PAPEL DO ENFERMEIRO COMO EDUCADOR UTILIZANDO JOGOS DIDÁTICOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10059294


Erick dos Santos Castro1
Allaynna Camille Pinheiro Marques1
Maria Vitória Cabral Pena1
Graziela da Silva Moura2
Ginarajadaça Ferreira dos Santos Oliveira2


RESUMO

Introdução: O enfermeiro possui um papel fundamental na educação em saúde, de modo que busca maneiras de incitar os indivíduos a desenvolverem o senso de responsabilidade pela própria saúde. Neste setor, os jogos lúdicos podem dispor em inúmeras situações, usufruindo como recurso educativo, visando facilitar a socialização, a reflexão sobre a cultura, a importância do autocuidado e prevenção de doenças. Objetivo: Realizar revisão sistemática a fim de identificar a importância do enfermeiro como educador em saúde utilizando jogos didáticos na atenção primária. Metodologia: A metodologia aplicada ao trabalho se deu através de revisão sistemática, buscando publicações disponíveis na literatura científica sobre o papel do enfermeiro como educador utilizando jogos didáticos na atenção primária. Para isso, foram utilizados como fonte as bases de dados: SciELO (Scientific Eletronic Library Online), BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), GOOGLE SCHOLAR, e Pubmed. Resultados: É possível demonstrar a importância dos jogos lúdicos na saúde primária, tendo o enfermeiro como o principal provedor dessa ação de educação em saúde. De forma que este profissional e sua equipe proponham soluções práticas no cotidiano de seus pacientes, analisam e formalizam medidas em prol da saúde coletiva, orientando-os na prevenção de doenças, através dos jogos educativos, torna isso um mero entretenimento a fim de gerar a assimilação de novos conceitos e estimular o conhecimento, indo além de somente prestar atendimento clínico para o tratamento da doença. Conclusão: Conclui-se que o uso dos jogos lúdicos é de extrema importância na assistência de enfermagem na atenção primária, pois através do processo educativo a utilização de estratégias facilitam estruturação do aprendizado para recuperação, prevenção e promoção da saúde. Apesar da sua eficiência mediante a educação em saúde, o índice de utilização dos jogos lúdicos é baixa, e atenta para o aprofundamento acerca deste tema.

Palavras chaves: “APS”; “Educação em saúde”; “Jogos didáticos”; “Enfermeiro”.

1. INTRODUÇÃO

A atenção primária a saúde apresenta limitada capacidade de integrar tecnologias novas na assistência, além da escassez de profissionais capacitados para o fortalecimento dos serviços, somada as dificuldades de alcançar integralmente os pacientes, seja pela comunicação de difícil compreensão ou por metodologias ultrapassadas. Deve-se ressaltar que a atenção primária tem como objetivo principal a promoção e prevenção em saúde (Campos et al., 2018)

O profissional enfermeiro assume responsabilidade notória quanto as ações desenvolvidas frente aos desafios encontrados no estabelecimento da assistência de qualidade na APS, exercendo papel central para sua consolidação. Os enfermeiros são tidos como resolutivos, por possuírem potencial inovador, criativo e versátil a respeito da prevenção e promoção a saúde, atuando em áreas como gestão, atenção, ensino/educação (Thumé et al., 2018).

A educação promovida pelos profissionais de saúde, principalmente os enfermeiros, tem proporcionado aos indivíduos a abertura do caminho para o autocuidado e da compreensão de conceitos, que propiciam mudanças e melhorias nos hábitos de vida. Possibilitando aos usuários e profissionais uma troca de experiências e vivências que modificam o modelo assistencialista vigente (Christofoletti et al., 2020).

A educação em saúde torna-se incompreendida quando os usuários dos serviços de saúde possuem baixa escolaridade, quando a comunicação entre profissional e paciente é dificultada pela linguagem tecnicista e os profissionais não adaptam o assistir, resultando na baixa adesão aos serviços, as medidas de profilaxia e as de tratamento. Frente as essas problemáticas surge a necessidade de se implementar ações educativas de fácil compreensão que sejam realizadas por profissionais altamente capacitados.

Dentre as medidas utilizadas para promover saúde através de ações educativas de fácil entendimento para o usuário do serviço, há o uso de ferramentas como os jogos didáticos/lúdicos que são tecnologias leves, e que servem como meio alternativo para a flexibilização do ato de educar e um importante mediador do aprendizado em saúde (Martins, 2018).

Em face disso, estabeleceu-se a seguinte problemática da pesquisa: O uso de jogos didáticos/lúdicos pelo enfermeiro educador em saúde é um meio importante na atenção primária a saúde?

Este estudo justifica-se a partir da necessidade de se aperfeiçoar e compreender a importância da adoção de metodologias ou ferramentas didáticas e lúdicas na prestação do cuidado assistencial por profissionais da enfermagem na APS, e o quão valorosas estas tornam-se para a educação em saúde mediada por tais profissionais.

2. REFERENCIAL TEORICO

O Sistema Único de Saúde (SUS) tem em sua estrutura a divisão da atenção à saúde em três níveis distintos, sendo estes, o primário, secundário e terciário. Partindo deste pressuposto a Atenção Primária à Saúde (APS) é um dos campos de maior contato direto com as problemáticas socioambientais de indivíduos ou grupos. Nesse contexto as atividades de educação em saúde, tornam a assistência integral como fator transformador, pois aproxima usuários e modifica seus hábitos de saúde e vida, tais mudanças podem acontecer a partir de atendimentos individuais, e de forma coletiva em grupos ou rodas de conversas (Barreto et al., 2019).

A educação em saúde é compreendida como um processo de construção do conhecimento com intuito de gerar uma consciência sobre os cuidados em que o indivíduo deve ter consigo mesmo e até com seus familiares. Assumindo o papel de educador o profissional de saúde utiliza diversas ferramentas para informar a população sobre situações e cuidados com a saúde, estimulando o autocuidado (Carvalho et al., 2021).

A educação em saúde vai além de apenas educar ou transmitir conhecimento. É uma estratégia para o ensino-aprendizagem usada como importante ferramenta no cenário da atenção primária, viabilizando trocas de experiência e vivências, possibilita reflexões e autoanalises, gera responsabilidade social/ambiental, forma novos conceitos, autonomia para práticas em saúde e de vida individual ou coletiva ( Fernandes et al., 2019).

A partir dos conceitos de educação em saúde é importante pontuar suas diferentes concepções. Comumente considerada como um campo da saúde pública que tem o intuito de atuar na promoção da saúde e na prevenção de doenças. É considerada ainda como a transferência de conhecimento, chamada por Paulo Freire de educação bancária, em que o educando se comporta como um observador, filtrando as informações sem que estas sejam contextualizadas ou se quer possam ser objeto de análise. Aos assistidos e educados cabe o entendimento que o educar em saúde é uma ferramenta coadjuvante na compreensão das causas das doenças, da prevenção e nas ações de superação destas. Conforme a autoria do estudo, a educação em saúde é um mecanismo de construção dialógica do conhecimento, bem como de estímulo à autonomia, à participação popular e ao protagonismo dos sujeitos no autocuidado (Fittipald et al., 2021).

O enfermeiro possui diversas competências e possibilidades para atuar profissionalmente, sendo a educação em saúde uma atribuição indispensável no cuidar integral individual ou coletivo, a fim de que os indivíduos sejam responsáveis e autônomos frente as medidas de autocuidado. Ao se assentir como educador em saúde este identifica o seu papel em minimizar os questionamentos, as inseguranças e o medo apresentado frente ao tratamento instituído (Farias et al., 2018).

A enfermagem tem como um dos nortes principais o cuidado, o enfermeiro possui grandes responsabilidades frente a este. Um dos papéis desse profissional é estabelecer vínculos e um bom relacionamento com cada usuário, família e comunidade, visando designar atividades de educação em saúde que possibilitem a edificação do aprendizado. Este deve considerar o diálogo, apreciar e reconhecer a experiência do indivíduo, contribuindo para a prevenção de doenças e para a promoção da saúde, colhendo através das vivências o princípio da aptidão didática. Frente a isto, o enfermeiro deve ser entendido um personagem principal na adoção de métodos que visem um deslocamento social. Através da educação em saúde o ensino e aprendizado tornam-se mais leves, e possibilitam o diálogo e trocas entre educados e educadores, este último deve incentivar e atiçar a autonomia do usuário por condições melhores de saúde (Santos et al., 2018)

No que diz respeito a educação em saúde o enfermeiro deve expor uma predisposição à naturalidade e a convivência, a buscar pelo desenvolvimento do bem-estar, pela esperança, confiança, e autonomia para que o cliente possa escolher adequadamente medidas que possibilitem uma melhor qualidade de vida. Os enfermeiros devem garantir ao usuários uma educação pautada à sua rotina, com propostas que garantam a promoção da saúde e prevenção de doenças, assumindo considerável responsabilidade na qualificação dos autores do cuidar, desenvolvendo ações educacionais estratégicas que sejam aprovadas pelos usuários e familiares destes (Ribeiro; Andrade, 2018, p. 62)

Evidencia-se que o enfermeiro é supracitado como um simplificador das ações de educação em saúde, instigador da equipe e articulador frente aos desafios. Diante aos vínculos estabelecidos com os usuários o enfermeiro possui a capacidade de especificar e pontuar os assuntos mais convenientes para abordar nas práticas de educação em saúde, exercendo como descrito, papel fundamental na articulação de serviços e destacando-se como ator-chave na execução de tarefas. Este assume no ato de educar em saúde a responsabilidade de atribuir ao território temáticas relevantes para se abordar nas atividades; instigar a equipe afim de que táticas de estímulo comunitário sejam estabelecidas; estimular a execução da educação em saúde pela equipe de enfermagem e pela equipe multiprofissional (Barreto et al., 2019).

No tocante das práticas que visavam o ensino e o aprendizado por metodologias a educação em saúde determina alternativas que possibilitam a inserção do indivíduo no autocuidado e na aquisição do conhecimento, estas advém do uso de ferramentas que se caracterizam como meio facilitador do apreender. Dentre estes instrumentos há artifícios lúdicos que auxiliam na ampliação e aquisição de compreensões recentes, proporcionando aos indivíduos vivências particulares de cunho voluntário que concedem acréscimos cognitivos, sociais, afetivos, linguísticos, e psicomotoras, que permitem o aprendizado de temáticas singulares (Souza; Salvador, 2019).

As ações didáticas executadas através de métodos lúdicos contribuem diretamente para o saber despreocupado de limitações, assim como permitem a elucidação do ensino no desembaraçar da educação em saúde, bem como a possibilidade de analisar e discutir os conhecimentos adquiridos, desenvolvendo simetria entre o aprendizado elaborado ludicamente e a vivência (Valenti et al., 2019) Ademais, o ensino através do lúdico proporciona a vinculação dos pacientes e acompanhantes com os profissionais, permitindo que o saber e o aprendizado tenham significado frente as práticas de educação estabelecidas em conjunto, viabilizando o saber através da capacidade cognitiva e psicomotora (Olympio; Alvim, 2018).

Os usuários dos serviços de saúde apresentam grande descontentamento e desconforto quanto ao tempo de permanecia que seu quadro gera nas alas de internação, partindo desse pressuposto a enfermagem deverá implementar no hábito hospitalar meios distintos para reduzir a angústia e sofrimento apresentados, através do uso de jogos didáticos/lúdicos e brincadeiras que permitem gerar aprendizado e momentos de distração (Ayed et al., 2018). Ressalta-se que os jogos e brincadeiras pautados na ludicidade não devem ser realizados somente a um público específico, como ao infantil, mas deve atingir a todos aqueles que se sentirem dispostos, objetivando a redução do estresse, do sofrimento e da ansiedade destes (Fonseca et al., 2018)

Ao interligar as atividades lúdicas às tecnologias educacionais compelisse o conhecimento associado aos jogos e brincadeiras casuais ou com objeto já estabelecido, abrindo-se a possibilidade de trocas de experiências e vivências, bem como a criação de espaços recompensadores e humanizados que visem o usuário em sua integralidade. Ademais, as ferramentas tecnológicas educacionais podem ser mencionados como meio proposicional de gerar divertimento e recreações que permitam estimular a absorção e o entendimento de novas concepções, bem como facilitar a comunicação entre pacientes e enfermeiros (Vukićević et al., 2019).

3. METODOLOGIA

Trata-se de revisão sistemática integrativa sobre o papel do enfermeiro como educador utilizando jogos didáticos na atenção primária a saúde. Sendo este tipo de estudo, determinado por constituir uma metodologia que visa propiciar a condensação da compreensão e a fusão benéfica de dados consequentes gerados a partir de análises (Souza; Silva; Carvalho, 2010).

A partir da necessidade de identificar formas possíveis e cabíveis do prestar assistência na APS pelo profissional de enfermagem surge a seguinte questão para nortear a revisão determinada: O uso de jogos didáticos/lúdicos pelo enfermeiro educador em saúde é um meio importante na atenção primária a saúde?

Os artigos incluídos para esta revisão foram publicados entre os anos de 2018 à 2022, estando em língua portuguesa e inglesa, nas bases de dados seguintes: SciELO (Scientific Eletronic Library Online), BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), GOOGLE SCHOLAR e Pubmed. A partir da seleção e identificação dos textos, como critério para inclusão destes foram consideradas os que condizem com o tema estabelecido desta revisão e para exclusão aqueles que não estivessem de acordo com a temática proposta, permaneceram ainda aqueles que correspondiam aos objetivos, que foram publicados entre os anos de 2018 a 2022 e os que tivessem os descritores seguintes: APS; Educação em saúde; Jogos didáticos, Enfermeiro.

Foi estabelecido a partir dos achados três objetivos específicos para que se fosse respondido dentre os trabalhos científicos estabelecidos, sendo estes: Identificar artigos científicos que descrevam atividades do enfermeiro na atenção primaria utilizando jogos lúdicos; Verificar a relevância dos jogos lúdicos na prestação da assistência de enfermagem; Apontar o enfermeiro como educador em saúde na atenção primaria.

Foram encontrados 337 artigos correspondentes ao tema proposto na pesquisa, no entanto, com base no estabelecido dentre os critérios de inclusão e exclusão de trabalhos, 321 artigos não correspondiam aos objetivos, aos descritores, ao tema estabelecido e aos anos de publicação determinados, bem como não se encontravam dentro das bases de dados selecionadas. No total 16 artigos estavam de acordo com o estipulado, destes 7 (43,75%) encontravam-se na SciElo, 4 (25%) na BVS, 4 (25%) no Google Scholar e 1 (6,25%) na Pubmed. Eram correspondentes ao primeiro objetivo específico 8 trabalhos, dos quais 3 (37,5%) estavam na BVS e 5 (62,5%) SciElo. Respondiam ao segundo objetivo 6 artigos, dos quais 3 (50%) foram retirados da SciElo e 3 (50%) da BVS. Quanto ao terceiro objetivo específico, 8 trabalhos acordavam ao solicitado, sendo 3 (37,5%) encontrados no Google Scholar, 3 (37,5%) na SciElo, 1 (12,5%) na BVS e 1 (12,5%) Pubmed.

A partir disto foi executada a leitura específica dos trabalhos, e organização dos resultados obtidos de acordo com os objetivos específicos estabelecidos para a revisão.

4. RESULTADOS

4.1. IDENTIFICAR ARTIGOS CIENTÍFICOS QUE DESCREVAM ATIVIDADES DO ENFERMEIRO NA ATENÇÃO PRIMARIA UTILIZANDO JOGOS LÚDICOS

Dos trabalhos encontrados, 08 apontavam atividades realizadas por profissionais ou acadêmicos de enfermagem através de jogos ou ferramentas que remetiam ao lúdico na atenção primária mediante ao ato de educar em saúde.

Segue quadro abaixo de identificação dos trabalhos supracitados e tecnologias ou jogos lúdicos determinados em cada pesquisa.

Quadro 1. Trabalhos publicados que relatam a prática profissional do enfermeiro na atenção primaria através do uso de jogos ou metodologias didáticas.

BASE DE DADOANOTÍTULOJOGO OU METODO UTILIZADOCARACTERÍSTICAS DO JOGO



GOOGLE SCHOLAR



2020



Roda a seta: Jogo didático para práticas de educação em saúde




Roda a roda/ Roda a seta
Consiste em um círculo com uma seta ao meio com valores numéricos diferentes que equivalem a pontos. Após responderem corretamente aos temas voltados a saúde, os participantes giravam a seta afim de pontuar.


BVS


2021
Tecnologia educacional: A enfermagem e os jogos educativos na educação em saúdeAnálise de produções cientificas voltadas aos jogos educacionais na educação em saúde.

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SciELO




2019

ConheceDOR: Desenvolvimento de um jogo de tabuleiro para educação moderna em dor para pessoas com dor musculoesquelética




Jogo de tabuleiro
Partia do pressuposto de um jogo de tabuleiro comum, com pedras, cartas com questões certas ou erradas, no entanto estes itens eram correspondentes ao tema do trabalho (Testar o conhecimento dos usuários a respeito de enunciados relacionados aos cuidados, tipos e características de algias.

SciELO

2019
Jogos eletrônicos na atenção à saúde de crianças e adolescentes: revisão integrativaRevisão integrativa. Jogos eletrônicos – Promoção e Prevenção de doenças crônicas
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BVS

2018
Gênero, sexualidade e violência: percepção de adolescentes mobilizadas em um jogo online
Jogo online – Papo Reto
Jogo com tema sexualidade entre adolescentes. Ancorava-se na problematização da realidade, no protagonismo dos sujeitos sociais, na livre expressão, simulando situações reais vivenciadas pelos adolescentes.

SciELO

2022
Efetividade de jogo educativo para gestantes: conhecimento agregado e vivência das mulheres
Jogo de cartas e imagens
Jogo que visava boas práticas na assistência ao parto e aos direitos das mulheres nos períodos de pré-parto, parto e pós-parto. Tinha objetivo de preparar gestantes para o ato do parir, e para que estas compreendessem como seria o procedimento. Ao jogar deviam associar as imagens e cartas que eram correspondentes.






BVS






2018





Jogo de tabuleiro: uma gerontecnologia na clínica do cuidado de enfermagem






Jogo de tabuleiro
O jogo não se caracteriza como um tabuleiro convencional, mas através do uso de cartas que apresentam informações e dicas em relação ao envelhecimento ativo e saudável. Cada carta indica a quantidade de casas que o participante anda e em cada casa parada há referências sobre práticas saudáveis ou não, para o envelhecer. Vence o participante que chegar primeiro na linha de chegada


SciELO


2022
Tecnologias educacionais para abordagens de saúde com adolescentes: revisão integrativaRevisão integrativa: Cartilhas; Jogos; Vídeos; Websites; Simulações e Intervenções práticas

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Fonte: Castro; Marques, 2023.

4.2. VERIFICAR A RELEVÂNCIA DOS JOGOS LÚDICOS NA PRESTAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Dentre os trabalhos selecionados para esta revisão, 06 destacavam a importância e a relevância do uso de jogos ou ferramentas lúdicas pela enfermagem assistencialista, sendo fundamentais quando desenvolvidas e aplicadas conjuntamente aos usuários dos serviços ofertados, principalmente quando determinado ou direcionados aos eixos e setores da APS.

Carvalho et al. (2021) citam que a assistência de enfermagem pautada na utilização de jogos permite uma remodelação da compreensão. Assim como destacam que o uso dessas ferramentas propiciam a criação de um ambiente desconstruído, que possibilita escuta ativa e afetiva, que gera vínculos entre profissional e usuário dos serviços, e por meio dessas tecnologias permite uma remodelação do ato educacional através de sociabilidade provocante, estruturando saberes que modificam comportamentos, vícios e geram independência.

Partindo do pressuposto de que os jogos são recursos capazes de contribuir efetivamente para o ensino-aprendizagem, estando este fato atrelado ao lúdico por suas características atrativas e agradáveis. Valentim et al. (2019) citam que a relação estabelecida por estes recursos é horizontal, permitindo trocas e interações entre elementos, aguçando e contribuindo no aprendizado. Estes descrevem a respeito da possibilidade de jogos como os de tabuleiro estarem aptos para o desenvolvimento de sapiência frente as teorias, além de contribuir para o alcance e a conversão de condutas. Salientam que frente a aplicabilidade do jogo, a concordância entre o jogo e o saber é irrestrita, uma vez que incontáveis acontecimentos cognitivos e sociais possibilitam ao jogador experimentar o desenlace de adversidades, o conhecimento linguístico e a edificação de atribuições.

Conforme investigado por Fonseca et al. (2018) o jogo papo reto, ao qual são autores, é capaz de compreender objetos que elucidam carências, fragilidades e reforçar esfacelamento e ascensão da autenticidade juvenil, principalmente frente aos seus vínculos particulares. Com isso, os profissionais aptos ao interpretarem as respostas e resultados advindos do jogo, podem agir sobretudo nas vulnerabilidades apresentadas pelo público-alvo da pesquisa, principalmente no que diz respeito a questões de naturalização de violência, culpabilização da vítima etc.

O jogo de tabuleiro instituído por Olympio e Alvim (2018), como recurso educacional na gerontologia se destaca como um componente integrativo, que permite interação, lazer e formação de afinidade entre os participantes e profissionais, comportando-se como um tecnologia atenuante da assistência de enfermagem ao idosos. Os autores destacam que o jogo estimulado pelo lúdico e pela conversação gera nos participantes um olhar crítico-reflexivo frente as medidas de autocuidado e responsabilidade de si, frente a presença ou não de enfermidades e consequências naturais do envelhecer. Estes descrevem ainda que a utilização desta ferramenta é responsável por desenvolver conhecimento na progressão do envelhecer, bem como de estimular a promoção de capacidades, agindo como atividade de autoafirmação de idosos, do estímulo cognitivo, da dignidade, do social, das trocas e do aprendizado na clínica de enfermagem.

Os jogos eletrônicos utilizados na atenção à saúde de jovens e crianças, permite aos profissionais da saúde, principalmente aqueles que desenvolvem práticas educacionais a possibilidade de prestar uma assistência de qualidade, bem como demonstrar a esses que o uso de tecnologias didáticas permitem cooperar com a melhoria do quadro de saúde dos usuários e como estas ferramentas disponíveis podem modificar o cenário assistencial. Brandão et al., (2019) discorrem a respeito da importância da utilização dos jogos ou materiais lúdicos e didáticos pelos profissionais da enfermagem, que segundo os autores, são fundamentais no uso destes que se comportam como educadores que manipulam divertimento, geram convívio entre crianças e suas respectivas famílias.

D’avila et al., (2022) ao testarem a efetividade de jogos educativos com gestantes, discorrem a respeito da indiscutibilidade deste quando utilizado por enfermeiros da atenção primária a saúde nas orientações com mulheres em período gestacional. As autoras destacam a eficácia do jogo ao analisarem os dados gerados antes e após o emprego destes e do ato educacional e informativo de saúde, apontando ao cumprimento dos objetivos do jogo. Este torna-se ainda um importante recurso para a assistência de enfermagem no pré-natal, pois permitia a estas mulheres autoconhecimento, bem como discernimento frente aos seus direitos no pré-parto, parto e pós-parto, fazendo destas autônomas e decisivas.

4.3. APONTAR O ENFERMEIRO COMO EDUCADOR EM SAÚDE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA

Dos 16 artigos selecionados para estudo, 8 apontavam o enfermeiro como educador em saúde na atenção primária, sendo em unidades básicas, especializadas e até mesmo em ambiente escolar, ressaltando o papel fundamental deste profissional no autocuidado.

Ribeiro & Andrade (2018); Santos et al. (2018) e Barreto et al. (2019), afirmam que as atividades de educação em saúde podem ser realizadas desde o nível primário até o terciário de saúde, cabendo ao enfermeiro importante papel como cuidador e educador, bem como seu comprometimento ético e profissional, o que o torna um dos principais responsáveis ​​pela sistematização e promoção do autocuidado. Além de demonstrar que o desenvolvimento educacional de atividades de promoção da saúde reduz a incidência de doenças e auxiliam nas mesmas.

Santos et al (2018), Carvalho et al (2018) e Farias, Nery e Santana (2019), destacam que por ser responsável pelo cuidado, o enfermeiro também desempenha um papel singular na construção do relacionamento com cada usuário, família e comunidade, realizando atividades de educação em saúde e, assim, primando pela construção compartilhada do conhecimento. Este processo deve promover o diálogo, ter em conta e valorizar o conhecimento do indivíduo, contribuir para a prevenção de doenças e a promoção da saúde, procurar o ponto de partida das competências pedagógicas nas experiências, tendo medidas educativas apropriadas para mudar atitudes e melhorar a saúde.

Ainda, Carvalho et al (2018) menciona como as atividades educativas realizadas por enfermeiros são consideradas eficazes porque alcançam resultados positivos na prestação de cuidados e melhoram a saúde, a autodeterminação e a qualidade de vida das pessoas, criando um ambiente humano e seguro. Incentivando assim, a reflexão dos idosos, que foi seu público-alvo, a ampliar seu conhecimento e educação sobre o autocuidado.

Ribeiro & Andrade (2018) e Fernandes et al. (2019), acentuam o enfermeiro como profissional capacitado para incentivar e orientar atividades recreativas, pois essas práticas podem surtir efeitos positivos no processo saúde-doença dos indivíduos.

Ressaltando em seus estudos sobre as discussões da Rede de Pesquisa em Atenção Primária na saúde (APS), Thumé et al. (2018) enfatiza a importância do desenvolvimento de uma agenda política estratégica para a APS no SUS à luz dos desafios atuais em nível nacional e internacional e reitera sua defesa pela saúde e pela educação. Organizado em três eixos, considera a expansão da enfermagem nos últimos anos, os investimentos na expansão das escolas para formar enfermeiros e conclui com os desafios da prática da enfermagem com foco na atenção primária à saúde para garantir um futuro já presente nos indivíduos e nas populações atendidas.

Thumé et al. (2018), cita as mudanças nas políticas curriculares implementadas nos cursos de enfermagem, que visam à formação de profissionais que queiram contribuir para a implementação dos princípios e políticas do Sistema Único de Saúde (SUS). A profissão, que cresceu exponencialmente na última década, trouxe conhecimentos, habilidades e atitudes para atuar em áreas como enfermagem, gestão, ensino, pesquisa e controle social, aumentando assim a responsabilidade dos profissionais perante a sociedade. No entanto, num momento em que a participação do setor privado é generalizada e o crescimento não planejado está ocorrendo em todo o Brasil, exige que tenha determinada atenção à qualidade da educação.

Segundo Barreto et al (2019), a equipe multiprofissional encara a educação em saúde como responsabilidade de todos os profissionais. Alguns profissionais veem os enfermeiros como educadores importantes, enquanto outros os veem como praticantes de intervenções de gestão e assistência e, em contrapartida, de menor grau, de práticas educativas. Com isso, reforça o que Farias, Nery e Santana (2019) abordam, a responsabilidade da equipe de enfermagem em desenvolver estratégias educativas para se informar sobre a doença, sinais e sintomas, hábitos de vida saudáveis ​​e cuidados com tratamento adequado à condição e necessidades.

Fittipaldi et al (2021), apresentou por meio de análise documental, as estratégias de educação em saúde descritas na formulação de políticas públicas, a fim de determinar a existência de diferentes abordagens, identificando estratégias e orientações educativas interativas e complementares para o fortalecimento da autonomia e participação da população. Embora nem todas as abordagens estejam presentes em todas as diretrizes analisadas, seus conceitos distintos e complementares representam o poder de garantir a integridade da abordagem educativa em saúde na atenção primária. Além disso, identificou o atual revés político apontando a necessidade de rever as estratégias educativas e o seu impacto na saúde. Ainda salienta, conter diretrizes que visam a participação da população e o seu empoderamento como sujeitos autônomos, assumindo que os processos educativos só são eficazes se forem construídos através da liderança, da responsabilidade compartilhada e da autonomia.

Fernandes et al. (2019) corrobora que a enfermagem é um dos pilares fundamentais na implementação da política pública de saúde, a convergência entre a formação universitária e a atividade profissional deve ser promovida no currículo para fortalecer efetivamente o vínculo entre o ensino e a prática.

Ademais, Fernandes et al. (2019), frisa a relevância da enfermagem no Programa Saúde na Escola (PSE) e determina a percepção dos estudantes de enfermagem sobre as práticas educativas de enfermagem em ambiente escolar. Para os autores, a escola é o ambiente mais importante para o desenvolvimento de relacionamentos, a formação de valores pessoais críticos e políticos e o desenvolvimento da forma de aprender e de viver em sociedade. Portanto, este âmbito merece mais atenção no que diz respeito à educação em saúde, já que à medida que as práticas de saúde transformam, também são possíveis mudanças na educação.

5. CONCLUSÃO

A partir dos achados e análises dos trabalhos, é possível concluir que o uso de jogos ou metodologias lúdicas são importantes ferramentas para a assistência de enfermagem na atenção primaria, pois comportam uma gama de possibilidades frente ao que se pode considerar quanto ao meios educacionais em saúde. Estas desenvolvem nos usuários a capacidade cognitiva, despertam o interesse e a busca por informações, permitem a criação de vínculo entre profissionais e usuários, transformando a assistência em sua integralidade segura, ausente de barreiras, tornando oportuna as trocas de experiencias entres usuários participantes da aplicabilidade destas ferramentas, bem como entre usuários e os profissionais da saúde.

Os enfermeiros ocupam na APS função essencial quanto as ações voltadas para a educação em saúde, pois são tidos como os principais fomentadores deste processo juntamente com sua equipe. Apontados como resolutivos, criativos, são vistos como provocadores e que aguçam a participação dos indivíduos nos mais variados serviços ofertados na atenção primaria, bem como prezam pela responsabilização e autonomia da população a qual assistem.

Estes profissionais demandam constantemente por alternativas que permitam à proximidade da comunidade com a unidade a qual atuam. Dentre os caminhos para isso, a educação em saúde através da utilização de dispositivos didáticas como os jogos torna possível este fato, pois geram incentivos, permitindo que os usuários se sintam como parte importante e fundamental da metodologia adotada. Estes recursos são facilitadores da comunicação, da prestação da assistência humana e integral.

Apesar da pesquisa em si, nos apresentar resultados extremamente positivos frente ao uso dos jogos didáticos pelos enfermeiros na atenção primaria a saúde, devemos destacar algumas questões negativas em relação aos dados gerais da temática. Houve durante os anos estabelecidos uma quantidade muito baixa de trabalhos produzidos que destacavam o enfermeiro como sujeito que promovesse a assistência na APS através destas metodologias, outro fator pouco descrito estava relacionando as questões de tempo e recursos acessíveis a estes profissionais no desenvolvimento e aplicação destes dispositivos. Vale ressaltar novamente que apesar da contribuição e efetividade destas ferramentas educacionais, pouco se fala, se utiliza e produz cientificamente ao longo dos anos, principalmente no nível primário da atenção à saúde, onde estas muito provavelmente a partir de sua aplicabilidade gerariam resultados e mudanças positivas não somente na população assistida, mas também do modelo assistencial vigente.

6. REFERÊNCIAS

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BRANDÃO, I. A. et al. Jogos eletrônicos na atenção à saúde de crianças e adolescentes: revisão integrativa. Acta Paulista de Enfermagem [online]. 2019, v. 32, n. 4. Acessado 6 outubro 2023, pp. 464-469. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1982-0194201900063.

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1Discentes do curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade Martha Falcão Wyden

2Docentes do Grupo Wyden Educacional da Faculdade Martha Falcão Wyden