USO DA TERMOGRAFIA INFRAVERMELHA DINÂMICA COM INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO OPERATÓRIA DE ABDOMINOPLASTIA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA 

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/dt10202507021811


Lauren Severo Perrone
Léo Francisco Doncatto
Fernanda de Moraes Resgalla e Castro
Orientadora: Magda Patrícia Furlanetto1


RESUMO 

A abdominoplastia é o quarto procedimento estético mais comum no mundo e as  complicações locais mais frequentes incluem seroma, infecção, deiscência de sutura,  necrose do retalho cutâneo, hematoma e trombose venosa profunda. Diversas  técnicas e ferramentas vêm sendo incorporadas à prática cirúrgica da abdominoplastia  com o objetivo de melhorar o prognóstico e minimizar a ocorrência de complicações  pós-operatórias, entre elas, a termografia infravermelha (TIV) para avaliação da  perfusão tecidual. Objetivo: Revisar a literatura dos últimos 10 anos a fim de  compreender a eficácia da TIV como instrumento de avaliação operatória em cirurgia  plástica de abdominoplastia. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da  literatura através de um levantamento bibliográfico virtual de artigos científicos  publicados em revistas digitais nas bases de dados PubMed, BVS, Periódicos Capes e ScienceDirect. Resultados: Os estudos selecionados demonstraram que a TIV tem  se revelado útil em todas as fases cirúrgicas: no pré-operatório, ao identificar alterações circulatórias e inflamatórias; no intraoperatório, monitorando a perfusão em  tempo real; e no pós-operatório, detectando complicações precocemente, como  infecções e necroses. Conclusão: A TIV é potencialmente uma ferramenta  extremamente útil e eficiente na prática clínica por tratar-se de um método com alta  sensibilidade, não invasivo, indolor, seguro e livre de radiação. No entanto, os estudos  avaliados apresentaram significativas fragilidades metodológicas e que devem ser  supridas por estudos com delineamentos mais robustos e com maior número  amostral. 

Palavras-chaves: Termografia Infravermelha; Abdominoplastia; Cirurgia plástica.

ABSTRACT 

Abdominoplasty is the fourth most common cosmetic procedure in the world and the  most frequent local complications include seroma, infection, suture dehiscence, skin  flap necrosis, hematoma and deep vein thrombosis. Several techniques and tools have  been incorporated into the surgical practice of abdominoplasty with the aim of  improving the prognosis and minimizing the occurrence of postoperative  complications, among them, infrared thermography (IVT) to assess tissue perfusion.  Objective: To review the literature of the last 10 years in order to understand the  effectiveness of IVT as an instrument for operative evaluation in abdominoplasty  plastic surgery. Methodology: This is an integrative literature review through a virtual  bibliographic survey of scientific articles published in digital journals in the PubMed,  BVS, Periódicos Capes and ScienceDirect databases. Results: The selected studies  demonstrated that IVT has proven useful in all surgical phases: in the preoperative  period, by identifying circulatory and inflammatory alterations; intraoperatively,  monitoring perfusion in real time; and postoperatively, detecting complications early,  such as infections and necrosis. Conclusion: IVT is potentially an extremely useful  and efficient tool in clinical practice because it is a highly sensitive, non-invasive,  painless, safe and radiation-free method. However, the studies evaluated presented  significant methodological weaknesses that should be addressed by studies with more  robust designs and larger sample sizes. 

Keywords: Infrared Thermography; Abdominoplasty; Plastic surgery.

INTRODUÇÃO 

O relatório mais recente da International Society of Aesthetic Plastic Surgery  (ISAPS) em 2023 informa que foram realizadas aproximadamente 1.153.539  abdominoplastias em todo o mundo, tornando-a o quarto procedimento cirúrgico  estético mais comum globalmente [1]. De acordo com a Sociedade Brasileira de  Cirurgia Plástica [2], a abdominoplastia representa 15,9% dos casos de cirurgia  plástica realizados no Brasil e tem como objetivo de remover o excesso de pele e  gordura do abdome, bem como corrigir a flacidez em pacientes que apresentam  alterações estéticas decorrentes de grandes perdas ponderais ou de múltiplas  gestações [3]. 

O procedimento pode ser realizado isoladamente ou associado à lipoaspiração,  (lipoabdominoplastia) [4] e tem demonstrado redução na incidência de complicações  em relação à abdominoplastia clássica [2]. Do ponto de vista técnico, a cirurgia  envolve incisões geralmente posicionadas na região suprapúbica, a elevação do  retalho abdominal, a plicatura dos músculos retos abdominais (quando necessário) e  a remoção do excesso de tecido cutâneo. A associação com a lipoaspiração pode ser  feita antes, durante ou após a dissecção do retalho, dependendo da abordagem  cirúrgica adotada [5]. 

A abdominoplastia é geralmente considerada segura quando realizada por  cirurgiões experientes e em pacientes adequadamente selecionados. No entanto,  como qualquer procedimento cirúrgico, ela apresenta riscos de complicações, que  podem variar em frequência e gravidade. As complicações locais mais frequentes  incluem seroma, infecção, deiscência de sutura, necrose do retalho cutâneo,  hematoma e trombose venosa profunda [6]. Um estudo retrospectivo mostrou taxas,  em até 30 dias, de 9,7% de complicações de pacientes submetidos à abdominoplastia  e um tempo médio de internação de 1 dia [7]. Diversos fatores de risco podem  contribuir para o aumento das complicações no pós-operatório e, dentre esses,  destacam-se a obesidade [8], o tabagismo [9], diabetes [10], idade avançada [11] e cirurgias abdominais prévias [12]. 

Diversas técnicas e ferramentas vêm sendo incorporadas à prática cirúrgica da  abdominoplastia com o objetivo de melhorar o prognóstico e minimizar a ocorrência de complicações pós-operatórias. Inovações têm surgido para melhorar a segurança  dos pacientes e do procedimento cirúrgico incluindo calculadoras de risco personalizadas [13], suturas de tensão progressiva [14] e o tipo de instrumento  utilizado na dissecção do retalho abdominal [15]. Além disso, as decisões cirúrgicas  baseadas na anatomia do paciente têm se mostrado uma estratégia eficaz para  escolha da técnica operatória mais adequada [16]. Essas evidências apontam para a  crescente importância da personalização do planejamento cirúrgico e da incorporação  de recursos tecnológicos na prática da cirurgia plástica. A adoção de técnicas  fundamentadas em evidências e de ferramentas de avaliação pré-operatória não  apenas otimiza os resultados estéticos, mas também reduz consideravelmente os  riscos associados [16]. 

Nesse contexto, uma ferramenta que tem recebido destaque na avaliação e no  acompanhamento cirúrgico é a termografia infravermelha (TI). Trata-se de uma  técnica de imagem não invasiva que detecta a radiação térmica emitida pela superfície  corporal, permitindo a visualização da distribuição de temperatura da pele [17] e que  tem se mostrado promissora na avaliação e monitoramento da perfusão tecidual de  retalhos cutâneos em cirurgias reconstrutivas, permitindo a avaliação da viabilidade  dos tecidos antes, durante e após o procedimento [18]. 

Diante do exposto e da atualidade do tema, o presente trabalho buscou revisar  a literatura dos últimos 10 anos a fim de investigar as possíveis aplicações da  Termografia Infravermelha na abdominoplastia, uma vez que a Fisioterapia tem se  destacado por sua ampla e efetiva atuação no campo da reabilitação pós-operatória  de cirurgias plásticas. 

METODOLOGIA 

Critérios de Elegibilidade: 

O presente estudo se caracteriza como uma revisão integrativa da literatura com  o objetivo de analisar os desfechos do uso da termografia infravermelha como  ferramenta de avaliação no procedimento de abdominoplastia.

De acordo com a estratégia PECOT, a presente revisão estabeleceu os  seguintes critérios de elegibilidade: População – Indivíduos que realizaram o  procedimento de abdominoplastia; Exposição – aplicação da termografia  infravermelha como ferramenta de avaliação operatória; Comparação – procedimentos que usaram apenas avaliação clínica ou outras técnicas de imagem;  Desfecho – detecção precoce de complicações, avaliação de área de risco, melhorias  nos resultados; Tipos de estudo – sem restrições. 

Estratégia de busca e seleção dos estudos: 

As buscas por artigos científicos publicados em revistas eletrônicas foram  realizadas de março a maio de 2025, no período compreendido entre os anos de 2015  a 2025, nas bases de dados PubMed, BVS, ScienceDirect e PeriódicoCapes. Foram  selecionados estudos com idioma de publicação em português e inglês em diferentes  estratégias para assegurar uma busca abrangente e pesquisas manuais também  foram realizadas com base nas referências dos estudos incluídos. Foram utilizados  para a estratégia de busca os termos mediante o sistema de metadados Descritores  em Ciências da Saúde (DeCS), como disposto na Tabela I. 

Tabela I: Descritores em Ciências da Saúde e Operadores Booleanos utilizados na  estratégia de buscas em bases de dados.

As buscas foram realizadas por dois avaliadores independentes que  selecionaram os estudos potencialmente relevantes a partir dos títulos e resumos  obtidos nas bases de dados. Quando essas seções não forneceram informações  suficientes para serem incluídas, o texto completo foi verificado. Posteriormente, os  mesmos revisadores avaliaram independentemente os estudos completos e  realizaram a seleção de acordo com os critérios de elegibilidade, ou seja, o uso de uma metodologia que tenha envolvido estudos correlacionando o uso da termografia  nos períodos pré, intra ou pós-operatório em indivíduos submetidos à cirurgia plástica  de abdominoplastia. Os casos discordantes foram resolvidos por consenso. Autores,  ano de publicação, participantes, tipo de intervenção e resultados das variáveis de  interesse foram obtidos de forma independente pelos dois revisores, utilizando um  formulário padronizado. 

Avaliação do risco de viés: 

Os estudos selecionados para a presente revisão foram avaliados quanto a sua  qualidade metodológica com o Checklist Downs and Black [19]. Essa escala possui  27 critérios, com pontuação variando de zero a um, exceto um critério que pontua de  zero a dois pontos. Para estudos observacionais, apenas 19 itens são pontuados.  Itens não apresentados nos estudos não recebem pontuação. Assim, estudos com  melhor qualidade metodológica, atingem maior pontuação. Todos os estudos inclusos  nesta revisão foram mantidos, mesmo aqueles que obtiveram escores baixos.  

Foram considerados metodologicamente fortes os trabalhos que apresentaram  escores igual ou superior a 80% da pontuação máxima, escores entre 60% e 80%  como moderados e aqueles inferiores a 60% foram considerados de metodologia  insatisfatória (fracos). Para o presente estudo, as questões referentes a ensaios  clínicos (8,9,14,15,17,23,24,26,27) não foram consideradas em estudos  observacionais. Desta forma, quando necessário, foram utilizados 19 itens da escala  original, fornecendo uma pontuação máxima de 20 pontos visto que a pergunta 5  permite pontuação de 0 a 2 e utilizada a escala original de 27 itens, fornecendo uma  pontuação máxima de 28 pontos visto que a pergunta 5 permite pontuação máxima  de 0 a 2 para ensaios clínicos [19]. 

RESULTADOS 

Na busca realizada, 24 referências foram localizadas. Destas, 4 artigos foram  oriundos da base de dados PubMed, 4 da base de dados BVS, 10 da base de dados  ScienceDirect e 6 da base de dados Periódico Capes, sendo que nenhum estudo foi  encontrado através de busca manual nas referências dos estudos incluídos. 

Inicialmente, 4 estudos foram excluídos por serem duplicatas, triplicatas ou  quadruplicatas e, após a triagem, foram excluídos 2 registros, um pela leitura do  título/resumo e outro por não obter acesso. Após a leitura na íntegra dos 6 estudos  elegíveis, 3 estudos foram excluídos por não apresentarem desfechos referentes ao  presente trabalho, restando, assim, 3 artigos para análise qualitativa.

Figura I: Fluxograma de Pesquisa – PRISMA [20]

Características dos Estudos e dos Pacientes Incluídos:

As características dos estudos selecionados quanto aos desfechos tiveram como  objetivo observar o uso da termografia infravermelha como método auxiliar de  avaliação da perfusão da pele em pacientes submetidos a cirurgia plástica de  abdominoplastia, e estão apresentadas na Tabela II.

Tabela II: Fontes bibliográficas identificadas, ano, delineamento do estudo,  características da amostra, período, idade e parâmetros avaliados. 

Legenda- GA: grupo A; GB: grupo B; INTRAOP: intraoperatório; PO: pós-operatório; PREOP: pré-operatório.

3.2 Avaliação do Risco de Viés dos Estudos: 

Conforme demonstrado no Gráfico I e, de acordo com as pontuações obtidas por  meio da Escala Metodológica Downs and Black, todos os estudos foram considerados metodologicamente fracos. Dentre os indicadores de qualidade ausentes, destacam-se o baixo número amostral, ausência de cegamento e randomização.

Gráfico I: Avaliação do risco de viés da Escala Downs & Black [19]. 

3.3 Análise dos Desfechos:

Os resultados obtidos em relação aos métodos de avaliação, parâmetros  avaliados e possível relação com o objetivo do estudo estão dispostos na Tabela III.

Tabela III: Estudo selecionado, ano, país de origem, métodos de avaliação, descrição  da amostra, principais conclusões e pontuação obtida na escala Downs and Black.

Legenda: D1: Dia 1; D25: Dia 25; D27: Dia 27; D5: Dia 5; DB: Downs and Black; GA: Grupo A; GB: Grupo B; INTRAOP: intraoperatório; M1: 1 mês; M6: 6 meses; POSOP: pós-operatório; PREOP: pré-operatório; TIV: termografia infravermelha.

4. DISCUSSÃO 

Foram objetos desta revisão 3 artigos, caracterizados por um estudo de coorte  prospectivo, e dois estudos de caso, publicados entre 2021 e 2023, que abordaram o  uso da TIV como instrumento de avaliação operatória em cirurgias de  abdominoplastia. Desses estudos, dois foram realizados em Portugal, e um no Brasil. 

Todos os estudos buscaram avaliar a utilização da Termografia Infravermelha em  diferentes períodos da abordagem cirúrgica. Avaliações comparativas com outros  métodos não foram realizadas. 

Em todos os estudos analisados na presente revisão houve consenso sobre a  eficácia da TIV como ferramenta de avaliação operatória. Dois dos estudos [21,22]  demonstraram que tecidos que não desenvolveram complicações não obtiveram  diferença de temperatura significativa nas avaliações PO. Da mesma forma, o trabalho conduzido por Resende et al [2], encontrou aumento termal em paciente que  desenvolveu necrose na área de cicatriz. Ainda nesse contexto, o estudo conduzido  por Valença-Felipe et al [21], demonstrou presença de áreas frias em cicatrizes  prévias. Ratificando esses dados, o estudo conduzido por Rabbani et al. [23] utilizou  imagens térmicas para monitorar 84 retalhos livres por 5 dias consecutivos, relatou que a precisão diagnóstica da câmera termográfica foi calculada em 96,43% com  sensibilidade de 98,7% e especificidade de 75% para os casos monitorados. Segundo  Singla et al. [18] esta técnica de imagem permite a detecção precoce de alterações  na perfusão tecidual, muitas vezes antes do aparecimento de sinais clínicos visíveis. 

Os dois estudos conduzidos por Valença-Felipe et al. [21, 22] realizaram  avaliações pré e intra e pós-operatórias. O estudo de Resende et al. [2] realizou  avaliação com TIV apenas no período pós-operatório. Ziolkowski et al. [24] afirmam que a avaliação pré-operatória é uma etapa fundamental para garantir a eficácia dos  procedimentos em cirurgia plástica e indicam que uma investigação prévia abrangente  pode identificar condições médicas ocultas que aumentam o risco de complicações.  Da mesma forma, um estudo feito por Pratt et al. [25], demonstra que avaliações mais  detalhadas no PREOP e a pré-visualização da anatomia vascular individual reduz o  tempo INTRAOP, minimiza complicações, contribui para os resultados finais e para um planejamento mais personalizado, aumentando a previsibilidade e segurança do  procedimento. 

Todos os estudos avaliados demostraram as vantagens da utilização da TIV.  Cai et al. [26], abordam a TIV na detecção precoce de lesões de pressão e enaltecem  as vantagens deste método, pois trata-se de uma abordagem não-invasiva, que não  envolve radiação e que não precisa de contato com o paciente, diminuindo o risco de  contaminações. Desta forma, os autores preconizam a incorporação da TIV na  avaliação rotineira de risco de lesões por pressão. Dando suporte a estas afirmações,  Liu et al. [27] relatam a capacidade da TIV em fornecer imagens térmicas em tempo  real, facilitar o monitoramento contínuo e a avaliação da eficácia de intervenções  terapêuticas. Trata-se de uma técnica de fácil aplicação e interpretação, com potencial  para ser incorporada em diversas especialidades da área da saúde [26]. 

John et al. [28], resumem as aplicações indicando que a TIV no PREOP auxilia  na identificação de possíveis disfunções circulatórias, processos inflamatórios e  assimetrias térmicas; no INTRAOP, permite o monitoramento em tempo real da  perfusão tecidual e da integridade vascular, auxiliando na tomada de decisões  imediatas, especialmente em procedimentos que envolvem enxertos, retalhos ou risco  de isquemia; no POSOP, se destaca no acompanhamento da recuperação, na  detecção precoce de complicações como infecções, necroses ou falha na  cicatrização, favorecendo intervenções rápidas e eficazes [28]. 

Finalmente, em termos metodológicos, de acordo com o Checklist Downs and  Black, todos os estudos avaliados apresentaram escores fracos. Critérios importantes  e primordiais para a solicitação científica não foram atendidos. Dentre os indicadores  de qualidade ausentes, destacam-se o baixo número amostral, ausência de fatores  como cegamento e randomização, que são essenciais na produção de evidências  mais robustas. 

5. CONCLUSÃO 

Os estudos avaliados sugerem que a TIV pode ser uma ferramenta extremamente útil e eficiente na prática clínica por tratar-se de um método com alta  sensibilidade/especificidade, não invasivo, indolor, seguro e livre de radiação,  oferecendo vantagens significativas no monitoramento das alterações fisiológicas  relacionadas à circulação, inflamação e perfusão tecidual. No entanto, essa revisão  demonstrou que os estudos avaliados apresentaram significativas fragilidades  metodológicas e que devem ser supridas por estudos com delineamentos mais  robustos e com maior número amostral. 

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1Orientadora – Centro Universitário Ritter dos Reis – Porto Alegre/RS 
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