TRATAMENTO DE FÍSTULA BUCOSINUSAL COM BOLA DE BICHAT

CLOSURE OF BUCOSINUSAL FISTULA WITH BICHATBALL

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202504120855


Laura Gomes Picolo1
Rafaela da Silva Reis2
Samuel Evangelista da S. Bicalho3


RESUMO: Este estudo apresenta um caso clínico de uma paciente com fístula bucosinusal,  tratada pela técnica de fechamento com a bola adiposa de Bichat, associada à terapia com câmara  hiperbárica. O procedimento, realizado sob anestesia local, consiste em desbridamento da fístula,  mobilização da bola adiposa para cobrir o defeito e sutura com material reabsorvível. A paciente será  acompanhada em intervalos regulares no pós-operatório. A fístula bucosinusal é uma comunicação  entre o seio maxilar e a cavidade oral, frequentemente causada por extração de molares superiores. O  objetivo deste estudo é apresentar um caso clínico de fechamento de fístula buco-sinusal devido a  extração seriada após uso de bisfosfonatos via oral utilizando sessões de câmara hiperbárica como  terapia coadjuvante, e analisando o estado de saúde sistêmico da paciente. A literatura discute técnicas  cirúrgicas como retalhos vestibulares, palatinos e o uso da bola de Bichat, que favorecem a cicatrização  primária. Os bisfosfonatos (BFT) são medicamentos que reduzem a reabsorção óssea e são indicados  para tratar a osteoporose e outras condições que levam à perda de massa óssea, auxiliando na  prevenção de fraturas. Eles atuam inibindo a atividade dos osteoclastos, o que resulta no fortalecimento  e aumento da densidade óssea. O tratamento deve incluir antibioticoterapia e descongestionamento nasal antes da intervenção  cirúrgica e os resultados mostraram uma alta taxa de sucesso na cicatrização e fechamento das  fístulas, com baixa incidência de complicações. Pacientes relataram uma recuperação relativamente  rápida e melhora significativa dos sintomas após o procedimento. Não houve relatos de infecções ou  recorrência da comunicação após o fechamento com a bola de Bichat. 

Palavras-Chave: Sinusite Maxilar. Cirurgia Bucal. Procedimentos Cirúrgicos Bucais.

Abstract: This study presents a clinical case of a patient with bucosinusal fistula, treated by the Bichat’s  adipose ball closure technique, associated with hyperbaric chamber therapy. The procedure, performed  under local anesthesia, consists of debridement of the fistula, mobilization of the adipose ball to cover  the defect, and suturing with resorbable material. The patient will be followed up at regular intervals in  the postoperative period. Buccosinusal fistula is a communication between the maxillary sinus and the  oral cavity, often caused by extraction of upper molars. The aim of this study is to present a clinical case  of buccosinus fistula closure due to serial extraction after the use of oral bisphosphonates using  hyperbaric chamber sessions as adjuvant therapy, and analyzing the patient’s systemic health status.  The literature discusses surgical techniques such as buccal flaps, palatal flaps, and the use of the Bichat  ball, which favor primary healing. Bisphosphonates (BFT) are drugs that reduce bone resorption and  are indicated to treat osteoporosis and other conditions that lead to loss of bone mass, helping to prevent  fractures. They work by inhibiting the activity of osteoclasts, which results in strengthening and  increasing bone density.  Treatment should include antibiotic therapy and nasal decongestion before surgical intervention and the  results showed a high success rate in healing and closing the fistulas, with a low incidence of  complications. Patients have reported a relatively quick recovery and significant improvement in  symptoms after the procedure. There were no reports of infections or recurrence of communication after  closing with the Bichat ball. 

Keywords: Maxillary Sinusitis. Oral Surgery. Oral Surgical Procedures.

1. Introdução 

Segundo Júlio Leite de Araújo Júnior et al. as comunicações bucosinusais são  frequentemente causadas pela exodontia dos molares superiores, devido à  proximidade anatômica entre os ápices radiculares e o seio maxilar, criando assim  uma conexão entre a cavidade oral e o seio maxilar. Essas comunicações podem  ocorrer por patologias, traumas, cirurgias, sendo a extração de molares superiores a  causa mais comum. Elas também estão associadas a condições como cistos,  tumores, infecções dentais e sinusite maxilar crônica. 

O diagnóstico é realizado por anamnese, exame clínico e exames de imagem,  como radiografias e tomografia computadorizada. Clinicamente, é recomendado  realizar inspeção visual, palpação alveolar e a manobra de Valsalva, que consiste em  uma expiração nasal forçada para verificar a saída de ar ou secreção purulenta pela  CBS, (Guilherme R. Scartezini et al., 2016). Os sinais e sintomas podem incluir  passagem de ar, alimentos e fluidos entre a cavidade oral e nasal, dor facial, dores de  cabeça, febre, halitose e dor de ouvido (MARTIN-GRANIZO; et al. 1997). 

Segundo Brozoski et al, 2012, os bisfosfonatos (BFT) são medicamentos que  reduzem a reabsorção óssea e são indicados para tratar a osteoporose e outras  condições que levam à perda de massa óssea, auxiliando na prevenção de fraturas.  Eles atuam inibindo a atividade dos osteoclastos, o que resulta no fortalecimento e  aumento da densidade óssea. 

Embora sejam, em geral, bem tolerados, os bisfosfonatos podem provocar  reações adversas como febre leve, fadiga e alterações nos níveis de cálcio. Um efeito  colateral mais preocupante é a osteonecrose dos maxilares, que pode causar dor, inchaço, perda dentária e outras complicações, sendo necessário diagnóstico  diferencial para descartar metástases (Passeri, Bértolo e Abuabara, 2011). A terapia hiperbárica utiliza câmaras com oxigenação a 100% para reverter  quadros de isquemia e hipóxia, estimulando a revascularização e a formação de novos  capilares em áreas ósseas e teciduais comprometidas. Esse tratamento melhora a  oxigenação dos tecidos, favorecendo a cicatrização e auxiliando na prevenção e no  controle de infecções. Além disso, sua aplicação tem demonstrado benefícios  significativos como estratégia terapêutica no tratamento da osteonecrose na  microcirculação da maxila e mandíbula, promovendo vasodilatação e aumento do  fluxo sanguíneo nos tecidos faciais. Esse efeito contribui para a melhora da  vascularização e da entrega de nutrientes essenciais, além de reduzir inflamações,  estimular a angiogênese e acelerar a cicatrização, favorecendo a recuperação de  lesões e procedimentos cirúrgicos na região (Silva et al., 2024). 

Para tratar a fístula buco-sinusal, diferentes técnicas de deslizamento de  retalhos podem ser utilizadas para unir as bordas da mucosa. Entre elas estão:  deslizamento do retalho vestibular ou palatino, retalho rotatório alveolar ou palatino, e  rotação do corpo adiposo bucal, também conhecido como “tecido adiposo da bola de  Bichat”, que pode ou não ser recoberto por mucosa. Outras opções incluem enxerto  mucoso livre, enxertos ósseos autógenos e exógenos, retalho músculo-mucoso da  artéria facial e retalho miofascial do temporal combinado com a bola de Bichat  (NETTO, A.; et al.2017). 

O uso do corpo adiposo da bochecha para o fechamento de comunicações  bucossinusais apresenta excelentes resultados, com pós-operatório rápido e técnica  cirúrgica simples (CRUZ et, al., 2024). A rica vascularização desse tecido contribui  para o sucesso do tratamento. O uso da Bola de Bichat tem sido eficaz na  reconstrução de defeitos intraorais, incluindo as comunicações bucosinusais, devido  à sua capacidade de adaptação ao defeito e à preservação da vascularização  (BRIZOSKI, M. A.; et al.2012). 

O enxerto do corpo adiposo bucal pode ficar exposto na cavidade oral, sendo  epitelizado em até 4 semanas sem necessidade de cobertura adicional e a  cicatrização ocorre por segunda intenção, com uma reação inicial de granulação,  seguida pela migração de epitélio escamoso estratificado paraqueratinizado das  margens do enxerto. Alternativamente, uma prótese obturadora pode ser usada para  fechar defeitos do osso palatino sem a necessidade de cirurgia (NETTO, A.; et  al.2017).

Concluindo, a aba da bola gordurosa de Bichat (BAB) deve ser considerada  uma excelente alternativa para o reparo de defeitos pós-cirúrgicos. Suas vantagens  incluem excelente irrigação sanguínea, baixa morbidade no local doador, proximidade  do sítio cirúrgico, fácil disponibilidade e alta plasticidade. Essas características fazem  do BAB uma opção preferível em comparação com outros retalhos, evitando possíveis  sequelas associadas à cicatrização por segunda intenção (SINHORINI, T. C. S.; et al.  2020). 

O objetivo deste estudo é apresentar um caso clínico de fechamento de fístula  buco-sinusal devido a extração seriada após uso de bisfosfonatos via oral utilizando  sessões de câmara hiperbárica como terapia coadjuvante, e analisando o estado de  saúde sistêmico da paciente. 

2. Caso clínico 

Paciente do sexo feminino, 83 anos de idade, procurou atendimento no Centro  Odontológico do Centro Universitário São Lucas, na cidade de Porto Velho/RO, com  queixa principal de “secreção da cavidade nasal caindo na boca e ferida que não  cicatriza pós extração seriada”. Na anamnese relatou que é diabética, hipertensa e  possui osteoporose, fazendo uso de bisfosfonato (Risedronato sódico 35mg) 1x ao  dia, também relata uso de Metformina 750mg 2x ao dia, Losartana 50mg 1x ao dia,  hidroclorotiazida 25mg 1x ao dia. Inicialmente a paciente foi submetida ao exame  clínico bucal e a um levantamento radiográfico. No exame físico foi observado  ausência dos elementos dentais superiores, lesão com aspecto fistular na região do  elemento 27 e 28 com drenagem de secreção ativa (imagens 01 e 02). 

Imagens 1 e 2 – Aspecto clínico inicial

Fonte: Próprio autor.

Exame radiográfico apresentou área radiolúcida na região do segundo molar  superior esquerdo compatível com quadro de fístula bucosinusal. Diante do  diagnóstico de comunicação bucosinusal o tratamento odontológico da paciente  supracitada ocorreu a partir da primeira sessão, e continuou nas semanas seguintes  (Imagem 3). 

Fonte: Próprio autor.

Previamente ao procedimento cirúrgico foi indicado à paciente 30 sessões de  oxigenioterapia (câmara hiperbárica), sendo 20 pré-operatório e 10 pós-operatório,  visto que a Oxigenoterapia Hiperbárica (OHB) promove benefícios como aceleração  da cicatrização, melhora da oxigenação tecidual, efeito antimicrobiano e estímulo à  angiogênese. A terapia é indicada para condições como feridas crônicas,  osteomielite, embolia gasosa e intoxicação por monóxido de carbono. No entanto, há  possíveis riscos, incluindo barotrauma, toxicidade pelo oxigênio e claustrofobia,  exigindo monitoramento cuidadoso. Quando bem indicada, a OHB é uma abordagem  segura e eficaz no suporte a diversas condições patológicas. 

A cirurgia foi realizada em ambiente ambulatorial sob anestesia local de acordo  com a necessidade da paciente. A técnica utilizada para o fechamento da fístula,  seguindo a técnica descrita por FERREIRA et al. 2011, envolveu os seguintes passos: 

A área da fístula foi desinfectada e preparada com técnica asséptica, a paciente  foi submetida a anestesia local com mepivacaína (MEPIADRE – DFL) com vasoconstritor através do bloqueio dos nervos Alveolar Superior posterior, médio e  palatino maior. Realizou-se uma incisão na mucosa oral sobre o rebordo alveolar da  área envolvida pela fístula seguida de uma incisão relaxante adicional para facilitar o  acesso ao local e proporcionar uma visão clara do defeito (Imagem 4).

Fonte: Próprio autor.

Com instrumentos delicados, foi realizado descolamento mucoperiosteal para  expor completamente a comunicação entre o seio maxilar e a cavidade oral. Foi  realizada a fistulectomia com remoção dos bordos para eliminar tecido inflamado ou  infectado e possíveis epitélios, favorecendo a cicatrização primária. O local da  comunicação entre o seio e a cavidade bucal foi limpo e revisado cuidadosamente. 

Após essa etapa, foi realizada uma incisão no periósteo internamente ao  retalho, para acesso à Bola de Bichat. Com uma divulsão delicada, a gordura foi  mobilizada através da janela criada. Dissecção cuidadosa da bola adiposa de Bichat,  localizada entre o músculo masseter e o bucinador, e sua mobilização para cobrir a  comunicação. Cuidados foram tomados para evitar lesões nas estruturas adjacentes  e no pedículo vascular do tecido adiposo. Uma vez exposta, o tecido foi tracionado  para cobrir o defeito, promovendo um fechamento seguro e reforçado, sendo fixada  com pontos reabsorvíveis (vicryl 5-0) de modo a manter o enxerto no lugar e garantir  que ele se integre ao tecido circundante (Imagem 5 e 6).

Fonte: Próprio autor.

O retalho mucoperiosteal foi reposicionado e suturado, garantindo a vedação  da fístula utilizando fio de nylon 5-0. A paciente foi acompanhada no pós-operatório  imediato e em intervalos regulares (10 dias, 30 dias e 90 dias após a cirurgia) para  avaliar o sucesso do fechamento da fístula (Imagem 7).  As variáveis observadas foram: 

– Cicatrização da mucosa oral. – Ausência de comunicação bucosinusal na inspeção clínica. – Sintomatologia pós-operatória (dor, edema, infecção). – Complicações como recidiva da fístula ou necessidade de novas intervenções cirúrgica.

Fonte: Próprio autor.

A paciente e seu acompanhante foram devidamente orientados a evitar  qualquer movimento que aumentem a pressão intranasal, como assoar o nariz ou  espirrar com a boca fechada, para não forçar o enxerto ou os pontos. – Analgésicos e  antibióticos foram prescritos, assim como antissépticos bucais para evitar infecções  no local. Após 1 semana a paciente foi orientada a retornar às 10 sessões de  oxigenoterapia. 

Os benefícios e riscos foram devidamente explicados e documentados na  assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). 

3. Discussão 

O fechamento de fístulas bucosinusais com o uso da bola adiposa de Bichat  tem se consolidado como uma técnica cirúrgica eficaz, com resultados positivos em  diversas situações clínicas. No presente estudo, observou-se que a utilização dessa  técnica foi bem-sucedida, o que corrobora os achados de Freitas et al. (2021), que  destacam a importância da bola adiposa para o fechamento de comunicações oroantrais, com boa aceitação pelos pacientes e baixos índices de complicações. A  proximidade anatômica da bola adiposa de Bichat em relação ao defeito bucosinusal  facilita a reparação e promove uma cicatrização eficiente, como também descrito por  Sinhorini et al. (2020). 

As fístulas bucosinusais representam complicações comuns após a extração  de dentes na região posterior da maxila, particularmente o terceiro molar, como  relatado por Del Rey-Santamaría et al. (2006). Estas condições podem resultar em  desconforto para os pacientes, incluindo dor, infecção e comunicação entre a  cavidade bucal e o seio maxilar. Estudos como os de Neto et al. (2017) demonstram  que, ao usar a bola adiposa de Bichat, há uma redução significativa do risco de  complicações pós-operatórias e a técnica favorece a recuperação funcional e estética  do paciente. 

Embora o fechamento com a bola adiposa tenha mostrado resultados positivos,  comparações diretas com outras técnicas de fechamento, como o uso de retalhos  pediculados, ainda são necessárias para estabelecer claramente sua superioridade  (De Biasi et al., 2014). No entanto, o uso da bola adiposa tem se mostrado vantajoso,  pois a técnica é minimamente invasiva, facilita a cicatrização por segunda intenção e  resulta em menos desconforto para o paciente, o que se alinha com os achados de  Ferreira et al. (2011) e Freitas et al. (2021). 

Além disso, o uso de oxigenoterapia hiperbárica no manejo de complicações  associadas a fístulas bucosinusais tem ganhado destaque, especialmente em  pacientes com osteonecrose maxilar induzida por bisfosfonatos. A oxigenoterapia  pode melhorar a oxigenação tecidual e acelerar o processo de cicatrização, como foi  evidenciado por Mendes et al. (2023) e Silva et al. (2024). A integração da  oxigenoterapia com o fechamento da fístula por meio da bola adiposa pode  proporcionar benefícios adicionais, como a aceleração da recuperação e a redução  de complicações, como infecções. 

A técnica descrita neste estudo, de fechar as fístulas com a bola adiposa de  Bichat, também está alinhada ao uso combinado de abordagens minimamente  invasivas, o que pode ser uma alternativa eficaz quando associada a outras técnicas,  como o uso de enxertos ósseos ou o emprego de dispositivos de drenagem para o  tratamento de sinusite maxilar crônica, conforme discutido por Park et al. (2024).

Em relação à morfologia e funcionalidade do retalho adiposo bucal, Kablan  (2016) destaca a capacidade regenerativa da bola adiposa de Bichat, que, além de  ser vascularizada de forma eficiente, pode ser utilizada para reparar uma variedade  de defeitos, não apenas na cavidade bucal, mas também em áreas mais distais, como  o palato duro. 

Portanto, embora existam diversas abordagens para o tratamento de fístulas  bucosinusais, o uso da bola adiposa de Bichat continua a ser uma técnica segura e  eficaz, com alta taxa de sucesso e satisfação do paciente, como demonstrado pelos  estudos de Alonso-González et al. (2015) e Sinhorini et al. (2020). A integração de  protocolos de tratamento baseados em evidências, como o uso de oxigenoterapia  hiperbárica, oferece uma abordagem holística que pode melhorar ainda mais os  resultados clínicos. 

4. Conclusão 

A utilização da bola adiposa de Bichat para o fechamento de fístulas  bucosinusais tem se mostrado uma técnica inovadora e eficiente, oferecendo uma  série de vantagens em relação aos métodos tradicionais. Essa abordagem destaca-se  pela sua segurança, baixo custo e pela baixa taxa de complicações. A bola adiposa de  Bichat, devido à sua localização anatômica, boa vascularização e fácil adaptação ao  defeito cirúrgico, propicia uma cicatrização rápida e eficaz, contribuindo para o bem 

estar do paciente e minimizando o desconforto pós-operatório. Além disso, quando  combinada com a oxigenoterapia hiperbárica, o processo de recuperação é  significativamente acelerado, reduzindo o risco de complicações e favorecendo a  regeneração tecidual. Entretanto, mesmo em procedimentos de média complexidade,  é fundamental realizar uma avaliação e acompanhamento adequado do paciente, a  fim de evitar o adiamento do tratamento de possíveis complicações. Fatores como a  condição sistêmica, psicossocial e de renda do paciente devem ser considerados para  a escolha do tratamento mais adequado. A literatura científica tem demonstrado a  eficácia dessa técnica, destacando-a como uma alternativa superior para o fechamento  de fístulas bucosinusais, com resultados sustentáveis a longo prazo. Essa abordagem  inovadora, que alia simplicidade, segurança e resultados clínicos satisfatórios, é,  portanto, uma solução viável para a odontologia moderna.

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1Graduando em Odontologia. Centro Universitário São Lucas – UNISL. E-mail: laurageisa@outlook.com
2Graduando em Odontologia. Centro Universitário São Lucas – UNISL. E-mail: reisrafaela23@gmail.com
3Especialista em Cirurgia Bucomaxilofacial, Docente do Centro Universitário São Lucas – UNISL. E-mail: samuel.bicalho@saolucas.edu.br