REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11066605
Yêda Sá Malta1
Cenidalva Miranda de Sousa Teixeira2
Juliana Malta Soares3
Késsia Luzia dos Passos4
Ana Cristina Mendes Guimarães5
Resumo: Este artigo trata sobre estratégias lúdicas e socioemocionais como apoio à aprendizagem de estudantes neurodiversos, com o objetivo de fomentar reflexões sobre a temática abordada e analisar as estratégias lúdicas e socioemocionais como apoio à aprendizagem de estudantes neurodiversos. É uma pesquisa exploratória pautada nos procedimentos técnicos da pesquisa bibliográfica e também um relato de experiência vivenciado com estudantes do 6º ano do ensino fundamental anos finas nas aulas de Língua Portuguesa. Este estudo permite compreender que o uso de recursos lúdicos digitais ou manuais ajudam a estimular a inclusão de estudantes atípicos na sala de aula com o exercício da criatividade, da colaboração em equipe, da reflexão ativa e, consequentemente, gera uma aprendizagem significativa permeada pelo exercício das competências socioemocionais.
Palavras-Chave: Estratégias lúdicas; Competências socioemocionais; Ensino Fundamental; Neurodiversos.
Abstract: This article deals with playful and socio-emotional strategies to support the learning of Neurodiverse students, with the aim of encouraging reflections on the topic covered and analyzing playful and socio-emotional strategies to support the learning of Neurodiverse students. It is an exploratory research based on the technical procedures of bibliographical research and also a report of experience with 6th year elementary school students in Portuguese language classes. This study allows us to understand that the use of digital or manual playful resources helps to stimulate the inclusion of atypical students in the classroom through the exercise of creativity, team collaboration, active reflection and, consequently, generates significant learning permeated by the exercise of socio-emotional skills.
Keywords: Playful strategies; Socio-emotional skills; Elementary School; Neurodiverse.
1 INTRODUÇÃO
Observa-se que a infância se caracteriza como a fase das descobertas na vida de qualquer ser humano. Assim, a criança desde a sua existência como bebê começa a conhecer o mundo das mais diversas maneiras através das estimulações que são propostas. Tudo que ocorre na aprendizagem vivencial na infância reflete de forma significativa durante as fases de desenvolvimento posteriores e podem ser observadas quando a pessoa adentra as salas escolares do Ensino Fundamental. E nesse processo, entende-se que as relações interpessoais e intergrupais vão se tornando mais significativas no processo de aprendizagem de vida.
Na escola, nos momentos de interação permeados por ludicidade, os estudantes manifestam seus desejos, afetos e preferências por aquilo que mais lhe atrai. Segundo Dornelles (2001, p. 104) “É pelo brincar que as crianças se expressam e se comunicam. É através das brincadeiras que elas começam a experimentar e a fazer interações com os objetos e as pessoas que estão à sua volta”. Dessa forma, ampliando suas possibilidades de aprendizagens.
Em meio a pandemia mundial de coronavírus vivenciada nos últimos anos, a educação pública enfrentou uma série de desafios que se ampliaram exponencialmente em relação a educação especial e educação inclusiva. Nesse sentido, este estudo tem como objetivo geral analisar as estratégias lúdicas e socioemocionais como apoio à aprendizagem de estudantes neurodiversos. E, busca de forma mais específica, relatar as estratégias lúdicas utilizadas por uma docente com seus estudantes neurodiversos no 6º ano no Colégio Militar Tiradentes I (CMT I) e identificar se a docente conseguiu perceber a aprendizagem dos estudantes neurodiversos nas aulas on line a partir das atividades lúdicas aplicadas e o currículo pedagógico proposto.
Para atingir os objetivos propostos recorreu-se à pesquisa exploratória na forma de um estudo de caso, pautada nos procedimentos técnicos da pesquisa bibliográfica sobre a temática das estratégias lúdicas, educação inclusiva, Neurodiversidade e exercício docente. Utilizou-se a forma de abordagem qualitativa por se tratar de um estudo de caso. De acordo com Lüdke e André (1986, p. 17) “o caso é sempre bem delimitado, devendo ter seus contornos claramente definidos no desenvolver do estudo”. O formato definido para este artigo é de um relato de experiência, visto que é um texto que descreve a ação de uma docente que ministra aula de Língua Portuguesa em uma escola pública no estado Maranhão. Espera-se que este trabalho possa contribuir para a área de atuação das pesquisadoras e também para outros profissionais ligados à educação e que as reflexões aqui registradas a partir deste estudo de caso possam ser geradoras de novas instigações de estudos.
2 EDUCAÇÃO INCLUSIVA: sob o olhar das legislações
Apesar da existência de variadas legislações para garantir os direitos de vivências, acessos e proteção ainda observamos a negação do direito de inclusão, talvez por não perceber o valor da inclusão e o seu propósito de existência. Para Ferreira (2010, p. 93): “Incluir é o mesmo que compreender, que por sua vez, quer dizer entender, alcançar com a inteligência”. Apesar dos desafios, a proposta de uma Educação Inclusiva já foi implantada, possui respaldo legal e precisa se consolidar a cada dia para que possa representar mais avanço no processo de ensino e aprendizagem em todo o mundo. Mantoan (2003, p. 46) afirma que a “Inclusão é a nossa capacidade de entender e receber o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós”. Assim, a possibilidade de exercício das competências socioemocionais ajudam nessa ação de inclusão na vida cotidiana.
A Constituição Federal no Art. 205 preconiza e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96) no Art. 2º reafirma que a educação é dever do Estado e da família, visando o pleno desenvolvimento do educando. Nos Art. 3º e 4º da Lei nº 8069/1990 que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) destaca-se os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana e que se alinham com as determinações legais já existentes e esclarecidas na Constituição Federal do Brasil e também na Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Brasil, 1996) o Cap. V trata exclusivamente da educação especial, essa situação tem relevância legal, visto que, durante muito tempo essa área foi pouco contemplada nas políticas públicas brasileiras. Destaca-se que nesse capítulo é reafirmado o direito à educação, pública, gratuita, das pessoas com deficiência, condutas típicas e altas habilidades. A partir dessa lei os municípios brasileiros passaram a ser responsáveis pela universalização do ensino, referente à Educação Infantil e Ensino Fundamental, mas podem dividir essa responsabilidade com os Estados por meio dos Pactos de colaboração.
A Portaria nº 948/2007 que trata sobre a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva tem como objetivo “o acesso, a participação e a aprendizagem dos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas escolas regulares, orientando os sistemas de ensino para promover respostas às necessidades educacionais especiais.” (Brasil, 2007)
Para que seja vivenciada uma pedagogia da inclusão, a meta principal deve ser entender a pessoa de forma global, organizando o interesse no aprofundamento intelectual, sem que isso se sobreponha ao emocional, ao físico, ao espiritual, ao criativo e ao estético. Antunes (2008, p. 82) trata de alguns fundamentos necessários para o entendimento do que realmente seja uma educação inclusiva
A aceitação de que os seres humanos são essencialmente diferentes e que essas diferenças jamais podem servir de pretexto para estabelecer hierarquia entre melhores e piores, entre certos e errados. A aceitação de que o corpo e mente não são partes distintas de um mesmo ser e que, portanto, os saberes intelectuais, por exemplo, são tão válidos quanto os de natureza corporal, musical, espiritual, espacial, intra e interpessoal. A compreensão de que os domínios do conhecimento humano constituem uma meta construtora da verdade, da beleza e da solidariedade e que, portanto, todas as abordagens específicas necessitam sempre ser interdisciplinares e que não pode existir qualquer hierarquia de importância entre esse ou aquele saber, entre essa ou aquela linguagem. A certeza de que nenhuma aprendizagem pode se isolar de sua aplicação na vida da comunidade.
Concorda-se totalmente com este autor e se enfatiza que devem ser feitas mais ações nos ambientes escolares subsidiadas por políticas de governo mais expressivas para que possam garantir direitos anteriormente conseguidos.
3 A UTILIZAÇÃO DE ESTRATÉGIAS LÚDICAS PARA MELHORIA DA APRENDIZAGEM
Entende-se que no ambiente educacional dos anos finais do ensino fundamental, no 6º ano, a fantasia ainda toma conta do imaginário do alunado, cronologicamente eles estão entre 10 completos e 12 anos incompletos de acordo com sua data de nascimento e entrada na escola, então, torna-se imprescindível que as atividades lúdicas façam parte do cotidiano dessas instituições e sejam asseguradas no Projeto Político Pedagógico (PPP), na proposta pedagógica e nos planejamentos de aulas manuseados pela equipe pedagógica.
De acordo com Maluf (2009, p. 21) “são lúdicas as atividades que propiciam a experiência completa do momento, associando o ato, o pensamento e o sentimento. A atividade lúdica pode ser uma brincadeira, um jogo ou qualquer outra atividade que vise proporcionar interação”. Corrobora-se com o autor afirmando que na vivência de uma atividade lúdica a maneira como as crianças agem demonstra o jeito de sentir e pensar e alinha suas interações, possibilitando assim uma melhor aprendizagem.
Santos (2002, p. 12) a respeito do uso de atividades lúdicas na sala de aula afirma que “o lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de socialização, comunicação e construção de conhecimento.”
Nesta mesma linha de raciocínio, compreende-se que as atividades lúdicas permeadas por competências cognitivas e socioemocionais podem proporcionar muitas descobertas quando adaptadas ao conteúdo dos componentes curriculares. Concorda-se com as ideias de Pereira (2005, p. 20) em relação a integração social que ocorre entre os docentes e os estudantes quando são utilizadas atividades diferenciadas e lúdicas na construção da aprendizagem.
As atividades lúdicas são muito mais que momentos divertidos ou simples passatempos e, sim, momentos de descoberta, construção e compreensão de si; estímulos à autonomia, à criatividade, à expressão pessoal. Dessa forma, possibilitam a aquisição e o desenvolvimento de aspectos importantes para a construção da aprendizagem. Possibilitam, ainda, que educadores e educando se descubram e encontrem novas formas de viver a educação.
Assim, compreende-se que o processo de aprendizagem quando é permeado por uso de atividades lúdicas pode ajudar a melhorar a atenção, a memorização e imaginação que são aspectos de fundamental importância para um ensino de qualidade, principalmente com estudantes neurodiversos. A ludicidade pode estimular a ação de ler os livros paradidáticos e didáticos, se transformando em uma ação exitosa tanto para crianças típicas ou atípicas. De acordo com Dornelles (2001, p. 56) “a brincadeira constitui-se como algo pertencente à criança que manuseia, ao brincar, experimenta, organiza-se, constrói regras e desse modo descobre e compreende interativamente o mundo”. Cada pessoa tem seu ritmo de aprendizagem, sua peculiaridade de apreensão e fixação de informações que perpassa por um universo concreto que pode ser percebido, ou não, em um contexto simbólico e/ou imaginário.
4 MATERIAIS E MÉTODOS
Esta pesquisa apresenta uma análise sobre as estratégias lúdicas como apoio à aprendizagem de estudantes neurodiversos por meio de um relato de experiência. Conforme Lakatos e Marconi (2001, p. 68), delimitar a pesquisa é estabelecer limites para a investigação. A pesquisa pode ser limitada em relação: ao assunto, a extensão e também a uma série de fatores. Delimitamos a pesquisa na análise da ação pedagógica de uma docente de Língua Portuguesa feita a partir do seu relato. Utilizou-se a abordagem qualitativa por estar ligada a aspectos mais subjetivos ligados ao estudo de caso relacionado ao uso de estratégias lúdicas com estudantes neurodiversos por uma docente de uma escola pública estadual.
Por se tratar de uma pesquisa exploratória na forma de um estudo de caso com relato de experiência, inicialmente foi feito um levantamento de informações com a utilização da tipologia de pesquisa bibliográfica sobre a temática abordada. Com relação a este tipo de pesquisa, a mesma foi escolhida, porque, conforme Gil (1991, p. 27), “os documentos constituem fonte rica e estável de dados”.
Este estudo foi enriquecido com a aplicação de entrevista com uso de questionário com perguntas abertas e fechadas para acolher as informações para gerar o relato de experiência de uma docente do 6º ano do ensino fundamental do Colégio Militar Tiradentes I (CMT I) que é uma escola conveniada à Secretaria de Estado da Educação do Maranhão (SEDUC/MA) por meio da Diretoria de ensino da Polícia Militar do Maranhão (PMMA). De acordo com as informações acolhidas junto à SEDUC/MA essa instituição de ensino no ano 2021 atendeu 732 alunos matriculados no ensino fundamental anos finais e 720 estudantes no Ensino Médio.
Inicialmente foi realizado contato com a gestão do CMT I para apresentar o objetivo da pesquisa e obter a autorização de acesso para efetivar a aplicação da pesquisa. Posteriormente foi feito o contato com a docente que neste estudo iremos identificar pelas iniciais do seu nome A.T.M.B para resguardar seu anonimato.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Este relato de experiência retrata a prática pedagógica de uma docente de Língua Portuguesa do CMT I no ano letivo de 2021, período em que a escola estava funcionando em formato remoto, utilizando plataformas digitais. Essa docente utilizou estratégias diferenciadas que envolvem jogos e dinâmicas criados por ela e alguns jogos digitais, com os estudantes típicos e atípicos das turmas C e D do 6º ano do ensino fundamental visando a ativação da motivação e a participação efetiva deles nas aulas on line do projeto de leitura em meio ao período pandêmico de COVID 19.
Iniciando a análise dos dados acolhidos, destaca-se que a resposta relacionada à 1ª questão investiga “Qual o componente curricular e o ano do ensino fundamental que você aplicou as estratégias relatadas nesta pesquisa?”, a docente respondeu: “Ministro Língua Portuguesa, Leitura (Competência Leitora), Gramática e Produção Textual, no 6⁰ Ano. Apliquei nas duas aulas do Projeto de Leitura que é semanal nas minhas turmas de 6º ano C e D. (A.T.M.B, 2022)
Em resposta à 2ª questão da entrevista que versa “O seu relato de experiência vai se referir a qual momento do ano letivo 2021 e por quê você escolheu esse momento?”Em sua resposta a docente destaca as dificuldades da adaptação à nova realidade vigente em sua escola e esclarece que a partir de vários questionamentos resolveu utilizar a ludicidade nas aulas do Projeto de Leitura para incentivar seus estudantes típicos e atípicos a ter uma aprendizagem significativa
“Todos os participantes da comunidade escolar, principalmente os docentes, tivemos que nos adaptar a uma realidade inesperada que iniciou em 2020 e se estendeu em 2021. Foi difícil e com desafios que nos instigam até hoje, pois apesar de estarmos trabalhando de modo presencial, ainda observamos que muitos alunos ainda estão se adaptando à escola neste momento de volta presencial das aulas, principalmente os alunos neurodiversos. A educação à distância é algo muito importante e acontece desde antes da pandemia, mas mudar do ensino presencial para o remoto, de forma abrupta, sem planejamento prévio, trouxe inúmeros contratempos. Diante desse panorama, a escola precisou se adaptar à nova realidade disponibilizando tecnologia. Como fazer para os alunos realmente assimilassem os conteúdos ministrados? Como fazer para que os alunos tivessem aprendizagem significativa com tantos problemas advindos da pandemia? Refletindo sobre todos os desafios enfrentados: dificuldade de acesso às plataformas digitais, tristeza pela perda de parentes, pelo isolamento social, etc.; pensamos em lecionar os conteúdos de forma lúdica através de jogos, dinâmicas, videoaulas, produzidos de forma a trazer algo diferente para se obter uma aprendizagem significativa.” (A.T.M.B, 2022)
No contexto mostrado na resposta da docente, Cavalcante (2022, p. 18)destaca que “Com certeza o fechamento físico das escolas e a rápida adaptação ao ensino remoto trouxeram diversas consequências para os processos educativos.” Observa-se que a docente relata que foram muitos desafios enfrentados desde o início da pandemia e que foi necessário fazer adaptações para que, principalmente, os estudantes neurodiversos pudessem se sentir motivados para participar das aulas.
Nessa perspectiva, entende-se que o educador é parte integrante do processo de aprendizagem e mediador da inserção de estratégias inovadoras na sala de aula. Assim, acredita-se que através do brincar, a criança vai construindo consciência da realidade e, ao mesmo tempo, vivencia uma possibilidade de entendê-la e modificá-la, caso seja necessário. Pontis (2022, p. 17) corrobora com este pensamento quando afirma que “Os docentes podem contribuir para criar um clima colaborativo de conhecimento, respeito e valorização das diversidades por meio de atividades dirigidas, como vídeos, jogos e a leitura. Devemos ser concretos para ter resultados.”
A respeito do cenário educativo em meio a uma pandemia vivenciado intensamente entre 2020 e 2021, Cavalcante (2022, p. 16) ressalta que “O corpo docente precisou adaptar-se ao ensino remoto e as classes mais fragilizadas sofreram impactos.” Esta pesquisa se refere ao ano letivo de 2021 vivenciado inicialmente de forma on line e depois em formato híbrido (on line/presencial) no CMT I. Destaca-se que em 17/03/2020 a pandemia de COVID 19⁶ causou a paralisação das aulas na rede estadual do Maranhão. As aulas em formato on line foram respaldadas pela Portaria nº 343/2020/MEC, que definiu sobre a substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais durante a situação de pandemia e as Portarias n.º 506/2020 e a n.º 817/2020/SEDUC que orientavam a organização do regime especial das atividades curriculares para o ano letivo de 2020, durante a suspensão das aulas presenciais. Regime especial que perdurou na rede estadual até 2021.
Dentro desse contexto pandêmico, as escolas se organizaram ao ensino remoto via aplicativos/plataformas virtuais e depois com a autorização das aulas presenciais foi efetivado uma reorganização dos ambientes escolares. O governo do Maranhão a partir do Decreto nº 36.871/2021, “reitera o enfrentamento da COVID 19 e dá orientações de providências para o retorno as aulas presenciais.” (MARANHÃO, 2021). A SEDUC/MA em 2021 criou as Diretrizes pedagógicas para o retorno híbrido das escolas estaduais que orientava “O retorno das atividades presenciais nas escolas públicas da Rede Estadual do Maranhão de forma gradual, iniciando pelas escolas com condições para implementação dos protocolos de biossegurança.”
Os estudantes precisaram se adaptar novamente ao convívio no ambiente físico da escola houve a necessidade de colocar em prática situações de acolhimento emocional e adaptações pedagógicas para toda comunidade escolar.
Com relação à 3ª questão que versa sobre “Você costuma usar estratégias que envolvem jogos e dinâmicas em sua sala de aula e como foi nesse período pandêmico?”. A Docente discorre sobre as dificuldades e inseguranças desse momento que teve que ministrar aulas on line durante a pandemia
“Sim. Tanto nas aulas de Língua Portuguesa quanto nas aulas específicas do Projeto de Leitura sempre utilizo estratégias lúdicas para ativar a motivação dos alunos e melhorar a competência leitora, além de propiciar um momento de construção de conhecimento colaborativo entre os alunos típicos, atípicos, com laudamentos de neurodiversos ou neurodivergentes”. Com a necessidade do isolamento e do ensino remoto, percebemos que nós, professores, compartilhamos de muitas inseguranças. Em relação aos aspectos mais técnicos, por exemplo: dar aula online, gravar vídeos e preparar recursos adequados para tal formato, nos deparamos com dificuldades que iam além de todas as barreiras enfrentadas no ensino presencial. Foi necessária uma reflexão pautada na importância de um ensino eficaz numa época tão difícil, como também das metodologias e recursos que promovessem uma aprendizagem concreta.” (A.T.M.B, 2022)
Em razão da docente A.T.M.B ter utilizado várias estratégias lúdicas nas suas aulas do projeto de leitura que ocorreram on line em 2020 e 2021, observa-se que os estudantes neurodiversos puderam vivenciar muitas possibilidades de aprendizagem. Pois como diz Pontis (2022, p. 113) “O brincar desempenha um papel enorme no desenvolvimento da criança.” E Piletti (2013, p. 46) complementa ao afirmar que “Certas qualidades do professor, como paciência, dedicação, vontade de ajudar e atitude democrática facilitam a aprendizagem.”
Entende-se, portanto, que os jogos e ou qualquer material educativo quando são confeccionados visando um objetivo pedagógico pode trabalhar um modelo de inteligência unidimensional, que consequentemente privilegiará o eixo cognitivo, visto que, por existirem várias inteligências, elas não são intercambiáveis entre si.
Nesse sentido, a respeito da independência dos conhecimentos de cada tipo de inteligência, Gardner (1994, p. 55) afirma que:
Importante entender que cada inteligência é relativamente independente das outras e que os talentos intelectuais de um indivíduo, digamos, em música, não podem ser inferidos a partir de suas habilidades em matemática, linguagem ou compreensão interpessoal.
Estudantes neurodiversos podem apresentar dificuldades de assimilar concretamente todas as informações contidas em um material pedagógico. Por exemplo, no uso de um texto, a sua inteligência linguística pode não perceber o sentido das palavras, sua inteligência lógico temporal pode não identificar as diferenças existentes entre o passado, presente e futuro expressas nas frases. Por isso, o material pedagógico adaptado ou apenas utilizado pelos docentes com esses estudantes podem ficar somente no uso potencial.
Na questão nº 4 se busca indagar “Quais as estratégias utilizadas por você em sala de aula nesse período pandêmico para ativar o interesse dos alunos, principalmente dos alunos neurodiversos?” a Docente relata que buscou aprender sobre recursos lúdicos e metodologias diferenciadas que lhe propiciasse um fazer pedagógico significativo a todos os seus estudantes, assim ela relata que:
“Pensando na necessidade de garantir a aprendizagem através da modalidade à distância, para alunos na faixa etária de 10 a 12 anos, utilizamos a plataforma “Google Meet” para as nossas aulas online, ministrando os conteúdos por meio de slides no “PowerPoint”, videoaulas, atividades e dinâmicas através de plataformas digitais; trabalhamos com jogos confeccionados manualmente por mim, tais como: roletas, jogo da memória, mensagens diárias extraordinárias, batalha espacial, planetas extraordinários, caixa literária, sala de embarque (maleta dos gêneros textuais), pescaria, mala viajante, árvore dos frutos extraordinários,“spinners” com perguntas; todos pensados e baseados em leitura, visto que a escola tem um Projeto de Leitura, e trabalhamos com a obra Extraordinário, de R. J. Palácio. Além disso, utilizei jogos e dinâmicas, pois percebi que eles tinham muito interesse em participar de atividades mais práticas. Fui aproveitando o interesse deles para aplicar conteúdos estudados. Entendo que através dos jogos, o aluno formula conceitos, ideias, desenvolve raciocínio lógico, ou seja, torna-se autor da construção de conhecimentos.” (A.T.M.B, 2022)
A Docente A.T.M.B ainda destacou que a cada semana ela confeccionava recursos diferentes que faziam a alegria dos alunos e, que também em alguns momentos, contou com a participação dos pais nos jogos. Neves (2001, p. 45) afirma que, “o lúdico apresenta valores específicos para todas as fases da vida humana e tem finalidade essencialmente pedagógica na idade infantil e na adolescência.”
O quadro 1 foi organizado com as imagens cedidas pela Docente A.T.M.B para registrar os jogos e atividades confeccionados para estimular a participação dos estudantes em suas aulas on line.
Quadro 1 – Momentos vivenciados nas aulas on line de Língua Portuguesa
A questão nº 5 argui “Você considera importante o uso de estratégias lúdicas como instrumento de inclusão na sala de aula com estudantes neurotípicos e neuroatípicos?” e a Docente respondeu que
“Sim. Considero de fundamental importância, pois a interação entre todos acontecia naturalmente, assim como a participação nas aulas. Com os jogos, consegui com que todos os alunos participassem e, assim, aprendessem os conteúdos ministrados. A aprendizagem tem sido alcançada, pois eles aprendem brincando. (A.T.M.B, 2022)
O conceito que está embutido no termo Neurodiversidade consiste em reconhecer e respeitar as diferenças neurológicas que fazem parte da vida das pessoas. O cérebro de pessoas neurodiversos pode funcionar, processar e aprender informações de uma forma diferente das outras pessoas, que não possuem condições neurológicas específicas. Nesse sentido, Pontis (2022, p. 34) corrobora enfatizando que “Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresentam dificuldades específicas. Não é falta de experiência ou de vontade, mas sim um verdadeiro comprometimento neurobiológico.”
Nota-se, portanto, que o uso da ludicidade se posta como um instrumento com potencialidades infinitas para situações de ensino e aprendizagem de pessoas neurodiversos, visto que, estes estudantes aprendem as informações por meio de processos interativos que envolvem sua relação corporal, sua cognição, afetividade e suas motivações de interações sociais. Nessa perspectiva de entendimento,
Kishimoto (2007, p. 37) afirma que
Quando as situações lúdicas são intencionalmente criadas pelo adulto com vistas a estimular certos tipos de aprendizagem, surge a dimensão educativa. Desde que mantidas as condições para a expressão do jogo, ou seja, a ação intencional da criança para brincar, o educador está potencializando as situações de aprendizagem.
Na 6ª questão o interesse informativo se caracteriza na pergunta “Com a aplicação dessas estratégias, como você observou o interesse dos alunos neurotípicos nas suas aulas com o uso da ludicidade?” A docente ressalta que
“Os alunos neurotípicos se mostraram receptivos às atividades, participativos e melhoraram em relação à aprendizagem. percebi que os alunos ficavam na expectativa de qual seria o jogo e esperavam com ansiedade o dia em que aconteceria tais dinâmicas. além disso, os alunos neurotípicos criaram empatia, amizade e solidariedade com todos”. (A.T.M.B, 2022)
Entende-se que o desenvolvimento neurotípico significa que a criança está dentro do nível e idade esperados de desenvolvimento nos aspectos do sistema nervoso central, ou seja, não possuem problemas de desenvolvimento neurológico.
Pontis (2022, p. 34) nos leva a refletir que “as crianças neurotípicas tem uma predisposição inata para aprender observando os outros para antecipar o comportamento deles.”
A 7ª questão busca saber da docente sobre “Como você percebeu o interesse dos alunos neuroatípicos nas suas aulas com o uso de jogos educativos, brincadeiras e dinâmicas?” e o seu relato ressalta que
“Os alunos neuroatípicos e os neurotípicos expectavam sobre os jogos, eram participativos ao extremo, nunca se incomodaram com alguma situação advinda das dinâmicas, como barulho, palmas, torcidas; e, ao contrário do que muitas pessoas pensam, eles queriam muito participar e faziam isso da melhor forma possível. A interação dos alunos neuroatípicos sempre comprovava que a aprendizagem estava sendo adquirida.” (A.T.M.B, 2022)
Destaca-se que as pessoas neuroatípicos lidam com diferentes alterações do desenvolvimento neurológico. Pontis (2022, p. 37) corrobora com a resposta da docente quando diz que “incentivem o compartilhamento de materiais, brinquedos e atividades. Organizem um cantinho de trabalho dedicado a aprendizagem das habilidades sociais e comunicativas.”
Nesse diapasão, o Capítulo IV da Lei Federal nº 13.146/2015, a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, preconiza, no artigo 27, preconiza que “a educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida.”
A 8ª questão trata sobre “Você consegue identificar que competências são ativadas em suas aulas quando utiliza jogos brincadeiras e dinâmicas?” e a docente relata várias competências que considera que os estudantes que fazem parte de suas turmas ativaram com a vivência em suas aulas
“Sim. Compreender a importância da língua escrita para vida em sociedade, em qualquer âmbito social; adequar à linguagem às diversas formas de uso; produzir textos orais e escritos nos diversos gêneros e tipologias; desenvolver criticidade através da leitura reflexiva de diversos textos para defesa de pontos de vista; conviver de forma harmoniosa e respeitosa.” (A.T.M.B, 2022)
Nas orientações da BNCC, pode-se perceber que as competências gerais não devem ser interpretadas como um componente curricular, mas tratadas de forma transdisciplinar, presentes em todas as áreas de conhecimento e etapas da educação e nesse texto documental o conceito de competência é definido como “A mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho”. (BNCC, 2018)
A 9ª questão busca informações sobre os jogos utilizados. “Você utilizou jogos educativos digitais ou somente jogos manuais para ministrar suas aulas no ano letivo que você se refere no seu relato e quais jogos digitais você utilizou?”, a docente respondeu “Eu utilizei somente dois jogos digitais: “Jogo da memória e Quiz com roleta. Na maioria das vezes, utilizei jogos manuais, todos feitos por mim.” A.T.M.B (2022). Nessa perspectiva, Sanches (2021, p. 49) afirma que “A ideia é permitir a experimentação, pois é a partir dela que as mais diversas inovações vão aparecer, nos processos práticos, que podem ser feitos da maneira analógica ou digital.” Concorda-se com este autor e acrescenta-se que é importante dar a oportunidade ao estudante de se tornar protagonista do seu aprendizado para que possa enxergar o sentido nessa construção do conhecimento. Os jogos digitais podem ser uma ferramenta educacional exitosa quando utilizada com planejamento adequado e com definição de critérios esclarecidos aos estudantes e alinhado aos direitos de aprendizagens que perpassam pelas aulas.
Em relação a criação dos jogos/dinâmicas e a percepção de benefícios observados com a estratégia da ludicidade nas aulas, a docente A.T.M.B ao responder a 10ª questão que investiga sobre “Você criou os jogos educativos para uso nas aulas do projeto de leitura na plataforma digital, conseguistes observar benefícios com a utilização dessa estratégia de ensino?” afirmou que
“Sim, criei vários jogos, a cada sexta-feira eu trazia um jogo diferente”. O principal benefício foi a aprendizagem significativa, pois durante vários períodos nenhum aluno apresentou baixo rendimento na minha disciplina. Houve interesse pelas aulas, pois eles precisavam saber os conteúdos para responder às questões nos jogos e construir textos. Também observei uma interação, empatia e amizade entre todos os alunos.” (A.T.M.B, 2022)
O formato lúdico de ensinar, ajuda o cognitivo e a interação dos estudantes na sala de aula seja física, seja virtual, facilitando o aprendizado na prática de jogos e brincadeiras. Kishimoto (2007, p. 64) explica que, “o jogo é um meio, que favorece no desenvolvimento e na inteligência facilitando o entendimento da criança.”
Considerou-se relevante, ao final da entrevista, perguntar sobre as sensações que emergiram na mente da Docente A.T.M.B que foi foco deste relato de experiência durante esses anos letivos pandêmicos (2020 e 2021) em relação ao acompanhamento dos alunos neurodiversos nas suas aulas on line. Assim, a 11ª questão pergunta “Como você se sentiu observando que os alunos neurodiversos estavam conseguindo acompanhar suas aulas a partir das estratégias aplicadas como forma de ação inclusiva?”A Docente respondeu que
“Senti-me realizada como profissional, pois, inicialmente, achava que não conseguiria adaptar as minhas aulas de forma a atender satisfatoriamente aos alunos neurodiversos. Quando obtive êxito por meio de jogos e dinâmicas voltados para o ensino da Língua portuguesa, senti que estava no caminho certo. Fiquei feliz e realizada” (A.T.M.B, 2022)
Reflete-se que a cognição envolve fatores diversos como o pensamento, a linguagem, a percepção, a memória, o raciocínio, que fazem parte do desenvolvimento intelectual, mas necessita da emoção para amparar os momentos de convivência que ocorrem na sala de aula entre o docente e os estudantes, sejam típicos ou atípicos. Maia (1986, p. 37) corrobora com essa reflexão quando afirma que “A ciência mais difícil que até hoje encontramos foi a de viver em conjunto, e o mais interessante é que precisamos desse intercâmbio para viver.”
Assim, compreende-se que atender de forma efetiva cada uma das necessidades e desafios que foram surgindo na caminhada letiva pandêmica foi primordial para que os estudantes neurodiversos, que estavam nas turmas do 6º ano da docente A.T.M.B gostassem de assistir as aulas com os conteúdos permeados por ludicidade. Observa-se, portanto, que ministrar essas aulas foi muito desafiador para docente que aceitou participar da pesquisa, mas também foi extremamente construtivo e positivo tanto pessoal como profissional para ela.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Destaca-se que posterior aos estudos feitos sobre a temática abordada observou-se nas leituras efetivadas que existe um crescente movimento pela concretização do direito à educação aos alunos neurodiversos, e não somente uma busca de colocar em prática os processos educativos, mas sim, o desejo do exercício do direito de aprender deles, que perpassa pela preocupação com a qualidade e com o acompanhamento de novos processos de aprendizagem utilizando programas e projetos direcionados pela inserção da ludicidade visando fortalecer o uso de estratégias inovadoras, principalmente, nos anos do Ensino Fundamental.
Assim, acredita-se que a instituição escolar contemporânea deve intensificar as ações pedagógicas para fortalecer as práticas pedagógicas dos docentes, no intuito de ampliar o atendimento das necessidades identificadas e relacionadas com os estudantes neurodiversos.
Entende-se que em todo processo de inclusão escolar, urge a necessidade de ser feito a concretização de algumas ações no ambiente escolar, e deixamos aqui registrado como sugestão: a adaptação de estratégias e materiais pedagógicos que garantam a participação efetiva de todos os estudantes no processo educativo, gerando, assim, um aprendizado cooperativo e mais participativo; propiciar aos docentes momentos de formação continuada com temáticas específicas visando fortalecer seus os conhecimentos e habilidades em relação a Neurodiversidade.
Nesse sentido, ressalta-se que a inserção da ludicidade por meio de jogos manuais ou digitais, dinâmicas, brinquedos e brincadeiras na sala de aula nos anos do ensino fundamental é de extrema importância tanto para estudantes típicos quanto para os atípicos, visto que, a aprendizagem nessa fase de vida necessita de criatividade, objetividade, interatividade e respeito aos direitos de aprendizagem para que o desenvolvimento ocorra de forma saudável e equilibrada.
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1 Mestra em Educação na área de Ensino da Educação Básica do Programa de Pós-Graduação em Gestão de Ensino na Educação Básica – PPGEEB pela Universidade Federal do Maranhão. Psicopedagoga, Especialista em Psicologia da Educação Universidade Estadual do Maranhão, Gestora Pedagógica Geral do Colégio Militar Tiradentes I/ PMMA – São Luís/MA- yedamalta@hotmail.com; yeda.malta@discente.ufma.br
2 Doutora em Engenharia Elétrica na área de Ciência da Computação, professora Titular do Departamento de Biblioteconomia e do Programa de Pós-Graduação em Gestão de Ensino na Educação Básica – PPGEEB, da Universidade Federal do Maranhão. cenidalva.teixeira@ufma.br ; cenidalva@gmail.com
3 Especialista em Psicologia Escolar pelo Conselho Federal de Psicologia, AEE pela Faculdade Laboro, Pós-graduanda em Psicologia da Educação pela Universidade Estadual do Maranhão e Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem pela Faculdade Pontifícia Católica (PUCRS); Psicóloga Escolar do Colégio Militar Tiradentes I/ PMMA – São Luís/MA- julianamalta.psi@gmail.com
4 Especialista em Psicopedagogia pela Faculdade Horizonte e Ensino Estruturado no TEA no IESF, Pós-graduanda em ABA ao Autismo e Psicologia Educacional pelo IESF; Psicopedagoga Escolar do Colégio Militar Tiradentes I/ PMMA – São Luís/MA- kessiapassos@hotmail.com
5 Especialista Educação Especial na perspectiva de inclusão no IESF; Psicopedagogia Clinica e Institucional no CAPEM e Neuropsicopedagogia clínica e reabilitação cognitiva no Psicopedagoga Escolar do Colégio Militar Tiradentes I/ PMMA – São Luís/MA – anaguimaraesneuropsicopedagoga@gmail.com