TRATAMENTO DE COMUNICAÇÃO BUCO-SINUSAL UTILIZANDO ENXERTOS ÓSSEOS AUTÓGENOS: REVISÃO DE LITERATURA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10079781


Daniela Coelho Martins1
Geovanna Dias Matos2
Rufino José Klug3
Ricardo Kiyoshi Yamashita4


RESUMO: No tratamento da comunicação buco-sinusal existe diferente tipos de técnicas de solucionar essa complicação entre a cavidade oral e o seio maxilar, um dos meios utilizados pelo cirurgião dentista (CD) é através de enxertos ósseos que visam fechar a abertura e promover a regeneração óssea na área afetada devido ao seu grande índice de sucesso. Esse trabalho tem como finalidade compreender como ocorre a comunicação buco-sinusal, intervenção da comunicação com enxertos ósseo autogéneo, evitar  complicações que acontece no seio maxilar durante a cirurgia  que ocorre frequentemente na exodontia de dentes superiores posterior por ser próximo ao seio maxilar e como através de estudos de livros, artigos indexados no Medline, scieLo e google acadêmico, no período de março a outubro de 2023. Portanto é de extrema necessidade que o clínico tenha total conhecimento teórico/prático na prevenção, na utilização do enxerto ósseo autógeno e técnica para cada caso de patologia sinusial, pois é um fato que ocorre com frequência nos atos de cirurgia.

Palavras-Chave: Buco Sinusal. Cirurgia Bucal. Fístula. Seio Maxilar.

ABSTRACT: In the treatment of oral-sinusal communication, there are different types of techniques to solve this complication between the oral cavity and the maxillary sinus. One of the means used by the dental surgeon (DS) is through bone grafts that aim to close the opening and promote bone regeneration in the affected area due to their high success rate. The purpose of this study is to understand how oral-sinusal communication occurs, the intervention of communication with autogenous bone grafts, avoiding complications that occur in the maxillary sinus during surgery, which often occurs in the exodontia of posterior maxillary teeth because it is close to the maxillary sinus and how through studies of books, articles indexed in Medline, scieLo and google academic, from March to October 2023. It is therefore extremely necessary for clinicians to have full theoretical/practical knowledge of prevention, the use of autogenous bone grafting and the technique for each case of sinus pathology, as this is a fact that occurs frequently in surgery.

Keywords: Buccal Sinus. Oral Surgery. Fistula. Maxillary Sinus.

1. INTRODUÇÃO

As comunicações buco-sinusais possuem causa patológica ou por trauma, sendo importante o entendimento de cada para escolha do tratamento. Isso ocorre geralmente após extrações de terceiros molares superiores devido a proximidade da raiz com o seio maxilar, além disso, há também fatores etiológicos com menor frequência como o trauma, lesões periapicais e ressecção de cistos ou tumores (RALDI et al., 2006).

O diagnóstico é geralmente realizado por procedimentos clínicos e radiográficos. Dentre esses: radiografias apicais, panorâmica, projeção de Waters e a tomografia computadorizada. Técnicas que visualizam a projeção extra-oral permitem melhor a visibilidade, a tomografia fornece informações do tamanho, características ósseas e natureza da lesão da mucosa sinusal (PARISE; TASSARA, 2016).

O tratamento da comunicação buco-sinusal desempenha um papel crucial na prevenção da contaminação alimentar ou salivar, que pode levar a complicações como infecções bacterianas, cicatrização prejudicada e sinusite maxilar crônica. É de suma importância abordar e fechar adequadamente qualquer comunicação entre a cavidade oral e o seio maxilar para evitar tais complicações. (BORGONOVO et al., 2012; FREITAS, 2003).

O tratamento da sinusite odontogênica gerada pela comunicação é realizada com foco em sua causa e sobre a sinusite. Assim, é possível eliminar a infecção existente e prevenindo recidivas ou complicações. Normalmente é necessário a terapêutica medicamentosa e cirúrgica (BROOK, 2006).

1.1 Justificativa

A comunicação buco-sinusal é uma condição clínica que apresenta desafios no seu tratamento devido às suas consequências potenciais, como infecções sinusais, formação de fístulas oroantrais e sintomas incômodos para o paciente. O tratamento adequado dessa condição é essencial para prevenir complicações e promover uma recuperação adequada.

O tratamento adequado da comunicação buco-sinusal é essencial para prevenir complicações como infecções sinusais, sinusites crônicas, sinusites odontogênicas e até mesmo a formação de fístulas oroantrais. Além disso, a comunicação buco-sinusal pode levar a sintomas desagradáveis para o paciente, como halitose, secreção nasal de sabor salgado, dor e desconforto local.

Nesta perspectiva, é fundamental que os profissionais de odontologia e otorrinolaringologia estejam familiarizados com as opções de tratamento disponíveis para essa condição. Desde medidas conservadoras, como o uso de medicamentos e técnicas de fechamento primário, até intervenções cirúrgicas mais complexas, como enxertos e retalhos mucoperiosteais, existem diferentes abordagens terapêuticas que podem ser adotadas.

No entanto, o tratamento da comunicação buco-sinusal pode variar dependendo de fatores como o tamanho da comunicação, a presença de infecção, as características individuais do paciente e a experiência do profissional de saúde. Diante dessa complexidade, é fundamental contar com uma revisão atualizada da literatura que sintetize as informações disponíveis sobre as opções de tratamento.

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo Geral

Discutir como é realizado o tratamento da comunicação buco-sinusal com Enxertos Ósseos.

1.2.2 Objetivos Específicos

Fornecer uma visão abrangente da comunicação buco-sinusal em relação com enxerto ósseo.

Contribuir para a compreensão atualizada do tratamento dessa condição clínica.

REFERENCIAL TEÓRICO

1.3 Definição

Apresenta-se como uma cavidade preenchida por ar, que se comunica com a fossa nasal através do óstio sinusal maxilar. O seio maxilar é considerado o maior dos seios paranasais. Radiograficamente, tem aspecto radiolúcido, porém, o limite dessa cavidade, uma fina camada de osso compacto, aparece como uma linha radiopaca. Podendo variar em forma e tamanho,  em diferentes indivíduos, bem como entre o lado direito e esquerdo, no mesmo indivíduo. O seu tamanho depende de fatores como idade, sexo, etnia e condições individuais. Crescem lentamente até a puberdade e completa seu desenvolvimento após o aparecimento dos dentes permanentes. E o seu crescimento no sentindo vertical está condicionado à erupção dos dentes, enquanto o sentido ântero-posterior depende do  crescimento do túber da maxila. (TEIXEIRA; REHER e REHER, 2013).

Ás variações em relação à forma, encontramos extensões maxilares para o rebordo alveolar, região anterior, tuberosidade da maxila, palato duro, osso zigomático e região orbitário (ARIETA et al., 2005).

Estes seios são circundados por uma camada de epitélio ciliar pseudoestratificado onde os cílios estão em constante movimento e levando o muco pelo óstio sinusal. Existe um padrão de fluxo para cada seio, e este persiste, mesmo na presença de aberturas alternativas, o que é claramente visto no seio maxilar, onde o fluxo mucoso é drenado para o óstio primário e transportado pelo infundíbulo do etmoide em direção ao hiato semilunar e depois em direção ao meato médio. Através do meato médio, maxilar, etmoidal e frontal, as secreções sinusais são drenadas para a nasofaringe. (MAFEE, 1991; NAYAK, KIRTANE, INGLE, 1991; NAYAK, KIRTANE, INGLE, 1991).

Sua vascularização e a inervação são compartilhadas com os dentes superiores. O suprimento arterial da parede mediana origina-se na vascularização da mucosa nasal (artérias do meato médio e do etmoide), além da parede anterior, lateral e inferior provenientes da vascularização óssea (artérias infraorbitárias, faciais e palatinas). A parede mediana sinusal é drenada através do plexo pterigomaxilar. A circulação linfática é assegurada por meio dos vasos coletores da mucosa do meato médio. A inervação é fornecida pelos nervos mucosos nasais (ramificações superiores e látero-posteriores do segundo ramo do trigêmeo) e pelos nervos alveolares superiores e infraorbitário. (MOSS- SALENTIJA, 1985).

O seio maxilar tem como funções: aquecer o ar, aliviar o peso do complexo craniofacial e fornecer ressonância à voz, e evolui, por meio de seleção natural, como assistente para o resfriamento das veias intra e extra cranianas devido ao intenso calor produzido pelo cérebro humano metabolicamente ativo. (GARG e VALCANAIA, 1999).

1.4 Comunicação Buco-Sinusal

A comunicação buco-sinusal é descrita na literatura como um acesso direto, entre o seio maxilar e a cavidade bucal, que frequentemente é realizada acidentalmente durante a extração dentária, quando o ápice do dente apresenta uma íntima relação com a cavidade sinusal. O seu diagnóstico envolve procedimentos clínicos e radiográficos, sendo a manobra de Valsalva um passo importante do exame físico (FERREIRA et al., 2011).

A manobra de Valsalva deve ser realizada em todas as exodontias em região posterior de maxila, sendo extremamente relevante no diagnóstico de comunicação buco-sinusal. O profissional deve realizar o fechamento da comunicação buco-sinusal o mais cedo possível quando detectada durante o procedimento (MARQUEZINE et al., 2010).

O diagnóstico da comunicação buco-sinusal é possível pela manobra de Valsalva em paciente sob anestesia local ou local assistida com sedação. É realizada de forma que o profissional pressione as asas nasais bilateralmente, obstruindo as narinas do paciente e solicitar a ele que expire o ar pelo nariz, mantendo a boca aberta. Na presença da comunicação, o ar será expirado através do alvéolo, para o interior da cavidade bucal, provocando o borbulhamento do sangue, acumulado no próprio alvéolo dentário, com ruído característico (PURICELLI, 2014).

As comunicações podem ser evidenciadas através de radiografias periapicais onde se observa a descontinuidade da linha radiopaca que delimita o assoalho do seio maxilar. Orifícios pequenos, em particular os localizados na parede anterior do seio, poderão ser de difícil evidenciação através destas radiografias. As radiografias extrabucais (Panorâmica e Incidência de Waters) também são limitadas com relação às comunicações pequenas, tendo sua grande importância na observação do seio maxilar envolvido, que poderá apresentar uma radiopacidade difusa (velamento do seio), quando comparada com o seio do lado oposto (FREITAS et al., 2003).

A tomografia computadorizada é o exame indicado para avaliação da comunicação buco- sinusal, pois fornece maior riqueza de informações, não sofre magnificação, nem sobreposição, e, atualmente, é prática comum os procedimentos de intervenções planejadas com exames de tomografia computadorizada devido ao seu custo cada vez mais acessível. (SILVEIRA et al., 2008).

1.5 Complicações

Uma das principais complicações das comunicações buco-sinusais é a sinusite maxilar aguda ou crônica, oriunda da contaminação do seio pela flora bucal, o que impossibilitaria o fechamento dessas comunicações se o seio maxilar estiver infectado (FREITAS et al., 2003).

Outra complicação com relação às comunicações buco-sinusais é o crescimento de uma fístula que é descrita como uma comunicação epitelizada entre a cavidade oral e o seio maxilar. A mesma é estabelecida pela migração do epitélio bucal na comunicação, evento que acontece quando a perfuração dura pelo menos 48-72 horas. Após alguns dias, a fístula é mais organizada, impedindo, portanto, o fechamento espontâneo da perfuração (BORGONOVO et al., 2012

1.6 Técnicas do Tratamento

A inúmeros fatores etiológicos e métodos de fechamento das comunicações buco-sinusais, que dependem do bom diagnóstico e de indicação adequada, variando tais comunicações em relação a tamanho, duração, associação com patologias sinusais e localização (DIAS et al., 2011).

Não existe ainda um consenso sobre as indicações das técnicas para o tratamento desse tipo de complicação cirúrgica. Fechamento espontâneo de comunicações de 1 a 2 mm pode ocorrer, enquanto grandes defeitos que não foram tratados possuem alguma relação com o desenvolvimento de sinusite maxilar. (50% dos pacientes após 48 hora– 90% dos pacientes após 2 semanas), (SCATARELLA et al., 2010).

Já, se a comunicação for de tamanho moderado (2 a 6 mm), medidas adicionais deverão ser tomadas, como uma sutura em forma de oito figurado deverá ser feita sobre o alvéolo dental para assegurar a permanência do coágulo de sangue na área, ou também, pode ser colocado alguma substância promotora de coágulo, tal como uma esponja gelatinosa, dentro do alvéolo antes da sutura. Se a abertura do seio for grande (7 mm ou mais larga), o cirurgião deverá considerar o reparo da comunicação através de um retalho. (HUPP, 2009).

Nos casos em que a fístula buco-sinusal já está instalada, é necessário o tratamento do seio maxilar com a remoção do trajeto fistuloso e utilização de retalhos para o fechamento completo da fístula. (FERREIRA et al., 2008)

1.7 Enxerto Ósseo Autógeno  

Para um enxerto ser considerado favorável tornam-se necessárias algumas características ideais que o osso autógeno apresenta como um substituto ósseo, que são: livre de transmissão de doenças, biocompatibilidade, radiopacidade, microporosidade, estimular a indução óssea, reabsorver em período comparativo ao da formação óssea, ser substituído por tecido ósseo, fácil de ser obtido e manipulado, agir como matriz ou veículo para outros materiais e ter baixo custo(Gross, 1997).

As técnicas de enxerto de osso para o tratamento de comunicações buco-sinusais grandes ou moderadas demonstram ser inovadoras, padrão-ouro para a técnica utilizada, devido ao seu excelente potencial de revascularização, total compatibilidade imunológica e capacidade osteogênica efetiva (BLOCK et al. ¹³C(DHANAVELU et al., 2011).

O uso de enxertos da região de sínfise mandibular possuem como vantagens o uso do mesmo campo de operação (acesso intra- -oral), fácil acesso, redução do tempo operatório, queixas mínimas no pós-operatório e ausência de cicatriz visível, além de que esse enxerto é considerado ideal, pois fornece uma porção de osso cortical para a reconstrução de um seio maxilar sólido e uma porção de osso esponjoso que contém células- tronco mesenquimais multipotentes viáveis para a osteogênese (DHANAVELU et al., 2011).

2. METODOLOGIA

O propósito deste estudo é explorar o tratamento de comunicação buco-sinusal com enxerto ósseo, utilizando uma abordagem qualitativa baseada em revisão de literatura para esclarecer o conhecimento a respeito do tema.

Este estudo será uma revisão de literatura  e para poder ocorrer sua escrita, serão consultas as bases de dados, SCIELO e GOOGLE ACADÊMICO e utilizando o critério de seleção de produções durante os anos de 1985 a 2016.

3. DISCUSSÃO

Inicialmente proposta por BRANEMARK et al. (6), em 1975, a enxertia óssea autógena tem sido amplamente discutida e ratificada como padrão áurico no tratamento de comunicação buco sinusal. posto que o enxerto possui propriedades primordiais para o processo de morfogênese Óssea, tais como rápida revascularização,ausência de reação imunológica e alta osteogenicidade.

Souza; Milani; Thomé, (2014) descreve como grande vantagem o ponto de vista biológica e imunológico, evitando também o risco de contaminação cruzada e feitos colaterais.

Parise e Tassara (2016) dizem que outro ponto de vantagem deste procedimento é que ira permitir que forma  alveolar  seja  mantida e  até mesmo aumente sua dimensão, fácil  acesso, queixas  mínimas pelo paciente e ausência de cicatriz  visível. Como desvantagem o autor aponta  apenas a extensão de duração da manobra.

Entretanto, utilizar do enxerto ósseo na comunicação buco-sinusal significa mobilizar áreas doadoras, o que nem sempre é bem aceito pelos pacientes candidatos à reconstrução óssea, principalmente se as áreas consideradas são extrabucais. Apesar disso, quando o sítio escolhido para a mobilização é intrabucal, diversas vantagens têm sido relatadas: morbidade reduzida, semelhança embriológica, boa estabilidade dimensional, curtos períodos cicatriciais e proximidade entre sítio doador e receptor, entre outras (SKOGLUND et al. (87); SMITH e ABRAMSON (84)).

Diante dessas vantagens, podemos dizer que o completo aproveitamento cirúrgico dos sítios doadores intrabucais é importante, e para que isso aconteça o cirurgião necessita saber identifi-car, a partir de critérios técnicos e táticos cientificamente estabelecidos, todas as regiões anatômicas capazes de doação óssea no interior da cavidade bucal. Até o presente momento, a necessidade de selecionar e mobilizar áreas doadoras intra ou extrabucais é opção terapêutica sustentável e confiável para o correto exercício clínico das técnicas reconstrutivas ósseas. E, considerando se o fato de que as áreas intrabucais são mais familiares à rotina do dentista, devem ser a primeira opção, deixando se as extrabucais unicamente para situações em que a quantidade óssea necessária suplanta sua capacidade de doação. 

O enxerto ósseo autógeno quando comparado aos enxertos ósseos alógenos e xenógenos, suas principais vantagens são a relativa resistência à infecção, incorporação pelo hospedeiro, não ocorrendo reação de corpo estranho, mantém a capacidade osteogênica e osteoindutiva, uma vez que se constitui de substância trabecular com medula óssea viável. Isso faz com que o processo de revascularização e integração ao sítio receptor ocorram de forma  mais acelerada. Além disso, enxertos alógenos e xenógenos, muitas vezes, podem ser, celularmente, interpretados como corpo estranho, fazendo com que ocorra a formação de tecido fibroso ao invés de uma osteointegração. A enxertia óssea autógena a partir de sítios doadores intrabucais apresenta boa incorporação e pouca reabsorção, mantendo assim o volume ósseo enxertado. Contudo, o custo e o medo da contaminação por HIV, hepatite B e C, citomegalovírus e bactérias, muitas vezes, desencorajam os profissionais a oferecerem esta opção ao paciente. Por outro lado, estes enxertos minimizam a morbidade pós-operatória do paciente, pois não necessitam de intervenção cirúrgica em outros sítios doadores. Além disso, a dificuldade da escolha de um biomaterial não autógeno se dá principalmente pelas suas características e propriedades requisitadas, ao ser utilizado em determinado defeito ósseo em humanos O biomaterial dever ser, por exemplo, biocompatível ou biotolerado, osteoindutor, osteocondutor, osteogênico, além de permanecer no organismo por um tempo compatível para sua substituição por um novo tecido ósseo; deve ser de fácil manipulação, esterilizável, facilmente obtido, hidrofílico, econômico, não devendo atuar como substrato para a proliferação de patógenos, não ser cancerígeno ou teratogênico e antigênico. Contudo, nenhum biomaterial atualmente conhecido, possui todas as características requisitadas.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 

À medida que nos aproximamos do final desta revisão de literatura, fica claro que o período de 1985 a 2016, torna-se evidente o significativo avanço e aprimoramento no campo da comunicação bucosinusal e no uso de enxerto ósseo. Os desafios enfrentados pelos profissionais envolvem não apenas as técnicas cirúrgicas, mas também a adaptação a novas tecnologias e o refinamento de estratégias de tratamento. A interseção entre a odontologia e a comunicação bucosinusal por meio de enxertos ósseos reflete não apenas uma evolução na prática clínica, mas também a importância crescente de uma abordagem multidisciplinar e a busca por métodos eficazes para reabilitação e restauração.

É inegável que a eficácia do enxerto ósseo na comunicação bucosinusal representa um marco na capacidade de restauração da anatomia e funcionalidade da região. Essa evolução destaca não apenas a importância da técnica, mas também ressalta seu papel na melhoria da qualidade de vida dos pacientes. Portanto, à medida que avançamos, é crucial continuar refinando e ampliando o conhecimento nesse domínio, promovendo não apenas a prática clínica aprimorada, mas também a capacidade de oferecer soluções mais eficazes e personalizadas para os desafios na comunicação bucosinusal, estabelecendo assim novos parâmetros para o cuidado odontológico de qualidade.

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1Acadêmica de Odontologia; Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos – UNITPAC; Av. Filadélfia, 568; Setor Oeste; CEP: 77.816-540; Araguaína – TO. E-mail: martinsdaniela0608@gmail.com. ORCID: http://orcid.org/0009-0009-9878-3544
2Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos – UNITPAC. E-mail: geovannamatos14@gmail.com. ORCID: http://orcid.org/0009-0006-0253-7145
3Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos – UNITPAC. E-mail: rufino.klug@unitpac.edu.br. ORCID: http://orcid.org/0000-0003-3445-9349
4Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos – UNITPAC. E-mail: Ricardo.yamashita@unitpac.edu.br. ORCID: http://orcid.org/0000-0002-2976-8406