID-19 OBSTETRIC COMPLICATIONS DUE TO COVID-19 INFECTION

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.11116764


Lyris Shanaze de Oliveira Melo1; Adriana Karim de Araújo Nogueira1; Nathália Pascoal1;
Márcio Felipe Bessa Maia1; Letícia Gabriela Silva Gonçalves1; Douglas Jose Angel2


RESUMO

Introdução: O presente estudo relatou um tema contemporâneo, destacando os fa- tores e caracterizações da pandemia oriunda da Covid-19 que assolou o mundo in- teiro, acarretando com milhões de mortes e o desconhecimento, mas com a neces- sidade do isolamento social, em ressalva a existência de grupos de risco, ou seja, aquelas pessoas consideradas mais vulneráveis, dentre elas, as gestantes. Objeti- vo: apontar as complicações obstétricas oriundas da infecção da Covid 19. Méto- dos: o método utilizado para a realização do estudo é uma revisão sistemática de literatura, na qual o autor por meio de leituras em artigos e demais periódicos, retira- dos das bases de dados Scielo, BVS, LILACS, Pubmed, com a aplicação de descri- tores, pôde apresentar sua percepção sobre o tema. Resultados: foram seleciona- dos oito artigos que serviram como sustentação a literatura discorrida, que destaca- ram as alterações e adaptações fisiológicas das gestantes que poderão torná-las mais suscetíveis aos agravamentos acarretados pela Covid-19. Conclusão: a im- portância de se ter mais estudos científicos que apontam com especificidade a aná- lise dos impactos da Covid-19 na saúde das gestantes em período pandêmico, além dos fatores que condicionaram as complicações obstétricas.

Palavras-chave: Covid-19. Complicações Obstétricas. Gestantes. Impactos da Co- vid-19.

ABSTRACT

Introduction: The present study reported a contemporary theme, highlighting the factors and characterizations of the pandemic originating from Covid-19 that devasta- ted the whole world, resulting in millions of deaths and lack of knowledge, but with the need for social isolation, with the exception of the existence of risk groups, that is, those people considered more vulnerable, among them, pregnant women. Objecti- ve: to point out the obstetric complications arising from the Covid 19 infection. Methods: the method used to carry out the study is a systematic literature review, in which the author, through readings in articles and other journals, taken from the Scie- lo databases, VHL, LILACS, Pubmed, with the application of descriptors, were able to present their perception on the subject. Results: eight articles were selected that served as support for the literature discussed, which highlighted the physiological changes and adaptations of pregnant women that may make them more susceptible to the aggravations caused by Covid-19. Conclusion: the importance of having more scientific studies that specifically point to the analysis of the impacts of Covid-19 on the health of pregnant women in a pandemic period, in addition to the factors that conditioned obstetric complications.

Keywords: Covid-19. Obstetric Complications. Pregnant women. Impacts of Covid-19.

INTRODUÇÃO

A gravidez é uma fase da vida da mulher que acarreta grandes expectativas e ao mesmo tempo as dúvidas, no entanto, Aranha1 relata que esse quadro se tornou mais complexo com a crise oriunda da Covid-19, que ocasionou um colapso na saú- de mundial, propagando angústias, busca por consultas be exames, que inclusive se tornou um procedimento mais complexo, devido ao isolamento social, medida que foi adotada para evitar a propagação da doença.

De acordo com os estudos de Estrela2 muitas mulheres que passaram pela experiência da gravidez ou do puerpério em período pandêmico, enfrentaram e até os tempos atuais com resquícios de inseguranças, medo, principalmente pelo período em questão, quando o vírus era completamente desconhecido, estarem no grupo de risco de morbimortalidade, e de forma rápida, o que deixava vulnerável.

Queiroz e Nogueira3 atenuam que as complicações gestacionais acarretadas pela Covid-19 dentre as mais descritas podem ser mencionadas o sofrimento fetal, ruptura prematura de membranas, parto prematuro, dificuldades respiratórias, dentre outras, inclusive a morte da gestante e/ou feto.

Diante ao que vem sendo discorrido, a Covid-19 acarretou com o isolamento social, afastamento entre as pessoas, devido as incertezas apresentadas pelo diag- nóstico e conhecimento da doença, sendo assim, alguns grupos foram mais afeta- dos, incluindo as gestantes, devido as modificações naturais, causando uma série de impactos. Quais as maiores complicações obstétricas acarretadas pela infecção da Covid-19?

A importância de abordar o tema condiz com a proposta de compreender os impactos da Covid-19 no período gestacional em comparação com as condições e fatores de riscos, sendo notório que ainda há muito o que se discutir e analisar sobre esses impactos, destacando as complicações e diversos fatores que englobam a mulher nesse período.

O objetivo deste estudo é apontar as principais complicações obstétricas nas gestantes infectadas pela SARS-CoV2 e os motivos decorrentes.

MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de uma revisão de literatura do tipo sistemática, esse método tem a finalidade de reunir e sintetizar resultados de pesquisas sobre um delimitado tema ou questão, de maneira sistemática e ordenada, contribuindo para o aprofundamen- to do conhecimento do tema investigado.

CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

A metodologia aplicada na realização deste estudo é uma revisão sistemática de literatura com referência a trabalhos já realizados, analisando estudos e dados que apresentam uma percepção acerca das complicações obstétricas oriundas da SARS Cov-2 e dos fatores relacionados nessa conjuntura.

O delineamento metodológico aduz a caracterização diante a uma fase delimi- tada aos processos e fatores que determinam a pesquisa, além da definição acerca do direcionamento dela, o que define os meios para o levantamento de dados favo- ráveis, assim como os instrumentos e procedimentos que irão guiar o seu desenvol- vimento em caráter eficaz.

Esse trabalho será de caráter qualitativo e exploratório, em que a autora realizará suas pesquisas aplicando técnicas interpretativas, almejando adquirir o máximo de conhecimento possível para a elaboração do trabalho, baseando-se em outros estudos que abordam sobre a temática compreendendo seus preceitos e informações.

COLETA DE DADOS

A análise do material, que consistiu na codificação, classificação e agregação dos dados e elaboração das categorias, a saber: fatores e riscos complacentes com a gestante em período da Covid-19, os fatores de risco associados, intervenções necessárias para prevenção e cuidados, desafios e intervenções educativas, os cui- dados da equipe multidisciplinar.

A pesquisa literária utilizando plataforma que atribua o acesso online gratuito na Biblioteca de Revistas de Medicina ou relacionadas à saúde, sendo direcionada às bases de dados BVS, LILACS, SCIELO e PubMed/Medline.

A Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) foi estabelecida em 1998, como modelo e estratégia de plataforma operacional para a gestão de informações e conhecimen- tos em saúde. A BVS é uma rede construída e coordenada pela BIREME, um centro especializado com a missão de contribuir para o desenvolvimento da saúde por meio da democratização do acesso e publicações de informações, conhecimentos e evi- dências científicas. Já o portal da BVS é um espaço que promove e amplia o acesso a informações cientificas e técnicas em saúde na América Latina e Caribe (AL&C).

Foram aplicados descritores para a melhor seleção dos materiais nas bases de dados supramencionadas, tais como, SARS-CoV-2, complicações obstétricas Covid-19, Covid-19, Gestantes e Covid-19, todos eles foram intrinsecamente relaci- onados ao tema “Complicações obstétricas pela infecção da Covid-19”.

ANÁLISE E TRATAMENTO DOS DADOS

Avaliação dos estudos inclusos na revisão sistemática condiz com a pesquisa foi realizada no período de seis meses (janeiro a junho de 2023). A coleta dos dados será através da leitura de artigos disponíveis online e completos, dentre os últimos 5 anos, pois são os mais atualizados e relevantes, atendendo aos preceitos da per- gunta norteadora deste estudo.

Após a leitura criteriosa e analítica dos 8 (oito) artigos incluídos na revisão sistemática de literatura, foram elaborados quadros apresentando as características das pesquisas e das populações estudadas e os principais resultados sobre as cau- sas e complicações obstétricas em gestantes no período gestacional.

Atenuando os dados foram extraídos de acordo com um formulário de infor- mações sobre a identificação do artigo, como o descritor, a base de dados, o tipo de revisão, os principais resultados e o desfecho (objetivo), além do nível de evidência dos estudos. Para essa análise, foram consideradas as proeminências de acordo com o modelo proposto pela revisão sistemática com maior relevância.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com os dados que que foram levantados inerentes aos materiais que serão utilizados como base, foram aplicados os descritores supramencionados, seguindo uma linhagem de filtragem para enfatizar o tema proposto, analisando in- formações, como a pertinência, qualidade do artigo, a relevância e a relação com o tema. O que acentuou o uso mais preciso de 8 (oito) artigos que serão considerados nesta pesquisa.

Para a sustentação teórica dessa pesquisa e com base na compreensão so- bre o embasamento desenvolvido, serão apresentados os principais materiais que foram selecionados, corroborando com seus principais achados. O quadro abaixo compete à demonstração dos dados baseados em 8 (oito) artigos, seguindo com a título, o autor, ano e caracterizações.

Quadro 1 – Filtragem dos artigos segundo combinações dos DeCS

TítuloAutor/anoPrincipais Resul- tadosDesfecho
01Impacto da Co- vid-19 na saúde da gestante: evidências e recomendaçõesRejane Cristi- na Fiorelli de Mendonça – 2021A importância de fomentar orienta- ções relacionadas aos cuidados no pré-natal, assistên- cia ao parto e puer- pério, assim como diretrizes clínicas relativas para as gestantes com sus- peita ou diagnóstico de Covid19.Neste cenário, além do medo da conta- minação no período gestacional, a inse- gurança diante da possibilidade da transmissão vertical no momento do par- to são importantes fatores determinan- tes do estado men- tal destas pacien- tes. Contudo, as evidências iniciais sugerem que o ví- rus não seja capaz de atravessar a bar- reira placentária.
02Puerpério du- rante a pande- m i a               d e Covid-19: rede de apoio para participantes de um grupo de gestantes e ca- sais grávidos.Maria Eduarda de Pinho Ara- nha – 2021Diante do cenário mundial de restri- ç õ e s p r o v o c a d o pela pandemia do vírus da COVID-19, as famílias necessi- taram adaptar suas rotinas durante o pós-parto. Essa nova realidade im- pactou na formação da rede de apoio, marcando signifi- cantemente o puer- pério em relação a mulher, ao bebê e a sua família.o presente estudo fornece subsídios para uma reflexão acerca da necessi- dade da rede de apoio durante o ci- clo gravídico-puer- peral, demonstran- do a importância da presença de famíli- as e amigos duran- te o pós parto, mo- mento de dificulda- de e que necessi- tam de acolhimento e atenção.
03Impacto da Co- vid-19 no pe- ríodo gestacio- nal e puerperal em seu aspecto biopsicossocialAlex Fontes Honorato – 2022O principal objetivo deste estudo foi compreender o im- pacto da Covid-19 no período gestaci- onal e puerperal em relação ao aspecto biopsicossocial, tendo por objetivos específicos, relatar e entender os fato- res de risco associ- ados à gestação e Covid-19, além de compreender a im- portância do pré-na- tal e acompanha- mento do profissio- nal enfermeiro no período puerperal relacionado à Co- vid-19.O presente estudo está voltado para o i m p a c t o d a Covid-19 no perío- do gestacional e puerperal em seu aspecto biopsicos- social, no qual é no- tório que o medo pela falta de conhe- cimento acerca da doença foi um dos principais impactos.
04Gestantes no contexto da pandemia da Covid-19: refle- xões e desafiosF e r n a n d a Matheus Es- trela – 2020O novo coronavírus, S A R S – C O V – 2 , agente etiológico da Covid-19, tem se propagado no mun- do inteiro de manei- ra rápida, vulnerabi- lizando, dentre ou- tros grupos, as ges- tantes.Diante das compli- cações para a ges- tação e o feto, faz- se necessário refle- tir sobre o estar gestante em tem- pos de pandemia da Covid-19 e a im- portância do cuida- do profissional, so- bretudo de enfer- meiras, a fim de su- perar os inúmeros desafios que per- meiam esse contex- to.
05Principais com- plicações obs- tétricas causa- das pelo Covid- 19Vanessa Apa- recida Ma r- ques de Quei- roz – 2023Identificar as princi- pais complicações obstétricas em ges- tantes infectadas pelo SARS-CoV-2, com a finalidade de melhorar a assis- tência à saúde pres- tada ao binômio mãe-fetoDiante do exposto, é necessário o co- n h e c i m e n t o d a s possíveis complica- ções obstétricas da infecção pelo CO- VID-19, a fim de melhorar a assis- tência à saúde prestada ao binô- mio mãe-feto.
06Sistematização da assistência de enfermagem na redução da mortalidade maternaRenata Santos de Farias – 2021O ciclo gravídico- puerperal tem riscos naturais a serem controlados a fim de evitar complicações durante a gravidez, parto e puerpério.Conclui-se que a enfermagem contri- bui na redução da mortalidade mater- na através da corre- ta aplicação da SAE, desde o pré- natal, identificando e controlando os riscos gestacionais, preparando a ges- tante para o parto, até o puerpério, com avaliação pre- coce da mãe de modo a detectar riscos de mortalida- de no puerpério.
07Manual de re- comendações para assistên- cia à gestante e puérpera frente à pandemia de Covid-19Ministério da Saúde – 2021Desde o início da pandemia, chamou a atenção em rela- ção à covid-19 a existência de gru- pos de risco, espe- cialmente vulnerá- veis à infecção, principalmente os idosos e os portado- res de comorbida- des, que apresenta- vam elevados índi- ces de letalidadeDesse modo, a pre- ocupação inicial fi- cou concentrada nas gestantes de alto risco, devido a doenças como hi- pertensão, diabetes e obesidade, as q u a i s p o d e r i a m apresentar pior evo- lução da covid-19, de maneira seme- lhante ao que se observava nas não grávidas.
08Gravidez e Co- vid-19UNFPA – 2022Desde o início da pandemia da Covid- 19, o Fundo de Po- pulação das Nações Unidas — a agência do Sistema ONU responsável pelas questões relaciona- das à saúde sexual e reprodutiva — re- comendou que mu- lheres grávidas, par- turientes e puérpe- ras estivessem en- tre as prioridades dos serviços de saúde.Com o agravamen- to da segunda onda da pandemia no país e novas infor- mações a respeito dos impactos da Covid-19 em mulhe- res grávidas, a insti- tuição reuniu res- postas a algumas dúvidas relaciona- das a gravidez e Covid-19.

Fonte: Elaboração própria, 2023

Esses foram os principais achados diante a busca pelos descritores, julgados eficazes e complacentes com os objetivos que foram propostos. A pesquisa foi realizada no período de seis meses (janeiro a junho de 2023), por meio das plataformas de pesquisa supramencionadas, com a aplicação de descritores, a seleção dos artigos visando obter apenas os relacionados ao tema proposto e a pergunta norteado- ra4.

A saúde pública mundial passou por uma das maiores crises e desafios que levou a óbito milhões de pessoas, em decorrência do Corona vírus, denominado como Covid-19, mais precisamente em janeiro de 2020, a OMS (Organização Mundial de Saúde) adotou a doença em questão, atenuando a emergência da saúde pública e a importância internacional, constituindo um nível bem elevado de cuidados e alerta, devidamente regulamentado5.

No Brasil, em 11 de março do ano de 2020 a covid-19 foi declarada como pandemia, e no dia 20 do mesmo mês, o Ministério da Saúde, reconheceu o estado de transmissão em todo o território nacional, em ressalva que o vírus é causado pelo SARS-CoV-2, ou seja, semelhante ao corona vírus, causado pela doença que repercuti no trato respiratório nos seres humanos, podendo o quadro clínico se agravar significativamente3.

De acordo com o estudo de Mendonça6 em eminência aos dados da OMS que apontam 80% dos portadores do vírus que poderão ser assintomáticos, ou seja, o restante, equivalente a 20% dos infectados requerem o atendimento hospitalar por apresentarem os sintomas variáveis, como febre, tosse, congestão nasal, diminuição do olfato ou/e paladar, mal estar, dentre outros sintomas, o que poderá ser agrava- do, em casos de pessoas consideradas do grupo de risco, como as gestantes, sen- do este o objeto do presente estudo.

Cabe ressaltar que as pessoas com o quadro e sintomas assintomáticos, poderão ter sintomas progressivos, ou seja, a condição inflamatória exacerbada, com o comprometimento pulmonar, ou de outros sintomas considerados como graves, e até mesmo com a necessidade de uso da ventilação mecânica inerente a insuficiência respiratória grave causada pelos danos nos pulmões e aumentando os índices de mortalidade6.

Queiroz7 menciona que a ideia da contextualização sobre o tema, a promoção da saúde de qualidade é primordial para a equipe multidisciplinar, assim como a atenção voltada a mulher que esteja gestante, proporcionando qualidade e humanização para a saúde materna e neonatal, incluindo as ações de prevenção e de pro- moção da saúde, o diagnóstico e tratamento adequado aos problemas que poderão ocorrer em período gestacional.

Pela disparidade na transmissão e propagação do vírus, a manifestação dos sintomas e os riscos eminentes aos diferentes grupos que precisam de atenção especial, por serem considerados do grupo de risco, atenua os cuidados com a saúde, no caso, a gestante, a fim de que sejam aprovisionadas as devidas orientações, durante a gravidez a mulher passa por muitas alterações fisiológicas que são necessárias para o desenvolvimento do feto, assim como as alterações hormonais, circulatórias, imunológicas, dentre outras que podem não suportar os casos inerentes a infecção da Covid-197.

De acordo com Rajewska8 as manifestações e as implicações são mais com- plexas no caso das gestantes, dificultando a atenção direcionada, o que inclusive nas complicações exacerbou casos que resultaram na extrusão prematura das membranas, parto prematuro e ainda o sofrimento fetal, condicionando a indicada realização do parto.

Para Aranha1 vem sendo discorrido sobre os grupos de risco, sendo estes considerados como agravamentos oriundos da Covid-19, dentre eles, as gestantes, com maior mortalidade por SARS-CoV-2, além das enfermidades hematológicas, como a anemia falciforme e talassemia, doença renal crônica em estágio avançado, dentre outras questões.

Não existem dados ou informações trazidos pela Organização Mundial da Saúde sobre o fato de que mulheres gestantes sejam mais aptas ao contágio do vírus, mas a comprovação de que essa fase gestacional poderá aumentar o risco de doenças graves pela Covid-19 em detrimento as mulheres em idade reprodutiva que não estejam grávidas, dessa forma, podem ocorrer questões associados a outras condições de saúde pré-existentes8.

As gestantes são classificadas de acordo com o risco relacionado a Covid-19, da seguinte forma:

  • Verde: indica a gestante assintomática, afebril e sem os sintomas respiratóri-os5;
  • Amarelo: sinaliza que a gestante apresenta algum sintoma respiratório ou fe- bre ou histórico de febre5;
  • Vermelho: indica que a gestante apresenta qualquer sinal de gravidade, inclu-sive taquipneia e baixa saturação de oxigênio e que não responde após a suple- mentação, hipotensão arterial, alteração no tempo de enchimento capilar, modifi- cação do nível de consciência5.

Para Estrela2 os dados apresentam que as mulheres em período gestacional que apresentaram os sintomas da Covid-19 tiveram o aumento dos riscos e a ad- missão a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e a necessidade do uso de ventilação mecânica em comparação as mulheres não grávidas, podendo aumentar o risco do parto prematuro, comparando com as mulheres sem covid-19, além do fato de que se trata de evidências inconclusivas.

Nesse viés, é importante relatar sobre a saúde da mulher que deverá ser promovida, de forma integral, em todas as fases da vida, e com isso, deverá ter uma assistência qualificada e com eficácia, pois ela passa por diversas alterações ao longo dos anos, e existem políticas de saúde que foram sendo adequadas as necessidades relacionadas a cada uma de suas fases, dentre elas, a reprodutiva, que precisa ser assistida de forma humanizada e integral, em detrimento a todos os meios e preceitos que causam impactos e interferem na vida das mesmas9.

De acordo com UNFPA10 na condição da atenção a saúde da mulher que foi criado em meados a década de 80, com o Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PAISM) com o intuito de proporcionar a esse grupo de pessoas, assistência direcionada a prevenção das doenças e os agravos de forma eficaz e humanizada.

O PAISM passou por diversos aprimoramentos, avanços relacionados a assistência à mulher, acarretando e se consolidando, por meio da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM), no ano de 2004, no qual considerava a saúde como um conjunto de resultados em detrimento as condições sociais, biológicas, culturais e ambientais, necessitando das observações em prol a mulher, e o período gravídico-puerperal passou a seu um desses requisitos, no qual a mulher é assistida visando o bem-estar materno-fetal9.

Para Farias11 no período de gestação, muitas são as alterações que ocorrem com a mulher, sendo primordial manter o bom funcionamento de todos os sistemas, buscando a garantia do desenvolvimento embrionário adequado. A breve consideração feita, para se ter a maior percepção e alcançar os objetivos que são propostos pela temática.

De acordo com Furlan12 as gestantes são mais suscetíveis aos patógenos respiratórios e as pneumonias graves decorrentes da imunossupressão e das adaptações fisiológicas no período em consideração, com a elevação do diafragma, aumentando o consumo do oxigênio e edema da mucosa do trata respiratório, são as possíveis complicações gestacionais que são causadas pela Covid-19 descritas em grande parte dos estudos, tais como, sofrimento fetal, ruptura prematura de membranas, parto prematuro, dificuldades respiratórias e até a morte fetal.

Já para Silva13 os fatores que foram responsáveis pela propagação do número de cesáreas no período de pandemia oriunda da Covid-19 em que os estudos também apontaram complicações neonatais, como a pneumonia, baixo peso ao nascer, asfixia, morte perinatal, erupção cutânea, coagulação intravascular disseminadas.

Nos estudos sustentados por Stofel14 a contextualização da pandemia colocou as mulheres em diversos tipos de riscos e medos, principalmente em período gestacional, do parto e ainda o pós-parto, sendo os riscos que englobam diversas questões e situações de vulnerabilidade, como os aspectos condicionados à própria doença, assim como a falta de informação segura e a limitação ao acesso dos serviços de saúde devido ao isolamento social.

Percebe-se que a Covid-19 acarreta com desdobramentos de ordens sociais, econômicas e políticas, acarretando mais precisamente, diversas consequências bi- o psicossociais das pessoas, na contextualização mais complexa e desafiadora com incertezas e desgastes complacentes a assistência a mulher, inclusive as de natureza respiratória15.

A gestação traz uma série de fatores de risco, principalmente pelas alterações no corpo da mulher que precisa se adaptar ao desenvolvimento do feto, causando a maior vulnerabilidade em adquirir doenças, em período pandêmico, devido a Covid-19, o medo assolou as gestantes, ganhando proporção maior por se algo desconhecido, sendo algo mais grave, visto como uma doença que pode levar a morte materna, partos prematuros e ainda abortos espontâneos16.

Estrela2 relata que as evidências apontaram a necessidade do estudo e demais pesquisas sobre a contextualização da gestante no cenário pandêmico, como grandes desafios, o medo da contaminação no período gestacional e a insegurança na possibilidade de transmissão vertical no período do parto que são fatores primor- diais que inclusive com relação ao estado da saúde mental das mulheres, sendo evidencias iniciais que sugerem que o vírus não seja capaz de tal situação.

Duarte e Quintana17 em suas pesquisas, apontaram que as mulheres no período gestacional e puerperal até o 14º dia após o parto são consideradas do grupo de risco para a Covid-19, decorrentes de inúmeras vulnerabilidades citadas anteriormente, além dos diversos estudos que comprovam a maior gravidade, inclusive a letalidade.

Outro ponto importante de ser mencionado é sobre as mulheres que apresentam algum tipo de comorbidade, dentre elas, a diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares, dentre outras que aumenta mais ainda o risco da evolução negativa da Covid-19, inclusive as mulheres gestantes, com complicações de pré-eclâmpsia, parto prematuro, abortos espontâneos18.

De acordo com o Ministério da Saúde19 um dos maiores riscos que as gestantes passam em relação a Covid-19 é a insuficiência respiratória grave, em que ela necessita de suplementação de O2 e a determinados casos de forma invasiva, a priori são utilizados os métodos que não são invasivos, e caso não haja melhora no quadro clínico, será avaliada para a realização da ventilação invasiva, e para que isso ocorra, precisa ser admitida em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), se não apresentar melhoras, procedimentos mais invasivos deverão ser realizados.

Weirsinga20 descreve que as gestantes em relação a transmissão do feto, em que poderá ocorrer por meio da transmissão transplacentária, no período do parto ou ainda no processo natural de amamentação, em que todos os estudos que foram utilizados para o embasamento teórico deste, mencionam o contato com pouca frequência, considerando um benefício do aleitamento materno, o que é de suma importância determinados cuidados, como a proximidade.

Para Malta21 no período em que era totalmente desconhecido e a necessidade dos cuidados, o que era bem indicado as formas eficazes de compreender os ris- cos e de preveni-los, por meio de ações como o pré-natal, em que o profissional poderá apontar algumas orientações de cuidados, vacinação, exames tanto para a gestante e as orientações aos seus familiares, para tomadas de decisões necessárias, elaborando estratégias que auxiliam a ela e consequentemente, ao desenvolvi- mento do feto, de forma adequada.

Farias11 discorre sobre as complicações obstétricas associadas à gestante em relação a Covid-19 que são inúmeros, sendo necessário que esse grupo se atente aos cuidados necessários, buscando evitar o agravamento do quadro clínico, nos quais poderá acarretar com o risco a vida do feto e da própria vida, sendo uma incerteza.

De acordo com Hoffmann22 no período pandêmico, muitas mulheres tinham receios que versam os problemas que poderiam ocorrer no período gestacional e ainda do parto, como a possibilidade da transmissão vertical do vírus, sendo que não se tem estudos conclusivos sobre o assunto, mas a possibilidade do surgimento de sintomas inerentes ao da mãe, e outros que impossibilitam o rompimento da barreira placentária.

Outra complicação obstétrica, de acordo com LI23 era o receio da impossibilidade de escolher entre o parto normal ou a cesárea, sendo que a literatura aponta que as gestantes com Covid-19 poderão evoluir para o quadro mais grave em relação a comorbidade e a possibilidade de aumentar quando passa pelo parto cesariano de emergência ou do parto prematuro, aumentando o risco de morte materna e neonatal.

De acordo com Crispim24 muitos estudos que foram analisados por ele, evi- denciaram a propagação dos índices de cesáreas que foram realizadas nos pacien- tes contaminados pela Covid-19, mais precisamente em decorrência do medo de in- tercorrências ao longo do período gestacional, além da incerteza da equipe médica frente a possibilidade da contaminação.

As manifestações clínicas que foram observadas nas gestantes infectadas pelo Covid-19, sendo bem variável, desde o estado assintomático aos mais graves e potencialmente fatais, e os sintomas atenuam a predominância do acometimento do trato respiratório ou como resposta sistêmica a infecção, sendo observados os sin- tomas gastrointestinais19.

Figura 1 – Estágios da Covid-19

Fonte: Ministério da Saúde19

Conforme a Figura 1, a Covid-19 pode ser dividida em três estágios que de- correm da evolução e da gravidade da doença, além disso, a presença ou a junção com qualquer outro sintoma, poderá acarretar com suspeitas, inclusive questões respiratórias, nas quais acometem a gestante.

Outro aspecto importante é as diferenças dos acontecimentos na primeira onda de Covid-19 e na segunda onda, em que esta, ocorreu com maior frequência o achado de formas graves da doença nas gestantes, além das pacientes que desenvolveram a resposta hiperinflamatória, fase III, necessitando dos cuidados em UTI e apresentando elevado índice de mortalidade25.

O Ministério da Saúde19 atenua a identificação precoce da gravidade da Covid-19 em gestantes ou puérperas que possibilita o inicio oportuno das medidas adequadas, assim como tratamento de suporte, o encaminhamento e a admissão eficaz em leitos hospitalares ou UTI, dentre outros métodos que condicionem os protocolos institucionais ou nacionais.

Os estudos e literaturas utilizadas para o desenvolvimento dessa pesquisa demonstraram o desfecho materno e neonatal desfavorável na presença da Covid-19 moderada e grave, ao desenvolverem a síndrome respiratória, agravando o quadro clínico, consequentemente, com maior chance de hospitalização, admissão em UTI e a ventilação mecânica, tornando possível as alterações gravídicas afetando a resposta imunológica26.

De acordo com Karimi27 a maioria das mulheres gestantes se recuperaram sem a necessidade de hospitalização, sem que ocorresse a deterioração clínica rapidamente, e as gestantes sintomáticas com maior risco da doença em estado mais grave e com risco de morte em comparação a não gestante, no entanto, dentre esses pressupostos de gravidade, estão a situação de ser maior que 35 anos, obesidade, doenças pré-existentes.

Para Healy28 a infecção por meio da covid-19 está intrinsecamente relacionada com o desfecho materno adverso, como a hipertensão gestacional, eclampsia ou a pré-eclâmpsia, o uso de antibioticoterapia e admissão na UTI Neonatal, aumentando significativamente o risco de óbito das mulheres, em ressalva que existe a maior probabilidade de anestesia geral com a intubação orotraqueal, pelo comprometimento respiratório materno, indicação do parto de emergência.

Zeng29 realça sobre as complicações obstétricas que a hipertermia é frequente, podendo acarretar com a alteração da organogênese e aumentando o risco de anomalias congênitas, e as repercussões indicam ainda o aumento da prematuridade, com elevadas taxas de parto pré-termo e cesariana.

Dessa forma, Aziz30 aponta que os impactos causados pela Covid-19 no período gestacional e puerperal se tornou notário mesmo após dois anos de pandemia, principalmente por ter sido um período delicado e repleto de incertezas para a mulher, e conforme os dados que apontaram óbitos de gestantes devido as complicações obstétricas oriundas da Covid-19.

CONCLUSÃO

Diante ao que foi apresentado neste estudo, os objetivos propostos foram de- vidamente alcançados, atenuando sobre os inúmeros desafios enfrentados pela ges- tante no período pandêmico, destacando as medidas preventivas como as orienta- ções, recomendações e as precauções com base em evidências científicas de gran- de relevância para a proteção do binômio mãe-filho.

Em ressalva sobre a importância da equipe multidisciplinar de saúde em as- sumir o papel primordial na educação em saúde em detrimento a covid-19, com o incentivo do autocuidado e o gerenciamento das condutas saudáveis, compreen- dendo o reconhecimento da infecção acarretada pelo novo coronavírus, além dos impactos causados pela doença na saúde da gestante, direcionando ao melhor atendimento para essas mulheres.

REFERÊNCIAS

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2. ESTRELA, FERNANDA MATHEUS et al. Gestantes no contexto da pandemia da Covid-19: reflexões e desafios. Physis, Rio de Janeiro, v. 30, n. 2, e300215, 2020.

3. QUEIROZ, VAM; NOGUEIRA, MO. Principais complicações obstétricas cau- sadas pelo Covid-19. Research, Society and Development, v. 12, n. 1, e27412139823, 2023 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/ 10.33448/rsd-v12i1.39823.

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1Acadêmico de Medicina. Centro Universitário Uninorte, Ac, Brasil.
2Orientador e Docente do Centro Universitário Uninorte, Rio Branco, AC, Brasil.