TRATAMENTO DA CRISE VASO-OCLUSIVA NA ANEMIA FALCIFORME: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7994162


Aline Almeida da Silva
Endy Souza Silva
Layla de Menezes de Oliveira
Leandra Rosique Lara
Maristela Silva Machado
Nathalia Duarte Costa
Nathalia Elvira Rolim de Araújo
Néria Duarte Costa
Orientador: Jhonathan Gonçalves da Rocha


INTRODUÇÃO: A anemia falciforme é uma anomalia genética recessiva do gene da hemoglobina S (HbS) que causa alteração na conformação levando-a a forma conhecida como “hemácia em foice”, com maior prevalência na população negroide. A hemácia “falcizada” causa a vaso-oclusão, pois esse formato impede a adaptação para o fluxo normal nos microcapilares, o que pode causar hipoxemia, necrose e desorganização microvascular. OBJETIVO: Realizar um estudo sobre os principais tratamentos da crise vaso-oclusiva na anemia falciforme e importância do tratamento dessas crises e a sua prevenção para evitar complicações crônicas e agudas que afetam a qualidade de vida do indivíduo. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, cujos artigos foram selecionados nas bases de dados PubMed, Scielo e Google Acadêmico. A busca de dados foi efetuada em abril de 2023, sendo utilizado os descritores: anemia falciforme, crise vaso-oclusiva, hemoglobina S, sendo utilizados artigos na língua inglesa e portuguesa. RESULTADO E DISCUSSÃO: A vaso-oclusão é uma das características mais marcantes na anemia falciforme, geralmente acompanhada de crises álgicas, responsável por diversas complicações. A oclusão ocorre devido à maior adesão das hemácias ao endotélio, de 2 a 10 vezes mais que uma hemácia normal, que culmina em isquemia tecidual. Essa adesão pode acontecer espontaneamente, mas também pode ser influenciada por fatores exógenos como infecções, desidratação, exposição ao frio ou até mesmo estresse. Atualmente, o diagnóstico dessa hemoglobinopatia é feito precocemente, primeiramente pelo rastreio por meio do teste do pezinho e a confirmação pela eletroforese de hemoglobina. O tratamento baseia-se em medidas que visam impedir ou atenuar os fatores desencadeantes das crises como manter-se hidratado, profilaxia contra o pneumococo, reativação da síntese de hemoglobina fetal e hemotransfusão. CONCLUSÃO: É de grande importância que o tratamento da anemia falciforme seja realizado assim que o paciente é diagnosticado para evitar complicações como úlceras, crises álgicas, hemólise crônica, lesões progressivas em vários órgãos como: rins, baço, fígado, pulmões.

PALAVRAS-CHAVE: Anemia falciforme; Crise vaso-oclusiva; Hemoglobina S.

REFERÊNCIAS:

BRAGA, J.A.P., Medidas gerais no tratamento das doenças falciformes. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. 29 (3), Set 2007.

ZAGO, M.A., PINTO, A.C.S., Fisiopatologia das doenças falciformes: da mutação genética à insuficiência de múltiplos órgãos. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. 29 (3), Set 2007.

CANÇADO, R.D., JESUS, J.A., A doença falciforme no Brasil. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. 29 (3), Set 2007.