USO DA TELEMEDICINA PELOS DOCENTES MÉDICOS DE UM CURSO DE MEDICINA DE TERESINA-PI

USE OF TELEMEDICINE BY MEDICAL TEACHERS OF A MEDICINE COURSE IN TERESINA-PI

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.10294321


Yuri de Oliveira Cronemberger1
Iuri Leonardo de Paula Silva2
João Luiz Vieira Ribeiro3


Resumo 

O estudo analisou a prevalência e adaptação dos docentes médicos de uma faculdade particular de Teresina-PI em relação ao uso da telemedicina. A partir da pandemia de COVID-19, a telemedicina mostrou-se como uma ferramenta viável para ofertar serviços da área da saúde. A prática já é regulamentada no Brasil pelo Ministério da Saúde, mas ainda existem obstáculos como a desconfiança por parte de profissionais e pacientes, além da falta de treinamento que permita uma maior disseminação da modalidade no país. Esta pesquisa entrevistou 90 docentes médicos de um curso de medicina através da aplicação de um questionário digital com 16 perguntas. A maioria passou a utilizar a tecnologia no seu trabalho como médico durante a pandemia e manteve a prática mesmo após o surto de COVID-19. A maioria dos docentes também conseguiu se adaptar com o uso das plataformas digitais e considerou que o acesso dos pacientes às consultas melhorou com a telemedicina. O uso das plataformas digitais, portanto, mostrou ser uma ferramenta que pode melhorar a assistência médica tanto do ponto de vista dos pacientes como dos profissionais médicos. 

Palavras-chave: Telemedicina, Docentes de Medicina, Pandemia. 

1.INTRODUÇÃO 

A pandemia da COVID-19, anunciada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em março de 2020, mostrou-se um desafio para os sistemas de saúde dos países em todo o mundo. Sendo a COVID-19 uma doença transmissível, o distanciamento social tornou-se uma necessidade e uma realidade. A telemedicina apresentou-se, assim, como uma solução digital de forte relevância no enfrentamento da pandemia e da crise por ela gerada (Lara et al., 2021).  

A telemedicina, como ferramenta online, mostrou-se ideal para a gestão de doenças transmissíveis. No caso da pandemia, as pessoas que não estavam infectadas pelo vírus SARS-CoV-2 (do inglês coronavírus 2 da síndrome respiratória aguda grave) poderiam ter acesso aos seus cuidados de rotina sem o risco da exposição a ambientes hospitalares ou mesmo salas de espera (Lara et al., 2022). Mas a telemedicina vai além da consulta médica, pode-se defini-la como um serviço em que se usa tecnologias digitais para não só prestar assistência à saúde como também permitir educação à distância e conectar os próprios médicos entre si (Gareev et al., 2021). 

O potencial do uso desse novo tipo de serviço de saúde já era reconhecido desde antes da pandemia. No Brasil, o uso da telemedicina foi regulamentado inicialmente pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em 2002 através da resolução nº 1.643, que define e disciplina a prestação de serviços através da Telemedicina. No início da pandemia, em março de 2020, em caráter excepcional e temporário, o governo federal regulamentou o uso de serviços de telemedicina para consulta, monitoramento e diagnóstico de pacientes (Aquino et al., 2021).  

O uso da telemedicina está associado à possibilidade de melhorar a qualidade da atenção à saúde de maneira geral, através da ampliação do acesso a serviços de saúde especializados em locais que ainda não possuem, redução do tempo entre o diagnóstico e início do tratamento e racionalização dos custos (Maldonado; Marques; Cruz, 2016). 

Desta forma, avaliar o uso da telemedicina por profissionais médicos permite não só conhecer mais sobre o tema, como conscientizar sobre a importância da implementação da tecnologia nos serviços de saúde e ampliar os dados para estudo sobre os números de médicos que utilizam a tecnologia e as opiniões dos mesmos sobre o tema. 

Com base no exposto, este trabalho propôs uma análise quantitativa e qualitativa do uso da telemedicina pelos docentes médicos do curso de medicina do centro universitário UNINOVAFAPI, em Teresina-PI. 

2.REFERENCIAL TEÓRICO 

No final de fevereiro de 2020 o Brasil confirmou o primeiro caso de COVID-19 na América Latina. E, no dia 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde declarou a pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2 (Nieblas et al., 2022). As pessoas infectadas apresentavam sintomas graves, principalmente aquelas dos grupos de risco, como idosos e pessoas com comorbidades. Além disso, a alta capacidade de transmissão do vírus mostrou ser superior à capacidade de testar, rastrear e isolar pessoas com suspeita de infecção (Pessoa et al., 2022).  

Em pouco tempo após o início da pandemia, governos de vários países adotaram medidas de distanciamento social para evitar a sobrecarga dos sistemas de saúde. E em diferentes setores da economia soluções digitais foram adotadas para que as atividades não parassem, como em órgãos públicos, empresas privadas e instituições de ensino. O uso de aplicativos para reuniões online passou a ser rotina para muitos profissionais (Pessoa et al., 2022).   

Na área da saúde, a alta demanda de atendimento aos pacientes com COVID-19 tornaram os ambientes dos serviços de saúde em locais de alto risco ocupacional. Desta forma, tornou-se necessária uma solução para reduzir o contato físico entre pacientes e profissionais de saúde, visto que a principal via de transmissão da doença em questão é pelas secreções respiratórias (Nieblas et al., 2022). 

Diversos serviços de saúde precisaram investir em soluções tecnológicas para fornecer acompanhamento clínico aos pacientes de forma não presencial. E a telemedicina mostrou-se como uma ferramenta online adequada ao contexto da pandemia. Aqueles pacientes que não estavam infectados pelo vírus SARS-CoV-2 poderiam manter seus cuidados de saúde de rotina sem precisarem se expor a ambientes de risco, como consultórios médicos e mesmo salas de espera (Lara et al., 2021). 

Conceitualmente, a telemedicina é o uso das tecnologias de informação e comunicação para ofertar serviços ligados a saúde, principalmente quando a distância física é um obstáculo para o encontro entre pacientes e profissionais da saúde (Maldonado; Marques; Cruz, 2016).  

E dentro da telemedicina Gonçalves et al. (2018, p. 224) destacam as quatro modalidades: 

  • Tele-assistência: permite que um profissional médico auxilie remotamente outro profissional de saúde durante a realização de um ato. 
  • Teleconsulta – visa permitir que um profissional médico faça uma consulta remota a um paciente e, se necessário, um profissional de saúde possa estar presente; 
  • Tele-expertise – visa permitir que um profissional médico solicite remotamente a opinião de um ou mais especialistas médicos que possuam formação ou competências especiais; 
  • Monitoramento Remoto – permite que um profissional médico interprete à distância os dados necessários para o acompanhamento médico de um paciente e, quando apropriado, tome decisões relacionadas ao cuidado do paciente. O registro e transmissão de dados podem ser automatizados ou realizados pelo próprio paciente ou por um profissional de saúde. 

Mesmo antes da pandemia, a telemedicina já era apresentada como uma solução para os graves problemas nos serviços de saúde, como: aumento da demanda de atendimentos de saúde devido ao aumento da expectativa de vida da população, necessidade de maior acessibilidade aos cuidados extra-hospitalares e dificuldades em recrutar profissionais treinados (Gonçalves et al., 2018).  

Nos países desenvolvidos, o uso da tecnologia já era uma realidade mesmo antes da pandemia. Já era utilizada para diagnóstico e manejo clínico de pacientes de forma remota (MALDONADO; MARQUES; CRUZ, 2016). Mas, enquanto nestes países já era praticada em conjunto com a os cuidados de saúde convencionais, em países em desenvolvimento, como o Brasil, apresenta-se como uma alternativa aos serviços de saúde tradicionais. Como obstáculos tem-se a falta de capacitação dos profissionais e a dificuldade de disponibilização de plataformas próprias para teleconsultas, por exemplo (Nieblas et al., 2022). 

Devido a pandemia a telemedicina foi melhor regulamentada formalmente. O CFM, através da resolução nº 2.314, de 20 de abril de 2022, definiu e regulamentou a telemedicina de forma mais detalhada, em substituição à resolução anterior. A resolução a definiu como: 

“[…] o exercício da medicina mediado por Tecnologias Digitais, de Informação e de Comunicação (TDICs), para fins de assistência, educação, pesquisa, prevenção de doenças e lesões, gestão e promoção de saúde.” (BRASÍLIA, 2022).  

Conforme Pessoa et al. (2022) o Ministério da Saúde também regulamentou a prática da telemedicina de forma a permitir o acompanhamento pré-clínico, suporte assistencial, consultas, monitoramento e diagnóstico no sistema de saúde brasileiro. Através da Portaria nº 467, de 20 de março de 2020, ficaram autorizadas, em caráter excepcional e temporário, as ações de Telemedicina, de interação à distância. E de acordo com tal portaria, os médicos podem, utilizando a telemedicina, emitir receitas médicas e atestados à distância. Além disso, o atendimento deve ser registrado em prontuário clínico. 

Observa-se uma regulamentação mais ampla acerca da telemedicina, principalmente em comparação com a resolução nº 1.643, de 7 de agosto de 2002, do Conselho Federal de Medicina (CFM). E a regulamentação permitiu um aumento do uso das tecnologias de informação e comunicação na prática médica, principalmente com as teleconsultas (Aquino et al., 2021). 

Pessoa et al. (2022) coloca que ainda existem desafios a serem superados, com destaque para a desconfiança de profissionais e pacientes, a carência de infraestrutura e a insuficiência de marcos legais que sustentem a prática da modalidade no Brasil. Porém, mesmo com estes desafios, conforme Pessoa et al. (2022, p. 5) a telemedicina tem-se: 

“mostrado capaz de produzir bons resultados em termos de acessibilidade, integralidade, comodidade e qualificação do monitoramento de pacientes já acompanhados nas unidades de saúde.”. 

3.METODOLOGIA  

Realizou-se um estudo transversal com os docentes médicos do curso de medicina do Centro Universitário Uninovafapi Afya, em Teresina-PI. Os objetivos eram analisar a prevalência e a adaptação dos docentes médicos em relação ao uso da telemedicina e a percepção de mudança por parte dos médicos em relação ao acesso dos pacientes às consultas devido ao uso da tecnologia. 

A população do estudo consistiu em 90 professores e preceptores do curso de medicina que aceitaram participar da pesquisa e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).  

Os dados foram obtidos através da aplicação de um questionário digital. Os participantes foram abordados pessoalmente na Instituição de Ensino e convidados a participarem da pesquisa. Após leitura de um QR Code/código QR (não identificável) através de smartphone, os participantes tiveram acesso ao questionário. A pesquisa foi realizada no período de maio a outubro de 2023. 

O questionário era composto por 16 perguntas (apêndice A). As variáveis estudadas foram: área de atuação do profissional médico, conhecimento do profissional acerca da telemedicina, uso ou não da telemedicina (antes, durante e após a pandemia de COVID-19), locais de utilização da telemedicina, percepção de mudança do acesso dos pacientes às consultas devido à telemedicina, adaptação ao uso e plataformas de utilização da telemedicina. 

Os dados coletados foram analisados através de estatística descritiva através das frequências absolutas e relativas. Para verificar a existência de relações entre variáveis será aplicado o teste Qui-quadrado com grau de confiança de 95%.  O processamento será feito por meio de planilha Excel e do Programa SPSS. 

O estudo foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa do Centro Universitário Uninovafapi Afya, com CAAE nº 66616522.3.0000.5210. 

4.RESULTADOS E DISCUSSÕES  

A tabela 1 mostra o perfil dos profissionais entrevistados. Dos 90 entrevistados que responderam ao questionário, 49 (54,4%) eram do sexo masculino e 41 (45,6%) do sexo feminino. A tabela também mostra a distribuição dos docentes com relação à faixa etária.  

Com relação ao trabalho além da docência, a maioria, 52 médicos, trabalham apenas na área clínica, ou seja, em ambiente ambulatorial e em consultório, 36 trabalham também em ambiente cirúrgico e 2 entrevistados não especificaram a área de atuação médica. Perguntados sobre o tempo de graduação em Medicina, conforme tabela 1, a média foi de 13,9 anos com desvio-padrão de 8,78 anos (variação 4-45 anos).  

Perguntados sobre em quais estados trabalhavam como médico, 61 responderam que trabalham apenas no Piauí, 27 docentes trabalham em mais um estado além do Piauí e 2 trabalham em dois ou mais estados além do Piauí.  

Tabela 1 – Perfil dos docentes entrevistados 

Fonte: De autoria própria (2023) 

Como forma de avaliar o interesse e conhecimento a respeito da telemedicina, foram questionados se haviam participado em evento científico sobre o tema antes do início da pandemia. Do total, a maioria (67,8% ou 61 médicos) respondeu que não havia participado de qualquer evento científico presencial ou online a respeito do assunto, isso antes da pandemia de COVID-19. Mas ao serem perguntados se conheciam a diferença entre os termos teleassistência, teleconsulta e telemonitoramento, isso no contexto pós-pandemia de COVID19, a maioria (68 respostas) respondeu que Sim ou Um pouco (tabela 2). 

Esse resultado mostra como a pandemia foi um divisor de águas para o uso da telemedicina no país, inclusive aumentando o interesse e conhecimento dos profissionais acerca do tema. Em estudo semelhante, também entrevistando docentes, Pessoa et al. (2022) coloca que 82% dos entrevistados demonstraram interesse em conferências ou seminários relacionados à temática. 

Tabela 2: Conhecimento sobre Telemedicina 

Fonte: De autoria própria 

Correlacionando a pandemia de COVID-19 com a telemedicina, os docentes foram questionados sobre o uso da mesma antes, durante e após a pandemia.  A tabela 3 mostra a variação da frequência do uso da tecnologia como método de trabalho. Enquanto, antes da COVID-19, a maioria (87,8%) não utilizava a telemedicina na prática médica, durante e depois da pandemia a maioria passou a utilizá-la, com as frequências de 75,6% e 70,0%, respectivamente.  

Portanto, observou-se que as limitações impostas pela COVID-19 aumentaram consideravelmente a frequência de atendimentos médicos através de meios digitais. Em estudo analisando o uso da telemedicina entre médicos neurologistas, Aquino et al. (2021) encontrou que, antes da COVID-19, apenas 18,5% dos entrevistados afirmaram trabalhar com telemedicina.  

Tabela 3: Frequência do Uso da Telemedicina em relação à pandemia de COVID-19 

Fonte: De autoria própria 

Foi possível correlacionar a telemedicina de acordo com a área de trabalho do profissional. Como observado na tabela 4, os docentes que trabalham apenas em ambiente ambulatorial/consultório tendem a usar mais as ferramentas digitais para seus atendimentos. Essa tendência é facilmente explicável devido médicos da área clínica trabalharem majoritariamente com consultas e os atendimentos podem ser realizados utilizando meios digitais. Já para médicos cirurgiões, a realização de procedimentos cirúrgicos necessita obrigatoriamente da presença física do paciente.  

Tabela 4: Uso da Telemedicina de acordo com a área de atuação 

Fonte: De autoria própria 

Os médicos foram questionados como e onde utilizavam a telemedicina. As opções eram “Em serviço privado, com atividades apenas no setor privado”, “Em serviço privado, com atividades também de apoio ao SUS” e “Em serviço público”. Considerando que eles poderiam marcar mais de uma opção, observa-se um predomínio da primeira opção nos três diferentes momentos, tanto antes, como durante e depois da pandemia. Os valores estão na tabela 5. 

A porcentagem de uso da telemedicina nos serviços privados nas quais as atividades eram exclusivamente particulares foi significativamente maior nos momentos Durante e Após a pandemia, nos quais a tecnologia passou a ser utilizada de forma mais significativa pelos profissionais.  

Tabela 5: Como e onde atuou com a Telemedicina 

Fonte: De autoria própria 

A adaptação dos profissionais entrevistados com a telemedicina foi avaliada, as respostas eram “Fácil”, “Razoável”, “Difícil” ou “Não se aplica”.  Apenas 11,1 % da população do estudo (10 médicos) considerou difícil sua adaptação (tabela 6). A percepção de mudança com relação ao acesso dos pacientes às consultas devido à telemedicina também foi avaliada e 63,3% dos entrevistados consideraram que melhorou. Apenas 3,3% considerou que piorou (tabela 6). Portanto, observa-se que a avaliação dos docentes foi majoritariamente positiva. 

Tabela 6: Adaptação dos docentes com a Telemedicina e percepção de mudança no acesso dos pacientes 

Fonte: De autoria própria 

Em relação as plataformas de atendimento, a maioria dos docentes (65,6%) respondeu que utiliza plataformas de comunicação já existentes, como Zoom, WhatsApp ou Google Meet (tabela 7). A facilidade de acesso a plataformas já existentes e a praticidade para utilizálas pode explicar a preferência por este tipo de recurso em detrimento de plataformas específicas, que muitas vezes necessitam de treinamento e maior tempo para adaptação dos profissionais. 

Tabela 7: Plataformas utilizadas para os atendimentos em Telemedicina 

Fonte: De autoria própria 

5.CONCLUSÃO 

Baseado nos resultados obtidos, é possível inferir que a pandemia permitiu a disseminação da telemedicina como uma modalidade alternativa e prática de atendimento médico, onde mesmo após esse período, sua utilização ainda continuou constante, não retornando mais ao número reduzido de usuários que possuía antes da COVID-19. 

Além disso, na pesquisa destacam-se os médicos da área clínica que atuam na rede privada como principais utilizadores da telemedicina em suas consultas, refletindo como ainda é difícil a implantação de novas tecnologias no sistema de saúde pública do país.  

Também se observa, de acordo com as respostas dos docentes, que apenas uma minoria considerou a sua adaptação com a modalidade como difícil. E os resultados revelaram uma percepção de melhora do acesso dos pacientes às consultas, evidenciando a telemedicina como ferramenta de fácil manuseio para o profissional e uma maneira mais acessível dos pacientes obterem serviço médico adequado. 

Nesse sentido, apesar de ser um instrumento não totalmente consolidado ainda no meio médico, a telemedicina tende a ser uma ferramenta de bastante relevância para todo o sistema de saúde brasileiro, possibilitando um maior alcance da assistência médica, da propagação da educação em saúde e a integração da comunidade médica. 

REFERÊNCIAS 

AQUINO, Emanuelle Roberta da Silva et al. Telemedicine use among neurologists before and during COVID-19 pandemic. Arquivos de Neuro-Psiquiatria [online], Academia Brasileira de Neurologia, v. 79, n. 7, p.658-664, jul. 2021. DOI:  https://doi.org/10.1590/0004-282XANP-2020-0488. Disponível em: 

https://www.scielo.br/j/anp/a/PhpYvSFv9G98gBk39LSk9dM/#. Acesso em: 23 out. 2022. 

BRASÍLIA. Conselho Federal de Medicina. Resolução CFM nº 2.314, de 20 de abril de 2022. Define e regulamenta a telemedicina, como forma de serviços médicos mediados por tecnologias de comunicação. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 2022. Disponível em: https://sistemas.cfm.org.br/normas/arquivos/resolucoes/BR/2022/2314_2022.pdf. Acesso em: 23 out. 2022. 

BRASÍLIA. Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior.  Resolução nº 1.643, de 7 de agosto de 2002.  Define e disciplina a prestação de serviços através da Telemedicina. 

Brasília: Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior, 2022. Disponível em: https://abmes.org.br/arquivos/legislacoes/Resolucao-CFM-1643-2002-08-07.pdf. Acesso em: 23 out. 2022. 

BRASÍLIA. Ministério da Saúde. Portaria N° 467, de 20 de março de 2020. Dispõe, em caráter excepcional e temporário, sobre as ações de Telemedicina, com o objetivo de regulamentar e operacionalizar as medidas de enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional previstas no art.3º da Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, decorrente da epidemia de COVID-19. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 mar. 2020. 

GAREEV, Ilgiz et al. The opportunities and challenges of telemedicine during COVID-19 pandemic. Frontiers in bioscience (Elite edition), v. 13, n. 2, p. 291-298, dez. 2021. DOI:10.52586/E885. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34937315/. Acesso em: 23 out. 2022. 

GONÇALVES, A. A. et al. Impactos da implantação da telemedicina no Tratamento e Prevenção do Câncer. RISTI – Revista Ibérica de Sistemas e Tecnologias de Informação. n. E17, p. 222-230, jan. 2019. Disponível em: 

https://www.proquest.com/openview/f8691ce6ac65f34e990cecf4f3761335/1.pdf?pqorigsite=gscholar&cbl=1006393. Acesso em: 23 out. 2022. 

LARA, PAULO HENRIQUE SCHMIDT et al. Orthopaedic telemedicine services during the current novel coronavirus pandemic. Acta Ortopédica Brasileira [online], São Paulo, v. 30, n. 01, dez. 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-785220223001e252138. Disponível em: https://www.scielo.br/j/aob/a/Fd8MsqRHFYYMgHHSfjLzzPP/?lang=en#. Acesso em: 23 out. 2022. 

MALDONADO, J. M. S. V.; MARQUES, A. B. e CRUZ, A. Telemedicina: Desafios à sua difusão no Brasil. Cadernos de Saúde Pública [online], v. 32, nov. 2016, Supl 2. ISSN 1678-4464. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311X00155615. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csp/a/54bg8d5mfWmCC9w7M4FKFVq/?lang=pt#. Acesso: 23 out. 2022. 

NIEBLAS, B. et al. Impacto e futuro da telemedicina em meio a pandemia de COVID-19: uma revisao sistematica do estado da arte na America Latina. Ciência & Saúde Coletiva [online]. v. 27, n. 08, ago. 2022., p. 3013-3030.  DOI: 10.1590/1413-81232022278.12532021. 

Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/DWwXJ6F9qxzjYrcbB9w8nwJ/abstract/?lang=pt#. Acesso em: 23 out. 2022. 

PESSOA, C. S. A. et al. A TELEMEDICINA NA PERSPECTIVA DE DOCENTES: 

PRÁTICA CLÍNICA E AMBIENTE EDUCACIONAL, UM ESTUDO TRANSVERSAL. 

Brazilian Medical Students Journal [Internet]. v. 7, n. 10, set. 2022. DOI: 

10.53843/bms.v7i10.343.  Disponível em: https://bms.ifmsabrazil.org/index.php/bms/article/view/343. Acesso em: 23 out. 2022. 

APÊNDICES 

APÊNDICE A – Questionário aplicado aos docentes do curso de medicina 

APÊNDICE B – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) APÊNDICE A – Questionário aplicado aos docentes do curso de medicina 

PESQUISA: USO DA TELEMEDICINA PELOS DOCENTES MÉDICOS DE UM 

CURSO DE MEDICINA DE TERESINA-PI   

SEXO DO ENTREVISTADO:  

 Masculino 

 Feminino 

1.IDADE:  

 Até 25 anos 

 De 26 a 30 anos 

 De 31 a 35 anos 

 De 36 a 40 anos 

 Acima de 40 anos 

2.HÁ QUANTOS ANOS É GRADUADO EM MEDICINA? 

3.POSSUI ALGUMA ESPECIALIZAÇÃO/RESIDÊNCIA (CONCLÚIDA OU EM ANDAMENTO)? SE SIM, QUAL? 

4.ALÉM DO PIAUÍ, EM QUAIS ESTADOS VOCÊ ATUA COMO MÉDICO? 

5.ALÉM DO CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI, ONDE VOCÊ TRABALHA COMO MÉDICO? PODE MARCAR MAIS DE UMA OPÇÃO. 

 Em outra faculdade particular ou pública como professor 

 Setor privado (consultório, clínica, hospital) 

 Serviço público (consultório, hospital) 

6.ANTES DO INÍNIO DA PANDEMIA DE COVID-19, VOCÊ JÁ HAVIA PARTICIPADO DE EVENTO CIENTÍFICO PRESENCIAL OU ONLINE SOBRE TELEMEDICINA? 

 Sim 

 Não 

7.ANTES DO INÍCIO DA PANDEMIA DE COVID-19, VOCÊ JÁ HAVIA UTILIZADO A TELEMEDICINA COMO MÉTODO DE TRABALHO NA ÁREA MÉDICA?  

 Sim 

 Não 

8.SE SIM, VOCÊ JÁ ATUAVA COM A TELEMEDICINA:  

 Em serviço privado, com atividades apenas para o setor privado. 

 Em serviço privado, com atividades também de apoio ao SUS. 

 Em serviço público 

 Não se aplica           

9.DURANTE A PANDEMIA COVID-19, VOCÊ UTILIZOU A TELEMEDICINA COMO MÉTODO DE TRABALHO NA ÁREA MÉDICA?  

 Sim 

 Não 

10.SE SIM, VOCÊ ATUOU COM A TELEMEDICINA:  

 Em serviço privado, com atividades apenas para o setor privado. 

 Em serviço privado, com atividades também de apoio ao SUS. 

 Em serviço público.  

 Não se aplica. 

11.APÓS A PANDEMIA COVID-19, VOCÊ UTILIZA A TELEMEDICINA COMO MÉTODO DE TRABALHO NA ÁREA MÉDICA?  

 Sim 

 Não 

12.SE SIM, VOCÊ ATUA COM A TELEMEDICINA:  

 Em serviço privado, com atividades apenas para o setor privado. 

 Em serviço privado, com atividades também de apoio ao SUS. 

 Em serviço público. 

 Não se aplica  

13.VOCÊ CONHEÇE A DIFERENÇA ENTRE AS MODALIDADES DE TELEMEDICINA: “Teleassistência”, “Teleconsulta” e “Telemonitoramento”?

 Não tenho conhecimento. 

 Um pouco. 

 Sim.  

14.A SUA ADAPTACÃO COM A TELEMEDICINA FOI: 

 Fácil 

 Razoável 

 Difícil 

 Não se aplica 

15.COM A TELEMEDICINA, O ACESSO DOS PACIENTES ÀS CONSULTAS: 

 Melhorou 

 Se manteve 

 Piorou 

 Não se aplica 

16.QUE PLATAFORMA DE ATENDIMENTO VOCÊ TEM UTILIZADO PARA SEUS ATENDIMENTOS EM TELEMEDICINA? 

 Plataforma específica de atendimento 

 Plataforma de comunicação a distância já existentes (Zoom, WhatsApp, Google Meet, etc…) 

 Não estou utilizando telemedicina nos meus atendimentos. 

Fonte: Autoria própria 

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APÊNDICE B – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) 

INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ S.A. – UNINOVAFAPI 

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE) 

Prezado participante, 

Você está sendo convidado(a) a participar da pesquisa de TCC “USO DA TELEMEDICINA PELOS DOCENTES MÉDICOS DE UM CURSO DE MEDICINA DE TERESINA-PI”, desenvolvida por Yuri de Oliveira Cronemberger e Iuri Leonardo de Paula Silva, discentes do curso de graduação em Medicina do Centro Universitário UNINOVAFAPI, sob orientação do Professor João Luiz Vieira Ribeiro. 

O objetivo central do estudo é: estudar o uso da telemedicina por docentes médicos do curso de medicina do centro universitário UNINOVAFAPI, em TERESINA-PI,  através da aplicação de um questionário envolvendo as principais variáveis: área de atuação do profissional médico, conhecimento do profissional acerca da telemedicina, uso ou não da telemedicina, locais de utilização da telemedicina, adaptação ao uso da telemedicina, plataformas de utilização da telemedicina; impacto da telemedicina no trabalho como médico. 

O convite a sua participação se deve a você ser um docente/preceptor graduado em Medicina e devidamente contratado no curso de graduação em Medicina do Centro Universitário UNINOVAFAPI. Sua participação é muito importante. 

Sua participação é voluntária, isto é, ela não é obrigatória, e você tem plena autonomia para decidir se quer ou não participar, bem como retirar sua participação a qualquer momento. Você não será penalizado caso decida não participar da pesquisa ou, tendo aceitado, desistir desta.  

Serão garantidas a confidencialidade e a privacidade das informações por você prestadas. 

Qualquer dado que possa identificá-lo será omitido na divulgação dos resultados da pesquisa, e o material  será armazenado em local seguro. 

A qualquer momento, durante a pesquisa, ou posteriormente, você poderá solicitar do pesquisador informações sobre sua participação e/ou sobre a pesquisa, o que poderá ser feito através dos meios de contato explicitados neste Termo. 

Como toda pesquisa, há risco direto ou indireto de identificação do participante. 

A sua participação consistirá em responder perguntas de um questionário aos pesquisadores do projeto. O questionário contém 19 perguntas objetivas. Você terá acesso ao questionário digital através da leitura de um QR Code (código QR) disponibilizado pelos pesquisadores. 

A participação do docente não será gravada. 

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O tempo de duração de aplicação do questionário é de até dez minutos. 

Os questionários aplicados de forma digital, serão salvos e armazenados, em arquivos digitais, mas somente terão acesso às estes os pesquisadores e o professor orientador. 

Ao final da pesquisa, todo material será mantido em arquivo, por pelo menos 5 anos, conforme Resolução 466/12 e orientações do CEP/UNINOVAFAPI. 

O benefício (direto ou indireto) relacionado com a sua colaboração nesta pesquisa é o de permitir esclarecimento sobre o tema da telemedicina, incentivar o uso da telemedicina, conscientizar sobre a importância da implementação da tecnologia nos serviços de saúde e aumentar a visibilidade do tema e da instituição colaboradora, podendo assim gerar mais estudos sobre o tema.  

Você não será remunerado, visto que sua participação nesta pesquisa é de caráter voluntária. Caso decida desistir da pesquisa você poderá interromper o questionário e sair do estudo a qualquer momento, sem nenhuma restrição ou punição. 

Toda pesquisa possui riscos potenciais, maiores ou menores, de acordo com o objeto de pesquisa, seus objetivos e a metodologia escolhida. Existe o risco de desconforto por quebra de sigilo e vazamento das informações. Para diminuir este risco, os questionários serão numerados em ordem crescente e aplicados de forma digital após leitura de QR Code. Os questionários serão armazenados e guardados pelo pesquisador responsável. Os resultados serão divulgados após a conclusão da pesquisa e respectiva publicação. 

Observações: 

1.Os participantes da pesquisa têm garantia de indenização por danos. Os participantes da pesquisa que vierem a sofrer qualquer tipo de dano previsto ou não no termo de consentimento e resultante de sua participação no estudo, além do direito à assistência integral, têm direito à indenização, conforme itens III.2.0, IV.4.c, V.3, V.5 e V.6 da Resolução CNS 466/12. 

2.Explicitar no final do Termo que este é redigido em duas vias (não será fornecida cópia ao participante, mas sim outra via), sendo uma para o participante e outra para o pesquisador. Informar também que todas as páginas deverão ser rubricadas pelo participante da pesquisa e pelo pesquisador responsável (ou pessoa por ele delegada e sob sua responsabilidade), com ambas as assinaturas apostas na última página. O termo apresentado deve conter local destinado à inserção das referidas rubricas – pesquisador responsável e participante. 

“Em caso de dúvida quanto à condução ética do estudo, entre em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa do UNINOVAFAPI, no endereço: Rua Vitorino Orthiges Fernandes, 6123 – Uruguai, CEP: 64073-505 – Teresina – Piauí, Tel – (086) 2106-0738, e-mail: cep@uninovafapi.edu.br.. O Comitê de Ética em Pesquisa é a instância que tem por objetivo defender os interesses dos participantes da pesquisa em sua integridade e dignidade e para contribuir no desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões éticos. Dessa forma o comitê tem o papel de avaliar e monitorar o andamento do projeto de modo que a pesquisa respeite os princípios éticos de proteção aos direitos humanos, da dignidade, da autonomia, da não maleficência, da confidencialidade e da privacidade”. 

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João Luiz Vieira Ribeiro 

CPF XXX.XXX.XXX-XX 

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Yuri de Oliveira Cronemberger 

CPF XXX.XXX.XXX-XX 

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Iuri Leonardo de Paula Silva 

CPF XXX.XXX.XXX-XX 

Contato com o(a) pesquisador(a) responsávelTelefone: (86)99982-8754 / (86)99847-2891 e-mail: yuricronemberger@hotmail.com 

TERESINA,          /            / 

Declaro que entendi os objetivos e condições de minha participação na pesquisa e concordo em participar. 

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(Assinatura do participante da pesquisa) 

Nome legível do participante:  

RG e CPF:  


¹Discente do Curso Superior de Medicina do Centro Universitário UNINOVAFAPI Afya. e-mail: yuricronemberger@hotmail.com 
²Discente do Curso Superior de Medicina do Centro Universitário UNINOVAFAPI Afya. e-mail: iurilps98@gmail.com
³Médico, Docente do Curso Superior de Medicina do Centro Universitário UNINOVAFAPI Afya. Doutor em Direito e Políticas Públicas pelo Centro Universitário de Brasília (UniCEUB). e-mail: joaol.ribeiro@uninovafapi.edu.br