REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch10202408141301
Vitória Brenda Gonçalves Guerra Meireles1; Gabriel Meireles dos Santos Gonçalves2; Ana Paula Oliveira Cardoso3; Tiago Teixeira Melo4; David Souza de Jesus Nadai5; Leslie Cristine Fiori Leite6; Márcia Mika Nakaoka Folly7; Ilza Caixeta e Silva Camargo8; João Bosco Formiga Relvas9
RESUMO
A extensa destruição coronária seja pela doença cárie, seja pelo tratamento endodôntico ou até mesmo por fraturas, causa enfraquecimento da estrutura dentária, portanto, quando se refere ao tratamento e reabilitação desses elementos pensa-se em longevidade, comumente a opção de tratamento mais utilizada é a confecção e instalação de pinos intrarradiculares e coroas, entretanto, adotando as abordagens biomiméticas na restauração desses dentes, obtém-se melhores resultados. Esse estudo teve por objetivo apresentar um relato de caso clínico apresentando as medidas tomadas para reabilitação um dente que apresentava patologia pulpar e grande destruição coronária, necessitando a realização de cirurgia de aumento de coroa, tratamento endodôntico do elemento e restauração com uso de fibra de polietileno tomando como base os conceitos e propriedades da odontologia restauradora biomimética. Para realização do levantamento bibliográfico, foram realizadas pesquisas de artigos dos últimos 5 anos nos sites de busca científicos a seguir descritos: National Library of Medicine (PUBMED), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Brasil ScientificElectronic Library Online (SciELO), utilizando como descritores em português: Endodontia, Biomimética e Estética Dentária como as principais fontes de pesquisa. E descritores em inglês: Endodontics, Biomimetics and Esthetics Dental. Partindo da realização desse projeto espera-se ser possível concluir que a utilização de fibra de polietileno em restaurações biomiméticas é eficaz na resolução de casos com extrema destruição coronária. Esses achados destacam a eficácia e a relevância clínica das fibras de polietileno como uma opção promissora em procedimentos restauradores biomiméticos.
Palavras-chave: Endodontia. Biomimética. Estética Dentária
ABSTRACT
Extensive crown destruction, whether due to caries, endodontic treatment or even fractures, causes weakening of the tooth structure. Therefore, when referring to the treatment and rehabilitation of these elements, longevity is considered. The most commonly used treatment option is the manufacture and installation of intraradicular pins and crowns. However, adopting biomimetic approaches in the restoration of these teeth, better results are obtained. This study aimed to present a clinical case report showing the measures taken for the rehabilitation of a tooth that presented pulp pathology and extensive crown destruction, requiring crown lengthening surgery, endodontic treatment of the element and restoration using polyethylene fiber, based on the concepts and properties of biomimetic restorative dentistry. To carry out the bibliographic survey, research was carried out on articles from the last 5 years in the following scientific search sites: National Library of Medicine (PUBMED), Virtual Health Library (BVS), Brasil Scientific Electronic Library Online (SciELO), using the following descriptors: Portuguese: Endodontics, Biomimetics and Dental Esthetics as the main research sources. And descriptors in English: Endodontics, Biomimetics and Dental Esthetics. Based on the completion of this project, it is expected to be possible to conclude that the use of polyethylene fiber in biomimetic restorations is effective in resolving cases with extreme coronal destruction. These findings highlight the efficacy and clinical relevance of polyethylene fibers as a promising option in biomimetic restorative procedures.
Keywords: Endodontics. Biomimetics. Esthetics Dental
INTRODUÇÃO
O objetivo do tratamento endodôntico consiste na remoção dos microrganismos patogênicos que estão alojados no interior do sistema de canais radiculares, a fim de prevenir ou tratar patologias pulpares e periodontites apicais, possibilitando assim, a preservação do elemento dental e devolvendo sua funcionalidade na cavidade bucal. Vale ressaltar, que as infecções endodônticas apresentam culturas múltiplas, ou seja, causada por diversos microrganismos diferentes (Al Omari, et al., 2022).
Segundo Magri et al. 2023, a formação de biofilme, resistência a medicação intracanal, complexidade anatômica dos canais e limitação dos instrumentos endodônticos fazem com que microrganismos como Enterococcus faecalis e Candida albicans, sejam frequentemente encontrados em infecções. Nesse contexto, as etapas do tratamento endodôntico visam constantemente à erradicação das bactérias e microorganismos presentes nos condutos radiculares, seja durante o preparo químico-mecânico, em associação com as soluções irrigadoras, seja na utilização das medicações intracanais e na obturação dos condutos. Com isso, busca-se realizar a sanificação do meio radicular através das ferramentas disponíveis para o combate das bactérias locais (Bianchini et al., 2020).
Notoriamente, estes microrganismos podem se alojar nas diversas regiões do sistema de canais radiculares, incluindo a luz do canal, paredes radiculares, ramificações, túbulos dentinários, istmos e irregularidades presentes no elemento dentário, o que torna o completo desbridamento das bactérias quase impossível, mesmo quando os métodos convencionais de instrumentação endodôntica e irrigação são realizados com os mais altos padrões técnicos (Teixeira e Paiva, 2022).
Nesta conjuntura, a Odontologia tende cada vez mais para a incorporação de métodos menos invasivos, com o objetivo de minimizar a dor e o desconforto durante e após as intervenções odontológicas (Bianchini et al., 2020). Quando discutimos sobre a reabilitação de dentes tratados endodonticamente (DTE) há uma vasta discussão de como e qual a melhor abordagem de tratamento, visto que, geralmente podem apresentar grandes perdas de estruturas, essas perdas podem ser causadas devido ao acesso coronário, que necessita da remoção do teto da câmara pulpar e até mesmo destruição por lesão de cárie e fraturas (Carraro et al., 2022).
Na reabilitação de DTE e com grande destruição coronária, era indicado a combinação de retentores intrarradiculares e coroas totais, pinos pré-fabricados e núcleos fundidos. No entanto, a utilização desses retentores tem como desvantagem a remoção de dentina para a realização do preparo, tendo como consequência a fragilização do elemento dentário, elevando o risco de fraturas. Com o avanço das técnicas adesivas, tornou-se possível restaurar dentes com grande destruição coronária sem o uso dessas ferramentas (Costa et al., 2020).
Esses dentes necessitam de procedimentos restauradores mais complexos que visam o reforço do remanescente dental para proporcionar durabilidade. O emprego das fibras de polietileno tem sido sugerido para fornecer um reforço interno do remanescente dental devido às suas propriedades mecânicas, além do fator estético. Nos últimos anos, tem sido bastante utilizada em situações clínicas, e cada vez mais vem surgindo um grande interesse no uso de fibras de polietileno, pois fornecem uma boa retenção com êxito clínico e boa resistência à fratura e maior ocorrência de fratura reparável (Fernandes et al., 2022).
A odontologia biomimética é a arte e a ciência de reparar dentes danificados com restaurações que imitam os tecidos vivos (por exemplo, esmalte, dentina, osso, cemento, etc.) em termos de aparência, função e resistência. O objetivo biomimético secundário é desenvolver materiais restauradores que possam restaurar a biomecânica do dente natural (Zafar et al., 2020). A biomimética é um campo interdisciplinar de imitação das abordagens e estratégias biológicas ideais da natureza, usando conceitos de química, física, matemática e engenharia para desenvolver novos materiais e órgãos sintéticos (Singer, Fouda e Bourauel, 2023)
A odontologia contemporânea busca envolver o manejo dentário minimamente invasivo de tecidos defeituosos ou doentes com materiais bioinspirados para alcançar a remineralização. A regeneração endodôntica biomimética inclui a formação da barreira dentinária por agentes de proteção pulpar, formação de raízes durante a apexogênese e apicificação, cicatrização apical por obturações de extremidades radiculares e regeneração pulpar por estratégias de localização celular. Existe uma ampla gama de aplicações biomiméticas na endodontia, incluindo biomateriais (agentes de irrigação, medicamentos intracanais e cimentos) e regeneração de tecidos (regeneração de dentina e polpa, revascularização (Zafar et al., 2020).
O principal objetivo da biomimética na odontologia restauradora é fazer com que os tecidos duros (esmalte e dentina) voltem a atingir a função completa por meio de uma ligação de tecido duro. Isso permite que as tensões funcionais passem pelo dente, transformando a coroa inteira em uma unidade que proporciona função quase normal e resultado biológico e estético. Infelizmente na odontologia não existe nenhum biomaterial que tenha as mesmas propriedades mecânicas, físicas e ópticas das estruturas dentárias. Na abordagem biomimética da odontologia restauradora, é busca por materiais que tenham propriedades estéticas e funcionais mais próximas da estrutura dentária (Soares et al., 2023).
A aplicabilidade da biomimética tem sido amplamente considerada em níveis moleculares para aumentar a cicatrização de feridas e a regeneração de tecidos moles e duros. A nível macroestrutural, a integridade biomecânica, estrutural e estética dos dentes pode ser alcançada por vários materiais restauradores biomiméticos. Para este propósito, os cientistas de materiais considerariam idealmente os dentes naturais como uma referência durante o desenvolvimento de materiais restauradores dentários (Zafar et al., 2020).
Paryani et al., (2023), ao comparar o método convencional de restauração com o método biomimético, constataram que as vantagens do método biomimético são significativas. Esse método não apenas apresenta um prognóstico superior, mas também uma biocompatibilidade aprimorada. A abordagem biomimética é capaz de substituir de forma eficaz os tecidos perdidos, imitando com precisão tanto a estrutura quanto as propriedades dos tecidos naturais. Além disso, esse método é menos invasivo, o que reduz o risco de complicações e promove uma recuperação mais rápida e eficiente.
Esse estudo teve por objetivo apresentar um relato de caso clínico apresentando as medidas tomadas para reabilitação um dente que apresentava patologia pulpar e grande destruição coronária, necessitando a realização de cirurgia de aumento de coroa, tratamento endodôntico do elemento e restauração com uso de fibra de polietileno tomando como base os conceitos e propriedades da odontologia restauradora biomimética.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
No que se refere à busca bibliográfica, foi realizado o levantamento bibliográfico dos últimos 5 anos nos sites de busca científicos a seguir descritos: National Library of Medicine (PUBMED), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Brasil Scientific Electronic Library Online (SciELO), utilizando como descritores em português: Endodontia, Biomimética e Estética Dentária como as principais fontes de pesquisa. E descritores em inglês: Endodontics, Biomimetics and Esthetics Dental.
Foram adotados os seguintes critérios de inclusão: 1) ter sido publicado no período de 2019 a 2024; 2) o assunto descrito ser pertinente ao objeto do estudo; 3) objetivo claro e ser fiel ao estudo realizado.
Nas bases consultadas foram encontrados um total de 40 artigos. Os artigos incluídos nesta revisão de literatura foram selecionados após a adoção dos critérios de inclusão citados, sendo que após a análise metodológica, foram utilizados 16 trabalhos.
4. RELATO DE CASO CLÍNICO
Paciente M.S.F.N., sexo feminino, 11 anos, foi encaminhada para a Clínica Odontológica do Centro Universitário São Lucas, Porto Velho/Rondônia, com indicação de exodontia do elemento 36. Na anamnese, a paciente relatou sentir fortes dores e sangramento durante a mastigação. Ao exame físico, na avaliação intraoral, registrou-se sintomatologia dolorosa à palpação no primeiro molar inferior esquerdo e pólipo pulpar, tecido hiperplásico que ao ser pressionado durante os ciclos mastigatórios resultava sangramento como relatado. Ademais, foram realizados exames de imagem para um correto planejamento (Figura 1).
Assim, diante do exame clínico e exame complementar radiográfico (Figura 2) foi constatado o seguinte diagnóstico: Pulpite irreversível sintomática hiperplásica. Optou-se, portanto, pela realização do tratamento endodôntico seguido da reabilitação do elemento dental, a partir da restauração estética em resina composta reforçada com fibra de polietileno.
Neste contexto, os procedimentos foram divididos em seis etapas clínicas principais, sendo elas: cirurgia periodontal para aumento de coroa, levantamento da margem coronária e tratamento endodôntico, o qual foi realizado em três sessões, ou seja, uma sessão por semana, seguida de preparo da biobase, preparo protético, moldagem para confecção da peça semi-direta em resina composta e por fim, a cimentação da peça esculpida. Logo, os atendimentos foram organizados de modo a ocorrerem semanalmente, dentro da disponibilidade da paciente.
Inicialmente, o tratamento realizado foi a cirurgia periodontal para o aumento de coroa, a qual contemplou as seguintes fases: lavagem das mãos, paramentação, montagem da mesa cirúrgica, antissepsia extraoral do paciente com clorexidina 2% e intraoral com digluconato de clorexidina a 0,12%, proteção do paciente com campo fenestrado, montagem do sugador, técnica de bloqueio anestésico dos nervos alveolar inferior, lingual e bucal com mepivacaína 2% e epinefrina1:100.000, incisão em bisel interno com lâmina 15c, para realização de um retalho do tipo Widman Modificado, remoção do colar gengival e curetagem do tecido de granulação (gengivectomia/gengivoplastia), descolamento total/mucoperiosteal, sondagem inicial desde o término do preparo até a crista óssea, osteotomia/osteoplastia com irrigação abundante de soro fisiológico 0,9%, com brocas esféricas diamantadas, medição final, irrigação com soro fisiológico 0,9%, coaptação do retalho, sutura interrompida em oito, orientações pós-operatórias, prescrição farmacológica e agendamento em 7 dias para remoção dos pontos (Figuras 3, 4, 5).
Na consulta de retorno, foi avaliada a cicatrização do tecido periodontal, bem como o levantamento da margem coronária seguida de tratamento endodôntico. Para isso, foram realizadas as seguintes fases: técnica de bloqueio anestésico dos nervos alveolar inferior, lingual e bucal com mepivacaína 2% e epinefrina 1:100.000, isolamento absoluto com lençol de borracha azul (Madeitex, Santa Branca, SP, Brasil), remoções do pólipo pulpar, tecido cariado e teto da câmara pulpar (Figura 6), levantamento de margem das faces vestibular e distal com uso de banda matriz de aço inox (Maquira, Maringá, PR, Brasil) (Figura 7), condicionamento ácido fosfórico 37% Condac (FGM, Dentscare LTDA, Joinville, SC, Brasil) em esmalte por um tempo de 30 segundos, lavagem com água/spray de ar por 60 segundos, aplicação do sistema adesivo autocondicionante Single Bond Universal (3M Espe, Sumaré, SP, Brasil) com auxílio de aplicadores descartáveis, fotopolimerização por 40s, inserção dos incrementos de resina composta nano-híbrida Forma A3 (Ultradent, São Paulo, Brasil) para levantamento das paredes e acabamento e polimento inicial (Figura 8).
Seguidamente, houveram desgastes compensatórios, para o refinamento da cirurgia de acesso endodôntico e avaliação da radiografia inicial a fim de se estabelecer o comprimento aparente do dente (CAD), que consiste na distância entre a ponta de cúspide e o ápice radicular, mensurado por uma régua transparente milimetrada. Esse valor do CAD com a subtração de 4mm, corresponde ao comprimento provisório de trabalho (CPT). No caso clínico relatado os valores encontrados foram CAD (20mm para os três canais mesiais e 21mm – canal distal) e CPT (16mm – para os três canais mesiais e 17mm – canal distal). Adiante foi feito o cateterismo (exploração dos canais) com lima manual endodôntica calibre # 08 de aço inoxidável (Lima K-file – Dentsply Sirona), irrigação com hipoclorito de sódio a 2,5% (Cloro Rio, Rioquímica S.A), irrigação final dos condutos (hipoclorito de sódio a 2,5%, + E.D.T.A. 17% por 3 minutos + hipoclorito de sódio a 2,5% + soro fisiológico 0,9%), medicação com Otosporin (Farmoquímica) e restauração provisória em ionômero de vidro Maxxion R A2 (FGM, Dentscare LTDA, Joinville, SC, Brasil).
Segue-se o passo a passo da segunda sessão endodôntica: anestesia infiltrativa com mepivacaína 2% e epinefrina 1:100.000 (DFL, Rio de Janeiro, Brasil), isolamento absoluto do elemento 36, remoção da restauração provisória com brocas diamantadas, preparo mecânico com limas endodônticas manuais de calibres: # 10, #15, #20, #25 (Limas K-file – Dentsply Sirona, Maille fer Instruments, Collombey-Muraz, Suíça) e irrigação abundante com hipoclorito de sódio a 2,5% (Cloro Rio, Rioquímica S.A, São José do Rio Preto, SP, Brasil) a cada troca de limas. Importante dizer que a instrumentação dos canais radiculares também foi feita sob o protocolo de limas rotatórias do sistema ProTaper Gold (Dentsply Sirona, São Paulo, SP, Brasil). Com isso, na 1ª fase do sistema rotatório foram utilizadas as limas SX e S1 com motor endodôntico Sensory (Schuster, Santa Maria, RS, Brasil) utilizando medidas obtidas através do CPT. Ademais, foi realizada a odontometria eletrônica com o localizador foraminal Sensory (Schuster) e lima manual endodôntica #10 (Limas K-file – Dentsply Sirona) para alcançar o ápice dos forames radiculares, aqui o intuito é estabelecer o comprimento real de trabalho (CRT), o qual deve estar a 1 mm aquém do ápice.
Após, a obtenção do valor de forma eletrônica foi feita a odontometria radiográfica de modo a confirmar a medida, a qual correspondeu o CRT de 19mm – canais mesiais e 20mm – canal distal) (Figura 9), os condutos foram instrumentados na 2ª fase do sistema rotatório ProTaper Gold (Dentsply Sirona) com as Limas S1 e S2. Prosseguindo, realizou-se irrigação abundante com hipoclorito de sódio a 2,5% (Cloro Rio, Rioquímica S.A) a cada troca de limas, 3ª fase do sistema rotatório com as limas de acabamento F1 e F2, irrigação final (hipoclorito de sódio a 2,5%, + E.D.T.A. 17% por 3 minutos + hipoclorito de sódio a 2,5% + soro fisiológico 0,9%), medicação com Otosporin (Farmoquímica), restauração provisória em ionômero de vidro Maxxion R A2 (FGM,) e agendamento para próxima consulta clínica.
Para a terceira sessão de tratamento endodôntico a obturação dos canais radiculares do elemento 36 foi planejada, mediante os passos a seguir: protocolo básico (anestesia, isolamento absoluto e remoção da restauração provisória), irrigação abundante com hipoclorito de sódio a 2,5% (Cloro Rio, Rio química S.A), irrigação final (hipoclorito de sódio a 2,5%, + E.D.T.A. 17% por 3 minutos + hipoclorito de sódio a 2,5% + soro fisiológico 0,9%), secagem dos canais com cânulas de diferentes calibres, secagem com pontas de papel absorvente Cell Pack Ultimate (Dentsply Sirona) vale dizer que as pontas de papel devem ser do mesmo sistema mecânico escolhido e correspondente ao diâmetro e conicidade idêntica a lima final utilizada. Por conseguinte, foi feita a prova dos cones principais de guta-percha (Figura 10), os quais devem ser do mesmo sistema mecânico escolhido e correspondente ao diâmetro e conicidade idêntica a lima final utilizada, nessa prova é preciso avaliar o cone em três critérios, sendo eles: visual (continuar retilíneo), tátil (atingir o CRT com assentamento adequado) e radiográfico (verificar se está no CRT). Com isso, foi utilizada a Ponta de guta-percha F2 ProTaper Gold® (Dentsply Sirona).
Depois da confirmação radiográfica e completa secagem dos condutos foi espatulado o cimento endodôntico MTA fillapex (Angelus) até chegar a uma aparência homogênea, no qual os cones de guta-percha foram untados e inseridos aos condutos na medida de CRT, realizou-se também a radiografia de verificação da cimentação, onde se observou a boa qualidade do procedimento e assim se seguiu para o corte dos cones com condensador de Paiva compatível com a embocadura dos canais, o qual foi aquecido na lamparina até ao rubro e cortados a aproximadamente 2 mm abaixo do colo clínico, outros procedimentos realizados foram a condensação vertical a frio com calcadores de calibre menor que a entrada do canal, limpeza da câmara pulpar com álcool 70% e radiografia final (Figura 11).
Na quarta etapa do tratamento, foi realizado o preparo da cavidade para adesão da fita de polietileno, a partir da conferência de espessura remanescente (Figura 12), aplicação do evidenciador de cárie Evicárie (Biodinâmica, Paraná, Brasil) (Figura 13), com o propósito de se detectar possíveis lesões de cárie, remoção de tecido cariado com broca de ponta diamantada 1014 (KG Sorensen, São Paulo, Brasil) em alta rotação, sob refrigeração. Após completa remoção da lesão foi realizada a profilaxia da cavidade com pedra pomes e água, usando a escova de Robinson (American Burrs). Em seguida, a superfície dentinária foi jateada com Jato de óxido de alumínio (Figura 14), a 1cm de distância, com duração de 10 segundos, seguido de limpeza, condicionamento total em esmalte com ácido fosfórico 37% (Ultradent, São Paulo, Brasil) por 30 segundos, aspiração com sugador endodôntico descartável,lavagem abundante com água por 60 segundos, secagem com jato de ar, osistema adesivo de condicionamento total de 3 passos Opti Bond FL (Kerr) foi utilizado, através da aplicação do primer por toda cavidade, com o auxílio de um aplicador descartável Brush Fine (KG Sorensen) de forma ativa, por um período de 20 segundos.
Após esse tempo, foi aplicado leve jato de ar para evaporação dos solventes, por aproximadamente 20 segundos. Seguido, foi realizado de forma uniforme, a aplicação do bond por toda cavidade, tomando cuidado com possíveis em poçamentos do adesivo, fotopolimerização por 40 segundos, blindagem do tratamento endodôntico com 1mm de Resina Grandioso Heavy Flow (Voco, São Paulo, Brasil) com o auxílio de uma sonda periodontal Carolina do Norte para facilitar escoamento correto da resina.
Em seguida, foram cronometrados 5 minutos em relógio para permitir a maturação da camada híbrida, fotoativação da resina flow para blindagem dos condutos. A base para o núcleo de preenchimento foi realizada com resina composta nano-híbrida Forma A3 (Ultradent, São Paulo, Brasil) em incrementos horizontais de 1 mm cada e em seguida foi incorporado à cavidade uma fita de fibra de polietileno de alta resistência com espessura de 3 mm (Ribbond, Oraltech, Paraná, Brasil) imersa em adesivo puro Magic Bond (Vigodente, Rio de Janeiro, Brasil), sobre a parede pulpar, unindo as paredes no sentido mesio-distal, então sucedida a fotoativação, inserção de incremento de resina sobre a região de cúspides vestibulares, acomodação de mais uma fita da fibra de polietileno essa com espessura de 6mm, unindo as paredes mesio-distal no sentido vertical e fotoativação. Para realizar a biobase, foi utilizada a resina composta nano-híbrida Forma A3D (Ultradent, São Paulo, Brasil) em incrementos horizontais de 1 mm cada (Figuras 15, 16 e 17).
Na quarta etapa do tratamento, foi realizado o preparo protético com ponta diamantada esférica 1012 e para término em chanfro, uso de brocas cilíndricas de extremidade cônica 3216 e 2214 (KG Sorensen, São Paulo, Brasil) em alta rotação, sob refrigeração. A quinta etapa, contou com a moldagem, a qual foi realizada com silicone de condensação Zetaplus (Zhemack SpA, Badia Polesine, Italy), através da técnica de dupla moldagem com pesada seguida da fluída. Depois, o molde foi vazado com gesso especial tipo IV Durone (Dentsply Sirona, São Paulo, SP, Brasil) para obtenção do modelo (Figura 18). Com o modelo em mãos, a restauração semi-direta foi então confeccionada com a resina composta nano-híbrida Forma A3D (Ultradent, São Paulo, Brasil) e Forma A3E (Ultradent, São Paulo, Brasil) na técnica incremental (Figura 19-20).
Em uma nova sessão, foi realizada a cimentação da peça e ajustes oclusais, a partir das seguintes etapas: fotografia inicial (Figura 20), anestesia do nervo alveolar inferior, bucal e lingual; isolamento absoluto de múltiplos dentes, com uso de grampo (Golgran, São Paulo, Brasil) no elemento 37; adaptação de lençol de borracha, Nictone (PHS Group, Joinville, SC, Brasil) e invaginação do lençol na face vestibular do elemento 36 para exposição da margem do preparo confeccionado anteriormente com fita teflon e adaptação de grampo b4 (Golgran) (Figura 21 e 22).
Inicialmente foi feita a profilaxia da cavidade com pedra pomes misturada em água com auxílio de uma escova de Robinson (American Burrs, Palhoça, SC, Brasil). Além do mais, condicionamento ácido total com ácido fosfórico 37% Condac (FGM, Dentscare LTDA, Joinville, SC, Brasil), do preparo foi realizado por 30 segundos, seguido da lavagem abundante com água/spray e secagem. Em seguida, o dente adjacente foi protegido com fita teflon (Senci, Santa Catarina, Brasil) e então realizado a aplicação do sistema adesivo Opti Bond FL (Kerr, Orange, CA, Estados Unidos), aplicação do primer com o auxílio de um aplicador descartável Brush Fine (KG Sorensen, São Paulo, Brasil) de forma ativa, por um período de 20 segundos, aplicação de aproximadamente 20 segundos de leve jato de ar para evaporação dos solventes, aplicação do bond por todo preparo, tomando cuidado com possíveis empoçamentos do adesivo, fotopolimerização por 40 segundos e aguardar cinco minutos cronometrados. A peça semi-direta também passou pelo condicionamento de ácido fosfórico 37% Condac (FGM, Dentscare LTDA, Joinville, SC, Brasil), aplicação do sistema adesivo OptiBond FL (Kerr, Orange, CA, Estados Unidos), aplicação do primer com o auxílio de um aplicador descartável Brush Fine (KG Sorensen, São Paulo, Brasil) de forma ativa, por um período de 20 segundos, aplicação de aproximadamente 20 segundos de leve jato de ar para evaporação dos solventes, aplicação do bond por todo preparo, tomando cuidado com possíveis empoçamentos do adesivo, fotopolimerização por 40 segundos e aguardar cinco minutos cronometrados.
Por fim, para a cimentação da peça (Figura 23) foi utilizada a Resina Tetric N-Flow (Ivoclar Vivadent, Tambore, Barueri – SP), realizou-se a aplicação da resina fluída sob a peça de forma homogênea e generosa, adaptação dessa peça sobre o preparo, remoção da resina em excesso com uso de um pincel descartável, fotopolimerização por 40 segundos. Em seguida, optou-se por realizar ajuste oclusal com a utilização do Kit de Pontas Diamantadas Grana Fina e Ultrafina FG (KG Sorensen, São Paulo, Brasil) o registro oclusal foi feito com papel carbono Accufilm (Parkell, New York, EUA), e onde foi devidamente marcado foram feitos desgastes para correta oclusão.
Para acabamento e polimento, foi utilizada a sequência de borrachas grossa, média e fina (American Burrs, Palhoça, SC, Brasil) e disco de lixa para acabamento proximal (TDV Dental, Santa Catarina, Brasil), Paciente retornou duas semanas após, para observar o polimento da restauração e manter acompanhamento para proservação. Ao ser finalizado o tratamento do elemento 36 foi realizada uma radiografia final (Figura 24).
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Devido a extensa perda de estrutura dental decorrente de lesões cariosas, traumatismo dentários, procedimentos restauradores, somado ao desgaste adicional dos procedimentos endodônticos, resultam em perda de suporte dentário, o que interfere no tipo de restauração a ser confeccionada. Logo, faz-se necessário a avaliação da necessidade da utilização de materiais de reforço que permitem a reabilitação do elemento de forma que o mesmo percorra em boca por mais tempo exercendo suas funções, principalmente, na fonação e mastigação (Costa et al., 2020).
Segundo os autores Singer, Fouda e Bourauel, (2023) para restaurar dentes posteriores e tratados endodônticamente preconiza-se a longevidade, baseando-se nos avanços da odontologia restauradora, a biomimética defende a realização de procedimentos e técnicas utilizando materiais assemelhados ao natural, consonantes com as propriedades estéticas e mecânicas da estrutura dental e não um material forte e duro.
De acordo com Oliveira et al., (2024), dentre os biomateriais que vem sendo cada vez mais empregado na odontologia restauradora, destaca-se as fibras de reforço, elas podem ser constituídas de diversos materiais: vidro, polietileno, carbono, e associação de fibras. As principais indicações para o uso das fibras de reforços, são: núcleos de preenchimento indireto, ferulização ortodôntica, prótese adesiva direta e indireta, entre outros.
Para Soares et al., (2023) a fibra de polietileno é um material de reforço de resina composta que pode ser usado para restaurar dentes estruturalmente comprometidos de forma biomimética.
Bahari et al., (2019) e Soares et al., (2023) relataram que as fibras de polietileno apresentam uma propriedade camaleônica, onde a fibra obtém a cor da resina na qual for acondicionada, apresenta, também, um padrão de arranjo de fios entrelaçados de forma tridimensional, que proporciona a esse material intertravamento, o que gera estabilidade, durabilidade e resistência a tensão, transferindo a tensão da força oclusal de forma mais uniforme e boa adaptação as paredes da cavidade dentária. Devido as características de maleabilidade, biocompatibilidade, adaptação ao remanescente dentário e a maior possibilidade de mimetização da estrutura dentária similar ao natural, a Fibra de Polietileno (Ribbond) tem sido um material bastante empregado na Odontologia reabilitadora (Bahari et al., 2019).
De acordo com Palma et al., (2021) a fita Ribbbond™ aumenta a resistência flexural e a tenacidade a fratura de restaurações de resina composta. Devido ao modelo da fibra, a força dissipada é distribuída de forma uniforme na trama e a propagação de trincas é impedida. Durante as forças oclusais, forças verticais geram forças laterais em direção às paredes cavitárias, e estas geram uma força de tensão através da parede pulpar que pode ser responsável pelo início da propagação das trincas. Caso a cavidade seja restaurada somente com resina composta, uma fratura pode acontecer em função da ausência intrínseca de tenacidade da resina composta.
Em um estudo realizado por Bahari et al., (2019) foram sintetizadas análises em pré-molares superiores, extraídos por razões ortodônticas, não possuindo cáries e outras alterações, mostrando que os sistemas FFP são mais apropriados do que inflexíveis sistemas metálicos devido a um coeficiente de elasticidade semelhante ao da dentina e melhor proteção da estrutura dentária remanescente.
Os pinos disponíveis na odontologia variam em formas, comprimentos, diâmetros e nos tipos de materiais que são confeccionados. Atualmente, existem várias opções de pinos intrarradiculares para utilização em dentes tratados endodonticamente, os quais podem ser divididos em dois grandes grupos: os personalizados/fundidos e os pré-fabricados (Araújo, Vasconcelos e Vasconcelos, 2021).
Segundo Araújo, Vasconcelos e Vasconcelos (2021), os pinos de fibra de vidro (PFV) apresentam várias vantagens significativas, como suas excelentes propriedades estéticas, que são crucialmente importantes na odontologia restauradora. Devido à sua translucidez, os pinos pré-fabricados de fibra de vidro (PFVs) são empregados nos dentes anteriores para suportar restaurações cerâmicas, melhorando os resultados estéticos e facilitando a polimerização dos materiais adesivos através da passagem de luz. Além disso, são fáceis de aplicar e têm baixo custo, sendo uma alternativa prática e econômica, pois dispensam a moldagem e a fase laboratorial, permitindo a cimentação em uma única sessão. As características biomecânicas dos PFVs também são vantajosas, já que possuem módulo de elasticidade e rigidez semelhantes aos da dentina, além de alta resistência ao impacto e à fadiga.
No entanto, de acordo com Lima et al., (2020), essas características são influenciadas por diversos fatores, como a orientação das fibras, a densidade de fibras por volume, a saturação das fibras na matriz resinosa e as propriedades individuais da matriz. A incorporação de fibras na matriz de resina aprimora suas propriedades mecânicas, como resistência à flexão, resistência à fadiga e rigidez. Apesar das várias vantagens dos PFVs, podem surgir problemas de adaptação quando inseridos em canais radiculares que sejam anatomicamente mais amplos, muito cônicos ou não circulares. Este aspecto pode afetar a resistência adesiva, pois uma camada excessivamente espessa de cimento ao redor do pino pode resultar em maior deslocamento e aumentar o risco de fraturas devido às forças mastigatórias. Camadas espessas de cimento também contribuem para maior contração volumétrica durante a polimerização, aumentam o estresse na interface cimento/dentina e propiciam a formação de bolhas, todos fatores que diminuem a resistência do cimento.
6. CONCLUSÃO
Com base nos resultados deste estudo de caso clínico, pode-se concluir que a utilização de fibra de polietileno em restaurações biomiméticas foi eficaz na resolução do caso clínico relatado. Esses achados destacam a eficácia e a relevância clínica das fibras de polietileno como uma opção promissora em procedimentos restauradores biomiméticos, oferecendo uma abordagem vantajosa para melhorar os resultados estéticos e funcionais em tratamentos odontológicos.
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1Acadêmica do curso de Odontologia do Centro Universitário São Lucas – Porto Velho. E-mail: vitoriaguerra3945@gmail.com;
2Acadêmico do Curso de Odontologia do Centro Universitário São Lucas – Porto Velho. E-mail: gabriel.g15gabriel@gmail.com;
3Acadêmica do curso de Odontologia do Centro Universitário São Lucas – Porto Velho. E-mail: anapaula-2008.2@hotmail.com;
4Acadêmico do Curso de Odontologia do Centro Universitário São Lucas – Porto Velho. E-mail: tiago.tmelo@outlook.com;
5Acadêmico do Curso de Odontologia do Centro Universitário São Lucas – Porto Velho. E-mail: dvdnegao@gmail.com;
6Professora de Periodontia do curso de Odontologia do Centro Universitário São Lucas – Porto Velho. E-mail: leslie.leite@saolucas.edu.br;
7Professora de Prótese Dentária do curso de Odontologia do Centro Universitário São Lucas – Porto Velho e Professora do curso de Pós-graduação em Dentística e Prótese SOEP – FACSete. E-mail: marcia.folly@saolucas.edu.br;
8Professora de Prótese Dentária do curso de Odontologia do Centro Universitário São Lucas – Porto Velho e Professora do curso de Pós-graduação em Dentística e Prótese SOEP – FACSete. E-mail: ilza.camargo@saolucas.edu.br;
9Orientador e Professor de Endodontia do curso de Odontologia do Centro Universitário São Lucas – Porto Velho e Professor do curso de Pós-graduação em Endodontia SOEP – FACSete. E-mail: joao.relvas@saolucas.edu.br