USO DA CETAMINA COMO ESCOLHA NO TRATAMENTO EM ADULTOS E IDOSOS COM DEPRESSÃO RESISTENTE AO TRATAMENTO

USE OF KETAMINE AS A TREATMENT CHOICE IN ADULTS AND ELDERLY PEOPLE WITH TREATMENT-RESISTANT DEPRESSION

USO DE KETAMINA COMO OPCIÓN DE TRATAMIENTO EN ADULTOS Y PERSONAS MAYORES CON DEPRESIÓN RESISTENTE AL TRATAMENTO

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202410251716


Guilherme Pelissari Vieira1; Isadora Goldbaum Calil Lopes1; Amanda Letícia Rainieri1; Renato Daniel Ramalho Cardoso2; Paula Souza Lage3


RESUMO

Introdução: Cada vez mais, em uma frequência aumentada, os idosos vem sendo diagnosticados com transtorno depressivo, o que torna essa questão alarmante, pois os afeta diretamente na qualidade de vida e capacidade funcional. Além desses aspectos, essa situação aumenta o risco de morbimortalidade. Para tratar esse tipo de transtorno depressivo, podem ser utilizados antidepressivos, isoladamente ou em combinação com outros medicamentos. Existem atualmente várias classes de antidepressivos, mas, no caso de pacientes com transtornos de humor, a resposta aos antidepressivos comuns pode ser insatisfatória. Estudos indicam que uma alternativa relevante para o tratamento da depressão resistente (DR) é o uso da cetamina. Objetivo: reunir e analisar informações sobre a abordagem farmacológica da cetamina no tratamento da depressão resistente em idosos. Metodologia: Foram avaliados artigos publicados em revistas indexadas nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO), National Library of Medicine/NLM (MEDLINE) e National Library of Medicine/NLM (PUBMED), além de sites oficiais como o Ministério da Saúde do Brasil e a Organização Mundial da Saúde, no período de 2014 a 2024. Resultados: após a finalização da fase de coleta de dados, foram identificados 29 artigos relevantes para a análise do tema proposto. Discussão: Com base nos resultados obtidos e nos objetivos desta revisão, é possível ressaltar os aspectos mais relevantes para o tema em questão. Assim, observou-se uma resposta positiva à depressão resistente ao tratamento (DRT) em pacientes que foram tratados com cetamina. Conclusão: O uso de cetamina em pacientes com transtorno depressivo demonstra efeitos antidepressivos rápidos e duradouros, sendo considerada uma alternativa viável de tratamento.

Palavras chave: Cetamina, Depressão, Idosos

ABSTRACT

Introduction: Increasingly, there has been a rise in the diagnosis of depressive disorders among the elderly, making this issue alarming as it directly affects their quality of life and functional capacity. In addition to these aspects, this situation increases the risk of morbidity and mortality. Antidepressants, either alone or in combination with other medications, can be used to treat this type of depressive disorder. Currently, there are several classes of antidepressants available, but in the case of patients with mood disorders, the response to common antidepressants may be unsatisfactory. Studies indicate that a relevant alternative for treating resistant depression (RD) is the use of ketamine. Objective: To gather and analyze information on the pharmacological approach of ketamine in the treatment of resistant depression in the elderly. Methodology: Articles published in indexed journals in the Scientific Electronic Library Online (SCIELO), National Library of Medicine/NLM (MEDLINE), and National Library of Medicine/NLM (PUBMED) databases were evaluated, in addition to official sites such as the Ministry of Health of Brazil and the World Health Organization, covering the period from 2014 to 2024. Results: After completing the data collection phase, 29 relevant articles were identified for analysis of the proposed theme. Discussion: Based on the results obtained and the objectives of this review, it is possible to highlight the most relevant aspects of the topic in question. Thus, a positive response to treatment-resistant depression (TRD) was observed in patients treated with ketamine. Conclusion: The use of ketamine in patients with depressive disorders demonstrates rapid and lasting antidepressant effects, making it a viable treatment alternative.

Keywords: Ketamine, Depression, Elderly

RESUMEN

Introducción: Cada vez más, se está diagnosticando un aumento en los trastornos depresivos entre los ancianos, lo que convierte esta cuestión en una alarma, ya que afecta directamente su calidad de vida y capacidad funcional. Además de estos aspectos, esta situación incrementa el riesgo de morbimortalidad. Para tratar este tipo de trastorno depresivo, se pueden utilizar antidepresivos, ya sea de forma aislada o en combinación con otros medicamentos. Actualmente existen varias clases de antidepresivos, pero en el caso de los pacientes con trastornos del ánimo, la respuesta a los antidepresivos comunes puede ser insatisfactoria. Los estudios indican que una alternativa relevante para el tratamiento de la depresión resistente (DR) es el uso de la cetamina. Objetivo: reunir y analizar información sobre el enfoque farmacológico de la cetamina en el tratamiento de la depresión resistente en ancianos. Metodología: Se evaluaron artículos publicados en revistas indexadas en las bases de datos Scientific Electronic Library Online (SCIELO), National Library of Medicine/NLM (MEDLINE) y National Library of Medicine/NLM (PUBMED), además de sitios oficiales como el Ministerio de Salud de Brasil y la Organización Mundial de la Salud, en el período de 2014 a 2024. Resultados: tras la finalización de la fase de recopilación de datos, se identificaron 29 artículos relevantes para el análisis del tema propuesto. Discusión: Con base en los resultados obtenidos y los objetivos de esta revisión, es posible resaltar los aspectos más relevantes del tema en cuestión. Así, se observó una respuesta positiva a la depresión resistente al tratamiento (DRT) en pacientes tratados con cetamina. Conclusión: El uso de cetamina en pacientes con trastornos depresivos demuestra efectos antidepresivos rápidos y duraderos, considerándose una alternativa viable de tratamiento.

Palabras clave: Ketamina, Depresión, Personas mayores

1. INTRODUÇÃO

A forma dinâmica e progressiva como acontece o envelhecimento, faz com que haja diversas mudanças funcionais, psicológicas, fisiológicas bioquímicas  e morfológicas. Desta forma, a capacidade de resposta e recuperação deste indivíduo torna-se significativamente reduzida, quando colocado diante de agentes estressores e de adaptação ao meio. Isso traz ao indivíduo uma maior vulnerabilidade e sucessão a doenças, lesões, incapacidades e morte [1]. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 2022, o Brasil apresenta uma população de idosos de 32.113.490, sendo que 17.887.737 (55,7%) eram mulheres e 14.225.753 (44,3%) eram homens [2]. A depressão é considerada uma questão de saúde pública, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), onde globalmente, esta patologia acomete cerca de 5% dos adultos [3]. Olhando para o quadro brasileiro, o ônus causado por essa enfermidade situa-se em 4º lugar, sendo este relativo a 4,4% dos custos despendidos com todas as doenças durante a vida. Levando em conta a incapacitação acumulada ao longo da vida, ela ocupa o primeiro lugar (11,9%), caracterizada por transtornos de humor. Isso é seguido por uma redução progressiva no interesse por atividades sociais, irritação, apatia, diminuição da sensação de prazer, pessimismo e alterações no sono e no apetite [4]. Cada vez mais, em uma frequência aumentada, os idosos vem sendo diagnosticados com transtorno depressivo, o que torna essa questão alarmante, pois os afeta diretamente na qualidade de vida e capacidade funcional. Esta faixa etária, dada a sua maior vulnerabilidade, traz consigo diversos tipos de problemas que podem afetar sua saúde mental. Dado isto, o olhar dos profissionais de saúde deve sempre abranger tal condição, de forma a avaliar as possibilidades de tratamento e controle dos sintomas [5]. A incidência de depressão para esta faixa etária gira em torno de 3 a 11%, sendo que, a ocorrência de algum transtorno psiquiátrico pode chegar a 50% de idoso que estejam em Instituições de Longa Permanência. Considerando a depressão como a causa raiz de eventos de suicídio, os idosos são o grupo mais acometido, já que, em sua maioria, a primeira manifestação da depressão não foi diagnosticada e, consequentemente, não tratada [6]. A hipótese monoaminérgica da depressão tem sido usada como base biológica para explicar os transtornos depressivos. Essa hipótese sugere que a hipoatividade de uma ou mais das três monoaminas—dopamina, noradrenalina e serotonina (DA, NA e 5HT)—é uma disfunção presente nos transtornos depressivos. Para reduzir os sintomas associados a essa disfunção e melhorar a eficiência do processamento de informações, recomenda-se a estimulação de uma ou mais dessas monoaminas em áreas específicas do cérebro [7]. Ainda há uma demora significativa na obtenção de uma resposta clínica, especialmente em pacientes com depressão grave, o que gera dificuldades no tratamento e pode resultar em ideação suicida [8]. Um transtorno depressivo de grande relevância entre os tipos conhecidos é a depressão resistente ao tratamento (DRT). Ela é caracterizada pela falta de resposta a dois ou mais tratamentos com monoterapia de antidepressivos ou pela ausência de resposta a quatro ou mais tentativas de diferentes terapias antidepressivas [9]. Nos últimos anos, percebeu-se a ação antidepressiva de um conhecido anestésico, inclusive em casos resistentes [10, 11, 12]. A cetamina, originalmente utilizada como anestésico e, em menor proporção, como analgésico, foi descoberta na década de 1960. Anos depois, foi evidenciado que ela atua como antagonista dos receptores de glutamato/aspartato (receptores N-metil-D-aspartato ou NMDA), sendo o glutamato um neurotransmissor essencial na modulação de diversas atividades cerebrais [13]. Dada essa descoberta, inúmeras novas pesquisas foram iniciadas com este fármaco para entender seu potencial de regulação neuronal em transtornos mentais, oferecendo uma alternativa ao tratamento da DRT. Em doses baixas, a cetamina mostrou um efeito antidepressivo rápido, o que levou à aprovação de sua comercialização pela Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos em 2019 [12]. Nesse contexto, considerando que a depressão é um problema de saúde pública com alta incidência entre os idosos e buscando uma alternativa ao tratamento convencional por meio do uso de cetamina, esta revisão integrativa teve como objetivo reunir e analisar informações sobre a abordagem terapêutica farmacológica da cetamina para esse grupo.

2. METODOLOGIA

Este artigo foi elaborado a partir de uma revisão integrativa da literatura. Para isso, foram identificados artigos publicados em revistas indexadas nas seguintes bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SCIELO), National Library of Medicine/NLM (MEDLINE) e National Library of Medicine/NLM (PUBMED). Também foram utilizados dados de fontes oficiais, como o Ministério da Saúde do Brasil e a Organização Mundial da Saúde. Na primeira etapa do estudo, foram buscados os seguintes descritores em artigos nacionais e internacionais nos idiomas português e inglês: depressão, depressão resistente, idosos, cetamina, insônia, depression, resistant depression, elderly e ketamine. Na segunda etapa, foram avaliados os títulos e resumos dos artigos encontrados para definir sua inclusão ou exclusão com base nos critérios descritos a seguir. Para a inclusão do artigo, foram adotados os seguintes critérios: estudos realizados por meio de revisões, meta-análises e ensaios clínicos controlados, aplicados a adultos e idosos, publicados entre 2014 e 2024. Para exclusão do artigo, foram utilizados os seguintes critérios: estudos em animais ou que envolvessem crianças e adolescentes e, também, estudos com baixo rigor metodológico. Para garantir a relevância e qualidade dos estudos selecionados este artigo valeu-se destes critérios estabelecidos, de forma que a revisão de literatura tivesse maior grau de validade e confiabilidade em seus resultados. Após a inclusão dos artigos baseados nos critérios supracitados e que havia relação ao tema proposto, os textos foram integralmente lidos, interpretados e tiveram suas principais informações sintetizadas. Todos os artigos utilizados foram de livre acesso.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Como resultado da metodologia aplicada foram identificados 294 artigos sendo selecionados 29 textos para avaliação. Foi elaborada a Tabela 1 para sintetizar e esclarecer as principais informações dos artigos, destacando elementos essenciais como autor e ano de publicação, objetivos, resultados e conclusões.

Tabela 1. Síntese dos trabalhos encontrados relacionando depressão resistente ao tratamento e uso da cetamina

Atualmente, existem várias opções de tratamento, tanto farmacológicas quanto não farmacológicas, para a depressão. Entre elas, estão os antidepressivos, a terapia eletroconvulsiva e a psicoterapia. No entanto, apesar da diversidade de terapias disponíveis, muitos pacientes não conseguem completar seu tratamento [26]. Existem limitações significativas para os atuais medicamentos prescritos para os tratamentos antidepressivos. Estas incluem um atraso significativo no início da ação terapêutica (semanas a meses) e aproximadamente um terço dos pacientes com transtorno depressivo maior não apresentam uma resposta adequada. Para indivíduos com depressão, especialmente com ideação suicida, esses atrasos de tempo e resistência podem ser extremamente prejudiciais [27]. Crescentes evidências indicam que o anestésico dissociativo cetamina tem o potencial de superar essas limitações, demonstrando rápidos efeitos antidepressivos e antissuicidas, mesmo em pacientes resistentes ao tratamento [27, 28]. Foi proposto que os efeitos da cetamina são mediados principalmente pelo antagonismo do receptor NMDA, resultando na desinibição das células piramidais e em um aumento agudo de glutamato cortical, com efeitos posteriores na sinopatogênese e vias neuroplásticas [28]. No entanto, os processos moleculares e celulares subjacentes aos efeitos antidepressivos da cetamina ainda não estão claros e as evidências sugerem que outros mecanismos além da inibição do receptor NMDA desempenham um papel mais crucial nos efeitos antidepressivos da cetamina, seus componentes enantiômeros e metabólitos [26]. “Com base nos estudos analisados, a eficácia da cetamina no tratamento da depressão resistente está bem documentada devido à sua rápida e robusta ação antidepressiva [28, 29]. Medicamentos à base de cetamina oferecem uma nova esperança terapêutica para aqueles que não obtiveram resultados efetivos com antidepressivos convencionais.

4. CONCLUSÕES

Com base nas informações apresentadas, é possível concluir que a depressão é um problema de saúde pública que tem aumentado de maneira significativa, especialmente entre os idosos. O tratamento farmacológico com cetamina demonstrou resultados positivos na melhora da Depressão Refratária ao Tratamento e contribuiu para a redução da ideação suicida nesses casos, apresentando poucos efeitos adversos. Contudo, é fundamental realizar mais pesquisas para avaliar sua eficácia a longo prazo na população idosa.

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1Pós-Graduando em Psiquiatria pelo Hospital Vida- Londrina, Paraná, Brasil.

2Doutor pelo Programa de Pós-graduação em Patologia Experimental pela Universidade Estadual de Londrina – UEL; Paraná, Brasil.

3Doutora pelo Programa de Pós- Graduação em Ciências da Saúde: Infectologia e Medicina Tropical, Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais/UFMG, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.