EFEITO DE DENSIDADE POPULACIONAL NA SOJA (GLYCINE MAX)

EFFECT OF POPULATION DENSITY ON SOYBEANS (GLYCINE MAX)

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10140474


Marcos Winicius Fonseca Moraes1
Emanuel Ferreira Silveira Tavares2
Thaíse Almeida da Mata3
Lucas Roberto de Carvalho4


RESUMO

O presente estudo teve como objetivo avaliar o crescimento e as características agronômicas da cultura da soja. O ensaio experimental foi realizado em uma fazenda do município de São Luís de Montes Belos – GO, que não foi identificada em razão ética. A cultivar utilizada foi a MARACAÍ 77HO110 IPRO. O delineamento utilizado foi de blocos casualizados (DBC) composto por cinco tratamentos, com quatro repetições por tratamento, totalizando vinte parcelas experimentais. Quanto aos tratamentos citados foram: T1= 5 plantas por metro; T2 = 10 plantas por metro; T3= 15 plantas por metro; T4= 20 plantas por metro; e T5 =25 plantas por metro. As parcelas foram plantadas com 6 linhas de 7 metros, com espaçamento entre linhas de 0,50 cm, totalizando 21 metros quadrados por parcela, cujo plantio ocorreu em 2 de novembro de 2022 e a colheita em 28 de fevereiro de 2023. Foi possível considerar que a altura máxima das plantas foi obtida por T4 e T5, quanto ao número de vagens, os melhores resultados (com maior quantidade) foi obtido em T1, o mesmo ocorreu com o número de sementes (maior número de sementes obtido em T1), ambos com resultado decrescentes, quanto a variável 1000 grãos os valores oscilaram, sendo o melhor resultado em T2. Observa-se que a menor quantidade de plantas por metro é favorável e eleva sua produtividade, o que se deve ao fato de que o arranjo com muitas plantas pode afetar o número de vagens ou sementes uma vez que as plantas começam a competir entre si pelos recursos do ambiente como água, luz e nutrientes, quanto maior o número de plantas menor a quantidade de nutrientes disponíveis para cada uma delas. 

Palavras-chave: MARACAÍ 77HO110 IPRO. Semeadura. Produtividade. Grãos. Vagens.

ABSTRACT

The present study aimed to evaluate the growth and agronomic characteristics of the soybean crop. soybean culture. The experimental test was carried out at the Fazenda condominium Sete Lagoas, in the municipality São Luís de Montes Belos – GO. The cultivar used was MARACAÍ 77HO110 IPRO. The design used was randomized blocks (DBC) consisting of five treatments, with four replications per treatment, totaling twenty experimental plots. As for the mentioned treatments, they were: T1= 5 plants per meter; T2 = 10 plants per meter; T3= 15 plants per meter; T4= 20 plants per meter; and T5 =25 plants per meter. The plots were planted with 6 rows of 7 meters, with spacing between rows of 0.50 cm, totaling 21 square meters per plot, whose planting took place on November 2, 2022 and the harvest on February 28, 2023. possible to consider that the maximum height of the plants was obtained by T4 and T5, regarding the number of pods, the best results (with greater quantity) were obtained in T1, the same occurred with the number of seeds (greater number of seeds obtained in T1), both with decreasing results, as for the variable 1000 grains, the values fluctuated, with the best result in T2. It is observed that the smaller number of plants per meter is favorable and increases its productivity, which is due to the fact that the arrangement with many plants can affect the number of pods or seeds once the plants start to compete between each other. by environmental resources such as water, light and nutrients, the greater the number of plants the smaller the amount of nutrients available for each one of them.

Keywords: MARACAÍ 77HO110 IPRO. Seeding. Productivity. Grains. Green beans.

1. INTRODUÇÃO

O agronegócio é hoje uma das áreas econômicas de maior importância para a economia, representando uma grande fatia de rendimentos, para o país, representando aproximadamente 1/4 do PIB nacional, o setor tem recebido incentivos devido ao impulso do setor econômico, contribuindo com a geração de empregos e capital de giro nas regiões em que é explorada, sendo foco de estudos de economistas e demais especialistas como engenheiros agrônomos, administradores, entre outros que visam a otimização desse setor, sendo a identificação do potencial de rendimento essencial para que os agricultores definam o que irão produzir e no que investir (STEFANELLO, 2016). 

Há uma constante busca por aumento da produtividade das lavouras, e para tal são necessários investimentos do produtor em tecnologias, é preciso buscar informação, obter uma assistência técnica de qualidade, além de boa gestão da propriedade rural, bem como o cuidado com o preparo do solo e planejamento das culturas anuais. 

A soja (Glycine max (L.) Merrill) tem como centro de origem o continente asiático, mais precisamente na região da China Antiga, sendo conhecida como fonte de óleo, e abrange aproximadamente 15 espécies (Rocha, 2009). Apesar de ser uma cultura milenar, esta cultura ganhou destaque econômico apenas a partir da segunda guerra mundial, no século XX, onde o cultivo em larga escala estaria ligado à produção de carne intensiva, sendo como ração animal, sendo considerada a oleaginosa mais importante é cultivada no mundo, com papel socioeconômico relevante em virtude da crescente necessidade por óleo e proteína, registrado como uma commodity graças a padronização e a comercialização significativa interna e externa, na atualidade 90% da soja produzida é esmagada (Marion, 2014). 

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB, 2019), o Brasil é o segundo maior produtor de soja, com produção estimada de 3291 kg ha -1 na safra de 2019/20, sendo a principal commodity agrícola do país, a relevância econômica da cultura pode ser devido ao fato de seus grãos apresentarem alto teor de lipídeos e proteínas, tornando-a principal matéria prima para a produção de farelo para agroindústria, além de ser usado para produção de derivados para a alimentação humana, para a ração animal, além de ser usada para óleo vegetal e biocombustíveis (Costa; Santana, 2013).

Ainda de acordo com a CONAB (2019), a produção mundial de soja em  2018/2019 foi de aproximadamente 116,50 milhões de toneladas, dentre os quais o Brasil ocupa a posição de segundo maior produtor mundial desta, sendo superada somente pelos Estados Unidos com produção de 123,66 milhões de toneladas no mesmo ano. O Brasil é ainda o maior exportador de soja em grãos do mundo (44,68% de todas as exportações mundiais).

O Brasil é um dos maiores produtores de soja, com uma área plantada de 36,8 milhões de hectares e produção recorde de 120,4 milhões de toneladas, na safra 2019/2020, a área plantada com a cultura aumentou 2,7% em relação à última safra, e a produção teve um aumento de 4,7% (Conab, 2020).

O Brasil vem se destacando no crescimento no comércio internacional do agronegócio, consolidando sua posição como um dos maiores produtores e exportadores de alimentos para mais de 200 países.  O país destaca-se na produção e exportação de inúmeros produtos agropecuários com grande potencial de crescimento, onde a cultura da soja representa nosso principal produto (BRASIL, 2013). 

O presente estudo tem como problemática: “Quais os possíveis efeitos positivos são possíveis obter e quais os modos de manejo adequado e mais eficientes para ampliar a densidade populacional e a produtividade na cultura da soja?”.

A produtividade de uma cultura de soja (Glycine Max) leva em consideração o entrosamento entre a planta, ambiente de produção e o manejo utilizado. Quando cita-se o manejo, a densidade de planta é um fator que atua de forma direta no rendimento da cultura, isso porque a densidade de plantas influencia no crescimento e no desenvolvimento das culturas, alterando a disponibilidade dos recursos água, luz e nutrientes.

De acordo com a Embrapa (2021) quanto a produtividade da soja em números (safra 2020/21), a produção mundial chegou a 362,947 milhões de toneladas sobre a área plantada de 127,842 milhões de hectares, já no Brasil (maior produtor mundial do grão), a produção alcançou 135,409 milhões de toneladas do total de 38,502 milhões de hectares plantados, sendo a produtividade 3.517 kg/ha, o estado de Goiás é o quarto produtor do grão no país em 2021 (de acordo com dados levantado até maio de 2021), perdendo para o Mato Grosso (maior produtor brasileiro de soja – Produção: 35,947 milhões de toneladas), Paraná (Produção: 19,872 milhões de toneladas) e Rio Grande do Sul (Produção: 20,164 milhões de toneladas), o estado goiano produziu 13,720 milhões de toneladas no período com uma área plantada de 3,694 milhões de hectares e produtividade de 3.714 Kg/ha. (EMBRAPA, 2021).

A densidade das plantas exerce influência nos parâmetros agronômicos devido ao arranjo com muitas plantas, devido a limitação do acesso aos nutrientes básicos necessários para o seu desenvolvimento, assim, uma quantidade grande de plantas pode afetar o número de vagens ou sementes devido a competição entre si pelos recursos do ambiente (nutrientes) disponíveis no solo (EMBRAPA, 2015). 

É relevante que se comprove quanto a melhor e mais eficaz forma de manejo de forma equilibrada maior a densidade produtiva da cultura da soja. Assim, o presente estudo tem por objetivo abordar o manejo adequado a ser aplicado na cultura da soja para garantir maior densidade e produtividade.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 A cultura da soja

No Brasil os primeiros relatos de cultivo de soja datam de 1882 na Bahia, porém, registros mais enfáticos datam de uma inserção por parte dos imigrantes japoneses em 1908 (Matos, 2004).

Somente a partir da década de 1970 que sua produção foi expandida para a Região Sul do país onde o clima era considerado mais favorável, para a região dos cerrados onde se consolidou e sua produção foi ampliada em quase 7 vezes em quarenta anos e a área de cultivo foi aumentada em quatro vezes graças a políticas governamentais agressivas de subsídios è agricultura e a exportação (Matos, 2004). 

A soja que hoje se cultiva é muito diferente dos seus ancestrais que eram plantas rasteiras que se desenvolviam na costa leste da Ásia. Sua evolução começou com o surgimento das plantas oriundas de cruzamento natural entre duas espécies de sojas selvagens que foram melhoradas por cientistas da antiga China. No Brasil, a cultura destaca-se como principal produto agrícola e sua expansão é contínua (EMBRAPA, 2013).

A soja (G. max) é a principal cultura cultivada no Brasil, sendo muito importante para a economia do país. Essa oleaginosa é considerada matéria prima indispensável na agroindústria e a sua utilização é tanto na alimentação humana quanto animal. Existem vários fatores que interferem na produção de soja no país, ocasionando grandes prejuízos, destacando-se as pragas da cultura (Marion, 2014). 

Com todo esse crescimento Cabrera (2012) ressaltou que a produção de soja no Brasil determinou uma cadeia de mudanças sem antecedentes na história do país, pois a soja foi a grande responsável pela expansão da fronteira agrícola do Brasil e pela sua aceleração na urbanização, assim como pela interiorização da população brasileira, essencialmente concentrada no sul, sudeste e litoral do país. Considerando a relevância desta na atualidade, compreende-se a necessidade de buscar meios de torná-la mais produtiva e reduzir as perdas no processo do cultivo.

2.2 Fatores que afetam a produtividade

Quanto aos fatores que influenciam sua produtividade estão as condições de fotoperíodo (horas de luz por dia), temperatura (sendo a temperatura ideal em torno de 30ºC) e umidade e também o manejo de cultura que expressam o  melhor desempenho agronômico da soja (Nogueira; Sediyama; Gomes, 2015).

Esta cultura ainda requer programas de melhoramento visando adaptar as regiões de baixa latitude e garantir maior produtividade e resistência a estresse, doenças e pragas, além da temperaturas e acidez excessiva no solo (Nogueira; Sediyama; Gomes, 2015).

De acordo com a EMBRAPA (2015), o ajuste da densidade de plantas é uma prática de manejo relevante para a cultura da soja, pois, permite maximizar a produtividade de grãos e minimizar os custos com sementes. O principal mecanismo de compensação da baixa quantidade de plantas por área são as quantidades de vagens por planta (ramos e haste), e a quantidade de grãos por vagem e a massa de grãos embora menos influenciados. A alta densidade além da faixa indicada é uma prática desnecessária, visto que confere ganhos significativos de produtividade, pelo contrário, pode levar ao acampamento de plantas e eleva o custo de produção na medida devido ao  preço das sementes. 

2.3 Cultivar MARACAÍ 77HO110 IPRO

A escolha da cultivar MARACAÍ 77HO110 IPRO se deu pelo potencial produtivo da mesma, com alta fertilidade que apresenta ampla resistência aos nematoides de cisto, Meloidogyne javanica e Meloidogyne incognita, alto potencial produtivo, e é flexível com relação aos métodos de plantio, tem como características hábitos indeterminados de crescimento, flores roxas, uma média de altura de 82 cm e pubescência cinza (ANDRADE, 2018). 

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Preparo da área experimental 

O ensaio foi realizado em uma Fazenda do condomínio de São Luís de Montes Belos – GO. O ensaio foi implantado em novembro da safra 2022\2023. Realizou-se plantio direto sobre a palha do milho. Quanto aos insumos aplicados, foram eles o Solunat L-Brasiliense; Solunat L-J Ampligo, Maxim XL, Initiate Soy, entre outros, visando o controle de doenças e pragas conforme padrão da fazenda. A cultivar foi a MARACAÍ 77HO110 IPRO.

3.2 Delineamento experimental e montagem do experimento

O delineamento utilizado foi o de blocos casualizados (DBC) composto por cinco tratamentos, com quatro repetições por tratamento, totalizando vinte parcelas experimentais. O experimento foi composto de cinco tratamentos citados a seguir: 5 plantas por metro; 10 plantas por metro; 15 plantas por metro; 20 plantas por metro ; 25 plantas por metro. As parcelas foram plantadas com 6 linhas de 7 metros, com espaçamento entrelinhas de 0,50 cm, totalizando 21 metros quadrados por parcela, cujo plantio ocorreu em 2 de novembro de 2022 e a colheita em 28 de fevereiro de 2023 

3.3 Amostragem

Em cada parcela foram amostrados visualmente toda a planta, considerando-se aleatoriamente 20 plantas respectivamente. 

3.4 Análise dos dados 

O estudo da flutuação populacional foi obtido com o número médio de altura das plantas, vagens por planta, quantidade de sementes e peso por 1000 sementes. Os dados foram utilizados para a confecção de gráficos visando demonstrar a flutuação dos quesitos analisados por meio da análise de regressão múltipla com seleção de variáveis pelo método “stepwise” (DRAPER; SMITH, 1981), realizada pelo software Agroestat.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Quanto a altura das plantas, observa-se que as plantas apresentaram maior crescimento conforme se aumenta a quantidade de plantas por m², resultado diferente do observado por Spies (2019), que a análise estatística em relação à altura de plantas, não houve diferença significativa entre as diferentes densidades de semeadura pesquisadas.

O primeiro parâmetro analisado foi a avaliação da altura de plantas, onde foi mensurada a altura, com auxílio de uma trena, dez plantas aleatórias na linha quatro de cada parcela: 

Figura 1 – Efeitos dos tratamentos na altura das plantas.

Dos próprios autores (2023).

Para produtividade, verificou-se efeitos isolados dos fatores, em que a maior produtividade foi obtida com aplicação T1, considerando os fatores número de vagens e grãos.

Figura 2 – Efeitos dos tratamentos na quantidade de vagens.

Dos próprios autores (2023). 

Assim como no estudo de Spies (2019) o número de vagens e grãos por planta variou inversamente à variação da densidade das plantas nas linhas. O mesmo resultado pode ser observado na quantidade de grãos a seguir:

Figura 3 – Efeitos dos tratamentos na quantidade de sementes.

Dos próprios autores (2023). 

Assim, a redução da densidade levou ao aumento no número de vagens e grãos por planta. Esse resultado ainda corrobora com os de Heiffig et al. (2005) e Tourino, Resende e Salvador (2002) onde quanto menor o número de plantas por metro linear maior o resultado de vagens e grãos.

Trevisan et al. (2021) observaram que houve diferença de características de solo e densidade de semeadura em relação à produtividade de grãos. Ramos Júnior; Ramos e Bulhões (2019) afirmaram que a densidade de semeadura é amplamente estudada para a soja, com o intuito de definir a melhor população de plantas para cada tipo de cultivar, pois, a população de plantas interfere expressivamente sua arquitetura e componentes produtivos e na produtividade de grãos da cultura, porém, seu estudo não conseguiu estabelecer qual a população que possibilita maiores ganhos em rendimento, embora os resultados confirmaram as inferências sobre o comportamento de duas cultivares com diferentes hábitos de crescimento.

Figura 4 – Efeitos dos tratamentos sobre o peso de 1000 grãos.

Dos próprios autores (2023). 

Quanto ao peso de mil grãos, observou-se algumas oscilações, onde o peso maior foi observado em T2, e o menor em T3, sendo T1 e T4 aproximados e T5 segundo maior peso abaixo de T2, assim, nem a menor nem a maior quantidade de apresentou resultado significativo.

Resultado semelhante ao de Spies et al. (2019) que ao analisar o peso de mil sementes e observou diferença significativa, o que se deve a relação com a plasticidade da cultura da soja e sua adaptação às diferentes densidades de semeadura.

Balbinot Junior et al. (2015) observou resultados diferentes em duas safras consecutivas, 2013/2014 e 2014/2015 onde não foi observado a influência da densidade de plantas sobre a massa de grãos. O que pode se justificar por fatores como a genética das plantas, fatores climáticos, precipitações regulares no período de enchimento de grãos, bem como pelo correto manejo fitossanitário.

Figura 5 – Efeitos principais dos tratamentos nas plantas.

Dos próprios autores (2023). 

Em uma análise geral dos efeitos do tratamento observa-se que a menor densidade foi positiva para a produtividade da soja, o que se assemelha aos resultados de Balbinot Junior et al. (2015), que considerou o custo e a produtividade como fatores negativos para manter um amplo arranjo delas por m², visto que altas densidades de plantas podem promover o acamamento da cultura, dificultar a colheita e gerar perdas significativas ao final do processo produtivo. Resultado semelhante foi encontrado por Abu Ali e Loureiro (2016) em uma das cultivares analisadas em seu estudo.

CONCLUSÃO

A altura máxima das plantas foi obtida por T4 e T5, quanto ao número de vagens, os melhores resultados (com maior quantidade) foi obtido em T1, o mesmo ocorreu com o número de sementes (maior número de sementes obtido em T1), ambos com resultado decrescentes, quanto a variável 1000 grãos os valores oscilaram, sendo o melhor resultado em T2. 

Conclui-se que a menor quantidade de plantas por metro é fator chave para o alcance do máximo potencial produtivo nos mais variados tipos de cultivares, sendo a menor densidade ainda favorável e capaz de elevar sua produtividade, o que se deve ao fato de que o arranjo com muitas plantas pode afetar o número de vagens ou sementes uma vez que as plantas começam a competir entre si pelos recursos do ambiente como água, luz e nutrientes, quanto maior o número de plantas menor a quantidade de nutrientes disponíveis para cada uma delas. 

Sugestão/exemplo – Para a cultivar MARACAÍ 77HO110 IPRO, nas condições em que foram realizadas este experimento, conclui-se que o aumento da densidade de semeadura é prejudicial ao desenvolvimento e rendimento da cultivar. 

O aumento da densidade de semeadura, de maneira geral, aumenta a altura das plantas, mas reduz significativamente o número de vagens por plantas, e consequentemente, a produtividade. 

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1Acadêmico do curso de Agronomia do Centro Universitário Unibrasília de Goiás. E-mail: markus008vinicius@gmail.com
2Acadêmico do curso de Agronomia do Centro Universitário Unibrasília de Goiás. emanufstavares@gmail.com
3Co-autora, thaisealmeidarv@gmail.com
4Professor, orientador, Engenheiro Agronômo, Mestre em Engenharia Agrícola pela Universidade Estadual de Goiás. E-mail: lucas.carvalho@brasiliaeducacional.com