MEDIDAS TERAPÊUTICAS PARA SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO: REVISÃO INTEGRATIVA

THERAPEUTIC MEASURES FOR POLYCYSTIC OVARY SYNDROME: INTEGRATIVE REVIEW MEDIDAS TERAPÉUTICAS PARA EL SÍNDROME DE OVARIO POLIQUÍSTICO: REVISIÓN INTEGRATIVA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11106879


Thamires Neves Silva1, Rafaela Rhaynara Almeida Rocha2, Yasmin Azevedo Neves3, Maria Olívia Gusmão Carvalho Barros4, Mauro Fernandes Teles5, Juliana Barros Ferreira6


RESUMO

Caracterizado como um conjunto de desequilíbrios hormonais, a Síndrome do Ovário Policístico (SOP), afeta diversas mulheres de diferentes faixas etárias e traz diversos efeitos negativos. O objetivo deste trabalho consiste em identificar os tratamentos disponíveis, as características clínicas, o diagnóstico e a qualidade de vida das pacientes com síndrome do ovário policístico (SOP). A metodologia utilizada foi a revisão integrativa por intermédio de uma pesquisa investigativa e exploratória. No que tange aos resultados foram selecionados 10 artigos. Foi possível destacar as medidas terapêuticas, tanto farmacológicas quanto não farmacológicos mais utilizadas são a metformina e o citrato de clomifeno, hortelã, extrato de linhaça e canela e atividade física. Em relação às características clínicas e o diagnóstico observou-se que a obesidade andróide, alopecia androgênica, hirsutismo, amenorréia associada a obesidade, oligomenorreia, são uma das características clínicas.  Foi identificado também que a SOP influência na qualidade de vida, pois há um incômodo com a obesidade e cólicas menstruais. Conclui-se, então, que mesmo que não possua uma cura, é possível utilizar de tratamentos para melhorar a qualidade de vida, com a utilização das medidas terapêuticas e exercícios físicos, atrelado a uma alimentação saudável.

Palavras chaves: Síndrome do ovário policístico; Medidas terapèuticas; Mulheres.

ABSTRACT

Characterized as a set of hormonal imbalances, Polycystic Ovary Syndrome (PCOS) affects several women of different age groups and brings several negative effects. The objective of this work is to identify the available treatments, clinical characteristics, diagnosis and quality of life of patients with polycystic ovarian syndrome (PCOS). The methodology used was an integrative review through investigative and exploratory research. Regarding the results, 10 articles were selected. It was possible to highlight the most used therapeutic measures, both pharmacological and nonpharmacological, are metformin and clomiphene citrate, mint, linseed and cinnamon extract and physical activity. Regarding clinical characteristics and diagnosis, it was observed that android obesity, androgenic alopecia, hirsutism, amenorrhea associated with obesity, oligomenorrhea, are one of the clinical characteristics. It was also identified that PCOS influences quality of life, as there is discomfort with obesity and menstrual cramps. It follows, then, that even if there is no cure, it is possible to use treatments to improve quality of life, using therapeutic measures and physical exercise, linked to a healthy diet.

Keywords: Polycystic ovary syndrome; Therapeutic measures; Women.

RESUMEN

Characterized as a set of hormonal imbalances, Polycystic Ovarian Syndrome (PCOS), affects various women of different age groups and has various negative effects. The objective of this work is to identify the available treatments, the clinical characteristics, the diagnosis and the quality of life of patients with polycystic ovarian syndrome (PCOS). The methodology used was an integrative review through an investigative and exploratory research. Not so many years results were selected for 10 items. It is possible to highlight the therapeutic measures, both pharmacological and nonpharmacological, most used only with metformin and clomiphene citrate, vegetables, linhaça extract and cinnamon and physical activity. In relation to the clinical characteristics and the diagnosis, it was observed that android obesity, androgynous alopecia, hirsutism, amenorrheia associated with obesity, oligomenorrhea, are one of the clinical characteristics. It has also been identified that PCOS influences the quality of life, making it uncomfortable with obesity and menstrual cramps. It is concluded, therefore, that even if a cure is not possible, it is possible to use treatments to improve the quality of life, with the use of therapeutic measures and physical exercises, linked to a healthy diet.

Palabrasclave: Sindrome de Ovario poliquistico; Medidas terapéuticas; Mujer.

1. INTRODUÇÃO

A Síndrome do Ovário Policístico (SOP), é caracterizada por alterações no sistema endócrino e reprodutor no gênero feminino em idade reprodutiva, no qual os sintomas são frequentemente caracterizados como ovários aumentados e disfuncionais, presença de cistos, hirsutismo (crescimento indesejado dos pelos), inflamação crônica de baixo grau, níveis excessivos de andrógenos e resistência à insulina (Santos, 2023). 

Atualmente, está síndrome está ganhando uma maior atenção, pois ela é capaz de afetar múltiplos sistemas do corpo, uma vez que causa alterações cardiovasculares, reprodutivas, metabólicas, oncológicas, dermatológicas (Pompei et al., 2016). Dados mostram uma prevalência entre 6 a 16% de casos de SOP, e incidência com variação de 4 a 20% durante o período de reprodução da mulher. Além de ser um distúrbio muito frequente em adolescentes em decorrência do processo fisiológico da puberdade (Febrasgo, 2018).

Conforme o Ministério da Saúde (2022), não se tem uma causa específica da doença, mas sabe-se que metade das mulheres afetadas por essa síndrome enfrentam problemas hormonais, como o excesso de produção de insulina pelo pâncreas, enquanto a outra metade apresenta disfunções nas glândulas hipotálamo, hipófise e adrenais, resultando em uma produção produzindo maior quantidade de hormônios masculinos. Falaschi et al. (2016), destaca que as causas para esse distúrbio podem ser fatores genéticos, os quais mostram que a incidência aumenta em parentes de primeiro grau e em gêmeos dizigóticos, além dos fatores ambientais baseados no estilo de vida.

A fisiopatologia embora não esclarecida totalmente, compreende-se que as manifestações reprodutivas e endócrinas são influenciadas por uma interação complexa entre fatores genéticos, epigenéticos e ambientais, resultando em desregulação hormonal (Alves et. al, 2022). No que tange ao seu quadro clínico, ocorre a apresentação de alterações menstruais como oligomenorreia (ciclos menstruais de intervalos inferiores a 19 dias ou até superiores a 90 dias), alterações dermatológicas como: aumento de pelos corporais e faciais, presença de acne, obesidade e aumento da circunferência abdominal (Clapauch, 2022). 

Para o diagnóstico da SOP, utiliza-se os critérios de Rotterdam (2003), que consiste quando ao menos dois dos três parâmetros estão presentes, sendo eles o hiperandrogenismo clínico (com hirsutismo, acne, seborreia e alopecia) e/ou altos níveis de andrógenos circulantes, presença de cistos ovarianos identificados por ultrassonografia, e o oligomenorreia com oligoanovulação (Amiri et al., 2017). Sendo assim, o tratamento de mulheres com SOP irá depender da identificação e manejo dos sintomas, no qual está sendo abordado novos parâmetros, como níveis mais elevados de hormônio anti-Mülleriano, metabolômica plasmática, que estão entre os fenótipos graves na SOP (Rashid et. al, 2022).

O tratamento farmacológico e não farmacológico é recomendado para tratar a SOP, sendo ambos eficazes (Parker et al., 2020). Segundo Alves et al. (2022), o tratamento farmacológico mais utilizado é por intermédio de anticoncepcionais orais, a fim de regularizar o ciclo menstrual. No caso de pacientes com maior resistência insulínica é aplicado a metformina, e para induzir a ovulação é utilizado clomifeno. Já o tratamento não farmacológico consiste na mudança no estilo de vida, prática de atividade físicas regulares, acupuntura, probióticos, fitoterápicos, como cita Johansson e Stener-Victorin (2013), que destca que a eficácia da acupuntura para a analgesia vem sendo bastante utilizada, pois alguns grupos de mulheres que foi submetido a esse tipo de tratamento teve maior frequência de ovulação em comparação outros tipos de tratamento.

Estudos sugerem o uso de novas terapias ou terapias modificadas para o tratamento da síndrome metabólica associada à SOP, como cita o estudo de Xin Yu Qi et. al (2020), que busca destacar o efeito terapêutico da interleucina-22 na síndrome dos ovários policísticos induzida por andrógenos elevados. No entanto, os estudos sobre os tratamentos farmacológicos e não farmacológicos da SOP são inconclusivos, em relação à sua eficácia e perfis de segurança, pois estes podem favorecer melhores resultados terapêuticos para pacientes com SOP.  Sendo assim, o estudo possui como objetivo identificar, através de uma revisão da literatura, as medidas terapêuticas disponíveis e seguras para a Síndrome do Ovário Policístico, analisar as características clínicas, o diagnóstico e a qualidade de vida das pacientes com síndrome do ovário policístico.

2. Metodologia

Trata-se de um estudo qualitativo, dado que, teve como principal objetivo identificar os tratamentos medicamentosos e não medicamentos da Síndrome do Ovário Policístico. De acordo com Minayo e Sanches (1993, p.243), o método qualitativo “adequa-se, por exemplo, ao estudo de um grupo de pessoas afetadas por uma doença, ao estudo do desempenho de uma instituição, ao estudo da configuração de um fenômeno ou processo”. A pesquisa é investigativa e exploratória,pois, com os dados obtidos por meio das leituras realizadas através de artigos e livros, foi-se construído os conhecimentos acerca da temática (Gil, 2002).

Para coletar os dados, inicialmente foi realizado uma busca nas bases de dados eletrônicas, como PubMed, Scopus, SciELO, Biblioteca Online Integrada. Utilizando uma combinação de palavras-chave relevantes para a pesquisa, como ” Síndrome do Ovário Policístico “, “tratamento”, “mecanismos biológicos” e “sintomas”. Na estratégia de combinação dos descritores, utilizou-se o termo boleano “AND” ” Síndrome do Ovário Policístico “, “tratamento”, “mecanismos biológicos” e “sintomas”. Os artigos foram selecionados entre os anos de 2015 a 2023.  

O desenho desse estudo seguiu o método composto por etapas: a) elaboração da questão (problema) de pesquisa; b) seleção da amostra com os descritores temáticos; c) coleta de dados em bases científicas; d) avaliação dos dados coletados referente à temática; e) análise e interpretação dos dados encontrados; e, f) publicação dos dados. Os critérios de inclusão foram definidos de forma clara e objetiva, levando em consideração aspectos como o tipo de estudo, a população estudada, o tipo de intervenção ou tratamento utilizado e os desfechos relevantes para a nossa pesquisa. Foram definidos também critérios de exclusão, foram descartados artigos nos formatos de resenhas, dissertações, monografias, teses e resumos em anais de eventos. As publicações selecionadas formam um quadro organizado, (Quadro 1), por tema com ordenamento e avaliação da aproximação e concordância com a investigação temática desse estudo.    

O fluxograma, (Figura 1), descreve o percurso de identificação, seleção e inclusão dos estudos primários selecionados, segundo as bases de dados, critérios de inclusão e exclusão e leitura de título e resumo totalizando os 10 artigos selecionados para esta revisão da literatura. 

Figura 01– Estudos primários selecionados

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O estudo foi realizado a partir da análise de 10 artigos que relatam sobre as medidas terapêuticas para síndrome do ovário policístico, contendo informações quanto os autores, o ano de realização do estudo, os objetivos e os principais resultados, conforme Quadro 01.

Quadro 1 – Distribuição da produção científica acerca dos artigos encontrados

AUTOR/ANOTÍTULOOBJETIVOSPRINCIPAIS RESULTADOS
Santos, I. S. M.(2019)Avaliação das características clínicas de ´pacientes com síndrome da anovulação crônicaAvaliação das características clínicas de pacientes com síndrome da anovulação crônicaDas 152 pacientes, 38,5% tinham sobrepeso; a idade média do diagnóstico foi 24,6 anos e a da menarca 12,5 anos. O tratamento mais realizado foi o uso de anticoncepcional (94,9%). 
Jiang, J. J. Gao, S. Zhang, Y. (2019)Efeitos terapêuticos da dimetildiguanida combinada com citrato de clomifeno no tratamento da síndrome dos ovários policísticosInvestigar os efeitos terapêuticos da dimetildiguanida combinada ao citrato de clomifeno no tratamento da SOP.O nível de expressão de SREBP1 foi maior em pacientes com SOP do que no controle saudável. A expressão de SREBP1 foi inibida após o tratamento, enquanto os efeitos inibitórios do tratamento combinado foram mais fortes do que os do citrato de clomifeno isolado.
Anjos, E. G. ; Eduardo, G. N. ; Figueiredo, K. B. C. L.; Brito, S. A.;  Lucena, G. T. S.(2021)  Prevalência da síndrome dos ovários policísticos em uma instituição de ensino superior da cidade de Cajazeiras – PBRealizar um  Levantamento da prevalência de casos da SOP entre discentes da Faculdade Santa Maria, da cidade de Cajazeiras, Paraíba, analisando o método diagnóstico, medidas terapêuticas empregadas e o caráter genético atribuído à síndrome.  24% das entrevistadas com SOP, além disso, o método diagnóstico mais utilizado foi a ultrassonografia da pelve, , seguido do exame clínico, representado pelas alterações no ciclo menstrual,. Todas as entrevistadas com a síndrome relataram fazer algum tipo de tratamento, e a medida terapêutica mais empregada foi o uso de anticoncepcionais orais, seguido da adoção de um estilo de vida saudável.
Almeida, Y.F.  Viana, L. M. Caixeta, L.V.V. Vieira, Y.A. Ribeiro Alves, B.L.R. Cardoso, A.S. (2019)  Qualidade de vida em mulheres com Síndrome do Ovário PolicísticoAvaliar a qualidade de vida (QV) em mulheres com Síndrome do Ovário Policístico (SOP) assistidas em duas Unidades Básicas de Saúde (UBS) na cidade de Montes Claros, Minas Gerais.A amostra foi composta de jovens (63,2%) solteiras (50%), pardas (68,4%), com ensino médio completo (44,7%), não etilistas (78,9%) e não tabagistas (100%). Nos domínios analisados, problemas com peso, pelos e alterações menstruais, configuraram-se como as manifestações da síndrome com impacto máximo na QV de mulheres avaliadas, sendo que a maioria não possui autoconsciência de sua própria condição
Zanin, G.D.M. Forster, E.C. Requeijo, M.J.R. (2023)  Síndrome do ovário policístico e suas possíveis abordagens terapêuticas: Uma revisão de literaturaAbordar as implicações psicossociais na vida da paciente e analisar as opções de manejo terapêutico disponíveis atualmente descritas.O diagnóstico da SOP é complexo, se baseado nas múltiplas facetas da que a síndrome possui. Foi visto a importância da assistência conjunta entre ginecologistas, endocrinologistas e psicólogos. A fim de promover uma melhor qualidade de vida e a diminuição das complicações na vida destas pacientes.
Mendes, B.C. Costa, E.C.M. Avila, E.C. Filho, J.R.M. Cruz, E.M. (2023)  Síndrome do Ovário Policístico:           qual                 a melhor terapia?Compreender os principais fatores relacionados ao tratamento farmacológico e não farmacológico relacionados à SOPAs abordagens terapêuticas, tanto farmacológicas quanto não farmacológicas, são direcionadas principalmente para aliviar os sintomas e prevenir complicações futuras. Dentre elas, destaca-se alimentação saudável com baixo teor de carboidratos, como na dieta do Mediterrâneo ou em dieta cetogênica, a prática de atividades físicas, suplementação dietética, acupuntura e eletroacupuntura, além de anticoncepcionais orais e outras medicações para tratamento dos sintomas
Rashi, R. Mir, S.A. Darem, O. Ali, T. Ara, R. Malikb , A. Bader , F.A.GN. (2022)  Farmacoterapia atual e implicações clínicas da síndrome do ovário policístico  Abranger as mais recentes intervenções farmacoterapêuticas e não farmacoterapêuticas atualmente em uso para lidar com várias contenções sintomáticas na SOPO tratamento também deve abordar níveis mais elevados de hormônio                                     anti- Mülleriano, metabolômica plasmática e composição do microbioma intestinal, que estão entre os fenótipos graves na SOP.
Albuquerque, F.N.N. Araujo, K.K.B Silva, L. V. S. Siqueira, A.B.A.P. Souza, A.T.M. Magalhães, C.S. Randau, K.P.  (2022)  Uso de plantas medicinais no tratamento da Síndrome do Ovário Policístico (SOP): Uma revisão integrativaAnalisar o uso de plantas medicinais que são utilizadas na SOP a partir de uma revisão integrativa da literatura, com a finalidade de verificar os efeitos farmacológicos ocasionados a partir do uso na SOPdez famílias e 11 espécies de plantas, que, de modo geral, apresentaram       atividades antiandrogênicas.
 Mehraban ,M.  Jelodar, G. Rahmanifar, F.  (2020)  Uma combinação de extrato de hortelã e linhaça melhorou o sistema endócrino e a histomorfologia do ovário na SOP experimentalAvaliar as condições de SOP após administração de uma mistura dessas duas plantas.Aumento significativo da progesterona e diminuição da testosterona e do estradiol, sem alteração significativa do DHEA no grupo T, foi observado em comparação com o grupo SOP (P <0,05)
Heydarpour, F. Hemati, N. Hadic A. Moradi, S. Mohammadi ,E. Farzaei, M. H. (2020)  Efeitos da canela no controle dos parâmetros metabólicos da síndrome dos ovários policísticos: uma revisão sistemática e meta-análiseAvaliar o efeito da suplementação de canela nos parâmetros metabólicos de pacientes com SOP através de uma revisão sistemática e meta-análise de ensaios clínicos.Os resultados demonstraram que a suplementação oral de canela em pacientes com SOP levou a uma redução significativa do nível sérico de LDL-C, colesterol total e triacilglicerol. Além disso, foi demonstrada melhora na concentração sérica de HDL-C com a suplementação de canela.
Fonte: Autores (2024)
Análise das características clínicas das pacientes

Vista predominantemente em mulheres de idade fértil, Zanin et al. (2023), vem apontar que a Síndrome dos Ovários Policísticos é uma disfunção ocorrida por diversos fatores desordenados que incluem fatores genéticos, resistência à insulina, perturbações no eixo hipotálamo-hipofisário e a produção de esteroides. Como principal desencadeador das manifestações bioquímicas e clínicas o hiperandrogenismo ovariano emerge de forma mais comum, relacionado assim, à disfunção menstrual e à presença de ovários policísticos, assumindo a responsabilidade pelas características clínicas, como hirsutismo, acne, seborreia, alopecia, distúrbios ovulatórios e síndrome metabólica (Santos, 2019).

Em sua pesquisa Santos (2019), cita que as principais manifestações clínicas da SOP são: “obesidade andróide, alopecia androgênica, hirsutismo, amenorréia associada a obesidade, oligomenorreia, abortamento habitual ou recorrente, acantose nigricans, acne, pubarca precoce”. Na inclusão do seu estudo a autora destaca 152 pacientes, maiores de 18 anos, que foram diagnosticadas com Síndrome da Anovulação Crônica (SAC) acompanhadas no ambulatório de Ginecologia do Instituto De Medicina Integral de Pernambuco Professor Fernando Figueira. Como principais resultados de sua pesquisa, a idade média das mulheres foi de 36,42 anos, com o desvio padrão de 11,36 e com média de peso de 73,8, com IMC médio de 28,6 Kg/m² com desvio padrão 5,89, classificadas assim, com sobrepeso.

Abordando as características clínicas, 71,1% (n=108) das mulheres apresentaram alopecia, já a seborreia cerca de 55,3% (n=84), 49,3% (n=75) acne, e 35,5% apresentaram hirsutismo. No que tange a frequência da menstruação irregular, 73 pacientes apresentavam, porém, 48 delas não sabiam definir a frequência de sua menstruação, sendo 10 pacientes com a irregularidade e a cada 2 meses 8 pacientes apresentavam essa frequência (Santos, 2019).

Em um estudo realizado por Anjos et al. (2021), composto por discentes matriculadas na instituição de ensino superior privada Faculdade Santa Maria, com uma amostragem populacional de 50 voluntárias, priorizando participantes com idade entre 15 e 49, pois é o intervalo de tempo que consiste nos anos de fertilidade feminina. No que se refere as manifestações, 4% (n=2), não apesentam nenhum sintoma clínico da SOP, porém 44% (n=22) apresentou em até 2 manifestações. 

Assim como no estudo Santos (2019), a pesquisa realizada por Anjos et al. (2021), foi encontrado pacientes que possuem mais de 3 sinais típicos da SOP. Desta maneira, 26% (n=13) apontaram três sinais da SOP e 6% (n=3) citaram que apresentam 5 sintomas da síndrome. No que se refere a prevalência da síndrome. A autora supracitada, mostra em seu estudo uma porcentagem de 24% (n=12) das entrevistadas com o distúrbio, sendo 2% (n=1), relatado ter um diagnóstico inconcluso sobre a síndrome. 

A importância do devido diagnóstico

Conforme Zanin (2023), o diagnóstico precoce da SOP é desafiador devido a sua clínica variada, porém é de extrema necessidade, pois minimiza as complicações a longo prazo. Atrelado a isso, Anjos et al. (2021), aponta que decorrente a variedade das características da SOP, diversos estudos foram realizados ao decorrer do tempo para proporcionar um método mais eficaz. Sendo assim, foi definido que é necessário a constatação por dois critérios: anovulação crônica; sinais clínicos e/ou laboratoriais de hiperandrogenismo e presença de ovários com múltiplos cistos ao exame ultrassonográfico. 

Anjos et al. (2021), no seu estudo feito na faculdade, questionou a conduta médica perante ao diagnóstico da SOP, encontrando que 46,2% (n=12) das mulheres realizaram exames de imagem (ultrassonografia) para obter uma melhor precisão. Posteriormente, 30,8% (n=8) realizaram o exame clínico que consiste nas alterações do ciclo menstrual. Os demais apontamentos do diagnóstico foram feitos por intermédio da observação de sinas físicos de hiperandrogenismo, representando 11,5% (n=3), aliado a exames laboratoriais relatados por 11,5% (n=3) destas mulheres. 

Jiang et al. (2019), em seu estudo que busca analisar os efeitos terapêuticos da dimetildiguanida combinada com citrato de clomifeno no tratamento da síndrome dos ovários policísticos e como amostra conteve 79 pacientes com a doença, possuindo idade reprodutiva, e selecionadas de um hospital reprodutivo afiliado à Universidade de Shandong. Como efeito de diagnóstico inicial as pacientes foram submetidas a biópsia endometrial com a finalidade de detectar possíveis lesões ovarianas, posteriormente foi realizado um exame ultrassonográfico tanto antes quanto depois do tratamento, para poder medir e calcular a taxa positiva do sinal de três linhas, medir a espessura endometrial e contar folículos ovarianos bilaterais. Com isso enfatizando a necessidade do diagnóstico não somente antes do tratamento, mas também posteriormente para verificar se obteve êxito.

Conforme apontado por Mendes et al. (2023), um diagnóstico adicional que tem sido explorado é o uso do RNA circular (circRNA), que pode desempenhar um papel crucial no diagnóstico precoce e potencial tratamento da Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), devido à sua estabilidade, especificidade e facilidade de detecção. Em contraste com o RNA linear, o circRNA demonstrou uma estabilidade superior devido à sua estrutura covalente em forma de circuito fechado, tornando-o mais resistente à degradação por exonucleases, como a RNase, observando também uma meia-vida prolongada no citoplasma.

Qualidade de vida das mulheres com SOP

Almeida et al. (2019), em seu estudo que visa descrever a qualidade de vida em mulheres com SOP, foi analisado mulheres já diagnosticas com SOP de duas Unidades Básicas de Saúde na cidade de Montes Claros, Minas Gerais. Por intermédio dos prontuários foi obtido uma população de 93 pacientes, contudo ocorreu uma dificuldade de entrar em contato com as participantes, contendo apenas 38 mulheres para avaliação com faixa etária de 14 a 28 anos.  Para método de avaliação os autores utilizaram a aplicação do O PCOSQ (Questionário de Síndrome dos Ovários Policísticos) sendo um instrumento estruturado para avaliar a qualidade de vida das mulheres que contém doença. 

No que se refere a alteração de humor, como preocupação, tristeza, depressão, baixa autoestima, nove mulheres citaram que estes sintomas estão presentes em grande parte do tempo. Posteriormente, Almeida et al. (2019), cita que mesmo que o número não seja a maior parte da amostra, já é considerado significativo, pois 52,63% delas citaram que o excesso de peso gerado principalmente pela depressão e ansiedade é um dos fatores mais preocupantes.

Por intermédio de uma avaliação específica das alterações de peso atrelado a qualidade de vida das pacientes, 16 pacientes citaram que houve o comprometimento da qualidade de vida. Além disso, as pacientes citaram que houve o crescimento de pelos no queixo, no lábio superior e no rosto. No que tange as alterações pelos sintomas menstruais como inchaço abdominal e cólicas menstruais, 11 pacientes apontaram que é um problema importante, principalmente as cólicas, sendo destacado em 52,63% delas (Almeida et al .2019). Já Zanin et al. (2023), no seu estudo, aponta que é nítido a diminuição da qualidade de vida das pacientes. Quando se relaciona com a infertilidade e dificuldades de engravidar ocorrem diversas tentativas se tornando um período difícil na vida dessas pacientes.

Tratamento terapêuticos farmacológicos 

Segundo Mendes et al. (2023), devido a não existência de uma cura definitiva para a SOP, o tratamento ideal continua sendo buscado, se tornando um debate tanto na área farmacológica quanto a não farmacológica. Desta maneira, as terapias adequadas vão com base no sintoma e quadros apresentados da mulher. 

Rashid et al. (2021), em seu estudo, irá abordar que o tratamento vai depender da identificação dos sintomas, como descrito anteriormente, sendo distúrbios menstruais, sintomas relacionados aos andrógenos e anovulação levando à infertilidade. Os autores destacam 15 medicamentos, seu lugar na terapia e os efeitos adversos para a mulher. Iniciando com a metformina, no qual seu lugar na terapia consiste na hiperinsulinemia, excesso de andrógenos, anovulação, contudo ocorre na mulher efeitos como náuseas e vômitos (comuns), diarreia, sabor metálico, acidose láctica. 

No estudo realizado por Jiang et al. (2019), também aborda a utilização da metformina como forma de tratamento. Inicialmente selecionadas 79 pacientes diagnosticadas com Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) e 35 mulheres saudáveis, das quais foram obtidas biópsias endometriais, desta forma a expressão da proteína 1 de ligação ao elemento regulador de esterol (SREBP1) nos tecidos endometriais foi analisada por meio do exame de qRT-PCR (Reação de transcriptase reversa seguida de reação em cadeia da polimerase).

Em seguida, as pacientes diagnosticadas com Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) foram divididas em dois grupos: o grupo A, composto por 40 pacientes, submetido ao tratamento com dimetildiguanida (2,5 g de metformina de ação prolongada, uma vez ao dia, Bristol-Myers Squibb), enquanto o grupo B, composto por 39 pacientes, recebeu apenas citrato de clomifeno. Foram então comparados entre os grupos o número de folículos maduros, a pontuação do muco cervical, a taxa de desenvolvimento folicular, a taxa de ovulação do folículo único, a taxa de gravidez no ciclo, a taxa de aborto precoce, a taxa de ovulação, a espessura endometrial, a taxa positiva do sinal de três linhas, o nível do hormônio folículo estimulante e o nível do hormônio luteinizante (Jiang et al., 2019).

Como resultado Jiang et al. (2019), obtiveram que a expressão do elemento regulador de esterol (SREBP1) foi mais elevada em pacientes com Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) do que no grupo controle saudável. No que tange a efetividade do tratamento, ocorreu uma redução na expressão de SREBP1, sendo que os efeitos inibitórios do tratamento combinado foram mais pronunciados em comparação com o uso isolado do citrato de clomifeno. Além disso, em comparação com o uso exclusivo do citrato de clomifeno, o tratamento combinado resultou em melhorias significativas na pontuação do muco cervical, na taxa de desenvolvimento folicular, na taxa de ovulação do folículo único, na espessura endometrial, na taxa positiva do sinal de três linhas e nos níveis de hormônio folículo-estimulante. Contraponto o uso de clomifeno, Rashid et al. (2021), destaca que um dos seus efeitos adversos são a mudança de humor, visão turva e gestações múltiplas. Seguindo a mesma visão, Mehraban et al. (2020), cita que foram relatados outros efeitos adversos nesses medicamentos farmacológicos, como náusea, dor abdominal e sangramento vaginal.

Anjos et al. (2021), no seu estudo, citou que todas as participantes com SOP já realizam algum tipo de tratamento, em que 85,7% (n=12) utilizam do anticoncepcional oral, 14,3% (n=2) adotaram um estilo de vida saudável e nenhuma fazem o uso de medicamentos sensibilizantes à insulina. Já Santos (2019), cita que das mulheres entrevistadas, 129 apontaram  algum tratamento prévio, entre elas 119 realizaram tratamento clínico, sendo o uso de anticoncepcional o mais comum (94,9%), seguido de metformina com 7%.

Mendes et al. (2023), em sua pesquisa cita que apesar de os contraceptivos orais serem frequentemente utilizados como parte do tratamento da SOP, é necessário adotar abordagens distintas para mulheres que desejam engravidar, visando estimular a ovulação e nesse contexto, o letrozol tem se mostrado eficaz como agente indutor da ovulação.

Realizando uma comparação entre o letrozol e citrato de clomifeno, Rashid et al. (2021), aborda que o letrozol é superior no que tange aos nascimentos vivos, taxas de gravidez e ovulação para mulheres anovulatórias do Grupo 2 da OMS (que inclui SOP), assim como a taxa de gravidez em mulheres anovulatórias no Grupo 2 da OMS (também incluindo SOP) sob terapia inicial, os dados sugerem uma tendência positiva.

Alburque et al. (2022), cita que é importante notar que esses medicamentos não só aumentam os riscos de comorbidades, como também possuem uma eficácia limitada para abordar o amplo espectro de sintomas associados à doença. Já Mendes et al. (2023), destaca que um dos atuais problemas no tratamento farmacológico da SOP é o uso de medicamentos para aliviar os sintomas, em vez de abordar a causa subjacente da sintomatologia.

Utilização de tratamentos terapêuticos não farmacológicos

Explorando as terapias não farmacológicas, Albuquerque et al. (2022), destacam o aumento significativo no uso de plantas medicinais, visando mitigar os efeitos adversos dos medicamentos sintéticos e buscando reduzir os danos e os custos associados ao tratamento. Atrelado a isso, os autores supracitados apontam que desde a década de 70 a Organização Mundial da Saúde que reconhece as práticas e conhecimentos tradicionais em saúde, denominados Medicinas Tradicionais Complementares e Integrativas (MTCI), como recursos de cuidado pelos sistemas de saúde nacionais. 

Mehraban et al. (2020), realizou seu estudo em vinte e quatro ratos com ciclos regulares divididos aleatoriamente em quatro grupos. Como metodologia foi utilizado essa divisão no qual o grupo controle (C) e o grupo tratamento-controle (TC) que receberam uma combinação de extrato de hortelã (SE) + extrato de linhaça (FE), já os grupos SOP e tratamento (T), a SOP foi induzida por uma única injeção intramuscular de valerato de estradiol. 

No que se refere aos procedimentos realizados o grupo de tratamento recebeu a combinação de SE e FE durante 30 dias, iniciando 7 semanas após a injeção de valerato de estradiol. Os ciclos estrais foram monitorados por 10 dias, e no último dia, os animais foram sacrificados. Posteriormente, os ovários foram coletados para estudo histomorfométrico, e os níveis séricos de progesterona, testosterona, estradiol e desidroepiandrosterona (DHEA) foram medidos (Mehraban et al. 2020).

Contendo como principais resultados um aumento no grupo T nos níveis de progesterona e uma diminuição nos níveis de testosterona e estradiol, sem alteração significativa nos níveis de DHEA em comparação com o grupo SOP (P <0,05). Aliado a isso, não foram encontradas diferenças significativas nos hormônios avaliados entre os grupos T e controle (C&CT). Outro aspecto é que o grupo T demonstrou um aumento significativo no número de folículos primários, pré-antrais e antrais, e uma redução no número de folículos císticos em comparação com o grupo SOP. 

Em seu estudo Heydarpour et al. (2020), vai destacar os feitos da canela no controle dos parâmetros metabólicos da síndrome dos ovários policísticos. Segundo os autores a canela vem sendo utilizada como remédio tradicional para tratar uma variedade de distúrbios, incluindo dor de cabeça, dor de dente, resfriado comum, diarreia, flatulência, febre, amenorreia e frigidez. A sua importância e impacto da suplementação de canela nos parâmetros metabólicos de pacientes com SOP, com resultados apontaram que a suplementação oral de canela em pacientes com SOP resultou em uma redução significativa nos níveis séricos de LDL-C, colesterol total e triacilglicerol e observou-se uma melhora na concentração sérica de HDL-C com a suplementação de canela.

Albuquerque et al. (2022), destaca 10 espécies botânicas, uma desta é a espécie Nardostachys jatamansi que são usadas para tratamento de diversas doenças de saúde, incluindo distúrbios do sistema nervoso, ansiedade, insônia, distúrbios cardíacos e problemas gastrointestinais e possui potencial efeito neuroprotetor e antioxidante. É apontado que essas espécies reduziram os níveis de progesterona, estradiol e testosterona ao atuar sobre a atividade enzimática para melhorar o crescimento folicular através da regulação da produção de hormônios esteroides e possibilitaram o bloqueio a atividade de transcrição do receptor de andrógenos, inibindo, assim, sua ação 

Assim como a semente de linhaça, que seu lugar na terapia consiste no hiperandrogenismo, regulação dos ciclos menstruais. Contudo, como consequência contém as fezes moles e atraso no tempo de coagulação Rashid et al. (2021),. Já Mehraban et al. (2020), na sua pesquisa já apresentada anteriormente cita que hortelã e a linhaça têm sido recomendadas e utilizadas no tratamento da SOP, pois especificamente a linhaça é utilizada para o tratamento de distúrbios endócrinos e regulação dos hormônios sexuais femininos, pois é uma fonte de lignanas dietéticas na sua semente podendo influenciar a atividade de enzimas importantes envolvidas na síntese de estrogênio, como a aromatase, para modular os níveis relativos de hormônios sexuais circulantes e seus metabólitos.

Anjos et al. (2021), destaca que uma vida saudável com uma alimentação equilibrada é a primeira linha de tratamento, desta forma os exercícios físicos são o tratamento mais indicado, especialmente para mulheres com SOP e com obesidade, pois a perca de peso auxilia na regulação do ciclo menstrual, na redução dos níveis de testosterona total e da resistência à insulina, além de aumentar a globulina ligadora de hormônios sexuais.

Já Mendes et al. (2023), aponta que a atividade física melhora a sensibilidade à insulina, para as mulheres que contém SOP, pois sofrem de resistência à insulina. Os autores destacam que a atividade física regular também pode ajudar a regularizar os ciclos menstruais irregulares, melhorar a saúde cardiovascular e reduzir sintomas associados à SOP, como acne e excesso de pelos corporais. Desempenhando assim, um papel de extrema importância na gestão da SOP, oferecendo uma abordagem natural e benéfica para melhorar a qualidade de vida das mulheres afetadas por essa condição.

4. CONCLUSÃO

Foi possível identificar que a Síndrome do Ovário Policístico (SOP) consiste em uma condição endócrina que afeta mulheres de diversas idades e prejudica na sua qualidade de vida. No estudo foi possível compreender os conceitos da SOP e possíveis parâmetros da sua fisiopatologia, pois não se sabe ainda ao certo sua causa. Assim, a apresentação quadro clínico da doença como algumas alterações hormonais, mudança no ciclo menstrual, obesidade, acne.

No que se refere ao seu diagnóstico, pode-se verificar que consiste em um processo mais complexo, não contendo somente um único teste para diagnóstico. Realizando muitas vezes mais de uma combinação para o resultado final como a combinação de avaliação clínica, exames laboratoriais e exames de imagem para confirmar a presença da condição. Atrelado a isso é necessário que os profissionais considerem as variações de sintomas presentes como a irregularidade menstrual, hiperandrogenismo e características polissistêmicas.

As medidas terapêuticas farmacológicas e cada tratamento irá variar conforme os sintomas da mulher. Observou-se nas pesquisas que o medicamento mais utilizado é a metformina, que sua terapia possui hiperinsulinemia e excesso de andrógenos. Outro fármaco bastante utilizado conforme os estudos foram os contraceptivos orais, como o anticoncepcional. Contudo, foi destacado que o letrozol é um fármaco melhor para o tratamento, pois não prejudica tanto a ovulação da mulher.

Já os tratamentos sem a utilização de medicamentos contemplam, o uso de diversas plantas medicinais, a canela como um controlador nos parâmetros metabólicos, a linhaça e hortelã afim de tratar e regulamentar os hormônios sexuais femininos. Destaca-se a importância dos exercícios físicos, porque melhora as condições de saúde com a movimentação ocorre a diminuição da inflamação do corpo e consequentemente controla os níveis de hormônios, como cortisol e a insulina, no organismo.

REFERÊNCIAS

Albuquerque, Franciely Nayara do Nascimento; Araujo, Karolinny Katyleen Bezerra de; Silva, Leonardo Vitoriano dos Santos; Siqueira, Anna Beatriz Almeida Pereira de; Souza, Asley Thalia Medeiros; Magalhães, Cledson dos Santos; Randau, Karina Perrelli. Uso de plantas medicinais no tratamento da Síndrome do Ovário Policístico (SOP): uma revisão integrativa. Research, Society And Development, [S.L.], v. 11, n. 13, p. 1-13, 13 out. 2022. Research, Society and Development. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i13.35916.

Amiri-Kordestani, L.; FOJO, T.. Why Do Phase III Clinical Trials in Oncology Fail so Often? Jnci Journal Of The National Cancer Institute, [S.L.], v. 104, n. 8, p. 568-569, 6 abr. 2012. Oxford University Press (OUP). http://dx.doi.org/10.1093/jnci/djs180.

Alves, M. L. S., Donne, R. D. D., Romano, R. M., & Romano, M. A. (2022). Síndrome de ovários policísticos (SOP), fisiopatologia e tratamento, uma revisão. Research, Society and Development, 11(9), e25111932469. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i9.32469 

Anjos, Emanoely Gomes dos; Eduardo, Graziela Nogueira; Figueiredo, Karla Brehnda Cabral Liberato; Brito, Samara Alves; Lucena, Gislayne Tacyana Santos. Prevalência da síndrome dos ovários policísticos em uma instituição de ensino superior da cidade de Cajazeiras – PB. Research, Society And Development, [S.L.], v. 10, n. 4, p. 1-11, 24 abr. 2021. Research, Society and Development. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i4.14412.

Clapauch, Ruth. Endocrinologia Feminina & Andrologia . [Thieme Brasil]: Thieme Brasil, 2022. E-book. ISBN 9786555721645. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555721645/. Acesso em: 10  mar. 2023.

Federação Brasileira Das Associações De Ginecologia E Obstetrícia (FEBRASGO). Tratado de ginecologia. Rio de Janeiro: Revinter; 2018

Falaschi P, del Pozo E, Rocco A, Toscano V, Petrangeli E, Pompei P, Frajese G. Prolactin release in polycystic ovary. Obstet Gynecol. 1980; 55(5):579-82. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/6768043/. Acesso em: 8 mar. 2024

Gil, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.

Guo, Yanjie; QI, Yane; YANG, Xuefei; ZHAO, Lihui; WEN, Shu; LIU, Yinhui; TANG, Li. Association between Polycystic Ovary Syndrome and Gut Microbiota. Plos One, [S.L.], v. 11, n. 4, p. 1-10, 19 abr. 2016. Public Library of Science (PLoS). http://dx.doi.org/10.1371/journal.pone.0153196.

HeydarpouR, Fatemeh; Hemati, Niloofar; Hadi, Amir; Moradi, Sajjad; Mohammadi, Elham; Farzaei, Mohammad Hosein. Effects of cinnamon on controlling metabolic parameters of polycystic ovary syndrome: a systematic review and meta-analysis. Journal Of Ethnopharmacology, [S.L.], v. 254, p. 1-13, maio 2020. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.jep.2020.112741.

Johansson, Julia; STENER-VICTORIN, Elisabet. Polycystic Ovary Syndrome: effect and mechanisms of acupuncture for ovulation induction. Evidence-Based Complementary And Alternative Medicine, [S.L.], v. 2013, p. 1-16, 2013. Hindawi Limited. http://dx.doi.org/10.1155/2013/762615.

Jiang, Jingjing; GAO, Shanshan; ZHANG, Yang. Therapeutic effects of dimethyldiguanide combined with clomifene citrate in the treatment of polycystic ovary syndrome. Revista da Associação Médica Brasileira, [S.L.], v. 65, n. 9, p. 1144-1150, set. 2019. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/18069282.65.9.1144.

Ministério da Saúde. Síndrome dos ovários policísticos. 2022. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/sindrome-dos-ovarios-policisticos/. Acesso em: 02 mar. 2024.

Mendes, B. C., Costa, E. C. M., Avila, E. C., Magalhães Filho, J. R., & Cruz, E. de M. (2023). SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO: QUAL A MELHOR

TERAPIA? Revista Acadêmica De Iniciação Científica, 1(1), 82–93. Recuperado de https://wyden.periodicoscientificos.com.br/index.php/raic/article/view/318

Mehraban, M., Jelodar, G. & Rahmanifar, F. Uma combinação de extrato de hortelã e linhaça melhorou o sistema endócrino e a histomorfologia do ovário na SOP experimental. J Ovariano Res 13 , 32 (2020). https://doi.org/10.1186/s13048-020-00633-8

Minayo, M. C. S. & Sanches, O. Quantitative and Qualitative Methods: Opposition or Complementarity? Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 9 (3): 239-262, jul/sep, 1993. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csp/a/Bgpmz7T7cNv8K9Hg4J9fJDb/?format=pdf&lang=pt

Rashid, Rumaisa; MIR, Suhail Ahmad; KAREEM, Ozaifa; ALI, Tabassum; ARA, Rifat; MALIK, Anjum; AMIN, Fiza; BADER, G.N.. Polycystic ovarian syndrome-current pharmacotherapy and clinical implications. Taiwanese Journal Of Obstetrics And Gynecology, [S.L.], v. 61, n. 1, p. 40-50, jan. 2022. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.tjog.2021.11.009.

Rotterdam E, Group A-SPCW. Revised 2003 consensus on diagnostic criteria and long-term health risks related to polycystic ovary syndrome. Fertil Steril 2004;81(1):19

Santos, Isabela Souto Maior dos. Avaliação das características clínicas de pacientes com síndrome da anovulação crônica. 2019. 24 f. Tese (Doutorado) – Curso de Medicina, Faculdade Pernambucana de Saúde, Recife, 2019. Disponível em: https://tcc.fps.edu.br/handle/fpsrepo/489. Acesso em: 01 mar. 2024.

Zanin, Giulia Dakhil Moyzes; Forster, Eloise Capucho; Requeijo, Márcio José Rosa. Síndrome do ovário policístico e suas possíveis abordagens terapêuticas: uma revisão de literatura. Research, Society And Development, [S.L.], v. 12, n. 8, p. 1-11, 18 ago. 2023. Research, Society and Development. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v12i8.42935.


1ORCID: Faculdade Santo Agostinho, Brasil Email:nevesthamires98@gmail.com

2ORCID: Faculdade Santo Agostinho, Brasil E-mail: rafaelarar@icloud.com

3ORCID: Faculdade Santo Agostinho, Brasil Email:yasminneves4a@gmail.com

4ORCID: Faculdade Santo Agostinho, Brasil Email:oliviagusmaocarvalhoa@gmail.com

5ORCID: Faculdade Santo Agostinho, Brasil Email:maurofteles@hotmail.com

6ORCID: Faculdade Santo Agostinho, Brasil Email:juliana.ferreira@vic.fasa.edu.br