VIOLÊNCIA NA ESCOLA E A RESPONSABILIDADE DA FAMÍLIA: AGRESSIVIDADE OU TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E hIPERATIVIDADE

VIOLENCE AT SCHOOL AND FAMILY RESPONSIBILITY: AGGRESSIVITY OR ATTENTION DEFICIT HYPERACTIVITY DISORDER

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/dt10202503292355


Carolina Caldeira Valente1; Alan de Freitas Barbieri2; Roberto Kennedy Ferreira da Silva de Queiroz3; Roberto Santos Barbieri4; Allan Kardec Carlos Dias5; Poliana Aroeira Braga Duarte Ferreira6


RESUMO

Este trabalho tem como objetivo identificar a violência no ambiente escolar e a responsabilidade da família para ajudar a combatê-la. A importância desse tema deve-se ao fato de que a violência é um fenômeno social complexo que vem se generalizando e atingindo todas as instâncias sociais. Na escola, esse fenômeno tem sido causa de preocupações constantes, por isso, faz-se necessário entender os mecanismos da violência no ambiente escolar, visando acabar com esse mal que tantos problemas traz para o aprendizado e o desenvolvimento saudável dos alunos. Para que isso possa acontecer, é imprescindível a presença da família na escola para auxiliar na busca de soluções para esse problema. E não rotular qualquer comportamento agressivo com o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Somente com a erradicação da violência do ambiente escolar é possível que a escola seja um ambiente harmônico e saudável para a promoção do aprendizado dos alunos.

Palavras-chave: Violência; Escola; Família; Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.

ABSTRACT

This work aims to identify violence in the school environment and the family’s responsibility to help combat it. The importance of this topic is due to the fact that violence is a complex social phenomenon that has become widespread and affects all social spheres. At school, this phenomenon has been the cause of great concern, therefore, it is necessary to understand the mechanisms of violence in the school environment, aiming to put an end to this evil that brings so many problems to the learning and healthy development of students. For this to happen, it is essential that the family is present at school to help find solutions to this problem. And don’t label any aggressive behavior with Attention Deficit Hyperactivity Disorder. Only by eradicating violence from the school environment is it possible for the school to be a harmonious and healthy environment for promoting student learning.

Keywords: Violence; School; Family; Attention Deficit Hyperactivity Disorder.

INTRODUÇÃO

A violência é um dos fenômenos que permeia a história da humanidade em todas as suas instâncias e se manifesta de variadas formas em todos os ambientes sociais.

Em um mundo no qual parte das pessoas tende a alguma forma de hipocondrismo, por assim dizer, tem-se um crescente e indiscriminado uso de medicamentos para “acalmar” as crianças com sinais de agressividade. Neste cenário, torna-se mais fácil medicar as crianças e taxá-las como portadoras do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Conforme a Associação Brasileira do Déficit de Atenção, este transtorno apresenta a seguinte definição:

“O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD.”

É elementar que há indivíduos portadores deste transtorno e que necessitam de um acompanhamento psicológico e psiquiátrico. Todavia, no âmbito das escolas, membros de seu corpo docente, mesmo em situação de ausência de conhecimento específico, tendem a rotular alunos de comportamento agressivo e violento como portadores do TDAH, sem um diagnóstico seguro para verificar a real causa do problema, o qual deveria ser realizado por profissionais especialistas na temática. Estabelecido tal rótulo, que dá a aparência de “problema resolvido” aos casos, a criança fica mais transparente e menos acolhida no ambiente escolar.

Nos tempos atuais, as pessoas convivem com sentimento de impotência diante da violência disseminada no meio social sob diversas formas: física, verbal ou psicológica, explícita ou implícita. A situação tem se tornado tal que em muitos meios a violência deixa de ser percebida por muitos, possivelmente, por fazer parte do modo de conviver e ser no mundo atual.

A importância de se estudar a temática da violência escolar deve-se ao fato de que a escola parece estar tornando-se um campo de batalha, pois a violência entre alunos está aumentando e se apresenta de várias maneiras, seja por agressão física, verbal ou em forma de brincadeira. 

A violência na escola não é um fato novo. Todavia, é uma realidade preocupante, considerada como consequência da violência estrutural que vem se espalhando no meio social, representando, na verdade, um obstáculo para o desenvolvimento da prática docente, da convivência harmoniosa entre os alunos e professores e, consequentemente, de um processo educativo mais efetivo e participativo. Por isso, faz-se necessário buscar novas formas de intervenção para enfrentar as manifestações da violência na escola.

Por isso, segundo Fante (2005), uma maneira de minimizar esse problema é estabelecer ações preventivas de abordar a violência, trabalhando adequadamente com temas que abordem a necessidade de cultivar a cultura da paz na escola e a convivência harmônica entre todos, assim como buscar uma participação maior da família na escola. 

Mesmo porque, a violência é um problema que traz consequências para todos os integrantes das instituições escolares como diretores, professores, alunos, pais e para a própria comunidade em que está inserida. Assim, o fenômeno da violência nas escolas exige de todos os olhares diferenciados sobre essa questão.

Os atos de violência nas escolas podem estar relacionados a várias questões estruturais, em nível familiar e social. Na escola, a violência pode revelar-se de várias maneiras, por meio de comportamentos, atitudes, pensamentos e sentimentos que permeiam as relações de todos que compõem a comunidade escolar. 

As formas de manifestação de violência, mais comuns, não são vividas, muitas vezes, como um ato de agressividade e, sim, como o modo habitual e cotidiano de ser tratado e de tratar o outro, afetando os relacionamentos. Por isso, as situações de violência se repercutem tanto na qualidade do ensino quanto na aprendizagem dos alunos.

Diante disso, o objetivo geral desta pesquisa é identificar a violência no ambiente escolar e a responsabilidade da família para ajudar a combatê-la. Mesmo porque, as consequências que vêm da violência estão fazendo com que a escola, que deveria ser considerada um local seguro para o desenvolvimento físico e intelectual dos alunos, está se tornando um local de medo e de insegurança. Fato que pode contribuir para que crianças e jovens se desinteressem por seus estudos e, com isso, a repetência e a evasão vão se consumando e se tornando ainda maior.

Por isso, a família deve juntar forças com a escola a fim de buscar soluções para esse problema e identificar os motivos pelos quais as crianças estão cada vez mais violentas. Pois, a presença da violência nas escolas brasileiras tem sido um constante desafio para as autoridades e, principalmente, para os pais que apesar de desejosos de dar uma formação educacional para seus filhos, sentem medo do que eles irão encontrar dentro das instituições e nas suas redondezas.

A escola é o local para as crianças receberem as bases de seus conhecimentos, aliadas à formação cidadã e não um local para a prática de relacionamentos violentos, os quais devem ser repudiados de todas as formas possíveis.

TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE versus A VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS

É elementar que para os pedagogos é complexo saber discernir a diferença entre uma criança agressiva por influência de fatores externos de uma criança portadora do TDAH. Para Lemes (2016, p.14), o TDAH é definido especialmente por traços de desatenção, hiperatividade e comportamento impulsivo. Tais características podem ser facilmente enquadradas como rebeldia ou pirraça e, desta forma, a diferença é quase imperceptível.

Esta sutil distinção de dois tipos de indivíduos sejam eles, o TDAH e o violento, gera uma tendência em taxar todas as crianças como TDAH e encaminhá-las a médicos. E estes, para solucionar a aflição dos pais por ter um filho problemático, geralmente medicam a criança. Neste diapasão conforme Donizetti (2022, p.20) abaixo citado:

“Atualmente se tornou bem comum generalizar o uso do termo para qualificar crianças que não apresentam um bom comportamento, seja ele na escola, em casa, ou em qualquer outro lugar; isso é um grande equívoco, visto que o portador de TDAH possui um transtorno neurobiológico de causas genéticas, reconhecido oficialmente pela OMS (Organização Mundial de Saúde), (…), diferente de outras crianças, tidas como normais.”

Isto é, os profissionais das diversas áreas, desde o ambiente escolar até o médico, ao cometerem o equívoco de taxar toda criança agitada ou violenta como portadora do TDAH geram consequências graves à saúde das crianças. A falta de paciência, acolhimento e empatia das crianças, em virtude do imediatismo arraigado na sociedade brasileira, torna mais fácil medicar do que ouvir e compreender o universo da criança agressiva. 

A tênue diferença entre uma criança TDAH para uma “levada” é primordial para evitar diagnósticos errados. Para Braga (2023, p.51) a criança que tem infantilidade, ócio, divagação, ausência de foco, notas baixas e cólera, precisa de uma avaliação de um profissional especializado. Mas, a sutil diferença é que o portador do TDAH não consegue terminar as tarefas, acompanhar a evolução da classe e não se adapta a mudanças de rotina. Já a criança levada, mesmo com a sua agitação, consegue todos os itens supracitados. Todavia, na maioria dos casos, o TDAH é mascarado através de diversas aulas particulares ou enquadrando a criança como “burra”, ainda que tal classificação seja descabida.

Neste cenário, a única saída para este ser humano à margem da sociedade, por ter sido excluído do seu grupo social, é a agressão. Assim, os portadores deste transtorno optam por agredirem seus pares como uma forma de autodefesa de toda a descriminação sofrida nos intramuros escolares.

Por fim, é primordial o discernimento entre o TDAH e a agressividade. Com o objetivo de acolher a família e a criança da melhor forma possível e ocasionar um crescimento equilibrado a mesma.

ESCOLA E SEU PAPEL DIANTE DA VIOLÊNCIA

Em outro giro, a omissão das escolas frente a problemas psicológicos das crianças, pode deixar sequelas irreversíveis na formação mental e física delas e, se são medicadas, o uso de qualquer medicamento, principalmente se for desnecessário, pode apresentar agravamento da situação em decorrência das contraindicações para uso dos fármacos. Assim, a escola precisa adotar políticas públicas adequadas para acolher a diversidade de seus alunos.

A escola não é um lugar neutro, ela é um espaço político por excelência, seja pelo fato de sofrer impacto e trabalhar sob a ótica de políticas públicas (e, por sua vez, do poder instituído), seja por ser um local onde se dão os mais variados modos de relações entre os diferentes segmentos da comunidade. Nela se manifestam os diversos jogos de poder e as diferentes intenções e projetos. 

Sendo assim, refletir o papel da democracia torna-se o núcleo em torno do qual são articuladas e explicitadas intenções, práticas e valores. Por isso, é necessário conhecer a realidade da escola; pois, estar de posse desse conhecimento ajudará a enfrentar os problemas e os desafios cotidianos que ocorrem no interior desta instituição. Isto engloba a diversidade do colegiado de alunos, do qual o presente artigo tem como foco os portadores de TDAH e os taxados normais que são agressivos por circunstâncias diversas.

Nesse caso, tudo que for criado para o bem da educação das crianças e da escola deve surgir por ocasião de seus próprios cotidianos e retornar a eles, para assim poder ser válido e ter respectivo valor, e sucessivamente dar possibilidade de todos os envolvidos de ressignificarem também seus conceitos e valores, objetivando o bem comum. Visualizar a sociedade como um todo é um dos pilares para compor um cidadão e isto abrange a inclusão da variedade de pessoas.

A individualidade do ser humano acarreta uma infinita possibilidade de personalidades e transtornos mentais. Mas, cada ser irá enfrentar as suas dificuldades do cotidiano de forma singular. Conforme Libâneo (2012, p. 74), “não é possível considerar o indivíduo fora das circunstâncias históricas e do contexto em que vive e trabalha”, pois, “a natureza humana é social e histórica”. Assim, o homem vive em constante superação: renovando formas, transformando estruturas, recriando as relações e reformulando seus objetivos e metas.

Por isso, a educação escolar, como meio fundamental de democratização da sociedade, ao participar da formação cidadã do indivíduo, deve estar articulada com a família e com os princípios próprios da democracia, ou seja, de responsabilidade, de solidariedade, de resiliência e de participação, onde se faça prevalecer os interesses da sociedade. 

Ao lidar com crianças que apresentam certos problemas, a escola deve buscar por mais participação da família, para que possa vivenciar no seu dia a dia, uma prática onde seja normal o exercício da capacidade de saber argumentar, de negociar, de dialogar e de mediar conflitos. E não simplesmente rotular qualquer comportamento fora do patrão como um TDAH.

Segundo Beaudoin e Taylor (2006), as escolas, por serem locais onde os profissionais e os estudantes interagem, enfrentam-se e perseguem seus objetivos, devem ser caracterizados como um clima educacional positivo e devem dar importância ao aspecto relacional, que tem um significado importante e reconhecível, especialmente para os jovens. Pois, o que falta aos adultos (educadores e familiares) é o conhecimento das reais necessidades dos alunos e de um método capaz de construir uma relação educacional satisfatória, visando compreender melhor as demandas deles e dar a conhecer as suas, ou seja, de uma comunicação mais eficaz entre as partes. 

Como qualquer outro lugar frequentado por faixas etárias diferentes, a escola tem a obrigação de ter como objetivo prioritário a promoção de um contexto que seja satisfatório desse ponto de vista, aberto ao amadurecimento do grupo, ao desenvolvimento de relações positivas entre os alunos, suficiente para construir um sentido, um peso e um significado, em termos de amizade e solidariedade, reconhecíveis por todos os seus componentes.

Dar ênfase à escola como contexto fundamental para o crescimento do aluno, contribuir para o relacionamento educativo com o adulto, estimular, além dos resultados na escola, o amadurecimento pessoal de todos, são objetivos que requerem profundas transformações na vida dos estudantes, do corpo docente e das famílias, que redefinirão papéis, funções e expectativas de todas as partes envolvidas. 

No entanto, segundo Castro e Abramovay (2006), a realidade de muitas escolas na atualidade, principalmente nas grandes cidades e em suas periferias, é de medo. Isso decorre do fato de que tem havido muitos episódios de violência tanto no interior das escolas como em seus arredores. Porém, a violência não é um fenômeno nascido na escola, ela faz parte do contexto social e tem aumentado e alcançado outros espaços, como a escola. 

Por isso, um dos maiores problemas enfrentados hoje nas escolas é a violência, a qual manifesta-se de várias formas: está no jeito de falar, no modo de se posicionar frente aos professores, nos gestos e nas ações. O que mais se vê frequentemente nas escolas é a formação de grupinhos, para não dizer de “gangues”, pois os alunos se juntam para se tornarem mais fortes e amedrontar os colegas e pressionar os professores. Esta é a forma mais comum de violência praticada pelos alunos dentro das escolas. Os alunos que são alvos dessa violência, na maioria das vezes, têm medo de denunciar e sofrer as consequências.

Nesse sentido, Fante (2005) esclarece que é comum às vítimas do comportamento violento ou agressivo vivenciem sentimentos de medo, vergonha, raiva, entre outros, pois são expostos, por longo período, à ação dos seus agressores, e de outros que assistem às agressões sem nada fazerem, sendo somente expectadores omissos. Nesse contexto, o agredido tem reações como ansiedade, irritação, angústia, melancolia, pensamentos de vingança e até de suicídio. Tudo isso pode ocasionar estresse e outros transtornos psicológicos, que podem eclodir sob as mais variadas formas de violência.

A continuidade dessa violência se dá por variadas situações, aponta Fante (2005), dentre elas, a ação omissa e conivente dos próprios professores, que muitas vezes, são desprovidos de informações e conhecimentos sobre o fenômeno da violência, que pode ocorrer dentro da própria sala de aula. Por isso, o profissional de educação deve saber identificar as diversas formas de violência que os alunos podem enfrentar e é imprescindível que saiba distinguir os diversos tipos de comportamentos violentos, a fim de evitar constrangimentos aos alunos que são as vítimas.

De acordo com Avanci, Pesce e Ferreira (2010, p. 184), “é grande a relação da violência com as emoções, com o comportamento e com a cognição de crianças e adolescentes. No entanto, reconhecer essas consequências não é fácil”. Isso ocorre porque nem sempre a violência sofrida é relacionada ao comportamento e ao aprendizado dos alunos. Por isso, para as autoras, “ainda mais difícil é perceber a relação entre a vivência de violência e os problemas emocionais e cognitivos dos alunos”.

Para Moehlecke (2010) uma das razões que contribuíram para o aumento da violência nas escolas foi a diminuição da importância atribuída a certos valores morais e assim abriu-se o caminho para a agressividade, indisciplina e delinquência. Esse fenômeno crescente tem alterado o comportamento dos alunos e expressado suas frustrações nos ambientes escolar, familiar e social. Segundo Rosa (2010, p. 12):

A prevenção deve começar em casa, com a devida educação e repasse de valores éticos e morais aos filhos, mas quando isso não é suficiente, quando não há possibilidade de diálogo entre pais e filhos, ou até mesmo quando as famílias não são estruturadas, faltando em muitos casos para crianças e jovens a presença do pai, mãe ou ambos, cabe a escola promover essa prevenção.

Diante disso, é fundamental que a escola desenvolva ações e projetos que visem reduzir e, até mesmo, eliminar os episódios de violência em seu interior, seja ela implícita ou explícita. Para isso, é fundamental que a escola proporcione a capacitação de seus professores e envolva mais as famílias em seus projetos. Segundo Tortorelli, Carreiro e Araújo (2010, p. 36), “a importância da intervenção junto aos alunos, pais, professores e funcionários, com o objetivo de possibilitar uma conscientização de todos os envolvidos acerca do fenômeno, permitirá combatê-lo”.

Mesmo porque, essa não é uma luta que a escola deve enfrentar sozinha Mas pode amenizar sua manifestação pois, de acordo com Rosa (2010, p. 3), “a violência no ambiente escolar é um problema complexo e sua resolução requer a participação efetiva de todos os envolvidos: professores, alunos, gestores, comunidades escolar, família e sociedade”.

Sendo assim, no caso específico da violência no interior do ambiente escolar, são necessárias medidas rápidas, pois com o passar do tempo a escola poderá tornar-se um ambiente inseguro tanto para os alunos como para os professores. Por isso, a escola deve formar cidadãos mais conscientes de suas responsabilidades individuais e coletivas, contribuindo para que a violência na comunidade diminua, pois o aluno que tem um comportamento responsável na escola poderá ter o mesmo comportamento na sociedade.

FAMÍLIA: RESPONSABILIDADES CONTRA A VIOLÊNCIA

O clã familiar em seu estereótipo mais sublime seria composto por indivíduos que não tem problemas financeiros, psicológicos e nem físicos. Entretanto, a realidade é totalmente diferente diante da instabilidade econômica que atinge o país, sendo unânime a ausência desta tão sonhada estrutura familiar. 

Todavia mesmo assim, a família é o grupo social fundamental, ela deve ter participação maior no contexto escolar para dar suporte e auxiliar na busca de soluções para problemas referentes ao aprendizado e comportamento dos alunos. Isso é importante porque, para que o adulto saiba conviver em sociedade, a família deve prepará-lo desde a sua infância, usando sua autoridade e impondo limites, pois a falta destes pode resultar numa dificuldade no convívio democrático. 

Pois, como esclarece Paro (2016, p. 241), “de maneira geral, a família é uma forte reprodutora das normas e valores sociais. Essa função confere-lhe o caráter conservador, já que ela está aí para manter e não para transformar a sociedade”. É, então, na família que a criança aprende a se relacionar e a se integrar no mundo adulto.

Considerando que o ser humano precisa da socialização para sobreviver, é sabido que a educação recebida das pessoas com as quais convive é essencial para que a criança tenha um bom relacionamento interpessoal. Esta socialização inicial, feita pela família, se manifestará na escola, de forma positiva (bom relacionamento com colegas e professores) ou de forma negativa (indisciplina em sala de aula, violência com os colegas, entre outras). Por isso Abramovay (2006, p. 367) afirma que:

A parceria entre escola e família, mais especificamente o estreitamento da relação entre professores, alunos e suas família, é algo de fundamental importância, pois estes microssistemas são vistos como importantes agentes de transformação, sendo impreterível a compreensão da interpretação de cada um deles sobre o problema da violência e a forma pela qual estes são afetados por ela.

Na escola, são vários os aspectos que auxiliam a criança a ter um maior progresso na aprendizagem, todos ligados ao cotidiano e à rotina familiar que, se bem trabalhados, vão se tornar aliados no desenvolvimento da criança. Um destes aspectos é a organização e a família deve ensinar a criança a se organizar. É importante que haja organização dentro do lar e que a criança participe, tendo responsabilidades. 

De acordo com Paro (2016, p. 55), “os pais e as condições do lar moldam a criança em seus primeiros anos de vida”. Pode-se observar que a sociedade brasileira é composta por famílias que travam uma luta árdua e diária para sobreviver. Esta situação atinge as crianças, que enfrentam dificuldades para aprender. Assim, muitos dos problemas de aprendizagem podem estar ligados à estrutura familiar, ao número de irmãos, à posição do aluno entre eles, ao tipo de educação dispensada pela família e, em alguns casos, o TDAH.

A educação familiar ideal, segundo Aranha (2006), é aquela feita com amor, paciência e coerência, porque desenvolve nos filhos a autoconfiança e a espontaneidade que favorecem a disposição para aprender. Mas é comum encontrar adultos que ensinam uma coisa e fazem outra. Por exemplo, um pai que costuma conversar com seus filhos, ensinando-lhes o valor da amizade e do respeito ao próximo, estaciona o carro em fila dupla, paga mal aos empregados ou não assume seus compromissos, ensinando aos filhos, indiretamente, como expõe a autora acima, valores negativos. 

Quanto à violência intrafamiliar, Oliveira (2011, p. 334) afirma que “a primeira violência seria a negação do afeto para a criança, que depende disso para sua sobrevivência psíquica, assim como depende de cuidados e de alimentação para sua sobrevivência física”. A violência intrafamiliar é um fenômeno que atinge todas as classes sociais. Isto é, quando os pais observam a falta de atenção de sua prole é melhor procurar um especialista do que optar pela agressão. Portanto, faz-se necessário acabar, primeiramente, com esse tipo de violência para que ela não se reflita na escola, fazendo com que os alunos reproduzam no ambiente escolar a violência que vivenciam em casa.

A violência existe desde os tempos remotos. Porém, nos últimos anos ela ganhou força e passou a fazer parte do cotidiano de todas as pessoas, de uma forma ou de outra. Ela está presente em todos os países do mundo e se apresenta de diferentes formas. No entanto, é muito difícil conceituar o que é violência, como afirma Minayo (2006 p. 10), ao afirmar que ela é, “por vezes, uma resultante das interações sociais; por vezes ainda, um componente cultural naturalizado”. A violência abrange muito mais que uma dor física, pois esta pode estar relacionada a humilhação e em consequência a descriminação. 

A questão da violência surgiu com a própria história e vem sendo muito discutida na atualidade por ter ganhado novos espaços, como nas relações entre crianças, seja no ambiente familiar ou escolar. O crescimento da violência, segundo Priotto e Boneti (2009), parece estar associado às dificuldades sociais e de privação de bem-estar da população. Já Bock, Furtado e Teixeira (2018, p. 333), afirmam que a violência está disseminada na sociedade, porque “se observa a deterioração de valores básicos e agregadores da coletividade, da solidariedade, da justiça e da dignidade”.

A violência que é vivenciada por todos e parece ser absorvida como prática natural, sendo incorporada ao cotidiano, sem que sejam avaliadas e percebidas as dimensões de suas consequências. Diante disso, cria-se um ambiente de insegurança que faz com que as pessoas se recolham dentro de si. Isso ocorre porque, a violência traz consequências funestas para o convívio humano, pois muitas pessoas, por medo de se tornarem vítimas, preferem se isolar. 

Segundo Priotto e Boneti (2009, p. 164) a partir de quando os limites antissociais das condutas foram ultrapassados, facilitaram o indesejável avanço da violência na escola, “o que representa a ausência de poder dos pais, da sociedade em geral ou a ausência dos próprios valores”.

Na escola, a violência pode apresentar-se de várias formas nos relacionamentos entre alunos e entre eles, os professores e a comunidade escolar como um todo. Ela pode manifestar-se no comportamento agressivo dos alunos, nas brigas, agressões verbais e físicas, assim como em qualquer outra forma de interdição do bem-estar. Essas são formas de violência implícita que é facilmente detectada e reconhecida.

Porém, segundo Fernández (2005), a dificuldade de detecção ocorre quando a violência é implícita, podendo estar disfarçada no comportamento indiferente dos diferentes atores, na falta de cooperação e de diálogo, nas brincadeiras desagradáveis e nos apelidos. Pode se dar também nas relações autoritárias entre professor e aluno na sala de aula e entre os próprios professores e os próprios alunos. Além disso, ela pode estar presente nas precárias condições de trabalho dos professores.

Assim, discretamente, a violência implícita acaba sendo incorporada ao cotidiano escolar permeando as relações existentes em seu interior, passando despercebida. O momento histórico pelo qual passa a sociedade gera abertura de mudanças, neste sentido, a escola é um instrumento de suma responsabilidade na formação de consciência. Mesmo porque, de acordo com Abramovay (2006, p. 294):

A violência urbana e a criminalidade são tidas como propulsoras da violência que se manifesta nos arredores da escola. A escola pode ser perpassada por diversos tipos de situações da ordem da violência urbana e da criminalidade, que não são específicas à dinâmica escolar, mas que afetam seu cotidiano, interferindo no ambiente, na maneira como ela se organiza e nas relações entre os atores sociais que nela convivem.

Sendo assim, o clima de violência urbana vivenciada no cotidiano das pessoas atinge de maneira funesta a escola, trazendo medo e insegurança. As crianças carregam uma carga pesada de um ambiente que causa a degeneração de valores como solidariedade, respeito e a dignidade, pilares de sustentação da sobrevivência da sociedade. Isso ocorre porque, de acordo com Rosa (2010, p. 6), “enquanto Instituição, a escola, sofre os reflexos dos fatores de violência externos que têm gerado conflitos manifestados dentro da sala de aula, comprometendo o aprendizado e as relações interpessoais”.

A escola, quando não aborda esse problema e não propõe soluções para ele em seu ambiente, torna-se reprodutora de desigualdades sociais e perpetuação da violência. A violência é uma questão fundamentalmente social, pois como afirma Abramovay (2006), o comportamento dos indivíduos faz parte de um conjunto de valores sociais e culturais que os levam a exibir atitudes violentas que envolvem o ambiente social e escolar.

No que se refere à violência que ocorre no interior da escola, Abramovay (2006) esclarece que pode ser de dois tipos: a violência escolar é aquela que acontece no interior da escola e que aponta uma reação contra a instituição escolar, que pode se manifestar sob forma de depredação do patrimônio, roubos, furtos e também ameaças aos professores ou atos de vandalismo; já a violência na escola, é caracterizada como aquela que não diz respeito, especificamente, ao universo escolar, ela poderia acontecer em qualquer outro lugar, mas acontece na escola por ser um dos lugares onde os alunos se encontram. 

A escola e a educação podem, realmente, contribuir de forma positiva para a superação do problema da violência dentro de seus muros. A violência na escola já vem acontecendo há muito tempo, mas parece que há uma espécie de pacto de silêncio, em que ninguém abordava abertamente este assunto. Provavelmente, porque a violência ainda não era tão grave como é hoje em dia. Sobre esse assunto, Abramovay (2006) relata que a ocorrência de violência na escola não é um fenômeno da atualidade no mundo ocidental, mas somente a pouco tempo constituiu em um objeto de reflexão por ter se tornado um problema social de grande gravidade.

Além de a violência ser um fenômeno social, a sua presença na escola também depende do tipo de relação que a escola tem com seus alunos, e que ela pode criar novos tipos de relações com seus alunos a fim de superar esse problema. Por isso, Abramovay (2006) explica que é necessário entender que a educação é um processo e construção coletiva, contínua e permanente de formação do indivíduo, que se dá em relação entre os indivíduos e entre estes e a natureza, a escola é, portanto, o local privilegiado dessa formação, porque trabalha com o conhecimento, com valores, atitudes e a formação de hábitos.

Devido à violência ter adentrado os muros da escola, Abramovay (2006) afirma que as escolas deixaram, de alguma maneira, de representar um local seguro para os alunos. Isso decorre do fato de que, a violência que os alunos vivenciam fora do ambiente escolar, eles trazem para dentro da escola. 

Por isso, esse é um problema de responsabilidade da escola – como espaço privilegiado para a educação, e da família – como primeiro grupo social e afetivo do qual a criança faz parte. Por isso, é necessário implantar projetos, ações e práticas que contribuam para que as escolas se tornem lugares mais seguros e protegidos.

Como escola e família são parceiras na educação de crianças e jovens, somente por meio dessa parceria e da responsabilidade pela integridade e dignidade dos alunos, é que poderão encontrar, em conjunto, soluções para a violência.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A violência que invade a escola tem causas sociais e vem de fora para dentro da escola. Nenhum aluno aprende a ser mau, a agredir ou ser violento exclusivamente do lado de dentro dos portões da escola. A violência presente na sociedade alcança todos os espaços, seja escola, residência, rua ou qualquer outro ambiente social.

Por isso, é válido afirmar que a violência está generalizada, sendo um dos fenômenos que acontecem no mundo contemporâneo em todas as suas instâncias e se manifesta de variadas formas. A violência está presente em toda a sociedade e não se restringe a determinados espaços, a determinadas classes sociais, a determinadas faixas etárias ou a determinadas épocas. Ela está presente em todos os ambientes sociais e, por isso, atingiu também a escola e todas as faixas etárias de alunos que estão ali presentes. 

Essa violência vem acontecendo há muito tempo, por isso, pais e educadores, como responsáveis pela educação das crianças e dos jovens, têm a responsabilidade de proporcionar a eles um ambiente escolar seguro tanto para o convívio social como para seu desenvolvimento e sua aprendizagem. Lembrando que existem pessoas que tem o TDAH, assim poderão apresentar um quadro de agressividade e de falta de atenção. Contudo, o devido acompanhamento médico e psicológico conseguirá ter um desenvolvimento escolar e social tranquilo.

É sabido que em função da grande exigibilidade do mercado de trabalho, os pais têm passado menos tempo com os seus filhos. Todavia, além da questão financeira, os pais são seres humanos com sonhos individuais e suas singulares, ou seja é melhor ter um tempo de qualidade com sua prole em vez de culpa-los por suas frustrações pessoais e profissionais.

Esse fato pode gerar traços de agressividade na prole para chamar a atenção dos pais. Portanto, para acabar com os casos de violência na escola, é primordial um diálogo entre a escola e os pais para compreender o universo da criança. Em outras palavras, entender se aquele caso é uma carência infantil ou um transtorno.

Nesse caso, a escola deve tomar atitudes que visem à promoção da solidariedade entre os alunos, a amizade, a responsabilidade pelo espaço escolar, o envolvimento com outros alunos e com a escola, buscando eles mesmos trabalharem em prol da diminuição da violência, a partir do momento em que eles também não querem ser uma vítima dela. E mais, isso somente ocorrerá quando houver a compreensão que todos são diferentes e apresentam suas limitações dos quais devem ser respeitadas.

Identificar os atos e ações violentas, assim como os atores dessa violência, deve ser o primeiro passo que a escola deve seguir; assim ela poderia monitorar esses alunos ou grupos de alunos e estar buscando trabalhar com eles e com suas respectivas famílias.  Mesmo porque, para que a escola seja um ambiente harmonioso para ocorrer a aprendizagem, é necessário que o aluno aprenda o valor de comportamentos socialmente aceitáveis e a como controlar sua agressividade. Assim, o trabalho em prol da não-violência deve iniciar desde os primeiros anos da criança na escola.

Como a formação da criança começa desde o momento em que ela nasce, é necessário que ela aprenda desde cedo o valor de comportamentos socialmente aceitáveis e a como controlar sua agressividade, isso é feito, inicialmente pela família e, mais tarde, deve ser feito pela escola. Quando a criança entra para a escola, os professores devem buscar promover atitudes em seus alunos com a finalidade de diminuir os comportamentos violentos e observar a presença de algum tipo de transtorno e em caso de dúvida procurar auxílio de um profissional adequado. Pois este é um trabalho que deve ser realizado em longo prazo e fazer parte do desenvolvimento e crescimento da criança, em um trabalho de prevenção da violência.

Quando, porém, a violência já se faz presente no ambiente escolar, isso exige medidas rápidas para acabar com ela, porque a escola poderá tornar-se um ambiente inseguro para alunos e professores. Como a violência que invade a escola tem causas sociais e vem de fora para dentro da escola, sem o apoio da família, a escola, sozinha, não poderá acabar com esse tipo de comportamento. 

Assim, para acabar com um problema de tal enormidade e gravidade, a escola deve contar com a ajuda e o apoio dos pais e de toda a comunidade. Somente com o trabalho e com a conscientização de todos é que a violência poderá ser erradicada do ambiente escolar

REFERÊNCIAS 

ABRAMOVAY, Miriam (Coord.). Cotidiano das escolas: entre violências. Brasília: Unesco, 2006.

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1Graduada em Direito. Centro Universitário de Viçosa. E-mail: carolzinhaccaldeira@gmail.com

2Mestre em Biotecnologia. Universidade Vale do Rio Verde. E-mail: alanfbarbieri@hotmail.com

3Doutor em Educação. Universidad de la Empresa – UDE (Uruguai). E-mail: prof.rkennedy.msc@gmail.com

4Doutor em Físico-Química. Universidade de São Paulo. E-mail: robertosbarbieri@yahoo.com.br

5Doutor em Ciência dos Alimentos. Universidade Federal de Lavras. E-mail: kardec.dias@gmail.com

6Mestre em Direito. Faculdade Milton Campos. E-mail: coor.dir@fdvmg.edu.br