O AUXÍLIO DA TECNOLOGIA NO DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO EDUCACIONAL DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10959333


Juliana Sousa Ribeiro Freitas;
Dinalva Lopes Claudio;
Odirlene Maria da Silva;
Margareth Taveira dos Santos;
Kelley Naiara Simões Silva;
Maria de Fátima da Silva;
Daniela Rodrigues da Silva;
Orientador: Davillas Newton de Oliveira Chaves


RESUMO

Dada a recente necessidade de utilização de recursos tecnológicos para continuidade do ensino nas escolas, este estudo tem como objetivo analisar a importância da tecnologia para a evolução do processo educacional durante a pandemia de Covid-19 (2020/2021). A coleta de dados foi realizada por meio de pesquisa qualitativa, revisão bibliográfica, analisando diferentes artigos científicos que abordam as mudanças causadas pelo isolamento social durante a pandemia. Assim, observou-se que a escassez de equipamentos tecnológicos afeta o dia a dia de profissionais da educação, alunos e escolas, criando uma defasagem de saberes e gerando a necessidade de adaptação e aquisição de conhecimento sobres as tecnologias de comunicação e informação. Esses fatos podem ser considerados um desafio para os envolvidos no processo de escolarização, a estrutura ineficiente prejudica o desempenho de professores e alunos no processo de ensino aprendizagem na educação a distância. Sendo assim, a pesquisa evidenciou que a modalidade remota foi único meio de suprir a falta das aulas presenciais no Brasil, mas infelizmente a maioria da população, principalmente, das regiões menos desenvolvidas que sofreu com as mudanças na Educação, por falta de tecnologias digitais, equipamentos de informática – sinal de internet, principalmente. O ensino a distância não apenas revelou a vulnerabilidade das escolas públicas na situação pandêmica, mas também demonstrou a vulnerabilidade das instituições públicas do país na promoção de uma educação de qualidade e na promoção da igualdade de oportunidades educacionais.

Palavras-chave: Covid-19; Distanciamento Social; Ensino remoto; Tecnologias digitais.

ABSTRACT

Given the recent need to use technological resources to continue teaching in schools, this study aims to analyze the importance of technology for the evolution of the educational process during the Covid-19 pandemic. The process of collecting information for the study was carried out through qualitative and bibliographic research, analyzing different articles on the changes caused by the social isolation caused by the pandemic. Thus, it has been observed that the need for technological equipment affects the day-to-day of education professionals, students and schools, creating the need to adapt and acquire a more in-depth knowledge of communication technologies. This transition can be considered a challenge for students, parents and teachers who do not have sufficient knowledge of the technological equipment or the necessary structures to provide students with the necessary structures for full participation in school activities.

Keywords: Covid-19; Social distancing; Remote teaching; Digital technologies.

1 INTRODUÇÃO 

Este estudo explora a importância da tecnologia na educação durante a pandemia de Covid-19 (2020-2021), partindo do pressuposto de que o ensino remoto requer equipamentos tecnológicos, tecnologias da informação e comunicação com as quais muitos profissionais da educação e estudantes não estavam familiarizados.

Em 17 março de 2020, o Ministério da Educação e Cultura publicou o Decreto N° 343 dispondo sobre as medidas de distanciamento social e a substituição das aulas presenciais por aulas na modalidade a distância, fazendo com que muitas instituições de ensino enfrentassem o desafio de encontrar estratégias para compensar a ausência dos professores em sala de aula (BRASIL, 2020). 

Esse improviso levantou questões sobre até que ponto a comunidade escolar estava preparada para essa adaptação forçada, mostrando também que a nova realidade deveria ser implementada nas escolas para garantir que os estudantes continuassem a cursar seus estudos com o mínimo de impacto possível, evitando a evasão e possibilitando a sua conclusão.

Entretanto, inesperadamente, professores, alunos e escolas de todo o Brasil não estavam preparados para tal realidade, para o ensino aprendizagem mediado por meio de plataformas digitais, telefones celulares, aplicativos de mensagens e outras tecnologias indispensáveis, mas a emergência de saúde pública não deixava outra alternativa a não ser o fechamento das instituições de ensino.

Desse modo, o isolamento social trouxe a necessidade  de adequação  à nova realidade, os professores tiverem que reinventar a sala de aula. Adotaram a técnica de gravar e publicar vídeo aulas nas plataformas como o YouTube, ou o compartilhamento dessas aulas em grupos do aplicativo de mensagens WhatsApp; realizaram videoconferências pelos aplicativos  Google Meet e Zoom, visando levar conhecimento aos alunos, mesmo que de forma improvisada e, por vezes, não funcionais devido às grandes desigualdades sociais existentes (SANTOS, 2020).

Desde o início do distanciamento social, profissionais de diferentes setores precisaram encontrar formas de se adaptar às condições atípicas de trabalho para dar continuidade às suas atividades. Na educação não foi diferente, pois os profissionais dessa área, principalmente os professores, encontraram muitas dificuldades para continuar ministrando o conteúdo aos alunos, principalmente porque o profissional da educação exercia, até então, suas atividades interagindo constantemente com os alunos no ambiente escolar físico.

Diante dessa situação, é compreensível que os desafios enfrentados pelos educadores foram uma parte importante do novo processo educacional. E, por essa importância, a relação professor/aluno/escola não pode ser ignorada em nenhuma análise da educação, considerando o processo de adaptação durante a pandemia da Covid-19.

De acordo com Santos (2020):

[…] É impossível olhar para o futuro sem refletir sobre o presente e analisar o passado e as ações desenvolvidas nele. Portanto, a culpa pela revolução escolar pós-pandemia está sendo atribuída à boa vontade e à vontade dos professores, pois a profissão usa ferramentas como computadores, tablets, telefones celulares e televisores, mais do que nunca. Até se faz eficaz valorizar a busca dos professores em uma situação tão difícil. No entanto, é necessário manter coerência da teoria (SANTOS, p.45, 2020, p. 11).

Nesse contexto, deve-se fazer algumas observações e reflexões sobre a educação em tempos de pandemia, especialmente sobre uma visão romantizada, por vezes equivocada, que tem sido constantemente propagada. Pois, muitos defendem que a educação passou por um grande processo evolutivo durante a pandemia da Covid-19, porém, deixando de considerar dados de evasão escolar defasagem na aprendizagem e exclusão dos discentes com menor acesso às tecnologias, tais como computador, Smartphone e Internet.

O discurso responsável por defender que a educação foi fortemente transformada e que nunca mais voltará a ser como era antes do isolamento social deve ser constantemente repensado, haja vista que as adaptações didáticas e pedagógicas não ocorreram de forma única e igualitária, muito pelo contrário, ocorreram de forma desigual e muitas vezes excludente.

 Assim, compreende-se que a pandemia, o isolamento social e o estabelecimento de aulas remotas elevaram consideravelmente as diferenças educacionais entre a parcela mais pobre e a mais abastada da sociedade, contribuindo ainda mais com o aumento da injustiça social, tão marcante no Brasil.

Por outro lado, a visão de que a educação estaria vivendo um processo evolutivo deve ser friamente analisada, pois o cenário educacional pós-pandemia não pode ter o professor como único agente transformador, uma vez que a educação é um processo social formado por inúmeros atores, técnicas recursos e procedimentos pedagógicos.

Nesse contexto, deve-se compreender que o acesso às tecnologias também é primordial para a modificação cada vez mais eficiente da educação. É inegável que uso de tecnologias como internet, computadores, aparelhos celulares e diversos aplicativos foi, sem sombra de dúvidas, responsável por assegurar a continuidade do fornecimento de aulas, mesmo que de forma improvisada para boa parte dos docentes e discentes de escolas públicas.

Portanto, pensar o processo educacional no período da pandemia da Covid-19 é refletir sobre os problemas e dificuldades encontrados pela comunidade escolar, desde os alunos das séries iniciais, passando pelos estudantes do Ensino Médio e Ensino Superior, até a compreensão dos principais obstáculos enfrentados pelos professores, gestores educacionais, demais profissionais da educação, estudantes e seus familiares.

A partir disso, esta pesquisa baseia-se em estudos de autores como Lílian Bacich, Adolfo Tarzin Neto, Fernando de Melo Trevisani e José Moran, entre outros estudiosos e pensadores que utilizaram suas obras, publicaram trabalhos com suas contribuições sobre a temática proposta.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 AULAS REMOTAS DURANTE A PANDEMIA

Com o Decreto nº 343, de 17 de março de 2020, o poder público normatizou as aulas remotas, ministradas via mídias digitais ou em outras formas a distância, para atende  situação emergencial de pandemia do Covid-19, que começara a preocupar as autoridades brasileiras naquele momento, conforme a letra do texto:

Art. 1º Autorizar, em caráter excepcional, a substituição das disciplinas presenciais, em andamento, por aulas que utilizem meios e tecnologias de informação e comunicação, nos limites estabelecidos pela legislação em vigor, pela instituição de educação superior integrantes do sistema federal de ensino, de que trata o art. 2° do Decreto n° 9.235, de 15 de dezembro de 2017 (BRASIL, 2020).

A partir desse decreto uma série de outros documentos normativos, decretos e portarias foram publicadas pelos governos estaduais e municipais por todo o país, instaurando uma situação de emergência sanitária e, consequentemente, a suspensão das atividades escolares presenciais, reforçando as angústias que a sociedade passava mediante a mazela que afetava todos os setores. A esse respeito, Chagas (2020) apresenta o cenário desalentador:

O fechamento de escolas em todo o país não tem precedentes na história recente como forma de conter a propagação do Covid-19, uma doença sem medicamento que até agora matou milhares de vidas, com muitos hospitalizados e uma vacina ainda sendo testada. No Brasil, cerca de 56 milhões de alunos matriculados na educação básica e superior foram suspensos, dos quais 32,4 milhões passaram a ter aulas remotamente (CHAGAS, 2020, p. 4).

De acordo com Santos (2020), o estabelecimento do ensino remoto tinha como objetivo tentar manter a sequência do processo educacional existente no espaço físico escolar, procurando garantir o mínimo de eficiência por meio de um modelo alternativo, improvisado de forma paliativa. Os percalços da educação pública frente a nova realidade são pontuados por Chagas (2020, p. 33), quando afirma que: “na rede pública, 26% dos alunos dos cursos online não tinha acesso à internet, então a maioria dos alunos estudava por meio de programas de estudos corretivos, dificultando o processo de ensino”.

Diante disso, torna-se evidente que as políticas públicas orientadoras do ensino remoto partem de medidas conscientes da realidade social desigual entre os estudantes, deixando claro o papel de improviso de tais medidas. 

Deve-se destacar que a modalidade de Educação a Distância (EaD) é projetada para manter as rotinas da sala de aula por meio de espaços virtuais que podem ser acessados de vários locais, mesmo para quem recebe vídeo aulas ou programas de estudo com tutoria, o que não se encaixa no modelo de aulas remotas implantado pela maioria das escolas brasileiras, por isso convencionou-se denominar o modelo adotado como ensino remoto ou, por vezes, ensino híbrido.

Para Behar (2020):

Ensino Remoto Emergencial e a Educação a Distância não podem ser compreendidos como sinônimos, por isso é muito importante, no contexto que estamos vivendo, clarificar esses conceitos. O termo “remoto” significa distante no espaço e se refere a um distanciamento geográfico. O ensino é considerado remoto porque os professores e alunos estão impedidos por decreto de frequentarem instituições educacionais para evitar a disseminação do vírus. É emergencial porque do dia para noite o planejamento pedagógico para o ano letivo de 2020 teve que ser engavetado (BEHAR, 2020).

É importante enfatizar que em muitas escolas o ensino remoto não havia sido implantado, e quando foi, não apresentou eficiência, em muitos casos, devido a falta de infraestrutura nos espaços escolares, das famílias dos estudantes e do próprio profissional da educação.  Isso porque, grande parte dos alunos da rede pública não teve acesso a recursos tecnológicos para assistir às aulas ou mesmo tirar dúvidas.

Todavia, na rede particular de ensino o cenário se apresentou diferente, um percentual bem maior de alunos não enfrentou dificuldades de acesso e utilização das tecnologias necessárias ao ensino aprendizagem a distância. 

Logo, esse público pôde dar continuidade aos estudos sem prejuízo ao processo e resultados, podendo contatar professores e tutores durante a mediação das aulas e para sanar suas dúvidas em tempo real ou posterior, por meio de aplicativos de mensagens, plataformas de ensino, de forma muito mais eficiente.

De outra forma, o alunado das classes menos favorecidas saiu prejudicado de várias formas. Seja pelas condições sociais desfavoráveis, pela falta de acompanhamento familiar durante as atividades escolares e acesso a ferramentas básicas para realizar os estudos sem a presença física do professor.

Borstel; Fiorentin; Mayer (2020) discorrem acerca dos desafios enfrentados durante as aulas remotas ou híbridas ministradas com recursos improvisados ou insuficientes:

Portanto, pode-se dizer que a pandemia de Covid-19 proporcionou um momento difícil para alunos, pais e professores, que tiveram que adotar o aprendizado diário que era realizado integralmente nas escolas até então, seja por meio de aulas online ou materiais impressos, as famílias tiveram que se organizar para ajudar os alunos a aprender. No entanto, deve-se levar em conta que muitos pais trabalham durante o dia e não podem acompanhar de perto o aprendizado de seus filhos. Há também pais que não possuem o conhecimento necessário para realizar tal acompanhamento e fecham os olhos para o processo, prejudicando o processo de aprendizagem de seus alunos (BORSTEL; FIORENTIN; MAYER, 2020, p. 18).

Esse foi um momento difícil de adaptação, com alunos, pais e professores tendo que adotar atividades rotineiras em casa, o que antes eram comuns nas escolas.  Agora ocorria por meio de aulas online ou materiais impressos, e as famílias tiveram que se organizar para ajudar os alunos a aprender. 

Nessa realidade deve-se  considerar que havia pais que trabalhavam fora de casa o dia todo e não tinham tempo para prestar atenção na aprendizagem de seus filhos, e ainda, que havia pais com escolarização insuficiente para orientar os filhos em casa. 

Assim, o processo de aprendizagem de crianças e adolescentes, nesses termos, ficou muito prejudicado.

A adoção da tecnologia é fundamental para superarmos esse período único e fornecer os meios para o aprendizado. No entanto, os alunos têm que enfrentar muitas dificuldades no seu dia a dia, como navegar na Internet, falta de compreensão do conteúdo e falta de aparelhos eletrônicos. São questões pontuais que afetam a aprendizagem dos alunos e impactam diretamente na educação no Brasil, lembrando que nenhuma tecnologia em sala de aula pode superar os professores (JUSTINO; COELHO; SANTOS, 2020, p. 14).

Diante da impossibilidade da modalidade de aulas presenciais, a adoção da tecnologia foi essencial para que se pudesse atravessar esse período desafiador e permitir que o aprendizado acontecesse. Sendo assim, os alunos tiveram que enfrentaram obstáculos, como navegar na Internet, não entender o conteúdo escolar por falta da mediação presencial do professor, falta de acesso e ou domínio das mídias digitais, aparelhos eletrônicos e outras tecnologias como recursos de ensino aprendizagem. 

Evidentemente, essas foram questões pontuais que afetaram a aprendizagem dos alunos de escolas públicas e dos lugares mais remotos do Brasil, e impactaram diretamente a educação dos estudantes em todo o território brasileiro. Sendo importante ressaltar que nenhuma tecnologia pode substituir de forma eficiente os professores em sala de aula. 

Em face dos problemas diagnosticados para a educação a distância de caráter emergencial, tentou-se diminuir as dificuldades na educação formal, mas a implantação de novas tecnologias é um processo que demanda tempo, recursos e treinamento.

O isolamento social e o fechamento das escolas tornaram evidente aos gestores, educadores, alunos e familiares a importância do sistema educacional público, que mesmo com muitas carências, procurou atender, na medida do possível, as demandas da comunidade durante todo o período em que as aulas presenciais estavam suspensas. 

Observou-se o quanto as escolas têm a responsabilidade de orientar os alunos no melhor uso dos recursos tecnológicos para fins educacionais, mitigar o impacto no aprendizado dos alunos e permitir que educadores e profissionais mais afetados pelo processo de sala de aula remota adaptem suas vidas diárias para atender às demandas emergentes da educação e sua profissão docente (JUSTINO; COELHO; SANTOS, 2020).

Nesse sentido, Libâneo (2011) destaca o papel dos professores mediante as constantes mudanças que ocorrem com a modernidade e os avanços tecnológicos.

Sobre o papel dos professores diante dessa transição, eles desempenham um papel crucial na atual transformação do mundo. Em um mundo globalizado e transnacional, nossos alunos precisam estar preparados para ler criticamente as mudanças que ocorrem em todo o mundo. Em um mundo de mudanças tecnológicas dramáticas, eles precisam de uma educação geral sólida que possa ajudá-los a melhorar sua capacidade de pensar cientificamente e fazer perguntas humanas cientificamente (LIBÂNEO, 2011, p. 03).

Para além da pandemia é imprescindível refletir sobre um mundo interconectado, marcado pela velocidade com que as informações e pessoas circulam, no qual os alunos necessitam de formação para ler criticamente as mudanças que ocorrem em escala global e que são responsáveis por gerar inúmeras transformações na realidade de cada pessoa.

Trata-se de uma sociedade marcada por mudanças dramáticas na ciência e na tecnologia, em que os estudantes precisam de uma educação geral sólida, que possa ajudá-los a melhorar sua capacidade de pensar cientificamente e de torná-los indivíduos conscientes e responsáveis, ou seja, é a implantação de um modelo de educação que promove a formação integral do aluno.

Nesse cenário, é preciso que as escolas contribuam com uma formação humanista e ética que conscientize os sujeitos sobre os valores básicos de justiça, solidariedade, honestidade, reconhecimento da diversidade e da diferença (LIBÂNEO, 2011).

Sendo assim, de maneira prática, a nova realidade criada pela pandemia da Covid-19 foi responsável por gerar um ambiente marcado pela adaptação dos professores ao modelo de aulas remotas/digitais ou híbridas e pela necessidade de conhecimento dos alunos para utilizar as ferramentas tecnológicas, de forma adequada e suficiente para construir seu conhecimento escolarizado voltado para as práticas sociais.

Ressalta-se, no entanto, que a realidade discutida surpreendeu a todos, que os professores tiveram que adaptar todo o seu cotidiano e práticas para atender às necessidades educacionais sem uma formação adequada para garantir o suporte necessário para a realização das atividades desempenhadas no momento. Então surgem alguns problemas na dinâmica de aula que são comuns em diferentes realidades educacionais, porque não dizer que a realidade desse país é comum, são eles: lidar com a tecnologia necessária, computadores, internet e até celulares, falta de disciplina na gestão do tempo, falta de fundações. As instalações, principalmente nas escolas públicas, deixam de fornecer aos professores e alunos os materiais necessários para desenvolver cursos a distância (SILVA; SILVA, 2021, p. 09).

Diante dessa realidade, com a suspensão das aulas presenciais professores de todo o Brasil  encontraram-se em situações propícias ao novo fazer pedagógico, ao reinventar da sala de aula com escassez e limitações de diversas natureza.  

A falta de equipamentos foi uma das maiores dificuldades enfrentadas para garantir  atividades remotas durante a pandemia, além disso, muitos professores não tinham conhecimento técnico  necessário  para ministrar  suas aulas pelas mídias disponíveis, e muitos alunos estavam aquém das tecnologias, gerando uma grande barreira entre professores e alunos, afetando negativamente a aprendizagem desses alunos.

Mesmo que a orientação do ensino remoto consiste em mesclar o ensino on-line em tempo real e off-line, aulas gravadas, materiais de estudos disponibilizados em plataformas digitais ou mesmo em tutorias para o aluno estudar depois; fazendo com que haja uma conectividade entre ambos e que ao mesmo tempo também se complementem. 

Nesse sentido, utiliza-se principalmente como descritor o termo, “Ensino Remoto”. Refere-se a um sistema de formação no qual a maior parte dos conteúdos é transmitida em curso a distância, normalmente pela internet. 

 Desse modo, a pandemia ampliou a visão para uma sociedade em mudança, em construção, contraditória, com profissionais em estágio desiguais de evolução cognitiva, emocional e moral, em que os processos são mais complexos e difíceis. Uma escola imperfeita é a expansão de uma sociedade também imperfeita, hibrida, contraditória (BACICH, TANZI NETO, TREVISANI, 2015).

 Assim, entende-se que a educação é feita de misturas de saberes e valores, metodologias, recursos, atividades individuais e de grupos. Segundo Moran (2014), a educação sempre foi uma mistura, híbrida, sempre combinou espaços, tempos, metodologias, atividades e principalmente públicos. 

Logo, o processo de ensinar e aprender com a mobilidade e agora com a conectividade, se torna cada vez mais difundido e aprofundado, com inúmeras formas de aprender e ensinar em todos os momentos, espaços, ambientes, com conteúdo cada vez mais divulgado e acessível. A complexidade da mistura é tão ampla que deve-se priorizar o que vale a pena, o que faz sentido aprender num mundo tão heterogêneo e mutante. 

No entanto, a sociedade atual se torna imperfeita, contraditória. Os professores, gestores, alunos e demais membros da sociedade se tornam consumidores desse ensino que apresenta tantas perspectivas de mudanças.

Portanto, é possível delinear novas metodologias para fortalecer esse momento da educação, que se encontra fragilizada e precisando de novos caminhos, novas possibilidades, novos horizontes a serem alcançados. 

2.1.1 Tecnologias Digitais e Protagonismo na Educação

As tecnologias móveis trazem um novo modelo de educação que se torna cada vez mais híbrido. Uma parte das atividades é realizada no ambiente virtual e outra de modo presencial. Também há maior flexibilidade para reuniões virtuais ou presenciais. O modelo híbrido de educação é muito importante para aqueles que trabalham com perspectivas de trazer uma solução para determinados problemas que venham a surgir no seu cotidiano, e expõe  uma das metodologias inovadoras aplicadas por professores que buscam aprimorar e desenvolver seu campo de atuação. 

Em um mundo de tantas informações, oportunidades e caminhos, a qualidade da docência se manifesta na combinação do trabalho em grupo com a personalização, bem como no incentivo à colaboração entre todos e, ao mesmo tempo, à que cada um possa personalizar seu percurso.

No dizer de Keller-Franco; Massetto (2012):

Há indicadores que nos permitem argumentar a favor do currículo por projetos como uma matriz de mudança em potencial para aqueles segmentos da educação que entendem ser necessário recuperar a totalidade do conhecimento e romper com o conservadorismo das práticas pedagógicas repetitivas e acríticas (KELLERFRANCO; MASSETTO, 2012, p. 12).

Pensando assim, em um mundo de tantas informações, oportunidades e caminhos, a qualidade da docência se manifesta na combinação do trabalho em grupo com a personalização, bem como no incentivo à colaboração entre todos e, ao mesmo tempo, cada um possa personalizar seu percurso. O que a tecnologia traz hoje é integração de todos os espaços e tempos.

O ensinar e o aprender acontecem de forma interligada, profunda e constante entre os chamados mundo físico e digital. Não são dois mundos ou espaços, mas um espaço estendido, uma sala de aula ampliada, que se mescla, hibridiza constantemente.

A aprendizagem depende também da motivação profunda, se é intrínseca (interna) ou extrínseca (externa). Na intrínseca, a pessoa não depende de controle externo, de premiação ou punição. Na extrínseca, o indivíduo depende de reforços externos: nota, remuneração, medo (BRITO, 1989). 

Então, o Ensino remoto combina algumas dimensões da motivação extrínseca com a intrínseca. A aprendizagem extrínseca é útil para criar hábitos, rotinas e procedimentos, sobretudo com crianças, mas, posteriormente, é mais importante que seja internalizada pelos próprios estudantes.

Nesse processo, as metodologias precisam acompanhar os objetivos pretendidos. Quando o intuito é tornar os alunos proativos, precisa-se adotar metodologias para envolvê-los  em atividades cada vez mais complexas, em que tenham de tomar decisões e avaliar os resultados, com apoio de materiais relevantes. 

De outra forma, se o objetivo é instigar a criatividade dos alunos, eles precisam experimentar inúmeras novas possibilidades de mostrar suas ideias e potencial criativo. Em ambos os casos, as novas ferramentas de tecnologia podem auxiliar no processo de mediação do professor e no desenvolvimento das habilidades dos alunos.

 Valente (2015) explica que o Ensino remoto segue uma tendência de mudança e inovação que ocorreu em praticamente todos os serviços e na produção de bens que incorporam os recursos das tecnologias digitais, como a informatização do sistema bancário, do comércio e da indústria. As transformações ocorridas fizeram com que o foco das atividades, que anteriormente estava nos agentes que proviam esses serviços, passasse para os usuários.

Considerando essa realidade, o autor afirma que o Ensino remoto tem que ser entendido não como um modismo que se debruça na educação, mas como um paradigma que se estabelece definitivamente para modificar e atualizar conceitos e práticas na educação formal.

Bacich, Tanzi Neto e Trevisani (2015) ressaltam que a importância do uso das tecnologias digitais na escola, possibilitando a personalização do ensino, é um desafio para muitos educadores. Os autores dão uma definição mais completa para “Ensino remoto”: a expressão está enraizada em uma ideia de educação híbrida que ocorre de diferentes formas e em diferentes espaços, sendo que não existe uma maneira única de aprender, e no qual a aprendizagem é um processo contínuo.

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Este estudo foi desenvolvido por meio de pesquisa qualitativa, revisão de literatura para reunir informações, não considerando a quantificação dos resultados, mas sim para aprofundar a compreensão de um determinado grupo social e organização. Os pesquisadores que utilizam métodos qualitativos se opõem ao pressuposto da manutenção de um modelo único de pesquisa para todas as ciências, pois as ciências sociais são específicas, o que significa utilizar métodos próprios (JARDIM; PEREIRA, 2009).

 Quanto à natureza, é uma pesquisa fundamental que visa gerar novos conhecimentos úteis para o progresso científico, mas sem pretensões de aplicações práticas previstas. Logo, trata-se de um estudo exploratório para familiarizar as pessoas acerca do problema,  a fim de torná-lo mais explícito ou construir hipóteses, de acordo com a classificação do trabalho sobre o alvo. A grande maioria desses estudos envolve: (a) levantamentos bibliográficos; (b) entrevistas com pessoas que têm experiência prática com a questão de pesquisa; (c) análise de exemplos que inspiram a compreensão (GIL, 2007).

Quanto ao procedimento, este estudo foi desenvolvido por meio de pesquisa bibliográfica:  levantamento de aparato referencial, teóricos que foram analisados e publicados em formatos escritos e eletrônicos como livros, artigos científicos, páginas de sites pertinentes ao tema abordado. 

 Nesse sentido, Fonseca esclarece que alguns estudos científicos baseiam-se exclusivamente em pesquisas bibliográficas, buscando referências teóricas publicadas com o objetivo de reunir informações ou conhecimentos prévios sobre a questão para a qual se busca a resposta (FONSECA, 2002, p. 32).

Para Gil (2007), os exemplos mais típicos desse tipo de pesquisa são as pesquisas de ideologia, ou seja, aquelas que se propõem a analisar diferentes posicionamentos sobre uma questão, a partir de um levantamento de referências teóricas que foram analisadas, escritas e publicadas eletronicamente.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O mundo passou por diversas mudanças em virtude da pandemia da Covid-19, e com a educação não foi diferente, pois, do dia para a noite, gestores , coordenadores, professores e alunos  tiveram o desafio  de dar continuidade ao processo  de aprendizagem pela utilização  de ferramentas digitais – as aulas que antes eram presenciais  passaram  a ser remotas.

 Consequentemente, questiona-se, será que os educadores estavam preparados para isso? E os alunos? 

Em resposta a isso, compreende-se que os alunos reconhecem as dificuldades surgidas pelas mudanças provocadas pela pandemia da Covid-19 no processo de aprendizagem, como também a importância do professor como mediador no processo de ensino e aprendizagem (OLIVEIRA; SILVA; SILVA, 2020).

É importante enfatizar que o ensino remoto foi o único meio de suprir a falta das aulas presenciais em todo o Brasil, mas infelizmente grande maioria da população, principalmente as regiões menos desenvolvidas (mais pobres) sofreram com essas mudanças, por falta de tecnologias digitais, recursos de informática – sinal de internet, principalmente. 

Evidentemente, essas aulas remotas também tiveram seus pontos negativos. Muitos alunos ficaram prejudicados, pois nem todos tinham acesso à internet, computador, telefone celular para o acompanhamento das aulas e continuidade dos estudos sem o professor, com isso, o número de alunos faltosos também aumentou, a participação diminuiu.

Nesse contexto, os professores também sofreram, pois o sinal de internet também, em muitos casos, não era suficiente para o desenvolvimento dos trabalhos docentes a distância. Então, evidencia-se que a pandemia da Covid 19 prejudicou ambos lados e os resultados do processo.

Mediante tais empecilhos, confabulou-se que o modo tradicional   de aula, aluno professor envolvidos no ensino aprendizagem rende muito mais do que a modalidade a distância, uma aula através de uma tela fria ( MELO, 2020; MENDONÇA  et,al, 2020).

As informações reunidas neste estudo sugerem que os alunos, que antes eram apoiados por professores e colegas na condução das atividades escolares, precisam agora de se adaptar às atividades online, com acompanhamento dos pais (quando estão em condições de prestar apoio). 

No desenvolvimento da pesquisa, pôde-se observar que muitos alunos não possuíam os equipamentos ou estrutura de casa necessários para suportar toda a carga de aprendizagem na modalidade online, comprometendo assim o seu aprendizado.

Portanto, pode-se dizer que o ensino a distância não apenas revela a vulnerabilidade das escolas públicas na atual situação pandêmica, mas também demonstra a vulnerabilidade das instituições públicas do país na promoção de uma educação de qualidade e na promoção da igualdade de oportunidades educacionais.

Sendo assim, o Ensino remoto pode ser abordado considerando que o aluno aprende, pelo menos em parte, por meio do ambiente online, dentro ou fora do espaço escolar, com algum elemento de controle ao longo do tempo, local, percurso e / ou ritmo. E de outra forma, por meio do encontro face a face com o professor, no espaço físico da escola.

 As possibilidades de aprendizagem no ambiente online, ou remoto, e o que acontece na relação com o educador, no espaço da escola estão conectados, desde que o estudante esteja no centro do processo e construa sua autonomia.

Em estudo desenvolvido por Santos (2020), 100% dos docentes concordaram que o ensino remoto oferece possibilidades para que o aluno faça progresso acadêmico adequado por meio do Ensino remoto, que terá possibilidades concretas de aprofundar e melhorar seu desempenho e conhecimento. Entretanto, ao mesmo tempo oferece vários desafios a serem superados (SANTOS, 2020).

Desse modo, cada vez mais, os novos métodos de ensino têm proporcionado mais autonomia aos estudantes. E uma das grandes vantagens de um ambiente virtual composto por um ensino remoto é dar a oportunidade para pessoa tomar suas decisões sobre os componentes do estudo. Com ele, o aluno pode decidir se o melhor lugar para potencializar seu aprendizado é no laboratório de informática, na biblioteca do colégio, na sala de casa ou no próprio quarto, por exemplo. A vantagem desse método é fazer com que o estudante consiga coordenar suas próprias tarefas diárias e aprimorar sua disciplina de estudos.

Em mais um ponto, Chagas (2020, p. 33) elenca alguns marcos desafiadores que acometem o ensino remoto nesta fase de adequação e urgência, ao possibilitar as novas oportunidades de melhorias oferecidas à escola para atender as necessidades de aprendizagem do alunado. Dentre elas estão: a precariedade da internet nas unidades escolares, a vulnerabilidade social das famílias, o aparato tecnológico inacessível e ou ineficiente, dificuldades dos alunos na rotina de estudo em casa, professores com recursos financeiros e profissionais ineficazes – sem treinamento para utilização das novas tecnologias, infraestrutura escolar inadequada para proporcionar o contato dos estudantes com o aparato digital, mesmo nas atividades que ocorrem presencialmente, entre outros.

A pesquisa demonstra que o conhecimento precisa ser aprofundado sobre o que é e como proceder no Ensino remoto. A possibilidade de apropriação e transformação da informação em conhecimento é de fundamental importância para que o processo de aprendizagem ocorra, além de melhor administração de tempo e de ritmo de estudos. 

Destaca-se também, que os fatores de desenvolvimento da autonomia dos sujeitos escolares precisam ser trabalhados e adequados ao ritmo ideal, procurando extrair dos sujeitos suas possibilidades e condições de aprendizagem, visualizando o ambiente, como também suas necessidades reais. 

A estrutura de recursos, a possibilidade de diferentes mídias para o desenvolvimento de diferentes habilidades, a mudança gradual das práticas centradas no professor para as metodologias ativas, a personalização do ensino e as atividades que promovam maior colaboração entre os alunos são elementos da organização didática com Ensino remoto, apresentados nas pesquisas e que precisam ser melhorados, qualificados para aprimorar o desempenho nos requisitos de aprendizagem.

No Ensino remoto, a integração da sala de aula às tecnologias digitais é a oportunidade de expandir os limites das paredes da escola, quando uma parte da aprendizagem acontece via internet. O ensino on line é destinado ao controle do conteúdo e do ensino pelo aluno, por isso é necessário utilizar ferramentas digitais que sejam acessíveis, flexíveis e que complementem o ensino presencial (MAXIMINO, 2018).

Estudos recentes apresentam pontos cruciais que verificam os limites do Ensino remoto, na realidade das escolas públicas brasileiras. Apontando as limitações para o avanço da educação pública, a fragilidade dos recursos tecnológicos disponíveis, o que demanda constante adaptação do planejamento do professor, os diferentes níveis de acesso e letramento digital entre professores e alunos, a falta de tempo hábil para organização de atividades presenciais e on line e a falta de formação continuada do professor para apropriação das TICs nas suas práticas.

Isso posto, ainda prevalece, aliada a tais dificuldades, a indisponibilidade do poder público, ou melhor, das políticas públicas, em investir na solução dessas questões, pela  parametrização adequada das escolas, promoção da formação continuada dos docentes e remuneração compatível com os desafios do trabalho pedagógico.

 No momento atual, os estudos dão conta de que a criação de ambientes propícios à interação entre o ensino presencial e o ensino a distância, o acesso a diferentes objetos educacionais, a possibilidade de organização do tempo de estudos e a prática de pesquisa em ambientes exteriores ao escolar promovem maior motivação para a aprendizagem dos alunos.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O isolamento social implantado em 2020 definiu a suspensão das aulas presenciais   e instituído o ensino on line ou remoto, que de forma geral causou angústias, estresses e desafios,  tanto aos profissionais da educação, gestores, professores,  como aos estudantes  e familiares. 

A partir da nova realidade os sujeitos envolvidos na educação formal tiveram que se adequar, reinventar o processo de escolarização por meio do aparato tecnológico, visando manter o ano letivo e   suprir os efeitos negativos causados pelo contexto pandêmico, que afetou com mais intensidade os grupos  mais vulneráveis da sociedade.

Em relação aos discentes e familiares, a pandemia desnudou a desigualdade social e apresentou sua dimensão, pois evidenciou as dificuldades de acesso à internet, a necessidade de compartilhamento de aparelhos de telefone, eletrônicos entre pais e filhos nas aulas virtuais, entre outros; além da ausência total de tecnologia para determinado grupo de alunos. 

Vista assim, a pandemia provocou, de forma imediata,  uma série  de impactos em todas as esferas sociais. E a educação não ficou de fora, de forma   inesperada enfrentou os desafios com os elementos que estavam disponíveis e readequando outros.

Conforme proposto, essa breve discussão realizou uma reflexão sobre o contexto educacional durante a pandemia por covid-19, identificando os principais desafios que professores e alunos enfrentam nessa realidade. Sendo assim, a pandemia foi exposta como um momento de grande incerteza e de adaptação, em que professores, alunos e escolas precisaram se reinventar para dar continuidade ao processo educacional.

Conclui-se que o cotidiano de professores e alunos foi muito influenciado pelas novas formas de ensino a distância. Então, a tecnologia passa a ocupar espaços antes ocupados pelas relações sociais, as conversas passam a ser por meio de telas, as informações são trocadas e os problemas, à medida que ocorrem, são resolvidos pelo chat e plataforma digital. 

Dessa forma, os professores acabam se tornando produtores de atividades, conteúdos e vídeos. Essa prática exige que seu papel vá além do planejamento instrucional, já que agora os professores também precisam ter noções básicas de edição de vídeo, publicação na internet e muito mais.

Na realidade da educação a distância, as medidas tomadas, em escala nacional, apenas evidenciam as desigualdades socioespaciais presentes no Brasil. Essa reflexão refere-se à necessidade de discutir e posicionar esse tema a partir dos principais atores envolvidos, estudantes, professores e pesquisadores. Com vistas a dar voz ao corpo educacional e promover o combate à inércia na educação, que provoca um atraso substancial ao acesso e domínio das ferramentas tecnológicas do século XXI.

Portanto, reitera-se a importância da pesquisa e da discussão, destacando-se as lutas de vários campos pela promoção de uma educação equitativa e de qualidade, uma forma de ensino reflexivo, voltado para a formação do sujeito protagonista.

Por fim, o novo contexto de Ensino remoto tem implicado adaptações para os professores, alunos e pais. Tendo em vista que as transformações sociais impõem inúmeras necessidades, de interagir, trabalhar e de se comunicar de formas muito diferentes. Pois, na pandemia, as aulas que eram presenciais, do dia para a noite passaram a ser online, híbridas, a distância.

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