UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA DOS EFEITOS DA POSTURA SENTADA NA SAÚDE OCUPACIONAL

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202505101954


Victor Hugo dos Santos¹
Maria Terezinha Silva Neta²


Resumo

A adoção da postura sentada por um longo período provoca uma sobrecarga na estrutura corporal do trabalhador, impactando negativamente seu desempenho e ocasionando o surgimento de dores em diferentes regiões. Este estudo consiste em uma revisão bibliográfica que investiga os efeitos da postura sentada em trabalhadores de escritório que utilizam computadores como a principal ferramenta de trabalho. O objetivo principal é analisar as consequências da postura sentada para a saúde física, bem como as intervenções ergonômicas necessárias para minimizar os riscos de acidentes e proporcionar uma condição de trabalho com segurança, conforto e bem-estar. A metodologia trata-se de uma abordagem qualitativa descritiva, com a coleta de nove artigos científicos em bases de dados como Google Acadêmico, Portal de Periódicos CAPES, Scielo e Lilacs, selecionados mediante critérios no marco temporal dos últimos 20 anos, visto a promulgação da Instrução Normativa DC/INSS n.° 98, selecionando somente artigos em idioma português. Os resultados apontaram uma associação entre a postura sentada prolongada e o surgimento de algias como lombalgia, cervicalgia, distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho e lesões por esforço repetitivo, exacerbados pela postura inadequada, mobiliários inadequados e a não conformidade com as normas regulamentadoras que tratam da ergonomia. Diante disso, torna-se necessário o emprego de medidas técnicas como a adequação do conjunto de mobiliário às normas vigentes e às características antropométricas do usuário, programas de treinamento e palestras para conscientização dos colaboradores quanto à utilização dos equipamentos e das condições posturais corretas, além do desenvolvimento da ginástica laboral pelos colaboradores para o fortalecimento muscular, melhora da postura, prevenção de lesões, combater o sedentarismo e promover uma qualidade de vida melhor.

Palavras – chave: Ergonomia. Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. Postura inadequada. Risco ocupacional.

Introdução

O ambiente de trabalho passou por grandes mudanças nos últimos anos, tornando-se mais moderno e essencialmente voltado para à adaptação das necessidades das atividades profissionais. Essa preferência está associada à maior sensação de conforto, à menor demanda energética e à diminuição da oscilação postural durante as tarefas. No entanto, embora essa postura apresente algumas vantagens, como a facilitação do trabalho técnico e cognitivo, a permanência prolongada na posição sentada pode ocasionar consequências prejudiciais à saúde do trabalhador (MARQUES; HALLAL; GONÇALVES, 2010; SOARES et al., 2023).

Ao longo dos anos, aliado ao crescimento da população e seu grande poder de consumo, tem-se impulsionado uma significativa expansão do setor de serviços. Esse aumento da demanda em diversos setores da economia gerou uma preocupação quanto à saúde, segurança, conforto e bem-estar do trabalhador, que é peça fundamental na produção da empresa, sendo essencial o bom desempenho nas suas atividades. A adoção de boas práticas ergonômicas é fundamental para prevenir doenças ocupacionais e acidentes de trabalho, além de contribuir para uma maior eficiência nas atividades laborais (VITORINO et al., 2021).

Com o aumento da demanda no setor de serviços, muitas dessas atividades são realizadas em escritórios, onde os trabalhadores passam grande parte do tempo na postura sentada, além de que, em alguns casos, essa postura é estendida no período do pós-trabalho, em que as pessoas ficam sentadas no ônibus no trajeto do trabalho para casa, nas escolas ou faculdades. No contexto da saúde ocupacional, existem determinações que definem para uma boa ou má postura. Para Lida (2005, p.164), uma boa postura é importante para a realização do trabalho sem desconforto e estresse. Já a má postura combinada com os movimentos repetitivos e mobiliário inadequado dificulta a vida do trabalhador, podendo levar ao desenvolvimento de patologias (RODRIGUES; AMORIM, 2021).

A combinação da má postura com a inadequação do mobiliário, juntamente com a repetição de movimentos, entre outros fatores, é determinantes no estado clínico dos funcionários. Visto que, ao longo do tempo o conjunto desses elementos gera uma sobrecarga ao trabalhador, desencadeando queixas e sérios problemas de saúde, como distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT), lesões por esforço repetitivos (LER), estresse psicológico, sedentarismo e dores crônicas (SOUZA; FILHO, 2017). Causando um impacto direto na qualidade de vida dos colaboradores e um aumento da taxa de absenteísmo. A ergonomia tem o papel importante em definir diretrizes para otimizar as condições de trabalho ao ser humano.

As intervenções ergonômicas possibilitam a realização das atividades em perfeita harmonia, melhorando o ambiente e diminuindo os riscos, proporcionando conforto, segurança e bem-estar (FERREIRA, 2018).

Diante disso, este estudo tem como objetivo uma análise crítica dos efeitos da postura sentada por tempo prolongado em atividades no escritório com a utilização do computador como ferramenta de trabalho, enfatizando as principais consequências do trabalho na postura sentada para a saúde do trabalhador e a importância de intervenções ergonômicas adequadas.

Metodologia 

O presente estudo tem uma abordagem descritiva qualitativa, a qual se desenvolve uma pesquisa bibliográfica, a partir de referências teóricas coletados em artigos, disponibilizado em plataformas de pesquisas como Google acadêmico, Scielo Brasil, Lilacs, Periódicos Capes e Elsevier, utilizando palavras-chave como postura sentada, ergonomia e escritório. A seleção dos trabalhos direcionou-se a publicações com um marco temporal dos últimos 20 anos. Visto a Instrução normativa DC/INSS 98, de 05/12/2003 que aprova a Norma técnica sobre Lesões por Esforço Repetitivos – LER ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho – DORT (Brasil, 2003).

A seleção dos artigos seguiu critérios de confiabilidade das fontes e alinhamento com os objetivos do estudo. Como critério para inclusão, foram selecionados artigos que tivessem como metodologias explicitamente baseadas em estudos de casos e pesquisa de campo que avaliou a postura sentada de profissionais em ambientes de escritórios que fizesse o uso de computador como ferramenta de trabalho, estudos na língua portuguesa, excluindo trabalhos de revisão bibliográfica.

As fases percorridas para a seleção dos artigos incluíram três etapas. Primeiramente, realizou-se a busca nas bases de dados eletrônicos. Em seguida, pela leitura dos títulos, leitura dos resumos, metodologia e conclusão e, em caso de concordância com os objetivos da revisão, a leitura integral dos estudos para inclusão final na revisão.

Para a análise dos dados coletados, os artigos científicos foram identificados numa planilha Excel, versão 2016, conforme as similaridades das consequências ao corpo humano no trabalho realizado na postura sentada em escritórios. Sendo agrupados em três categorias: 1) Postura e as causas da má postura nos funcionários; 2) a influência do mobiliário e de suas adequações técnicas na saúde ocupacional dos trabalhadores submetidos a longas horas de atividade laboral na postura sentada em escritório; 3) Tronco inferior (Lombar), as dores lombares como efeitos da postura inadequada. Por fim, será feito a discussão e conclusão através dos pontos de convergência e divergência levantados.

Resultados e discussão

Ao revisitar as informações sobre os impactos da postura sentada prolongada durante atividades de escritório que envolva o uso de computador, torna-se evidente a importância do tema. A parir daí foram identificados 9 artigos nas bases de dados consultadas que abordavam a ergonomia no trabalho e os efeitos da postura sentada no corpo humano, segundo os critérios de inclusão. A seguir são apresentadas quatro tabelas contendo informações dos trabalhos incluídos na presente pesquisa, em ordem do ano de publicação e posteriormente discutido de modo a proporcionar o alcance dos objetivos propostos.

Quanto às características desses artigos, dos 9 trabalhos selecionados, 5 artigos são do tipo estudo de caso e 4 de pesquisa de campo. Na maior parte dos casos, estudos de revisão compilam estudos originais em intervenções e são aplicadas com o objetivo de investigar seus efeitos (NEDEL; DA SILVEIRA, 2016).

As tabelas apresentam os principais resultados de cada estudo, conforme os autores, amostra, ano de publicação e título do artigo. A tabela 1 apresenta quais artigos dos 9 selecionados que apresenta características dos estudos conforme a categoria postura inadequada.

Tabela 1 – Características dos estudos conforme a categoria postura inadequada

Fonte: elaborado pelo autor

Já a tabela 2 aborda dois estudos relativos à lombalgia e os fatores propensos ao seu surgimento. Ambos os estudos utilizam da mesma ferramenta de pesquisa questionário Roland-Morris.

Tabela 2 – Características dos estudos conforme a categoria Lombalgia

Fonte: elaborado pelo autor

O conjunto de mobiliário ergonômico e em perfeito estado de qualidade é primordial para o trabalhador no desenvolvimento da sua atividade, proporcionando segurança e conforto. Foram selecionados quatro artigos que abordam a conformidade dos mobiliários e os riscos apresentados.

Tabela 3 – Características dos estudos conforme a categoria mobiliário

Fonte: elaborado pelo autor

Postura inadequada

Os estudos analisados nestas revisões (BOSI et al., 2006a; BRITO; PULZATTO, 2015a; CHIRINDZA; DUARTE, 2022a; NASCIMENTO; ROEVER; SANTOS, 2012a, 2012b; OLIVEIRA; LEMOS; SILVA, 2021; PIZZO et al., 2017a; SAMPAIO; BATISTA, 2021; SILVA; JUVÊNCIO, 2004a; SILVA; NETO, 2016a, 2016b), apontam consistentemente para a correlação direta entre a postura sentada por longos períodos e o surgimento de algias, como lombalgia, cervicalgia, além de distúrbios osteomusculares relacionado ao trabalho (DORT) e lesões por esforços repetitivos (LER).

Sendo alguns fatores predominante para elevação dos riscos como a postura de sedestação incorreta (BOSI et al., 2006a; BRITO; PULZATTO, 2015a; CHIRINDZA; DUARTE, 2022a; NASCIMENTO; ROEVER; SANTOS, 2012a; OLIVEIRA; LEMOS; SILVA, 2021; SAMPAIO; BATISTA, 2021; SILVA; JUVÊNCIO, 2004a; SILVA; NETO, 2016b), movimentos repetitivos (BRITO; PULZATTO, 2015a; SILVA; JUVÊNCIO, 2004a), layout inadequado do ambiente de trabalho (SAMPAIO; BATISTA, 2021; SILVA; JUVÊNCIO, 2004a), equipamentos e acessórios (mobiliários) inapropriado ergonomicamente (BRITO; PULZATTO, 2015b; CHIRINDZA; DUARTE, 2022a; PIZZO et al., 2017b; SAMPAIO; BATISTA, 2021), estresse e fadiga (BRITO; PULZATTO, 2015b; SILVA; NETO, 2016a). Além de fatores de riscos psicossociais (SAMPAIO; BATISTA, 2021). Tendo a necessidade da adequação do ambiente de trabalho, a ergonomia.

Conforme destacado por Nascimento; Roever e Santos (2012), a postura sentada de maneira incorreta por tempo prolongado promove a algias na região cervical e intensificada quanto aos movimentos da cabeça flexionado para frente. Os autores realizaram a pesquisa com dez colaboradores, na qual se queixaram de desconforto muscular na região cervical, mais conhecida como cervicalgia. Para isso, foi utilizada a ergonomia de conscientização e a técnica de Jones, aplicada com o objetivo de proporcionar o relaxamento de grupos musculares, atenuar os quadros de dores e desconfortos, principalmente em membros superiores. A técnica de Jones, utilizada no estudo, demonstrou uma abordagem viável para o alívio da tensão muscular, promovendo o relaxamento e a diminuição das dores musculoesqueléticas. Obtendo um êxito em 90% dos colaboradores, informando uma diminuição no quadro de dor. Sendo que os resultados apresentaram uma relevância estatística, com destaque para os domínios relacionados à dor e aos aspectos físicos.

Por fim, os resultados apresentados do estudo destacam a importância de uma abordagem preventiva da ergonomia de conscientização. Para Lida (2016, p.18), “a ergonomia da conscientização procura capacitar os próprios trabalhadores para a identificação e correção dos problemas do dia a dia ou aqueles emergenciais.” Da mesma maneira, educar os colaboradores conforme as normas e procedimentos ergonômicos do ambiente de trabalho. Por meio de treinamentos da maneira adequada de se comportar no ambiente de trabalho, da percepção postural, do uso correto de ferramentas e equipamentos, além de cursos e palestras com o intuito de promover o conhecimento. Os autores Rothstein et al. (2013) definem que “o conhecimento adquirido pode levar à mudança de hábitos e, como consequência, melhora na qualidade de vida devido à prevenção de lesões e acidentes.” Sendo confirmado em suas pesquisas com 328 colaboradores, tendo um impacto positivo na conscientização e compreensão dos colaboradores em relação às ações de saúde e segurança no ambiente laboral, após a aplicação da ergonomia de conscientização.

Sampaio e Batista (2021) realizaram uma pesquisa em uma empresa de direito privado na cidade de Manaus, envolvendo 42 colaboradores, com o objetivo de identificar irregularidades do domínio postural. A análise abrangeu os setores de triagem, cálculo, recurso e ADM, evidenciando 14 irregularidades nos postos de trabalho relacionadas à postura dos pés, cabeça, braços, antebraços, lombar e joelhos. Foram identificadas também oito irregularidades no domínio de sentar, três irregularidades no layout e nas condições ambientais, e 15 irregularidades no domínio do equipamento no posto de trabalho. Entre os problemas destacam-se: cadeiras que não possuem um encosto ajustável e reclinável com ajuste de altura, suporte de antebraço sem a superfície almofadada, nivelamento dos monitores desregulados, teclados sem suporte para pulso e apoio de antebraço, não há suporte para documentos, alguns pontos não possuem iluminação suficiente em paralelo à superfície de trabalho e ao monitor. Essas inadequações, somadas à falta de conscientização dos trabalhadores e aliadas à falta de investimento por parte da empresa em equipamentos ergonômicos e em estratégias que promovam boas práticas posturais, resultam no surgimento de dores e em fatores de riscos psicossociais.

Silva e Juvêncio (2004) afirmam em sua pesquisa quanto à consciência da percepção postural dos trabalhadores no seu cotidiano. Em um estudo realizado com 46 funcionários, os resultados apresentados apontam uma diferença de valores percentual entre homens e mulheres. Nos homens, 60,71% consideram sua postura “às vezes boa”, 17,86% “sempre boa” e 21,43% “raramente boa”. Já as mulheres, 38,89% ponderam sua postura como “às vezes boa”, 11,11% “sempre boa”, 27,78% “raramente boa” e 22,22% como “nunca boa”. Esses dados determinam que a maioria dos participantes, e de ambos os sexos, percebe que sua postura é influenciada diretamente por suas atividades laborais e cotidianas. Tal cenário predispõe, assim, os trabalhadores, a desenvolver um distúrbio osteomusculares relacionado ao trabalho (DORT) ou lesões por esforços repetitivos (LER), frequentemente associadas a práticas posturais incorretas, falta de adequação ergonômica e movimentos repetitivos.

As irregularidades apresentadas nos postos de trabalho, como mobiliários inadequados, falta de equipamentos e materiais ergonômicos estão diretamente ligados a práticas de postura incorretas, levando ao risco de LER/DORT. Portanto, sendo necessário a adoção de medidas que melhoram as condições posturais dos trabalhadores, mas que também promova a conscientização e educação postural, além de mobiliários, materiais e equipamentos ergonomicamente adequados. Para auxiliar nesse processo, a figura 1 apresenta um exemplo de postura correta no ambiente de trabalho, destacando o alinhamento do corpo em relação ao mobiliário e equipamento.

Figura 1 – Dimensionamento do conjunto de mobiliário para uma condição postural adequada

Fonte: (CARTER; BANISTER, 1994 apud LIDA; GUIMARÃES, 2016, p. 322)

O dimensionamento correto dos mobiliários e equipamentos, dentro dos padrões ergonômicos estabelecidos, são essenciais para a manutenção correta da postura do trabalhador. A NR-17 trata da ergonomia e condições do trabalho para poder oferecer maior conforto e segurança ao trabalhador e existem as normas brasileiras regulamentadoras (NBR), que tratam rigorosamente das diretrizes técnicas a serem empregadas no desenvolvimento dos mobiliários e equipamentos. Específicos para móveis de escritórios como armários (NBR 13961/2010), cadeiras (NBR 13962/2018), mesas (NBR 13966/2008), móveis para teleatendimento, call center e telemarketing (NBR 15786/2010), respeitando as necessidades físicas do usuário.

Já os autores Brito e Pulzatto (2015) observaram que a postura sentada por tempo prolongado contribui para o surgimento de dores ao longo da coluna, elevando uma pressão intensificada sobre os discos intervertebrais, e a ausência de movimentação do corpo gera um estresse nos ligamentos paravertebrais. Conforme os autores, os resultados indicam que as regiões frequentemente afetadas por dores são a coluna vertebral, incluindo costas, nuca e região lombar. E os membros superiores, como ombro, cotovelo, antebraço, punho e mão. Portanto, é necessário a adoção de medidas como regulagem dos mobiliários e sua correta utilização, conforme as normas brasileiras apresentadas.

De forma semelhante, Chirindza e Duarte (2022) acrescentaram em sua pesquisa com 58 indivíduos realizado no escritório de uma empresa de segurança privada que a postura incorreta no trabalho contribui significativamente para o distúrbios músculo-esqueléticos (DME), sendo relatado por 89,7% dos pesquisados. A regiões que houve maior incidência de queixas foram região cervical (84,5%), região lombar (74,4%), punho e mão (65,5%), região torácica (44,8%) e nos cotovelos (29,3%). Com maior ocorrência na faixa etária de 31 a 40 anos. Onde a postura inadequada está relacionada ao estado do mobiliário e sua regulagem.

Corroborando aos autores anterior, Bosi et al. (2006) afirmam em suas pesquisas que a maior incidência de sintomatologia dolorosa está localizada na coluna vertebral, principalmente na cervical, sendo destacado em 80% dos casos na coluna cervical, dorsal e lombar. Efeitos da postura sentada por tempo prolongado, postura inadequada empregada pelos funcionários e excesso de carga de trabalho. Os mesmos autores identificaram que dos 20 funcionários que participaram da pesquisa e em relação ao turno do dia, 100% não apresentaram sintomas de dor no início da jornada, elevando para 40% no meio da jornada e 100% de complicações dolorosas no encerramento do expediente. Um fato importante a ser observada e que ao logo do dia e com o desenvolvimento das atividades o corpo vai sobrecarregando e apontando dores em regiões específicas. Da sintomatologia relatada foram abordados dores de cabeça, formigamento, dor, dor irradiada, queimação, crepitação, pontada, fadiga, calor local e edema respectivamente.

A informatização do trabalho exige do corpo posturas dinâmicas, durante o tempo em que o corpo permanece estáticos e por um longo período, como membros inferiores e coluna vertebral, outras, como membros superiores, executam movimentos repetitivos e de modo constante, impedindo a recuperação adequada dos tecidos e das estruturas fisiológicas ligada a manutenção postural. Quando a atividade laboral é realizada diariamente e por um longo período de horas, aumenta-se significativamente o risco do desenvolvimento de lesões musculoesqueléticas. Diante disso, torna-se imprescindível o uso de variações posturais ao longo da jornada de trabalho, alternando entre a posição sentada e em pé, inclinando o corpo para frente e recliná-lo para trás, a fim de minimizar os impactos negativos (COURY, 1993).

Em contraponto, os autores Silva e Neto (2016) identificaram que a postura sentada, seja ela de maneira correta ou incorreta e mantida por um longo período, ocasiona o surgimento de dores lombares, conhecido como lombalgia. E assim, sua causa está associada a fatores como sedentarismo, sexo, idade, entre outros.

Lombalgia

A lombalgia é uma condição clínica comum em trabalhadores de escritório, principalmente entre aqueles que exercem suas atividades em estado de sedestação por longos períodos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia (2017), lombalgia é a dor que ocorre na região lombar inferior. Trata-se de um problema extremamente comum, sendo a segunda causa mais frequente de consultas médicas.

Dos dois estudos selecionados para discussão, ambos utilizaram o questionário Roland-Morris para avaliar a incapacidade funcional e a dor lombar ao desenvolver suas atividades diárias. No primeiro artigo, Silva e Neto (2016) realizaram seus estudos com 52 indivíduos, encontrando uma alta prevalência de dor lombar, correspondendo a 83% e uma incapacidade leve de 81% nos pesquisados. O que corrobora com Oliveria; Lemos e Silva (2021), que em sua pesquisa realizada com seis trabalhadores encontrou que 83,33% relataram dores lombares. Ambos destacam que a lombalgia ocupacional está diretamente relacionada à posição de sedestação prolongada, elevando uma sobrecarga na coluna lombar, podendo gerar uma incapacidade temporária.

Além disso, Silva e Neto (2016) acrescentam que 29% dos pesquisados mudam de posição constantemente para deixar as costas mais confortáveis. Enquanto Oliveira; Lemos e Silva (2021), quatro dos seis entrevistados mudam de posição para aliviar a coluna, sendo que 16,66% procuraram um profissional médico e 66,67% expressaram alguma dor lombar na última semana anterior à pesquisa, sem registro de afastamento de trabalho no último ano. Portanto, a lombalgia acarreta um impacto significativo na qualidade de vida e capacidade funcional do trabalhador, provocando fraqueza muscular, dor e encurtamento na amplitude de movimento. Tendo a necessidade de medidas preventivas, como a adequação dos mobiliários e a prática de ginástica laboral, essenciais para reduzir a dor lombar nessa população. Guimarães et al. (2011) encontrou resultados semelhantes com 45 analistas de sistema de uma empresa pública federal de desenvolvimento de software, em que as regiões com maior incidência de dor foram a coluna lombar, com 71%, seguido da coluna cervical.

A partir da análise dos estudos pode-se concluir que a lombar é uma das regiões mais afetada por dores músculos esqueléticos, efeitos da sobrecarga, inadequações do ambiente de trabalho, postura sentada por um longo período, sedentarismo, adoção de postura incorreta, mobiliários inapropriados e fora dos padrões ergonômicos entre outros.

Mobiliário

O mobiliário e equipamentos auxiliares são peças fundamentais na configuração dos postos de trabalho, seu impacto vai além do conforto imediato, influenciando diretamente a saúde física e psicossocial, eficiência operacional e evitando doenças ocupacionais. Em ambiente de trabalho como escritório, especialmente por envolver atividades repetitivas e por um longo período de sedestação, a escolha e o ajuste correto do mobiliário são fundamentais para garantir a saúde, bem-estar e o rendimento dos funcionários (RODRIGUES; AMORIM, 2021).

Quatro artigos foram selecionados para análise das condições do mobiliário, dentro dos parâmetros ergonomicamente preestabelecidos e suas consequências ao corpo humano quando não atendidas esses padrões, conforme indicado na tabela 3.

Chirindza e Duarte (2022b) em seus estudos sobre as condições dos conjuntos mobiliários, encontraram diversas divergências dos padrões ergonômicos estabelecidos. Das condições das mesas e superfícies de trabalho, foram identificados que 86,2% do material é acomodado sem criar empecilhos para o utilizador e 13,8% não estão em conformidade com o ambiente, gerando um acúmulo de materiais e desorganização. Um ambiente de trabalho organizado é essencial à segurança do trabalhador, pois reduz o risco de acidentes, como tropeções em objetos espalhados e queda de material. No mesmo ambiente, foram identificados que 62% do material de trabalho está sobre o alcance do trabalhador, enquanto em 38% o colaborador precisa se movimentar para apanhar. Manter o ambiente em perfeita harmonia gera um aumento da produtividade, logo que o tempo de procura por documentos e informações se torna mais ágil. Já o tampo da mesa apresenta uma conformidade em 89,7% dos casos com uma comodidade para movimentação das pernas de 10,3% não conformidade.

No mesmo estudo, foram levantados sobre as condições das cadeiras, sendo altura das cadeiras, apoio de braço, encosto da cadeira e revestimento, estando em conformidade 75,9%, 67,2%, 87,9% e 89,7% respectivamente. Os dados apresentados mostram que a maioria das cadeiras está em conformidade com os padrões ergonômicos, porém se faz necessário melhorias, especialmente no apoio de braço. Investir em cadeiras que atendam aos padrões ergonômicos pode trazer benefícios significativos para a saúde e conforto do trabalhador, além do aumento da produtividade e redução de afastamento do trabalho relacionados a problemas com a postura (BARROSO; GALVÃO, 2015; DIAS; VERGANI, 2017).

Foram observadas as condições dos computadores, onde 58,6% não possuíam mecanismo de ajuste da altura e 41,40% em conformidade, permitindo que a cabeça do colaborador se mantenha em paralelo e na mesma altura do monitor. Contudo, os dados apresentaram uma discrepância no posicionamento dos monitores em relação ao usuário, apenas 10,3% estavam em conformidade e 89,7% apresentavam distância maior ou menor, e o teclado 5,2% em conformidade e 94,8% posicionam de forma incorreta, ocasionando o alongamento dos braços ou a flexão do cotovelo. Correspondendo a uma queixa de distúrbios músculos esqueléticos em 29,3% nos cotovelos e 44,8% nos ombros.

O trabalho com computador exige dos funcionários longas horas de postura estática, elevando uma pressão sobre a coluna cervical e membros superiores. Além do movimento de digitação que, por seu alto nível de repetição, pode ocasionar a LER. Assim, sendo útil a adoção de procedimentos para prevenção de distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho e lesões por esforço repetitivo.

Quadro 1 – Recomendações ergonômicas para prevenção de DORT/LER

Fonte: LIDA, GUIMARÃES (2016)

Os autores Brito e Pulzatto (2015b), avaliaram 24 postos de trabalhado os definindo como excelentes, bons, razoáveis ou ruins. Sendo a mesa em suas condições ergonômicas 30% boas, 45% razoáveis e 25% ruins. Cadeiras 21% excelentes, 41,5% boas, 25% razoáveis e 12,5 ruins. Monitores de computador 8% boas e 92% razoáveis. Os mesmos ressaltam em seus estudos que a avaliação e apenas da qualidade do mobiliário e sua aplicabilidade. Pois não basta o colaborador receber um equipamento de última geração e não ter consciência da sua correta utilização.

Pizzo et al.(2017b), em seu estudo realizado com uma funcionária do setor financeiro em uma indústria moveleira. Observando a mesa, cadeira, monitor, mouse, teclado, além do layout, iluminação, ventilação e nível de ruído. Apresentou desconformidades nos conjuntos de mobiliários, como: cadeira que não atende as recomendações ergonômicas mesmo a planta dos pés se apoiando totalmente no solo, sem regulagem do monitor, bancada da mesa fora dos padrões exigido pela NBR 13966, superfície de trabalho fora dos padrões exigidos. O que corrobora com Sampaio e Batista (2021) que encontraram em suas pesquisas inconformidades nos mobiliários, sendo as cadeiras que não possuem encosto ajustável de altura, suporte de antebraço sem superfície almofadada, teclados sem suporte para pulso e apoio de antebraço, monitores desnivelados, o mouse usado sem apoio do mouse pad com apoio de gel, alguns postos de trabalho não possuem fonte de luz recomendada pela NBR 8998-1/2013 e sem o suporte de apoio dos pés.  

Portanto, é necessário a adoção de medidas como regulagem dos mobiliários e sua correta utilização. A norma regulamentadora 17, no seu item 17.6.1:

O conjunto de mobiliário de posto de trabalho deve apresentar regulagens em um ou mais de seus elementos que permitam adaptá-lo às características antropométricas que atendam aos conjuntos dos trabalhadores envolvidos e à natureza do trabalho a ser desenvolvido.

Essas regulagens se compreendem como ajuste de altura, ajuste de posição, inclinação e distância do equipamento em relação ao corpo, devem ser adotadas nos mobiliários do escritório como mesa, cadeira, computador, armário, apoio de pés, etc. Permitindo a adaptação do mobiliário as características antropométricas de cada trabalhador e ao tipo de trabalho a ser desenvolvido. As NBRs apresentadas no quadro abaixo indicam os parâmetros necessários para um mobiliário ergonômico de escritório, ideal para proporcionar conforto e segurança aos colaboradores.

Quadro 2 – Especificações dos mobiliários conforme as normas brasileiras.

Fonte 1:Adaptado de ABNT NBR 13961 (2010), NBR 13962 (2018), NBR 13966 (2008) e NBR 8995 (2013).

O conjunto de mobiliário compreende outros equipamentos necessários à sua adequação para fornecer ao trabalhador uma atividade segura e com conforto, como o computador, mouse, teclado e apoio para os pés, sendo previamente delimitados na NR-17. O computador e o teclado devem estar apoiados na superfície do tampo da mesa, com o monitor de vídeo alinhado à altura dos olhos do usuário, ambos com mecanismo de regulagem. O mouse ergonômico alinhado com o teclado e de fácil alcance, a fim de proporcionar maior conforto ao usuário e minimizar tensões musculares durante seu uso, auxiliando na prevenção de lesões por esforço repetitivo (LER), ocasionado pela sua intensa utilização. No trabalho realizado na postura sentada, a planta dos pés deve estar posicionada sobre a superfície. Quando essa condição não é atendida, se faz necessário a utilização do apoio para os pés com regulagem de altura.

Desta forma, a adequação do conjunto de mobiliários no ambiente de trabalho atendendo aos preceitos da NBRs (como identificado no quadro 2) e o cumprimento das diretrizes da NR-17, não só promove o conforte e segurança ao trabalhador, mas também contribui para o desenvolvimento da atividade de forma ágil, eficaz e condiciona a um ambiente mais organizado e produtivo.

Conclusão

Esta revisão teve como objetivo analisar os efeitos da postura sentada por tempo prolongado na saúde ocupacional, com o principal foco em trabalhadores que desenvolva suas atividades laborais em escritório utilizando computadores como a principal ferramenta de trabalho. Os resultados evidenciaram que a manutenção da postura sentada por tempo prolongado está propriamente associada ao surgimento de distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT), lesões por esforço repetitivo (LER), lombalgia, cervicalgia, dores em membros inferiores e consequentemente dos fatores psicossociais. Além disto, as inadequações dos mobiliários e a falta de conscientização postural do trabalhador foram levantadas como circunstância agravante negativamente a produtividade e qualidade de vida dos trabalhadores.

A colaboração desta pesquisa consiste em evidências científicas que corroboram a necessidade da adequação da NR-17 e das normas brasileiras correlatadas no ambiente de trabalho, principalmente em escritórios. Ao identificar e agrupar estudos que abordam desde a inadequação dos mobiliários até as condições posturais, oferecendo uma visão abrangente dos riscos associados à postura sentada por tempo prolongado. Portanto, a pesquisa sugere medidas técnicas e práticas, como a adequação do conjunto de mobiliário as características antropométricas do usuário. A prática da ginástica laboral pelos colaboradores, a fim de, evitar o sedentarismo e promover uma qualidade de vida saudável e uma melhor flexibilidade e adequação corporal ao ambiente de trabalho reduzindo assim a incidência de DORT/LER e melhorando a produtividade. A implementação de programas de conscientização postural do trabalhador, como curso, treinamento e palestras, sendo tais medidas adotadas pelas empresas de forma a promover à saúde e o bem-estar dos colaboradores.

Entretanto, esta pesquisa apresenta limitações, pois a maioria dos estudos analisados foi realizada em ambientes de escritório, o que não aborda outros setores onde a postura sentada para atividade laboral prevalece. O que sugere para pesquisas futuras o uso de estudos longitudinais sobre os efeitos da postura sentada prolongada, especialmente em diferentes setores. Além disso, investigar a eficácia das intervenções ergonômicas nos diversos setores organizacionais. Esses estudos são de suma importância para fornecer uma compreensão dos impactos negativos e positivos, afim de promover uma melhoria contínua do ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.

Referências bibliográficas

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