ANÁLISE DOS ASPECTOS EMOCIONAIS E PSICOLÓGICOS ENVOLVIDOS EM ACIDENTES AERONÁUTICOS NO BRASIL: uma revisão narrativa de literatura

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10120145


Ruan Deivid Cumerlatto1
Ana Patricia Alves Vieira2



Resumo

A psicologia da aviação é fundamental para a melhoria nos aspectos operacionais, além de garantir a saúde mental dos envolvidos. Ela também apresenta papel importante no cenário de desastres e emergências, por meio do controle e da diminuição dos prejuízos psicológicos desses eventos. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar relatos de envolvidos em acidentes aeronáuticos, assim como comparar com a literatura atual sobre a psicologia. É uma pesquisa de revisão bibliográfica narrativa, de caráter qualitativo. Foi realizada uma análise dos relatos de envolvidos no voo Varig 254 e o voo Tam 3054, além de comparar com a literatura dos últimos 10 anos sobre psicologia de desastres e emergências, transtorno de estresse pós-traumático e luto complicado. Para esta pesquisa foram encontrados 39 trabalhos com alguma relação com o tema, dos quais 8 foram selecionados para esta pesquisa. Os resultados sugerem que os estudos recentes nesta área são escassos, principalmente em relação ao papel do psicólogo em desastres aéreos, ademais, a falta de treinamento para a prevenção de acidentes ainda é realidade. Outros resultados apontam o Transtorno de Estresse Pós-Traumático e o luto prolongado como possíveis consequências desses desastres, além de demonstrar a prevalência em diferentes características dos indivíduos. Esses resultados são demonstrações da análise e comparação dos relatos com a literatura recente. 

Palavras-chave: Psicologia da aviação; Transtorno do Estresse pós traumático; luto prolongado; psicologia dos desastres e emergências.

1  INTRODUÇÃO

A aviação é uma área consolidada e de grande impacto no transporte mundial. Somente no ano de 2023, a aviação foi responsável pelo transporte de milhões de pessoas pelo mundo todo. Sua importância é inquestionável em um mundo globalizado e plural, sendo que, diariamente, é um dos principais e mais eficientes meios de transportes de passageiros e de carga do mundo. 

Desde o início do século XX, os avanços tecnológicos e experimentos aeronáuticos permitiram a evolução das aeronaves, bem como dos pilotos e das operações de voo. A aviação teve como pioneiros os irmãos Wright e Alberto Santos Dumont, cada um contribuindo com projetos e inovações significativas para a história da aviação (GUERRERO, 2023).

A aviação também teve grande importância na evolução militar, especialmente durante as duas grandes guerras mundiais. No Brasil, teve início com o pioneirismo corajoso de Dumont e se desenvolveu tanto na aviação militar quanto na civil (GUERRERO, 2023), com empresas reconhecidas, como a Varig, Azul e Gol, que se destacam no mercado nacional e internacional (RIBEIRO; SILVA, 2018).

A psicologia da aviação é uma área com pouca visibilidade se comparada com outras áreas de atuação do psicólogo, porém segue em constante evolução e grande expansão nos últimos anos, com foco na saúde mental de pilotos e operadores de tráfego aéreo (RIBEIRO, 2009). A psicologia traz significativa melhoria nos aspectos operacionais, segurança do voo, além de garantir a saúde mental e bem-estar em momentos de estresse e pressão, comum no cotidiano de quem opera um equipamento com tantos passageiros (NUNES, 2018).

A psicologia também tem papel importante no cenário de desastres e catástrofes. Apesar de ser algo raro, acidentes aéreos acontecem e, nesses momentos, o acompanhamento psicológico é essencial para o afetado lidar com o trauma, sendo um serviço importante para o controle e a diminuição dos prejuízos psicológicos nesses eventos. Com trabalhos individuais e em grupos para pacientes que passaram por essas ocasiões e podem ter desenvolvido traumas, a psicologia também tem importância nos estudos técnicos para prevenção e controle de danos, além da importância sociocultural em eventos de crise e catástrofes aéreas, trabalhando as consequências e estresse por elas causadas (GOMES, 2022).

Nesta pesquisa, foi abordado a respeito de dois acidentes. O voo Varig 254, que saiu de Guarulhos com destino a Belém, no Pará, com conexões em Brasília, Imperatriz e Marabá no dia 3 de setembro de 1989. O avião, um Boeing 737-200, sofreu um acidente ao fazer um pouso forçado na floresta amazônica, após ficar sem combustível em razão de uma desorientação espacial, a aeronave foi encontrada 44 horas após o acidente, em São José do Xingu, Mato Grosso, 1.100 quilômetros do destino do voo. Deixou 12 mortos e 42 sobreviventes (COMANDO DA AERONÁUTICA, 2009). O voo Tam 3054, saiu de Porto Alegre com destino ao aeroporto de Congonhas em São Paulo, no dia 17 de julho de 2007. O avião, um Airbus 320, fez seu pouso às 21h54, percorrendo toda a pista do aeroporto, atravessando a cerca e cruzando a avenida Washington Luís, colidindo com o prédio da própria empresa, do outro lado da via, deixando 199 mortos, 12 em solo (COMANDO DA AERONÁUTICA, 2009). 

Esses acidentes e desastres aeronáuticos podem ser os responsáveis pelo surgimento de condições psicológicas, como o Transtorno de Estresse Pós-traumático (TEPT) e o luto prolongado. O TEPT é caracterizado por vivenciar, testemunhar um acontecimento traumático, saber que um evento ocorreu com algum familiar ou conhecido próximo ou ser exposto a detalhes do evento estressor, como, por exemplo, relatos por socorristas, bombeiros e médicos. Os principais sintomas são pensamentos intrusivos que envolvem o trauma, mediante lembranças, sonhos, pesadelos perturbadores, reações dissociativas, flashbacks, como se o indivíduo estivesse vivenciando novamente o evento (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2022).

Já o luto prolongado tem como característica a dificuldade para adaptar-se após a morte ocorrida com um membro familiar ou com alguém com relacionamento próximo e íntimo ao enlutado. É marcado por sofrimento intenso e prolongado, a dificuldade em realizar atividades do cotidiano, além da sensação de perder uma parte de si (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2022).

Dessa maneira, percebe-se a necessidade de investigar quais são os impactos das emoções e aspectos psicológicos envolvidos nos acidentes aeronáuticos ocorridos no Brasil, analisando as emoções envolvidas, além das consequências psicológicas.

Crenças, atitudes e comportamentos de vítimas ou outros participantes indiretos de um voo podem demonstrar os impactos psicológicos, ajudando a área da psicologia nos protocolos adotados em todas as fases de um acidente, mas, principalmente, após o ocorrido, além de prevenir futuros acidentes e melhorar os protocolos de segurança no setor de aviação.

A realização desta pesquisa também traz contribuições para futuros desenvolvimentos de estratégias, treinamento e suporte psicológico para pessoas diretamente ligadas a áreas de risco de desastres, no intuito de melhorar suas habilidades de tomada de decisão sob pressão e reduzir a ocorrência de erros humanos. Ademais, compreender e ampliar estudos na área da psicologia de desastres e emergências, comparando relatos com a literatura vigente.

Esta pesquisa teve como objetivo entender os aspectos psicológicos envolvidos em acidentes aeronáuticos, analisando de maneira narrativa relatos de sobreviventes e familiares envolvidos nos acidentes dos voos Varig 254 e Tam 3054, comparando a literatura para compreender as emoções e sentimentos após os acidentes aeronáuticos.

2  METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa de revisão narrativa, de caráter qualitativo, cujo objetivo foi comparar os dados obtidos por meio de pesquisa bibliográfica, bem como analisar relatos coletados em meios de comunicação jornalísticos. 

A revisão bibliográfica se caracteriza por uma pesquisa elaborada por intermédio de materiais existentes na literatura, anteriormente publicados, como teses, artigos, livros, jornais e, atualmente, devido à evolução tecnológica, nos meios digitais (GIL, 2022).

Revisão do tipo narrativa, também conhecida como tradicional, apresenta um caráter mais amplo na coleta e análise dos dados (BATISTA; KUMADA, 2021). Já para Ribeiro (2014), “é uma revisão qualitativa que fornece sínteses narrativas, compreensivas, de informação publicada anteriormente.”

A pesquisa qualitativa visa identificar características, analisar experiências, relatos e histórias, explicando fenômenos sociais relativos à situação estudada (GIBBS, 2009).

No que se refere à construção do processo de análise desta pesquisa foram escolhidos dois acidentes aeronáuticos ocorridos no Brasil, ambos da aviação comercial, um com todas as vítimas fatais e outro com sobreviventes. A seleção ocorreu após uma ampla leitura das bases de dados sobre o tema. 

Para coleta de relatos foram analisadas matérias jornalísticas, digitais e televisivas, após uma longa análise foram selecionados os mais relevantes para esta pesquisa. Os relatos são referentes aos acidentes do voo Varig 254, ocorrido em 1989, e do voo Tam 3054, que ocorreu em 2007. Os relatos coletados não tiveram critérios temporais, foram escolhidos de maneira subjetiva, desde a data dos acidentes até os dias atuais, considerando a dificuldade em encontrar matérias relevantes. 

Para seleção dos artigos foram avaliados os relatos, comparados com critérios diagnósticos do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5TR), artigos sobre psicologia de desastres e emergências, Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT) e luto prolongado nos últimos 10 anos nas seguintes bases nacionais e internacionais: PUBMED, Portal de Periódicos Capes e SciELO. Os artigos pré-selecionados foram analisados e escolhidos com base na relevância para esta pesquisa. É importante ressaltar que houve uma dificuldade em encontrar pesquisas recentes específicas sobre a psicologia da aviação, principalmente publicadas no Brasil.

Para essa busca, foram utilizados os descritores: Psicologia da aviação, Transtorno de estresse pós-traumático, luto prolongado e psicologia de desastres e emergências. 

Nesta pesquisa foram analisados 39 artigos, após uma leitura criteriosa e selecionados 8 para análise e discussão dos resultados. 

3  ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

3.1 RELATO DO VOO TAM 3054

Nesse primeiro momento, o presente artigo aborda o relato de familiares de uma vítima no acidente do voo Tam 3054. Como já citado, os relatos foram selecionados de maneira subjetiva, com declarações relevantes para as atividades da psicologia. 

O relato foi coletado por meio da Agência Brasil, com matéria produzida em 2017. Roberto Silva, 61 anos, empresário do ramo de calçados, e sua esposa Therezinha, de 56 anos, são pais da comissária Madalena Silva, uma das vítimas da tragédia do voo referido. No trecho, apresentado a seguir, relata vivências e experiências que teve nos últimos anos, como lida com o luto e as lembranças da filha. 

“Até hoje, passados 10 anos, não tem um dia em que eu não chore de saudade da minha filha”, disse Roberto. “E dormimos muito pouco”, acrescenta a mãe, que é voluntária da Cruz Vermelha. “Tem dias que sangra muito. E tem dias que conseguimos amenizar. Mas é complicado. Isso vai ser para o resto da vida, a imagem dela. Eu queria reconhecer [o corpo dela, que demorou 26 dias para ser identificado], mas não deixaram. Então, a imagem que ficou é dela sorridente.” (SILVA apud CRUZ, 2017).

Nesse relato, os familiares da vítima contam como suportam os dias de luto e saudades, sentidos após 10 anos do acidente. O relato demonstra algumas possíveis características de Transtorno de estresse pós-traumático, assim como do luto prolongado, muito comuns em decorrência de acidentes, assim como apontado pelo DSM-5 TR, em que os envolvidos podem apresentar esses sintomas em decorrência do sofrimento relacionado diretamente à tragédia familiar vivenciada.

O primeiro ponto relevante se refere à relação direta com a tragédia, que vivenciada por meio de um familiar, de maneira violenta, pode estar relacionada ao TEPT. Essa característica é uma das principais para o desenvolvimento deste transtorno, principalmente em virtude de ser um familiar próximo. No trecho “Até hoje, passados 10 anos, não tem um dia em que eu não chore de saudade da minha filha”, o relato do familiar, tem características de memórias intrusivas, que causam angústia e tem uma recorrência evidenciada. Já na frase “E dormimos muito pouco”, a mãe da vítima relata de forma breve sobre as características do sono do casal, algo que aponta ao critério de perturbação do sono, que se caracteriza pela dificuldade nas fases do processo de dormir (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2022).

Outras características do relato estão relacionadas ao Transtorno de luto prolongado, em que é possível perceber características, como o choro e a saudade persistente, além dos constantes pensamentos na pessoa falecida. Outra característica é a dificuldade em continuar as atividades diárias e se reintegrando às atividades do cotidiano, tendo dificuldade para seguir em frente após o ocorrido (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2022). É importante ressaltar que essa análise não busca taxar ou diagnosticar a vítima, e sim apenas identificar no relato uma possível característica psicológica como consequência do desastre.

3.2 RELATO DO VOO VARIG 254 

Nesse momento, o presente artigo aborda um relato do copiloto do voo Varig 254, Nilson Zille, coletado por meio de uma reportagem para o site UOL, de João Pessoa, em março de 2020. 

Eu estava na cabine de comando, mas não sinto culpa pelo acidente. Eu fiz tudo que podia naquele voo. Tanto que fui submetido a uns 30 testes psicológicos depois do pouso forçado e todos apontaram que minha cabeça estava normal. Também nunca sonhei com o acidente, nem fiquei com trauma de avião. Tenho minhas habilitações em dia até hoje e continuo achando voar uma delícia. […] Mas não significa que passei ileso por tudo isto. Tive muita depressão, angústia e tristeza. Muito de tudo que é ruim. Até o dia em que eu tomei consciência que não adiantava nada eu ter este tipo de sentimento porque não ia conseguir mudar o passado. […] Levou uns oito ou nove anos até entender onde tudo deveria ficar – no passado. E fui tomando outro rumo. Meu coração acalmou e a vida, finalmente, seguiu. (ZILLE apud PEREIRA, 2020).

O relato de Nilson tem características específicas, evidenciadas a partir do seu relato, comuns a sobreviventes de acidentes do mesmo gênero.  Na data do ocorrido, participou diretamente no acidente, sendo um dos sobreviventes da tripulação junto ao piloto do voo. Assim, vivenciou o acidente diretamente, sendo um dos critérios do TEPT (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2022). Ademais, passou 4 dias em plena mata até a chegada do resgate.

No trecho “Mas não significa que passei ileso por tudo isto. Tive muita depressão, angústia e tristeza. Muito de tudo que é ruim”, a vítima relata ter apresentado características depressivas, de estado emocional negativo persistente, também muito comum no TEPT (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2022).

Dessa forma, percebemos que o Transtorno de Estresse Pós-Traumático e o luto prolongado podem vir a acontecer após tragédias; alguns sintomas se apresentam no relato de pessoas próximas e que vivenciaram alguma tragédia ou acidente aeronáutico. Em virtude disso, a atuação do psicólogo tem grande importância, uma vez que sua função é amenizar ao máximo o sofrimento e o desenvolvimento desses transtornos de forma prolongada e que cause prejuízo significativo na vida do indivíduo. É fundamental destacar que essa análise não tem a intenção de rotular ou diagnosticar a vítima, mas apenas reconhecer a presença de uma possível característica psicológica no relato.

3.3 PSICOLOGIA, DESASTRES E EMERGÊNCIAS 

Os artigos selecionados para esta etapa da análise trazem conceitos básicos sobre a psicologia no campo dos desastres e emergências, em razão da dificuldade já mencionada será tratado de maneira a englobar diversos tipos de acidentes nas áreas de atuação.

A psicologia tem um papel importante na sociedade moderna, estando presente na maior parte das atividades humanas de maneira direta ou indireta. Segundo o Código de Ética do Profissional da Psicologia, em seu artigo primeiro, sobre as responsabilidades do psicólogo, fala sobre prestar serviços de maneira a não visar vantagem própria em situações de emergência ou calamidade pública (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2005).

Os desastres podem ser divididos em três partes, o pré ou anterior, que se caracteriza pela prevenção e treinamento de profissionais e possíveis envolvidos; o momento do desastre, atuando diretamente com familiares, e quando houver vítimas com vida; e no pós-acidente, com sobreviventes e membros da família (RIBEIRO; FREITAS, 2020).

Os efeitos que um acidente, desastre ou emergência gera nos envolvidos são diversos, desde consequências físicas, psicológicas, econômicas e sociais. A atuação do psicólogo diante dessas situações é de grande importância, tendo em vista que a saúde mental é muito afetada, em virtude do estresse, do trauma e do luto, seja pela perda de entes queridos ou pela perda de bens materiais (SIPRIANO; SAIS, 2019).

O psicólogo tem como principal função atuar diante das consequências psicológicas de um desastre, junto com as vítimas, ajudando a remediar o sofrimento e prevenir o desenvolvimento de psicopatologias e sintomas após a ocorrência do acidente. Além disso, o psicólogo também exerce um papel fundamental nos estudos técnicos e controle de danos envolvendo esses acidentes (FERREIRA; SANT’ANA, 2018).

A psicologia da avaliação, especificamente, trata desde a prevenção de acidentes aeronáuticos, até depois, no atendimento psicológico das consequências do acidente. Autores, como Oliveira e Correia (2021) falam a respeito de como o prolongamento do trauma pode ter diversos impactos na vida pessoal do indivíduo.

Pesquisa de Trindade e Serpa (2013) teve como objetivo entender as possíveis intervenções do psicólogo diante de desastres e emergências. Já Braga et al. (2018) buscaram identificar como os fenômenos sociais estão relacionados com a Psicologia dos Desastres, principalmente em desastres socioambientais. Enquanto Ribeiro e Freitas (2020) analisaram as orientações da atuação de psicólogos na área de psicologia dos desastres e emergências.   

Conforme trabalho de Ribeiro e Freitas (2020), a dificuldade para definir a atuação do psicólogo diante dos desastres e emergências ainda é muito grande, pois ainda não se tem determinado qual seria o papel desse profissional. Além disso, também percebe a falta de protocolos para a ação do psicólogo perante uma emergência. Para Trindade e Serpa (2013), essa dificuldade de entender a função do psicólogo diante um desastre não é somente desse profissional e sim de toda a equipe interdisciplinar envolvida, sendo uma dificuldade de ver o psicólogo fora de clínicas e de abordagens diferentes das convencionais.

Um dos aspectos que pode colaborar com essa situação é por conta da falta de pesquisas de campo, formações acadêmicas na área e orientações sobre a atuação do psicólogo, sendo que a maior parte das pesquisas na área é de cunho teórico, como citado por Ribeiro e Freitas (2020). Sendo assim, essa atuação ainda é nova para a ciência psicológica, o que dificulta o entendimento da sua função.

Para Ribeiro e Freitas (2020), a atuação do psicólogo deve ocorrer não somente após a emergência, mas antes e durante, sendo que é fundamental a presença do profissional da psicologia nas equipes e atuação de desastres. Dessa forma, o psicólogo atua na gestão e prevenção de riscos. Já para a Braga et al. (2018), a psicologia no pré-desastre tem como papel a elaboração de sociedades e comunidades mais seguras; durante, com o objetivo de minimizar consequências traumáticas; e após, oferecendo cuidado da saúde mental aos envolvidos. Trindade e Serpa (2013) destacam essa importância da atuação nas três etapas de um desastre e emergência, principalmente para auxiliar no processo, assim como na formulação de propostas que visem à melhora da comunidade. 

O olhar com os sujeitos que vivenciaram uma situação de emergência deve ocorrer em um todo e não somente como uma vítima, diagnosticadas as consequências de um evento traumático. Braga et al. (2018) retratam a necessidade de dar voz aos envolvidos, enquanto Trindade e Serpa (2013) destacam que o psicólogo deve ter uma visão completa da situação e não se limitar ao diagnóstico. 

Dessa forma, percebe-se que os avanços em relação aos estudos recentes voltados a essa área ainda são escassos, principalmente voltados ao papel do psicólogo no pré, durante e pós-desastre, assim como especificamente sobre desastres aéreos, além de destacar a importância do cuidado da saúde mental com um olhar completo para a situação, não buscando rotular e diagnosticar as vítimas e envolvidos no momento da tragédia.

3.4 TRANSTORNOS DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO E LUTO PROLONGADO COMO CONSEQUÊNCIA DE DESASTRES E ACIDENTES

Acidentes aeronáuticos podem ter como consequência diversos problemas psicológicos para pessoas envolvidas. Com base na análise dos relatos se pode avaliar que duas possíveis prevalências são o Transtorno de Estresse Pós-traumático (TEPT) e luto prolongado.

O Transtorno de Estresse Pós-traumático (TEPT) tem como critério essencial a vivência de um ou mais eventos traumáticos. Os sintomas mais comuns estão relacionados ao medo, às características emocionais e de comportamento dos indivíduos. Outro fator é a alteração do estado de humor, podendo variar entre anedonia ou sintomas disfóricos, além de sentimentos negativos (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2022)

O luto prolongado tem como principal característica a má adaptação à morte ocorrida com um membro familiar ou com alguém com relacionamento próximo ao enlutado. Há vários aspectos envolvidos, os principais são o intenso sofrimento, a dificuldade em realizar atividades do cotidiano após o evento traumático, além da sensação de perder uma parte de si (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2022)

Nessa etapa da análise, foram incluídos artigos que abordam princípios fundamentais da psicologia relacionados ao luto prolongado e o Estresse Póstraumático. Em razão da dificuldade anteriormente mencionada sobre a falta de material relacionado à Psicologia da Aviação, esta abordagem visa abranger uma variedade de pesquisas sobre os transtornos supracitados em áreas correlatas. 

Os trabalhos selecionados têm objetivos variados, com diversos métodos e tipos de pesquisas diferentes. Lenferink et al. (2020) examinaram os níveis de sintomas de luto prolongado, depressão e TEPT e a associação entre esses sintomas e fatores antecedentes relacionados ao trauma. Câmera, Marques e Malagris (2020) investigaram a respeito do TEPT em tripulantes de voo, vítimas de acidente aeronáutico. Boelen et al. (2016) examinaram a prevalência do luto prolongado em indivíduos após perdas não naturais e questões sociodemográficas que podem influenciar. Lenferink et al. (2017) analisaram sintomas de luto prolongado, depressão e TEPT em indivíduos com vítimas no acidente do voo MH17 na Ucrânia. Na pesquisa de Djelantik et al. (2020), buscou-se analisar subgrupos de indivíduos que vivenciaram perdas violentas e inesperadas e fatores associados. 

Um dos primeiros e relevantes atributos a ser observado encontra-se no artigo de Lenferink et al. (2018), que identificou que algumas características dos envolvidos, como idade, sexo, baixa escolarização e grau de parentesco com a vítima, principalmente filho ou cônjuge, podem ser fundamentais para o desenvolvimento de luto prolongado, TEPT e depressão. Boelen et al. (2016) perceberam algo parecido, quando colocam que a idade, escolarização e tempo desde a perda são questões que influenciam no desenvolvimento de luto prolongado após desastres e acidentes. Outro dado importante é de Djelantik et al. (2020), que dizem que as perdas não naturais apresentam uma taxa mais elevada de luto prolongado, o que se relaciona com alguns dados coletados dos relatos já descritos.

No DSM V-TR, o transtorno do luto prolongado “tem maior prevalência após a morte do cônjuge/parceiro ou filho” (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2022), além disso, mortes violentas e inesperadas também aumentam os fatores de risco, relacionando-se, assim, com mortes em virtude de desastres aéreos. O Manual também fala sobre a prevalência de TEPT principalmente em indivíduos com baixa escolarização e menor nível socioeconômico. 

É importante ressaltar que existe uma relação entre o luto prolongado, TEPT e a depressão, conforme achados de Lenferink et al. (2018) e Boelen et al. (2016), nos quais os sintomas dessas condições estão relacionados, principalmente, após perdas violentas, não naturais e inesperadas.

O TEPT é uma das consequências de um acidente aéreo, uma vez que o sofrimento compromete vários aspectos da vida do envolvido, principalmente na área profissional. Dessa forma, percebe-se que um treinamento adequado e o aumento dos estudos voltados para a atuação de profissionais da psicologia diante de desastres e emergências é fundamental para saúde mental de pilotos, vítimas e demais envolvidos (MARKS; YULIE; SILVA, 1995 apud CÂMERA; MARQUES; MALAGRIS, 2020).

Câmera, Marques e Malagris (2020), em seu artigo, relatam que, muitas vezes, a ajuda fornecida aos profissionais da aviação sobre treinamento e tratamento relacionado a acidentes é escassa. Lenferink et al. (2017) apresentam em seu artigo que ainda se tem pouco material a respeito de estratégias e intervenções para melhoria de indivíduos com sintomas de luto.

É importante destacar que, assim como na análise anterior, ainda faltam estudos quanto às consequências e as possíveis formas de mitigar transtornos após desastres, especialmente, na área da aviação, que ainda conta com poucos e escassos estudos.

A psicologia da aviação tem sua inquestionável relevância, pois a psicologia, como ciência, traz estratégias para garantir a saúde mental, além da melhora dos aspectos emocionais.  Apesar disso, ainda é uma área pouco estudada (SIPRIANO; SAIS, 2019).

Os artigos citados trazem algumas características e dados relevantes, mas ainda deixam lacunas pela baixa prevalência de estudos na área. Isso se relaciona com o fato de ainda existirem poucas produções científicas e pesquisas atuais sobre a atuação do psicólogo e quais protocolos devem ser seguidos diante de desastres e emergências aéreas, conforme mencionado anteriormente.

4  CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa teve como objetivo avaliar relatos de envolvidos em acidentes aeronáuticos no Brasil, especificamente sobre os voos Varig 254 e Tam 3054, além de comparar com a literatura dos últimos 10 anos sobre psicologia de desastres e emergências, transtorno de estresse pós-traumático e luto complicado. 

A aviação é inquestionavelmente, entre os meios de locomoção, um dos mais eficazes no século XXI, realizando transporte de cargas e passageiros pelo mundo todo, todos os dias do ano. Com uma história de mais de um século, desde seu primeiro voo, o avião é um instrumento de mobilidade dos mais eficientes, assim como um aparato de batalhas durante períodos de guerra.

Os acidentes aeronáuticos da aviação comercial são eventos raros, porém quando ocorrem deixam vítimas fatais e, em alguns casos, sobreviventes. A psicologia pode auxiliar tanto na prevenção quanto na mitigação das consequências de acidentes aeronáuticos ou desastres de outras naturezas.

Os relatos puderam evidenciar a dificuldade de lidar com consequências e eventos traumáticos, como os mostrados nesta pesquisa, deixando clara a necessidade de estudos sobre o impacto psicológico em vítimas ou pessoas diretamente ligadas a tragédias, expandindo também para outros campos de atuação da psicologia.

Dados encontrados sobre a atuação do psicólogo em momentos de crise demonstram uma lacuna nas pesquisas e estudos na área de desastres e emergências, mostrando a dificuldade na criação e entendimento de protocolos para estes momentos; a atuação do profissional ainda é algo novo, precisando de novas orientações e debates. 

Ainda a respeito da psicologia em momentos de crise, é importante ressaltar a necessidade de expansão de testes e atuações profissionais junto à prevenção de tragédias e acidentes. Outro ponto encontrado refere-se a treinamentos relacionados à psicologia, adequados para profissionais da aviação, os quais são escassos, podendo influenciar na tomada de decisões importantes durante e após o evento.

Existem poucas pesquisas sobre atuação profissional diante de desastres e emergências; percebe-se que ainda há pouco material e estudos nesta área, sendo que a maior parte é de cunho teórico. Além disso, se tem um baixo entendimento da atuação e de quais protocolos são necessários para o exercício profissional em situações de catástrofes, assim como capacitações para eventos de emergência ou desastres, demonstrando uma necessária evolução nessa área tão importante. A psicologia, enquanto ciência, é recente, áreas como a psicologia da aviação, ainda mais jovens, tendo um enorme campo de estudos.

Já no que se refere a transtornos associados, os resultados encontrados evidenciam que os acidentes aeronáuticos podem desencadear uma série de consequências psicológicas, sendo o TEPT e o Luto Prolongado alguns dos mais comuns. Os relatos de sobreviventes demonstram os desafios emocionais e psicológicos enfrentados por quem vivenciou diretamente algum evento traumático, ademais características dos transtornos citados são bem comuns entre os envolvidos.

Nesta pesquisa, foi possível perceber também que fatores, como idade, grau de parentesco com a vítima e nível socioeconômico podem ser fundamentais para o desenvolvimento de TEPT e Luto Prolongado. Isso abre a possibilidade de estudos futuros com vítimas, avaliando a prevalência destes resultados e suas consequências em longo prazo. 

Sobre a pesquisa e sua relevância, um ponto a ser destacado foi a falta de trabalhos de campo na área estudada, em que a maioria recente, principalmente no Brasil, são pesquisas teóricas. Este trabalho joga luz sobre o tema, demonstrando os impactos psicológicos existentes em acidentes aeronáuticos, assim como traz a literatura recente sobre a psicologia e suas áreas correlacionadas ao tema, com importantes críticas e apresentação das falhas encontradas. 

Uma das lacunas identificadas com esta pesquisa foi que os descritores utilizados para a busca de materiais teóricos para sua fundamentação não englobam a prevenção na área da psicologia da aviação, podendo ser desenvolvidas pesquisas que demonstrem sobre o pré-desastre, trabalhando em conjunto com a aviação, para que acidentes possam evitados. 

Como já citado, existem diversos temas a serem explorados no futuro, podendo ser relacionados aos protocolos utilizados em desastres e emergências. É uma área que ainda carece de atenção por parte dos pesquisadores, além de estudos práticos nas áreas citadas, assim como a expansão geral da produção científica.

A psicologia da aviação é um campo novo, existem diversos estudos a serem realizados no futuro, estas lacunas acadêmicas podem ter influência na atuação profissional e contribuir para uma confusão na prática da psicologia antes, durante e após acidentes.

Diante do exposto durante esta pesquisa se conclui que a psicologia tem um papel importante nos eventos de desastres e emergências. Deve desempenhar o seu papel fundamental, pois os impactos de tais acontecimentos não são apenas materiais, mas também humanos e, especialmente, mentais. Cabe aos profissionais da psicologia trabalhar com empatia e juntar forças com outras áreas da ciência para diminuir cada vez mais o sofrimento humano causado por desastres.

REFERÊNCIAS

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Ruan Deivid Cumerlatoo Acadêmico da 8ª fase do Curso de Psicologia da Universidade do Oeste de Santa Catarina, Campus de Joaçaba1
Ana Patricia Alves ViveiraMestre em Educação pela Universidade do Oeste de Santa Catarina; Professora no Curso de Psicologia da Universidade do Oeste de Santa Catarina, Campus de Joaçaba2