TRATAMENTO CONSERVADOR DA ESCOLIOSE IDIOPÁTICA DO ADOLESCENTE: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7649726


Victor Maroja Limeira Brito Espinola1
André Luís Lopes Gomes de Siqueira2
Iracema Filgueira Leite3
Luiz Eduardo Duque Portela4


RESUMO

Introdução: A revisão integrativa é um método de levantamento e análise de dados relevantes que dão subsídios para escolha de novas linhas de pesquisas e/ou decisões terapêuticas. Devido ao crescente número de pacientes portadores de deformidades da coluna, que sofrem de suas complicações, sendo a mais prevalente a Escoliose Idiopática do Adolescente, justifica-se a necessidade de maiores investigações para elucidar a melhor conduta quanto a essa patologia, na tentativa de evitar a obrigação de sujeitar o paciente à intervenção cirúrgica. Objetivo: Esclarecer as condições do conhecimento público acerca dos tratamentos conservadores no manejo da escoliose idiopática do adolescente. Métodos: Revisão integrativa da literatura produzida entre os anos de 2014-2019 e disponibilizada nas bases de dados da Cochrane. Resultados e Discussão: Selecionados 17 artigos de 34 publicações identificadas nas plataformas de pesquisa que corresponderam aos pré-requisitos da pesquisa. Após leitura integral foram divididos em três grupos para melhor análise e discussão: qualidade de vida, órtese e exercícios físicos associados à órteses. O primeiro grupo (7 estudos) demonstrando forte impacto no bem-estar dos pacientes, tanto em relação ao processo saúde-doença quanto ao tratamento, indispensando a realização de acompanhamento psicológico para melhorar a qualidade de vida destes pacientes. No segundo (5 estudos) a avaliação dos tratamentos ortéticos, comprovaram que a adesão ao tratamento e as novas modalidades terapêuticas, como o colete de Osaka e o colete FEM, apesar de mais eficientes, não diminuem a eficácia das órteses tradicionais. Por fim, o último grupo (5 estudos) confirma os achados pelo segundo grupo, contudo confirmando melhores resultados quando os tratamentos ortéticos são associados a exercícios físicos específicos para escoliose. Conclusão: Acordando com as diretrizes vigentes, os tratamentos atuais e os em desenvolvimentos demonstram-se eficazes, entretanto obteve-se melhores resultados com a associação destes. Ainda suscitando a imprescindibilidade do acompanhamento psicológico para diminuição do impacto na qualidade de vida destes pacientes e maiores pesquisas para confirmação e melhoria de novos esquemas terapêuticos.

Palavras- chave: Tratamento conservador, escoliose idiopática do adolescente, ortopedia.

ABSTRACT

Introduction: Integrative review is a method of collecting and analyzing data relevant to the choice of new lines of research and / or therapeutic plans. Due to the increase on the number of patients with deformities of the spine, which suffer with its complications, the most prevalent being Adolescent Idiopathic Scoliosis, it is justified the need for further investigations to elucidate about that pathology, in an attempt to avoid the obligation to subject the patient to surgical intervention. Objective: To clarify the adolescent’s competences regarding conservative treatments in the management of adolescent idiopathic scoliosis. Methods: Integrative review of the literature between the years 2014-2019 and available in the Cochrane databases. Results and Discussion: Selected 17 articles from 34 publications identified in the research platforms that corresponded to the prerequisites of the research. After full analysis, they were divided into three groups for better analysis and discussion: quality of life, bracing and physical exercises associated with orthotics. The first group (7 studies) demonstrated a strong impact on the patients’ well-being, related to the health-disease process and the treatment, and the necessity to perform psychological follow-up to improve the quality of life of these patients. In the second (5 studies) the evaluation of orthotic treatments, they showed that adherence to treatment and new therapeutic modalities, such as the Osaka brace and the FEM brace, although more efficient, do not diminish the effectiveness of traditional orthoses. Finally, the last group (5 studies) confirmed the findings by the second group, however confirming better results when orthotic treatments are associated with physical scoliosis specific exercises. Conclusion: In agreement with contemporaneous guidelines, current and ongoing treatments are effective, however, better results were obtained with the association of these with exercises. Still raising the need for psychological counseling to reduce the impact on the quality of life of these patients and further research to confirm and improve new therapeutic regimens.

KEYWORDS: conservative treatment, adolescent idiopathic scoliosis, Orthopedic.

INTRODUÇÃO

A Revisão Integrativa tem como propósito a avaliação do consolidado acerca de assuntos, expondo e examinando o atestado pelas publicações. Mediante isto e à ação médica conjuntamente a outros profissionais considerando o impacto, como também a complexidade das doenças crônicas, uma medida de analgesia muito utilizada, também visando a correção da causa base, é o encaminhamento à fisioterapia. O levantamento da prevalência dos casos que necessitam deste acompanhamento, dá um vislumbre do volume real de pessoas sofrendo devido a estas condições.

Com isso, segundo Souza e Oliveira 2015, o quadro de dor lombar baixa representa maior taxa de encaminhamentos a serviço de fisioterapia entre os encaminhamentos por dor musculoesquelética: correspondendo à 17,99% dos encaminhamentos, a faixa etária 40-79 anos é responsável por 79,24% e a quinta década de vida acarreta 25,69 % de todos os atendimentos, a dorsalgia como CID traz também 4,88% estando entre as 5 mais prevalentes.

Colocando assim a musculatura e estruturas para vertebrais como pontos centrais de discussões ao redor do mundo, visto que, “Depois da hipertensão arterial, as afecções dolorosas da coluna vertebral são a segunda doença crônica mais prevalente na população brasileira. Cerca de 27 milhões de pessoas, 18,5% da população acima dos 18 anos, têm o diagnóstico de patologias crônicas da coluna vertebral, representado pela lombalgia crônica, enquanto doenças cardiovasculares representam 4,2% e diabetes, 6,2%” (SIZINIO p.53, 2017). 

A escoliose, conceitua-se pela anormalidade posicional e estrutural da coluna vertebral tridimensionalmente, acarretando alterações sistemáticas de outros órgãos, principalmente musculares (mais relacionado com musculatura paravertebral e segmentos nas cinturas pélvica e escapular). Quando relacionada à alguma síndrome genética ou condição médica conhecida, a evolução e prognóstico são consolidados, pois comumente necessitam de intervenção cirúrgica mais precoces. Porém, as de origem idiopática, que acometem pessoas após os 10 anos de idade, são mais frequentes (80%) e tem tempo de evolução variável, é a Escoliose Idiopática do Adolescente ou Adolescent Idiopathic Scoliosis (AIS). (AROEIRA, 2019; CIACCIA, 2017; ARAUJO, 2016; SIZINIO, 2017)

Isto impacta a longo prazo a qualidade de vida destes pacientes, com o afastamento temporário ou permanente de suas atividades laborais, devido às complicações (sendo a dorsalgia a mais comum). Em pacientes com mais de 70 anos 68% apresentam limitações em decorrência da escoliose. (EVANIEW, 2015)

Para diagnóstico e acompanhamento desta doença, utiliza-se o método de Cobb, que consiste na utilização de setas traçadas perpendicular e imediatamente acima da borda superior da primeira vértebra inclinada, e abaixo da borda inferior da última vértebra inclinada da concavidade, iniciando a análise radiográfica da coluna cervical, no corpo vertebral C1. A angulação mensurada é a que se dá no encontro das setas. Se fazendo necessário o estudo radiográfico pré, peri e pós-tratamento, com radiografia simples ântero posterior ou posteroanterior e lateral da coluna vertebral. (SIZINIO, 2017)

A partir da obtenção destes dados e associados a outras condições em que se enquadram o paciente (idade, comorbidades etc.), sugere-se um perfil de evolução da patologia, contudo a avaliação periódica é obrigatória, pois o ângulo de Cobb e a progressão deste orientam a terapêutica indicada. (SIZINIO, 2017; NEGRINI et.al.,2018)

A diretriz mais recente da Sociedade Científica Internacional de Tratamento Ortopédico e Reabilitador da Escoliose- International Scientific Society on Scoliosis Orthopaedic and Rehabilitation Treatment (SOSORT), de 2016, orienta sobre diagnóstico e conduta da escoliose. Preconizando para cada faixa etária e estadiamento da doença a terapia mais adequada (Quadro 1). (NEGRINI et al.,2018)

Utiliza-se também para determinar a melhor conduta, o estágio de maturidade óssea de Risser. Considerando a ossificação da apófise da crista ilíaca como marcador preditivo: Risser 0 sendo um esqueleto imaturo, sem nenhuma ossificação da apófise e Risser 5 um esqueleto completamente maduro, sem progressão ou com mínimo crescimento nos próximos anos. A variação entre Risser 1 e 4 se dá pela calcificação da cartilagem apofisária de 25% a cada estágio, estimando-se evolução nesses estágios de 1 a 3 anos. (MINKARA et al., 2018)

Desta forma tendo como objetivo geral a compreensão dos tratamentos conservadores no manejo da escoliose idiopática do adolescente. Ademais, especificamente, a descrição de informações que auxiliem no aprofundamento de pesquisas que criam e aperfeiçoam técnicas empregadas no tratamento conservador da escoliose idiopática do adolescente, esclarecimento das condutas terapêuticas conservadoras da escoliose idiopática do adolescente e a discussão acerca das consequências da escoliose idiopática do adolescente na qualidade de vida.

MÁTERIAS E MÉTODOS

Consiste na pesquisa documental bibliográfica através de levantamento e análise sistemáticos da literatura existente, a revisão integrativa, de material publicado gratuita e virtualmente de 2014 a 2019. Utilizando como ferramenta de pesquisa as bases de dados da Cochrane: Scientific Eletronic Library Online– SciELO, United States Nacional Library of Medicine– PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde- BVS (as plataformas LILACs e Medline utilizam a BVS como base de dados) e Periódicos- capes/mec (Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior/ Ministério da Educação e Cultura) para a pesquisa dos artigos.

Obedecendo os critérios de seleção: a inclusão por meio utilização de descritores específicos com a tradução para o inglês quando nas plataformas internacionais; avaliação do conteúdo dos artigos através da leitura dos resumos, para confirmação da congruência com o tema; exclusão das duplicatas; exclusão de artigos indisponíveis para leitura integral; exclusão de textos incompatíveis com o tema e exclusão dos artigos que abordam terapia invasiva/ cirúrgica.

Consubstanciando os descritores “escoliose”, “idiopática”, “adolescente” que caracterizam a patologia estudada; como também; “tratamento”, “conservador” visando a terapêutica alvo; e as respectivas traduções em inglês “scoliosis”, “idiopathic”, “adolescent”, “treatment” (considerando a correspondência “therapy”) e “conservative” objetivando ampliar a pesquisa para o âmbito internacional, nas plataformas previamente selecionadas.

Observando também a pertinência da leitura integral do material selecionado, corroborando para consolidação da confiabilidade dos resultados obtidos e fornecendo aporte às discussões subsequentes. Foram assim, selecionados artigos que estivessem disponíveis integram e gratuitamente, e que condissessem com os descritores, como também o tema da revisão.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Construiu-se o fluxograma (Figura 1) das lidas para sistematizar a pesquisa seguindo a metodologia proposta. Dispondo assim de resultados concretos e reprodutíveis. Obtendo-se ao final da seleção 17 artigos pertinentes ao trabalho proposto.

Figura 1- Fluxograma

Diagrama
Descrição gerada automaticamente

Fonte: Do autor

Foram pesquisados trabalhos que correspondessem aos descritores: escoliose, idiopática, adolescente, tratamento e conservador. Identificando-se o total de um artigo nos periódicos da Capes, 192 na plataforma PubMed, 203 na BVS e dois artigos disponíveis na SciELO. Dentre estes, foram selecionados apenas trabalhos publicados no período de 2014 a 2019 e que estivessem disponíveis completa e gratuitamente nas plataformas, alcançando 32 artigos no PubMed, 40 na BVS e um artigo na SciELO. 

A partir do universo de 73 trabalhos, excluíram-se as duplicatas e publicações indisponíveis para leitura completa em inglês ou português, gerando um total de 34 artigos para análise integral. Após estudo das publicações, elegeu-se uma amostra final de 17 artigos compatíveis com a temática abordada.

1.1 Qualidade de vida

A literatura atual, acompanhando a humanização em outras áreas da medicina, traz como aspecto importante o impacto da Escoliose Idiopática do Adolescente na qualidade de vida dos pacientes. Demonstrado por 7 artigos que buscaram correlacionar as alterações anatômica com declínio do bem-estar.

Em estudo de coorte publicado em 2015 por Simony et al., que comparou o efeito dos tratamentos cirúrgico e conservador sobre a qualidade de vida de pacientes, fazendo seguimento completo de 170 pacientes 83% do total no início da pesquisa, sendo o grupo tratado com colete de Boston composto por 73 indivíduos entre 34-47 anos (41,4 anos de média), já o grupo submetido a cirurgia por 97 indivíduos entre 33-47 anos (37,6 anos de média), acompanhados em média por 26.5 anos (22-31 anos) e 24.5 anos (22-30 anos), respectivamente. Utilizaram-se os questionários Scoliosis Research Society22R (SRS22R) e Short Form 36 (SF36v1) para avaliar quesitos: função, dor, saúde física, saúde mental, auto imagem e satisfação.

Fonte: Adaptado de Simony et al., 2015

Demonstrando que, a despeito da satisfação com o resultado do tratamento, não houve diferença significante na qualidade de vida entre os pacientes sujeitados à procedimento cirúrgico dos pacientes submetidos ao tratamento conservador. Sugerindo, assim, que não há vantagens na realização de tratamento invasivo para a melhora na qualidade de vida destes pacientes.

Através de uma pesquisa mais subjetiva D’Agata et al., utilizando a análise do Human Figure Drawning (HFD) – realizada por dois avaliadores (psicólogos treinados para tal avaliação) – Considerando-se a correspondência entre os pareceres dos avaliadores, esta relação apresentada como significante pelo coeficiente k, maior ou igual a (0.6).  E o comparando com o questionário SRS22R, para análise do impacto na qualidade de vida. Toda a pesquisa foi supervisionada por quatro aplicadores: um médico, dois fisioterapeutas e um psicólogo.

Avaliaram a influência da AIS em 49 pacientes entre 9- 26 anos e um 50º paciente cuja idade é desconhecida.  Destes estavam sobre tratamentos conservadores 38 pacientes, os outros 12 ficaram apenas sob observação, 26 fizeram fisioterapia e 27 o uso de coletes (13 em tempo integral). Quase a totalidade, 92%, eram mulheres.

Não apresentando diferença relevante entre o grupo submetido ao tratamento e o grupo mantido sob observação. Sugerindo que o tratamento conservador com colete rígido, não alterando a qualidade de vida. Contudo confirmando o impacto da patologia sobre a saúde dos pacientes. 

Ademais, do ponto de vista da avaliação do HFD deste mesmo grupo de pacientes, cerca de 50%, apresentaram sinais de ansiedade, representados pela ocultação de membros ou regiões que demonstram assimetrias anatômicas.

Ainda, apresentam média de 22,7 traços sugestivos de emoções por paciente, padrão este identificado por ambos os avaliadores. Porém não representando alteração do padrão de personalidade. Nesta avaliação, houve mais significativamente a tentativa de ocultação de membros na divisão de subgrupos por idade: 22 pacientes (9-14 anos) e 27 pacientes (15-26) – o subgrupo mais velho foi responsável pela maior frequência. Indicando que a escoliose compromete progressivamente a qualidade de vida dos pacientes.

Como atestado por Zimoń em estudo desenvolvido entre setembro de 2013 e fevereiro de 2014 com 63 pacientes com escoliose idiopática na faixa etária   de 14,7 ± 2,2 anos de idade (54 meninas, 9 meninos).  Os pacientes foram separados em dois grupos: 32 pacientes tratados   pelo método Dobomed exclusivamente e 31 pacientes tratados pelo método Dobomed associado ao colete Chêaneu. Ainda foram divididos quanto ao grau da escoliose baseado na angulação de Cobb: escoliose leve (5-15º), escoliose   leve a moderada (16-24º), escoliose moderada (25-34º), escoliose moderada a severa (35-44º) e escoliose severa.  Compostos por 16, 20, 15, 11 e 1 pacientes respectivamente.

A curvatura da escoliose (Cobb) foi correlacionada com o estresse através de questionários Bad Sobernheim Stress Questionnaire Deformity (BSSQ- Deformity) e Bad Sobernheim Stress Questionnaire Brace (BSSQ- Brace), sobre quanto ao estresse relacionado a escoliose em si e ao uso do colete; antes e após 3 semanas de internação.

Os resultados demonstram que a evolução da doença é proporcional ao nível de estresse, e embora a modalidade do tratamento não influencie, o tratamento ortético em si é um fator estressante a mais a que esses pacientes são submetidos. E quando associado ao perfil dos pacientes, o grupo de maior idade apresentou maior estresse em ambos os quesitos: quanto a deformidade e quanto ao uso do colete. Também significativamente (p<0,05) na relação sexo-estresse. Pacientes do sexo masculino apresentaram menos estresse quanto a deformidade e quanto ao uso do colete, do que pacientes femininas na mesma faixa etária.

Misterska et al., em duas publicações   Back and neck pain and function in females with adolescent idiopathic scoliosis: A follow-up at least 23 years after conservative treatment with a Milwaukee brace de dezembro de 2017 e Long-term effects of conservative treatment of Milwaukee brace on body image and mental health of patients with idiopathic scoliosis de fevereiro de 2018. Avaliou pacientes após 23 anos de tratamento com o colete de Milwaukee, acompanhadas entre os anos de 1974 e 1990 em clínica de ortopedia pediátrica e traumatologia.

As pacientes foram selecionadas através da avaliação dos prontuários, apenas 40 pacientes correspondiam aos critérios de inclusão, mas devido a fatores extrínsecos a pesquisa (mudança de endereço, mudança de nome após casamento etc), a amostra final contou com 30 indivíduos. Que foram comparadas a 42 mulheres saudáveis, com idade e perfil similar às pacientes estudadas, selecionadas aleatoriamente (excluídas as que possuíssem histórico de cirurgias nas costas e/ou escoliose importante, não podendo ter rotação torácica maior que 5º). 

Em 2017, foram utilizados os questionários Revised Oswestry Low Back Pain Disability Index (RODI), que avaliou a intensidade da dor na coluna lombar de acordo com a realização das atividades diárias, e o Rolland-Morris Questionnaire (RMQ), o qual avalia o grau de disfunção devido a dor na região lombossacra. Ademais, para avaliar a relação da intensidade da dor com limitações da coluna cervical durante tarefas cotidianas, utilizou-se o Neck Disability Index (NDI).

Os dados corroboram a hipótese do decréscimo da saúde de portadores de escoliose idiopática do adolescente, em todos os quesitos apresentando resultados inferiores ao do grupo controle. Já nos questionários sobre o comprometimento das atividades cotidianas devido a doença e suas complicações, os dados demonstram o prejuízo da funcionalidade, majoritariamente leve ou moderado. Entretanto, significativamente, 1/5 dos pacientes tiveram repercussão severa devido à lombalgia. 

No tangente ao impacto do tratamento conservador com o coleto Milwaukee sobre a qualidade de vida dos usuários, Misterska et al., traz resultados significativos através da aplicação dos questionários Bad Sobberheim Stress Questionnaire- Deformity (BSSQ-Deformity) e Bad Sobberheim Stress Questionnaire-Brace (BSSQ-Brace), os quais avaliaram, respectivamente, o efeito da deformidade no humor, nas interações sociais e o estresse suscitado pela experiência; e a carga psicológica causada pela necessidade do tratamento conservador. Além de analisar a relação do uso do dispositivo com o humor, as interações sociais e o aumento do estresse como consequência. 

Além desses, Misterka et al., aplica em seu estudo mais recente o questionário Polish versions of Scoliosis Research Society (SRS-22) e também o Spinal Appearance Questionnaire (SAQ) para melhor captura desse impacto. Sendo o SRS-22 um reflexo da percepção subjetiva de saúde desses pacientes e das medidas relacionadas a qualidade de vida. O SAQ complementa o BSSQ-Deformity por sua avaliação da percepção da deformidade da coluna da perspectiva dos pacientes.

Demonstrando o impacto na qualidade de vida e complementada com a avaliação da percepção acerca da deformidade, sendo os principais pontos de desconforto aos pacientes a protuberância das proeminências ósseas (costelas e crista ilíaca) e o desalinhamento do eixo axial, intensificado pela assimetria anatômica apendicular. Fornece também dados para comparação com estudo de Zimoń et al. em relação ao estresse sofrido pelos pacientes quanto a essas deformidades e o uso do colete.

Os estudos divergem quanto a severidade do estresse sofrido, sendo nestes estudos um perfil de maior severidade do estresse, contudo confirmando a teoria de Zimoń et al, de que o fator idade contribui para isto. Conduzindo o pensamento de que quanto mais tempo de patologia e quanto maior a idade do paciente (maior taxa de comorbidades associadas) maior o estresse com a deformidade. Do mesmo modo, de uma visão retrograda ao tratamento, a maior repercussão do uso do colete no estresse sofrido por estes pacientes, existindo neste quesito o viés da memória, corroborando para a sugestão de ambas as pesquisas na adoção do acompanhamento psicológico aos pacientes.

Lee et al. 2016, avaliou 110 adolescentes com idades entre 10 e 19 para compreender o impacto da AIS na qualidade de vida. Como critério de exclusão os participantes não poderiam ter outra doença musculoesquelética diagnosticada. Os participantes selecionados foram divididos pelo perfil biológico e patológico; e foram submetidos ao questionário SRS-22, sendo comparadas as médias da pontuação entre os subgrupos de cada item. 

Reforçando o demonstrado nas pesquisas anteriores, acerca do maior dano a qualidade de vida nos grupos de maior idade e maior curvatura escoliótica, divergindo quanto a distribuição nos gêneros, pacientes masculinos apresentando maior comprometimento. Entretanto, elucidando sobre a metodologia terapêutica, demonstrou que o colete foi mais eficiente na preservação da saúde, já a fisioterapia apresentando pior avaliação.

Em estudo, Lendzion et al., selecionou 90 sujeitos entre as idades de 9-18 anos diagnosticados com AIS que não tivessem recebido tratamento cirúrgico, não fossem portadores de outros tipos de escoliose com causa conhecida ou possuíssem comorbidades neurológicas. Esse estudo utilizou como ferramentas de análise o Trunk Appearance Perception Scale (TAPS) que permite avaliar as deformidades por diversos ângulos visuais e o questionário SRS-22 para análise da qualidade de vida.

Além de ressaltar o impacto na qualidade de vida através do SRS-22, também não atingindo significância estatística, ratifica o achado nos outros trabalhos. Complementando com a avaliação da deformidade quanto ao ponto de vista (p<0,05 em todos os ângulos avaliados), sendo o desconforto com as alterações anatômicas quando curvado (inclinação do tronco, flexão de quadril) a de maior significância e maior correlação com o aumento da amplitude do ângulo de Cobb.

1.2 Órtese

Quando em análise dos estudos sobre resultados de tratamentos conservadores. Dois artigos apresentaram comparações entre escoliose idiopática juvenil e escoliose idiopática do adolescente. Por isso, foram separados dos demais para facilitar a discussão e permitir o aprofundamento nessa comparação.

Ambos estudos apresentaram melhores resultados no grupo com JIS, apesar de resultados semelhantes em pacientes com AIS. Aulisa et al., demonstra que quanto maior o tempo de uso diário, melhores os resultados, mas não demonstrando inferioridade quando na interrupção diária para ir à escola, como no uso em tempo integral diariamente com interrupção por um mês a cada 12 meses. Porém uma redução na eficácia do tratamento quanto maior o tempo de interrupção diária/anual.

Donzelli et al., complementa demonstrando que além da estabilização em cerca de 50% dos pacientes (de ambos os grupos), em grande parte dos pacientes que tiveram alteração da curvatura, houve regressão na angulação da curvatura, não havendo significância na comparação entre os grupos, inferindo que a eficácia do tratamento não difere.

Aulisa et al., em outro estudo (publicado em 2015) demonstra a evolução temporal (t1- início do tratamento; t2- início do desmame; t3- avaliação intermediária; t4- fim do desmame; e t5- acompanhamento após mínimo de 2 anos do fim do tratamento) do tratamento sob colete de Lyon. Através disto, observando que a correção pelo colete é eficaz, e mesmo com o desmame no uso, há redução da curvatura. Mas após a interrupção do tratamento ocorrendo piora, mesmo que não significativa se comparada a melhora alcançada. 

Cobetto et al., traz experimento comparando com grupo controle em tratamento com colete 3D, desenvolvido a partir de reconstituição da coluna dos pacientes tridimensionalmente, e pacientes em tratamento com coletes FEM (finite elements models), construídos também a partir de reconstituição da coluna dos pacientes tridimensionalmente, porém com inserção das variáveis biomecânicas, para aprimoramento da correção também dessas variáveis.

Apesar de uma eficácia grande, redução da curvatura escoliótica em cerca de 25% dos pacientes, no grupo controle. A eficácia no grupo com uso de coletes FEM se provou 2 vezes mais eficaz que o colete 3D padrão, independentemente do tipo de curvatura: torácica ou lombar.

Já Huroki et al., realiza dois estudos com um grupo de pacientes submetidos ao tratamento com coletes desenvolvido pelo Osaka Medical College (OMC), em um primeiro para verificação da eficácia e na segunda pesquisa buscando o valor preditivo dos resultados quanto à adesão ao tratamento. Obtendo os resultados demonstrados na tabela 11, em comparação com outros estudos de mesmos propósitos.

Ambos os estudos se complementam demonstrando que o colete de Osaka reduz sim a angulação Cobb, contudo ressalta-se que houve pouca adesão, apenas 53% dos pacientes aderiam ao tratamento corretamente, alcançando taxa de 88,2% de sucesso. 

Ademais a taxa de sucesso reduziu drasticamente no grupo com má adesão, 47% dos participantes, ao tratamento (42,8%). Suscitando o potencial terapêutico do colete de Osaka, e reiterando a necessidade de maiores estudos e de acompanhamento mais rigoroso.

1.3. Exercício Físico associado a Órtese

Em estudo de coorte desenvolvido por Fusco et al., avaliando a progressão da escoliose idiopática juvenil, constatou-se que 6,6% pacientes progredira, atingindo ângulo Cobb maior que 45º em esqueleto imaturo necessitando de abordagem cirúrgica, eles representam os piores casos das progressões que corresponderam a 70% do total de pacientes. 

A despeito disso, demonstrou também que o início do tratamento precocemente tende a melhorar o prognóstico, possibilitando inclusive redução da curvatura, principalmente em curvaturas toráco-lombares. Esta publicação sugere maiores estudos, principalmente sobre tratamentos conservadores iniciados precocemente.

No mesmo ano, Negrini et al., publicou sobre a taxa de tratamento em pacientes em uso de colete associado a exercícios físicos específicos para tratamento da escoliose. Comprovando que mais de 50% dos pacientes evoluíram com redução da curvatura, independente da curvatura inicial.

Considerando a estabilização da curvatura como sucesso terapêutico, apenas 5% apresentaram falha terapêutica, com acréscimo na angulação da curvatura escoliótica e destes apenas 1 evoluiu com necessidade de tratamento cirúrgico (Cobb >45º ou progressão de >6º). 

Mais recentemente Kwan et al., objetivando comprovar a eficácia da associação de exercícios físicos com o uso concomitante de órteses, mais especificamente os exercícios de Schroth, compara um grupo controle em tratamento apenas ortético, com um grupo submetido ao tratamento combinado. 

Comprovando sua teoria e auxiliando na ratificação de que exercícios físicos auxiliam no tratamento da escoliose, inclusive complementando a eficácia do colete. Onde 79% dos pacientes tiveram sucesso com o tratamento no grupo teste contra apenas 50% do grupo controle.

Para corroborar com isto, os dados estruturados na tabela 12 que comparam os resultados rebuscados das publicações em questão. Tratando assim de demonstrar dados relevantes fornecidos por estas.

CONCLUSÃO

Acordando com as diretrizes da SOSORT,2016. Os artigos trazem dados que reforçam as órteses rígidas como tratamento preconizado para o tratamento conservador da escoliose idiopática do adolescente, principalmente em pacientes com curvaturas mais intensas, contudo a literatura atual conjectura para o início precoce deste tratamento, oferecendo elementos norteadores à instituição da associação de exercícios físicos específicos para escoliose como intensificadora dos resultados terapêuticos.

Conquanto independente do tratamento, perfil do paciente ou perfil patológico as pesquisas demonstraram impacto importante na qualidade de vida destes pacientes associada tanto à doença quando ao tratamento instituído. Sugerindo assim que os pacientes podem ser beneficiados com a adição do acompanhamento psicológico durante a terapia e enquanto houver deformidades ou outras comorbidades associadas que comprometam o bem-estar destes.

Visto que novos modelos ortéticos e exercícios específicos estão sendo desenvolvidos como o colete FEM e o método de Schroth, respectivamente. E em estudos iniciais estão demonstrando taxa de sucesso elevadas tal qual a do colete de Osaka. Deve-se cogitar a elaboração de novas pesquisas e o aprofundamento das pesquisas existentes, para consolidação destas terapias e a mudança do prognóstico atual.

REFERÊNCIAS

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1Bacharel em Medicina, Unipê.
2Médico Ortopedista Oncologista, Mestrando do Programa de Pós-Graduação Modelos Decisão em Saúde, UFPB;
3Enfermeira Pesquisadora CNPQ/UFPB.
4Médico Ortopedista, Unipê.