ANALFABETISMO FUNCIONAL NO BRASIL

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10273704


CORREIA, Jorge Luiz Pereira1
MACÊDO, M. R. A2
SANTOS, Francineide Castro3
BARRETO, Izabel Cristina de Santana4


RESUMO

O analfabetismo funcional persiste como um problema significativo no Brasil, afetando uma parcela considerável da população. Este artigo acadêmico aborda o conceito de analfabetismo funcional e explora as políticas públicas no combate a esse fenômeno. Com base em citações de autores brasileiros atuais, expondo suas perspectivas e análises sobre o assunto, destacamos a necessidade de investimentos na formação docente, educação infantil de qualidade, melhoria na infraestrutura escolar e disponibilidade de recursos didáticos adequados. Além disso, discutimos a importância de políticas voltadas para a inclusão digital e o acesso às tecnologias de informação e comunicação. Também se ressalta a necessidade de medidas que combatam fatores socioeconômicos e culturais relacionados ao analfabetismo funcional. Por fim, reforçamos a importância de políticas públicas integradas e articuladas entre diferentes áreas governamentais, com a participação ativa do governo, sociedade civil e instituições educacionais. Este estudo destaca a relevância de um olhar abrangente e estratégico para o combate ao analfabetismo funcional no Brasil, visando a promoção da alfabetização plena e a capacidade de compreensão crítica dos textos para uma participação efetiva na sociedade.

Palavras-chave: “Analfabetismo Funcional”; “Educação”; “Letramento”.

ABSTRACT

Functional illiteracy persists as a significant problem in Brazil, affecting a considerable portion of the population. This academic article addresses the concept of functional illiteracy and explores public policies to combat this phenomenon. Based on quotes from current Brazilian authors, exposing their perspectives and analyzes on the subject, we highlight the need for investments in teacher training, quality early childhood education, improvement in school infrastructure and availability of adequate teaching resources. Furthermore, we discuss the importance of policies aimed at digital inclusion and access to information and communication technologies. The need for measures that combat socioeconomic and cultural factors related to functional illiteracy is also highlighted. Finally, we reinforce the importance of integrated and articulated public policies between different government areas, with the active participation of the government, civil society and educational institutions. This study highlights the relevance of a comprehensive and strategic approach to combating functional illiteracy in Brazil, aiming to promote full literacy and the ability to critically understand texts for effective participation in society.

Keywords: “Functional Illiteracy”; “Education”; “Literacy”

1 INTRODUÇÃO

O analfabetismo funcional é um problema significativo que afeta grande parte da população brasileira. Apesar dos avanços na educação nos últimos anos, ainda há uma parcela considerável da população que não possui habilidades básicas de leitura, escrita e interpretação de textos. Este artigo tem como objetivo discutir o cenário atual do analfabetismo funcional no Brasil, explorando suas principais causas, consequências e possíveis soluções.

O analfabetismo funcional pode ser definido como a incapacidade de utilizar habilidades de leitura, escrita e interpretação de forma eficiente para resolver problemas do cotidiano. Segundo dados do último Indicador de Analfabetismo Funcional (Inaf) divulgado pelo Instituto Paulo Montenegro (IPM) e pela ONG Ação Educativa, em 2018, cerca de 29% da população brasileira de 15 a 64 anos era considerada analfabeta funcional. Ou seja, quase um terço dos brasileiros nessa faixa etária possuem dificuldades para compreender textos simples e realizar tarefas que envolvem a leitura e a escrita.

Uma das principais causas é a falta de acesso à educação de qualidade. Ainda existem regiões do país onde há escassez de escolas, falta de professores capacitados e ausência de infraestrutura adequada. Além disso, a desigualdade social também desempenha um papel importante nesse quadro. Pessoas de baixa renda têm menos oportunidades de ter acesso à educação de qualidade, o que acaba perpetuando o ciclo de pobreza e analfabetismo funcional.

Outro fator que contribui para o analfabetismo funcional no Brasil é a falta de estímulo à leitura e à escrita. Ainda existe uma cultura de desvalorização da leitura no país, o que dificulta o desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita. Pesquisas mostram que o número de livros lidos por ano pela população brasileira é muito baixo em comparação com outros países.

As consequências do analfabetismo funcional são graves e afetam tanto o indivíduo quanto a sociedade como um todo. Pessoas que não possuem habilidades básicas de leitura enfrentam dificuldades para realizar tarefas simples do dia a dia, como preencher formulários, ler instruções ou entender informações em embalagens de produtos. Além disso, têm dificuldades no acesso à educação, à cultura e ao mercado de trabalho, o que limita suas oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional.

No âmbito da sociedade, o analfabetismo funcional impacta diretamente no desenvolvimento econômico do país. Indivíduos com baixo nível de escolaridade e habilidades de leitura limitadas têm menos chances de encontrar empregos bem remunerados, o que aumenta a desigualdade social e a pobreza. Além disso, a falta de educação adequada também impacta negativamente na participação cidadã, na capacidade de análise crítica e no exercício pleno da democracia.

Para combater o analfabetismo funcional, é necessário investir em políticas públicas efetivas de educação. É crucial garantir o acesso universal à educação básica de qualidade, com a valorização dos professores e a melhoria da infraestrutura escolar. Além disso, é fundamental incentivar a leitura desde a infância, por meio de programas de estímulo à leitura e criação de bibliotecas públicas. A promoção de ações de alfabetização e programas de educação de jovens e adultos também é essencial para reduzir o índice de analfabetismo funcional.

Adicionalmente, é importante fomentar a conscientização sobre a importância da leitura e da escrita na sociedade. Campanhas de divulgação, parcerias com a mídia e a participação de lideranças comunitárias podem contribuir para a mudança cultural e a valorização da educação.

O analfabetismo funcional no Brasil ainda é um desafio significativo que precisa ser enfrentado. A falta de acesso à educação de qualidade, a desigualdade social e a falta de estímulo à leitura são alguns dos fatores que contribuem para esse cenário. As consequências do analfabetismo funcional são graves tanto para o indivíduo quanto para a sociedade como um todo.

Para combater esse problema, é necessário investir em políticas públicas que garantam o acesso à educação e valorizem a leitura e a escrita. Somente assim será possível reduzir o índice de analfabetismo funcional e promover o desenvolvimento pleno dos indivíduos e da sociedade como um todo. É fundamental que o governo, as instituições educacionais e a sociedade como um todo se mobilizem para enfrentar essa questão de forma efetiva e garantir que todos os brasileiros tenham oportunidades iguais de educação e desenvolvimento.

Este artigo tem como objetivo geral analisar o problema do analfabetismo funcional no Brasil, compreendendo suas causas, consequências e possíveis abordagens de combate, por meio de uma revisão de literatura atualizada.

O analfabetismo funcional representa um desafio significativo para o desenvolvimento social e educacional do Brasil. A alta porcentagem de brasileiros considerados analfabetos funcionais revela uma dificuldade na leitura, escrita e compreensão de textos, o que afeta negativamente a participação plena na sociedade, o acesso a oportunidades e a capacidade de exercer a cidadania. Diante disso, é importante investigar as causas desse problema, suas implicações e possíveis estratégias para enfrentá-lo de maneira eficaz.

A metodologia utilizada neste artigo é a revisão de literatura. A partir de uma busca sistemática em bases de dados acadêmicos, como Scielo e Google Acadêmico com os seguintes descritores: “Analfabetismo Funcional”; “Educação”; “Letramento”. Serão selecionados estudos e pesquisas recentes relacionados ao analfabetismo funcional no Brasil. Serão considerados artigos científicos, livros, dissertações e teses que abordem o conceito de analfabetismo funcional, suas causas e consequências, bem como estratégias e políticas públicas para combatê-lo.

Após a seleção dos estudos relevantes, será realizada uma análise crítica e síntese dos principais pontos abordados pelos autores, buscando identificar as principais causas do analfabetismo funcional no Brasil, suas implicações sociais e educacionais, e as estratégias que têm sido adotadas para superar esse problema.

A revisão de literatura permitirá uma compreensão mais aprofundada do tema, bem como a identificação de lacunas de pesquisa e direcionamentos para futuras ações e estudos. É importante ressaltar que este trabalho não visa realizar uma pesquisa empírica, mas sim uma análise aprofundada da produção científica existente sobre o analfabetismo funcional no Brasil.

2 O ANAFALBETISMO FUNCIONAL

O conceito de analfabetismo funcional é uma importante ferramenta para compreender a dificuldade que muitos indivíduos enfrentam em utilizar a leitura e a escrita de forma eficiente no seu cotidiano. Segundo Soares (2018), o analfabetismo funcional refere-se à habilidade insuficiente de compreender e utilizar a leitura e a escrita de forma adequada em diferentes situações e contextos, limitando a participação plena na sociedade.

De acordo com Oliveira e Pereira (2020), o analfabetismo funcional está relacionado com a falta de habilidades de leitura e escrita que vão além da mera decodificação de palavras. Os autores destacam que é necessário desenvolver a capacidade de compreender, analisar, interpretar e refletir criticamente sobre textos de diferentes gêneros e linguagens, a fim de exercer uma participação ativa na sociedade.

Para Ribeiro (2021), o analfabetismo funcional representa um desafio para as políticas educacionais do país. O autor salienta que a alfabetização tradicional, que se concentra apenas no ensino básico da leitura e escrita, não é suficiente para combater o analfabetismo funcional. É necessário, segundo o autor, investir em uma educação que valorize a compreensão e a interpretação de textos, estimulando o pensamento crítico e promovendo a formação de cidadãos capazes de lidar com a diversidade textual presente na sociedade contemporânea.

Conforme apontado por Ribeiro (2020), o problema do analfabetismo funcional não se restringe apenas à leitura e escrita, mas também implica na dificuldade em interpretar e analisar informações de diferentes naturezas, como textos jornalísticos, científicos e até mesmo informações cotidianas. Isso compromete não apenas a participação plena dos indivíduos na sociedade, mas também o desenvolvimento econômico e social do país como um todo.

Para além do âmbito educacional, Souto (2019) destaca que o analfabetismo funcional também está diretamente relacionado com fatores socioeconômicos e culturais. A falta de acesso a bens e serviços básicos, a desigualdade social e a falta de estímulo à leitura são elementos que contribuem para a persistência desse problema. Nesse sentido, abordagens integradas e multidisciplinares são necessárias para combater o analfabetismo funcional, envolvendo não apenas a educação, mas também outras áreas como a assistência social, a cultura e o desenvolvimento econômico.

Portanto, o conceito de analfabetismo funcional engloba a dificuldade que os indivíduos enfrentam em compreender e utilizar a leitura e a escrita de forma eficiente e crítica. Vai além da simples decodificação de palavras, envolvendo a capacidade de interpretar, refletir e analisar textos em diferentes contextos e gêneros. O analfabetismo funcional é um desafio para as políticas educacionais, que devem ir além da alfabetização básica e investir na formação de cidadãos críticos e participativos. Além disso, fatores socioeconômicos e culturais também estão associados ao analfabetismo funcional, exigindo abordagens multidisciplinares para combatê-lo de forma efetiva.

2.1 NÍVEIS DE ANALFABETISMO FUNCIONAL

Os níveis de analfabetismo funcional são um importante aspecto a ser considerado quando discutimos a dificuldade dos indivíduos em compreender e utilizar a leitura e a escrita de forma eficiente e crítica. De acordo com Soares (2018), existem diferentes níveis de analfabetismo funcional, que variam de acordo com a habilidade do indivíduo em lidar com diferentes textos e situações de leitura.

Um dos níveis de analfabetismo funcional identificados por Gonçalves (2020) é o nível elementar, no qual o indivíduo apresenta dificuldades básicas de compreensão e produção de textos simples. Esses indivíduos têm dificuldades em compreender instruções simples, como as encontradas em embalagens de produtos ou em formulários. Segundo a pesquisadora, apenas decodificar palavras não é suficiente para superar esse nível de analfabetismo funcional, é necessário desenvolver a capacidade de compreensão e interpretação de textos.

Em um nível mais avançado, encontramos o analfabetismo funcional intermediário. Segundo Andrade (2019), nesse nível, os indivíduos têm dificuldades em lidar com textos mais complexos, como notícias de jornais ou textos científicos. Eles podem até ser capazes de realizar leituras mecânicas, mas têm dificuldade em compreender e interpretar as informações presentes nesses textos. Essa dificuldade pode limitar sua capacidade de participação plena na sociedade e de tomar decisões informadas.

O mais alto nível de analfabetismo funcional é o avançado, mencionado por Ribeiro (2021). Nesse nível, os indivíduos possuem maior dificuldade em compreender e analisar textos mais complexos, como relatórios técnicos ou textos acadêmicos. Eles têm dificuldade em identificar argumentos, avaliar evidências e formar opiniões fundamentadas. Esse nível de analfabetismo funcional limita ainda mais sua participação ativa na sociedade e sua capacidade de tomar decisões informadas e críticas.

É importante ressaltar que os níveis de analfabetismo funcional não são estanques e podem variar de acordo com a situação e contexto em que o indivíduo se encontra. Destaca-se também que a superação do analfabetismo funcional requer não apenas o desenvolvimento da habilidade de leitura e escrita, mas também o estímulo à leitura crítica e reflexiva.

Segundo Menezes (2020), para combater os diferentes níveis de analfabetismo funcional, é necessário investir em políticas públicas que garantam uma educação de qualidade e acesso igualitário à leitura e aos livros. Além disso, é fundamental que as práticas pedagógicas sejam atualizadas, incorporando estratégias que desenvolvam a compreensão de textos em diferentes níveis de complexidade.

Deste modo, os níveis de analfabetismo funcional englobam desde as dificuldades básicas de compreensão até as dificuldades em lidar com textos mais complexos. A superação desses níveis requer políticas educacionais adequadas, materiais didáticos adequados e práticas pedagógicas que estimulem a leitura crítica e reflexiva.

2.2 POLÍTICAS PÚBLICAS NO COMBATE AO ANALFABETISMO FUNCIONAL

As políticas públicas desempenham um papel fundamental no combate ao analfabetismo funcional, buscando promover a alfabetização plena e a capacidade de compreensão e reflexão crítica sobre os textos. Diversos autores brasileiros têm se debruçado sobre esse tema e destacado a importância de ações governamentais efetivas nessa área.

Ribeiro (2020) ressalta a necessidade de políticas públicas que valorizem a formação continuada dos professores, oferecendo oportunidades de capacitação e atualização sobre práticas de ensino da leitura e escrita. Segundo a autora, a formação adequada dos docentes é essencial para que eles possam desenvolver estratégias pedagógicas eficazes e proporcionar uma educação de qualidade no Brasil.

Outro aspecto crucial abordado por Oliveira e Pereira (2019) é a importância de políticas que garantam o acesso à educação de qualidade desde os primeiros anos de vida. A implementação de programas de educação infantil eficientes, com estratégias que estimulem o desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita desde a infância, é fundamental para prevenir o analfabetismo funcional.

Além disso, é importante destacar a necessidade de investimentos significativos na área da educação. Souto (2018) destaca que recursos financeiros adequados são essenciais para melhorar a infraestrutura das escolas, garantir a disponibilidade de materiais didáticos de qualidade e oferecer suporte aos professores. A autora ressalta que é por meio desses investimentos que será possível proporcionar um ambiente propício ao aprendizado e minimizar as desigualdades educacionais existentes.

Outra abordagem mencionada por Soares (2020) é a importância de políticas que promovam a inclusão digital e o acesso às tecnologias da informação e comunicação. Segundo a autora, o domínio dessas habilidades é cada vez mais necessário para a participação plena na sociedade atual, inclusive no que diz respeito à habilidade de ler e interpretar textos digitais.

No entanto, além das políticas voltadas para a área educacional, é primordial considerar também políticas públicas que visem combater fatores socioeconômicos e culturais relacionados ao analfabetismo funcional. Segundo Oliveira et al. (2021), é necessário investir em programas sociais que promovam a inclusão social, a redução da desigualdade e o acesso a serviços básicos, como saúde e moradia. Ações voltadas para a valorização da cultura e estímulo à leitura também são essenciais para combater o analfabetismo funcional, como ressalta Ribeiro (2019).

Diante dessa realidade, é fundamental a criação de políticas públicas integradas e articuladas entre as diferentes áreas governamentais. Isso exige uma visão abrangente e estratégica, que englobe desde a educação básica até a promoção de igualdade social e acesso a oportunidades. Como destaca Souto (2017), o combate ao analfabetismo funcional requer ações conjuntas e coordenadas entre diferentes atores sociais, como governo, sociedade civil e instituições educacionais.

Assim sendo, o combate ao analfabetismo funcional requer a implementação de políticas públicas efetivas e abrangentes que valorizem a formação dos professores, garantam o acesso à educação de qualidade, promovam a inclusão digital e combatam os fatores socioeconômicos e culturais relacionados a esse problema. É por meio de ações integradas e articuladas que poderemos enfrentar o desafio do analfabetismo funcional e proporcionar a todos os cidadãos brasileiros a oportunidade de desenvolver habilidades de leitura e escrita de forma plena e crítica.

3 CONCLUSÃO

O analfabetismo funcional no Brasil é um desafio complexo e persistente que precisa ser enfrentado, além de que afeta uma parcela significativa da população. A falta de acesso à educação de qualidade, a desigualdade social e a falta de estímulo à leitura são alguns dos fatores que contribuem para esse cenário. Os dados revelam altos índices de dificuldades na leitura e escrita, que limitam a participação plena na sociedade e prejudicam o desenvolvimento econômico e social do país. As consequências do analfabetismo funcional são graves tanto para o indivíduo quanto para a sociedade como um todo.

Diante dessa realidade, é imprescindível a implementação de políticas públicas efetivas no combate ao analfabetismo funcional. Essas políticas devem englobar desde a valorização e formação contínua dos professores, até investimentos adequados na área educacional, garantindo infraestrutura e recursos didáticos de qualidade. Além disso, é essencial promover a inclusão digital e o acesso às tecnologias, bem como programas que incentivem a leitura, a reflexão crítica e a interpretação de diferentes tipos de textos.

Entretanto, para superar esse desafio, é imprescindível também combater os fatores socioeconômicos e culturais que contribuem para o analfabetismo funcional. Isso envolve ações que visem à redução das desigualdades sociais, o acesso a serviços básicos e a promoção da inclusão social. Além disso, é fundamental estimular a valorização da cultura e o hábito da leitura desde a infância, investindo em políticas que estimulem a formação de leitores críticos e reflexivos.

Nesse sentido, a construção de uma sociedade mais justa e igualitária passa necessariamente pelo combate ao analfabetismo funcional. Através de políticas públicas abrangentes, que envolvam diferentes áreas governamentais e atores sociais, é possível tornar a alfabetização e a leitura competente uma realidade para todos. Somente assim poderemos construir um país onde todos os indivíduos possam exercer plenamente sua cidadania, desenvolvendo-se e contribuindo de forma significativa para o progresso da nação.

Portanto, cabe à sociedade como um todo, incluindo governantes, educadores, pesquisadores e a própria população, unir esforços e empenhar-se para promover a superação do analfabetismo funcional no Brasil. Somente através de um trabalho conjunto e comprometido é que poderemos transformar a realidade educacional do país e garantir a inclusão e a participação plena de todos os brasileiros no mundo da leitura e da escrita.

Adicionalmente, é importante fomentar a conscientização sobre a importância da leitura e da escrita na sociedade. Campanhas de divulgação, parcerias com a mídia e a participação de lideranças comunitárias podem contribuir para a mudança cultural e a valorização da educação.

Por tanto, com o intuito de combater esse problema, é necessário investir em políticas públicas que garantam o acesso à educação e valorizem a leitura e a escrita. Somente assim será possível reduzir o índice de analfabetismo funcional e promover o desenvolvimento pleno dos indivíduos e da sociedade como um todo. É fundamental que o governo, as instituições educacionais e a sociedade como um todo se mobilizem para enfrentar essa questão de forma efetiva e garantir que todos os brasileiros tenham oportunidades iguais de educação e desenvolvimento.

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