O SOFT SKILL – O PERÍODO PESQUISADOR NO TRABALHO DO ORIENTADOR EDUCACIONAL

THE SOFT SKILL – THE RESEARCH PERIOD IN THE WORK OF THE EDUCATIONAL ADVISOR

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10613922


Rosana da Silva Revelles1


Resumo:  Uma das funções da gestão de ensino é a do especialista em Orientador Educacional, uma área da Pedagogia que visa contribuir com a organização do processo educativo dentro da escola. Seu trabalho estaria direcionado ao atendimento ao aluno, mas sua função e habilidades vem ganhando amplitude dentro do contexto educacional pois caminha de acordo as mudanças da sociedade. Suas atividades e projetos de trabalho estão ligados aos desafios encontrados no contexto social, cultural e no cotidiano do ambiente escolar. Situações como educação, bullyings, habilidades ou dificuldades de aprendizagens, inclusão ou exclusão, motivação ou desmotivação, ausência e presença familiar, relacionamento professor/aluno, aluno/aluno, escola/família, tecnologia, afetividade, diversidade, interatividade, pluralidade, respeito, direitos, deveres e outros temas estão no campo da Orientação Educacional. Assim, esse artigo vem fazer uma análise crítica de sua atuação nesses últimos anos, em face da Pandemia, e da relação dessa prática pedagógica com a Base Nacional Comum Curricular na questão das habilidades do Soft Skill nesse novo papel do Orientador Educacional, um profissional que analisa e inova em sua prática no sentido de buscar a qualidade no campo da educação e da pedagogia.

Palavras – chave:  orientador educacional. educação. soft skill. Pedagogia

Abstract: One of the functions of teaching management is that of the Educational Advisor specialist, an area of Pedagogy that aims to contribute to the organization of the educational process within the school. Its work would be aimed at serving students, but its role and skills have been gaining breadth within the educational context as it adapts to changes in society. Its activities and work projects are linked to the challenges encountered in the social, cultural and everyday context of the school environment. Situations such as education, bullying, learning abilities or difficulties, inclusion or exclusion, motivation or demotivation, absence and family presence, teacher/student relationship, student/student, school/family, technology, affection, diversity, interactivity, plurality, respect, rights, duties and other topics are in the field of Educational Guidance. Thus, this article makes a critical analysis of its performance in recent years, in the face of the Pandemic, and the relationship of this pedagogical practice with the National Common Curricular Base in the issue of Soft Skill skills in this new role of the Educational Advisor, a professional who analyzes and innovates in its practice in order to seek quality in the field of education and pedagogy.

Key – words: educational advisor. education. soft skills. Pedagogy

Introdução

Embora a função de Orientador, dentro do contexto histórico – político – social, esteve associada aos contextos vigentes, sua participação sempre esteve direcionada aos alunos e as mudanças que esse público e a sociedade demonstrava. Esse profissional não poderia ficar em momento nenhum do campo educacional estagnado como se as transformações não o fizessem movimentar. Segundo o dicionário online: https://www.dicio.com.br/orientacao/ a palavra Orientação significa: “Ação ou efeito de orientar, de determinar ou de mostrar a direção, o caminho a seguir.” e “Sua etimologia deriva de a junção do verbo orientar e do sufixo-ção.” Porém, apesar destes termos, as atividades ligadas a função do orientador educacional vão muito além, pois passaram e passam por muitas situações históricas e didático – pedagógicas – culturais. Mostrando dessa forma muitas possibilidade e olhares sobre o papel desse Pedagogo no contexto escolar. “Pretende-se trabalhar com o aluno no desenvolvimento do seu processo de cidadania, trabalhando a subjetividade e a intersubjetividade, obtidas através do diálogo nas relações estabelecidas (GRINSPUN, 1994, p. 13). Assim, nesse processo de mudanças em suas perspectivas enquanto profissional da pedagogia, teve na sociedade às transformações relevantes para o seu campo de trabalho, pois seus períodos acompanharam e acompanham a história do país e da educação.  

A Orientação Educacional, no nosso país, percorreu um longo caminho comprometido com a educação e com as políticas ‘vigentes’. Todo o processo da Orientação manteve, sempre, estreita relação com as tendências pedagógicas, sendo seu trabalho desenvolvido a partir do que dela se esperava nas diversas concepções. (GRINSPUN, 2008, p.11)

O percurso no papel do Orientador Educacional 

A trajetória nos movimentos do profissional Orientador Educacional no Brasil está relacionada a cinco períodos, como propõe GRINSPUN: “Período Implementador (1920 a 1941); Período Institucional (1942 a 1960); Período Transformador (1961 a 1970); Período Disciplinador (1971 a 1980) e Período Questionador (a partir de 1980).” (GRINSPUN, 2008).  Nesse sentido a dinâmica do Orientador esteve pautada nos paradigmas políticos, sociais e culturais da sociedade.  “No Brasil, a Orientação Educacional teve, em sua implantação, grande influência da orientação americana, em especial o counselling (aconselhamento), e da orientação educacional francesa” (GRINSPUN, 2011, p.26). Inicialmente, com esse olhar o Orientador chamado de Orientador Vocacional, se baseou para direcionar seu trabalho para o aconselhamento profissional dos alunos, mas com o tempo todos as ações e conflitos existentes nos contextos escolares caminharam com essa sua função. Seria o Período conhecido como Implementador, onde a orientação tinha a função de ajudar o aluno nas suas escolhas e habilidades profissionais. 

Foi com o movimento dos pioneiros da educação nova, os chamados escolanovistas, que de certa forma impulsionaram uma transição para uma visão diferente da educação tradicional. Onde buscavam o direito a uma educação de qualidade, de forma mais ampla e gratuita para todos. “Conhecer e respeitar as necessidades e interesses da criança, partir da realidade do aluno e estabelecer relações entre a escola e a vida social são diretrizes do pensamento escolanovista” (CARVALHO, 2005, p. 32). E com esse novo paradigma e a implementação do Decreto – Lei 4.073 de 30 de janeiro de 1942, o termo Orientação Educacional foi usado em seus artigos: 50,51 e 52. Esse cenário seria o Período Institucional, pois começaram a implementação das leis trabalhistas e os avanços de curso na área da Orientação Educacional.  

Art. 50. Instituir-se-á, em cada escola industrial ou escola técnica, a orientação educacional, que busque, mediante a aplicação de processos pedagógicos adequados, e em face da personalidade de cada aluno, e de seus problemas, não só a necessária correrão e encaminhamento, mas ainda a elevação das qualidades morais. Art. 51. incumbe também à orientação educacional, nas escolas industriais e escolas técnicas, promover, com o auxílio da direção escolar, a organização e o desenvolvimento, entre os alunos, de instituições escolares, tais como as cooperativas, as revistas e jornais, os clubes ou grêmios, criando, na vida dessas instituições, num regime de autonomia, as condições favoráveis à educação social dos escolares. Art. 52. Cabe ainda à orientação educacional velar no sentido de que o estudo e o descanso dos alunos decorram em termos da maior conveniência pedagógica. (DECRETO-LEI No 4.073, DE 30 DE JANEIRO DE 1942.- DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL)

Um momento transformador despontava nessa profissão. O surgimento da Lei 5564 de 21 de dezembro de 1968, que providencia o exercício do profissional Orientador Educacional no Brasil, e sendo regulamentada depois pelo Decreto 72.846/73, onde instituía nele os requisitos para função do Orientador Educacional, assim como o objeto de seu trabalho via-se um cenário de um especialista da área da Pedagogia que iria atuar no campo educacional. Assim como cita no Artigo 1º:

Constitui o objeto da Orientação Educacional a assistência ao educando, individualmente ou em grupo, no âmbito do ensino de 1º e 2º graus, visando o desenvolvimento integral e harmonioso de sua personalidade, ordenando e integrando os elementos que exercem influência em sua formação e preparando-o para o exercício das opções básicas. (Decreto 72.846/73, Artigo 1º)

A promulgação da Primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a Lei 4024 de 20/12/1961, reforça o momento desse olhar para as perspectivas na área. Nela a orientação é complementada com termo “educativa” – Da Orientação educativa e da Inspeção: Art. 62.: “A formação do orientador de educação será feita em cursos especiais que atendam às condições do grau do tipo de ensino e do meio social a que se destinam.” E nesse momento de Transformação, ao contrário do que os especialistas imaginavam, há uma estagnação no papel do orientador, porque o próximo momento tornou o papel do profissional em Orientação Educacional mais submisso do contexto político do país e teve como forte mudança a nova Lei de Diretrizes e bases da educação brasileira, regulamentada em 1971, onde o ensino profissional seria então obrigatório. Como afirma o Artigo 5º, § 3º da Lei 5692/71: “Excepcionalmente, a parte especial do currículo poderá assumir, no ensino de 2º grau, o caráter de aprofundamento em determinada ordem de estudos gerais, para atender a aptidão específica do estudante, por indicação de professores e orientadores”.

Esse momento chamado de Período Disciplinador trouxe a influência do Regime Militar e a preocupação política de preparar estudantes para o mercado de trabalho, delegando assim, na função do orientador educacional àquele que na prática da escola cooperava apenas para incluir o aluno no sistema social vigente. Reduzindo dessa forma o trabalho desse profissional ao contexto integrado de ensino. É nesse Período de angústias que começam a nascer questionamentos acerca da sociedade, da educação, dos direitos, enfim, educadores começam a se envolver nas lutas sociais:

Deparamo-nos com movimentos sociais diversos que emergem e continuam a crescer, criando espaços mais abertos para manifestações socioculturais e para a crítica social, inaugurando-se um período de transição, de lutas sociais e políticas, que constroem a lenta volta à democracia. A pesquisa educacional em boa parte vai estar integrada a essa crítica social. (GATTI, 2001, p. 03)

É nesse cenário que muitos autores surgiram e fizeram história na educação. Nomes importantes como do escritor e professor Paulo Freire estavam nas discussões e ambientes educacionais para fomentar mudanças e pensamentos autônomos sobre a sociedade. Foi na década de 80 a transição para um novo período, o Questionador, exatamente o que vivia o contexto social daquele momento no Brasil. Seria um momento importante para o profissional da Orientação Educacional, que acompanhava as dinâmicas políticas e sociais, e dessa forma adequaria à sua prática pedagógica. Com os movimentos sociais e com a relevante e conhecida Diretas Já 1983/1984, muitas mudanças começaram a apontar no Brasil. Com o fim do Regime Militar a sociedade inicia um processo de pensamentos e ações mais livres e democráticas para trabalhar a educação no Brasil. E em 1988, foi promulgada a última Constituição brasileira – a Constituição Cidadã. Essa carta Magna, referendou a democracia da sociedade brasileira. Para a educação um novo momento, e para o Orientador Educacional, o período Orientador.

Segundo PASCOAL:

O orientador começa a participar de todos os momentos da escola, discutindo questões curriculares, como objetivos, procedimentos, critérios de avaliação, metodologias de ensino, demonstrando sua preocupação com os alunos e o processo de aprendizagem. Os cursos de reciclagem que foram oferecidos aos orientadores contribuíram para que a discussão fosse mais ampla, envolvendo as práticas, os valores que a norteavam, a realidade dos alunos, assim como o mundo do trabalho.  (PASCOAL, 2008, P. 04)

Esse Período Orientador reiniciou embasado em referências importantes como: a Constituição Federal de 1988, a última Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, e das Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia de 2005, que em seu Art. 4º cita:

O curso de Licenciatura em Pedagogia destina-se à formação de professores para exercer funções de magistério na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, de Educação Profissional na área de serviços e apoio escolar e em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos. (LDB, 1996, Artigo 4º)

Dessa forma, observa-se que o papel do Orientador Educacional esteve ligado as relações de comando e dependente das mudanças sociopolíticas que determinavam as ações educacionais do país. Porém, nesse último período, esse profissional apesar de estarem sujeitos às políticas vigentes do país, é dinâmico aos contextos sócio-históricos-culturais da população, e das questões pertinentes à educação. Nesse sentido, “A Orientação Educacional quer caminhar junto nessa direção, refletindo que o mesmo homem que pensa e age é o mesmo que sente e emociona.” (GRINSPUN, 2008, p. 27). Verifica-se que o papel do Orientador Educacional, inicialmente, focado em atender indisciplinas de alunos ou focar apenas no campo vocacional, perceberam com o tempo os valores que cercavam e norteavam o seu papel como especialista da área da Pedagogia, dando assim maiores perspectivas ao seu campo de trabalho. Atuando na prática como mediador entre o discente e o meio social, buscando entender quais as relações entre os sujeitos que atuam no contexto escolar, o plano de ação da escola, a família, a comunidade, enfim, tornar-se mediador da busca dessa consciência clara, afetiva, crítica e integrada do aluno com o cotidiano do seu lócus, que é a escola. Com esse compromisso, o Orientador, está comprometido com ações pedagógicas, ações das políticas públicas, ações sociais, ações éticas, enfim, torna-se um mediador de propostas mais democráticas e conscientes. 

O Novo papel do Orientador Educacional

Nesses últimos dois anos, todo o mundo vivenciou uma Pandemia. Um evento de escala mundial, que culminou em consequências dramáticas e tristes para muitas pessoas, assim também como suas sequelas que repercutem em dados históricos na sociedade. Foi a tecnologia, no campo da ciência, que contribuiu para frear a onda dessa doença que afetou o mundo. Durante esse período, além do trabalho da ciência, algumas políticas públicas foram adotadas, como: o isolamento social, a suspensão de algumas atividades comerciais, suspensão das aulas presenciais, adequação às ferramentas digitais, tudo para conter o período grave e ajudar no enfrentamento da Covid-19 no Brasil e no Mundo. Nesse paradigma, muitas adaptações foram necessárias para lhe dar com a realidade na qual a sociedade passava no momento. 

Apesar dos paradoxos, que foram descortinados, pelas disparidades de acesso as tecnologias, as escolas e seus educadores precisaram encontrar ferramentas digitais e criar plataformas de ensino, assim como recursos das redes de comunicação e informação para de alguma forma manter as atividades pedagógicas e os alunos conectados, ativos e amparados pelo sistema educacional do país. 

Nesse cenário, esteve também o trabalho do Pedagogo Orientador Educacional, que precisou de um novo planejamento, um planejamento remoto, fazendo uso de materiais tecnológicos que criassem maneiras de propor encontros, atendimentos, encaminhamentos, relatórios, projetos, busca ativa e outras atividades para a manutenção da qualidade e das ações educativas. As reuniões, as apresentações e os encontros foram momentos que só foram possíveis como uso das ferramentas digitais disponíveis no mercado. “O Orientador Educacional é o profissional que observa, analisa, dialoga, interage e propõe estratégias para que o aprender aconteça verdadeiramente na vida do sujeito aprendiz”. (DIAS, 2020.  p. 02).

O Orientador Educacional Pesquisador

Ao analisar todo esse processo do papel do Orientador Educacional no Brasil, percebemos a importância do seu envolvimento no campo educacional e nas práticas educativas com suas ações enquanto pedagogo. E hoje, vivemos um paradigma advindo de uma globalização, que influencia em todos os aspectos da vida humana. Todo o desenvolvimento que a sociedade como um todo vem construindo, como o progresso nas tecnologias de comunicação e informação, as invenções, as relações de tempo, as formas de acesso, as redes sociais, enfim, todas as mudanças que o homem interage hoje faz parte dessa realidade, desse contexto atual, principalmente nesses últimos anos, com o momento da Pandemia da Covid – 19, que veio apresar muitas mudanças por ferramentas tecnológicas que ajudassem a impulsionar o mercado e também a educação.  E dessa forma, com todas as transformações da sociedade, mudou-se a maneira de ser e ver o mundo. É nesse cenário contemporâneo que atua os profissionais também no campo da educação, como o Orientador Educacional Pesquisador. 

Sei que não será fácil, que não é fácil esta prática proposta. Ela é mais aberta, mais abrangente; não se fecha em técnicas objetivas e precisas. Faz parte do nosso trabalho a interdisciplinaridade, a intersubjetividade, o diálogo […] é importante dar voz aos nossos alunos […]quando tudo isto acontecer, por certo, outras histórias serão contadas […] vamos juntos ajudar na construção da nova prática da Orientação Educacional.  (GRINSPUN, 2008, p. 30).

Os Soft Skills da Base Nacional Comum Curricular

A Base Nacional Comum Curricular (2018) está ancorada em documentos que regem a educação brasileira. A Constituição Federal de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira de 1996 e o Plano Nacional de Educação (2014/2024) fazem apontamentos para a importância dessa Base, mostrando este um ponto de partida na educação para atender essa revolução nesse mundo conectado, onde a forma de se se comunicar e se relacionar mudou, assim mudou a sociedade e o tipo de aluno que a escola recebe. São os chamados “nativos digitais”, são os nativos dessa revolução tecnológica e que veem com normalidade essa interação com o digital. Assim toda essa mudança requer dos educadores habilidades e competências necessárias para acompanhar e se integrar de forma mais justa às transformações que a educação exige. Nesse sentido, a Base Nacional Comum Curricular, definiu dez competências, as competências gerais. Os Soft Skills que corroboram para a pôr em prática os desafios da educação do século XXI.

1. Conhecimento> Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. (BNCC, 2018, p. 9). Sendo este o de maior competência para o capital humano, principalmente em uma sociedade de tantas transformações e inovações, é preciso que o educando de hoje tenha garantido a possibilidade de caminhar nessa direção, na direção do conhecimento formal, informal e não-formal, valorizando assim a sua história, a cultura, a sua realidade e a sua identidade diante a dinâmica social.

2. Pensamento Científico, crítico e criativo> Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. (BNCC, 2018, p. 9). A importância do aprender, de se aprimorar e desenvolver nas ciências, não impede que o saber científico seja elevado à criticidade e aos talentos que venham a transformar esses e outros saberes. Daí a importância desses soft skills no decorrer da aprendizagem.

3. Senso Estético e Repertório Cultural> Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. (BNCC, 2018, p. 9). Entender que existem os aprendizados culturais diversos, e que estes estão inseridos no meio, na identidade, na sociedade ajuda a colaborar para que as percepções dos estudantes possam ser enriquecidas de um potencial apurado de oportunidades, sensibilidades, de escolhas e de saberes intelectuais.

4. Comunicação> Utilizar diferentes linguagens[…] para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. (BNCC, 2018, p. 9). Mostrar aos estudantes que as variadas linguagens e códigos de comunicação estão a serviço da inclusão, das oportunidades e das possibilidades de mostrar olhares e vozes em uma sociedade plural.

5. Cultura Digital> Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, […] produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria a vida pessoal e coletiva. (BNCC, 2018, p. 9). Alinhar as práticas pedagógicas às tecnologias contribuem para que as aprendizagens estejam em consonância com o contexto de mundo moderno e com o aluno do século XXI.

6. Autonomia>Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências […] alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. (BNCC, 2018, p. 9). Mostrar que a educação do século XXI está aberta a todos, independente das escolhas individuais, pelo contrário, as escolhas de cada um se somam ao repertório de vivências que enriquecem o pensamento, a troca, as experiências e o respeito mútuo na construção da cidadania plena.

7. Empatia e Cooperação> Para a BNCC: Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias […] com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. (BNCC, 2018, p. 9). Colaborar para que o aluno participe de forma consciente dos temas atuais que movimentam a sociedade. Temas como: políticas públicas, meio ambiente, questões sociais, direitos humanos, e outros, promovem o pensamento crítico, que é o que a BNCC propõe para o estudante de hoje, um aluno que argumenta, defende, se coloca e posiciona frente aos debates sociais.  

8. Autoconhecimento e Autocuidado> Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. (BNCC, 2018, p. 10). Se respeitar, se cuidar e entender seus limites, assim como respeitar o seu próximo, também é objeto da Base, pois buscar entender suas fragilidades e capacidades de forma saudável respeitando seus direitos e os direitos do outro, são passos importantes para a convivência humana.  

9. Argumentação> Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, […] com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza. (BNCC, 2018, p. 10).  Aprender a organizar o pensamento e seus argumentos também é um trabalho importante que propõe a Base, porque nesse sentido o estudante precisa analisar para propor ideias através de seus argumentos, separando opiniões de posicionamentos e ofensivas pessoais, que muitas vezes geram desgastes em debates e discussões onde nessas atividades, no campo da educação, os estudantes treinariam suas percepções e visões de mundo sobre determinado assunto ou tema, confrontando -os, defendendo-os ou criticando-os de forma democrática e intelectual.   

10. Autogestão> Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. (2018, p. 10). Entender que, dependendo das ações, seus resultados podem interferir em outras pessoas, já faz com que o aluno de hoje pense e repense sua forma de conviver de forma mais harmoniosa e colaborativa sem transgredir os valores de conduta moral e buscando valores que sustentem seu caminho na busca pela qualidade em todas as dimensões de sua vida como cidadão.

Soft Skills gerais no trabalho do Orientador Educacional

Com as atuais diretrizes educacionais propostas pela atual Base Nacional Comum Curricular, homologado em 2017, que aborda em sua parte introdutória dez competências gerais para ajudar a desenvolver a educação no Brasil, como  cita o referencial sobre competência:

Competência é definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho. (BNCC, 2018, p. 08). 

E com todos os avanços das tecnologias no mundo globalizado criam-se condições para que os profissionais da educação busquem atualizações no mercado de trabalho e caminhem na direção de um modelo mais conectado e ao encontro de ferramentas que possibilitem e facilitem as relações humanas e sociais no seu campo de trabalho. “O contexto do desenvolvimento tecnológico evidencia situações de imprevisibilidade e instabilidade demandando decisões e ações imediatas e assertivas de profissionais com competências específicas e adequadas à nova realidade” (ASSUNÇÃO; GOULART,2016, p. 177).  É nessa direção que o profissional pedagogo especialista na Orientação Educacional caminha, pois ao mesmo tempo que na sua função precisa lhe dar diretamente com pessoas e interações humanas, ele precisa unir essas linhas para trabalhar às variadas competências do campo cognitivo, social, interpessoal, emocional, além de outras, ligadas a prática do cotidiano escolar.

Assim é essencial que o Orientador Educacional busque desenvolver seus atributos pessoais, suas capacidades e competências para além da parte técnica, mas para um desempenho mais humanizado e mais eficiente de suas práticas nas relações educacionais, criando assim um diferencial no seu campo de trabalho. Na tradução literal do Inglês para o Português o termo Soft Skill significa Competências, mas autores apontam que: “É um termo em inglês usado para designar a capacidade de agir e concretizar algo de forma rápida e eficiente um determinado objetivo. Pode-se dizer que são as aptidões, o jeito e a destreza aplicados por cada pessoa em uma determinada tarefa.” (DA SILVA, NETO, GRITTI, 2020, p. 833). LOPES (2021) em sua dissertação denominada: Re (pensar) a empregabilidade: a importância das soft skills, aponta em (Cardoso et al., 2006) que a definição de competências transversais – Soft Skills – foi introduzida por Mertens, no ano de 2004, numa época em que o contexto socioeconómico era caracterizado pela instabilidade e incerteza e, como tal, era necessário desenvolver capacidades que permitissem a adaptação a um mercado progressivamente mais competitivo e dominado por uma mudança contínua. LOPES (2021) também aponta em (Rodrigues et al., 2017) que as exigências do mercado de trabalho requerem a aquisição de soft skills que permitam responder aos atuais desafios laborais porque, cada vez mais, as organizações procuram colaboradores que manifestem competências diferenciadoras que lhes permitam desempenhar as suas tarefas/funções de forma eficaz. MIRANDA (2020) aponta baseado em  (BENNETT et al., 1999; HECKMAN; KAUTZ, 2016), que de acordo com a literatura internacional, foi estabelecido um modelo de 12 habilidades área de tarefa (resolução de problemas e tomada de decisão, gestão de tempo e espaço, adoção de estratégias adequadas no combate à tarefa); área do eu (autoaperfeiçoamento, auto regulação emocional, empresa); área motivacional (orientação a objetivos, atribuição causal, resiliência); área das relações interpessoais (trabalho em equipe, comunicação, gerenciamento de conflitos). Dessa forma, o profissional Orientador de Hoje, O Orientador Educacional Pesquisador, precisa estar atento as adequações e às exigências do mercado, pois as competências profissionais vão além da parte técnica. Exigindo habilidades que poderão ser construídas desde que este perceba o tamanho da importância do seu papel na prática do contexto educacional. Reforçando que não seria deixar de lado suas habilitações, mas agregar valores ao perfil profissional desse especialista do século XXI.  

Os 5 Soft Skills formadores da base prática do Orientador Educacional

Alinhado às competências da Base Nacional Comum Curricular e fazendo um estudo dos variados Soft Skills mencionados por autores na área de humanas, e baseado também na minha experiência como pedagoga na área da Orientação Educacional, aponto as cinco Soft Skills que são base fundamentais para o trabalho efetivo do especialista de hoje: Inteligência emocional, Pensamento crítico, Criatividade, Resiliência/Flexibilidade e Proatividade. Claro, que esse pacote pode ser muito maior, porém, para o trabalho prático de um Orientador Educacional, ele precisa ter inicialmente essa consciência. No Infográfico produzido pela autora (apêndice) faço uma pequena mostra dessas competências no trabalho do Orientador educacional. 

Os pilares fomentadores dos 5 Soft Skills da prática dos Orientadores Educacionais Inteligência Emocional> Para Goleman inteligência emocional refere-se à capacidade de identificar nossos próprios sentimentos e os dos outros, de motivar a nós mesmos e gerenciar bem as emoções dentro de nós e em nossos relacionamentos.” (GOLEMAN, 1999, p. 448). Esse Soft Skill está em primeiro lugar, e não é à toa, afinal, essa inteligência comportamental é uma competência que faz diferença no desempenho pessoal e profissional dentro da gestão organizacional. O pedagogo Orientador Educacional pesquisador que tem conhecimento da importância desse Soft Skill na sua trajetória, já alicerça os pilares para essa competência. Paciência, Equilíbrio e empatia são as habilidades que promovem esse Soft Skill número um no trabalho desse especialista.

Pensamento Crítico> Para enriquecer o Soft Skill Pensamento Crítico é preciso regar habilidades importantes. Mente aberta, ponderação e análise dão ao especialista Orientador Educacional pesquisador possibilidades para diante aos desafios encontrados em sua prática no contexto escolar a competência necessária para buscar melhores resultados.

Criatividade> Um profissional criativo acaba se destacando no mercado de trabalho, principalmente em uma sociedade tão diversa e plural quanto as inovações. O pedagogo Orientador Educacional pesquisador precisa caminhar nessa diversidade construindo ideias e propondo novidades frente as demandas. Algumas habilidades ajudam na construção desse Soft Skill: atenção, informação e brainstorming fortalecem o ambiente para pensar em criação, em ideias e projetos que colaboram e viabilizam a prática com o público escolar.

Resiliência/Flexibilidade> Esses Soft Skills estão alinhados porque requerem do pedagogo especialista habilidades como: adaptação, revisão e superação. Nesses pilares, essas Competências se entrelaçam mostrando que os medos, as dúvidas e os desafios fazem parte do contexto profissional, e não seria diferente na prática do orientador educacional pesquisador. O que se observa é que esses pilares são determinantes para enriquecer o trabalho do especialista quando ele tem a ciência de que enfrentar dificuldades mostra capacidade de flexibilizar, repensar e reestruturar em sua autonomia e em sua prática, enriquecendo assim cada vez mais essas suas competências.

Proatividade> Profissionais proativos costumam enxergar além, eles conseguem perceber e identificar situações e necessidades em seu ambiente de trabalho, e assim buscar ideias para amenizá-los e até mesmo evitá-los que se tornem maiores. Sendo assim, algumas habilidades estão presente nesse perfil profissional: visão, organização e comunicação. Assim, também são considerados pilares para o trabalho do pedagogo especialista em Orientação Educacional, pois, esse Soft Skill pode contribuir para o plano de ação, para o planejamento e para os resultados que pretende alcançar nos seus objetivos educacionais. O Orientador Educacional pesquisador não é considerado um profissional submisso ou reativo, ele é, além de um profissional ético e responsável, aquele que está em constante atividade, buscando ideias com autonomia, com colaboração positiva e primando pela qualidade nos resultados.

Considerações Finais

Com as inovações decorrentes da globalização, da tecnologia de comunicação e informação, do avanço da ciência, dos novos modelos e das novas estratégias no mercado de trabalho, a sociedade precisou se adequar e o homem precisou avançar. A educação como a mestra que rege o ser humano no sentido de mostrar e acompanhar na prática as mudanças advindas do mundo contemporâneo, também acompanhou esse movimento de mudança cultural, tecnológica, histórica, política e social. Nesse sentido, as variadas funções que formam a orquestra do campo educacional acompanharam essa mudança. Professores encontram formas de melhorar sua prática com o uso das tecnologias, a Internet facilitou o trabalho pedagógico, os computadores e outros recursos estão no ambiente escolar, o acesso as redes e plataformas digitais conectaram profissionais da educação aos seus alunos na manutenção de suas atividades, inclusive, nos momentos vivenciados durante o isolamento social devido a pandemia da Covid 19. 

Nesse cenário atual, fazem parte dessa orquestra educacional, os pedagogos Orientadores Educacionais, que atuam nesse movimento e para que essa sintonia aconteça de forma justa, humana, ética e inclusa. Assim, como um especialista que se prepara para as mudanças sociais para alcançar e ampliar o seu olhar metodológico no ser humano em sua totalidade o orientador educacional tem a sua trajetória ligada aos movimentos e na dinâmica da sociedade. Daí a importância da sinalização das competências mencionadas acima. Os Soft Skills dão ao Orientador Educacional um alinhamento mais humanizado com as competências apontadas na Base Nacional Comum Curricular, formalizando assim a necessidade no cumprimento desses objetivos, e da relevância de inicialmente ter a consciência dos 5 Soft Skill para o trabalho prático no campo do Pedagogo Orientador Educacional, e para que este tenha cada vez mais uma visão apurada de suas ações e dos resultados de seus projetos na educação. 

REFERÊNCIAS

ASSUNÇÃO, Yluska Bambirra; GOULART, Iris Barbosa. Professional training or competencies for the future. Future studies Research Journal: Trends and Strategies, São Paulo, v. 8, n. 1, p. 175-208, 2016.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. 2018. Brasília, Disponível em:< http://basenacionalcomum.mec.gov.br/> Acesso em 22 de outubro de 2022.

CABRAL-CARDOSO CARLOS, ESTEVÃO; CARLOS E SILVA, Paulo. Competências Transversais dos Diplomados do Ensino Superior–Perspectiva dos Empregadores e Diplomados. 2006.

CARVALHO, Marlene. Alfabetizar e letrar: um diálogo entre a teoria e a prática. Petrópolis: Vozes, 2005.

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1Pedagoga – UERJ
Doutoranda PPGG – UFRJ
rosanarevelles@hotmail.com