USO NÃO MEDICAMENTOSO DE METILFENIDATO ENTRE  ACADÊMICOS DE MEDICINA DE UMA INSTITUIÇÃO DE NÍVEL  SUPERIOR DE PORTO VELHO – RO 

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7709056


Ana Karolina Moraes Carbone 
Kamila Klegues Cidade Grabner 
Manuela Estrela Do Ó Lacerda 
Orientadora: Gisele Megale Gurgel do Amaral


RESUMO E ABSTRACT 

O metilfenidato (MTF) é indicado principalmente no tratamento do Transtorno de  Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), no entanto, cada vez mais tem-se  observado um aumento progressivo do consumo não prescrito deste medicamento por  discentes de Medicina, tendo como principal objeto aumentar o rendimento intelectual.  Com o objetivo de identificar a frequência do uso não medicamentoso de metilfenidato  entre acadêmicos de medicina de uma instituição de nível superior de Porto Velho – Rondônia, iremos abordar, neste estudo, as peculiaridades do uso de metilfenidato entre  os universitários de medicina. Neste estudo descritivo e transversal, serão incluídos  estudantes de medicina até o quarto ano do curso. Outrossim, a ferramenta utilizada  para coleta de dados será o questionário padronizado do Google Forms para o próprio  estudante preencher, aplicado nos meses de novembro a janeiro. A partir dos resultados  obtidos poderemos observar a presença ou não do consumo abusivo de MTF entre os  universitários de medicina da Faculdade Metropolitana, bem como a frequência e  possíveis efeitos colaterais de seu uso. 

Palavras chave: Universitários; Medicina; Metilfenidato; TDAH; Uso indiscriminado.

1. INTRODUÇÃO 

1.1. ASPECTOS GERAIS 

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH afeta  aproximadamente 5-7% das crianças em idade escolar, é um transtorno  neurocomportamental comum cujas principais características são: desatenção,  hiperatividade e impulsividade (ANDRADE et al. 2011). 

O metilfenidato (MTF) de uso prescrito é indicado principalmente no tratamento  do TDAH, no entanto, cada vez mais tem-se observado uma progressão no consumo  abusivo deste medicamento psicotrópico, para fins não médicos, ou seja, sem receita  ou prescrição, em suma, por acadêmicos de Medicina (FINGER, SILVA, FALAVIGNA,  2013).  

Os estudantes de medicina estão entre os grupos com alta propensão à  utilização de tal medicamento, devido a alta carga horária de estudos exigida pelo  curso, competitividade acadêmica, privação de sono e momentos de estresse,  principalmente no período de avaliações. O uso indevido dessa substância leva o  Brasil à segunda posição no ranking mundial do consumo de metilfenidato (JAVED et  al, 2019). 

Pasquini, 2013, através de pesquisa feita com estudantes de medicina no estado  de São Paulo apresenta uma estimativa alarmante onde, de 5.152 estudantes, 44,3%  (2.286) já haviam feito uso não medicamentoso de MTF e apenas 0,45% (23)  utilizaram-se de uso da prescrição para a aquisição do medicamento. Segundo dados  do Conselho Internacional de Controle de Narcóticos, o Metilfenidato no ano de 2018  foi o estimulante mais consumido no mundo. 

Define-se como automedicação de MTF a utilização de fármacos com uso não  prescrito, ou seja, seu consumo por pessoas que não apresentam critérios clínicos  para o diagnóstico de TDAH ou narcolepsia (MARTINEZ et al, 2014). A grande  problemática deste tipo de comportamento se dá pelo fato destes medicamentos  serem selecionados por pessoas não capacitadas para tal seleção, bem como do  mecanismo de ação do fármaco, o qual age nos neurotransmissores, onde as vias  podem estar com déficit ou excessos. Desta maneira a introdução e retirada das  drogas deve ser feita com cuidado, tendo em vista que nenhum medicamento é inóxio  à saúde, podendo gerar dependências e outras disfunções (BARROS, 2011). 

Dentre os efeitos colaterais a curto prazo do uso indevido metilfenidato  destacam-se insônia falta de apetite, cefaleia, dor abdominal, pequeno aumento da  frequência cardíaca e pressão arterial, xerostomia, irritabilidade, perda de peso, efeito  rebote que consiste em uma redução na habilidade de compreender as coisas, perda  da libido, dores no peito, distúrbios do sistema linfático, anemia e náusea.Com menor  frequência manias e tiques, pesadelos, isolamento social e raramente psicose. A  longo prazo se observa dependência química, distúrbios emocionais e doenças  mentais, ou seja, o que seria uma melhora no aperfeiçoamento cognitivo, acaba por  se tornar ameaçador à integridade cerebral (MACHADO, 2015). 

1.2. AUTOMEDICAÇÃO E OS ACADÊMICOS DE MEDICINA  

O Curso de medicina é marcado por longos períodos onde, dos estudantes, é  requerido um rendimento sobre-humano, contradizendo a grande expectativa na  maioria das vezes criada pelos mesmos, gerando uma grande frustração advindas do  não cumprimento com as expectativas, necessidade de competitividade,  desapontamento com seu desempenho acadêmico, corroborando com um  sentimento de fracasso e angústia. Dentre os fatores exaustivos estão: a sobrecarga  de estudos; levando a privação de sono, a diminuição do convívio social; devido a  difícil conciliação com a carga horária exigida pelo curso, causando muitas vezes  prejuízo funcional (OLIVEIRA, 2014). 

Deste modo, muitos estudantes, a fim de cumprir com as exigências  acadêmicas, passam a praticar a automedicação, para melhorar seu desempenho  letivo. Outros fatores de risco comprovados que podem levar os discentes a este  comportamento são: o acesso amplo a medicação, fazer uso de tabaco crônico,  drogas ilícitas, álcool, cafeína, vigília inferior a 6 horas por dia, uso diário de fármacos  hipnóticos, suplementação proteica e de vitaminas (GUDMUNDSDOTTIR et al, 2020).  

Seja pela facilidade do consumo ou pela necessidade de suprir as demandas  exigidas pelo curso, os acadêmicos acabam atribuindo ao medicamento a função de  pílula mágica, sem considerar os efeitos adversos. Corrobora-se para tal ato, a  resolução momentânea de seus problemas, tais como: melhora do foco, baixa  necessidade de sono, aumento no rendimento acadêmico, fazendo com que o  fármaco torne-se indispensável em suas vidas (SILVA et al, 2012).

Os relatos de abuso de MTF têm se tornado cada vez mais comuns,  principalmente após a popularização do TDAH. Estudos realizados na Universidade  Federal da Bahia – UFBA encontraram uma prevalência de 8,3% para o uso não  prescrito do MTF entre os acadêmicos de medicina, os quais são uma população  vulnerável ao consumo abusivo dessas substâncias (CRUZ et al, 2011). 

1.3. O METILFENIDATO 

O metilfenidato foi sintetizado por um químico chamado Leandro Panizzon pela  primeira vez em 1944, na Suíça, porém, a patente só se deu 10 anos depois, em  1954, com início aos testes em humanos e posterior comercialização. O nome  comercial Ritalina®, se deve ao apelido da esposa do Dr. Panizzon, que utilizava o  fármaco antes de suas partidas de tênis para melhorar seu rendimento (TOLEDO,  2019). 

Farmacologicamente, o MTF tem origem de um composto que deriva das  plantas, a piperidina, um análogo à família das anfetaminas, devido a uma relação  estrutural. É utilizado para estimular o sistema nervoso central (SNC), e tem seu uso  regulado por controle pela portaria 344/98 (BRASIL, 2013).  

Em relação ao seu mecanismo de ação, o MTF é um agonista indireto da  dopamina e norepinefrina, que influencia intensamente a ação desses  neurotransmissores nos centros motores e na atenção. Possui dois carbonos quirais  e fórmula química C14H19NO2, sendo uma mistura racêmica formada por quatro  estereoisômeros, que são o d-treo-MFD, l-treo-MFD, d-eritro-MFD e o l-eritro-MFD  (BATISTA, 2015). 

Inicialmente a indicação principal deste fármaco era para o tratamento da  narcolepsia, a partir dos anos 60, estudos apontaram a grande gama de benefícios  para o tratamento de crianças hiperativas e distraídas, atualmente é o  psicoestimulante mais prescrito no tratamento de crianças diagnosticadas com TDAH  (GONCALVES; PEDRO, 2018). 

O MTF, assim como as anfetaminas, além de utilizadas para minimização do  sofrimento, também auxiliam na potencialização de produtividade e concentração,  rendimento intelectual, aperfeiçoamento cognitivo, compensação da privação de sono  e cansaço físico e mental (DÁZIO, 2016).

Acredita-se que doses mais elevadas de metilfenidato aumenta a norepinefrina  e o efluxo de dopamina na maior parte do encéfalo, podendo resultar em efeitos  deficientes de cognição e de ativação locomotora. Outrossim, doses baixas ativam  seletivamente a neurotransmissão de norepinefrina e dopamina no córtex pré-frontal  (área que desempenha papel fundamental na fisiopatologia do TDAH), havendo  melhor prognóstico clínico e precavendo os efeitos secundários (LIAGH, et al, 2018). 

1.3.1. Mecanismo de Ação 

Metilfenidato é uma combinação racêmica (mistura em níveis semelhantes de  dois enantiômeros de uma molécula quiral) formado por isômeros d- e I. Pesquisas  apontam que a interação do metilfenidato no encéfalo encontra-se em locais ricos em  dopamina, principalmente o córtex pré-frontal. Estudos em animais demonstraram  que o metilfenidato provoca comportamentos estereotipados e eleva a atividade de  locomoção (ANDRADE, 2018).  

Este psicotrópico atua de maneira seletiva sobre o Sistema Nervoso Central  (SNC) promovendo modificações no comportamento e no humor. No Brasil, só é  realizada a sua dispensação perante apresentação da receita, sendo esta, sujeita ao  controle especial (TSUDA; CHRISTOFF, 2015) O composto farmacologicamente  ativo é o dextrogiro do racemato (d,l)-treo-MFD, que reage com os receptores de  dopamina no corpo estriado e proporciona estimulação noradrenérgica no córtex  (OLIVEIRA, 2021). 

No Brasil, conforme autorizado pela Anvisa, o Metilfenidato é distribuído com os  nomes comerciais: Concerta®, Tedeaga® Ritalina®, Ritalina® LA, e na apresentação  genérica de cloridrato de metilfenidato, todos de administração oral que variam em  relação ao tempo de meia-vida, tempo de liberação e duração de ação (ANVISA,  2010). 

A formulação de ação rápida, promove picos de MTF em torno de 1 a 3 horas  após a ingestão, com um tempo de meia-vida entre 2 a 3 horas e duração de ação  entre 3 e 6 horas. Já a formulação de ação lenta, promove um pico de MTF em torno  de 3 a 4 horas após a ingestão, com tempo de meia-vida de 4 horas e duração de  ação que varia entre 8 e 12 horas (PAPA, 2013).

Tal medicamento é caracterizado como um bloqueador não competitivo que age  no sistema nervoso central estimulando os receptores alfa e beta-adrenérgicos  diretamente ou inibindo a recaptação de dopamina e noradrenalina no terminal  neuronal, indiretamente. Desse modo, ao utilizar o MTF os neurotransmissores  ficarão por maior tempo ativados na fenda sináptica, aumentando os níveis de  dopamina e noradrenalina nesse espaço, acarretando ao indivíduo alteração do  humor, nível de percepção ou o funcionamento cerebral, gerando uma maior  concentração, excitação e coordenação motora (ANDRADE, 2018). 

Considerado um neurotransmissor importantíssimo na modulação de funções  cognitivas e motoras, consolidação da memória, promoção da atenção, entre outros,  a dopamina, age primordialmente sobre receptores D1 e D2. Sendo o primeiro  responsável pela função Excitatória e o segundo pela função inibitória do córtex pré frontal (LIANG et at, 2018). Outro neurotransmissor importantíssimo estimulado pelo  MTF é a Norepinefrina, sendo esta a responsável principalmente por exercer  influência sobre os estímulos de inibição comportamental (OCH; VIEIRA, 2016). 

Ao ser administrado pela via oral, o MTF é rapidamente absorvido, cerca de 30  minutos após sua ingestão pelo trato gastrointestinal. Possui biodisponibilidade de  30%. A metabolização do metilfenidato é feita hepaticamente, mais especificamente  pela carboxilesterase (CES1A1) a qual faz a desesterificação desse fármaco em uma  molécula com nenhuma ou pouca ação farmacológica, o ácido ritalínico (ácido acético  a-fenil-2-piperidina, PPAA). Tem como ápice de sua concentração sérica 2 horas após  seu consumo (CÂNDIDO, 2020) 

1.3.2. Efeitos Colaterais  

Os efeitos colaterais mais prevalentes do metilfenidato são cefaleias, anorexia,  sudorese, ansiedade, insônia e muita irritabilidade. Além desses sintomas, indivíduos  que fazem uso por um período prolongado desta droga podem exibir quadros de  abstinência (SILVA; LEITE; TELLES, 2020). 

O uso exorbitante e irracional desta substância pode acarretar também  problemas cardíacos principalmente taquicardia, arritmias e angina. Outrossim, na  vertente do SNC, há aparição de agitação, insônia ou hipersonia, mudanças de  humor, agressividade, dissociação cognitiva e dores de cabeça. Ademais, tem-se danos no sistema gastrointestinal, apresentando cólicas/dores abdominais, perda de  apetite, sensação desagradavel de enjoo e êmese (SOUZA; GUEDES, 2021). 

O uso de forma ilegal do metilfenidato acarreta no individuo dependencia desta  substancia, alterando o seu funcionamento emocional, cognitivo e comportamental,  uma vez que tal droga age no Sistema Nervoso Central (SNC) desregulando a  percepção e resultando em alucinaçoes. Estas ações são semelhantes às drogas  conhecidas como proibidas, um exemplo mais comum seria a cocaína (CORDEIRO;  PINTO, 2017). 

Nas situações em que levam o indivíduo a ter alucinações, ficar em estado  eufórico, adquirir uma anorexia e até mesmo convulsões são casos mais extremos do  uso indiscriminado de metilfenidato, visto que pode acarretar futuramente em algum  transtorno psicótico (COELHO, 2019). 

Em adição, deve-se pontuar que grande parte dos usuários que fazem uso ilegal  dessa substância são leigos em questao das interaçoes medicamentosas que o  metilfenidato tem com outros farmacos, como visto com medicamentos anti hipertensivos, os quais podem ter seu efeito diminuido no tratamento de hipertensao;  medicamentos dopaminérgicos, iriam ter efeito de açao contrario no organismo,  agravando alguma patologia (ANDRADE, 2018). Além da interação com outros fármacos, há influência com o uso de bebidas  alcoólicas, uma vez que o álcool aumenta a ação do metilfenidato no SNC, deixando  o paciente fora do seu eu e com altos níveis de agressividade (GOMES, 2020).

2. JUSTIFICATIVA 

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (2010), constatou-se  que: “Há diferentes hábitos de consumo do produto em cada estado brasileiro.  Situação que exige a adoção de medidas sanitárias diferentes, conforme a  necessidade, visando diminuir o abuso destes medicamentos, do ponto de vista  epidemiológico”. 

Devido a grande problemática que o uso indiscriminado e não medicamentoso  de drogas psicotrópicas traz, torna-se relevante abordar o tema do “Uso não prescrito  de metilfenidato nos acadêmicos de medicina de uma instituição de nível superior de  Porto Velho – RO “, para entender como está a situação dos acadêmicos desta  instituição localizada na cidade de Porto Velho, no estado de Rondônia. A partir da  compreensão deste fenômeno, será possível identificar estratégias de prevenção  acerca do uso prejudicial de substâncias psicoativas e, com isso, melhorar a  qualidade de vida dos acadêmicos. 

Deste modo, irrompe o interesse em pesquisar esse tema por meio de um  estudo transversal, no qual os alunos de medicina da faculdade metropolitana serão  convidados a responder um questionário para avaliação dos padrões do uso não  medicamentoso de metilfenidato. Com isto esperamos responder o seguinte  questionamento: “Qual a prevalência do uso não medicamentoso de metilfenidato nos  estudantes de medicina de uma instituição de nível superior de Porto Velho – RO?”

3. OBJETIVOS  

3.1. OBJETIVOS GERAIS 

Identificar a frequência do uso não medicamentoso de metilfenidato entre os  acadêmicos de medicina de uma instituição de nível superior de Porto Velho – RO.  

3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 

  • Identificar a frequência e efeitos colaterais do uso indiscriminado de  metilfenidato elencados na literatura; 
  • Analisar a frequência e possíveis efeitos colaterais do uso de metilfenidato em  alunos do curso de medicina; 
  • Analisar o uso de outros medicamentos concomitantes ao metilfenidato; 
  • Comparar os possíveis efeitos colaterais apresentados pela população de  estudo com os efeitos descritos da literatura;

4. METODOLOGIA 

4.1. LOCAL DE ESTUDO E RISCO 

O estudo será realizado com os acadêmicos de medicina de uma instituição  de nível superior de Porto Velho – RO. Os dados serão obtidos a partir de um  formulário a respeito do uso não prescrito de metilfenidato. 

O risco oferecido é mínimo, tendo em vista a opção dos estudantes, que caso  se sentirem desconfortáveis em relação ao questionário, podem parar de responder  quando bem entenderem. Portanto, assegura-se a inexistência de conflitos de  interesses entre o pesquisador e os sujeitos da pesquisa ou patrocinador do projeto.  Ademais, há garantia que o estudo será suspenso imediatamente ao perceber  algum risco ou dano à saúde do sujeito. Outrossim, assegura-se a  confidencialidade e a privacidade, a proteção da imagem e a não estigmatização. 

O benefício proporcionado aos participantes da pesquisa é um maior  esclarecimento e entendimento sobre as consequências e os riscos do uso indevido  do Metilfenidato. 

4.2. COLETA DE DADOS, POPULAÇÃO AMOSTRAL E ANÁLISE DE DADOS  

A presente pesquisa tem caráter descritivo e transversal. A coleta de dados  constará de um questionário de fácil aplicação e entendimento: O Uso Indiscriminado  de Metilfenidato Entre Os Estudantes de Medicina (CARNEIRO et al, 2013) adaptado,  que consiste em 12 perguntas (anexo 1), no google forms. Após a coleta de dados e  análise das informações contidas no questionário, será realizado um estudo e  posterior elaboração de gráficos e discussão sobre os resultados obtidos.  

A população amostral do quantitativo de estudantes foi feita a partir de um  estudo por conglomerado, no qual consiste no selecionamento aleatório das unidades  amostrais, ou seja, das turmas de medicina, que serão entrevistadas. No total há 4  (quatro) turmas de medicina, com 400 estudantes, realizando o sorteio de 50% do  total de turmas, sendo 2 conglomerados, com o quantitativo de 200 estudantes a  serem entrevistados. A amostragem por conglomerado é de 132 , com 95% de  confiabilidade e erro amostral de 5%.

Os estudantes serão abordados na própria instituição de ensino, durante o  intervalo das aulas, onde será feito o convite, de forma verbal, para a participação do  estudo. Aproveitando-se do momento será feita a leitura do termo de consentimento  livre e esclarecido onde, havendo o assentimento do estudante e após assinatura  eletrônica na plataforma do formulário, será oficialmente participante da pesquisa  vigente.  

Em seguida será disponibilizado um link com o questionário através de um  aplicativo de mensagens (whatsapp) redirecionando o participante ao google forms,  no qual responderão nome, idade, período, se já fizeram uso de metilfenidato  (Ritalina), com qual frequência e qual o motivo do uso. A abordagem aos participantes  ocorrerá após a apreciação e aprovação da pesquisa pelo Comitê de Ética em  Pesquisa. 

As informações coletadas mediante as interrogações serão analisadas e listadas  utilizando-se o programa Excel, sendo respeitado o anonimato de cada pessoa  entrevistada. Somente as informações serão anotadas e, posteriormente, destruídas  a fim de zelar pelo sigilo, confiabilidade e bem-estar dos contribuintes. 

4.3. ASPECTOS ÉTICOS 

O estudo será realizado obedecendo às diretrizes e normas regulamentadoras  de pesquisa envolvendo seres humanos – Resolução CNS nº 466/2012, CNS  441/2011 e Norma Operacional nº 001/2013. 

4.3.1. Critérios de inclusão e exclusão 

Os critérios de inclusão serão alunos matriculados no curso de Medicina da  Faculdade Metropolitana do 1 ao 8 período com idade de 18 anos até 59 anos, que  concordarem em participar e assinarem eletronicamente o TCLE.  

Os critérios de exclusão serão os acadêmicos de medicina portadores de TDAH,  como também estudantes de medicina de outras instituições, menores de 18 anos,  maiores de 59 anos e participantes que não preencherem corretamente o questionário  proposto.

REFERÊNCIAS 

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