USO DA ESPIRONOLACTONA NO TRATAMENTO DA ACNES DA MULHER ADULTA (AMA) OCASIONADA PELA SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO – SOP

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202411041153


Hélio Henrique Santana Rocha
Júnia Aparecida Tolentino Silva
Lorrany Souza Santos
Orientadora: Profª Lorena Andrade


RESUMO

Este trabalho tem como objetivo analisar o uso da espironolactona no tratamento da acne da mulher adulta (AMA), particularmente quando associada à Síndrome do Ovário Policístico (SOP). A acne da mulher adulta é caracterizada pelo surgimento tardio de acne em mulheres com mais de 25 anos, geralmente ligada a desequilíbrios hormonais causados pelo hiperandrogenismo. A SOP, um distúrbio endócrino comum, eleva os níveis de andrógenos, como a testosterona, favorecendo o aumento da oleosidade da pele e, consequentemente, o surgimento de acne.

A espironolactona, um diurético que poupa potássio, mostra-se eficaz no tratamento da acne da mulher adulta devido à sua ação de antagonizar receptores androgênicos e inibir a enzima 5-alfa-redutase, reduzindo a produção de sebo e a inflamação associada à acne. Para o estudo, foi realizada uma revisão integrativa da literatura, examinando artigos publicados entre 2008 e 2024, além de dados de órgãos de saúde e monografias sobre o medicamento.

Os resultados destacam a espironolactona como uma opção terapêutica eficiente para mulheres adultas com SOP, proporcionando alívio de sintomas como oleosidade excessiva, hiperqueratinização e o aparecimento de novas lesões de acne. Embora o tratamento possa apresentar efeitos adversos, como hipercalemia e irregularidades menstruais, o acompanhamento médico adequado e a escolha de doses ajustadas asseguram a segurança e a eficácia da terapia.

ABSTRACT

This work aims to analyze the use of spironolactone in the treatment of acne in adult women (AMA), particularly when associated with Polycystic Ovary Syndrome (PCOS). AMA is characterized by the late onset of acne in women over 25 years of age, generally linked to hormonal imbalances caused by hyperandrogenism. PCOS, a common endocrine disorder, increases the levels of androgens, such as testosterone, favoring increased skin oiliness and, consequently, the appearance of acne.

Spironolactone, a potassium-sparing diuretic, is effective in treating AMA due to its action of antagonizing androgen receptors and inhibiting the 5-alpha-reductase enzyme, reducing sebum production and inflammation associated with acne. For the study, an integrative literature review was carried out, examining articles published between 2010 and 2024, in addition to data from health bodies and monographs on the medicine.

The results highlight spironolactone as an efficient therapeutic option for adult women with PCOS, providing relief from symptoms such as excessive oiliness, hyperkeratinization and the appearance of new acne lesions. Although the treatment may have adverse effects, such as hyperkalemia and menstrual irregularities, adequate medical monitoring and the choice of adjusted doses ensure the safety and effectiveness of the therapy.

Palavras-chave: Acne; Síndrome do ovário policístico; Tratamento; Espironolactona. 

1 INTRODUÇÃO 

A acne é uma doença cutânea comum, que causa espinhas e algumas anormalidades na face e em alguns casos, na parte superior do tronco. Existem vários fatores que podem causar essas lesões, tais como, a puberdade, uso de cosméticos de forma errada ou não características de sua pele, má alimentação e alterações hormonais que ocorrem na gestação ou ciclo menstrual.

A acne da mulher adulta (AMA), caracterizada pelo surgimento tardio de espinhas e inflamações na região da face, em mulheres que tenham mais de 25 anos, tem gerado bastante insatisfação e descontentamento, pois impacta significativamente na autoestima e estética da pele. (Santos et al., 2024). A patogênese da acne da mulher adulta está relacionada aos hormônios andrógenos circulantes, em associação à hereditariedade, estresse, exposição à ultravioleta e alimentação. O hiperandrogenismo é a principal etiologia do surgimento da AMA, muito comum em mulheres que apresentam diagnósticos de distúrbios hormonais, gerados pela Síndrome do Ovário Policístico (SOP).

A síndrome do ovário policístico é um distúrbio endócrino que afeta diretamente a homeostase, o equilíbrio entre os hormônios ovarianos e os andrógenos, ambos presentes no organismo feminino. A mulher diagnosticada com síndrome do ovário policístico (SOP), apresenta produção exacerbada de hormônios andrógenos, tais como, testosterona e dehidroepiandrosterona (S-DHEA). Esses mensageiros químicos exercem função estimuladora sobre as glândulas sebáceas da pele, o que leva ao aumento da oleosidade e intensificação do quadro acneico. Outros sintomas para a SOP são, atrasos incomum no ciclo menstrual, aumento do crescimento de pelo (hirsutismo), alopecia (quedas de cabelo), resistência à insulina, infertilidade e outros.

A espironolactona é um fármaco usualmente prescrito para o tratamento de hipertensão arterial, distúrbios relacionados a inchaços e ao acúmulo de líquido. Recentemente foram realizados estudos que demonstram a efetividade da espironolactona no tratamento da AMA, em mulheres que possuem diagnóstico para síndrome do ovário policístico – SOP. Estes estudos evidenciam que o uso da espironolactona é uma opção de tratamento eficaz, para casos em que os métodos convencionais não surtem resultados significativos aos pacientes. Seus efeitos são possíveis, devido ao papel antagonista que a espironolactona faz sobre os receptores andrógenos, que inibem a produção local de sebo pelas glândulas sebáceas, e assim faz decair o surgimento de novas acnes na face e parte superior do tronco. (Thiboutot et al., 2006).

Este artigo tem como objetivo fornecer informações a acerca do uso da espironolactona para tratamento da acne da mulher adulta (AMA), relacionada ao distúrbio hormonal causado pela síndrome do ovário policístico (SOP). Apesar de ser um fármaco da classe dos diuréticos poupadores de potássio, a espironolactona vem apresentando resultados bastante satisfatórios frente a inflamações e espinhas decorrentes da SOP. (Santos et al., 2024).

2 METODOLOGIA

     A metodologia adotada foi a revisão integrativa da literatura baseada em estudos publicados no período de 2008 a 2024, compilando dados das opiniões de diversos autores para análise de estudos relacionados ao uso da espironolactona no tratamento de acnes da mulher adulta (AMA) ocasionado pela síndrome do ovário policístico – SOP e sua utilização pelas mulheres adultas na faixa etária de 25 a 39 anos. O trabalho abordou dentre outros tópicos, como grau de inflamação acneica, diferentes causas para o surgimento da acne, principais efeitos colaterais, complicações e utilização correta.

   Foram utilizadas as bases de dados Lilacs, Scielo, Medline e PubMed identificados artigos publicados no período compreendido entre 2010 e 2024, que analisavam informações mais relevantes para esta revisão.

   Também foram consultados sites de órgãos governamentais específicos na utilização e divulgação, como Ministério da Saúde, SUS, Secretaria Estadual e Municipal de Saúde de vários estados e municípios, além da monografia do medicamento, dentre outros e autores especialistas na doença e prevenção da mesma.

As palavras-chave utilizadas para a busca foram: “espironolactona”, “acne em mulher adulta”, “síndrome do ovário policístico”, “spironolactone”, “adult female acne”, “polycystic ovary”. Os idiomas considerados foram o português e o inglês, porém, o objetivo enfocado é relativo ao Brasil.

      O critério de inclusão foi selecionar artigos e estudos que fizessem alusão ao uso da espironolactona no tratamento de acnes em mulheres adultas, a síndrome do ovário policístico e também suas complicações e a utilização dos mesmos, por mulheres adultas na faixa etária de 25 a 39 anos.

3 DESENVOLVIMENTO 

3.1 FISIOPATOLOGIA

No processo de desenvolvimento da acne são observados quatro fatores que levam a sua formação, sendo eles: hiperplasia sebácea, hiperqueratinização, proliferação bacteriana e o processo inflamatório. A hipersecreção sebácea é causada pelo aumento da produção de sebo pelas glândulas sebáceas. O sebo, juntamente com os lípides da queratinização, constituem o filme lipídico da face, cuja composição em um indivíduo normal é de aproximadamente 57,5% de triglicérides e ácidos graxos livres, 26% de ésteres de cera, 12% de escaleno, 3% de ésteres de colesterol e 1,5% de colesterol. (Costa; 2008). 

Segundo Costa, Alchorne e Goldschmidt (2008) os elementos que compõem o sebo, tais como, colesterol e seus ésteres são sintetizados pelas glândulas sebáceas da face. Enquanto que os ácidos graxos livres, são obtidos por meio de hidrólise dos triglicérides. Os ácidos graxos que compõem os ácidos graxos livres e os triglicérides são, principalmente, o C14:0, C14:89, C16:0, C16:1, C18:0 e C18:1. 

O processo de produção do sebo ocorre por meio da metabolização dos hormônios andrógenos, principalmente a testosterona, feita pela enzima 5-alfa-redutase presentes nos queratinócitos e nas glândulas sebáceas. Essa enzima é responsável por converter a testosterona, em dihidrotestosterona (DHT), um andrógeno mais potente, que elevará o aumento da produção de sebo na face. (Santos; Carneiro; Reis; Beróm, 2022). 

O sebo produzido de forma exacerbada pelas glândulas sebáceas, exerce papel retentor sobre os corneócitos (células mortas da epiderme), retendo-os por mais tempo que o normal, como resultado o processo de descamação e renovação natural da pele se torna menos eficiente, ficando prejudicado. A deficiência na descamação e o aumento na quantidade de corneócitos na camada córnea da epiderme é denominado de hiperqueratinização.

A hiperqueratinização como já é sabido, está diretamente ligado ao aumento do quantitativo de corneócitos na epiderme, esses por sua vez, são células anucleadas, achatadas e ricas em queratina, que se ligam entre si, por meio de lipídios epidérmicos, capaz de criar uma barreira protetora que se descamam continuamente. 

Ao passo que se observa, a junção entre a produção de sebo em excesso e a hiperqueratinização, ocasionados pelo desequilíbrio hormonal andrógeno, especialmente a testosterona, observa-se um ambiente extremamente favorável para a instalação de acnes e proliferação bacteriana. A bactéria comumente relacionada a acne, é a “Propionibacterium acnes (P. acnes) um bacilo gram-positivo, anaeróbio facultativo, do tipo difteroide, não formador de esporos, encontrado predominantemente nos folículos pilosos.” (NEVES, 2015, P. 27). Esse microorganismo é encontrado preferencialmente em regiões com alta produção de sebo, e é a principal bactéria envolvida na patogênese da acne, com presença confirmada no estrato córneo e nas unidades pilossebáceas.

É sabido, que a síndrome do ovário policístico tem papel fundamental no aumento dos níveis de hormônios andrógenos no corpo da mulher, gerando uma série de desequilíbrios hormonais. Em resposta a essas alterações hormonais, sinais clínicos de oleosidade na face e hiperqueratinização são comuns em pacientes portadores da síndrome do ovário policístico, além de outros sintomas observáveis como; crescimento em excesso de pelos faciais e corporais e obesidade.

Como mencionado anteriormente, as alterações de oleosidade e hiperqueratinização, além de promover o surgimento de acnes, também prejudica a barreira protetora da epiderme, mantida pelo ácido linoleico. (Costa; Alchorne; Goldschmidt, 2008). “Sendo um ácido graxo essencial, o ácido linoleico tem importante papel na manutenção da função de barreira epidérmica, modulação do metabolismo eicosanoico e dos sinais celulares”. (COSTA; ALCHORNE; GOLDSCHMIDT, 2008, P. 453).

Alterações na barreira protetora da face, possibilita a penetração de substâncias pró-inflamatórios e microrganismos patogênicos, promovendo infecção e inflamação. A fragilidade apresentada na barreira de proteção em pacientes que têm quadrados acneicos, possibilita a passagem de substâncias irritantes do lúmen glandular para o interior da epiderme, o que dá início ao processo inflamatório na região. (Costa; Alchorne; Goldschmidt, 2008).

A etapa subsequente da proliferação bacteriana é o processo inflamatório, que se instala na região mediada por fatores quimiotáticos e mediadores pró-inflamatórios. 

3.2 MECANISMO DE AÇÃO DA ESPIRONOLACTONA  

A espironolactona é um medicamento prescrito para diversas causas terapêuticas, seu potencial farmacológico abrange diversas especialidades, mesmo pertencendo a classe dos diuréticos poupadores de potássio. Seus efeitos são possíveis por meio do papel antagonista que exerce sobre os receptores de aldosterona, localizados principalmente dos rins. Este fármaco tem como principal função combater problemas relacionados à insuficiência cardíaca, diminuindo a pressão arterial.

Ainda exercendo papel antagonista bloqueador, a espironolactona apresenta bons efeitos farmacológicos sobre os receptores andrógenos, responsáveis pelo controle da secreção de sebo, diretamente ligado ao surgimento de acnes. Estudos realizados, relatam resultados positivos sobre o controle e tratamento de acnes causada pela síndrome do ovário policístico, diminuindo seu surgimento e incidência.

Hormônios endógenos são fundamentais para o equilíbrio e o funcionamento do corpo. A testosterona, dihidrotestosterona (DHT) e a deidroepiandrosterona (DHEA), são substâncias químicas altamente especializadas, produzidas pelos ovários e pela glândula suprarrenal.  São por natureza mensageiros químicos, desempenham diversas funções cruciais que  incluem, a regulação do ciclo menstrual, manutenção da saúde óssea, determinação da libido e o bem-estar emocional. Em casos específicos, onde há um desequilíbrio quantitativo hormonal, como que acontece na síndrome do ovário policístico, essa desproporção acaba gerando prejuízos à saúde da paciente. 

Atualmente existem diversos métodos para o tratamento da acne na mulher adulta, a espironolactona passou a ser muito utilizada para o tratamento da acne ocasionada pela síndrome do ovário policístico, especialmente contra os efeitos gerados pelo hormônio andrógeno testosterona. O mecanismo de ação da  espironolactona possibilita tais efeitos, pois o fármaco antagonista andrógeno, age bloqueando os receptores andrógenos da testosterona, além de inibir a enzima 5α-redutase, responsável pela conversão da testosterona em dihidrotestosterona DHT. Esses dois mecanismos de ação farmacológica, possibilitam a diminuição dos sintomas clínicos comumente observados; a oleosidade da face, hiperqueratinização  e diminuição do quadro acneico. 

A inibição da 5α-redutase é particularmente relevante no contexto da síndrome do ovário policístico, pois as pacientes diagnosticadas com a síndrome, apresentam níveis elevados de desequilíbrio hormonal andrógenos (testosterona, dihidrotestosterona (DHT) e a deidroepiandrosterona (DHEA). A redução da dihidrotestosterona (DHT) contribui para a melhoria do quadro acneico e o aparecimento de pele em excesso, observados em mulheres tratadas com espironolactona (Dunaif et al., 2019; Kauffman et al.,).

A posologia mensurada da espironolactona, para o tratamento da acne ocasionada pela síndrome do ovário policístico, deve estar entre 25 mg a 200 mg por dia, sendo levada em consideração a gravidade do quadro acneico da paciente e sua condição clínica. Em geral, as doses iniciais tendem a ser entre 50 mg a 100 mg por dia, tornando-se eficazes na maioria dos casos. (Saúde Teu, 2024). Importante ressaltar que a adesão ao tratamento é fundamental, mesmo não observando melhora dos sintomas nos primeiros dias de administração, pois os efeitos do fármaco apresentado começam a ser manifestados a partir da quarta semana de tratamento, podendo se estender até a oitava. É essencial o acompanhamento médico durante todo o tratamento. (MD Saúde, 2024).

Por fim, a espironolactona representa um avanço significativo na terapia hormonal para mulheres com a síndrome do ovário policístico, oferecendo uma abordagem alternativa e eficaz para a redução dos níveis de andrógenos e melhora dos sintomas associados. Sua ação múltipla que inibe a ação da enzima 5α-redutase e o bloqueio dos receptores androgênicos, torna a espironolactona uma escolha valiosa no manejo da acne adulta ocasionada pela síndrome do ovário policístico. 

3.3 EFEITOS ADVERSOS DA ESPIRONOLACTONA  

     A espironolactona é um medicamento utilizado como diurético para eliminar o excesso de secreções e líquidos no corpo e ao mesmo tempo poupar o potássio. Como é sabido, a SOP Síndrome do Ovário Policístico causa um distúrbio hormonal nas mulheres fazendo com que tenha um aumento na queda de cabelo, crescimento indesejado de pelos e até mesmo o aumento de oleosidade e acnes. Nesse tratamento, algumas mulheres com as síndrome do ovário policístico chegam a fazer o uso de anticoncepcionais que tem na sua composição a drospirenona que é uma fórmula derivada da espironolactona, mesmo ao fazerem o uso desses anticoncepcionais, relatam ainda sofrem desses sintomas. Portanto, fica de espontânea vontade do médico responsável pelo paciente querer associar o anticoncepcional com a espironolactona para assim diminuir a queda de cabelo e a oleosidade da pele.

Esses sintomas causados pela síndrome do ovário policístico são conhecidos como sintomas androgênicos que estão relacionados a ação dos andrógenos, que são hormônios como a testosterona, em caso das mulheres esses sintomas podem variar dependendo da idade. A espironolactona atua como anti androgênico, bloqueando então esses sintomas nas mulheres porque reduz os níveis de andrógenos. É importante mencionar que o uso deste medicamento deve ser sempre orientado por um profissional da saúde, justamente por suas características apresentarem prós e contras aos pacientes.

     Por se tratar de um medicamento que altera os hormônios, a espironolactona apresenta diversos efeitos colaterais ao paciente, por isso é necessário a introdução de doses baixas e todo o acompanhamento com o profissional qualificado. Um dos principais efeitos é quanto aos níveis de potássio o que pode levar ao paciente um quadro de hipercalemia que pode ser perigosa se não houver monitoramento, além disso, outros efeitos que podem ocorrer são, irregularidade no ciclo menstrual, algumas mulheres apresentarem fadiga ou fraqueza, náuseas e vômitos também é muito comum, a diminuição da libido, e é importante destacar que o paciente sempre deve monitorar a sua função renal, já que a espironolactona retém todo o potássio e excretar grandes quantidades de sódio e água.

     Diante todas as análises, é sempre bom antes de iniciar o tratamento, o médico discutir todos os potenciais riscos e benefícios com a paciente, pois a abordagem pode variar de acordo com os sintomas e as necessidades individuais de cada paciente. No geral, o tratamento se mostrou eficaz uma vez que a paciente segue todo o tratamento de forma correta, fazendo o monitoramento de perto com o profissional ali disposto por ela, se o benefício se sobressair aos riscos de determinado paciente, vale a pena seguir com o tratamento.

CONSIDERAÇÕES FINAIS 

O presente estudo buscou analisar o uso da espironolactona por pacientes mulheres adultas com síndrome do ovário policístico que sofrem com acnes. Pode-se observar que a espironolactona em alguns casos foi utilizada como primeira opção de tratamento, porém na maioria dos casos, era tida como segunda opção após tentativa de tratamento com antibióticos e anticoncepcionais. O uso da espironolactona apresentou-se eficaz para o tratamento da acne da mulher adulta, tanto em monoterapia quanto em associação a outros medicamentos, apresentando efeitos melhores e eficazes com seu uso prolongado.

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