USO DAS METODOLOGIAS ÁGEIS COMO FERRAMENTA DE GESTÃO NOS PROCESSOS DE AUDITORIA INTERNA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10362737


Álvaro Neto dos Santos Guedes,
Leudiane Lopes de Jesus,
Pedro Almeida Viçosi,
Orientador: Prof. Me/Ciências Florestais e
Ambientais Thiago Matos Saltão


RESUMO

Este estudo, abordou o uso das metodologias ágeis como ferramenta de gestão, motivado pela necessidade de enxergar possíveis entregas mais rápidas e acompanhamento das etapas dos processos de auditar em uma empresa, impulsionado pelo avanço das tecnologias de informação. A auditoria interna tem sido de grande valia para as organizações, pelo fato de ser um mecanismo de verificação, comprovação e credibilidade das movimentações contábeis de acordo com o compliance da empresa. O presente trabalho tem por objetivo apresentar a contribuição das metodologias ágeis, as ferramentas mais usadas e seus benefícios dentro dos processos de auditoria interna, citar a relevância da auditoria e suas etapas. Por se tratar de uma revisão bibliográfica, na procura por resultados, buscou-se estudar artigos científicos, periódicos, com assuntos relacionados publicados no período entre 2018 e 2023, em fontes conceituadas como o portal de periódicos Capes e Scielo, que viabilizaram a conclusão de que a auditoria interna é primordial para o controle das organizações,  agregando valor e mitigando fraudes e riscos, e com uso das metodologias ágeis é possível se chegar com mais rapidez e eficiência aos resultados nos processos de auditar, é possível no decorrer do processo ter uma visão abrangente do que está sendo executado, e fazer melhorias, sem que se espere chegar no resultado final para voltar e corrigir uma etapa das execuções.

Palavras-chave: Auditoria interna, Manifesto Ágil, Tecnologias da Informação, Melhorias.

ABSTRACT

This study addressed the use of agile methodologies as a management tool, motivated by the need to see possible faster deliveries and monitoring of the stages of auditing processes in a company, driven by the advancement of information technologies. Internal auditing has been of great value to organizations, as it is a mechanism for verifying, proving and credibility of accounting movements in accordance with the company’s compliance. The present work aims to present the contribution of agile methodologies, the most used tools and their benefits within internal audit processes, mentioning the relevance of the audit and its stages. As it is a bibliographical review, in the search for results, we sought to study scientific articles, periodicals, with related subjects published in the period between 2018 and 2023, in reputable sources such as the Capes and Scielo periodical portal, which enabled the conclusion of that internal auditing is essential for the control of organizations, adding value and mitigating fraud and risks, and with the use of agile methodologies it is possible to reach results in the audit processes more quickly and efficiently, it is possible during the process to have a comprehensive view of what is being executed, and make improvements, without waiting to reach the final result to go back and correct a stage of the execution.

Keywords: Internal audit, Agile Manifesto, Information Technologies, Improvements

1 INTRODUÇÃO

Sabe-se que o âmbito organizacional é um campo muito complexo que as empresas, desde a micro às multi, precisam administrar diversos campos que no final buscam um só objetivo, que são resultados positivos. Logo, rege a relação entre o administrador, seus acionistas e seu conselho de administração, implementando os

amplos princípios de responsabilidade e integridade, transparência, independência do conselho e respeito aos direitos dos acionistas (SILVA, 2008).

Para auxiliar nessa arte que é gerenciar, existem diversas ferramentas para controles, uma delas é a auditoria interna. Cunha, Beuren e Hein (2006) citam que a utilização dos trabalhos de auditoria verifica a adequação dos controles internos e das demonstrações contábeis, que fazem parte de uma medida gerencial moderna e evoluída, vinculado com os propósitos determinados pela administração da entidade.

Até se chegar no parecer do auditor, que é a fase final da auditoria, existem várias etapas a serem seguidas, como a dimensão do que será realizado, quantidade de material que será revisado, planejamento quanto ao tempo que se levará para o final do processo, partindo para a análise das evidências encontradas, para então se chegar ao parecer e por final o relatório da auditoria.

Pensando em todas essas fases que se percorre ao auditar, surgiu questionamentos sobre meios que possam beneficiar por meio de agilidade, eficiência e qualidade, baseado nisso, essa pesquisa teve como propósito estudar sobre o uso das metodologias ágeis como ferramenta de gestão nos processos de auditoria interna.

Para se aprofundar sobre tema, buscou-se entender sobre como surgiu esse tema. Em 2001, dezessete profissionais especialistas em desenvolvimento de softwares, se reuniram em Utah nos Estados Unidos, como objetivo de discutir sobre maneiras de aperfeiçoar seus processos de trabalho, dessa reunião, o resultado foi o Manifesto Ágil, que reúne valores e princípios para que exista maior agilidade no desenvolvimento de softwares, tendo como foco principal garantir o mais alto grau de eficiência, satisfazendo os clientes por meio de entregas mais rápidas e contínuas. Até então, essas ferramentas se limitavam a área de TI, como foram bem sucedidas, logo se replicou para outros segmentos.

Portanto, após selecionar os artigos tidos como base nessa revisão, foi feito leitura interpretativa, analisando a visão de cada autor e a contribuição de cada um para o conteúdo explanado, com o objetivo de narrar sobre as metodologias ágeis dentro do processo de auditar, descrever sobre a importância e as etapas da auditoria interna, apresentar as ferramentas mais conhecidas e apontar os benefícios das metodologias ágeis nos processos auditoria interna.

2 METODOLOGIA

A presente pesquisa foi elabora em forma de uma revisão bibliográfica, que se estendeu para conhecer a visão de outros autores referentes ao uso de metodologias ágeis na auditoria interna das empresas.

O levantamento de dados se estendeu pelo período entre 15 de outubro a 20 de novembro de 2023, onde foi utilizado como base da pesquisa a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Como critério para análise de dados, foram utilizados artigos publicados no período entre 2018 a 2023, haja visto que o tema abordado, passou a ser fazer parte com maior ênfase pelas organizações recentemente.

Por se tratar um assunto ainda novo no meio científico, houve dificuldades por parte dos pesquisadores, para encontrar artigos diretamente ligado ao tema escolhido. Quando pesquisado sobre ‘metodologias ágeis’ foi disponibilizado pelo portal Capes 160 artigos, abordando em diversas áreas, principalmente voltado para indústria mais especificamente voltado para a melhoria de processos de produção. Pesquisando somente como ‘auditoria interna’ o portal apresentou mais de 720 artigos, nos mais diferentes campos de pesquisa e estudo de casos. Porém, quando se buscou sobre ‘o uso de metodologias ágeis na auditoria interna’, as produções científicas se limitam apenas a três artigos que puderam nortear estes pesquisadores dentro do tema escolhido. Utilizou-se também de buscas na base de dados da Scientific Electronic Library (SCIELO), biblioteca virtual de revistas científicas brasileiras em formato eletrônico, onde utilizou-se do mesmo método de pesquisa aplicado ao Capes, resultando em dois artigos dentro da temática usado para análise.

3 RESULTADOS

Dos artigos analisados neste estudo, foi observado que auditoria interna é primordial para os resultados positivos de uma organização. O processo de auditar já é usado por empresas de médio e grande porte em média, há cinquenta anos pelos estados Unidos, passando a ser comprovadamente somente nos últimos vinte anos na Europa, e recentemente utilizado como métodos de melhorias pelas empresas portuguesas.

3.1 AUDITORIA INTERNA – CONCEITOS E OBJETIVOS

A auditoria é a técnica de análise para a constatação de dados que não estão em conformidades com os objetivos de uma empresa. Trata-se de um controle administrativo a fim de observar, questionar, conferir e recomendar quando necessário ajustes nos procedimentos visando qualidade e segurança para a organização.

Attie (2011, p. 34) aponta que a Norma Brasileira de Contabilidade – NBCT 12, regulada pela Resolução CFC 986, de 21 de novembro de 2003, conceitua auditoria interna no seu item 1.3, da seguinte forma:

A Auditoria Interna compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de controles internos integrados ao ambiente e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.

Com isso, é possível afirmar que a auditoria tem por objetivo, auxiliar os gestores na comprovação da eficiência da realização de suas tarefas, de forma que estas venham ter veracidade dos fatos, para auxiliar nas tomadas de decisões a fim de garantir que os objetivos da empresa venham ser atingidos com êxito.

Como parte do objetivo da auditoria, visar o controle interno trás a organização um desenvolvimento harmônico, segurança e adequação de procedimentos e ações refletindo diretamente aos setores e pessoas envolvidas nos processos.

O principal propósito da auditoria interna é fornecer um subsídio para que a administração consiga cumprir suas funções e obrigações, viabilizando a objetividade nas análises, simplificando o trabalho e otimizando as operações pertinentes ao negócio (FÁLICO; BARBOSA, 2015).

3.2 ETAPAS DA AUDITORIA INTERNA

É necessário planejamento ao traçar metas e objetivos a serem cumpridos na auditoria interna.

Segundo Attie (2011), a auditoria é dividida em três partes: Etapa inicial de auditoria; etapa de execução de auditoria e etapa de conclusão de auditoria.

Na etapa inicial, o objetivo do auditor é suprir as necessidades da empresa, verificando as informações que a própria lhe fornece. É necessário dimensionar trabalhos que serão realizados, identificando a volume de matéria a ser revisado pelo auditor, só assim implicará na determinação dos honorários.

Em execução de auditoria, o primeiro ponto a ser atendido é a realização do planejamento do trabalho que será executado.

De acordo com Attie (2011), é necessário que haja uma previsão de tempo para cada execução de trabalho de auditoria, as empresas que utilizam esse controle interno permitem que sejam feitas em várias datas, considerando o pré-exame, para que assim ocasionem dessa forma a anteceder o encerramento do exercício social e as demonstrações contábeis.

Na mesma etapa é importante salientar que seja feito o estudo e a avaliação dos mecanismos de controles internos. A etapa também consiste em testes de procedimentos de controles internos, “[…] executados para determinar que as informações obtidas pelo estudo e avaliação dos controles internos estão vigentes, são reais e permitem que as transações de igual natureza tenham idênticos processos e registros” (ATTIE 2011, p. 20).

Também são utilizadas determinação do programa de trabalho de auditoria, é nesse momento que se escolhe por meio do programa a área a ser coberta pelos procedimentos de auditoria, qual o volume e o tempo que se deve levar ao examinar, e quão profundo os dados serão analisados (ATTIE, 2011).

A conclusão da auditoria é norteada por três principais aspectos, são esses: “avaliação das evidências obtidas; emissão do parecer de auditoria e emissão dos relatórios de auditoria” (ATTIE, 2011)

Ao avaliar as evidências de auditoria toda informação deverá ser documentada, onde o auditor irá julgar no exercício da função, analisando as provas e tendo a confirmação das informações que foram julgadas.

Assim será feito a emissão do parecer de auditoria, junto das demonstrações contábeis e quaisquer notas explicativas que sejam necessárias.

A relação do parecer de auditoria deve obedecer a um padrão que é instituído pelas normas de auditoria (ATTIE, 2011).

Após a emissão do parecer é então realizado os relatórios de auditoria, eles podem ser de natureza complementar, ou de visões e de detalhamento de informações.

De acordo com Franco e Reis (2004), no encerramento dos trabalhos destacam-se a ações de revisão de todo o material apresentado; o confronto entre o planejado e o realizado.

3.3 METODOLOGIAS ÁGEIS

Os métodos ágeis está dentro as tantas inovações da tecnologia que tem surgidos nos últimos anos, inicialmente voltada para área de TI, com apenas vinte anos de abordagem, suas contribuições têm sido significativas dentro das corporações em múltiplas áreas.

Mesmo estando na moda agora, a metodologia ágil nasceu em 2001, com a publicação do manifesto ágil, construído por 17 profissionais da área de Tecnologia da Informação para consolidar uma forma de trabalho que trouxesse velocidade para os resultados, tivesse foco no cliente e aumentasse a capacidade de atendimento (GRANATO, 2020, p. 2).

Segundo Veras (2020), as metodologias ágeis se dividem em etapas sendo uma forma mais eficiente de se gerenciar projetos, com prazos mais curtos garantindo mais agilidade nas atividades atreladas. Com base nisso, esse conceito vem se adaptando às áreas de desenvolvimento de softwares, tornando um caminho mais curto até determinado resultado de uma empresa.

As metodologias ágeis, tem como características além da adaptação a mudanças e flexibilidade temos:

• Interatividade, onde ao invés de esperar até que se conclua o trabalho, as equipes conseguem ir mostrando parciais do que está sendo executado, podendo acrescentar aí, melhorias quando necessário.
• Colaboração, nesta a comunicação entre a equipe é primordial, para que há interdisciplinaridade entre as partes, possibilitando troca de ideias contantes, compreensões, técnicas, experiencias, uma troca por completo.
• Autonomia e Empoderamento das equipes, aqui as equipes são motivadas a se organizarem e terem o poder de decisão por qual direção percorrer para se alcançar o objetivo do projeto.
• Entrega de Valor, está ligada diretamente aos resultados que serão entre aos clientes, onde se tem como prioridade sua satisfação.

3.3.1 Principais Ferramentas

Há diversos tipos de metodologias ágeis, cada uma delas com suas características especificas e objetivos. Dentre as mais conhecidas estão o Kanban, o Lean, Scrum, que serão expostos abaixo:

Kanban – Foi criado em 1940, seu papel foi para auxiliar no desenvolvimento do JIT (Just In Time) e aprimorado em 2004 por David J. Anderson, para um método que enfatiza a visualização do trabalho, a sua limitação em progresso ou Workin In Progress (WIP) e a melhoria contínua do progresso.

Para Sabino (2023), Método Kanban é um conjunto de princípios e práticas que tem o objetivo de proporcionar uma evolução na forma que sua equipe (ou empresa) entrega valor nos serviços prestados.

Lean – esse método, é uma abordagem de gestão originada no sistema de produção da Toyota, conhecido como Toyota Production System (TPS). Lean traduzida literalmente significa enxuto, consiste em deixar as operações de uma empresa mais enxuta sem influenciar no produto ou solução final. Apesar da sua origem na indústria manufatureira, o método tem sido aplicado com sucesso em diversos setores, como: serviços, saúde, tecnologia e desenvolvimento de software.

Scrum – O Termo Scrum teve origem em um artigo publicado no ano de 1986 na Harvard Business Review, pelos professores Hirotaka Takeuchi e Ikujiro Nonaka. Em 1993 o conceito foi aprimorado por Jeff Sutherland e Ken Schwaber.

Esse método é bem conhecido e aplicado pelas equipes de gestão, ele envolve a definição de planos para a execução dos projetos, termo conhecido com sprints. Focado na auto-organização e na colaboração da equipe, o Scrum promove uma abordagem flexível para lidar com mudanças e busca maximizar o valor entregue ao cliente.

É notável que essa ferramenta oferece um leque de possibilidade no que se refere a otimização das divisões de tarefas, o que garante para a auditoria, que demandas mais complexas possam ser simplificadas por meio do Scrum.

4.4 ÁGILE NA AUDITORIA

É notório que o avanço das tecnologias vem obrigando atualizações por parte das pessoas e das empresas principalmente, projetos que levavam dias para serem entregues, atividades que levavam horas para serem executadas, podem ser agilizadas por meio do auxílio de ferramentas disponibilizadas através da inovação tecnológica. Okano et al. (2021) ressalta que essas transformações no mundo são constantes e impactam em mudanças nas organizações, logo, essas mudanças trazem novos conceitos e valores, transformando não só tecnologias, mas também a conjuntura de mercado.

Com a colaboração do Manifesto Ágil, advindo da área de Tecnologia da Informação, várias esferas das empresas puderam ser beneficiadas, por meio das metodologias ágeis, que trouxeram princípios e valores para o desenvolvimento de softwares resultando em entrega mais rápidas, produtivas e informativas. Veras (2020) afirma que as metodologias ágeis, são formas eficientes de gerenciamento de projetos dividindo-os em etapas diferentes, de forma a garantir a agilidade e adaptabilidade à execução. Embora tenha surgido em meio ao setor tecnológico, logo foi observado que essa prática, se poderia aplicar em diversos segmentos, inclusive à Contabilidade.

Desta forma, a prática do método ágil na auditoria interna, acelera o levantamento das informações necessárias e automatiza processos trazendo com rapidez a equipe de auditores, maior quantidade de informações e em um menor tempo, o que facilita a entrega de resultados aos gestores para tomadas de decisões mais precisas.

Outras utilidades associadas ao uso das metodologias ágeis, é o controle do fluxo de cada tarefa a ser executada, podendo auxiliar na organização de prazos e quais os próximos passos do processo. Esses métodos são excelentes chaves para a delegação de tarefas, proporcionando o conhecimento a cada profissional do que deve ser feito, quando e como fazer (VERAS, 2020). Como explanado nas etapas da auditoria, o planejamento do auditor consiste em fazer o levantamento do que será analisado, em questões de volumes, setores a serem auditados para que haja um cronograma, dentro dessas etapas, será de grande valia o auxílio das metodologias ágeis, para o ganho de todos os benefícios que elas proporcionam.

De modo geral, os benefícios mais relevantes para auditoria, é a agilidade de processos, eficiência e resultados mais rápidos. Por ter uma abordagem mais flexível e de melhor adaptabilidade, a atuação ágil permite que os auditores se ajustem às mudanças que surgirem no decorrer do processo de auditar.

Com essas ferramentas, pode-se fugir dos métodos tradicionais, que são parâmetros mais rígidos, e seguir podendo fazer ajustes de melhorias no decorrer do desenvolvimento dos processos, o que possibilita identificar e corrigir falhas, gerando um resultado com números mais assertivos. Lopes (2023) afirma que estas melhorias podem ser perceptíveis em diversos aspectos no processo de auditar como:

Maior agilidade na identificação de problemas – permitindo que empresa possa agir imediatamente, e evitar que problemas se tornem maiores e mais complexos.

Melhor aproveitamento dos recursos disponíveis – ao fazer entregas contínuas, pode-se ajustar quando necessário, o processo evitando desperdícios de tempo e recursos.

Maior transparência e visibilidade – onde todas as etapas do processo de auditoria sejam claras e visíveis, promovendo confiança e entendimento mútuo proporcionando uma comunicação eficaz entre a equipe de auditoria e o cliente.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presente pesquisa, trouxe uma abordagem sobre um assunto recente que vem transformando, com o auxílio do avanço tecnológico, os processos de gestão das empresas, apontando ganhos expressivos referente ao uso de metodologias ágeis nas auditorias internas.

Com análise baseada em outras pesquisas relacionadas a este tema, foi possível descrever sobre a relevância da auditoria interna para as empresas, enfatizando seus conceitos e objetivos, bem como quais os procedimentos exigidos para se executar o processo de auditar, explanado sobre as metodologias ágeis, quais as suas principais ferramentas e mais utilizadas, para então entrar foco principal da pesquisa evidenciando o uso das metodologias ágeis na gestão dos processos de auditoria interna.

Os resultados obtidos, mostram que a implantação das metodologias ágeis na auditoria, trazem vários benefícios para a empresa, como agilidade, eficiência e resultados mais rápidos, podendo ser considerada como estratégia de gestão eficaz para melhorar o rendimento e a qualidade dos processos de auditoria. Fugindo dos padrões tradicionais, podendo ser ajustadas quando necessário.

Diferente de quando surgiu, que as metodologias ágeis se restringiam a área de TI, ainda é possível notar que elas precisam ter uma abordagem mais profunda por parte das organizações, em busca de um entendimento para entender que elas podem ser adaptadas para qualquer área, que são mecanismos de estratégia para uma boa gestão. Dentro da auditoria, pode-se compreender, que elas se encaixam perfeitamente em todo o processo de auditar, melhorando a comunicação, divisão de tarefas, melhor visualização de processos, comunicação com a equipe, e agregando valor garantindo a satisfação dos clientes, com respostas rápidas

É fundamental que as tarefas ligadas a auditoria sejam aprofundadas, de forma que o ágil possa ser utilizado, ampliar debates sobre esse tema é crucial para o conhecimento. O avanço das tecnologias traz muitos benefícios para a sociedade em geral, assim como também, muitos desafios de adaptação, atualizações de processos, e acompanhar essas evoluções, faz com que as organizações se mantenham desenvolvendo bons desempenhos.

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ATTIE, William. Auditoria Interna. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Normas Brasileiras de Contabilidade.NBC TA – De auditoria independente: NBC TA estrutura conceitual, NBC TA 200 a 810.2012a.Disponívelem:<http://portalcfc.org.br/wordpress/wpcontent/uploads/2013/01/NBC_TA_AUDITORIA.pdf>. Acesso: 09 novembro 2023.

CUNHA, Paulo Roberto da; BEUREN, Ilse Maria; HEIN Nelson. Procedimentos de auditoria independente utilizados pelas empresas de auditoria independente estabelecidas em Santa Catarina. Revista Base, 3: 53-62, 2006

FÁLICO, João Vitor Ferreira; BARBOSA, Patricia Roberta. A análise sobre auditoria interna e seus controles no combate à fraude. In: CONGRESSO NACIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 15., 2015, Ribeirão Preto/SP Anais eletrônicos… Ribeirão Preto: UNAERP, 2015. Disponível em :. Acesso em: 09 nov. 2023.

FRANCO, Adriana Aparecida Dellú; REIS, Jorge Augusto Gonçalves. O papel da auditoria interna nas empresas. VIII ENCONTRO LATINO-AMERICANO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E IV ENCONTRO LATINO-AMERICANO DE PÓS-GRADUAÇÃO, 2004. Anais. Disponível em: <http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2004/trabalhos/inic/pdf/IC6-106.pdf>. Acesso em: 13 novembro 2023.

GRANATO, Luiza. Nos métodos ágeis, errar faz parte. Mesmo assim, evite estes deslizes Revista Exame. 2020. Disponível em:https://exame.com/carreira/nosmetodos-ageis-errarfaz-parte-mesmo-assim-evite-estes-deslizes/. Acesso em: 17/11/2023.

LOPES, Regina. Metodologia Ágil para Auditoria Interna: Agilidade e Eficiência. Disponível em: Metodologia Ágil para Auditoria Interna: Agilidade e Eficiência (awari.com.br). acesso em: 3011/2023.

OKANO, M; LANGHI, C; RIBEIRO, R.B. “Measuring the benefits of ICTs in social

Enterprises: an exploratory study.” 2021. Disponível em: https://doi.org/10.15728/bbr.2021.18.3.5. Acesso em: 30/11/2023.

VERAS, Christopher. Como aplicar as metodologias ágeis no escritório de contabilidade? Solutiresponde.2020. Disponível em: https://solutiresponde.com.br/metodologias-ageis/. Acesso em: 19/11/2023.

SABINO, Roberto. Kanban: o que é, o Método Kanban, principais conceitos e como funciona no dia a dia.Disponível em:https://www.alura.com.br/artigos/metodo-kanban. Acesso em: 30/11/2023.

SILVA, Luis Ivan dos Santos. Contabilidade: Objeto, objetivos e funções. Sitientibus,

Feira de Santana, n. 38, p. 79-101, 2008.