O PLANEJAMENTO COMO FERRAMENTA INDISPENSAVEL PARA O PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM 

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10864284


Ilizete Milani
Jaquelene Moura De Oliveira


RESUMO 

O planejamento no âmbito educacional, especialmente nas ações que envolvem o professor no ambiente escolar, torna-se uma ferramenta insubstituível para a prática pedagógica, ou seja, o planejamento é um caminho variável para se atingir os objetivos previstos. Neste sentido, a pesquisa ora realizada buscou apresentar, como também investigar acerca do planejamento como ferramenta indispensável para o processo ensino aprendizagem, com o objetivo de verificar  qual a visão dos professores em relação à prática do planejamento escolar, qual concepção sobre a importância do planejamento para o dia a dia de sala de aula, como o planejamento contribui para a melhoria do processo ensino aprendizagem e com qual frequência o professor planeja suas atividades escolares. Assim, o planejamento no contexto pedagógico deve ser concebido pelos os professores e demais sujeitos envolvidos no processo educativo como um procedimento permanente, contínuo, flexível e dinâmico que inclui componentes básicos para que sua prática surta o efeito desejado como: a reflexão, análise e ação de atividades intervencionistas e pedagógicas no sentido de aprimorar características relevantes dentro do contexto educacional. Esta pesquisa/estudo classifica-se como bibliográfica. Dessa forma, ao longo de toda a formulação deste estudo, comparou-se ideais de autores que tratam do tema exposto, tais como: Lopes (2014), Libâneo (2013), Saviani (2010 e outros. 

Palavras-chave: Planejamento, Ensino aprendizagem, Prática docente, Professor. 

INTRODUÇÃO

É relevante pontuar que o contexto educacional no país, no momento atual requer dos educadores e do próprio sistema de ensino, um planejamento escolar inovador, dinâmico e humanizado, possibilitando assim a concentração de uma educação de qualidade, visto que, na maioria dos casos, um dos grandes entraves do planejamento educacional com vistas a uma gestão escolar mais democrática não é algo único, mas, uma união de vários fatores, entre eles, a falta de consciência de classe e profissional de gestores e professores envolvidos; na formação política dos dirigentes e professores, o tipo de cidadão  que os gestores querem formar na escola e que venham a contribuir para a erradicação de problemas e dificuldades diagnosticadas nos educandos. 

Nessa perspectiva, ressalta-se que o planejamento escolar não pode ser visto como uma ação restrita meramente à elaboração de planos de aula, projetos e/ou propostas que culminam determinadas atividades a serem desenvolvidas a curto ou a longo prazo préestabelecido dentro do contexto escolar. Pelo contrário, deve ser concebido pelos professores e sujeitos envolvidos no processo educativo como um procedimento permanente, contínuo, flexível e dinâmico que inclui componentes básicos para que sua prática surta o efeito desejado como: a ação de atividades intervencionistas e pedagógicas no sentido de aprimorar características relevantes dentro do contexto educacional. O tema apresentado e que gerou essa pesquisa/estudo nasceu através de preocupações e curiosidades sobre como funciona na realidade o planejamento escolar dos professores no contexto escolar, e tem como objetivo analisar o planejamento, já que, planejar torna-se uma atividade inerente à função do professor uma vez que o planejamento funciona como uma bússola que indica o caminho e a direção a seguir do período almejado.              

Portanto este estudo teve como objetivo geral, o de fazer uma pesquisa bibliográfica acerca do planejamento como ferramenta indispensável para o processo ensino aprendizagem como uma ferramenta imprescindível para a construção do processo de ensino e aprendizagem dos educandos inseridos no ambiente educacional. 

Assim, de maneira especifica a pesquisa deseja reconhecer a relevância do planejamento coletivo na escola; refletir sobre a necessidade da intervenção pedagógica, por meio do planejamento escolar no intuito de modificar a realidade escolar e os possíveis problemas detectados, e ainda verificar a importância do planejamento como um elemento necessário a uma gestão mais participativa entre os que fazem a instituição escolar.

Metodologia

O conhecimento pode ser obtido de várias formas e neste estudo o que se procura é o conhecimento cientifico/teórico, definido por ANDER-EGG (1978, p. 15 apud LAKATOS e MARCONI, 1986, p. 22) como “um conjunto de conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos metodicamente e verificáveis, que fazem referência a objetos de uma mesma natureza”.

No presente estudo a técnica utilizada foi à pesquisa bibliográfica.  

Segundo MARCONI e LAKATOS (2010, p. 166) comentam que: 

A pesquisa bibliográfica abrange: A pesquisa bibliográfica, ou fontes 9secundarias, abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao, tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc. até meios de comunicação oral: rádio, gravações em fita magnética e audiovisuais

Em conformidade com FREITAS e PRODANOV (2013), quanto ao método de abordagem, a pesquisa se classifica como qualitativa, uma vez que o objetivo da pesquisa é descritivo, buscando a interpretação e compreensão dos significados aos acontecimentos, utilizando o maior número dos elementos existentes na realidade do estudo e não utilizando informações estatísticas para compreender o problema.  

Visando alcançar esses propósitos, adotamos a pesquisa bibliográfica por tratar-se da pesquisa que é “dedicada a reconstruir teoria, conceitos, ideias, ideologias, polemicas, tendo em vista, em termos imediatos, aprimorar fundamentos teóricos” (DEMO, 2000, p. 20). Esse procedimento metodológico é relevante para levantamento de um amplo número de informações sobre o tema e a (re) construção da definição do quadro conceitual envolvido na investigação do grupo pesquisado, através da análise de diversas fontes, dentre elas literatura especializada e documentos federais, chegando à essência de suas relações, processos e estrutura teóricas, ideológicas e culturais (MIOTO & LIMA, 2007). 

Planejamento como ferramenta no processo educacional

Pontua-se que o planejamento estar presente na vida humana desde muito cedo, pois as pessoas buscam planejar suas atividades em prol de resultado satisfatório diante de suas ações. Desse modo, EVANGELISTA (2011) destaca que o planejamento surge, na verdade, a partir da necessidade de se organizar algo, mas necessariamente, organizar as relações existentes na sociedade. Isto porque o homem necessita do convívio em sociedade, com o outro no grupo, a convivência em grupo fortalece o relacionamento social sendo imprescindível para o aprendizado e desenvolvimento, daí a necessidade de adotar regimes políticos, sociais e econômicos diferentes. 

Neste contexto, destaca CASTRO, TUCUNDUVA e ARNS (2008) o ato de planejar acompanha o homem desde os primórdios da evolução humana, todas as pessoas planejam suas ações desde as mais simples até as mais complexas, na tentativa de transformar e melhorar suas vidas ou as das pessoas que as rodeiam. Porém não é só na vida pessoal que as pessoas planejam suas ações, o planejamento atinge vários setores da vida social. 

Baseado nesta afirmativa, o planejamento estar completamente ligado ao espaço escolar, onde exerce a função de direcionar as atividades pedagógicas, dado que o planejamento precisa da participação da escola de forma coletiva em busca de uma aprendizagem significativa, uma vez que a escola é um espaço de interação, partilha de saberes, diferentes vivências, vinculada aos acontecimentos sociais e deve estar avaliando e modificando suas ações. Sobretudo, afirma SALEMO, VIEIRA e BOTARELI (2012). 

Ao considerarmos a escola como uma instituição em que os saberes transitam do coletivo para a coletividade, ou seja, do conjunto de educadores para os conjuntos de alunos, precisamos também entender que para que o planejamento seja um processo funcional e interrupto, é necessário promover a integração dos profissionais que compõem a organização escolar em favor dos alunos. Por este motivo, o planejamento escolar precisa ser integrado para que também possa ser contínuo. (SALERMO, VIEIRA e BOTARELI, 2012, p. 3). 

Conforme, MORO, SCOPEL, FORNAZA, PRAS, BONATTO (2016) asseveram que é na escola, ou em outros espaços de ensino, o planejamento é o norteador das ações que são necessárias para que o processo de ensino seja significativo e para que sejam atingidos os resultados desejados. Como etapa inicial de um bom planejamento, o professor precisa decidir quais as atividades que serão desenvolvidas, quais os objetivos, criando assim, as estratégias fundamentais para atingir estes objetivos. De acordo com o que destaca ORSO (2015): 

De fato, a questão central é dar conta de elaborar o planejamento de uma boa aula, de organizar os conteúdos, os procedimentos e as estratégias de ensino, de tal forma que os alunos assimilem aquilo que é trabalhado e que, além do mais, consigam realizar uma aprendizagem significativa que não se limite a decorar, incorporar, introjetar, engolir aquilo que o professor ensina, mas se apropriar daquilo que for ensinado para que sirva de base para realizar por si novas aprendizagens, ou seja, que o professor ajude o aluno a construir sua autonomia cognitiva. Caso contrário, se a formação for de outro modo, por exemplo, se o professor se limitar a transmitir informações, dados e conteúdos estanques, e se o aluno se limitar a apreender isso, a aprendizagem acabará no dia em que ele sair da escola, seja em que nível for (ORSO, 2015, p. 4). 

Assim, o planejamento passa por três pilares no âmbito educacional, que é planejamento anual, mensal e diário, dessa maneira, cada planejamento sofre modificações a medida que novos pensamentos são reformulados, o planejamento mais utilizado pelos professores em sala de aula, o planejamento diário, esse sofre muito mais modificações. Em sala de aula é que as ações do currículo vão mudar de acordo com a realidade, pois, nesse momento, as modificações respeitarão as peculiaridades dos alunos e seus conhecimentos prévios, mas também respeitando as normas da Instituição a qual estão inseridos. Assim assevera THOMAZI e ASINELLI (1991), é então, na sala de aula, no momento da implantação do currículo, que o docente irá encontrar as iniciativas, a criatividade, as estratégias, sem, contudo ignorar as imposições da instituição. Desse modo, relata ORSO (2015): 

De fato, a questão central é dar conta de elaborar o planejamento de uma boa aula, de organizar os conteúdos, os procedimentos e as estratégias de ensino, de tal forma que os alunos assimilem aquilo que é trabalhado e que, além do mais, consigam realizar uma aprendizagem significativa que não se limite a decorar, incorporar, introjetar, engolir aquilo que o professor ensina, mas se apropriar daquilo que for ensinado para que sirva de base para realizar por si novas aprendizagens, ou seja, que o professor ajude o aluno a construir sua autonomia cognitiva. (ORSO 2015, p. 04).

HAYDT (2011) menciona que ao planejar o seu trabalho em sala de aula, o professor tende a se sentir mais seguro, pois pode controlar mais facilmente as improvisações e os contratempos. Mas, lembre-se: o planejamento deve ser flexível, adaptando-se aos interesses manifestados pela classe em dado momento, pois só assim poderá satisfazer às reais necessidades de aprendizagem dos alunos. 

Assim, a elaboração de cada planejamento seja ele mensal e diário, perpassa pela supervisão do corpo que compõem a coordenação da escola, onde o mesmo também passa por um “planejamento anual que faz parte de uma avaliação da prática realizada, o que acontece em reuniões no final ou no início do ano” THOMAZI e ASINELLI (1991). Com isso, a escola se apresenta como um fio condutor da ascensão da sociedade, nessa relação escola e sociedade SOUSA (1994) “dentro dela, por um processo de planejamento, pessoas, grupos, movimentos e instituições escolhem seu caminho fundamentalmente, sua utopia”. 

Por conseguinte, a escola abre portas para um novo olhar, não apenas em formar mão de obra para o mercado de trabalho, mas para formar bons cidadãos. 

Sua vitalidade e força derivam, por outro lado de sua capacidade de interpretar o real e, por outro lado, das possibilidades que abre para o planejamento estratégico (político-social) nas instituições que tem sua missão mais expressa no social ou nos grupos e movimentos que buscam a mudança (SOUSA, 1994, p. 20). 

Nesta perspectiva, GANZELI (2001) “a realidade de cada escola deve ser pensada e planejada segundo as suas características especificas”. Para tanto, entende-se também que o planejamento não é de responsabilidade apenas do corpo docente da escola, mas, também da sociedade em geral, para que assim ocorra uma aprendizagem muito mais significativa, pois a participação da sociedade é indispensável no que se refere a construção social e pessoal de cada criança que compõe a escola, visto que pensar no planejamento escolar na perspectiva do trabalho docente, deve envolver um planejamento diário para a sala de aula. 

Assim sendo, o planejamento escolar deve ser elaborado de acordo com a realidade da sala de aula, com o objetivo de prever as dificuldades e organização das ações docente. Assim, tal iniciativa pode, consequentemente, beneficiar tanto a prática pedagogica do professor quanto a aprendizagem do aluno. Sendo assim, o planejamento escolar deve ser uma atividade constante do professor, com a intenção de imprimir qualidade e significado ao processo de ensino e aprendizagem. 

Ressalta-se que no planejamento escolar, o que se planeja são atividades de ensinar e aprender, determinadas por intenções educativas que envolvem objetivos, princípios, atitudes, conteúdo e comportamentos dos profissionais que desenvolvem suas ações no chão da escola (EVANGELISTA, 2011, p. 55). 

Assim, o principal objetivo deve ser uma aprendizagem mais significativa, formação crítica e o exercício da cidadania, como destaca GANZELI (2001): 

A participação deve ser entendida como um processo de aprendizagem que demanda espaços sociais específicos para a sua comunicação, tempo para que ideias sejam debatidas e analisadas, bem como, e principalmente, o esforço de todos aqueles preocupados com a formação do cidadão e de uma escola verdadeiramente democrática (GANZELI, 2001, p. 4). 

Nesse sentido, pontua-se que o planejamento no contexto da educação, se apresenta como peça fundamental do trabalho docente. Segundo ARRUDA (2015) o diagnóstico da realidade é a primeira ação para um bom e eficiente planejamento logo, é importante que o professor planeje suas aulas, diariamente, objetivando a aprendizagem significativa. Assim, pensar o planejamento escolar na perspectiva do trabalho docente, deve envolver um planejamento diário para a sala de aula. 

O Planejamento Escolar como um Processo Contínuo 

Explanando o início da discussão sobre o planejamento como sendo um processo contínuo, VASCONCELOS (2014, p. 41), define como “[…] uma ação que visa um fim, referida a um dado contexto a ser transformado, de forma que o sujeito esteja comprometido com a concretização do que foi elaborado”. 

Portanto, entende-se que planejamento nada mais é do que um instrumento no qual podemos traçar estratégias e objetivos claros no intuito de termos o controle da situação e, ao mesmo tempo, intervir mediante o avanço e resultados das etapas previstas. 

LOPES (2012, p. 61), observa o planejamento escolar como “[…] processo responsável por racionalizar, organizar e coordenar a ação docente, que deve articular as atividades escolares ao contexto social”. Assim, a escola, professores e alunos são integrantes da dinâmica das relações sociais, e tudo o que acontece no meio escolar é abarcado por influências econômicas, políticas e culturais características da sociedade de classe. A esse respeito, MENEGOLLA (2012, p. 22) destaca que o planejamento “[…] dimensione o processo educativo e reconstrutivo do homem, que vise planejar a ação educativa para que o homem viva o presente, e, ao mesmo tempo, se projete para o futuro que está cada vez mais próximo”. 

Pontua-se que a proposta atual da educação deve ter como fundamento os princípios do Planejamento Participativo, forma de trabalho comunitário que se caracteriza pela integração de todos os setores da atividade humana, numa ação globalizante, com vistas a solução dos problemas comuns.  

Conforme preceitua VASCONCELOS (2014, P. 60) “[…] o planejamento se coloca no campo da ação, do fazer, toda via não parte do nada”. Isso se refere a característica do ato de planejar como um processo pelo o qual parte de determinadas realidades e circunstâncias nas quais estamos vivenciando. Assim, o planejamento deve ter como ponto de partida exatamente essas realidades, esses problemas, esses desafios, para então, traçarmos as estratégias e ações que melhor se encaixam. 

É importante destacar que o planejamento escolar se configure como sendo um processo que consiste em tomar um conjunto de decisões relativas à dinâmica ensino-aprendizagem, visando assim a um determinado grupo, em dado contexto social e histórico. Com isso, apresenta-se como um processo que tem começo, mas que não tem fim. 

MENEGOLLA (2012, p. 13) destaca que “[…] o ato de planejar é uma preocupação que envolve toda a possível ação ou qualquer empreendimento da pessoa”. Essa ideia está relacionada com as ideias de outros autores como LOPES (2012) que destaca “a produtividade no processo educativo, tem provocado inúmeros questionamentos, sugestões e ideias no intuito de intervir de forma consciente na busca pela erradicação ou amenização dessa problemática”. 

Ressalta-se que é bastante preocupante a forma como o planejamento é conduzido pelo docente ou pela equipe escolar. Ele deve ser entendido como um processo amplo e flexível que deve partir e estar relacionado sempre com as necessidades e interesses da realidade na qual está sendo aplicado e desenvolvido. 

O ato de planejar 

O Dicionário Aurélio (2021, p. 538), Ferreira conceitua planejamento como: 1. Ato ou efeito de planejar. 2. Trabalho de preparação para qualquer empreendimento, segundo roteiro e métodos determinados; planificação; o planejamento de um livro, de uma comemoração. 

Ainda e segundo os autores MENEGOLLA e SANT’ANNA (2012), o ato de planejar sempre parte de necessidades e urgências a partir de uma sondagem da realidade. Nesse caso, é sempre bom procurar agir com razão e sabedoria para tomar decisões sobre essas urgências e necessidades seja ela atual ou futura, pois planejar é isso, ter visão do presente e do futuro. Dessa forma, o certo é procurar recursos e meios necessários para executar o plano da forma eficiente, e assim alcançar o objetivo desejado. 

Pontua-se que o planejamento é considerado a base para a organização podendo ser utilizado desde algo simples, como uma viagem, a compra de um imóvel, como para a construção de um projeto mais complexo como a administração de uma empresa ou de uma escola. Na educação não é diferente, o ato de planejar deve estar presente diariamente na rotina escolar, desde a coordenação até a execução de atividades em sala de aula. O professor deve planejar a aula antecipadamente, pensar no tempo de duração, como será executada, e pensar até mesmo no que não está previsto no plano, é bom sempre ter um plano B, aquele que pode ajudar caso não saia como planejado. (MENEGOLLA, 2012).  

Nesse sentido é importante destacar que o planejamento é de grande importância para a organização escolar, pois requer objetivos claros e concretos, para isso necessita de uma elaboração na hora de planejar. A organização de um planejamento precisa de um cuidado especial, pois nele vai estar à base para a organização da escola, além de como? Quando? E quem vai executar o plano. Por isso a importância de avaliar e reavaliar quantas vezes forem necessários, para que se tenha um planejamento conveniente, eficiente e satisfatório. 

Assim, ressalta-se que o ato de planejar vem da necessidade de prevê, organizar, executar objetivos que possam ajudar na melhoria do desempenho escolar. Segundo os autores MENEGOLLA e SANT’ANNA (2012), o planejamento educativo, embora parta de realidade, e seja dirigido pelas normas e necessidades da sociedade, não pode estabelecer princípios mistificados ou dominadores, desta forma podemos perceber o objetivo do planejar é a construção de um plano claro, concreto e flexível. 

Portanto é importante ressaltar que o planejamento requer atenção, pois todos os setores precisam ser planejados, o ato de planejar tornou-se obrigatório em empresas e escolas, pois é uma base para a estruturação de atividades, tomada de decisões e tarefas. O planejamento se faz necessário para a evolução do homem. Pois, possibilita ter uma vida estruturada, auxiliar na construção do desenvolvimento pessoal, profissional educacional essa ação pode ser vista como um processo de libertação e conscientização da ação humana. 

A importância da eficiência, eficácia, descrever e definir o planejamento 

Quando elabora-se um plano, pretende-se que ele seja bem sucedido e que siga cada passo antevisto para a sua execução. Dentro do processo de planejamento as tarefas serão realizadas com perfeição mediante o esforço dos autores que são os docentes, em considerar as expectativas do tempo previsto. 

Juntamente com a eficiência encontra-se no planejamento a eficácia, sendo um contribuinte forte para atingir o alvo escolhido, ou seja, procura sempre alcançar aquilo que importa desenvolver no plano, pois são sem dúvidas, almejadas para devidos fins. Ou seja, é necessário que se cumpra ao plano o que é determinante e condizente com o elaborado pelos professores.

Ressalta-se que no dia a dia escolar o professor é chamado a definir sua ação para compreender os pontos que devem ser seguidos no plano, como descobrir os pontos importantes que abrangem a todos os alunos e assim tirar enorme proveito e auxilio para compreensão da ação. 

Através da descrição propõe-se perguntas fundamentais diante do planejamento. Entre elas destacam-se cotidianamente as perguntas como o que queremos alcançar? Quais distâncias estão referentes àquilo que objetivamos alcançar? E, o que fazer num limite determinado para de forma concreta atenuar essa distância? 

Nesse sentido é importante destacar que o esboço do professor buscará respostas para as questões referenciadas acima, sendo indispensável no ato de planejar no que se refere em obter grandes resultados ou não. 

O professor ao elaborar o planejamento em diálogo com a realidade do aluno está promovendo uma aprendizagem expressiva, em que mostrará facilmente as dificuldades apresentadas pelos os alunos e através desta prática redirecionar novas tomadas de decisões em seu planejamento. 

Nesse sentido, ao seguir um programa de objetivos, os quais percorridos para chegar a determinados fins, conseguirá definir o tempo necessário para estabelecer o ideal a ser feito em cada período do planejamento, contribuindo para o efeito final e operando em conformidade com o que foi sugerido. Por fim, avaliar e revisar cada uma das ações desenvolvidas no plano constitui um instrumento de grande valor no funcionamento educacional. 

Como se pôde observar durante o desenvolvimento do texto, o ato de planejar faz parte da vida do ser humano e sem ele não se chega a lugar algum, pois é preciso estabelecer metas e objetivos do que se quer alcançar. Pois é sabido que o planejamento na educação assume várias facetas, mas a que faz a enorme diferença no todo é a faceta do planejamento de ensino, pois de nada adianta ter um bom planejamento da educação no geral, se o ensino não vai bem e se não acontece a aprendizagem. 

Pontua-se que o planejamento de ensino esboça uma situação futura a partir da situação atual e prevê o que, como, onde, quando e o porquê se quer realizar tal objetivo, a fim de garantir a objetividade, a funcionalidade, a continuidade, a produtividade e a eficácia das ações planejadas, tornando o ensino produtivo e a aprendizagem garantida.

CONSIDERAÇÕES FINAIS  

Através deste estudo, pôde-se notar que o ato de planejar está envolvido em todas as atividades do nosso cotidiano. E decorre desde o início da evolução humana. Em vista disso, realizou-se uma análise dentro do contexto escolar a real importância do planejamento para a ação educativa, bem como, exercício de fundamental necessidade para aquisição do processo de ensino-aprendizagem. 

Assim, dado o exposto, entende-se que as possibilidades relacionadas à educação de qualidade se dão por meio da positividade dos objetivos traçados voltados ao ensino-aprendizagem, o que requer planejamento, que por sua vez, possibilita as mudanças necessárias à ação pedagógica em tempo hábil. Além de contribuir com o desenvolvimento integral do aluno, e, consequentemente, com a formação do indivíduo para atuar em sociedade, por esse motivo a participação coletiva da comunidade escolar na elaboração e efetivação do planejamento torna-se fundamental.               

Nesse sentido, pôde-se comprovar ao longo do desenvolvimento deste estudo que um bom planejamento pode contribuir para melhor desempenho do processo educativo, desde que a linguagem utilizada na mediação do espaço escolar seja colaborativa, incentivando e proporcionando a ampliação de sentidos e significados dos alunos. Assim, o planejamento é considerado importante para a prática educativa, por ser apresentado como a principal ferramenta que contempla o processo educacional. 

Com a elaboração e desenvolvimento deste trabalho, sobre o Planejamento fica evidenciado que é possível o professor elaborar seu plano de trabalho de maneira que esteja condizente com a realidade e possibilite os alunos a expressarem seus conhecimentos, a partir da  aprendizagem significativa.

Assim sendo, com a elaboração e desenvolvimento deste trabalho, sobre o Planejamento fica evidenciado que é possível o professor elaborar seu plano de trabalho de maneira que esteja condizente com a realidade e possibilite os alunos a expressarem seu conhecimento, para que o aluno demonstre interesse pela aprendizagem significativa. Para finalizar, consideramos que é necessário repensar a forma que os professores formulam seus planejamentos, as metodologias as quais utilizam para ensinar, assim como os procedimentos adotados no processo avaliativo para verificar se o nível de aprendizagem apresentado pelos os alunos é adequado e satisfatório.

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