USO TERAPÊUTICO DA TOXINA BOTULÍNICA: APLICAÇÕES ALÉM DA ESTÉTICA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.12626778


Roberta Sabatino Florence1


RESUMO: A toxina botulínica, derivada da bactéria Clostridium botulinum, tem ganhado destaque tanto na medicina quanto na área estética devido às suas propriedades únicas. Originalmente reconhecida pela sua capacidade de suavizar rugas e linhas de expressão, essa substância bloqueia a liberação de acetilcolina, resultando na paralisia temporária dos músculos e, consequentemente, aliviando dores associadas a espasmos ou tensões musculares. Seu uso terapêutico abrange uma ampla gama de condições médicas, incluindo: enxaqueca crônica, dor musculoesquelética, distonia cervical e espasmos musculares. A administração da toxina baseia-se em uma avaliação clínica detalhada. Embora geralmente eficaz, os efeitos podem variar e os efeitos colaterais são geralmente leves e temporários, como dor no local da injeção e fraqueza muscular temporária. As contraindicações incluem gestação, lactação e doenças neuromusculares. O presente artigo aborda a história da toxina botulínica e suas principais formas clínicas, tipo A e tipo B, com o tipo A sendo o mais amplamente utilizado. Além disso, detalha as aplicações em distúrbios neurológicos, oftalmológicos, oclusais e temporomandibulares, bem como o controle da hiperidrose e a influência em reabilitação física. Conclusivamente, apesar de ser mais conhecida por suas aplicações estéticas, a toxina botulínica possui um vasto potencial terapêutico, melhorando significativamente a qualidade de vida de muitos pacientes ao redor do mundo. Para obter melhores resultados, é crucial que a administração seja feita por profissionais qualificados, garantindo a eficácia e minimizando os riscos. A pesquisa contínua promete expandir ainda mais suas aplicações terapêuticas.

PALAVRAS-CHAVE: Dor Crônica. Espasmo Muscular. Toxina Botulínica.

ABSTRACT: Botulinum toxin, derived from the bacterium Clostridium botulinum, has gained prominence in both medicine and aesthetics due to its unique properties. Originally recognized for its ability to smooth wrinkles and fine lines, this substance blocks the release of acetylcholine, resulting in temporary muscle paralysis and, consequently, relieving pain associated with muscle spasms or tension. Its therapeutic use covers a wide range of medical conditions, including chronic migraine, musculoskeletal pain, cervical dystonia, and muscle spasms. The administration of the toxin is based on a detailed clinical evaluation. Although generally effective, effects can vary and side effects are usually mild and temporary, such as pain at the injection site and temporary muscle weakness. Contraindications include pregnancy, lactation, and neuromuscular diseases. This article addresses the history of botulinum toxin and its main clinical forms, type A and type B, with type A being the most widely used. Additionally, it details applications in neurological, ophthalmological, occlusal, and temporomandibular disorders, as well as the control of hyperhidrosis and its influence on physical rehabilitation. In conclusion, despite being best known for its aesthetic applications, botulinum toxin has vast therapeutic potential, significantly improving the quality of life for many patients worldwide. To achieve the best results, it is crucial that administration is performed by qualified professionals, ensuring efficacy and minimizing risks. Continuous research promises to further expand its therapeutic applications.

KEYWORDS: Chronic Pain. Muscle Spasm. Botulinum Toxin.

1  INTRODUÇÃO

A toxina botulínica tem sido objeto de fascínio e controvérsia desde sua descoberta e ganhou destaque como uma solução eficaz para suavizar rugas e linhas de expressão. Originária de uma bactéria denominada Clostridium botulinum, essa substância tem propriedades únicas que a tornam uma ferramenta versátil e poderosa tanto na medicina quanto na estética (CARRUTHERS, J. et al., 2020). 

Nos últimos anos, houve um crescimento exponencial da popularidade da toxina botulínica, principalmente devido aos seus efeitos rejuvenescedores na pele. No entanto, seu potencial terapêutico vai muito além das aplicações estéticas, abrangendo uma ampla gama de condições médicas, desde distúrbios neurológicos até problemas oftalmológicos e de dor crônica (TORRESROSAS, R.; ROMERO-RAMÍREZ, S., 2020). 

A toxina botulínica funciona bloqueando a liberação de acetilcolina, um neurotransmissor responsável pela contração muscular. Isso leva à paralisia temporária dos músculos, o que pode aliviar a dor em condições onde a dor está associada a espasmos ou tensões musculares.

As principais aplicabilidades terapêuticas da toxina botulínica são:

  1. Enxaqueca Crônica: Toxina botulínica é aprovada pela Federal Drug Administration (FDA) para o tratamento de enxaquecas crônicas. As injeções são administradas em pontos específicos ao redor da cabeça e pescoço.
  2. Dor Musculoesquelética: Inclui condições como dor miofacial e síndrome de dor miofacial.

As injeções são aplicadas nos pontos dolorosos.

3. Distonia Cervical (Torcicolo Espasmódico): Uma condição onde os músculos do pescoço se contraem involuntariamente, causando dor e movimentos anormais da cabeça.  4. Espasmos Musculares: Inclui espasticidade pós-AVC, espasmos musculares faciais (blefaroespasmo), e espasmos de outros músculos.

 O procedimento de aplicação baseia-se em avaliação clínica, onde o profissional capacitado realiza a avaliação do paciente, determinando a localização e a intensidade da dor, além de examinar os músculos afetados. Estudos indicam que muitas pessoas experimentam um alívio significativo da dor após o tratamento com toxina botulínica. A eficácia pode variar dependendo da condição específica e da resposta individual ao tratamento. Os efeitos colaterais são geralmente leves e temporários, podendo incluir: dor ou hematomas no local da injeção, fraqueza muscular temporária, sintomas gripais e dor de cabeça (GUARDA-NARDINI, L.; MANFREDINI, D.; MION, M.; COCILOVO, F., 2020). 

As contraindicações mais comuns são para gestantes, lactantes, portadores de doenças neuromusculares, como Miastenia Gravis ou Síndrome de Lambert-Eaton e Infecção ou inflamação no local da injeção (KIM, H. J.; YUM, K. W.; LEE, S. I., 2021).

2  OBJETIVO

            2.1 OBJETIVO GERAL

            O objetivo geral do presente trabalho se resume em compreender a história e aplicabilidade da toxina botulínica além da utilização estética.

            2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

            Os objetivos específicos são:

  • Compreender a descoberta da toxina botulínica;
  • Evidenciar a aplicabilidade da toxina botulínica e sua aplicação terapêutica e não somente em uso estético;
  • Realizar uma revisão bibliográfica sobre a aplicabilidade terapêutica da toxina botulínica e evidenciar os resultados obtidos;
3  DESENVOLVIMENTO

            A toxina botulínica tem sido amplamente utilizada no tratamento de distúrbios neurológicos, como espasmos musculares, distonias, espasticidade e enxaquecas crônicas. Sua capacidade de bloquear a liberação de acetilcolina nas junções neuromusculares proporciona alívio sintomático, reduzindo a contração muscular excessiva e a dor associada a essas condições (COMELLA, C. L.; DAYALU, P., 2021).

É importante notar que, embora existam diferentes tipos de toxina botulínica, todos compartilham o mesmo mecanismo de ação, que é a inibição da liberação de acetilcolina na junção neuromuscular, resultando em relaxamento muscular temporário. A escolha entre os tipos de toxina botulínica depende das necessidades individuais do paciente e da avaliação do profissional de saúde (PIRAZZINI, M.; ROSSETTO, O.; ELEOPRA, R.; MONTECUCCO, C., 2017).

            3.1 DESVENDANDO A TOXINA BOTULÍNICA

Existem diferentes tipos de toxina botulínica, identificados como tipo A, tipo B, tipo C, etc.

No entanto, as formas mais conhecidas e utilizadas na prática clínica são as tipo A e tipo B.  

3.1.1 Toxina Botulínica Tipo A (TB-A): Esta é a forma mais comum e amplamente utilizada da toxina botulínica. Alguns dos produtos comerciais mais conhecidos que contêm toxina botulínica tipo A incluem Botox, Dysport e Xeomin. A toxina botulínica tipo A é geralmente preferida devido à sua potência e eficácia na redução de rugas faciais, bem como no tratamento de distúrbios neurológicos (AL-WAELI, H. A.; MAJEED, H. A.; IBRAHIM, I. K., 2020).

3.1.2 Toxina Botulínica Tipo B (TB-B): Embora menos comum do que TB-A, a toxina botulínica tipo B também tem suas aplicações terapêuticas. Ela é encontrada em produtos como Myobloc. TB-B é geralmente utilizada quando há resistência à toxina botulínica tipo A ou em situações em que a toxina tipo A não é eficaz o suficiente (DRESSLER, D.; SABERI, F. A., 2021).

            3.2 DISTÚRBIOS NEUROLÓGICOS

 O tratamento neurológico com toxina botulínica é amplamente utilizado para tratar uma variedade de distúrbios neurológicos, caracterizados por hiperatividade muscular, espasticidade e espasmos involuntários (COMELLA, C. L.; DAYALU, P., 2021).

 A espasticidade é uma condição neurológica caracterizada por rigidez e contrações musculares involuntárias. A toxina botulínica é injetada diretamente nos músculos afetados para bloquear a liberação de acetilcolina, o neurotransmissor responsável pela contração muscular. Isso resulta em relaxamento muscular temporário e alívio dos sintomas da espasticidade, melhorando a amplitude de movimento e a funcionalidade (FABBRI, M.; COELHO, M.; FERREIRA, J. J., 2017).

 As distonias são distúrbios do movimento caracterizados por contrações musculares sustentadas e involuntárias, levando a movimentos anormais e posturas anormais. A toxina botulínica é eficaz no tratamento de distonias focais, como distonia cervical (torcicolo espasmódico), distonia de escrita (cãibra do escritor) e blefaroespasmo (espasmo das pálpebras). As injeções de toxina botulínica são administradas diretamente nos músculos afetados para reduzir as contrações musculares e aliviar os sintomas (ROSALES, R. L., et al., 2021).

 A toxina botulínica também é utilizada no tratamento de espasmos musculares, como espasmo hemifacial e espasmos de outras áreas do corpo. Ao bloquear a liberação de acetilcolina nos músculos afetados, a toxina botulínica reduz a atividade muscular excessiva e alivia os espasmos dolorosos (FABBRI, M.; COELHO, M.; FERREIRA, J. J., 2017).

 A neuralgia do trigêmeo é uma condição dolorosa caracterizada por ataques súbitos e intensos de dor facial. A toxina botulínica pode ser injetada nos músculos faciais afetados para reduzir a pressão sobre o nervo trigêmeo, aliviando a dor e melhorando a qualidade de vida dos pacientes( YUN, S. Y.; KIM, Y. J.; CHOI, Y. J. A., 2020).

            3.3 DISTÚRBIOS OFTALMOLÓGICOS

Na oftalmologia, a toxina botulínica é empregada no tratamento de estrabismo, blefaroespasmo e espasmo hemifacial. A injeção da toxina em músculos oculares específicos ajuda a corrigir desalinhamentos dos olhos e reduzir contrações involuntárias das pálpebras, melhorando significativamente a qualidade de vida dos pacientes (FABBRI, M.; COELHO, M.; FERREIRA, J. J., 2017).

O estrabismo é uma condição em que os olhos não estão alinhados corretamente e apontam para direções diferentes. A toxina botulínica é injetada em um ou mais músculos oculares para enfraquecer seletivamente esses músculos e corrigir o desalinhamento dos olhos. Isso ajuda a restaurar uma posição ocular mais alinhada e melhorar a visão binocular (KIM, H. J.; YUM, K. W.; LEE, S. I., 2021).

O blefaroespasmo é um distúrbio neurológico caracterizado por contrações involuntárias e repetitivas dos músculos ao redor dos olhos, resultando em piscadas frequentes e espasmos das pálpebras. A toxina botulínica é administrada por meio de injeções precisas nos músculos orbiculares dos olhos para relaxar esses músculos hiperativos e aliviar os sintomas do blefaroespasmo (FABBRI,M.; COELHO, M.; FERREIRA, J. J., 2017).

             3.4 DISTÚRBIOS OCLUSAIS E TEMPOROMANDIBULARES

 A toxina botulínica tem sido amplamente utilizada no tratamento de dores musculares faciais e distúrbios oclusais, como o bruxismo e a disfunção temporomandibular (DTM). Esses distúrbios podem causar desconforto significativo, dor crônica e desgaste dentário devido ao apertamento e ranger dos dentes. A aplicação da toxina botulínica no músculo masseter, responsável pela força da mordida, ajuda a reduzir a atividade muscular excessiva, proporcionando alívio da dor e diminuição dos sintomas associados. Estudos têm demonstrado que a injeção da toxina pode reduzir a hipertrofia muscular e melhorar a função mandibular, levando a uma melhora significativa na qualidade de vida dos pacientes ( YUN, S. Y.; KIM, Y. J.; CHOI, Y. J. A., 2020).

 O mecanismo de ação da toxina botulínica envolve a inibição da liberação de acetilcolina nas junções neuromusculares, o que resulta em uma paralisia temporária dos músculos tratados. No caso do bruxismo e da DTM, isso significa que a força de contração do músculo masseter é reduzida, minimizando o desgaste dentário e aliviando a pressão nas articulações temporomandibulares. Essa intervenção é particularmente útil para pacientes que não respondem bem a tratamentos convencionais, como placas oclusais ou terapias comportamentais. Além disso, o uso da toxina botulínica é considerado um procedimento minimamente invasivo, com um perfil de segurança favorável quando administrado por profissionais qualificados (DRESSLER, D.; SABERI, F. A., 2021).

 Além dos benefícios no alívio da dor e na redução da hipertrofia muscular, o uso da toxina botulínica no tratamento de distúrbios oclusais pode ter efeitos estéticos positivos. A redução da atividade do músculo masseter pode levar a uma diminuição na largura da mandíbula, o que é frequentemente desejado por pacientes que procuram uma aparência facial mais delicada. No entanto, é importante considerar os possíveis efeitos adversos, como assimetria facial temporária ou dificuldades na mastigação. A dosagem e a técnica de injeção precisam ser cuidadosamente ajustadas para maximizar os benefícios terapêuticos e minimizar os riscos (TORRES-ROSAS, R.; ROMERO-RAMÍREZ, S., 2020).

             3.5 CONTROLE DE HIPERIDROSE

 A hiperidrose é uma condição caracterizada pela produção excessiva e descontrolada de suor, que pode afetar várias áreas do corpo, como axilas, mãos, pés e rosto. O tratamento com toxina botulínica é uma opção eficaz para muitos pacientes que sofrem com hiperidrose e não encontraram alívio com outros métodos. A toxina botulínica atua bloqueando os sinais nervosos que estimulam as glândulas sudoríparas a produzir suor excessivo. Ao injetar pequenas doses da toxina nas áreas afetadas, a atividade das glândulas sudoríparas é reduzida, resultando em uma diminuição significativa na transpiração  (HSU, T. S.; DOVER, J. S.; ARNDT, K. A., 2014). 

            3.6 FISIOTERAPIA E REABILITAÇÃO

 Na reabilitação física, a toxina botulínica é frequentemente utilizada como parte de um plano de tratamento abrangente para melhorar a função motora em pacientes com lesões neurológicas, como acidente vascular cerebral (AVC) ou paralisia cerebral. Ao reduzir a espasticidade muscular e facilitar a mobilidade, a toxina botulínica pode facilitar o processo de reabilitação e promover uma recuperação mais completa (JABBARI, B., 2016).

4  CONCLUSÃO

 Embora a toxina botulínica seja mais conhecida por seus efeitos estéticos, seu potencial terapêutico é vasto e diversificado. Do tratamento de distúrbios neurológicos à reabilitação física, passando pelo controle da hiperidrose e da dor crônica, a toxina botulínica desempenha um papel crucial em melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas em todo o mundo. 

O uso de toxina botulínica para tratar dor crônica é uma abordagem eficaz para muitas condições dolorosas, oferecendo uma alternativa para pacientes que não respondem bem a outros tratamentos. No entanto, é importante que o tratamento seja realizado por um profissional de saúde qualificado para minimizar riscos e maximizar os benefícios.

  Em suma, a toxina botulínica representa uma alternativa eficaz e segura para o manejo de dores musculares faciais e distúrbios oclusais. Seu uso pode oferecer alívio significativo da dor, melhorar a função mandibular e proporcionar benefícios estéticos adicionais. 

 No entanto, como qualquer intervenção médica, é crucial uma avaliação adequada do paciente e a administração por profissionais treinados para assegurar os melhores resultados possíveis. A pesquisa contínua e a evolução das técnicas de aplicação prometem ampliar ainda mais as indicações e a eficácia dessa terapia no futuro.

REFERÊNCIAS

AL-WAELI, H. A.; MAJEED, H. A.; IBRAHIM, I. K. The efficacy of botulinum toxin type A in the treatment of myofascial pain associated with bruxism. Journal of Clinical and Diagnostic Research, v. 14, n. 5, p. ZC10-ZC13, 2020. DOI: 10.7860/JCDR/2020/43224.13729.  

CARRUTHERS, J., et al. Advances in the use of botulinum neurotoxins in facial aesthetics. Dermatologic Surgery, v. 46, n. 1, p. 32-39, 2020. DOI: 10.1097/DSS.0000000000002074.  

COMELLA, C. L.; DAYALU, P. Botulinum toxin type A therapy for cervical dystonia: recent advances and new findings. Therapeutic Advances in Neurological Disorders, v. 14, p. 1-15, 2021. DOI: 10.1177/17562864211014088.  

DRESSLER, D.; SABERI, F. A. Botulinum toxin: mechanisms of action. European Journal of Neurology, v. 28, n. 12, p. 4156-4164, 2021. DOI: 10.1111/ene.14890.  

FABBRI, M.; COELHO, M.; FERREIRA, J. J. Botulinum toxin type A in the management of blepharospasm, oromandibular dystonia, and hemifacial spasm: a systematic review with metaanalysis. Journal of Neurology, v. 264, n. 8, p. 1479-1489, 2017. DOI: 10.1007/s00415-017-8503-

GUARDA-NARDINI, L.; MANFREDINI, D.; MION, M.; COCILOVO, F. Efficacy of botulinum toxin in treating myofascial pain in bruxers: A controlled placebo pilot study. Cranio, v. 38, n. 5, p. 333-339, 2020. DOI: 10.1080/08869634.2019.1598670.  

HSU, T. S.; DOVER, J. S.; ARNDT, K. A. Effectiveness and safety of botulinum neurotoxin type A in the treatment of hyperhidrosis and cosmetic conditions. Journal of the American Academy of Dermatology, v. 70, n. 5, p. 911-920, 2014. DOI: 10.1016/j.jaad.2014.01.905.

JABBARI, B. Botulinum neurotoxins in the treatment of refractory pain. Nature Reviews Neurology, v. 12, n. 5, p. 317-331, 2016. DOI: 10.1038/nrneurol.2016.38.  

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PIRAZZINI, M.; ROSSETTO, O.; ELEOPRA, R.; MONTECUCCO, C. Botulinum neurotoxins: biology, pharmacology, and toxicology. Pharmacological Reviews, v. 69, n. 2, p. 200-235, 2017. DOI: 10.1124/pr.116.012658.  

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