UTILIZAÇÃO DAS ESCALAS GMFCS E GMFM EM AVALIAÇÃO DE CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202410281214


Flávia Santos Barreto de Jesus1
Kassia Emilly Batista dos Santos2
Graciely Lima Ferraz da Silva3


Resumo: A paralisia cerebral (PC) é uma condição neurológica prevalente em crianças, caracterizada por desafios na função motora grossa devido a lesões cerebrais. Ferramentas de avaliação como as Escalas de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS) e a Escala de Medida da Função Motora Grossa (GMFM) desempenham um papel crucial na compreensão e monitoramento do progresso funcional desses pacientes. Este artigo apresenta uma revisão sistemática das escalas GMFCS e GMFM na avaliação de crianças com paralisia cerebral, visando compreender sua validade, confiabilidade e aplicabilidade clínica, além de explorar correlações entre elas. A pesquisa identifica estudos que investigam o uso dessas escalas, avalia sua validade e aplicabilidade, e investiga correlações entre elas e o comprometimento motor e a habilidade funcional das crianças com PC. Os resultados demonstram a consistência das escalas em sua aplicação clínica, destacando sua importância na avaliação funcional abrangente e padronizada para melhor compreensão das necessidades e potencialidades das crianças com PC. Para tal, adotaremos uma abordagem quantitativa e descritiva, revisando estudos prévios e realizando análise estatística dos dados. Espera-se que este estudo contribua para aprimorar a prática clínica e direcionar futuras pesquisas, visando sempre proporcionar o melhor cuidado e qualidade de vida para esses pacientes e suas famílias. 

Palavras – chaves: Paralisia Cerebral; GMFCS; GMFM; Função Motora.

Abstract: Cerebral palsy (CP) is a prevalent neurological condition in children, characterized by challenges in gross motor function due to brain lesions. Assessment tools such as the Gross Motor Function Classification System (GMFCS) and the Gross Motor Function Measure (GMFM) play a crucial role in understanding and monitoring the functional progress of these patients. This article presents a systematic review of the GMFCS and GMFM scales in assessing children with cerebral palsy, aiming to comprehend their validity, reliability, and clinical applicability, as well as explore correlations between them. The research identifies studies investigating the use of these scales, evaluates their validity and applicability, and investigates correlations between them and motor impairment and functional ability in children with CP. Results demonstrate the consistency of the scales in their clinical application, emphasizing their importance in comprehensive and standardized functional assessment for better understanding the needs and potential of children with CP. To achieve this, we will adopt a quantitative and descriptive approach, reviewing previous studies and conducting statistical analysis of the data. It is expected that this study will contribute to improving clinical practice and guiding future research, always aiming to provide the best care and quality of life for these patients and their families.

Keywords: Cerebral Palsy; GMFCS; GMFM; Motor Function.

Introdução 

A Encefalopatia Crônica não Progressiva da Infância, conhecida por Paralisia Cerebral (PC) é um conjunto complexo de desordens motoras não-progressivas, resultantes de lesões cerebrais crônicas que ocorrem durante o desenvolvimento fetal, perinatal ou nos primeiros anos de vida, que tem sido objeto de estudo desde sua primeira descrição entre 1843 e 1853 por William John Little3*. A partir da análise de 47 crianças com quadro de espacidade, o ortopedista inglês, buscou entender tais casos clínicos a partir das adversidades presentes no nascimento destes indivíduos como dificuldade no trabalho de parto, prematuridade, entre outros4.  Suas manifestações clínicas, amplamente estudadas desde então, abrangem desde alterações motoras até desafios cognitivos e comportamentais, refletindo a complexidade dessa condição. Inicialmente definida como um distúrbio do movimento e postura decorrente de lesões cerebrais não progressivas, a compreensão da PC foi se refinando ao longo dos anos, incorporando nuances sobre sua etiologia, classificação e manejo clínico. Sigmund Freud5, em 1893, contribuiu com a identificação de fatores causais que moldaram a abordagem moderna da condição6.

Com uma prevalência de 2 a 3 casos por 1000 nascidos vivos, a Paralisia Cerebral é a deficiência física mais comum na infância, com subtipos variados, sendo a forma espástica a mais predominante. As crianças afetadas podem apresentar desde dificuldades sutis no controle motor fino até espasticidade grave em todos os membros. As causas da Paralisia Cerebral incluem lesões na substância branca do cérebro, desenvolvimento anormal cerebral, sangramento intracraniano e falta de oxigênio durante o parto, entre outras intercorrências pré, peri e pós-natais. Segundo a Classificação Internacional de Funcionalidade, Deficiência e Saúde (CIF), essa condição acarreta prejuízos na função corporal, como tônus muscular, força, reflexos e amplitude de movimento (ADM), limitando significativamente as atividades diárias e a participação social das crianças portadoras . Além dos desafios motores, a PC está frequentemente associada a outras deficiências do desenvolvimento, como atraso cognitivo, epilepsia e distúrbios sensoriais, de comunicação e comportamentais.7

As crianças com Paralisia Cerebral podem apresentar lesão da substância branca (leucomalácia periventricular), devido à infecção materna ou fetal; desenvolvimento anormal do cérebro (disgenesia cerebral), causado por infecções, febre ou trauma, ou qualquer interrupção do processo normal do desenvolvimento cerebral durante o desenvolvimento fetal; sangramento cerebral (hemorragia intracraniana), sendo que a hipertensão materna durante a gravidez é a causa mais comum de acidente vascular cerebral fetal; dano cerebral causado pela falta de oxigênio (encefalopatia hipóxico-isquêmica) […] Existe também um pequeno número de crianças que adquirem a doença após o nascimento. Em alguns desses casos, identifica-se a razão específica para tal acontecimento, sendo lesão cerebral (nos primeiros meses ou anos de vida), infecção cerebral (meningite bacteriana ou encefalite viral) ou trauma de crânio (acidente de carro, queda ou abuso).8

Essa condição é caracterizada pela perda ou comprometimento da função motora em uma parte do corpo, resultado de danos nos nervos ou músculos, como a definição de “paralisia” sugere. Por outro lado, o termo “cerebral” indica que a origem desses problemas está relacionada à estrutura cerebral.

“O diagnóstico desta patologia é indicado por meio de um exame clínico, raramente é necessário recorrer a exames complementares para sua comprovação. É de extrema importância considerar todos os sinais clínicos junto com sua história e dinâmica”9. Atualmente, a abordagem à PC transcende a mera identificação dos sintomas motores, abraçando uma visão holística do paciente. Com a evolução da medicina neonatal, houve uma redução significativa nas taxas de mortalidade infantil e, consequentemente, um aumento na sobrevivência de bebês com risco elevado de desenvolver PC. Essa mudança no panorama médico destacou a importância de intervenções precoces e abordagens multidisciplinares para maximizar o potencial de desenvolvimento das crianças afetadas. A diversidade de manifestações clínicas da PC, incluindo espasticidade, discinesia e ataxia, desafia os profissionais de saúde a adotar uma abordagem individualizada e integrada. Além disso, distúrbios sensoriais, perceptivos e cognitivos frequentemente acompanham a condição, ampliando ainda mais o espectro de desafios a serem enfrentados.10

Os dados epidemiológicos sobre PC variam no mundo, de acordo com as condições socioeconômicas de cada região. O desenvolvimento do país tem grande influência no atendimento médico oferecido à população, particularmente à gestante e ao bebê, portanto a incidência de PC em países do terceiro mundo é maior, principalmente, por falta de prevenção e, especialmente, no período perinatal.11

As consequências da Paralisia Cerebral vão além dos desafios físicos, afetando também o bem-estar emocional e social das crianças e suas famílias. A avaliação funcional desses pacientes é fundamental para direcionar as intervenções clínicas e melhorar sua qualidade de vida. Dentre os instrumentos mais comuns utilizados para avaliação, destacam-se o Gross Motor Function Classification System (GMFCS), o Gross Motor Function Measure (GMFM) e o Manual Ability Classification System (MACS). Todas essas escalas foram traduzidas e validadas para serem aplicadas no contexto brasileiro. 

Nesse sentido, as escalas de Medida de Função Motora Grossa (GMFM) e o Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS) são ferramentas valiosas para entender e monitorar o progresso motor e funcional dessas crianças, permitindo uma abordagem mais individualizada e eficaz na reabilitação.12 Esses sistemas de classificação oferecem uma estrutura padronizada para compreender a mobilidade funcional e a habilidade manual, facilitando o desenvolvimento de planos de tratamento individualizados e a comunicação eficaz entre profissionais de saúde.13

A GMFCS, desenvolvida pelo fisioterapeuta pediátrico Robert Palisano, é um sistema padronizado que classifica crianças e adolescentes com PC de acordo com seu nível de mobilidade funcional, variando de I (mínima ou nenhuma disfunção) a V (total dependência para mobilidade).14 Por outro lado, a GMFM, desenvolvida por Diane J. Russell, juntamente a outros cientistas, é uma escala de avaliação quantitativa que mede a capacidade funcional motora em cinco áreas: deitar e rolar, sentar, engatinhar, ficar de pé e andar, fornecendo uma pontuação total que reflete o desempenho global do paciente.15

No contexto brasileiro, há uma lacuna significativa de estudos que se debruçam especificamente sobre a prevalência e incidência da paralisia cerebral (PC). Como alternativa, recorremos a projeções baseadas em dados de outras nações, principalmente em países em desenvolvimento, para compreender a dimensão do problema em nossa realidade. Enquanto nos países desenvolvidos a prevalência varia entre 1,5 a 5,9 casos por 1.000 nascidos vivos, estima-se que nos países em desenvolvimento essa taxa seja ainda mais alta, chegando a 7 casos por 1.000 nascidos vivos. Tal disparidade na magnitude da prevalência entre os dois grupos de países é frequentemente atribuída às condições precárias de cuidados pré-natais e à qualidade do atendimento primário oferecido às gestantes.16

O objetivo deste estudo é realizar uma revisão sistemática das escalas GMFCS e GMFM na avaliação de crianças com paralisia cerebral, explorando sua validade, confiabilidade e correlação com o comprometimento motor e a habilidade funcional.

METODOLOGIA

TIPO DE ESTUDO

A justificativa para este estudo reside na necessidade de uma avaliação mais precisa e abrangente da PC, levando em consideração não apenas os aspectos motores, sensoriais, cognitivos e comportamentais. Além disso, a utilização das escalas GMFCS e GMFM é fundamental na otimização do cuidado e qualidade de vida das crianças com PC. A metodologia adotada consistirá em uma abordagem quantitativa e descritiva, envolvendo revisão de estudos prévios e análise estatística dos dados disponíveis no campo acadêmico.

As Escalas de Avaliação GMFCS (Sistema de Classificação da Função Motora Grossa) e GMFM (Medida da Função Motora Grossa) são ferramentas essenciais no contexto da PC, oferecendo uma abordagem padronizada e detalhada para avaliar a função motora em crianças afetadas por essa condição neurológica.

Desenvolvido no final da década de 80 por pesquisadores do Centro CanChild for Childhood Disability Research em Hamilton, Canadá, o GMFM surgiu como uma resposta às limitações dos instrumentos de medição disponíveis na época para crianças com Paralisia Cerebral. Seu objetivo principal é quantificar as limitações das atividades físicas em indivíduos com essa condição e avaliar suas mudanças ao longo do tempo, focando na função motora grossa, que abrange a capacidade de manter e mover o corpo no espaço para mobilidade funcional.17

Composto por 88 itens divididos em cinco dimensões baseadas nas etapas típicas do desenvolvimento motor, a GMFM avalia habilidades como deitar e rolar, sentar, engatinhar e ajoelhar, ficar em pé e transições relacionadas, andar, correr e pular. Essas atividades foram selecionadas por refletirem o comprometimento motor comum na Paralisia Cerebral. No entanto, a GMFM também foi validado para outras condições, como a Síndrome de Down, e sua utilidade vem sendo investigada em diversas outras condições neurológicas.

A escolha entre as versões do GMFM depende das necessidades específicas da avaliação. O GMFM-88 oferece uma análise mais minuciosa da função motora grossa, sendo especialmente útil para crianças muito jovens ou com deficiências motoras mais complexas, como aquelas classificadas no nível V do GMFCS. Isso se deve à inclusão de uma ampla gama de itens que abordam habilidades motoras precoces e complexas. Além disso, o GMFM-88 possibilita a avaliação de crianças que utilizam dispositivos de apoio para a marcha e/ou órteses ou sapatos, o que pode ser relevante em muitos casos clínicos. Por outro lado, o escore do GMFM-66 é baseado na avaliação com a criança descalça, o que pode oferecer uma visão mais específica das habilidades motoras intrínsecas da criança.18

Destinado a ser aplicado por terapeutas pediátricos, a GMFM passou por aprimoramentos ao longo do tempo, culminando na versão GMFM-66, que consiste nos mesmos itens da versão anterior, porém com uma abordagem unidimensional. Isso permitiu que a escala passasse de ordinal para intervalar, possibilitando uma avaliação mais precisa das mudanças ao longo do tempo e uma interpretação mais objetiva dos resultados. Com o auxílio do programa GMAE (Gross Motor Ability Estimator)19, a pontuação é calculada de forma mais eficiente e precisa, levando em conta a dificuldade dos itens e a habilidade do indivíduo.

 Tabela 01 – Pontuação GMFM

PONTUAÇÃO DOS ITENS DA ESCALA GMFM
0A criança não começa a tarefa proposta no item.
1A criança começa a atividade, realizando menos de 10% da atividade total.
2Completa parcialmente, ou seja, executa entre 10% e menos de 100% da atividade total.
3Completa, executa 100% da atividade.

Fonte: Monteiro, Carlos B. M, 2015, p. 110-111

Além disso, o GMFM-66 apresenta mapas de itens que fornecem uma representação visual da dificuldade estimada de cada item e das habilidades que se espera alcançar no teste. Isso auxilia na definição de objetivos terapêuticos e na interpretação clínica dos resultados, facilitando o entendimento do desenvolvimento motor grosso não apenas para os terapeutas, mas também para os familiares e cuidadores dos pacientes.

RESULTADOS

De acordo com o Centro de Pesquisa CanChild20, uma vantagem do GMFM-66 é a sua eficiência temporal. Comparado ao GMFM-88, ele requer menos tempo para ser administrado e não exige que todos os itens sejam avaliados para obter uma pontuação estimada e precisa da criança. Isso torna o GMFM-66 uma opção mais rápida e prática em situações onde o tempo é um recurso valioso. Além disso, o GMFM-66 é particularmente útil para registrar as mudanças ao longo do tempo em uma mesma criança e comparar as mudanças entre diferentes crianças. Isso se deve ao fato de os itens estarem organizados por ordem de dificuldade, facilitando a identificação de melhorias ou regressões na função motora ao longo do tempo.

A Escala de Classificação da Função Motora Grossa é um instrumento desenvolvido por pesquisadores do CanChild Centre for Childhood Disability Research (Centro CanChild para Pesquisa sobre Deficiência Infantil) com o propósito de classificar os diferentes níveis de comprometimento motor em indivíduos com Paralisia Cerebral (PC), abrangendo desde bebês até 18 anos de idade. Esta escala, composta por 5 níveis, foi elaborada com base em anos de pesquisa, subdividindo-se em faixas etárias específicas: 0 a 2 anos, 2 a 4 anos, 4 a 6 anos, 6 a 12 anos e 12 a 18 anos. No nível I, a criança apresenta o maior grau de independência, enquanto no nível V observa-se o maior comprometimento motor. Cada faixa etária possui particularidades quanto ao esperado desempenho motor em cada um dos níveis, proporcionando uma avaliação detalhada e precisa das habilidades motoras das crianças com PC21.

O GMFCS, apesar de ser uma ferramenta relativamente recente, foi prontamente adotado na prática clínica e na pesquisa devido à sua capacidade de facilitar a comunicação entre profissionais de saúde e familiares, além de homogeneizar as amostras de crianças com Paralisia Cerebral. O sistema foi traduzido para 17 idiomas e mencionado em mais de 400 artigos publicados. No entanto, é importante considerar que a classificação da função motora pode ser desafiadora e menos precisa em crianças com menos de dois anos, devido ao seu repertório motor ainda em desenvolvimento, o que pode eventualmente requerer reclassificação futuras.

O mesmo autor afirma que em (1997) essa classificação é composta por cinco níveis, delineados de forma a terem significado prático na vida diária dos indivíduos. As distinções entre os níveis são estabelecidas com base nas limitações funcionais, na necessidade de dispositivos auxiliares de locomoção, como andarilhos ou cadeiras de rodas, e, em menor medida, na qualidade do movimento. Embora as diferenças entre os níveis I e II não sejam tão evidentes, especialmente em crianças com menos de dois anos, cada nível possui particularidades específicas em relação ao desempenho motor esperado.

Com o uso frequente deste sistema de classificação surgiu a questão sobre se as crianças permaneceriam no mesmo nível do GMFCS ao longo dos anos. Palisano e colaboradores 32 demonstraram evidências da estabilidade do GMFCS ao avaliar 610 crianças de todos os níveis em intervalos de 6 meses ou 12 meses e constatar que 73% das crianças permaneceram no mesmo nível inicial nas avaliações subseqüentes. Os resultados também indicam que a estabilidade não é afetada se a classificação é feita por diferentes avaliadores22.

Uma versão ampliada do GMFCS inclui uma faixa etária de 12 a 18 anos, alinhando-se aos conceitos da Classificação Internacional da Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Os usuários do GMFCS são incentivados a considerar o impacto dos fatores ambientais e pessoais nas habilidades e atividades das crianças e jovens avaliados23. A finalidade do GMFCS é determinar o nível que melhor reflete as competências e limitações atuais na função motora global, enfatizando o desempenho habitual em casa, na escola e na comunidade.

Cada nível da escala é atribuído com base na forma de mobilidade mais característica após os seis anos de idade, refletindo as competências e limitações funcionais em diferentes faixas etárias. A escala reconhece a variação na função motora global com a idade e fornece descrições detalhadas para cada nível e faixa etária, considerando o impacto dos fatores ambientais e pessoais nos métodos de mobilidade. Essa abordagem proporciona uma avaliação abrangente e precisa do comprometimento motor em indivíduos com Paralisia Cerebral, auxiliando os profissionais de saúde na compreensão das necessidades e habilidades desses pacientes24.

Tabela 02 – Distinção entre níveis GMFCS

DISTINÇÃO ENTRE NÍVEIS A PARTIR DA SUA CARACTERÍSTICA PRINCIPAL
NÍVEL IDeslocar-se sem limitações. Em comparação com as crianças e jovens do Nível I, aqueles do Nível II apresentam limitações ao caminhar longas distâncias e em manter o equilíbrio; podem precisar de assistência para se locomover no dia a dia.
NÍVEL IIDeslocar-se com limitações.
As crianças e jovens do Nível II conseguem caminhar sem auxílio a partir dos 4 anos de idade (embora possam ocasionalmente optar por usá-lo). Já as crianças e jovens do Nível III precisam usar um andador dentro de casa e recorrem à cadeira de rodas ao se locomover na rua e na comunidade.
NÍVEL IIITransitar utilizando um dispositivo auxiliar de locomoção.
As crianças e jovens do Nível III conseguem sentar-se sozinhos ou com muito pouco apoio externo, sendo mais independentes ao levantar-se. Eles se locomovem com auxílio. Já os de Nível IV têm funcionalidade limitada enquanto sentados, geralmente precisando de apoio. Sua mobilidade é predominantemente realizada em cadeira de rodas manual ou elétrica.
NÍVEL IVMobilidade limitada; Pode recorrer a dispositivos motorizados de assistência.
As crianças e jovens do Nível V apresentam severas limitações no controle da cabeça e do tronco, necessitando de várias tecnologias de apoio e assistência física. A autonomia na mobilidade é alcançada apenas se a criança ou jovem tiver a capacidade de aprender a utilizar uma cadeira de rodas elétrica.
NÍVEL VConduzido em uma cadeira de rodas manual.

Fonte: Palisano, et. tal, 1997

Diante do exposto, torna-se evidente que a aplicação dos instrumentos de avaliação, como a GMFM, o GMFCS, vão além da mera observância de suas estruturas formais. É fundamental compreender profundamente os objetivos da avaliação e as necessidades específicas de cada paciente, a fim de selecionar a ferramenta mais apropriada e interpretar os resultados de maneira significativa. É importante destacar que esses instrumentos não devem ser vistos como meios de determinar o destino ou prognóstico dos indivíduos com Paralisia Cerebral, pois outras variáveis como (sensoriais, cognitivos) além das motoras podem influenciar significativamente. Além disso, é crucial enfatizar que o objetivo não é rotular os pacientes, mas sim identificar e tratar todas as alterações motoras, independentemente de sua gravidade.

Análise e Verificação das Escalas: Critérios de Seleção e Comparação de Abordagens

Os métodos de análise abordados para fundamentar uma análise sistemática dos estudos que discutem as Escalas GMFCS (Classificação da Função Motora Grossa) e GMFM (Escala de Função Motora Grossa) para avaliação funcional da Paralisia Cerebral são diversos e multifacetados. Inicialmente, destaca-se a importância de compreender o contexto histórico e teórico no qual essas escalas foram desenvolvidas, entendendo suas bases conceituais e os princípios que norteiam sua aplicação. 

Isso envolve uma revisão minuciosa da literatura pertinente, investigando estudos que abordam a validade, confiabilidade e sensibilidade dessas escalas em diferentes populações e contextos clínicos. Além disso, uma análise crítica dos métodos utilizados nos estudos selecionados é essencial, avaliando a qualidade metodológica, a consistência dos resultados e eventuais viéses que possam influenciar as conclusões. Isso pode envolver a aplicação de critérios de inclusão e exclusão bem definidos, a avaliação do risco de viés em estudos observacionais e a síntese dos dados por meio de métodos estatísticos apropriados, como meta-análise ou revisão narrativa.

Tabela 03 – Levantamento de Dados

TÍTULOOBJETIVORELEVÂNCIA
Aplicabilidade do Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS) na paralisia cerebral–revisão da literatura (OLIVEIRA, A. I. A.; GOLIN,  M. O.; CUNHA,  M. C. B.) Set/Dez., 2010.Este artigo revisa a aplicabilidade do Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS) na Paralisia Cerebral, um dos instrumentos mais utilizados na clínica e pesquisa em todo o mundo. A revisão bibliográfica abrangeu consultas em bases de dados eletrônicos e outras fontes, realizadas no CADIP (Centro de Aprendizagem, Documentação, Informação e Pesquisa da FMABC, Santo André). Os resultados desta pesquisa oferecem insights sobre a caracterização funcional da Paralisia Cerebral, orientação na seleção de avaliações e planejamento de intervenções clínicas para essa população. O GMFCS é destacado como uma ferramenta simples, mas crucial, permitindo uma avaliação precisa do potencial motor da criança, o que contribui para terapias mais eficazes e maior consistência nos estudos.
O GMFM e sua aplicação na avaliação motora de crianças com paralisia cerebral (PINA, L. V.;  LOUREIRO, A. P. C.) Abr/Jun., 2006.A revisão bibliográfica utilizou bases de dados e literatura relevante para investigar o uso e a eficácia do GMFM na avaliação motora. Embora seja amplamente utilizado para comparar técnicas clínicas e fisioterapêuticas, o GMFM foca na avaliação quantitativa da motricidade ampla, carecendo de uma avaliação qualitativa da execução das atividades. Este estudo destaca a importância da complementaridade entre diferentes instrumentos de avaliação para elaborar metas terapêuticas eficazes, apesar de reconhecer que o uso dessas medidas ainda não é rotineiro entre os profissionais de fisioterapia.O GMFM avalia a função motora ampla, destinado inicialmente a crianças com PC, apesar de também estar sendo utilizado para avaliar crianças com Síndrome de Down e em menor freqüência com outras patologias.
Classificação da função motora grossa em crianças com paralisia cerebral assistidas por um centro especializado de reabilitação ( FARIAS, B. H. L.; et. tal) Abr., 2020.Este estudo transversal, quantitativo e descritivo investigou o perfil clínico e epidemiológico de crianças com Paralisia Cerebral (PC) assistidas no Núcleo de Atenção Médica Integrada (NAMI) da Universidade de Fortaleza (UNIFOR), durante o período de agosto a novembro de 2018. A amostra consistiu em crianças com diagnóstico clínico de PC, cujas variáveis clínicas e socioeconômicas foram coletadas por meio de questionários. Além disso, foram realizadas inspeções para avaliar as alterações nos membros inferiores das crianças. O nível de independência e funcionalidade foi avaliado usando o GMFCS, enquanto o desempenho motor grosso foi quantitativamente avaliado com a GMFM.A classificação e avaliação da função motora grossa das crianças proporcionou traçar um perfil clínico funcional, onde foi possível observar a correlação entre GMFM e GMFCS. Tendo dificuldade nas amostras da GMFM por conta de ser uma escala extensa.
Escalas de Avaliação Motora para indivíduos com ParalisiaCerebral: Artigo de revisão (CASTRO, N. M.; BLASCOVI-ASSIS, S. M.)., 2017.Este estudo teve como objetivo pesquisar na literatura os instrumentos utilizados para avaliação motora de pessoas com paralisia cerebral (PC) e descrevê-los. Foram selecionados onze artigos que utilizaram uma variedade de escalas e questionários, incluindo GMFCS, PEDI, Escala de Ashworth modificada, MACS, GMFM e MobQuest. Conclui-se que existem diferentes métodos de avaliação para questões motoras na PC, com alguns instrumentos sendo mais comumente utilizados do que outros, apesar de nem todos serem especificamente direcionados para esse público-alvo.Ao avaliarem aspectos relacionados à motricidade, qualidade de vida e funcionalidade, são essenciais para um diagnóstico mais preciso quando utilizados em conjunto com a observação clínica. Embora a GMFCS tenha sido amplamente utilizada para classificar o grau de comprometimento, muitos estudos a combinaram com outros instrumentos. Para futuras pesquisas na área motora, é recomendável o uso de instrumentos mais objetivos, especialmente voltados para as características específicas da paralisia cerebral. 
Classificação da Função Motora Grossa em Crianças comParalisia Cerebral utilizando a Escala GMFCS (CARVALHO, M. C.; IMIDIO, A.; MATURANA, C. S.) 2013.É amplamente reconhecido que crianças com Paralisia Cerebral (PC) se beneficiam significativamente de programas de tratamento fisioterapêutico, especialmente quando iniciados precocemente. No entanto, para garantir a eficácia desses programas, é crucial diagnosticar as crianças, identificar suas necessidades e planejar um tratamento que promova seu desenvolvimento. Para isso, é fundamental contar com métodos de avaliação adequados. Uma das abordagens mais utilizadas é a Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS), proposta por Palisano et al., que descreve o comprometimento neuromotor com base na forma de locomoção das crianças com PC. Os cinco níveis dessa classificação variam desde crianças que andam sem restrições (níveis I e II), passando por aquelas que necessitam de algum tipo de auxílio para andar (nível III), até aquelas gravemente limitadas na mobilidade, mesmo com o uso de tecnologia assistiva (nível V).O sistema de classificação da função motora (GMFCS) é útil para avaliar asatividades funcionais das crianças com PC, determinar seu prognóstico, planejar o tratamentofisioterapêutico e promover avaliações frequentes na evolução motora.Observou-se neste estudo que a maioria das crianças eram do sexo masculino, nívelGMFCS 3 e apresentavam quadriparesia, conforme outros achados da literatura científicarelatam.Apesar da amostra pequena e heterogênea, estudos como estes são oportunos para oconhecimento das capacidades e limitações funcionais das crianças acometidas por ParalisiaCerebral.
Sistema de Classificação da Função Motora Grossa Ampliado e Revisto (PALISANO, Robert; et. al)., 2007. Foi feito um esforço para enfatizar as competências e não as limitações. Assim, como princípio geral, a função motora globaldas crianças ou jovens que são capazes de executar as funções descritas num qualquer nível, serão provavelmenteclassificadas neste ou no nível superior; em contrapartida, as crianças ou jovens que não podem executar as funções de umdeterminado nível funcional, deverão ser classificadas abaixo desse nível.Reconhece-se que as manifestações da função motora global são dependentes da idade, especialmente durante a infância eos primeiros anos de vida. Para cada nível, são fornecidas descrições separadas para as várias faixas etárias. Para ascrianças com menos de dois anos e prematuras, deve ser considerada a idade corrigida. Para as faixas etárias compreendidasentre os 6 e 12 anos e entre os 12 e os 18 anos, as descrições reflectem o potencial impacto dos factores ambientais (porexemplo, distâncias na escola e comunidade) e pessoais (por exemplo, requisitos de energia e preferências sociais) nosmétodos de mobilidade.

Fonte: Tabela criada pelas autoras, 2024.

DISCUSSÃO

Escalas GMFCS e GMFM na Paralisia Cerebral

Esse estudo teve por objetivo analisar a eficácia da aplicação das escalas GMFM e GMFCS em crianças com paralisia cerebral no intuito da reabilitação da função motora. Identificou-se que a utilização das escalas é um dos instrumentos mais utilizados em clínicas e pesquisas para classificar níveis de dificuldades das crianças portadoras, e ser ponto de partida para traçar o planejamento de condutas fisioterapêuticas.

Estudos realizados por Palisano e colaboradores corroboram a estabilidade do GMFCS ao longo do tempo, evidenciada pela permanência de 73% das crianças no mesmo nível de classificação em avaliações subsequentes, mesmo quando conduzidas por diferentes avaliadores. Palisano enfatiza que as escalas devem avaliar as competências e não as limitações, assim como (OLIVEIRA, A. I. A.; GOLIN,  M. O.; CUNHA,  M. C. B.), cita em seu artigo que a GMFCS é destacado como ferramenta crucial e contribui para terapia e mais consistência nos estudos. (PALISANO, Robert; et. al)., 2007.

Contrapartida, (FARIAS, B. H. L.; et. tal) Abr., 2020.) cita em seu estudo que existe uma grande semelhança entre GMFM e GMFCS porém no ponto de vista do autor, a escala GMFM é uma escala amplamente extensa. Somando a isso, (PINA, L. V.;  LOUREIRO, A. P. C.) Abr/Jun., 2006.) diz que a GMFM avalia de forma ampla as PC (paralisia cerebral). De fato a escala tem uma complexidade em classificação avaliativa, pois foca na avaliação quantitativa da mototricidade ampla carecendo de uma avaliação qualitativa da execução de cada atividade importante visando a qualidade de vida do paciente.

Os discursos analisados enfatizam a necessidade de uma abordagem holística na avaliação funcional da Paralisia Cerebral, que vai além da simples categorização dos pacientes com base nas escalas GMFCS e GMFM. Destacam que o objetivo principal não é rotular os pacientes, mas sim identificar e tratar todas as alterações motoras, independentemente de sua gravidade. Isso implica reconhecer a complexidade da condição e a heterogeneidade dos sintomas apresentados pelos pacientes. Portanto, sugerem que a análise dos estudos deve considerar não apenas os resultados quantitativos obtidos por meio das escalas, mas também a eficácia dos tratamentos propostos e o impacto na qualidade de vida dos pacientes. Essa abordagem mais abrangente permite uma compreensão mais completa das intervenções terapêuticas e contribui para o desenvolvimento de estratégias mais eficazes de manejo da Paralisia Cerebral.

Muitos fisioterapeutas resistem a utilização das medidas avaliativas, muitas vezes é pela falta de conhecimento em como aplicar ou até pelo tempo curto durante uma avaliação. O GMFCS é considerado simples porém essencial pela literatura, já a GMFM segundo as pesquisas é um pouco mais complexa e extensa podendo ser útil na caracterização funcional do caso clínico. O ideal é todos os profissionais capacitados aplicarem os métodos em suas avaliações e comparar com outras escalas específicas para  a avaliação e classificação da PC (paralisia cerebral) para realização de futuros estudos e maior eficácia terapêutica.

Conclusão

A GMFCS descreve a função motora grossa com foco nas habilidades motora e independência do paciente, já a GMFM ela avalia e monitora as habilidades motoras grossa ao
longo do tempo. Cada uma tem sua particularidade e é considerada complementar de outras avaliações. A escolha entre as escalas vai depender da necessidade do paciente, normalmente são usadas em conjunto para uma melhor avaliação. Os dados desse estudo podem contribuir para a decisão do plano de avaliação de um profissional, direcionando a um planejamento com maior eficácia terapêutica. Considerando que a PC (paralisia cerebral) é uma condição neurológica prevalente em crianças, conclui-se que as escalas GMFCS e GMFM são de eficácia extrema para a classificação e medidas de graus, e acompanhamento do progresso motor e funcional das crianças diagnosticadas com a PC. 

Com essa revisão sistemática das escalas  GMFCS e GMFM e objetivo traçado de um estudo, mais preciso e abrangente, revisando números e prevalências, acreditamos que a aplicação e monitoramento com o uso das escalas irão esclarecer em qual nível e classificação, se encontra cada criança e além disso, esclarecerá a faixa etária esperada por idade.


3*William John Little foi um renomado médico ortopedista inglês que viveu de 1810 a 1894. Little foi o primeiro a descrever detalhadamente a paralisia cerebral em crianças, fornecendo observações clínicas precisas sobre os sintomas e características dessa condição. Sua pesquisa pioneira estabeleceu as bases para o entendimento moderno da paralisia cerebral e influenciou o desenvolvimento de abordagens terapêuticas para indivíduos afetados por essa condição. Saiba mais em: PIETRZAK, K; GRZYBOWSKI, A; KACZMARCZYK, J. William John Little (1810–1894). Journal of Neurology, set. 2015.

4Ministério da Saúde. Diretrizes de atenção à pessoa com paralisia cerebral. Ministério da Saúde, Secretaria de atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas, Brasília: Ministério da Saúde, 2014.

5Sigmund Freud (1856-1939) foi um médico neurologista austríaco, fundador da psicanálise. Suas teorias influenciaram profundamente a psicologia e a compreensão da mente humana. SKOWRONSKY, Silvia Brandão, Sigmund Freud (1856-1939). Federação Brasileira de Psicanálise: Rio de Janeiro, 2024. Disponível em: https://febrapsi.org/publicacoes/biografias/sigmund-freud/.

6Op. cit, 2014.

7RODRIGUES, Walter; et al. Avaliação da Função Motora Grossa em Crianças com Paralisia Cerebral. Rev. Ibirapuera: São Paulo, n. 18, p. 26-31, Jul/Dez 2019.

8Ibid, p. 27

9Hara, Y. B., et. tal. Classificação da Função Motora Grossa em alunos com Paralisia Cerebral. Rev. Assoc. Bras. Ativ. Mot. Adapt., Marília, v.22 n.2, p. 237-246, Jul./Dez., 2020.

10Op. cit., 2015.

11Embiruçu, 2015, p. 35.

12Rodrigues; et al, 2019.

13Ibid, 2019.

14Palisano (1997, apud Ministério da Saúde; et al, 2014).

15Russell (1989, apud Ministério da Saúde, 2014).

16Ministério da Saúde, 2014.

17CYRILLO, Luara Tomé; GALVÃO,  Maria Cristina dos Santos. GMFM E GMFCS – Mensuração e Classificação da Função Motora Grossa. In: MONTEIRO, Carlos Bandeira de Mello. Paralisia cerebral: teoria e prática. São Paulo: Plêiade, 2015, p. 109 – 124.

18Can Child. Medida da Função Motora Grossa. Canadá: Institute for Applied Health Sciences at McMaster, Can Child. 2024. Disponível em: https://www.canchild.ca/en/resources/brazilian-portuguese-hub/medida-da-funcao-motora-grossa. Acesso em: 01 mai 2024.

19O GMAE, ou Estimador da Habilidade Motora Grossa, é um programa de computador utilizado em conjunto com a Gross Motor Function Measure (GMFM) para calcular uma pontuação intervalar. Existem diferentes versões do GMAE, cada uma desenvolvida para ser compatível com uma determinada versão da GMFM, como o GMAE para GMFM-66. Ele permite uma avaliação mais precisa das habilidades motoras de crianças com Paralisia Cerebral, fornecendo informações detalhadas sobre o desempenho motor e auxiliando na definição de metas terapêuticas. Para ver mais: https://www.canchild.ca/en/resources/brazilian-portuguese-hub/medida-da-funcao-motora-grossa.

20Can Child, 2024.

21Castro; Blascovi-Assis, 2017.

22Cyrillo; Galvão, 2015, p. 116.

23Ibidem, 2015.

24Palisano, et. tal, 1997.

Referências

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1Graduanda em Fisioterapia pela Universidade Salvador (UNIFACS).
2Graduanda em Fisioterapia pela Universidade Salvador (UNIFACS).
3Mestranda em Desenvolvimento Regional e Urbano. Fisioterapeuta. Docente da Universidade Salvador (Unifacs). graciely.silva@ulife.com.br