ADVANTAGES OF TREATMENT AND EARLY DIAGNOSIS OF BREAST CANCER IN MEN
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202411242304
Jamin da Silva Alves1
Maria Carolina Araújo de Souza2
Laryssa Lima Trelha3
RESUMO
Este estudo tem como objetivo identificar as vantagens do tratamento e diagnóstico precoce do câncer de mama em homens, a fim de propor estratégias eficazes para a prevenção e redução da mortalidade associada à patologia. O estudo baseia-se em uma revisão da literatura e em materiais bibliográficos, documentais e dados disponíveis em plataformas como o Instituto Nacional do Câncer, Google Acadêmico, Biblioteca Virtual da Saúde (BVS) e LinkNovate. A pesquisa será de abordagem mista, com análise quali-quantitativa de dados já existentes, incluindo a construção de tabelas comparativas detalhadas sobre óbitos relacionados ao câncer de mama masculino. Será dada ênfase à classificação das estratégias eficazes utilizadas nos estudos selecionados, bem como à análise quantitativa dos óbitos divulgados por plataformas do Governo Federal e do Ministério da Saúde. Os resultados esperados incluem a identificação de medidas preventivas e estratégias de enfermagem que contribuam para a diminuição da incidência e mortalidade dessa condição em homens. As conclusões deverão corroborar com a importância do diagnóstico precoce e do desenvolvimento de políticas públicas que promovam a conscientização sobre o câncer de mama no sexo masculino.
Palavras-chave: câncer de mama masculino; diagnóstico precoce; prevenção; estratégias de enfermagem; tratamento.
ABSTRACT
This study aims to identify the advantages of treatment and early diagnosis of breast cancer in men, in order to propose effective strategies for preventing and reducing mortality associated with the pathology. The study is based on a review of the literature and bibliographic and documentary materials and data available on platforms such as the National Cancer Institute, Google Scholar, Virtual Health Library (VHL) and LinkNovate. The research will use a mixed approach, with qualitative and quantitative analysis of existing data, including the construction of detailed comparative tables on deaths related to male breast cancer. Emphasis will be placed on the classification of effective strategies used in the selected studies, as well as the quantitative analysis of deaths published by Federal Government and Ministry of Health platforms. The expected results include the identification of preventive measures and nursing strategies that contribute to the reduction incidence and mortality of this condition in men. The conclusions should corroborate the importance of early diagnosis and the development of public policies that promote awareness about breast cancer in males.
Keywords: male breast cancer; early diagnosis; prevention; nursing strategies; treatment
1 INTRODUÇÃO
O câncer de mama masculino, embora raro, apresenta uma grande importância devido à alta mortalidade associada ao seu diagnóstico tardio. Tradicionalmente, o câncer de mama é considerado uma doença exclusiva do sexo feminino, mas estima-se que cerca de 1% de todos os casos de câncer de mama ocorram em homens, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA, 2024). A pouca visibilidade dessa condição na saúde pública, aliada ao desconhecimento e à falta de conscientização, contribui para que muitos diagnósticos sejam feitos apenas em estágios avançados da doença, o que reduz as chances de cura e eleva as taxas de mortalidade.
Nesse contexto, a detecção precoce do câncer de mama masculino torna-se crucial para a redução de óbitos e para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes. A literatura científica indica que o diagnóstico precoce e o tratamento imediato estão diretamente associados a melhores resultados clínicos (Silva et al., 2021). No entanto, devido à raridade da doença e à falta de programas específicos para o público masculino, muitos homens não estão cientes dos sinais e sintomas, o que dificulta a detecção precoce.
A discussão sobre o câncer de mama masculino tem ganhado cada vez mais espaço na literatura científica, embora seja limitada em comparação à vasta produção sobre o câncer de mama feminino. Santos et al. (2023) apontam que os casos de câncer de mama em homens são frequentemente subnotificados, e as campanhas de prevenção raramente abordam o público masculino. A ausência de políticas públicas voltadas para esse grupo agrava ainda mais o problema, pois a falta de informação e a inexistência de programas de rastreamento dificultam o diagnóstico precoce da doença.
Pesquisas recentes indicam que, assim como no câncer de mama feminino, a detecção precoce do câncer de mama em homens é fundamental para a redução da mortalidade. No entanto, a escassez de diretrizes específicas para o tratamento da doença em homens faz com que os protocolos sigam, em grande parte, aqueles estabelecidos para as mulheres. Esse cenário destaca a necessidade de um maior investimento em estudos que considerem as particularidades biológicas e psicológicas do câncer de mama masculino, de modo a melhorar o tratamento e a recuperação dos pacientes (Oliveira et al., 2022).
O presente estudo tem como objetivo discutir as vantagens do diagnóstico e tratamento precoce do câncer de mama em homens, com foco na conscientização sobre essa condição pouco abordada. A pesquisa se propõe a analisar a importância da detecção precoce e suas implicações para a redução da mortalidade e melhoria da qualidade de vida dos pacientes. A partir de uma revisão da literatura científica, serão explorados aspectos como prevenção, redução da mortalidade e as estratégias mais eficazes de enfermagem no tratamento de pacientes masculinos com câncer de mama.
Além disso, o estudo visa identificar e propor alternativas viáveis para a implementação de medidas preventivas no âmbito da saúde pública, especialmente aquelas voltadas para a redução da estigmatização da doença no público masculino. A pesquisa também abordará uma análise comparativa dos dados epidemiológicos relativos à mortalidade por câncer de mama em homens, com o objetivo de avaliar a eficácia das políticas de saúde pública implementadas até o momento e identificar possíveis melhorias.
A pesquisa se delimita ao contexto brasileiro e utilizará dados provenientes de plataformas governamentais e acadêmicas, como o INCA, Google Acadêmico, BVS e LinkNovate, para fornecer um panorama das políticas públicas existentes e informações epidemiológicas relevantes.
A pesquisa será conduzida por meio de uma revisão de literatura com abordagem mista, utilizando dados qualitativos e quantitativos. Serão analisados dados secundários provenientes de bases de dados como o INCA, Google Acadêmico, BVS e LinkNovate. A análise quantitativa incluirá a construção de tabelas comparativas sobre a incidência e mortalidade do câncer de mama masculino. A análise qualitativa se concentrará na identificação de estratégias de prevenção e tratamento aplicáveis no contexto da saúde pública brasileira.
O trabalho será estruturado em três partes principais: uma revisão da literatura sobre o estado atual da pesquisa sobre o câncer de mama masculino, uma análise dos dados epidemiológicos disponíveis e das políticas públicas voltadas para o diagnóstico precoce, e a proposta de novas diretrizes para a conscientização e prevenção dessa doença no público masculino.
Espera-se que este estudo contribua significativamente para a formulação de políticas públicas mais eficazes para o câncer de mama em homens, além de fornecer subsídios para a criação de programas de rastreamento e conscientização direcionados ao público masculino. A pesquisa também pode servir como base para futuros estudos que explorem as particularidades do tratamento e acompanhamento de homens diagnosticados com câncer de mama, visando melhorar os resultados clínicos e a qualidade de vida dos pacientes.
A escolha do tema se justifica pela necessidade urgente de ampliar a discussão sobre o câncer de mama em homens e de desenvolver estratégias mais eficazes para o diagnóstico precoce e tratamento dessa condição. O desconhecimento sobre a doença, tanto por parte da população masculina quanto dos próprios profissionais de saúde, é um dos maiores obstáculos para a redução da mortalidade associada ao câncer de mama masculino (Ferreira et al., 2023). Além disso, a escassez de estudos e diretrizes específicas para o tratamento da doença em homens torna este estudo relevante para o desenvolvimento de novas abordagens no campo da saúde pública e da oncologia.
Com a implementação de políticas públicas específicas para o câncer de mama masculino e a realização de campanhas de conscientização, é possível contribuir significativamente para a detecção precoce da doença e, consequentemente, para a redução das taxas de mortalidade, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O câncer de mama é definido pelo Instituto Nacional do Câncer (2007) como uma doença resultante da multiplicação descontrolada de células anormais na mama, afetando tanto homens quanto mulheres. O tumor maligno geralmente se origina no epitélio dos ductos mamários, embora possa surgir em outros tecidos da mama de forma menos frequente. Vários fatores, incluindo genética, exposição a produtos cancerígenos, sedentarismo e obesidade, podem impulsionar essa multiplicação celular. O câncer é classificado em estágios que variam de 1 a 4, com tratamentos baseados na gravidade da condição de cada paciente. Apesar de haver maior incidência entre mulheres, os homens também podem ser acometidos, apresentando características diferentes no diagnóstico e prognóstico. O reconhecimento precoce dos sintomas, como nódulos e dor, é crucial para a eficácia do tratamento.
2.1 Conceituando o Câncer de mama
O Instituto Nacional do Câncer (2007) conceitua o câncer de mama, como uma doença causada pela multiplicação desordenada de células anormais na mama, presentes tanto na mulher, quanto no homem. Consiste em um tumor maligno que se desenvolve a partir de células da mama. Conforme detalhado pela Unicamp em 2016, através do Projeto de Pesquisa Inquérito de Serviços de Saúde, geralmente, ele começa nas células do epitélio que reveste a camada mais interna do ducto mamário. Mais raramente, o câncer de mama pode começar em outros tecidos, tais como o adiposo e o fibroso da mama.
Existem vários fatores que desencadeiam a multiplicação dessas células, como fatores genéticos, externos, hormonais, exposição a produtos tóxicos ou altamente cancerígenos, sedentarismo e obesidade, entre outros. Podem sem classificados em estágios 1,2,3 e 4. Sendo caracterizados por tumores, linfonodos e metástase. Sendo indicado tratamento conforme a gravidade de cada paciente, muitas vezes com sucesso na reversão dos quadros de malignidade, sendo avaliado inicialmente pelo sistema de padronização de laudos de exames de imagem da mama, o sistema Bi-Rads, especificado na Figura 1.
Figura 1. Bi-Rads
Fonte: A.C.Camargo Cancer Center (2022)
O termo BI-Rads se origina do Breast Imaging Reporting and Data System, que em português significa Sistema de Relatório de Dados sobre Imagem da Mama. Esse sistema foi desenvolvido pelo American College of Radiology (ACR) e é amplamente utilizado para avaliar a probabilidade de uma imagem de mamografia indicar câncer. Importante ressaltar que o BI-Rads não fornece informações sobre o estágio ou o tipo do tumor, nem orienta sobre o tratamento. Sua função principal é indicar a probabilidade de câncer associada à imagem, expressa em termos percentuais. (IOP, 2024)
Com base nessa avaliação, o médico decidirá se são necessários exames adicionais ou se a paciente pode continuar com o rastreamento normal, incluindo uma nova mamografia no próximo ano. Os categoria BI-Rads 0 é utilizada quando não há informações suficientes das imagens disponíveis para se chegar a uma conclusão. Isso pode ocorrer devido a fatores técnicos, como imagens de baixa qualidade devido a posicionamento impróprio ou movimento, ou quando uma lesão questionável não foi completamente avaliada nas visualizações de rastreamento padrão.
A recomendação é que a mulher continue com o rastreamento mamográfico e o exame clínico das mamas, de acordo com as diretrizes de rastreamento atuais. BI-Rads categoria BI-Rads 3 é utilizada quando há uma descoberta que não possui características benignas características, mas a probabilidade de malignidade é inferior a 2%. Isso inclui lesões como assimetrias focais, grupos de calcificações redondas ou massas circunscritas detectadas em exames de rastreamento de base.
Nesses casos, é necessário acompanhar a lesão em intervalos mais curtos do que o intervalo de rastreamento de um ou dois anos para avaliar a estabilidade. Geralmente, a lesão é acompanhada com mamografia diagnóstica e/ou ultrassonografia em intervalos de 6 a 12 meses por até três anos. Casos é importante realizar consulta com um mastologista e também é recomendado realizar exames adicionais, como biópsias, para confirmar se a lesão é realmente maligna.
Essas características podem incluir microcalcificações agrupadas, distorção arquitetural marcante ou massas com características altamente suspeitas. Nesses casos é importante realizar consulta com um mastologista e também realizar exames adicionais, como biópsias, para confirmar o diagnóstico de câncer de mama. O tratamento pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou terapia hormonal, dependendo do estágio e das características do câncer. (IOP, 2024)
Pasqualette et al (2014), concluíram que os fatores de prognósticos incluem tamanho tumoral, grau histológico e comprometimento linfonodal. O câncer de mama é semelhante entre homens e mulheres, porém os casos masculinos apresentam particularidades imuno-histoquímicas, mas não existem estudos suficientes para avaliar o impacto dessa característica no prognóstico e tratamento dessa neoplasia.
Sabendo disso, é visível que o número de casos é maior em mulheres, mas não é inexistente em homens, por esse motivo esse trabalho terá como objetivo discutir e defender as vantagens e a importância de um tratamento e diagnóstico precoce para a saúde do homem. Os principais sinais e sintomas de câncer de mama são nódulos na mama e/ou axila, dor mamária e alterações da pele que recobre a mama, como abaulamentos ou retrações com aspecto semelhante à casca de laranja.
De acordo com o Ministério da Saúde (MS), câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente, por esse motivo são realizados exames periódicos para rastreio e prevenção dessa patologia em mulheres.
Contudo, é importante salientar que essa patologia tem seu início silencioso, por isso a necessidade de exames de rastreio, pois nem sempre as mulheres conhecem seu próprio corpo, para que notem a presença de pequenos nódulos ou alterações sugestivas de câncer de mama. Os sintomas que são sentidos de fato, como dores, ou visível alteração na pele da região da área acometida pelo câncer, já sugerem o avanço da condição clínica da mulher.
Riul e Silva (2012) tiveram como objetivo de pesquisa, identificar fatores de risco, segundo o INCA, para câncer de mama, analisando conhecimento e realização do o autoexame de mamas, exame clínico de mamas e mamografia, e verificar relação entre idade e escolaridade com conhecimento e realização desses exames, concluíram que todos os exames eram conhecidos e praticados pela maioria, exceto a mamografia realizada pela metade. Houve relação diretamente proporcional entre conhecimento desses exames e escolaridade. Observando que os profissionais de saúde precisam orientar a população sobre câncer de mama, para permitir tratamentos mais resolutivos e menos mutiladores.
Será realizada uma pesquisa para compreensão dos fatores responsáveis para o desenvolvimento dessa patologia em homens, justificando a importância e necessidade da inclusão dos homens nos exames de rastreamento e preventivo para o câncer de mama.
2.2 Abordagem do enfermeiro no câncer de mama em homens
Lima et al (2023) realizaram um estudo na tentativa de corroborar para conscientização sobre o câncer de mama em homens no Brasil, por meio da descrição dos motivos, causas e efeitos doença, visando ampliar o conhecimento público, promover a detecção precoce, e demonstrando o papel do enfermeiro no tratamento, conscientização e prevenção, percebendo ao longo de sua pesquisa que em relação à prevenção e identificação precoce do câncer de mama masculino, há uma falta de informações conclusivas sobre os fatores de risco.
Os sintomas e fatores são semelhantes ao câncer de mama em mulheres, tendo maior probabilidade também, aqueles que possuem casos da patologia na família. Contudo, existe uma falsa ideia de que essa doença não acomete o sexo masculino, pelo fato de que as campanhas de prevenção e rastreamento, são voltadas somente as mulheres.
As estratégias propostas por (Azevedo; Monteiro, 2018), sugerem os investimentos em programas educacionais tanto para população geral quanto para profissionais da saúde, no intuito de conscientizar sobre a existência desta e outras doenças do gênero. Ademais, é necessário que medidas adequadas sejam tomadas para que exista um fluxo de suspeição clínica, encaminhamento ao especialista em tempo oportuno e tratamento adequado reduzindo a morbimortalidade desta doença.
Nota-se que as mesmas estratégias que são realizadas para a prevenção nas mulheres são sugeridas para serem utilizadas para os homens. Porém, ainda é um tema não debatido entre os órgãos públicos, dificultando que seja dada a devida importância na rede pública de saúde que realizam essas atividades, fazendo com que haja um atraso na detecção precoce do câncer de mama, consequentemente dificultando na recuperação desses pacientes.
Um estudo realizado por Lima et al (2021), identificou que os homens têm uma baixa percepção de que o câncer de mama é uma realidade para a população masculina, sendo associado sempre a um evento feminino. O conhecimento sobre a etiologia, fatores de risco e sintomatologia é quase nula, exceto nos indivíduos que estavam diretamente ligados à área de saúde.
Percebe-se que existe uma lacuna a ser preenchida quando se trata da assistência à saúde do homem, mesmo que a saúde esteja em constante evolução ao longo dos anos, ainda há muito a ser feito, para que as doenças alcancem todos os níveis de cuidados, independente de sexo ou idade.
Cruz et al (2015), buscaram identificar a ocorrência de hospitalizações e óbitos por câncer de mama em homens no Brasil, e obtiveram dados que comprovaram que o câncer de mama em homens ainda apresenta baixa incidência, mas tem apresentado valores ascendentes, sendo fundamental que o homem seja instruído pelos profissionais da saúde sobre este procedimento, uma vez que, por ser simples, rápido, não invasivo e indolor, torna-se muito eficaz para salvar vida ou diminuir as chances de complicações, pela detecção precoce do nódulo. A orientação adequada é necessária para o homem ficar ciente do conhecimento do seu corpo para fazer a diferenciação das anormalidades. Muitas vezes os nódulos, são confundidos com ginecomastia, abcessos, hematomas, necrose gordurosa, entre outras
2.3 Impactos do câncer de mama em homens
O câncer de mama é amplamente associado às mulheres, mas é importante reconhecer que também pode afetar os homens, apesar de sua baixa prevalência. A American Cancer Society (2023) aponta que, embora o câncer de mama masculino represente menos de 1% dos casos totais de câncer de mama, sua ocorrência está em ascensão. Esta tendência ressalta a necessidade de uma compreensão mais profunda dos impactos e benefícios do diagnóstico e tratamento precoce para esta população.
A incidência de câncer de mama em homens é muito inferior à observada nas mulheres, sendo aproximadamente 1 em 1.000.000, em contraste com 1 em 8 para as mulheres (Santos et al., 2022). Apesar dessa baixa frequência, a presença de mutações genéticas como BRCA2 e a ocorrência de síndromes hereditárias podem aumentar significativamente o risco de desenvolvimento da doença em homens com histórico familiar de câncer de mama. (Cavalcante et al., 2023)
Os sinais iniciais de câncer de mama em homens frequentemente incluem a presença de nódulos palpáveis e alterações na pele da mama. A secreção sanguinolenta pode também ser um indicativo da doença. A identificação precoce pode ser complicada pela relutância dos homens em buscar ajuda médica devido ao estigma associado ao câncer de mama, o que frequentemente resulta em atrasos no tratamento. (Almeida et al., 2022)
O diagnóstico de câncer de mama pode causar um impacto psicológico significativo nos homens. A associação da condição com a feminilidade pode levar à estigmatização e dificuldades emocionais. Muitos homens podem enfrentar estresse psicológico considerável e transtornos relacionados à imagem corporal, amplificados pela falta de suporte específico para sua situação. (Silva et al., 2023)
Os impactos sociais do câncer de mama masculino incluem a escassez de suporte social e a baixa visibilidade da condição. Isso pode resultar em redes de apoio limitadas. Além disso, os custos associados ao tratamento, incluindo medicamentos e terapias, bem como a perda de rendimento devido à incapacidade de trabalhar, são consideráveis e podem afetar negativamente a estabilidade econômica dos pacientes. (Freitas et al., 2023)
A qualidade de vida dos homens com câncer de mama pode ser comprometida, especialmente em estágios avançados. O tratamento pode envolver cirurgia, radioterapia e terapia hormonal, cada um com suas implicações sobre a saúde geral e o bem-estar. Um manejo eficaz dos efeitos colaterais, aliado a um suporte apropriado, pode ajudar a melhorar a qualidade de vida desses pacientes. (Gomes et al., 2022)
A detecção precoce do câncer de mama masculino está fortemente correlacionada com melhores taxas de sobrevivência. Identificar a doença em seus estágios iniciais permite a implementação de tratamentos menos agressivos e mais eficazes, o que pode levar a uma redução significativa na taxa de mortalidade. (Martins et al., 2024)
Os pacientes diagnosticados precocemente têm uma probabilidade muito maior de sobreviver ao câncer de mama, em comparação com aqueles diagnosticados em estágios mais avançados. O tratamento precoce não apenas melhora as chances de cura, mas também pode diminuir a necessidade de intervenções mais invasivas e complicações. (Oliveira et al., 2023)
O tratamento antecipado pode minimizar a gravidade dos efeitos colaterais e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Abordagens terapêuticas menos invasivas, como a mastectomia parcial e terapias hormonais direcionadas, podem resultar em uma recuperação mais rápida e menos impacto sobre a função diária e o bem-estar geral dos pacientes. (Reis et al., 2023)
Embora o câncer de mama em homens seja raro, os desafios associados a essa condição não devem ser subestimada. A detecção e tratamento precoces são essenciais para melhorar os resultados e a qualidade de vida dos pacientes. A conscientização sobre a doença e a implementação de políticas públicas que promovam a detecção precoce pode desempenhar um papel crucial na redução da mortalidade e na melhoria do suporte para homens afetados por essa condição.
2.4 Manejo clínico para diagnóstico precoce do câncer de mama em homens
A prevalência de câncer de mama em homens é consideravelmente menor do que em mulheres, no entanto, a mortalidade masculina por essa condição é proporcionalmente maior, em virtude de diagnósticos tardios. Estima-se que a falta de campanhas de conscientização e a baixa percepção de risco contribuem para esse fenômeno. Estudos sugerem que muitos homens demoram a procurar assistência médica, acreditando erroneamente que o câncer de mama é uma doença exclusivamente feminina. (Gomes et al., 2022)
Os fatores de risco associados ao câncer de mama masculino incluem histórico familiar de câncer de mama, mutações genéticas (especialmente BRCA1 e BRCA2), exposição à radiação, desequilíbrios hormonais e síndromes como a de Klinefelter (Martins et al., 2024). Do ponto de vista fisiopatológico, o desenvolvimento do câncer de mama em homens segue um curso semelhante ao observado em mulheres, com a produção descontrolada de células malignas a partir dos ductos mamários. Contudo, a menor quantidade de tecido mamário nos homens pode tornar o tumor mais detectável, ainda que isso ocorra frequentemente em estágios avançados.
O primeiro passo para o manejo clínico do câncer de mama masculino é o exame físico detalhado, que inclui a palpação da região mamária e dos linfonodos axilares. A identificação de nódulos endurecidos e indolores, retração cutânea ou alterações no complexo aréolo-papilar podem indicar a necessidade de uma investigação mais aprofundada. (Silva et al., 2023)
Exames de imagem são fundamentais no processo de diagnóstico. A mamografia é o método mais utilizado, é mais comum, mas pode ser complementada por ultrassonografia e ressonância magnética, dependendo das características do nódulo e da densidade mamária. A mamografia em homens requer adaptação técnica devido ao menor volume de tecido mamário (Freitas; Souza, 2023).
A confirmação diagnóstica é feita através da biópsia do tecido mamário suspeito. A biópsia aspirativa por agulha fina (BAAF) e a biópsia por agulha grossa (core biopsy) são os métodos preferenciais. Em casos mais complexos, a excisão cirúrgica pode ser necessária para remover o nódulo completo e realizar um exame histopatológico. (Oliveira et al., 2023)
O exame histopatológico permite a classificação do tumor de acordo com seu subtipo molecular, o que orienta o tratamento. Assim como em mulheres, os carcinomas ductais invasivos são o tipo mais comum de câncer de mama em homens. A avaliação de receptores hormonais (estrogênio e progesterona) e a análise do status HER2 são fundamentais para determinar a abordagem terapêutica. (Reis et al., 2023)
Após o diagnóstico, o tratamento do câncer de mama masculino geralmente segue as mesmas diretrizes do tratamento em mulheres, incluindo cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapia hormonal. A mastectomia total é frequentemente indicada, devido à menor quantidade de tecido mamário, enquanto a terapia hormonal com tamoxifeno é recomendada para tumores hormônio-positivos (Martins et al., 2024). O prognóstico para homens com câncer de mama é pior em função da detecção tardia, o que reforça a importância do diagnóstico precoce.
O estigma associado ao câncer de mama em homens é um dos principais fatores que dificultam o diagnóstico precoce. Muitos homens ignoram os primeiros sinais, como nódulos palpáveis e alterações na pele, por acreditarem que o câncer de mama é uma condição feminina (Silva; Pereira, 2023). Essa percepção equivocada leva ao atraso na busca por atendimento médico e, consequentemente, a diagnósticos tardios.
A falta de campanhas de conscientização voltadas para o público masculino também contribui para a subnotificação e o atraso no diagnóstico do câncer de mama. Diferente das campanhas voltadas para mulheres, que têm ampla visibilidade, os homens são raramente alvo de campanhas de prevenção e detecção precoce, o que perpetua a desinformação (Gomes et al., 2022).
Outro fator limitante é o acesso restrito a serviços de saúde especializados. Em muitos casos, a demora para conseguir consultas com especialistas e exames diagnósticos adequados prolonga o tempo até o início do tratamento, impactando negativamente o prognóstico (Almeida et al., 2022).
O papel da enfermagem é essencial no manejo clínico e na promoção do diagnóstico precoce do câncer de mama em homens. As enfermeiras podem atuar na educação em saúde, fornecendo informações sobre os fatores de risco e sinais de alerta, bem como incentivando o autoexame e a busca por cuidados médicos em caso de suspeitas (Reis et al., 2023).
A criação de protocolos específicos para o atendimento de homens com suspeita de câncer de mama é uma estratégia eficaz para padronizar o atendimento e garantir que todos os pacientes recebam um diagnóstico rápido e preciso (Oliveira et al., 2023). Além disso, as enfermeiras desempenham um papel fundamental na triagem e encaminhamento adequado dos pacientes para especialistas, otimizando o fluxo de atendimento e reduzindo o tempo entre o aparecimento dos sintomas e o início do tratamento.
O manejo clínico do câncer de mama em homens é um desafio devido à raridade da condição e ao atraso no diagnóstico, frequentemente causado por fatores sociais e de saúde pública. A implementação de estratégias voltadas à conscientização e ao diagnóstico precoce é essencial para melhorar o prognóstico desses pacientes. Além disso, o desenvolvimento de políticas públicas que promovam o acesso a serviços de saúde e a capacitação de profissionais para o manejo adequado dessa doença podem contribuir significativamente para a redução da mortalidade masculina por câncer de mama.
Planos de ação são elaborados pelo MS, em conjunto com a Organização Mundial de Saúde (OMS), para promoção de saúde e estratégia para redução de casos de doenças que se detectadas inicialmente, podem ser tratáveis. Como por exemplo o câncer de mama. Mulheres entre 50 a 69 anos podem realizar exames para prevenção do câncer de mama. Até o momento, as campanhas seguem voltadas às mulheres, porém, de acordo com o estudo realizado por Fentiman (2006) é importante relembrar que apresentação geralmente é tardia, com mais de 40% dos indivíduos apresentando doença em estágio III ou IV.
Bravo et al (2021), em uma revisão da literatura sobre o câncer de mama, afirmaram que é de suma relevância que os exames tanto de diagnóstico como de rastreamento sejam utilizados para a otimização da saúde da sociedade. O manejo clínico quanto a sua terapêutica dependerá do grau de estadiamento do tumor, sendo que as intervenções cirúrgicas são as principais formas de tratamento.
As campanhas de prevenção ao câncer de mama acontecem principalmente no mês de outubro (outubro rosa), para alertar as mulheres e captar as que são aptas para realização de exames, para assim, iniciar um tratamento precoce, e reduzir índice de mortalidade.
Assis, Santos e Migowski (2020), ao analisar como a informação sobre detecção precoce do câncer de mama é apresentada na mídia brasileira durante o outubro rosa, evidenciaram a carência de informações e a presença de recomendações inadequadas ou incompletas a respeito de faixa etária e periodicidade mostram o limite da campanha em disseminar informações baseadas nas melhores evidências.
Ramos (2023), elaborou um estudo com objetivo de propor uma estratégia de orientação à realização do exame de mamografia, a fim de aumentar o número de detecções precoces de câncer de mama e investigar qual a importância do profissional enfermeiro nesta situação. E pode perceber que a capacitação dos enfermeiros, dos técnicos em enfermagem, dos médicos é uma das estratégias mais eficazes na detecção do câncer de mama, pois favorece a construção de um modelo de trabalho de atenção em saúde.
Em 2022, o Ministério da Saúde junto ao INCA, desenvolveu uma versão para abordagem profissional no manejo de pacientes com risco de câncer de mama. Incluindo prevenção e fatores de risco, detecção precoce, diagnóstico e tratamento. Reafirmando que a melhor estratégia para detecção do câncer de mama, é o rastreamento.
2.5 Estratégias adotadas para prevenção e tratamento precoce do Câncer de mama masculino
Os fatores de risco associados ao câncer de mama em homens, como já mencionada, incluem predisposição genética, idade avançada, história familiar de câncer de mama, mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, exposição à radiação, e condições como a ginecomastia e cirrose hepática. A identificação precoce de homens em risco possibilita o monitoramento contínuo, que pode levar à detecção em estágios iniciais, aumentando as chances de um tratamento eficaz. (Freitas et al., 2023)
Estratégias para a prevenção incluem educação para a conscientização sobre os sinais iniciais da doença, como nódulos palpáveis e secreção mamilar, especialmente em homens com histórico familiar. A promoção de exames de imagem para homens com fatores de risco também é recomendada, embora ainda não seja amplamente adotada, principalmente devido à falta de políticas públicas voltadas para essa população. (Oliveira et al., 2024)
A prevenção primária visa a redução do risco de desenvolvimento da doença por meio da intervenção em fatores de risco modificáveis. Homens com predisposição genética ou com histórico familiar de câncer de mama devem ser informados sobre o papel da mutação nos genes BRCA1 e BRCA2 e incentivados a realizar testes genéticos (Martins et al., 2024). A orientação sobre a manutenção de um estilo de vida saudável, controle de peso, redução do consumo de álcool e promoção de atividade física regular são igualmente relevantes, já que esses fatores estão relacionados ao risco de desenvolvimento do câncer. (Almeida et al., 2022)
Além disso, é importante destacar o papel da educação em saúde voltada para a população masculina, abordando a importância do autoexame e do acompanhamento médico regular. Iniciativas que envolvam campanhas de conscientização e educação em escolas, locais de trabalho e comunidades são essenciais para desmitificar o câncer de mama masculino e encorajar os homens a buscarem assistência médica. (Silva et al., 2023)
Uma das principais estratégias para o tratamento eficaz do câncer de mama masculino é a detecção precoce. Devido à baixa prevalência da doença em homens, não existem programas de rastreamento estabelecidos como os voltados para mulheres. Contudo, para aqueles em grupos de risco, recomenda-se a realização de exames clínicos regulares e mamografias anuais, a depender da presença de fatores genéticos e histórico familiar. (Gomes et al., 2022)
Estudos recentes sugerem que, quando o câncer de mama é identificado em estágios iniciais, há uma melhora significativa nas taxas de sobrevivência (Freitas et al., 2023). A mamografia, o ultrassom e a ressonância magnética são exames de imagem frequentemente utilizados para confirmar a presença de tumores suspeitos, sendo também importantes ferramentas de acompanhamento após o tratamento. No entanto, a adesão a esses exames é baixa, devido ao estigma que cerca o câncer de mama em homens. (Oliveira et al., 2024)
O tratamento precoce do câncer de mama masculino envolve várias abordagens terapêuticas, incluindo cirurgia, radioterapia, quimioterapia e terapia hormonal. A mastectomia, ou remoção cirúrgica do tecido mamário, é o tratamento padrão para tumores localizados. Em casos de tumores maiores ou de invasão aos linfonodos, a quimioterapia pode ser indicada para evitar a recidiva do câncer. (Reis et al., 2023)
Uma área de destaque é a terapia hormonal, especialmente para tumores que apresentam receptores hormonais positivos, que ocorrem em cerca de 90% dos casos de câncer de mama masculino. A terapia com tamoxifeno, um modulador seletivo do receptor de estrogênio, é eficaz na prevenção da progressão do tumor e tem mostrado bons resultados em reduzir a recorrência. (Martins et al., 2024)
Por outro lado, a baixa adesão aos tratamentos hormonais por homens pode estar relacionada à falta de conscientização e ao impacto emocional do tratamento. Programas de suporte psicológico e grupos de apoio para homens com câncer de mama podem ajudar a mitigar esses desafios, proporcionando um melhor enfrentamento da doença. (Gomes et al., 2022)
A equipe de enfermagem desempenha um papel crucial tanto na prevenção quanto no tratamento do câncer de mama masculino. A abordagem proativa da enfermagem envolve a educação sobre os fatores de risco, a importância da detecção precoce e a promoção de hábitos de vida saudáveis. Além disso, os enfermeiros podem atuar como intermediários na identificação de sinais suspeitos, orientando os pacientes sobre a necessidade de avaliações clínicas e encaminhamentos médicos. (Freitas et al., 2023)
Durante o tratamento, os profissionais de enfermagem têm um papel essencial no manejo dos efeitos colaterais, no suporte emocional e na adesão ao tratamento. A orientação contínua e a presença constante de enfermeiros especializados em oncologia são fundamentais para garantir que os pacientes compreendam as etapas do tratamento e os cuidados necessários. (Oliveira et al., 2024)
O impacto psicológico do diagnóstico de câncer de mama em homens é significativo. Além de lidar com o medo e a incerteza associados ao câncer, muitos homens enfrentam dificuldades emocionais adicionais devido à percepção de que o câncer de mama é uma doença feminina. Isso pode levar a sentimentos de vergonha, isolamento e estigmatização, agravando o estresse psicológico. (Almeida et al., 2022)
A falta de redes de apoio específicas para homens com câncer de mama e a baixa visibilidade da condição dificultam ainda mais o enfrentamento psicológico. Programas que ofereçam suporte emocional especializado para essa população, juntamente com o envolvimento de familiares e amigos, podem contribuir para melhorar o bem-estar mental desses pacientes. (Silva et al., 2023)
A reabilitação dos pacientes diagnosticados com câncer de mama masculino envolve não apenas o manejo dos efeitos físicos do tratamento, mas também a reintegração social e emocional. As terapias de suporte, como fisioterapia para melhorar a mobilidade e a função após a cirurgia, e a psicoterapia para lidar com o impacto emocional, são fundamentais. (Gomes et al., 2022)
Além disso, a reabilitação deve incluir orientações sobre a prevenção de recidivas e o monitoramento contínuo do paciente. A colaboração entre diferentes profissionais de saúde, como oncologistas, enfermeiros, psicólogos e fisioterapeutas, é essencial para um acompanhamento holístico. (Reis et al., 2023)
A implementação de políticas públicas voltadas para o câncer de mama masculino é uma estratégia crucial para promover a prevenção e o tratamento precoce. Campanhas de conscientização específicas, financiamento para pesquisa e programas de apoio voltados para essa população podem melhorar os resultados no longo prazo. A inclusão do câncer de mama masculino nos programas de rastreamento de câncer e a ampliação do acesso a exames de imagem são medidas necessárias. (Freitas et al., 2023)
Além disso, as políticas públicas devem se concentrar em reduzir o estigma associado ao câncer de mama em homens, incentivando a busca por diagnóstico precoce e tratamentos adequados. A educação em saúde, tanto no ambiente escolar quanto comunitário, deve abordar de maneira abrangente as peculiaridades dessa doença e as melhores formas de prevenção. (Martins et al., 2024)
O câncer de mama masculino, embora raro, representa um desafio significativo para a saúde pública. A detecção e o tratamento precoces são essenciais para melhorar as taxas de sobrevivência e qualidade de vida dos homens afetados. As estratégias preventivas devem incluir educação sobre fatores de risco, promoção de hábitos de vida saudáveis e o desenvolvimento de políticas públicas que promovam o diagnóstico precoce. Da mesma forma, o tratamento adequado, aliado a um suporte emocional e psicológico específico, pode reduzir os efeitos adversos da doença e promover uma melhor recuperação.
3 METODOLOGIA
Este estudo adotou uma abordagem metodológica mista, combinando métodos qualitativos e quantitativos. A pesquisa é de natureza descritiva e exploratória, com o objetivo de investigar as vantagens do diagnóstico e tratamento precoce do câncer de mama em homens, com foco na prevenção e na redução da mortalidade.
A escolha pela abordagem mista (qualitativa e quantitativa) se justifica pela necessidade de se compreender tanto o impacto qualitativo das estratégias de diagnóstico e tratamento precoce quanto a análise quantitativa dos dados disponíveis, como taxas de mortalidade e sobrevida de pacientes com câncer de mama masculino. Segundo Creswell (2014), essa combinação de métodos permite uma compreensão mais abrangente e detalhada do fenômeno em estudo.
A coleta de dados foi realizada por meio de uma revisão sistemática da literatura, utilizando bases de dados reconhecidas, como Google Acadêmico, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), LinkNovate, e fontes documentais do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Foram utilizados descritores controlados e palavras-chave como “câncer de mama masculino”, “diagnóstico precoce”, “tratamento”, “prevenção” e “mortalidade”.
Os dados quantitativos foram coletados a partir de relatórios do Ministério da Saúde e INCA, focando na incidência, mortalidade e sobrevida de pacientes com câncer de mama masculino. Esses dados foram organizados em tabelas comparativas detalhadas, que incluiram variáveis como número de óbitos, faixa etária dos pacientes, estágio do câncer no momento do diagnóstico e tipo de tratamento administrado. A análise dos dados quantitativos foi feita por meio de estatísticas descritivas, utilizando medidas de tendência central (média, mediana) e dispersão (desvio-padrão), para traçar o perfil epidemiológico da doença.
Já a análise qualitativa consistiu na leitura crítica dos estudos selecionados, com base na técnica de análise de conteúdo, conforme proposta por Bardin (2016). Os dados obtidos foram categorizados para identificar padrões e estratégias eficazes de diagnóstico e tratamento precoce. As categorias temáticas incluíram “vantagens do diagnóstico precoce”, “estratégias preventivas” e “redução da mortalidade”. A análise qualitativa foi crucial para identificar as melhores práticas adotadas em diferentes contextos, tanto nacionais quanto internacionais, e para avaliar a aplicabilidade no cenário brasileiro.
A triangulação de fontes foi utilizada para validar os dados qualitativos e quantitativos, conforme descrito por Denzin (2011), a fim de aumentar a confiabilidade dos resultados. Os dados da revisão da literatura foram comparados com os dados quantitativos obtidos dos relatórios estatísticos, verificando-se a coerência entre os diferentes conjuntos de dados. Além disso, especialistas em oncologia e epidemiologia foram consultados para minimizar possíveis vieses na interpretação dos dados.
Os critérios de inclusão estabelecidos para a seleção dos estudos envolveram publicações dos últimos dez anos (2013-2023), escritas em português ou inglês, que abordassem especificamente o câncer de mama em homens, com foco na prevenção, diagnóstico precoce, tratamento e impacto na mortalidade. Além disso, foram incluídos relatórios e dados estatísticos de órgãos governamentais, como o Ministério da Saúde, para apoiar a análise quantitativa.
Por outro lado, foram excluídos os artigos que tratavam exclusivamente de câncer de mama feminino, artigos de opinião, revisões sem base científica e estudos publicados fora do período estabelecido. A busca nas bases de dados seguiu um protocolo estruturado, o PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses), conforme recomendado por Santos, Pimenta e Nobre (2007). A inclusão de fontes documentais foi também restrita a fontes confiáveis, como o INCA e outros órgãos governamentais.
Espera-se que a metodologia adotada neste estudo contribua para uma compreensão mais aprofundada das vantagens do diagnóstico e tratamento precoce do câncer de mama em homens, além de auxiliar na formulação de estratégias de enfermagem voltadas à prevenção e redução da mortalidade. A combinação de análise qualitativa e quantitativa permite não apenas identificar as melhores práticas clínicas, mas também fornecer subsídios para a criação de políticas públicas eficazes no enfrentamento dessa patologia.
Tabela 1. Comparativo de óbitos por câncer de mama no Brasil
Ano | Taxa de Mortalidade (por 100.000) | Principais Comorbidades (associadas) | Políticas Públicas Implementadas | Impacto na Mortalidade | Intervenções de Saúde (Acessibilidade e Qualidade) |
2010 | 0.12 | Hipertensão, Diabetes | Nenhuma específica para homens | Estável | Diagnóstico tardio, acesso limitado |
2013 | 0.13 | Hipertensão, Obesidade | Campanha “Outubro Rosa” ampliada | Aumento leve | Melhor acesso ao diagnóstico precoce |
2015 | 0.11 | Diabetes, Doença cardiovascular | Diretrizes para atenção oncológica | Redução leve | Aumento de mamografias e campanhas |
2018 | 0.10 | Obesidade, Doença respiratória | Plano Nacional de Enfrentamento ao Câncer | Redução significativa | Expansão de exames preventivos |
2020 | 0.09 | Hipertensão, Doença crônica renal | SUS: Plano de Atenção Integral ao Paciente Oncológico | Estável | Avanços no diagnóstico precoce e tratamento |
Fonte: Adaptado de Instituto Nacional do Câncer et al (2020)
4 RESULTADO E DISCUSSÃO
Observa-se que a implementação de políticas como o Plano Nacional de Enfrentamento ao Câncer e a ampliação de campanhas de conscientização, como o Outubro Rosa, contribuíram para a redução das taxas de mortalidade. A integração de campanhas voltadas ao público masculino também impactou positivamente.
Fatores como hipertensão e obesidade desempenham um papel importante no aumento da mortalidade. Pacientes com essas condições crônicas tendem a apresentar uma pior evolução clínica, devido à fragilidade do estado de saúde. A maior acessibilidade a exames preventivos e diagnósticos precoces, especialmente em centros urbanos, foi determinante na redução das taxas de mortalidade. No entanto, ainda há desafios em áreas rurais e menos favorecidas.
A análise dos fatores agravantes associados à mortalidade por câncer de mama em homens revela que o atraso no diagnóstico é um dos principais determinantes do prognóstico desfavorável. Estudos indicam que homens frequentemente apresentam sintomas avançados devido à baixa conscientização sobre a doença e ao estigma associado (Silva et al., 2023). A detecção tardia, associada ao estágio avançado da doença no momento do diagnóstico, resulta em um maior índice de mortalidade. Além disso, a falta de exames de triagem direcionados para homens contribui para o aumento da mortalidade. (Freitas et al., 2023)
Outros fatores que agravam a mortalidade incluem a comorbidade com outras condições de saúde, como diabetes e doenças cardiovasculares, que podem complicar o tratamento e reduzir a eficácia das intervenções terapêuticas (Almeida et al., 2022). A ausência de suporte psicológico adequado e a dificuldade em acessar tratamentos especializados também são fatores que impactam negativamente a sobrevida dos pacientes. (Gomes et al., 2022)
Atualmente, as estratégias de prevenção do câncer de mama em homens incluem a conscientização e a educação sobre a doença, além da implementação de programas de triagem para indivíduos com histórico familiar de câncer de mama (Martins et al., 2024). No entanto, as estratégias de prevenção são limitadas e frequentemente insuficientes, dado que a maioria dos programas de triagem é direcionada para mulheres, e os homens muitas vezes não são incluídos em tais iniciativas. (Oliveira et al., 2023)
O aumento da conscientização sobre o câncer de mama masculino é uma das abordagens mais eficazes para a prevenção, uma vez que pode levar a uma detecção mais precoce e a um maior número de homens buscando avaliação médica (Reis et al., 2023). A educação contínua sobre os sinais e sintomas da doença e a importância da autoavaliação são essenciais para melhorar as taxas de detecção precoce. (Silva et al., 2023)
A detecção precoce do câncer de mama masculino está fortemente correlacionada com melhores prognósticos e maiores taxas de sobrevivência. Estudos mostram que homens diagnosticados em estágios iniciais da doença têm uma probabilidade significativamente maior de resposta positiva ao tratamento e menor necessidade de intervenções mais invasivas (Martins et al., 2024). O diagnóstico precoce permite a utilização de tratamentos menos agressivos, como a mastectomia parcial e terapias hormonais direcionadas, que resultam em menos efeitos colaterais e melhor qualidade de vida. (Reis et al., 2023)
Além disso, a identificação da doença em seus estágios iniciais pode reduzir a mortalidade e a morbidade associadas ao câncer de mama masculino, uma vez que tratamentos precoces tendem a ser mais eficazes e menos complexos (Gomes et al., 2022). A detecção precoce também pode diminuir os custos associados ao tratamento, evitando a necessidade de tratamentos mais caros e complicados que são frequentemente necessários em estágios mais avançados. (Oliveira et al., 2023)
Para melhorar as taxas de detecção e tratamento do câncer de mama masculino, é essencial desenvolver e implementar estratégias aprimoradas de prevenção. Primeiramente, a inclusão de homens em programas de triagem e acompanhamento é crucial. Isso pode ser alcançado através de campanhas de conscientização direcionadas e da criação de protocolos de triagem específicos para homens com fatores de risco elevados, como histórico familiar de câncer de mama. (Almeida et al., 2022)
A formação de profissionais de saúde para reconhecer os sinais de câncer de mama em homens e a implementação de políticas de saúde pública que incentivem a detecção precoce são igualmente importantes. O aumento do suporte psicológico e social para homens diagnosticados com câncer de mama também pode melhorar a adesão ao tratamento e a qualidade de vida. (Gomes et al., 2022)
A colaboração entre pesquisadores, instituições de saúde e organizações de apoio pode contribuir para a formulação de estratégias mais eficazes e específicas para a prevenção do câncer de mama em homens. A integração dessas abordagens pode ajudar a reduzir a mortalidade e melhorar o prognóstico para esses pacientes, promovendo uma resposta mais robusta e equitativa ao câncer de mama masculino. (Freitas et al., 2023)
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi possível concluir que o câncer de mama em homens, embora menos frequente do que no sexo feminino, representa um desafio significativo tanto para os pacientes quanto para o sistema de saúde. A análise dos fatores que contribuem para a mortalidade revela que o atraso no diagnóstico é um problema crítico, resultando em diagnósticos em estágios mais avançados e, consequentemente, em um prognóstico menos favorável. A falta de conscientização e a inexistência de programas de triagem direcionados para homens são os principais responsáveis por essa situação, além da comorbidade com outras condições de saúde que agravam o quadro clínico.
As estratégias atuais de prevenção são limitadas e, muitas vezes, não abrangem de forma adequada a população masculina. Embora a educação e a conscientização sobre o câncer de mama masculino sejam essenciais, elas ainda não são suficientes para promover a detecção precoce e diminuir as taxas de mortalidade. A implementação de programas de triagem e a formação de profissionais de saúde para identificar sinais da doença em homens são passos fundamentais para superar essas limitações.
A detecção precoce do câncer de mama masculino demonstra benefícios claros, incluindo maior eficácia dos tratamentos e menor necessidade de intervenções invasivas. Os estudos confirmaram que a identificação da doença em estágios iniciais pode melhorar significativamente o prognóstico e reduzir os custos associados ao tratamento.
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¹Acadêmica do curso de Bacharelado em Enfermagem. E-mail:jamin.alves1213@gmail.com
²Acadêmica do curso de Bacharelado em Enfermagem. E-mail:carolina.rodrigo132@gmail.com
³Enfermeira especialista em Enfermagem Pediátrica e UTI Neonatal. E-mail: trelhalary1@gmail.com