TUBERCULOSE: ESTRUTURA DE DIAGNÓSTICO, PREVENÇÃO E TRATAMENTO EM POPULAÇÕES VULNERÁVEIS 

TUBERCULOSIS: DIAGNOSTIC, PREVENTION, AND TREATMENT STRUCTURES IN VULNERABLE POPULATIONS.

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11781457


Ana Carolina de Carvalho1
Fernanda Amaral da Silveira1
Isabelly Batista da Silva1
Jackeline Santos Borges1
Thawane Lourenço de Oliveira1
Gustavo José Vasco Pereira2


RESUMO 

O artigo tem como objetivo investigar estratégias para lidar com o desafio da tuberculose não diagnosticada. Serão analisadas evidências sobre o bacilo da tuberculose e seus métodos de diagnóstico, incluindo exames como escarro e microscopia de escarro, testes de suscetibilidade a medicamentos e testes moleculares como o GeneXpert. Além disso, serão consideradas medidas preventivas, como o fornecimento de medicamentos anti-TB e programas de rastreio e tratamento em comunidades de alto risco. Esta revisão abrangente da literatura procurará avaliar a eficácia e as limitações dessas intervenções em diferentes contextos, com o objetivo de apoiar o desenvolvimento de políticas de saúde pública eficazes para a prevenção e controle da tuberculose, contribuindo assim para a redução do impacto dessa doença na sociedade.

Palavras-chave: Tuberculose Pulmonar, Tuberculose em população vulnerável, Prevenção da tuberculose, Controle da doença.

ABSTRACT

The article aims to investigate strategies to deal with the challenges of undiagnosed tuberculosis. It will analyze evidence about the bacillus of the tuberculosis and the methods of diagnosis, including exams as sputum and sputum microscopy, drug susceptibility testing and molecular tests such as GeneXpert. Furthermore, preventive measures will be considered, such as providing medication anti-TB and programs for tracking and treating communities at high risk. This broad review of literature seeks to evaluate the efficiency and the limitations of this intervention in different contexts with the objective of supporting the development of effective public health policies to prevent and control tuberculosis, thus contributing with the reduction of its impact in our society.

Keywords: Pulmonary Tuberculosis, Tuberculosis in a vulnerable population, Tuberculosis Prevention, Disease control.

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

Informar sobre a doença, analisar estratégias de prevenção e controle da tuberculose, apresentando em um todo a importância da prevenção e diagnóstico precoce.

OBJETIVO ESPECÍFICO 

Explorar estratégias de prevenção e controle para tuberculose, informando sobre técnicas laboratoriais para que ocorra o diagnóstico precoce, assim como o monitoramento e tratamento, visando a redução de transmissão e da mortalidade associadas à doença.

MATERIAIS E MÉTODOS 

O trabalho é uma revisão bibliográfica de literatura de artigos científicos e dados coletados no site do ministério da saúde relacionados à tuberculose enfatizando a população vulnerável. A revisão foi realizada em bases de dados científicas como PubMed, Google Scholar e Scielo. Foram selecionados arquivos publicados nos últimos 10 anos que abordam diagnósticos, monitoramento, tratamento e prevenção da tuberculose.

As palavras chaves utilizadas foram: Tuberculose pulmonar; Tuberculose em população vulnerável; Prevenção da tuberculose; Controle da doença.

1. INTRODUÇÃO

A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa que é causada pelo bacilo Mycobacterium Tuberculosis ou bacilo de Koch, sendo uma doença infecciosa facilmente transmissível por gotículas de aerossóis que comprometem os pulmões. A TB é uma doença progressiva crônica, matando cerca de 1,5 milhão de pessoas em 2020, a maioria delas em países de baixa e média renda. A infecção por HIV/aids é um fator importante de predisposição para tuberculose e mortalidade.

A tuberculose pulmonar ainda é um desafio global para a saúde pública, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade. O Brasil é o 20º país em incidência de tuberculose no mundo e está entre os 22 países identificados pela OMS com uma carga significativa da doença. Estima-se que 6 mil pessoas desenvolveram tuberculose ativa no Brasil em 2021.

A enfermidade afeta indivíduos de todas as idades, e certos grupos da população apresentam maior risco à doença, tais como os povos indígenas, aqueles que convivem com o HIV, portadores de diabetes, pessoas sem residência fixa, indivíduos em detenção e outros grupos similares.

2. DESENVOLVIMENTO 

2.1 AGENTE ETIOLÓGICO 

Mycobacterium tuberculosis mais conhecido como o causador da doença tuberculose, também nomeado como bacilo de koch, descoberto por Robert Koch, é uma bactéria do gênero Mycobacterium, pertencendo à família Mycobacteriaceae. Possui 156 espécies e aproximadamente 13 subespécies. As Micobactérias Não-causadoras de tuberculose (MNT) podem ser encontradas nas principais fontes ambientais, e outras até fazem parte da microbiota humana. A tuberculose é transmitida pelo ar, mais especificamente, gotículas de aerossóis infectadas. Após a inalação imediata a bactéria causadora se alojar nos pulmões e progressivamente, tornando a doença ativa. O bacilo  é capaz de prosperar e se multiplicar dentro de células fagocitárias, o que o caracteriza como um parasita intracelular facultativo. Sua adaptação a esse ambiente intracelular contribui para sua virulência, variando em intensidade conforme as cepas. O bacilo intracelular aeróbico (necessitado de oxigênio) não possui esporos e cápsula, mede variamente de 1 a 10 µm de comprimento, 0.2 a 0.6 µm em sua largura. A morfologia tem como característica sua resistência à coloração, já que sua parede celular é composta por ácidos micólicos, que há uma resistência à descoloração por álcool e ácido. A bactéria são micobactérias não pigmentadas de crescimento lento e muitas vezes formam segmentos, chamado de Fator corda, observadas na baciloscopia, onde é possível observar aglomerados de bacilos. As cordas são características do mycobacterium tuberculosis e a detecção é um indicativo de infecção. É um efeito causado pela principal molécula contendo ácido micólico.

2.2 EPIDEMIOLOGIA

A epidemiologia da tuberculose no brasil  ainda é de grande preocupação para a saúde pública, ainda mais quando se trata de uma população vulnerável e que vive em condições precárias de vida. De acordo com dados epidemiológicos, os casos novos de TB representam 60% em população vulnerável, sendo 72% acometidos de forma pulmonar. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2022).                                                  

Outros dados mostram que a população de pessoas em situação de rua PSR apresentam maior vulnerabilidade à doença devido a fatores relacionados a condições precárias de vida, incluindo a falta de higiene,  maior exposição aos bacilos pois convivem com muitas pessoas na mesma situação ou em abrigos superlotados, onde aumenta o risco de transmissão e ainda são a população com menor acesso aos serviços de saúde, e essa falta de acompanhamento é o que dificulta a identificação da doença e um tratamento adequado, consequentemente isso se torna um grande problema de saúde pública, onde a transmissão acaba sendo muito fácil e a taxa de cura muito baixa. Na tabela abaixo mostra que esse grupo pode apresentar maior risco de adoecimento pela doença do que a população geral:

Fonte: SINAN/MS e IBGE (2023)

2.3 ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE  

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou uma campanha para conscientizar a população sobre a doença que tem um impacto significativo na mortalidade, devido à relevância de casos.

A iniciativa das campanhas informativas é de extrema importância, pois tem como objetivo a conscientização sobre a doença em um geral. A educação do público sobre a TB é o ponto alto dessa organização. Por conta da epidemiologia e sua relevância, o dia 24 de março foi dado como o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, lançado pela OMS. 

Criada em 1921 por Léon Calmette e Alphonse Guérin, a vacina do bacilo Calmette-Guérin é gratuitamente oferecida pelo SUS e deve-se administrar em crianças antes de completarem cinco anos ou o mais cedo possível após o nascimento. A BCG protege contra as formas mais graves da tuberculose, como a miliar e meníngea. Em contexto breve, a miliar, ocorre quando as bactérias se espalham pelo corpo e se deslocam para a corrente sanguínea, quando a meníngea é uma infecção no SNC, ocorrendo mais frequentemente nos primeiros seis meses após a infecção.

Além da prevenção com a BCG, existem outros meios importantes para que se atentem, como por exemplo, o monitoramento e isolamento. Pode-se prevenir ao evitar contato direto com o infectado para prevenir o desenvolvimento ativo da TB em pessoas sadias. Fatores sociais são de extrema importância para o controle da doença. Além da exposição direta, a tuberculose tende afetar mais severamente comunidades em condições de extrema vulnerabilidade, como povos indígenas, aquelas privadas de liberdade, portadores de HIV ou AIDS e pessoas em situação de rua. Tendo isso em vista, a prevenção deve-se focar diretamente na melhoria das condições de vida e na redução da desigualdade social para que possa se combater efetivamente a Tuberculose.

2.3.1 REDUÇÃO DO ESTIGMA

O ministério da saúde publicou três vídeos sobre o estigma e descriminação contra pessoas portadoras da tuberculose. O objetivo é alcançar um número significativo e orientar a população em um geral sobre  o quão importante é eliminar o preconceito relacionado à doença, além de também pautar os direitos dessas pessoas. Fernanda Dockhorn, coordenadora da Vigilância da Tuberculose, evidencia a relevância dos vídeos para passar informação e educação sobre a saúde, além de ressaltar que apesar de sérios, são dinâmicos e chamativos. O objetivo é alcançar pessoas para que possam se sensibilizar de que não há motivos para reproduzirem uma imagem negativa e assustadora da TB. (GOV.BR, 2023).

Pesquisas indicam que o estigma e o preconceito podem causar impactos significativos na vida de um paciente com diagnóstico de tuberculose. Em relatos desses pacientes, notamos a dificuldade para o portador de TB, onde a maioria deles teve seu tratamento adiado. A psicóloga Giulia Camponez afirma que a tuberculose não é só uma questão biológica, como também social. (FUNDAÇÃO ATAULPHO DE PAIVA, LIGA BRASILEIRA CONTRA A TUBERCULOSE, 2023). Reduzir o estigma é crucial para abordar questões sociais associadas à tuberculose, já que existem casos que o tratamento e controle da doença é afetado. Em suma, para que seja concluído corretamente o tratamento de doenças negligenciadas como essa, dependerá não só do acolhimento por parentes, mas da sociedade e profissionais da saúde durante todo o processo, desde o diagnóstico até o terapêutico.

2.3.2 ACESSO AO TRATAMENTO E POSSÍVEIS DIFICULDADES DE CONTROLE

O tratamento da tuberculose é oferecido pelo SUS, com a duração de no mínimo seis meses, requerendo a administração diária de medicamentos via oral, conforme dada a orientação médica, sem que haja interrupções. O tratamento é dividido em duas fases: a intensiva, onde reduzirá os bacilos (causador da tuberculose) e melhora dos sintomas, e a de manutenção, onde o agente causador, aqueles resistentes, serão eliminados.

Embora os avanços no tratamento, a tuberculose continua sendo um desafio na saúde pública devido ao seu fácil contágio, especialmente entre pessoas em situação de rua e portadores de HIV. O controle da doença é dificultado pela desigualdade, afetando populações de rua, do sistema prisional e de baixa renda. O gasto do tratamento é de aproximadamente 20% da renda familiar, considerado um custo catastrófico, segundo o Conselho Nacional de Saúde. A percentagem de famílias atingidas é de 78% com tuberculose resistente. A perda da renda está também relacionada pelo afastamento do trabalho durante o tratamento e os gastos com transportes para o acesso ao serviço de saúde, além dos custos relacionados ao cuidado. (ETHEL MACIEL, 2022).

2.3.3 POSSÍVEIS ESTRATÉGIAS DE CONTROLE CONTRA A TUBERCULOSE

Também incluem novos tratamentos, uma melhoria na manutenção dos atuais, entrando com medidas que fornecerá ações voltadas para a população de risco, como pessoas em situação de rua. Inovações em prevenção, diagnóstico antecipado e tratamento eficaz, com um acompanhamento contínuo, são essenciais para um melhor controle da doença.

2.3.4 IMPACTO DA TUBERCULOSE LATENTE NA SAÚDE DA POPULAÇÃO EM RISCO 

A Tuberculose Latente possui diferentes impactos na saúde da população brasileira porém afeta principalmente pessoas em situação de rua, pois além de seu sistema imunológico já ser enfraquecido e possuírem uma maior chance de contaminação eles também não cooperam com a prevenção e o tratamento da mesma por uma dificuldade grande de serem rastreados para manter um tratamento contínuo, que geralmente dura seis meses, para que realmente haja a melhora e prevenção da contaminação da doença, esse tratamento é muito eficaz, porém, depende do paciente para que não tenha abandono nem irregularidades durante todo esse período. Dentro de um ano uma pessoa que contraiu TB ativa e que não fez tratamento, pode chegar a transmitir a doença e consequentemente infectar de 10 a 15 pessoas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, sem data de publicação especificada). 

Foi verificado a partir de uma pesquisa que o percentual de cura no Brasil para novos casos foi de 57,2%, enquanto o abandono do tratamento foi de 12,9% (SECRETARIA DA SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL, 2020) ou seja, por mais pequena que seja a porcentagem do abandono do tratamento principalmente nas primeiras semanas quando o paciente vê uma grande melhora no seu quadro, ainda ocorre e assim uma dificuldade de prevenir para que outra pessoa não seja contaminada com a doença, essas duas informações são proporcionalmente diretas, se a quantidade de abandono aumentar consequentemente a quantidade de novos casos também crescerá. 

As estratégias de prevenção são utilizadas principalmente para ocorrer a redução de óbitos e incidentes, consequentemente diminuindo a porcentagem de abandonos durante o tratamento e trazendo a melhoria dos indicadores de cura.

 2.4 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL  

A tuberculose (TB) pode manifestar-se em formas primária, pós primária (ou secundária) ou miliar. Os sintomas clássicos da tuberculose pulmonar incluem tosse persistente, que pode ser produtiva ou não, com presença de muco e, eventualmente, sangue. Outros sintomas frequentes são febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento.                                                                                            

A tuberculose primária manifesta-se logo após a infecção inicial pelo Mycobacterium tuberculosis. Na maioria das situações, o sistema imunológico consegue conter a infecção, formando um granuloma, uma estrutura constituída por macrófagos, células T e células B, que tentam isolar a bactéria. Nesta etapa, a doença pode ser assintomática ou apresentar sintomas leves, como febre baixa e fadiga. Em casos menos frequentes, especialmente em crianças e indivíduos imunocomprometidos, a infecção primária pode evoluir para uma forma mais grave, com sintomas respiratórios significativos.                                                                                                 

A tuberculose pós primária, também conhecida como tuberculose secundária, ocorre geralmente em adultos e resulta da reativação de uma infecção latente ou de uma nova exposição ao Mycobacterium tuberculosis. Esta forma é mais comum em indivíduos com o sistema imunológico comprometido, como portadores de HIV, diabéticos ou pessoas submetidas a tratamentos imunossupressores. Os sintomas da tuberculose pós primária são mais pronunciados e incluem tosse persistente com produção de escarro, frequentemente com presença de sangue (hemoptise), febre alta, sudorese noturna intensa e perda de peso significativa. Esta forma da doença é mais transmissível devido à maior carga bacteriana nos pulmões e à produção de escarro. (MINISTÉRIO DA SAÚDE DO BRASIL, 2023). O diagnóstico da tuberculose pós primária é muitas vezes estabelecido através de exames de imagem como a tomografia computadorizada (TC) do tórax, que pode mostrar cavitações, infiltrados ou lesões fibrocicatriciais. Além disso, a baciloscopia direta do escarro e a cultura para Mycobacterium tuberculosis permanecem como métodos padrão para a confirmação diagnóstica (NAHID, Payam et al.).

A tuberculose miliar é uma doença disseminada caracterizada pela disseminação do Mycobacterium tuberculosis para vários órgãos através da corrente sanguínea. O nome vem dos pequenos nódulos que se formam nos pulmões e em outros tecidos semelhantes ao milho. A TB miliar é uma doença grave que pode ser fatal se não for tratada adequadamente. Os sintomas são inespecíficos e podem incluir febre alta, sudorese noturna, perda de peso e manifestações específicas dos órgãos afetados, como hepatomegalia, esplenomegalia e meningite. O diagnóstico geralmente requer exames de imagem, como raios X e tomografia computadorizada, além de biópsias e culturas bacterianas.

Para o diagnóstico clínico laboratorial são utilizadas as técnicas de Baciloscopia, Teste Rápido Molecular (GeneXpert MTB/RIF), Teste de Amplificação de Ácidos Nucleicos (NAAT) e Testes de Sensibilidade a Medicamentos.

2.4.1 BACILOSCOPIA

A pesquisa de bacilo álcool-ácido resistente (BAAR) em um esfregaço de amostra clínica, é conhecida como baciloscopia ou exame microscópico. A baciloscopia direta de escarro é um método essencial porque detecta a fonte mais importante de infecção: os casos com baciloscopia positiva. Por ser um método simples e seguro, deve ser realizado por todos os laboratórios de saúde pública e laboratórios privados tecnicamente qualificados.                                                                             

A baciloscopia é geralmente considerada um procedimento de diagnóstico com baixa sensibilidade, sendo descrita numa faixa entre 25% a 65% quando comparada com a cultura. O que geralmente não é considerado, entretanto, é que a sensibilidade da baciloscopia varia com o tipo de lesão, o tipo e número de amostras, a atenção e persistência do microscopista. Porém, quando esses fatores são levados em consideração, o diagnóstico bacteriológico da tuberculose pulmonar pela baciloscopia identifica os casos de TB que são fontes de infecção para a comunidade, com uma sensibilidade de aproximadamente 90%. Será necessário um mínimo de 5.000 a 10.000 bacilos álcool ácido resistentes (BAAR) para produzir um esfregaço com resultado positivo, segundo a OMS (NARVAIZ DE KANTOR, Isabel et al.)

O escarro da árvore brônquica, obtido após um esforço de tosse, é a amostra de maior rendimento para o diagnóstico da tuberculose pulmonar. A coleta em dois dias seguidos, uma na hora da consulta e outra na manhã do dia seguinte, é a melhor maneira de fazer isso. Recomenda-se para o diagnóstico a coleta de duas amostras de escarro: uma, por ocasião da primeira consulta, e outra, independentemente do resultado da primeira, na manhã do dia seguinte, ao despertar. Se for necessária uma terceira amostra, aproveita-se para coletá-la no momento da entrega da segunda. O exame baciloscópico deve ser solicitado, por ordem de prioridade, aos pacientes que: Procurem o serviço de saúde por queixas respiratórias ou por qualquer outro motivo, mas que, espontaneamente ou em resposta ao profissional de saúde, informem ter tosse e expectoração há três semanas ou mais; apresentam alterações radiológicas pulmonares. (SILVA JR, Jarbas)

Para minimizar a contaminação não apenas do ambiente, mas também dos indivíduos, o escarro deve ser transportado e preparado com cuidado. A amostra deve ser entregue ao laboratório acompanhada da requisição do exame no mesmo dia da coleta ou em até 7 dias se mantida sob refrigeração.

2.4.2 CULTURA

A cultura é o exame laboratorial que permite a multiplicação e o isolamento de bacilos álcool-ácido resistentes (BAAR) a partir da semeadura da amostra clínica, em meios de cultura específicos para micobactérias. É um método sensível e específico para o diagnóstico das doenças causadas por micobactérias, principalmente para a tuberculose (TB) pulmonar e extrapulmonar. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008).

A cultura é recomendada para aqueles que suspeitam de tuberculose pulmonar que não apresentam resultados positivos ao exame direto, bem como para aqueles que suspeitam de resistência bacteriana às drogas, após o teste de sensibilidade.

Os métodos clássicos para cultura de micobactérias utilizam a semeadura da amostra em meios de cultura sólidos. Os meios de cultura mais comumente utilizados são os sólidos à base de ovo, Löwenstein-Jensen e Ogawa-Kudoh. Têm a vantagem de serem os de menor custo e de apresentarem um índice de contaminação menor. A desvantagem do meio sólido é o tempo de detecção do crescimento bacteriano que varia de 14 a 30 dias, podendo se estender por até oito semanas (PENNA, Gerson). O número máximo de bacilos cultiváveis pode ser detectado por mililitro de escarro, mas quando realizado com alta qualidade técnica, pode ser detectado de 10 a 100 bacilos cultiváveis por mililitro de escarro.

2.4.3 TESTE RÁPIDO MOLECULAR

Os testes moleculares utilizam a partir da sequência específica do gene rpoB na região 81 bp de ácidos nucleicos do complexo M. tuberculosis em espécimes clínicos para diagnosticar a TB e resistência à rifampicina, proporcionando resultados em menos de duas horas com alta sensibilidade e especificidade.

O ensaio GeneXpert é composto de um cartucho plástico para o processamento das amostras líquidas, contendo tampões e reagentes liofilizados de PCR, uma máquina automática e um sistema de software, que analisa amostras respiratórias em 2 h. O método apresenta um limite de detecção em torno de 131 UFC/mL da amostra (MACHADO XAVIER DE BRITO, Guilherme et al.)

O teste rápido molecular GeneXpert MTB/RIF é um dos avanços tecnológicos mais significativos no campo do diagnóstico e tem revolucionado o diagnóstico laboratorial da tuberculose, especialmente em regiões onde a doença é mais incidente.

Os resultados de ensaios clínicos controlados de validação envolvendo 1.730 indivíduos com suspeita de TB ou TBMDR inscritos prospectivamente em quatro ambientes distintos mostraram que 92,2% dos pacientes com cultura positiva foram detectados por um único teste direto, Xpert MTB/RIF. A sensibilidade de um único teste Xpert MTB/RIF em pacientes com baciloscopia negativa/cultura positiva foi de 72,5% e aumentou para 90,2% quando três amostras foram testadas. A especificidade do Xpert MTB/RIF foi de 99%. O Xpert MTB/RIF detectou resistência à rifampicina com sensibilidade de 99,1% e excluiu resistência com especificidade de 100%. (RABAHI, Marcelo Fouad et al.)

2.5 TRATAMENTO

Os princípios básicos da terapia medicamentosa e a operacionalização adequada do tratamento indicam que a tuberculose é curável em praticamente 100% dos casos novos, sensíveis aos medicamentos antiTB.

O tratamento depende de uma associação de medicamentos adequada, de doses adequadas e de uso por tempo suficiente para evitar a persistência bacteriana e o desenvolvimento de resistência aos medicamentos, ou que garanta a cura do paciente. É desenvolvido de forma independente e sob supervisão, com pelo menos três observações semanais sobre a tomada de medicamentos durante os primeiros dois meses e uma observação semanal até o final do tratamento. Na unidade, no local de trabalho e na residência do paciente, um visitador sanitário ou agente comunitário de saúde pode supervisionar diretamente o paciente. Uma unidade de saúde pode designar líderes comunitários ou membros da família para supervisionar o tratamento.

O objetivo do tratamento é curar a doença e reduzir rapidamente sua propagação. Os medicamentos devem ser capazes de reduzir rapidamente a população bacilar (interrompendo a transmissão), impedir a seleção de cepas naturalmente resistentes (impedindo o surgimento de resistência durante a terapia) e esterilizar a lesão (prevenir a recidiva da doença).

A estreptomicina e o ácido para-aminossalicílico eram os dois medicamentos antituberculose usados na Campanha Nacional Contra a Tuberculose na década de 1940. O Brasil optou por usar isoniazida e estreptomicina duas vezes por semana na década de 1950. O uso de isoniazida (H), estreptomicina (S) e pirazinamida (Z) por 18 meses foi padronizado nos anos 1960 como um esquema HSZ devido à resistência bacteriana e à piora da mortalidade por tuberculose.

Desenvolvida em meados dos anos 70 a quimioterapia antituberculose de curta duração, consiste em rifampicina (R), isoniazida (H) e pirazinamida (Z) por 6 meses (esquema RHZ). O Brasil foi o primeiro país do mundo a padronizar um esquema de seis meses na rede pública de saúde que incluía todas as drogas administradas oralmente e fornecidas gratuitamente.

O Programa Nacional de Controle da Tuberculose e seu comitê técnico avaliador revisaram o sistema de tratamento da tuberculose no Brasil em 2009. Com base nas descobertas, apresenta o etambutol como quarto fármaco na fase intensiva de tratamento (dois primeiros meses) do Esquema Básico e mostra resultados preliminares do II Inquérito Nacional de Resistência aos Medicamentos antiTB, que demonstrou um aumento na resistência primária à isoniazida (de 4,4% para 6 ,0%). Essa abordagem farmacológica passa a ser apresentada em comprimidos combinados de quatro medicamentos (RHZE) em doses fixas de 150mg, 75mg, 75 mg, 400 mg e 275mg.

Tabela 1 – Esquema básico de tratamento para adultos e adolescentes.

Fonte: Ministério da Saúde.

Tabela 2 – Fase 1 do Esquema básico de tratamento para crianças. 

Fonte: Ministério da Saúde

Tabela 3 – Fase 2 do Esquema básico de tratamento para crianças. 

Fonte: Ministério da Saúde

2.6 MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS  

No dia 24/03 é celebrado o dia mundial de combate à tuberculose. O ministério da saúde também divulgou nesta data a  campanha institucional de comunicação: “Não fique na dúvida, fique livre da tuberculose”, essa campanha destacou a importância do diagnóstico precoce e tratamento da tuberculose, esclarecendo que tosse por três semanas ou mais é um dos sinais importantes da doença. E reforçou sobre a disponibilidade do diagnóstico precoce e do tratamento que é oferecido pelo Sistema único de saúde (SUS), enfatizando a importância de seguir com o tratamento até o final. É uma forma de conscientizar e orientar toda a população sobre os riscos, os sintomas e a importância de um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz e sem interrupções para que se alcance a cura independente da sua condição de vida. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2021).

2.7 MELHORIA NAS CONDIÇÕES DE VIDA 

As melhorias na condição de vida que podem ser adotadas a favor das pessoas afetadas pela tuberculose é uma parte fundamental do tratamento abrangente da doença. Podemos listar algumas simples mas que são eficazes para o tratamento precoce.

Ter acesso à assistência médica, garantindo que as pessoas tenham acesso fácil a serviços de saúde, como o SUS (sistema único de saúde), tratamento adequado e acompanhamento médico regular.

Ensinar a população a ter uma nutrição adequada fazendo assim com que fortaleça o sistema imunológico e ajudar o corpo a combater a infecção. 

Capacitar as pessoas afetadas pela tuberculose fornecendo informações precisas sobre a doença, como sintomas, tratamento e prevenção.

Assegurar que as pessoas tenham moradias adequadas e condições de vida saudáveis. Tendo recursos básicos como acesso a água potável, saneamento básico e ventilação adequada.

Ao implementar essas medidas, é possível melhorar a condição de vida das pessoas afetadas pela tuberculose, garantindo que recebam o apoio físico, emocional e social de que precisam para se recuperar e viver com saúde.

2.8 MONITORAMENTO E VIGILÂNCIA 

Para o controle da TB, é necessário um conjunto de ações práticas desde a parte clínica até o sistema de informação da vigilância. O Programa Nacional de Controle da Tuberculose é o centro que estabelece diretrizes para o melhor controle da doença, na qual é tratada pelo SUS. O monitoramento e vigilância da TB são processos de saúde pública no qual coletam, analisam e interpretam dados sobre a incidência, prevalência e distribuição da doença. Tem como objetivo controlar e eliminar a tuberculose como um problema da saúde pública.

MONITORAMENTO : o acompanhamento dos controles da Tuberculose onde se avaliará o desempenho dos programas de saúde em relação a metas estabelecidas. A coleta de dados sobre os casos, o tratamento e o resultado dos pacientes.

VIGILÂNCIA : a vigilância nos dará informações sobre novos diagnósticos da tuberculose, registros para que possa ser avaliado as atividades de controle e dados coletados para que seja identificado tendências na incidência e prevalência da TB. A investigação de indivíduos que estiveram em contato com pacientes positivados para tb, é de extrema importância, resultando em um controle melhor, evitando a propagação.

2.8.1 DESAFIOS

Embora o monitoramento e a vigilância da tuberculose tenham um impacto positivo, ainda existem desafios que dificultam o controle eficaz da doença. 

A falta de registros, é um exemplo, já que muitos casos não são notificados. Assim como em países baixos de alta carga de TB, são limitados quanto aos recursos da vigilância e controle. Desigualdades socioeconômicas afeta populações vulneráveis, o que também é um problema relacionado. 

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 

A tuberculose continua sendo uma das principais ameaças à saúde global, demandando dedicação especial e constante para seu controle e prevenção. Este estudo destaca a importância das análises clínicas como ferramenta primordial para o diagnóstico precoce, bem como para o monitoramento e tratamento da tuberculose, contribuindo para a redução da transmissão e mortalidade associadas à doença.

Avanços nas técnicas de baciloscopia, cultura e testes moleculares têm aprimorado a capacidade de detecção do Mycobacterium tuberculosis, assim como das cepas resistentes aos medicamentos utilizados no tratamento. Os tratamentos terapêuticos adequados necessitam essencialmente desses métodos laboratoriais, especialmente em casos de multirresistência e resistência extensiva.

De forma sucinta, a prevenção da tuberculose depende de uma abordagem integrada que combine diagnóstico precoce e tratamento adequado. Além disso, incentivos científicos e econômicos para pesquisas e desenvolvimento de novas tecnologias diagnósticas são igualmente essenciais.

REFERÊNCIAS  

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1Universidade Anhembi Morumbi. Acadêmicas em Biomedicina.
2Gustavo José Vasco Pereira, Farmacêutico. Docente e orientador da Universidade Anhembi     Morumbi. R. Casa do Ator, 294 – Vila Olímpia, São Paulo – SP, 04546-001 email:gustavovasco.usp@gmail.com