A IMPORTÂNCIA DA NATAÇÃO APLICADA NAS FASES DE DESENVOLVIMENTO DA PRIMEIRA INFÂNCIA 

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10138509


Adriely Cunha de Souza1;
Ana Karolina Reis Ferreira1;
Elôane de Castro Amorim1;
Hendellen Moreira Serpa da Silva1;
Elvis Geanderson Lima do Vale2.


Resumo: O período compreendido entre o nascimento e os 3 anos de idade, conhecido como primeira infância, caracteriza-se por um ritmo de desenvolvimento muito rápido. À medida que os centros cerebrais superiores assumem o controle motor, a atividade reflexa do bebê é suprimida e o bebê começa a se mover voluntariamente, o que também pode ser chamado de movimento primário. A natação é um exercício atlético de movimento na água, praticado por diversas pessoas com diferentes objetivos para melhorar a qualidade de vida, saúde, esporte, lazer e sobrevivência. Neste contexto o objetivo geral deste estudo é identificar os principais benefícios da natação aplicada nas fases de desenvolvimento da primeira infância. Para construção deste trabalho foi adotada como abordagem metodológica de pesquisa bibliográfica e qualitativa. Foram acessadas as seguintes bases de dados: Scielo, Portal da Capes, Google Schoolar e Repositórios de Universidades e Bibliotecas públicas. Através das pesquisas podemos perceber que a prática da natação pode ajudar a prevenir e corrigir problemas de postura e melhorar a aptidão cardiorrespiratória e a coordenação. Além disso, ações voltadas à adaptação ao ambiente líquido proporcionam segurança, trazendo benefícios no desenvolvimento da criança como qualidade do sono, estimulação de apetite e relaxamento. E prevenindo doenças e apresentando a evolução da regulação corporal. Em suma, quanto mais estímulos as crianças forem expostas, maior será sua capacidade de aprender. O desenvolvimento motor beneficia o desenvolvimento emocional e cognitivo. As aulas devem visar a aclimatação da criança aos fluidos, segurança e habilidades básicas, sobrevivência e sustentação.

Palavras-chaves: Natação, Desenvolvimento infantil, Prática Esportiva.

Abstract: The period between birth and 3 years of age, known as early childhood, is characterized by a very rapid pace of development. As the higher brain centers take over motor control, the baby’s reflex activity is suppressed and the baby begins to move voluntarily, which can also be called primary movement. Swimming is an athletic movement exercise in water, practiced by different people with different objectives to improve quality of life, health, sport, leisure and survival. In this context, the general objective of this study is to identify the main benefits of swimming applied in the early childhood development phases. To construct this work, a methodological approach was adopted for bibliographic and qualitative research. The following databases were accessed: Scielo, Capes Portal, Google Schoolar and University Repositories and public libraries. Through research we can see that swimming can help prevent and correct posture problems and improve cardiorespiratory fitness and coordination. Furthermore, actions aimed at adapting to the liquid environment provide safety, bringing benefits to the child’s development such as quality of sleep, appetite stimulation and relaxation. And preventing diseases and presenting the evolution of body regulation. In short, the more stimuli children are exposed to, the greater their ability to learn. Motor development benefits emotional and cognitive development. Classes should aim to acclimatize the child to fluids, safety and basic skills, survival and support.

Keywords: Swimming, Child development, Sports.

1 INTRODUÇÃO

O período compreendido entre o nascimento e os 3 anos de idade, conhecido como primeira infância, caracteriza-se por um ritmo de desenvolvimento muito rápido. À medida que os centros cerebrais superiores assumem o controle motor, a atividade reflexa do bebê é suprimida e o bebê começa a se mover voluntariamente, o que também pode ser chamado de movimento primário. Durante esta fase, o movimento é crucial para o desenvolvimento cognitivo do bebê. A aquisição motora voluntária, embora fixa em sequência, é variável em ritmo, dependendo das restrições individuais, ambientais e da tarefa (SANTOS; FLORES; PEREIRA, 2021).

Durante este período, é importante considerar atividades que estimulem habilidades motoras, e a natação se destaca como uma opção valiosa. A natação é um exercício atlético de movimento na água, praticado por diversas pessoas com diferentes objetivos para melhorar a qualidade de vida, saúde, esporte, lazer e sobrevivência. A natação é um dos melhores exercícios físicos porque trabalha quase todos os músculos e articulações do corpo, além de ajudar na cicatrização e recuperação de lesões. Para as crianças, oferece múltiplos benefícios, incluindo físicos e orgânicos, recreativos, sociais e terapêuticos. (TEIXEIRA et al., 2022).

Nesse contexto, a prática de atividades aquáticas na primeira infância vem evoluindo desde meados dos anos sessenta. Atualmente, a prática da natação tem sido desenvolvida como forma de atividade física para melhorar o desenvolvimento motor, a saúde e a qualidade de vida dos praticantes. Além de promover o desenvolvimento físico, a natação também oferece benefícios psicológicos, como aumento da autoconfiança e sociabilização, tornando-a uma escolha multifacetada para crianças em sua jornada de crescimento e aprendizado. (RODRIGUES; FERREIRA, 2014).

A natação é considerada uma modalidade com pouca restrição, pode ser praticada desde o nascimento até a velhice, e como esporte traz diversos benefícios como: recreação, competição, terapia, segurança, condicionamento corporal ou simplesmente relaxamento.  A natação para bebês teve o seu marco na Austrália em 1939, quando o primeiro artigo sobre o assunto foi publicado (DUARTE, 2019).

No Brasil, as pesquisas relacionadas à natação infantil começaram na década de 60 e foram permeadas de medo e preconceito. A natação infantil é uma modalidade recente, pois a proliferação observada de academias e centros dedicados ao ensino da natação tem levado ao surgimento de aulas específicas para essa faixa etária (SILVA et al. 2021). Dessa maneira, temos a seguinte problemática: Quais os principais benefícios adquiridos na natação aplicada nas fases de desenvolvimento da primeira infância?

A natação é um dos melhores esportes para as crianças, pois elas geralmente têm uma boa relação com a água. O ambiente líquido estimula a participação e novas experiências, pois ao brincar com a água a criança encontra prazer, busca ativamente mudanças nos movimentos, possibilita sua concepção corporal e possibilita a interação com o meio em que vive.

A justificativa para a investigação reside no fato de que a natação é uma atividade física altamente estimulante para crianças de um a três anos, que geralmente recebe apenas estimulação tradicional nessa faixa etária. No entanto, promover o desenvolvimento por meio da natação requer a observação das particularidades de cada criança e faixa etária. Em particular, a primeira infância é considerada o momento em que ocorre o maior desenvolvimento da criança. Neste contexto, tornou-se comum os pais optarem por matricular seus filhos na natação.

Neste contexto o objetivo geral do trabalho é identificar os principais benefícios da natação aplicada nas fases de desenvolvimento da primeira infância. Os objetivos específicos delineados são: explanar os principais aspectos históricos e origem da natação; apresentar as vantagens que a natação propicia no desenvolvimento motor e social da criança e demonstrar os benefícios da natação na primeira infância.

Para compreendermos de forma ampla os resultados deste estudo, o presente trabalho está dividido neste capítulo introdutório, seguindo pelo capítulo 2 (dois) onde apresenta os aspectos fundamentais história da natação, natação e a psicomotricidade e natação praticada na primeira infância. Já no capítulo 3 (três), são expostos metodologia utilizada para coleta de informações. E no capítulo 4 (quatro) são apresentados os resultados e discussão. Finalizando com a considerações finais acerca do trabalho.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 HISTÓRIA DA NATAÇÃO

A história da natação começa nos tempos mais remotos, desde que se tornou uma qualidade física essencial para a sobrevivência do ser humano, seja para encontrar alimento em terra ou para escapar do perigo, e sua evolução. De fato, os antigos eram conhecidos por serem nadadores mestres: no antigo Egito, em 3.000 AC, registra-se que os filhos dos nobres aprendiam a nadar desde cedo (BORGES, 2015).

Na Grécia, a prática da natação tornou-se muito importante, pois promove o desenvolvimento harmonioso do corpo, algo muito valorizado pela sociedade grega. Por exemplo, o filósofo Platão apontou que uma pessoa que não aprendeu a nadar não pode ser considerada educada. Até a primeira polêmica da natação surgiu na civilização grega: os Jogos Ístmicos em homenagem ao deus Poseidon. Já na civilização romana, esta abordagem foi a base para a preparação militar dos soldados imperiais (MELO et al., 2020).

Após um período de declínio na Idade Média, quando se acreditava que a natação era responsável pela propagação de doenças, a história da natação revela outra ascensão do esporte durante o Renascimento: várias piscinas públicas foram construídas em toda a Europa, especialmente em Paris, no reinado de Luís XIV (SILVA, 2019).

No entanto, a história da natação como esporte competitivo começa na Inglaterra na primeira metade do século XIX. Em 1837, o primeiro jogo do esporte foi disputado na cidade de Londres. Desde então, a natação se fortaleceu como um dos esportes mais importantes. Prova disso é o padrão que existe desde os primeiros Jogos Olímpicos modernos, em 1894, fundado pelo barão Pierre de Coubertain. (BORGES, 2015).

O contato humano com meios líquidos é antigo e refere-se muito a história humana. Não está claro como a natação surgiu, seja pela necessidade de encontrar comida ou abrigo, ou por diversão. Existem muitas maneiras de se mover na água, mas na natação clássica existem quatro estilos principais de natação – crawl, costas, peito e borboleta. A natação é uma atividade periódica porque envolve uma série de movimentos repetidos continuamente (BALENSIEFER; NUNES, 2022).

2.2 NATAÇÃO

É uma ferramenta essencial para começar a aprender e melhorar as habilidades motoras mais utilizadas no dia a dia, como resistência, força, flexibilidade, agilidade e velocidade. O meio aquático é visto como uma forma de se conectar ao desenvolvimento de suas potencialidades e descobrir suas limitações, aprender a nadar requer equilíbrio físico e mental pois vários grupos musculares são recrutados de forma dinâmica (BARBOSA, 2022). 

Para Severino et al. (2022), na natação há um estímulo de socialização por meio do qual são oferecidas conquistas de autoconfianças e novas experiências no âmbito sensorial, nas quais as mudanças no espaço devido às mudanças na gravidade no meio líquido dão origem à adaptação e posterior reorganização. A estimulação tátil proporcionada pelo contato água-pele ajuda a aumentar o impacto do corpo e das técnicas de respiração na mente e nas emoções do praticante.

Ainda assim, a água facilita o movimento humano sem esforço, reduz o estresse nas articulações que suportam o peso corporal e contribui para o equilíbrio estático e dinâmico. A água reduz o impacto e a velocidade do movimento, reduzindo assim o risco de qualquer tipo de lesão. Portanto, os benefícios da natação são inúmeros e é um dos programas de exercícios mais completos recomendados pelos médicos, com menos restrições (CRUZ, 2021). 

Seus benefícios incluem a termorregulação desencadeada pelas constantes mudanças na temperatura da água, tornando o corpo resistente às mudanças bruscas de temperatura externa, aumento do metabolismo devido ao esforço do exercício e também à pressão e resistência da água, promovendo o fortalecimento do tecido muscular cardíaco, melhorando assim o sistema circulatório, aumento da capacidade de entrega de oxigênio (APOLINÁRIO et al., 2016).

Quanto aos benefícios psicossociais, o primeiro é a liberdade de movimento na água. Conhecendo a si mesmo, é possível experimentar o seu potencial. Assim começa a nadar com glamour, aumentando a autoestima, confiança, autoimagem e independência. Portanto, fica clara a associação da natação com a qualidade de vida, e sua vantagem de baixo índice de lesões torna a natação um esporte para todas as idades, desde recém-nascidos até idosos (HOLDEFER; COSTA, 2023).

2.3 NATAÇÃO E PSICOMOTRICIDADE

O movimento possibilita que a criança perceba as relações necessárias para seu desenvolvimento motor e se relacione com o meio em que vive. Nos primeiros anos de vida da criança é fundamental proporcionar um ambiente adequado, utilizando diversos materiais como ferramentas facilitadoras dos movimentos, permitindo assim uma diversidade de experiências motoras durante a exploração do espaço envolvente (GALLAHUE; OZMUN; GOODWAY, 2013).

Neste contexto, a psicomotricidade deve ser incluída em qualquer atividade aquática, pois existem sensações importantes na busca da percepção corporal, organizando as sensações recebidas através do meio líquido em que o ser humano está imerso, e a transposição organizada desse movimento nesse espaço e nesse tempo (PAIVA, 2018).

Aprender movimentos por meio de atividades divertidas e variadas pode otimizar melhor o aprendizado motor de seu filho. A natação desenvolvida de forma lúdica possibilita a aquisição de habilidades motoras em situações desafiadoras. Um indivíduo que se adapta a um ambiente fluido pode alcançar um melhor desenvolvimento em seu comportamento motor e habilidades físicas. Visto que, através da natação a sua aprendizagem requer uma adaptação às estruturas básicas e às diferenças fundamentais entre os ambientes aquáticos e terrestres (GALLAHUE; OZMUN; GOODWAY, 2013).

Como a natação é considerada um dos esportes mais completos e menos restritivos, a natação é uma ferramenta inestimável para o desenvolvimento físico da criança. Pode-se dizer também que a participação deles é evidente na construção do programa corporal e no desenvolvimento da maturidade física em termos de desenvolvimento motor (PACHECO; MACIEL, 2018).

As atividades aquáticas irrestritas estão disponíveis desde o nascimento e beneficiam o indivíduo a partir de então, com o objetivo de estimular a maturação do sistema nervoso. Na prática psicomotora aquática, a liberdade de expressão e a experimentação experiencial facilitam a descoberta do corpo e das relações que ele pode proporcionar (COSTA et al., 2022).

A psicomotricidade pode ser entendida como um método de estruturar elementos psicomotor e permitir que o indivíduo aprenda sobre si mesmo, seu próprio corpo e seu ambiente. Para uma criança atingir um bom nível de desenvolvimento psicomotor, ela precisa ter bom controle corporal, boa percepção auditiva e visual, lateralização bem definida, boa orientação espaço-temporal, boa coordenação e outros comandos psicomotores. Quanto mais trabalhar o seu desenvolvimento psicomotor, melhor e mais gratificante será a sua adaptação às circunstâncias da sua vida (BARBOSA; ASSUNÇÃO, 2020).

Os exercícios psicomotores aquáticos proporcionam às crianças a liberdade de expressar e vivenciar experiências que ajudam a descobrir o corpo e as relações com os outros. A natação estimula a criança a realizar movimentos livres e prazerosos no meio aquático por meio da educação psicomotora, fazendo com que a criança se entenda melhor e exerça suas funções intelectuais com mais facilidade (BUENO, 2016).

Nesse sentido, por meio de um trabalho em que teoria e prática são indissociáveis, é possível alcançar objetivos que possam melhorar as condições de desenvolvimento das crianças. O papel do professor, portanto, não é apenas o de reproduzir o conhecimento e a memorização, mas o de um facilitador, oferecendo oportunidades aos alunos que, por suas limitações, ainda não conseguem fazer sozinhos, sempre respeitando sua individualidade (GALLAHUE; OZMUN; GOODWAY, 2013).

A pesquisa prova que a natação não só ajuda os indivíduos a aprender a nadar, mas também o seu desenvolvimento global. Nesse contexto, a natação contribui para o desenvolvimento psicomotor com o auxílio de atividades lúdicas que favorecem o desenvolvimento físico, mental, emocional e sociocultural (BUENO, 2016).

Existem várias etapas do desenvolvimento psicomotor, como adaptação, estimulação, domínio e aprendizado, respeitando suas faixas etárias, e também são considerados estímulos visuais, táteis, de sinestesia, esquema corporal e estímulos espaciais. Existem várias classificações desse elemento psicomotor, muitas das quais podem ser bem desenvolvidas na natação, como coordenação geral ou habilidades motoras amplas (GALLAHUE; OZMUN; GOODWAY, 2013).

A psicomotricidade na natação, se bem executados, contribuem para o desenvolvimento da lateralidade, que envolve o domínio de um lado do corpo, onde os movimentos utilizados devem trabalhar os dois lados do corpo, ora o lado direito, ora o esquerdo, então o indivíduo encontra seus pontos fortes. Com isso, determina-se o domínio funcional do corpo, conhecendo-se assim sua lateralidade dominante, que pode ser destro ou canhoto, denominados destros e canhoto (BUENO, 2016).

Do ponto de vista pedagógico, a psicomotricidade ajuda a resolver as dificuldades que surgem no dia a dia das crianças, na relação entre o pensamento e a ação, incluindo a neurofisiologia e a função mental (GALLAHUE; OZMUN; GOODWAY, 2013).

Outra habilidade que pode ser explorada na natação é o equilíbrio, que envolve a capacidade de manter o apoio com base no corpo, em uma combinação harmoniosa de funções musculares, sejam elas estacionárias ou em movimento. Com o desenvolvimento adequado do equilíbrio, o indivíduo estará mais sintonizado com todas as coisas em sua experiência diária (BUENO, 2016).

Nesse sentido, a área do desenvolvimento motor visa estudar como o comportamento motor altera ao longo da vida ou progressivamente de acordo com a idade, e como essa mudança é de fundamental importância para o desenvolvimento global. Concluiu-se que a psicomotricidade, desenvolvida por meio da natação, possui um impulso prazeroso por meio de atividades lúdicas e espontâneas como jogos e brincadeiras, facilitando e motivando a aprendizagem e o desenvolvimento motor das crianças (GALLAHUE; OZMUN; GOODWAY, 2013).

2.4 A NATAÇÃO PRATICADA NA PRIMEIRA INFÂNCIA

Segundo Costa et al. (2022), saber nadar é essencialmente poder flutuar e movimentar-se na água sem o auxílio de meios de sustentação fixos ou auxiliares. Os alunos experimentam uma série de mudanças à medida que começam a se aclimatar aos fluidos, como: mudanças no equilíbrio, visão, audição, respiração, sistemas termorreguladores e propriocepção.

Qualquer pessoa pode praticar natação, desde o nascimento até a fase idosa, quase sem restrições. Como tal, é uma das atividades físicas mais abrangentes e tradicionais do homem, associada às seguintes finalidades: competição, terapia, segurança, recreação, condicionamento ou simplesmente relaxamento. 

Para Teixeira et al. (2022), com o surgimento de algumas academias e centros dedicados ao ensino da natação, começaram a surgir aulas de natação específicas para bebês. Quando se refere à natação infantil, deve-se considerar a seguinte questão qual a idade certa para começar a nadar? Não houve consenso entre os autores sobre a idade ideal para o lactente começar a nadar e a idade ideal para terminar. 

As aulas de natação para bebês devem começar aos três meses, quando a criança já consegue segurar a cabeça, e terminar aos 36 meses, conforme Silva et al. (2021), determinou que a campanha começasse aos seis meses, porque as crianças nessa idade foram devidamente vacinadas, e terminasse aos 36 meses. Assim, embora não haja consenso na literatura, parece que o início ocorrerá entre 3 e 6 meses e terminará em torno de 24 a 36 meses.

Essa faixa etária é razoável principalmente porque antes de começar a participar de atividades aquáticas, o bebê tem que ganhar peso, pois seu sistema termorregulador ainda não está desenvolvido, então existe a possibilidade de hipotermia. Os recém-nascidos têm um sistema imunitário muito deficiente e demoram algum tempo a desenvolver-se antes de se mudarem para um ambiente onde são susceptíveis a muitos problemas de saúde, tais como problemas virológicos, bacteriológicos ou micológicos (BORGES, 2022).

Para Correia et al. (2019), explica que qualquer criança, salvo certas doenças, tem uma atração inata pela água e não é incomum desenvolver medo ou insegurança na água, isso pode ser uma reação que a criança adquire depois de sair da água, pois até um ano de idade não entendem o significado do perigo. Pensando nisso, considerando que o estudo original de natação era para o nível de maturidade dos alunos, muitos professores utilizavam exercícios que não eram adequados para a idade dos alunos, gerando frustrações e desistências por não conseguirem realizar determinados exercícios.

Logo, fica claro que o aprendizado da natação ocorre quando os fatores internos dos bebês (estado de maturidade e experiência anterior) podem se correlacionar com fatores externos (ambiente e estratégias do professor) para que os bebês gostem de estar na água e descubram que isso lhes proporciona bons sentimentos e assim aprendendo a nadar desde o nascimento até os 6 anos) (MARTINS et al., 2015).

Segundo Pernambuco et al. (2019), em vez de serem expostos a um ambiente propício ao aprendizado, os bebês aprendem a nadar, mas usam suas habilidades inatas (flutuabilidade, reservas de oxigênio, consciência do perigo etc.) na tentativa de escapar do perigo na água. Vale ressaltar que quanto mais cedo a criança aprender a nadar, maior será sua capacidade psicomotora, pois essa atividade funciona como um estímulo pré-exercício, pois a criança consegue se movimentar primeiro na água por ser leve e, portanto, realizar seus movimentos que não podem sair da água.

Para flutuar o bebê precisa ficar com o corpo na horizontal, e os membros superiores imersos na água, que fica bem relaxada, mas alguns bebês vão se sentir incomodados nessa posição, e a rejeição será maior depois dos oito meses. Segundo Fiori et al. (2019), as ondulações e a respiração estão intimamente relacionadas aos tônus musculares e, portanto, à eficiência e, portanto, ao melhor controle do seu equilíbrio, o que leva às ondulações.

Desta forma, ao proporcionar ao bebé a experiência de um desenvolvimento a longo prazo na água, deve-se a ajustar as suas referências para que o seu quadro motor se desenvolva no meio aquático e melhore as suas respostas aos estímulos disponíveis. A natação como atividade física sistemática facilita a conscientização do bebê sobre si mesmo, seu ambiente, seu grupo e sociedade, o que contribui para o desenvolvimento de todas as suas habilidades, pois o desenvolvimento na água ocorre de acordo com sua maturidade, com sua capacidade de resposta e coordenação aprimoradas (ENCARNAÇÃO et al., 2019).

Diz-se que quando o bebê domina os princípios de equilíbrio corporal, respiração, imersão, propulsão e salto na água, ele se adapta ao meio aquático. Segundo Souza et al. (2021), as atividades aquáticas do bebê favorecem a formação de alterações neurais, estimulação motora e sensorial na água, sob o estímulo do aprendizado, os ramos dos neurônios crescem, combinam-se com outros neurônios, aumentam o número de sinapses (conexão de transmissão de informações), formando assim uma boa capacidade de memória. Nessas adaptações de estímulos e respostas, a criança amplia seu repertório sensório motor de forma prazerosa e motivadora, tornando-se mais adaptável e inteligente.

A presença dos pais é um fator para a segurança física dos bebês porque é difícil para os professores controlar o comportamento de inúmeros bebês em um ambiente tão propenso a acidentes. Além disso, os pais atuam como intermediários, permitindo que os professores acessem os bebês (SILVA et al., 2021).

3 METODOLOGIA 

Para construção deste trabalho foi adotada como abordagem metodológica de pesquisa bibliográfica e qualitativa, com busca de artigos científicos, dissertações, teses e livros. Pois, através da pesquisa bibliográfica o autor, pelo contato direto com as informações publicadas. Para Severino (2013, p.106),

A pesquisa bibliográfica é aquela que se realiza a partir do registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos impressos, como livros, artigos, teses etc. Utiliza-se de dados ou de categorias teóricas já trabalhados por outros pesquisadores e devidamente registrados.

Para Lakatos e Marconi (2010), a metodologia qualitativa envolve analisar e explicar aspectos mais profundos, descrevendo a complexidade do comportamento humano. Fornece análises mais detalhadas sobre pesquisas, hábitos, atitudes, tendências de comportamento, etc.

Foram acessadas as seguintes bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Portal da Capes, Google Schoolar e Repositórios de Universidades e Bibliotecas públicas visto que permite buscas simultâneas das principais fontes nacionais e internacionais.

Foram utilizados os seguintes critérios de inclusão: o arquivo do artigo na íntegra; publicados em português e inglês; artigos publicados no período de 2011 a 2023; a pesquisa ser realizadas de acordo com as palavras chaves. Foram utilizados os seguintes critérios de exclusão: Estudos que apenas tinha sido disponibilizado resumos; Idiomas diferentes do inglês e português; títulos de artigo que não condizem com palavras chaves; Texto sem elementos relevantes.

Após a revisão de literatura prosseguiu com a seleção dos artigos, teses, dissertações, livros e documentos. Estes materiais foram selecionados e separados por assunto conforme a relevância do tema que se propõe a investigar. Feito isso, procedeu à leitura exaustiva dos materiais a serem analisados. O total de artigos consultados para a realização dos objetivos propostos na presente pesquisa, à revisão de literatura foram realizados com 129 artigos, foram aplicados os critérios de exclusão, sendo 86 artigos descartados, e 43 artigos empregados no trabalho, publicados a partir do ano 2011 ao ano de 2023.      

4 RESULTADOS

Para representar os principais resultados do trabalho, foram selecionados e elencados 10 artigos de acordo com o “quadro 1”, que servirão como base para a análise dos principais resultados deste estudo. Esses artigos foram escolhidos devido à sua relevância e contribuição para a compreensão do tema em questão, fornecendo uma base sólida teórica e empírica para as conclusões a serem discutidas ao longo desta pesquisa.

Quadro 1- Principais resultados da pesquisa.

Autor/DataTítuloMétodosResultados esperados
Santos, Flores e Pereira (2021)Relato de experiência sobre aspectos do ensino da natação na primeira infância. Relato de experiênciaEm uma pesquisa, oito crianças com idade entre 1 e 3 anos, acompanhadas de seus pais, foram atendidas em uma clínica de Guanambi, ambos masculinos e femininos. E diferentes métodos são aplicados, tais como: aproximação de um ambiente líquido por meio de atividades lúdicas, flutuações associadas ao relaxamento muscular, respiração por meio de atividades lúdicas e propulsão por meio de ações de movimentação corporal com ou sem auxílio de objetos. E observou-se que as crianças se engajaram desinibidamente com o conteúdo de aprendizagem, pois mostraram mais comprometimento ao realizar a atividade e ficaram mais à vontade no ambiente líquido.
Resende (2018)Percepção dos pais em relação a ludicidade nas aulas de natação infantilPesquisa de caráter qualitativo e descritivoEste estudo foi realizado em seis academias de Araguari/MG que ofereciam o modelo de natação infantil. Também foi realizada uma pesquisa com questionário com 87 perguntas com os pais de alunos para avaliar a percepção sobre as estratégias lúdicas como meio de ensino de natação para crianças de 3 a 6 anos. Dessa forma, constatou-se que o país tem um bom conceito sobre a introdução do lúdico nas aulas de natação para promover o desenvolvimento geral das crianças. 
Vale (2021)Natação: uma prática benéfica para público infantil.Pesquisa de campoNeste estudo, foi aplicado um questionário semiestruturado com perguntas fechada e abertas com três profissionais de educação física que atuam no cotidiano com natação infantil. Constatou-se que a natação envolve todos os músculos e articulações quando as crianças praticam esportes aquáticos, onde há estimulação motora e adaptação ao ambiente fluido, o que favorece uma estimulação psicomotora importante para elas, pois o desenvolvimento motor pode estar ligado às mudanças comportamentais com a idade.
Severino et al. (2022)A natação para bebês como instrumento para o desenvolvimento motorPesquisa descritivaA prática da natação pode ajudar a prevenir e corrigir problemas de postura e melhorar a aptidão cardiorrespiratória e a coordenação. Além disso, ações voltadas à adaptação ao ambiente líquido proporcionam segurança, trazendo benefícios no desenvolvimento da criança como qualidade do sono, estimulação de apetite e relaxamento. E prevenindo doenças e apresentando a evolução da regulação corporal.
Azevedo (2018)Contribuição da natação no desenvolvimento motor de bebêsPesquisa qualitativaA natação é importante para pessoas de todas as idades. Mas desde os primeiros anos de vida de um bebê são propícios ao desenvolvimento psicomotor, fortalece a capacidade cardiorrespiratória e previne e combate a obesidade. Os bebês que praticaram natação nos primeiros meses de vida desenvolveram mais o motor do que o esperado em comparação com e bebes da mesma idade que não praticaram natação. 
Pereira et al. (2011).Atividades aquáticas para bebês: influência no desenvolvimento motorEstudo qualitativo de cunho descritivoO estudo foi realizado em 80 bebês, sendo 40 praticantes de natação e 40 bebês que não praticavam a atividade física alguma. De maneira geral, o desenvolvimento motor dos bebês praticantes de natação desenvolveu-se além do esperado para sua faixa etária quando os dados foram comparados com bebês que não praticaram a atividade física alguma. Segundo os padrões por eles compreendidos, as crianças que não praticaram natação tiveram um desenvolvimento motor significativamente menor do que aquelas que participaram dessa atividade. Em suma, as crianças que praticavam natação tiveram bom desempenho no seu desenvolvimento.
Bernardo (2016)Aula de natação para bebê: um estudo sobre a metodologia e aplicaçõesEstudo de casoEstá bem estabelecido que os estímulos que as crianças recebem do meio aquático desencadeiam alterações no desenvolvimento psicológico e motor, devendo-se atentar desde a primeira infância para a promoção do movimento com variedade de ações e possibilidades. A ludicidade no meio da natação desempenha um papel fundamental no desenvolvimento das habilidades motoras, dessas crianças.
Alves et al (2019)Perfil de bebês praticantes de nataçãoPesquisa de campoO estudo foi realizado na academia particular de Piumhi/MG, com bebês praticantes de natação. Assim, neste estudo, foi evidenciado que a estimulação aquática de crianças foi confirmada em geral pela análise das respostas dos responsáveis. Onde a estimulação em atividade aquática para bebês pode ser uma aliada na melhoria do desenvolvimento geral das crianças. Proporcionando assim felicidade e alegria ao nadar com maior qualidade de vida e saúde.
Camargo, Mota e Mendes (2012)Natação para bebês: a presença dos pais é importante?Pesquisa QualiquantitativaNeste estudo de campo foi teve a finalidade de explanar sobre a importância do envolvimento dos pais na natação e seus benefícios para os bebês constataram que, durante as aulas de natação, o desenvolvimento emocional, motor e cognitivo de um grupo de bebês de 6 meses a 2 anos e 7 meses foi significativamente diferente daquele de seus respectivos pais. Apresentou resultados extremamente satisfatórios, onde estes demonstraram maior segurança física e afetiva e melhora no processo de aprendizagem.
Alves et al. (2021)Natação infantil: efeitos na fase do desenvolvimento motor: uma percepção dos paisPesquisa de campoO estudo teve como objetivo compreender os benefícios psicomotores da natação em crianças. Pode-se inferir que a prática da natação melhora a qualidade de vida do praticante, melhora o desempenho e auxilia no desenvolvimento motor, além de melhorar a motricidade geral e a estrutura temporal da criança. Diante disso, a pesquisa é satisfatória, os pais acreditam que a natação pode ajudar a melhorar a saúde das crianças, a capacidade de exercício e a vida social.

Fonte: autores, 2023

Após a seleção criteriosa dos 10 artigos de acordo com o “quadro 1”, é fundamental destacar que essas escolhas são representativas das fontes de informação mais relevantes e atuais no contexto da pesquisa. A análise desses artigos não apenas contribuirá para a compreensão aprofundada do tópico em questão, mas também fornecerá uma base sólida para a construção de argumentos e conclusões substanciais ao longo deste estudo. 

Cada artigo foi escolhido por sua capacidade de enriquecer a discussão e fornecer perspectivas variadas sobre os principais resultados e tendências na área de pesquisa em foco. Através da análise dessas fontes, busca-se não apenas expandir o conhecimento existente, mas também oferecer uma visão mais ampla e embasada dos aspectos examinados nesta investigação.

5 DISCUSSÃO 

Do ponto de vista de Encarnação (2019), a natação como atividade física sistemática beneficia a consciência do bebê em relação si mesmo, seu ambiente, seu grupo e a sociedade, o que contribui para o desenvolvimento de todas as suas habilidades, pois na água o desenvolvimento ocorre de acordo com a maturação, melhorando seus reflexos e coordenação.

Na opinião de Camargo, Mota e Mendes (2012), a natação é uma atividade exigente no que tange à estrutura corporal do praticante, pois movimenta todos os músculos e articulações do corpo, é considerada um dos melhores exercícios físicos existentes e traz grandes benefícios ao corpo, além disso é recomendada para problemas respiratórios em bebês. Além disso, é uma excelente ferramenta para o desenvolvimento infantil e é a única atividade indicada para crianças menores de 3 anos, pois os bebês já estão aclimatados aos líquidos desde a concepção, período em que são capazes de realizar manobras de natação, apresentam uma série de reações, que são comuns na primeira infância.

Segundo Frota et al. (2021), as atividades aquáticas contribuem para o desenvolvimento físico, cognitivo e afetivo-social, contribuindo assim para a evolução da sua personalidade e intelectual de forma integral. Inicialmente, observam-se alterações no equilíbrio, a visão, a audição, a respiração, a termorregulação e os sistemas proprioceptivos mudam. Além dos benefícios em termos de desenvolvimento motor, capacidade cardiorrespiratória e sistemas orgânicos, os pais também orientam seus filhos sobre a importância de absorver o movimento do nado e entender a importância de evitar possíveis acidentes.

Sob o mesmo ponto de vista Bernardo (2016), as atividades aquáticas para crianças favorecem alterações neurais através do movimento e estimulação sensorial na água. Em resposta aos estímulos de aprendizagem, ramificações de neurônios crescem, juntam-se a outros neurônios e aumentam o número de sinapses (conexões por onde passam as informações), resultando em boa memória.  Outros benefícios incluem aumento da aptidão cardiorrespiratória, melhora da irrigação sanguínea, sono e apetite. 

O aprendizado torna o bebê mais alerta e sensível, tornando-o consciente de suas habilidades e limitações, além de aprimorar o tom de voz, o que auxilia no equilíbrio, orientação espacial, coordenação motora grossa e fina, lateralização e percepção temporal.

Na visão de Azevedo (2018), A importância da natação para bebês, avaliando as crianças que sabem nadar aos 4 e 5 anos de idade e as que não praticam na mesma idade. O grupo da natação teve melhor desempenho em estresse, e equilíbrio estático, e melhora o desenvolvimento motor em bebês.

De acordo com Pereira et al. (2011), em sua pesquisa em geral, apontou que o desenvolvimento motor dos participantes foi normal para a idade, mas o desenvolvimento motor dos bebês que participaram das atividades aquáticas superou as expectativas para a idade. Dessa forma, aprende-se que a estimulação precoce por meio da natação é fundamental para promover o desenvolvimento, principalmente nos primeiros anos de vida.

Segundo Santos, Flores e Pereira (2021), em sua pesquisa indica quanto a ludicidade no meio da natação, e a inserção de uma variedade de atividades e o uso de brinquedos facilitaram o interesse contínuo e a participação ativa das crianças no processo de aprendizagem no meio aquático. A presença de um pai ou mãe na aula também é uma contribuição importante, pois esses números simbolizam o reforço do incentivo para realizar tarefas e superar medos, pois às vezes as crianças criam resistência ao tentar fazer o que é pedido por acharem difícil.

De acordo com Resende (2018), a relevância do lúdico como método de trabalho e compreensão dos pais sobre o assunto foi observada nos resultados positivos, mostrando que esse método é visto como uma estratégia pedagógica que beneficia o desenvolvimento físico, social e cognitivo das crianças, e sempre tratou do ato de brincar. Dessa maneira, é fundamental a incorporação de estratégias que evitem ensinar as crianças diretamente por meio da repetição devido à necessidade de explorar diferentes estilos de ensino.

Nas palavras de Vale (2021), a natação para crianças pequenas é boa para o desenvolvimento motor no meio aquático, construção de força muscular, benefícios psicomotores e cardiorrespiratórios, enquanto a segunda categoria trata do desenvolvimento social, fica claro que é importante proporcionar um ambiente que transmita prazer ao praticar esportes, pois isso melhora a socialização da criança e deve haver interação mútua e saudável durante o processo de aprendizagem.

Para Severino et al. (2022), quanto ao papel do professor, ele deve estar amparado por uma relação com a criança que envolva amor, conhecimento, seus medos, angústias, alegrias e contentamentos para a criança. Acrescentou que os professores devem garantir que os bebês tenham a possibilidade de descobrir a maior variedade possível de padrões de movimento no ambiente aquático. Nesse sentido, vale ressaltar que a função primordial do professor é mediar o momento entre pais e filhos, a fim de propiciar um momento de satisfação para todos os envolvidos.

Na perspectiva Alves et al. (2019), concluiu-se que toda criança tem um desenvolvimento natural e isso deve ser respeitado. No entanto, os benefícios da estimulação aquática para bebês são essenciais, devido, a atividade na água não é prejudicial, na opinião do responsável otimiza o desenvolvimento normal e satisfatório apresentado pelo bebê, o que também pode ser atribuído à estimulação com água, pois o responsável tem a capacidade de apontar positivo ou negativo quanto ao desenvolvimento e a satisfação do bebê, após a iniciação da prática aquática.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo possibilitou realizar uma análise sobre os principais benefícios da natação aplicada nas fases de desenvolvimento da primeira infância. Dessa maneira, pode-se identificar que a natação atrai os mais diversos públicos, neste caso também se incluem as crianças, pelo que a prática para os mais novos intervém de forma positiva, pois pode ser uma ferramenta para aplicar e reforçar o processo de aprendizagem da criança. A natação na infância é fundamental, pois permite que os bebês sejam socializados e estimulados em um ambiente líquido, o que auxilia no desenvolvimento de suas habilidades motoras.

Essa prática contribui muito para a formação e educação das crianças, pois as torna mais envolvidas e independentes, além de proporcionar situações que aumentam e melhoram suas possibilidades motoras, cognitivas, emocionais e sociais, auxiliando efetivamente no desenvolvimento do bebê. As habilidades motoras devem ser desenvolvidas por meio de brincadeiras e atividades recreativas, como brinquedos, brincadeiras, músicas e imaginação. 

Durante as aulas, novos desafios e dificuldades devem ser impostos de acordo com os princípios do treinamento para que a estimulação seja suficiente para promover melhores habilidades motoras. Exercícios como saltos, giros, flexões ou em um nível mais avançado, combinações destes são excelentes opções para o sucesso na sala de aula.

Em suma, quanto mais estímulos as crianças forem expostas, maior será sua capacidade de aprender. O desenvolvimento motor beneficia o desenvolvimento emocional e cognitivo. As aulas devem visar a aclimatação da criança aos fluidos, segurança e habilidades básicas, sobrevivência e sustentação. Para pesquisas futuras indica-se realizar estudo de como a natação pode auxiliar no desenvolvimento e sendo um tratamento auxiliar no desenvolvimento de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

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1. Estudante de graduação no curso de Bacharelado em Educação Física na Universidade Paulista – UNIP Aqui Você Pode. Manaus, Amazonas, Brasil.
2. Professor orientador do curso de Bacharelado em Educação Física da Universidade Paulista – UNIP Aqui Você Pode. Manaus, Amazonas, Brasil.