UMA ANÁLISE DO POEMA SAMBINHA, DE MÁRIO DE ANDRADE, NA PERSPECTIVA DA SEMIÓTICA CULTURAL E SUA APLICABILIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10011887


Elzilene Carvalho Brito1
Luanny Gonçalves
Lúcia Tainan


Resumo

Este trabalho intenciona envidar pelos vieses que abrangem a crítica semiótica do texto literário de vertente cultural atrelado a uma análise do poema Sambinha, de Mário de Andrade com a proposta de aplicabilidade no ensino básico, na turma do 6º ano do ensino fundamental anos finais. O estudo foi ancorado nos preceitos teóricos de Lotman (1979), Machado (2007), entre outros que contribuíram nesta abordagem. A discussão aqui disposta é, somente, um ensaio acerca das possibilidades interpretativas das quais engendram a leitura, uma vez que o texto não se limita em suas palavras, todavia, se esvai por um mar de signos sem dimensão.

Palavras-chaves: Análise. Semiótica cultural. Poema. Aplicabilidade.

INTRODUÇÃO

É importante chamar a atenção para o fato de a leitura do material escrito fazer parte de um processo de significação, não se restringindo ao simples ato de decodificar os signos linguísticos, mas no alcance do respeito mútuo entre autor/leitor/contexto. Para Antunes (2003), a leitura do texto escrito é uma atividade de acesso ao conhecimento produzido, ao prazer estético e, ainda, uma atividade de acesso às especificidades da escrita. Nesse sentido, este artigo objetiva envidar pelos vieses que abrangem a crítica semiótica do texto literário de vertente cultural atrelado a uma análise do poema Sambinha, de Mário de Andrade com a proposta de aplicabilidade no ensino básico.

Partindo desse princípio, a escolha do objeto de análise surgiu pela necessidade em elucidar, cada vez mais, a função do texto em sala de aula, desvencilhando-o de leituras superficiais das quais priorizam os aspectos intralinguísticos e marginalizam

o campo de significação contido na materialidade. Nesse viés, o aporte teórico como: Lotman (1979), Machado (2007), Sodré (1998), entre outros contribui, de forma substancial, nesta tessitura para que a visão acerca do texto literário seja transpassada pelo teor holístico, uma vez que a linguagem, enquanto “célula mater”, vislumbra uma extensão interpretativa em suas múltiplas facetas.

Este artigo foi distribuído em três seções. A primeira discorreu por uma discussão teórica acerca do objeto (poema – Sambinha), com o intuito de fundamentar a análise apresentada. Já a segunda seção debruçou-se na análise do poema pautada nas teorias articuladas na seção anterior e a última seção sustentou-se nos parâmetros da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para demonstrar de que forma os documentos oficiais cobram a literatura e suas interfaces no contexto escolar, tomando como público-alvo os alunos do 6º ano. Por fim, este artigo dispõe de elocubrações das quais possam instigar o leitor a ressignificar sua visão acerca do texto.

UM OLHAR TEÓRICO SINTÉTICO NA PERSPECTIVA DA SEMIÓTICA CULTURAL

A abordagem semiótica é um mecanismo substancial no processo educativo da língua portuguesa, uma vez que o texto e todo o seu campo linguístico não se limita aos aspectos subjacentes da língua, mas, principalmente, às suas interfaces. Dessa maneira:

Lotman via como possível o estudo semiótico de toda a cultura, desde que fosse considerada como ‘informação’: “A compreensão da cultura como informação determina alguns métodos de pesquisa. Ela permite examinar tanto etapas isoladas da cultura como todo o conjunto de fatos históricoculturais na qualidade de uma espécie de texto aberto, e aplicar em seu estudo métodos gerais da Semiótica e da Lingüística estrutural”. (LOTMAN, 1979a, p. 32)

A partir desse viés, a perspectiva da semiótica sob as interfaces da cultura reafirma a visão dicotômica entre sincronia e diacronia da teoria saussuriana. Nesse sentido, Lotman apresenta uma discussão contrária em que considera relevante o estudo diacrônico e dos elementos extratextuais. Considerando tais aspectos, Lotman, também, sugere que a semiótica cultural deva estar atrelada a dois conceitos dispostos por Saussure: a langue e a parole.

[…] a realidade empírica de uma dada cultura (um texto cultural específico) corresponde, nessa perspectiva, ao nível da fala/mensagem, ao passo que o sistema de uma cultura, teoricamente reconstruído, corresponde ao nível da língua/código. Lotman tende a equiparar o nível da língua àquilo que denomina de estruturas extratextuais. (LOTMAN, 1979a, p. 32).

Isso, segundo Lotman, permitirá uma “hierarquia de códigos historicamente formada” da qual implicará “à autoconsciência social, à organização das coletividades e à auto-organização da personalidade”. Dessa forma, o suporte dado pela teoria da semiótica cultural para esta proposta foi indispensável à construção de uma materialidade pautada nos âmbitos culturais que evidenciam o que ratifica Lotman (1979) ao destacar que: “a consciência humana é linguística e/ou semiótica e que, consequentemente, “todos os aspectos dos modelos sobrepostos à consciência […]”.

OBJETO DE ANÁLISE – SAMBINHA (MÁRIO DE ANDRADE)

Vêm duas costureirinhas pela rua das Palmeiras.
Afobadas, braços dados, depressinha,
Bonitas, Senhor! que até dão vontade pros homens da rua.
As costureirinhas vão explorando perigos…
Vestido é de seda.
Roupa-branca é de morim.

Falando conversas fiadas
As duas costureirinhas passam por mim.
– Você vai?
– Não vou não!
Parece que a rua parou pra escutá-las.
Nem os trilhos sapecas
Jogam mais bondes um pro outro.
E o sol da tardinha de abril
Espia entre as pálpebras crespas de duas nuvens.
As nuvens são vermelhas.
A tardinha é cor-de-rosa.

Fiquei querendo bem aquelas duas costureirinhas…
Fizeram-me peito batendo
Tão bonitas, tão modernas, tão brasileiras!
Isto é…
Uma era ítalo-brasileira.
Outra era áfrico-brasileira.
Uma era branca.
Outra era preta.

ANDRADE, Mário de. Contos e Poemas. São Paulo: Expressão Popular, 2017. P.125-126.

ANÁLISE DO POEMA SAMBINHA, DE MÁRIO DE ANDRADE

Mário de Andrade é um dos principais nomes da primeira geração modernista, suas obras são marcadas pela valorização e cultura brasileira. O poema “sambinha”, objeto desta análise, refulge essas marcas, bem como põe em destaque questões necessárias e relevantes à discussão. Na tessitura, as evidências culturais percorrem por elementos característicos da sociedade brasileira, uma vez que revelam comportamentos dos quais reproduzem pautas tais como; machismo, ancestralidade, racismo etc. Temas esses que reverberam na configuração artístico-cultural do país. A análise a seguir será apresentada em partes.

SAMBINHA

Vêm duas costureirinhas pela rua das Palmeiras.
Afobadas, braços dados, depressinha,
Bonitas, Senhor! que até dão vontade pros homens da rua.
As costureirinhas vão explorando perigos…
Vestido é de seda.
Roupa-branca é de morim.

A simbologia afro-negra, discorrida por Sodré (1998), percorre o poema de Andrade, especialmente no título. O samba, por muito, ocupou espaços considerados, muitas vezes, ínfimo na sociedade. Por ancorar raízes africanas, carrega em seus traços a expressão de resistência da população negra.

“Sambinha” exprime em um “tecido” sutil a potencialidade que reverte cada verso. Não é um samba, é um sambinha, delicado, atraente, versátil, um gingado que embala a passagem performática das costureirinhas, captada pela voz poética. O “vai e vem” das personagens desperta interesse a quem as observa, como uma passista na avenida, gracejosa e imponente, deixando as marcas expressivas de suas pegadas que fincam desejos nos olhos que a apreciam.

A semiosfera presente no poema, caracterizada pela linguagem cultural, de acordo com Machado (2007), modela a cultura do samba registrada na musicalidade e alegorias. Para Machado:

Para a abordagem semiótica, trata-se da constituição de sistemas de signos que, mesmo marcados pela diversidade apresentam-se inter-relacionados num mesmo espaço cultural, estabelecendo entre si diferentes diálogos graças aos quais o choque se transforma em encontro gerador de novos signos. (MACHADO, 2007, p.11)

Isso é notável na construção poética de Andrade (2017), em que os signos refletem a negritude e africanidade contidas no texto. A partir dessas questões, o envolvimento nos versos que ritma o molejo do samba no “andar apressado, depressinha” das costureirinhas reflete a peculiaridade desse gênero, bem como sua importância e contribuição à cultura, arte e literatura.

– Você vai?
– Não vou não!
Parece que a rua parou pra escutá-las.
Nem os trilhos sapecas
Jogam mais bondes um pro outro.
E o sol da tardinha de abril
Espia entre as pálpebras crespas de duas nuvens.
As nuvens são vermelhas.
À tardinha é cor-de-rosa.

Para Lotman (1979), na abordagem semiótica da cultura, a linguagem pode ser definida como qualquer sistema de signos que sirva à comunicação e à produção de cultura, no mais amplo sentido do termo.

As cores entregam uma subjetividade de informações que através do significado tornam-se mais definidos em sua apresentação significativa no poema de Mario de Andrade, o passear das costureirinhas sob as nuvens vermelhas, que remetem à sedução do andar que chama atenção na tardinha cor-de-rosa.

As cores podem produzir impressões, sensações e reflexos sensoriais de grande importância, porque cada uma delas tem uma vibração determinada em nossos sentidos e pode atuar como estimulante ou perturbador na emoção, na consciência e em nossos impulsos e desejos. (SOUZA, 2006, p.92)

Nesse contexto, por meio da metáfora, a voz poética retrata o olhar observador e curioso do sambista, uma vez que esse caminha pelo subúrbio e se depara com a beleza estonteante dessas mulheres, valendo-se da volúpia de apreciar tal momento.

Fiquei querendo bem aquelas duas costureirinhas…
Fizeram-me peito batendo
Tão bonitas, tão modernas, tão brasileiras!
Isto é…
Uma era ítalo-brasileira.
Outra era áfrico-brasileira.
Uma era branca.
Outra era preta.

Ao passo que suas andanças pelas ruas lhe fizeram observar as belas costureirinhas nos seus afazeres diários, diversidades estavam diante de seus olhos, tanta beleza lhe fizeram o coração acelerar num ritmo intenso de samba. Suspiros, arrancaram do seu coração com o desenhar perfeito que a sombra do sol faz ao se por. Samba, sambinha alteridade, diversidade é roda viva da cultura brasileira, passos curtos, rebolados, andar no ritmo do samba, sexualizar como a batida do coração, isso é samba e samba é cultura, é patrimônio, é resistência, é miscigenação e isso representa um brasil de todas as cores. Como Vinicius de Moraes aponta em seu poema “Samba da Bênção” (1967):

Porque o samba nasceu lá na Bahia
E se hoje ele é branco na poesia
Se hoje ele é branco na poesia
Ele é negro demais no coração

A teoria mais plausível e mais comum entre todas as suposições é que o samba está associado, atrelado aos valores simbólicos e religiosos do negro ou do conceito de ser negro, valores esses que são denominados como movimento de negritude, há uma ligação com a cultura de origem africana, seus traços culturais se fazem presente nas letras do samba, no gingado da dança, nas características das mulheres brasileiras, cor da pele morena, resumindo-se em um conceito de valores denominado africanidade.

E quando o poema remete a simbologia da beleza da mulher brasileira não tem como deixar de pensar nessa pluralidade brasileira (Sonia Nogueira 2008)

Brasil de colorido intenso, vibrante,
Dos povos variados fiéis às raças.
Branco, preto, mulato, pardo, amante,
Trouxe em cada cultura saber e graça.

O poema de Mário de Andrade sambinha trás essa qualidade plural sobre as belezas vistas nas mulheres brasileiras, isso tudo deve-se ao enorme processo diaspórico que os países sofreram ao longo dos tempos, criando assim uma imensa miscigenação de identidades culturais, poetizadas pelo autor do poema, o que faz sustentar a teoria descrita por Stuart Hall que dispõe a “mistura cultural, mestiçagem, hibridismo[…] enfoca sempre o jogo da diferença, a natureza intrinsicamente hibridizada de toda a identidade e das identidades diaspóricas em especial[…] identidade é um lugar que assume uma costura de posição e contexto […]” (2003, p,10).

A PROPOSTA NA VISÃO DA BNCC

A sala de aula tem se moldado conforme as exigências dos documentos oficiais, a Base Nacional Comum Curricular, embora não traga o imediatismo em suas propostas, ressignifica o currículo para que a prática docente possa abraçar, de forma efetiva, um ensino profícuo da língua portuguesa. A literatura, nesse viés, ganha um espaço considerável no contexto escolar, tendo em vista que os textos literários e suas interfaces passam a ser concebidos de maneira mais enfática e pragmática.

De acordo com os paradigmas estabelecidos no documento, com base nas Competências Gerais de número 3 é necessário “valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural”. Nesse sentido, esta proposta, sugerida para o 6º ano do ensino fundamental, discorrerá pela perspectiva analítica do texto literário ancorando-se nos preceitos da semiótica cultural, uma vez que envidar pela leitura criativa, sensorial, artística e cultural da linguagem literária auxilia o aluno a visualizar a expressividade contida no signo linguístico coberta por um campo semântico preenchido de literariedade.

Para isso, conforme destacado na competência 1 referente à área de linguagens, códigos e suas tecnologias “compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural, de natureza dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como formas de significação da realidade e expressão de subjetividades e identidades sociais e culturais”. Isso confirma a possibilidade de utilizar o poema “Sambinha” como um recurso em sala de aula vinculado à BNCC, conforme dispõe a habilidade em questão:

Participar de práticas de compartilhamento de leitura/recepção de obras literárias/ manifestações artísticas, como rodas de leitura, clubes de leitura, eventos de contação de histórias, de leituras dramáticas, de apresentações teatrais, musicais e de filmes, cineclubes, festivais de vídeo, saraus, slams, canais de booktubers, redes sociais temáticas (de leitores, de cinéfilos, de música etc.), dentre outros, tecendo, quando possível, comentários de ordem estética e afetiva e justificando suas apreciações, escrevendo comentários e resenhas para jornais, blogs e redes sociais e utilizando formas de expressão das culturas juvenis, tais como, vlogs e podcasts culturais (literatura, cinema, teatro, música), playlists comentadas, fanfics, fanzines, e-zines, fanvídeos, fanclipes, posts em fanpages, trailer honesto, vídeo-minuto, dentre outras possibilidades de práticas de apreciação e de manifestação da cultura de fãs. (BRASIL, 2018, p.35 – EF69LP46)

Nesse sentido, atrelar a prática do texto literário às orientações que regem os documentos oficiais é fundamental para que o ensino agregue as múltiplas linguagens, bem como a literatura e suas interfaces.

METODOLOGIA

Neste trabalho apresentamos uma proposta metodológica da qual intenciona sugerir a utilização do poema “Sambinha”, por meio de uma análise na vertente da semiótica cultural, em sala de aula com alunos do 6º ano do fundamental séries finais.

O gênero textual escolhido foi o poema, uma vez que esse texto é bem recepcionado pelas crianças e torna-se uma estratégia articuladora do conhecimento pela sua dinamicidade e teor lúdico.

Dessa maneira, “Sambinha”, o objeto de análise, surgiu como opção devido a grande diversidade histórica, cultural, linguística etc. presente no poema. Mário de Andrade, ao retratar nos versos a “malandragem” do solista mestiço, elucida a beleza da natureza e da mulher no gingado poético do samba. No primeiro momento, será apresentado o gênero textual em questão com o intuito de ambientar o aluno no texto, explicando, especialmente, sua função social. Em seguida, o poema será lido pelo professor-mediador que desde a leitura já chamará o aluno para um contexto de discussão.

Ao finalizar a leitura, às turmas devem explorar o universo literário que foi apresentado, por meio do poema. A teoria (Semiótica Cultural) que ancora esta proposta servirá como suporte para o direcionamento da análise em sala, visto que o teor técnico não será explanado, considerando que são alunos do 6º ano, mas a abordagem que circunda a teoria estará presente de forma sutil, instigada pelo mediador no decorrer das interpretações.

Como proposta final será solicitado aos alunos a produção de poemas tendo por base a releitura do poema original (Sambinha). Espera-se, como resultado, a apreensão e aprendizado do gênero, considerando suas características, estrutura e, principalmente, funcionalidade, além do olhar interpretativo aguçado a temas relevantes, todavia, evidenciados com uma linguagem acessível à turma, para que essa desfrute do texto literário não visando somente o ensino aprendizagem, mas também seu bel-prazer.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste trabalho, propusemo-nos enveredar pelos vieses da semiótica da cultura como parâmetro para análise do poema Sambinha em sala de aula, tendo como público-alvo os alunos do 6º ano. A proposta ancorou-se na necessidade em demonstrar que o texto prescrita um universo de signos dos quais entrelaçam sentidos para além do código.

Para tanto, o diálogo com as competências e habilidades apresentadas na BNCC fez-se necessário, tendo em vista que atrelar a literatura à aplicabilidade no ensino básico requer o reconhecimento de que o texto literário está alinhado à multifacetas das quais configuram sua pluralidade semântica.

Por fim, evidenciar a importância do gênero poema como materializador da litaraturidade em sala de aula, sob uma perspectiva artístico-cultural, não só é uma orientação dos documentos oficiais como uma necessidade de inserir tais práticas para um ensino de língua portuguesa desprendido de metodologias enraizadas ao aspecto subjacente da língua.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Mário de. Contos e Poemas. São Paulo: Expressão Popular, 2017. P.125-126;

ANTUNES, I. Aula de Português: encontro & interação. São Paulo. Parábola Editorial, 2003;

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018;

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Tradução: Tomaz Tadeu da Silva, Guaracira Lopes Louro – 11. Ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2006;

LOTMAN, Iúri. Ensaios de Semiótica Soviética. Ed. Horizonte Universitário, 1962;

– Sobre o problema da tipologia da cultura. In: SCHNAIDERMAN, Bóris. Semiótica russa. São Paulo: Perspectiva, 1979ª;

MACHADO, Irene (org.). Semiótica da Cultura e Semiosfera. 1ª edição. Ed. Annablume. São Paulo, 2007;

MORAES, Vinícius de. Samba da Bênção. Disponível em: https://www.viniciusdemoraes.com.br/pt-br/musica/cancoes/samba-da-bencao . Acessado em 23 de maio de 2022;

NOGUEIRA, Sonia.  Eu Poesia: Contos e Cônicas, ed. Livro Técnico. ACADEMIA de letras dos municípios do estado do Ceará, 2008 

SODRÉ, Muniz. Samba: o dono do corpo. Rio de Janeiro: MAUAD, 1998 [1079];

SOUZA, Cristiane Rodrigues de. Clã do Jabuti: uma partitura de palavras: São Paulo: Annablume/FAPESP, 2006.


1Mestrandas em Ensino da Língua Portuguesa e suas Respectivas Literaturas pela Universidade do Estado do Pará (UEPA).