ESPIRONOLACTONA COMO ALTERNATIVA PARA O TRATAMENTO DA ACNE

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10694972


Anna Emíllia de Oliveira Maciel Freitas; Giovanna Calderaro Coimbra Monteiro Azevedo; Letícia Bezerra Barroso; Ana Lice Mendes Costa; Marina Leite Bezerra; Lisandra Karoll Torres Pinheiro Cordeiro; José Rosemberg da Costa Filho; Vanile Fernandes Gonçalves de Oliveira; Aline França Nunes; Vitória Vieira de Sales Saraiva


RESUMO: A acne é caracterizada por uma doença de pele inflamatória e crônica, da região pilossebácea. A etiologia da acne ainda não é clara, porém, tem uma pequena associação com hábitos de higiene, alimentares e estilo de vida. O tratamento de primeira linha para a acne consiste em medicamentos tópicos isolados ou combinados com retinoides, peróxido de benzoíla e antibióticos. Terapias de segunda linha consistem em medicações com efeitos sistêmicos, como antibióticos ou contraceptivos orais. A espironolactona é um diurético poupador de potássio com propriedades antiandrogênicas, pois tem estrutura semelhante à aldosterona, atuando como antagonista do receptor desse hormônio. Assim, atua reduzindo a produção de sebo e a hiperqueratinização dos folículos, atenuando a ocorrência de acne.  O objetivo deste estudo foi analisar os efeitos da utilização de espironolactona no tratamento da acne. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada no mês de janeiro de 2024, com busca nas bases de dados da Scielo, Lilacs, MedLine e PubMed, utilizando como descritores em ciências da saúde: “Acne”, “Spironolactone” e “Treatment”, cruzados pelo operador booleano AND. Ao total foram encontrados 263 estudos e, após os critérios de inclusão (artigos publicados no período de 2019 a 2024, na língua portuguesa e inglesa) e leitura completa,  foram selecionados 13 estudos para a elaboração da presente revisão. A espironolactona possui benefícios no tratamento da acne, atuando na gênese da patologia. No entanto, pode apresentar alguns efeitos colaterais sendo necessário individualizar a conduta para cada caso. Em suma, são necessários mais estudos para que a espironolactona seja realmente inserida no protocolo como uma alternativa segura, eficaz e comprovada no tratamento da acne.

Palavras-chave: Acne, Espironolactona, Tratamento.

ABSTRACT: Acne is characterized by a chronic, inflammatory skin disease of the pilosebaceous region. The etiology of acne is still unclear, however, it has a small association with hygiene, eating and lifestyle habits. First-line treatment for acne consists of topical medications alone or in combination with retinoids, benzoyl peroxide, and antibiotics. Second-line therapies consist of medications with systemic effects, such as antibiotics or oral contraceptives. Spironolactone is a potassium-sparing diuretic with antiandrogenic properties, as it has a structure similar to aldosterone, acting as an antagonist of this hormone’s receptor. Thus, it works by reducing sebum production and hyperkeratinization of follicles, mitigating the occurrence of acne. The objective of this study was to analyze the effects of using spironolactone in the treatment of acne. This is an integrative review of the literature carried out in January 2024, with a search in the Scielo, Lilacs, MedLine and PubMed databases, using as descriptors in health sciences: “Acne”, “Spironolactone” and “Treatment ”, crossed by the Boolean operator AND. In total, 263 studies were found and, after the inclusion criteria (articles published between 2019 and 2024, in Portuguese and English) and complete reading, 13 studies were selected to prepare the present review. Spironolactone has benefits in the treatment of acne, acting on the genesis of the pathology. However, it may present some side effects and it is necessary to individualize the approach for each case. In short, more studies are needed so that spironolactone is truly included in the protocol as a safe, effective and proven alternative in the treatment of acne.

Keywords: Acne, Spironolactone, Treatment.

INTRODUÇÃO

A acne é caracterizada por uma doença de pele inflamatória e crônica, da região pilossebácea. Acomete até 85% dos adolescentes, mas ultimamente, também vem afetando um número considerável de adultos, especialmente mulheres acima dos 25 anos. A acne em mulheres adultas pode persistir, com mais de 50% das mulheres relatando acne entre 20 e 29 anos e mais de 35% entre 30 e 39 anos (Poinas et al., 2020).

A etiologia da acne ainda não é clara, porém, tem uma pequena associação com hábitos de higiene, alimentares e estilo de vida. Além disso, alguns medicamentos podem piorar a acne, como contraceptivos contendo progesterona, esteróides anabolizantes, lítio, antiepilépticos e corticoides. Também, sudorese excessiva e pomadas gordurosas podem ocluir os folículos sebáceos, desencadeando o quadro acneico (Santer et al., 2023).

O tratamento de primeira linha para a acne consiste em medicamentos tópicos isolados ou combinados com retinoides, peróxido de benzoíla e antibióticos. Porém, é comum que os pacientes evitem aderir ao tratamento tópico, tanto pela necessidade de serem usados rotineiramente por um longo prazo, como por reações adversas que possam existir, como irritação local. Por esse motivo, as terapias de segunda linha são preferíveis, e consistem em medicações com efeitos sistêmicos, como antibióticos ou contraceptivos orais (Renz et al., 2021).

A espironolactona é um diurético poupador de potássio com propriedades antiandrogênicas, pois tem estrutura semelhante à aldosterona, atuando como antagonista do receptor desse hormônio. Assim, atua reduzindo a produção de sebo e a hiperqueratinização dos folículos, atenuando a ocorrência de acne. É uma droga prescrita para acne feminina há mais de 30 anos e tem se mostrado uma alternativa aos antibióticos por atuar na sebogênese e não causar resistência bacteriana (Barbieri; Margolis, 2020).

Atualmente, a espironolactona é recomendada em mulheres que utilizam contraceptivos orais, apresentam sinais clínicos de hiperandrogenismo, têm acne de início tardio ou persistente após a adolescência e são refratárias ou têm contraindicações ao tratamento padrão para a acne. A administração do medicamento, de forma oral ou tópica, mostrou eficácia semelhante. No entanto, evidências demonstraram que a espironolactona tópica produz resultados melhores que os tratamentos de primeira linha, com menos efeitos colaterais (Rehan et al., 2023; Dhurat et al., 2021).

OBJETIVOS

Geral

– Analisar os efeitos da utilização de espironolactona no tratamento da acne.

Específicos

– Entender a fisiopatologia da acne.
– Comparar a espironolactona com outras terapias de tratamento da acne.

METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada no mês de janeiro de 2024, a partir de um levantamento bibliográfico de artigos científicos publicados nos periódicos indexados nas bases de dados da Scielo, Lilacs, MedLine e PubMed.

Para a realização da pesquisa foram utilizados como descritores em ciências da saúde: “Acne”, “Spironolactone” e “Treatment”. O operador booleano AND foi usado para cruzamento entre os termos.

Ao total foram encontrados 263 estudos por meio da estratégia de busca. Os critérios de inclusão foram: artigos publicados no período de 2019 a 2024, na língua portuguesa e inglesa. Foram excluídas teses, dissertações, cartas ao editor e textos incompletos.

Após aplicação dos critérios de elegibilidade, a análise dos resultados foi feita, inicialmente, por meio dos títulos e resumos dos artigos. Aqueles selecionados foram, então, submetidos à leitura completa. Ao final da avaliação, foram selecionados 13 estudos para a elaboração da presente revisão. A figura 1. a seguir apresenta o fluxograma que caracteriza o processo de seleção dos artigos.

Figura 1: Fluxograma de seleção dos artigos.

Fonte: Autores.

RESULTADOS

Tabela 1: Publicações incluídas na pesquisa segundo o autor, título e objetivo principal.

 AutorTítuloObjetivo
1.Barbieri, John S et al. (2021)Temporal Trends and Clinician Variability in Potassium Monitoring of Healthy Young Women Treated for Acne With Spironolactone.Avaliar as tendências nas taxas de monitoramento do nível de potássio entre mulheres jovens tratadas de acne com espironolactona e a variabilidade clínica nas práticas de monitoramento.  
2.Dahmana, Naoual et al.  (2021) Polymeric micelle mediated follicular delivery of spironolactone: Targeting the mineralocorticoid receptor to prevent glucocorticoid-induced activation and delayed cutaneous wound healing.Investigar a entrega cutânea do potente antagonista de receptor androgênico, espironolactona, a partir de nanocarreadores micelares poliméricos , preparados utilizando um copolímero biodegradável , metoxi-poli(etilenoglicol)-di-hexil-poli(lático) substituído ácido).
3.Poinas, Alexandra et al (2020)FASCE, the benefit of spironolactone for treating acne in women: study protocol for a randomized double-blind trial.Fornecer informações atualizadas e baseadas em evidências sobre a apresentação clínica, etiopatogenia e tratamento da acne feminina adulta.
4.Pyne, Sarah et al. (2023)Cost-effectiveness of Spironolactone for Adult Female Acne (SAFA): economic evaluation alongside a randomised controlled trial.Estimar a relação custo-benefício da espironolactona oral associada ao tratamento tópico de rotina em comparação com o tratamento tópico de rotina isolado para acne persistente em mulheres adultas na perspectiva do NHS britânico durante 24 semanas.
5. Renz, Susanne et al. (2021)Spironolactone for adult female acne (SAFA): protocol for a double-blind, placebo-controlled, phase III randomised study of spironolactone as systemic therapy for acne in adult women.Avaliar se a espironolactona é clinicamente eficaz e econômica no tratamento da acne em mulheres.
6.Santer, Miriam et al. (2023)Managing acne vulgaris: an update.Descrever o manejo da acne vulgar.
7.Vargas-Mora, P, and D Morgado-Carrasco. (2020)Uso de la espironolactona en dermatología: acné, hidradenitis supurativa, alopecia femenina e hirsutismo.Discutir as indicações da espironolactona , sua dosagem na prática dermatológica, os cuidados que devem ser levados em consideração e seus efeitos colaterais.
8.Sabbadin, C., Beggiao, F., Vedolin, C. K., et al. (2023) Long-Lasting Effects of Spironolactone after its Withdrawal in Patients with Hyperandrogenic Skin Disorders.Avaliar os efeitos da espironolactona, principalmente após sua retirada, em pacientes com doenças cutâneas hiperandrogênicas.
9.Rehan et al. (2023)Role of topical spironolactone in the treatment of acne: A systematic review of clinical trials-Does this therapy open a path towards favorable outcomes?Investigar a eficácia e segurança da espironolactona tópica no tratamento da acne vulgar .
10.Berman, H. S.; Cheng, C., E.; Hogeling, M. (2021)Spironolactone in the treatment of adolescent acne: A retrospective review.Avaliar a espironolactona no tratamento da acne em adolescentes.
11.‌Patiyasikunt, M. et al. (2020) Efficacy and tolerability of low-dose spironolactone and topical benzoyl peroxide in adult female acne: A randomized, double-blind, placebo-controlled trial.Examinar a eficácia e tolerabilidade de espironolactona oral em baixas doses (25-50 mg/dia) em mulheres tailandesas com acne feminina adulta moderada.

DISCUSSÃO

A etiopatogenia da acne é complexa e ainda não foi totalmente elucidada. Na literatura existem basicamente quatro fatores que estão relacionados ao desenvolvimento da acne, como: hiperqueratinização folicular com entupimento do folículo, aumento da secreção sebácea, processos inflamatórios complexos e colonização bacteriana por Cutibacterium acnes. Em relação ao quadro clínico, são descritos dois tipos principais: a forma inflamatória, caracterizada por pápulas, pústulas e nódulos que tendem a deixar cicatrizes, mas que não apresentam aumento de seborreia, e a forma retencional, com cravos e microcistos não inflamatórios, caracterizados pela hiperseborreia (Poinas et al., 2020).

A espironolactona é uma substância inibidora da 5α-redutase e antagonista dos receptores de aldosterona. Tem seu uso documentado no tratamento da insuficiência cardíaca, edema associado à cirrose hepática, síndrome nefrótica, hiperaldosteronismo primário e hipertensão arterial. É recomendada em doses baixas de 50 a 150 mg/dia como monoterapia ou terapia complementar aos medicamentos tópicos no tratamento da acne. Estudos recentes demonstraram melhora da acne com a espironolactona, tendo a maioria dos casos obtido uma remissão completa da condição acneica. A eficácia do medicamento foi demonstrada em todos os subtipos da acne. Além disso, demonstrou-se eficiente tanto no tratamento da acne facial como da acne troncular, particularmente difícil de tratar (Santer et al., 2023).

O mecanismo de ação da espironolactona consiste no seu efeito como antagonista do receptor androgênico, atuando nos sebócitos da glândula sebácea e na papila dérmica do folículo piloso. Os androgênios medeiam a proliferação dos sebócitos, os quais produzem sebo e crescimento capilar, resultando, quando em excesso, em condições dermatológicas e sistêmicas como acne, alopecia androgênica, hirsutismo e seborreia. A espironolactona age inibindo a ligação da 5α-redutase ao receptor androgênico, diminuindo a produção de sebo (Dahmana et al., 2021).

Em geral, o uso de espironolactona é bem tolerado. Quando há efeitos colaterais, são dependentes da dose e relacionados ao efeito antiandrogênico da droga. Entre eles pode-se citar sensibilidade mamária, diminuição da libido, cefaleia, náuseas, fadiga, poliúria e irregularidade menstrual, a qual pode ser controlada por meio do uso associado de anticoncepcionais orais combinados ou dispositivo intrauterino. Além disso, por ser um medicamento poupador de potássio, a espironolactona pode causar hipercalemia e hiponatremia, principalmente em pacientes portadores de insuficiência renal ou insuficiência cardíaca grave, se as doses do medicamento forem altas (Vargas-Mora; D Morgado-Carrasco, 2020).

Tendo em vista o efeito colateral mais preocupante da espironolactona, a hipercalemia, muitos dermatologistas, ao receitarem o medicamento, também iniciam o monitoramento do nível sérico desse íon nas pacientes tratadas com a espironolactona. No entanto, os estudos recentes sugerem que essa monitorização não é necessária de rotina, recomendando individualizar cada caso e, após isso, decidir entre a dosagem do potássio ou não (Barbieri et al., 2021).

O estudo de Pyne et al., 20223, analisou o custo-efetividade da espironolactona com medicamento tópico em comparação ao tratamento tópico isolado. Observou-se benefícios na associação com espironolactona, uma vez que atua na patogênese da acne, diminuindo custos a longo prazo e tem baixíssima taxa de recidiva, não necessitando, assim, de retratamento, evitando novos gastos.

Sabbadin et al (2023) estudaram 63 mulheres por um tempo de tratamento com espironolactona de 25,7 meses. Todas as pacientes relataram melhora significativa dos efeitos androgênicos e apenas 5% necessitaram da adição de um contraceptivo oral como terapia adjuvante. O efeito colateral mais frequente foi o sangramento intermenstrual em 68,2% dos casos. Em relação ao efeito a longo prazo, 38 pacientes permaneceram tratadas por mais 33,7 meses, enquanto 20 tiveram recaída após 17,5 meses da descontinuação do medicamento. Vale ressaltar que pacientes com Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) ovulatória foram tratadas por menos tempo e tiveram recidiva mais precoce em comparação às pacientes com SOP clássica.

Rehan et al (2023) analisaram 600 artigos, com cinco ensaios clínicos e 195 pacientes avaliados. Observaram que os pacientes tratados com espironolactona tópica apresentaram redução significativa no número de comedões fechados, lesões e pápulas. Comparado ao placebo, o tratamento com espironolactona a 5% mostrou-se eficaz na diminuição da contagem total de lesões, enquanto a espironolactona a 2% mostrou-se mais eficaz que a clindamicina e reduziu o número de pápulas, comedões, pústulas e o índice de gravidade da acne. Além disso, não afetou a vermelhidão da pele, a hidratação, o sebo, a melanina e a elasticidade. Concluiu-se que a espironolactona tópica trouxe melhores resultados que outros tratamentos de primeira linha, além de menos efeitos colaterais.

Patiyasikunt et al (2020) analisaram a eficácia e a tolerabilidade da espironolactona oral em baixas doses (25-50 mg/dia) em mulheres tailandesas com acne moderada. O estudo durou 12 semanas, participaram 63 mulheres de 25 a 45 anos divididas em três grupos (peróxido de benzoíla com espironolactona 25 mg, espironolactona 50 mg isolada e placebo). Foi realizada a contagem total de acne em intervalos de 4 semanas, a qual diminuiu consideravelmente em todos os grupos quando comparada ao valor basal. Em relação aos níveis séricos de potássio e de creatinina, não houve alterações significativas nos três grupos. Concluiu-se que a espironolactona 50 mg/dia e a espironolactona 25 mg/dia associada ao peróxido de benzoíla foram regimes eficientes para o tratamento da acne moderada.

Em contrapartida, o estudo de Berman, Cheng e Hogeling (2021) acompanhou pacientes tratados com espironolactona e contraceptivo oral, combinação que faz parte do tratamento hormonal antiandrogênico para acne (HAAT). Foi observado que esses pacientes, comparados aos tratados somente com espironolactona, apresentaram maior resolução e melhora da acne. Os pacientes tratados com HAAT, 18% tiveram resolução da acne e 65% melhoraram, enquanto nenhum paciente tratado somente com espironolactona teve resolução da acne e somente 46% melhoraram. Além disso, 4 pacientes descontinuaram a espironolactona devido a efeitos adversos, como irregularidades menstruais, síncope e sensibilidade mamária.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A espironolactona possui benefícios no tratamento da acne, atuando na gênese da patologia, que é o efeito androgênico com produção de sebo. Dessa forma, pode ser benéfica para pacientes que apresentam contraindicações ou são refratários ao tratamento de primeira linha, além de não influenciar na resistência bacteriana, apresentando uma vantagem em relação aos antibióticos orais.

No entanto, pode apresentar alguns efeitos colaterais como sangramento intermenstrual, síncope, cefaleia, fadiga, hiponatremia e hipercalemia. Assim, é importante individualizar a conduta para cada caso.

Em suma, são necessários mais estudos para que a espironolactona seja realmente inserida no protocolo como uma alternativa segura, eficaz e comprovada no tratamento da acne.

REFERÊNCIAS

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BARBIERI, J. S.; MARGOLIS, D. J.; MOSTAGHIMI, A. Temporal Trends and Clinician Variability in Potassium Monitoring of Healthy Young Women Treated for Acne With Spironolactone. JAMA Dermatology, v. 157, n. 3, p. 296, 1 mar. 2021.

BERMAN, H. S.; CHENG, C. E.; HOGELING, M. Spironolactone in the treatment of adolescent acne: A retrospective review. J Am Acad Dermatol, p. 269–271, 2021

DAHMANA, N. et al. Polymeric micelle mediated follicular delivery of spironolactone: Targeting the mineralocorticoid receptor to prevent glucocorticoid-induced activation and delayed cutaneous wound healing. International Journal of Pharmaceutics, v. 604, p. 120773, jul. 2021.

DHURAT, R. et al. Spironolactone in adolescent acne vulgaris. Dermatol Ther, p. e14680–e14680, 2021.

‌PATIYASIKUNT, M. et al. Efficacy and tolerability of low-dose spironolactone and topical benzoyl peroxide in adult female acne: A randomized, double-blind, placebo-controlled trial. J Dermatol, p. 1411–1416, 2020.

POINAS, A. et al. FASCE, the benefit of spironolactone for treating acne in women: study protocol for a randomized double-blind trial. Trials, v. 21, n. 1, 25 jun. 2020.

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RENZ, S. et al. Spironolactone for adult female acne (SAFA): protocol for a double-blind, placebo-controlled, phase III randomised study of spironolactone as systemic therapy for acne in adult women. BMJ Open, v. 11, n. 8, p. e053876, 1 ago. 2021.

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VARGAS-MORA, P.; MORGADO-CARRASCO, D. Uso de la espironolactona en dermatología: acné, hidradenitis supurativa, alopecia femenina e hirsutismo. Actas Dermo-Sifiliográficas, v. 111, n. 8, p. 639–649, 1 out. 2020.