MENTAL DISORDERS IN PEOPLE LIVING WITH HIV: A LITERATURE REVIEW
TRASTORNOS MENTALES EN PERSONAS QUE VIVEN CON VIH: UNA REVISIÓN DE LA LITERATURA
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch10202411211220
OLIVEIRA, L. da S.1; PEIXOTO, S. S.2; JUNIOR, D. G3.; SANTANA, B. S.4; COSTA, G. E. dos S.5; NUNES, L. M.6 ; OLIVEIRA, P. E. L.7 ; FAGUNDES, V. de C.8;
RESUMO
Objetivo: Analisar a relação entre transtornos mentais e HIV. Métodos: Esta pesquisa analisou a relação entre transtornos mentais e HIV por meio de uma revisão integrativa da literatura. A amostra do estudo foi composta por artigos de metanálise, sendo utilizados artigos publicados entre 2020 e 2023. O estudo abordou a prevalência de transtornos mentais em pessoas vivendo com HIV (PVHIV), destacando fatores de risco, impacto psicossocial e intervenções terapêuticas. Resultados: Os resultados indicam uma alta prevalência de depressão, ansiedade e outros transtornos mentais em PVHIV, exacerbada por estigmas e barreiras ao acesso a cuidados de saúde. A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e terapias mente-corpo, como meditação e ioga, mostraram eficácia na redução dos sintomas depressivos e na melhora da qualidade de vida. A pesquisa destaca a necessidade de abordagens integradas e multidisciplinares para otimizar o tratamento e o suporte psicossocial. Conclusão: Conclui-se que a compreensão aprofundada dessa relação é crucial para o desenvolvimento de políticas públicas e práticas de saúde mais eficazes, melhorando a assistência e a qualidade de vida das PVHIV.
Palavras-chave: HIV, Saúde mental, Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, Transtornos Mentais
ABSTRACT
Objective: Analyze the relation between mental disorders and HIV. Methods: This research analyzed the relationship between mental disorders and HIV through an integrative literature review. The study sample comprised meta-analytic articles published between 2020 and 2023. The study addressed the prevalence of mental disorders in people living with HIV (PLHIV), highlighting risk factors, psychosocial impact, and therapeutic interventions. Results: Findings indicate a high prevalence of depression, anxiety, and other mental disorders in PLHIV, exacerbated by stigma and barriers to healthcare access. Cognitive-behavioral therapy (CBT) and mind-body therapies such as meditation and yoga have shown efficacy in reducing depressive symptoms and improving quality of life. The research underscores the need for integrated, multidisciplinary approaches to optimize treatment and psychosocial support. Conclusion: The study concludes that a thorough understanding of this relationship is crucial for developing more effective public policies and health practices, thereby enhancing care and quality of life for PLHIV.
Key words: HIV, Mental Health, Acquired Immunodeficiency Syndrome, Mental Disorders.
RESUMEN
Objetivo: analizar la relación entre los transtornos mentales y el VIH. Métodos: La muestra del estudio estuvo compuesta por artículos de metaanálisis, utilizándose artículos publicados entre 2020 y 2023. El estudio abordó la prevalencia de trastornos mentales en personas que viven con VIH (PVVIH), destacando factores de riesgo, impacto psicosocial e intervenciones terapéuticas. Resultados: Los resultados indican una alta prevalencia de depresión, ansiedad y otros trastornos mentales en PVVIH, exacerbada por estigmas y barreras en el acceso a cuidados de salud. La Terapia Cognitivo-Conductual (TCC) y las terapias mente-cuerpo, como la meditación y el yoga, mostraron eficacia en la reducción de los síntomas depresivos y en la mejora de la calidad de vida. La investigación destaca la necesidad de enfoques integrados y multidisciplinarios para optimizar el tratamiento y el soporte psicosocial. Conclusión: El estudio concluye que una comprensión profunda de esta relación es crucial para el desarrollo de políticas públicas y prácticas de salud más eficaces, mejorando la asistencia y la calidad de vida de las PVVIH.
Palabras clave: VIH, Salud mental, Síndrome de Inmunodeficiencia Adquirida, Trastornos Mentales.
INTRODUÇÃO
Transtornos mentais são condições clínicas que afetam o funcionamento emocional, cognitivo e comportamental das pessoas. Eles podem envolver alterações de humor, pensamento, comportamento e sensações, além de interferirem no desempenho das atividades cotidianas e na qualidade de vida dos indivíduos afetados. Existem vários tipos de transtornos mentais, como ansiedade, depressão, esquizofrenia, transtorno bipolar, entre outros.1
O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) é um vírus que ataca o sistema imunológico humano, enfraquecendo-o e tornando a pessoa infectada mais suscetível a outras infecções e doenças. A infecção pelo HIV é transmitida por meio de relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de seringas, manejo de instrumentos perfurocortantes, uso de materiais biológicos não esterilizados, parto vaginal e transfusão de sangue.2 Ademais, o vírus da imunodeficiência humana é responsável pela Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA), que é o estágio mais avançado da infecção. A SIDA é caracterizada por um sistema imunológico extremamente enfraquecido com potencial presença de doenças oportunistas.
A relação entre o HIV e os transtornos mentais é complexa e multifacetada. Estudos têm demonstrado que as pessoas que vivem com HIV são mais suscetíveis a desenvolver comorbidades psíquicas, tais como dependência química, depressão, transtorno de estresse pós-traumático, distúrbio do sono, psicose, transtorno de ansiedade e um aumento da prevalência da ideação suicida.3 Os efeitos do HIV na saúde mental podem ser causados por vários fatores, incluindo o estigma social associado à doença, a preocupação com a transmissão da doença para outras pessoas, os efeitos colaterais dos medicamentos antirretrovirais, a perda de entes queridos e o medo do futuro incerto.
Frequentemente, as pessoas vivendo com HIV (PVHIV) são encaradas de forma negativa pela sociedade, devido a estigmas e discriminação. Em muitas partes do mundo, os grupos sociais que sofrem discriminação costumam ser marginalizados, dificultando assim o acesso ao tratamento e ao cuidado adequado, por medo da rejeição e dos constrangimentos nos serviços de saúde.
Portanto, é importante abordar a relação entre HIV e transtornos mentais de maneira integrada e multidisciplinar, a fim de melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas por essas condições.4 Compreender melhor quais são os transtornos mentais que afetam as pessoas que vivem com HIV e de que forma eles impactam suas vidas é importante para que haja disseminação correta de informações, otimização do tratamento e diagnóstico precoce.
Esta pesquisa parte da hipótese de que as pessoas vivendo com HIV possuem determinantes sociais de saúde que impactam diretamente na saúde mental, aumentando o risco de transtornos. Para investigar essa hipótese, o presente trabalho analisa a relação entre o HIV e os transtornos mentais. Esta revisão fornece informações úteis para profissionais de saúde e para o público geral e, com isso, objetiva melhorar o tratamento, o cuidado e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV.
MÉTODOS
A presente pesquisa do tipo qualitativa, com método revisão integrativa da literatura, foi realizada entre janeiro de 2023 e junho de 2024, utilizando a base de dados PubMed, por ser a principal fonte de artigos de medicina. A amostra do estudo foi composta por artigos de metanálise. Foram utilizados artigos publicados entre 2020 e 2023, por serem as pesquisas mais recentes. Foram ainda utilizados os seguintes descritores: (HIV) AND (MENTAL HEALTH), para abranger o tema proposto.
Os critérios utilizados para incluir os artigos foram sua relação com saúde mental, HIV, transtorno mental e SIDA. Artigos tangenciais e com falta de profundidade em relação ao tema, foram excluídos. Os dados coincidentes entre os estudos foram integrados e os dados divergentes foram discutidos. Após leitura, analisou-se de forma integrativa e rigorosa todo o material relevante a fim de se responder às perguntas de pesquisa. O desfecho é a resposta para a questão da pesquisa, após análise da relação entre transtornos mentais e HIV a partir de evidências científicas confiáveis e relevantes
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Epidemiologia
A epidemia do HIV continua a ser uma preocupação global em termos de saúde pública, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. Conforme os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas sobre HIV/SIDA (UNAIDS) em seus relatórios de 2022, que correspondem a dados de 2021, estima-se que aproximadamente 38,4 milhões de pessoas no mundo vivem com HIV. Em 2021 também, cerca de 1,5 milhão de pessoas se tornaram recém-infectadas por HIV e em torno de 650 mil morreram por doenças relacionadas à SIDA. Ademais, até os últimos levantamentos, 84,2 milhões de pessoas foram infectadas por HIV desde o início da epidemia em 1977 e 40,1 milhões já morreram em decorrência de doenças relacionadas à SIDA.5
Estudos epidemiológicos mostram consistentemente uma alta prevalência de transtornos mentais em PVHIV quando comparados à população geral, sendo a depressão e a ansiedade os transtornos mais comuns nessa população. Também foi observada uma alta prevalência do abuso de substâncias, principalmente etilismo e tabagismo. A prevalência média de transtorno de uso de álcool entre pacientes que vivem com HIV/SIDA em terapia antirretroviral na África variou de 1,4% em Uganda a 48,5% na África do Sul. Fatores associados ao transtorno de uso de álcool entre pessoas vivendo com HIV na África incluem questões como idade, sexo, status de emprego, estado civil, nível educacional e uso de drogas ilícitas.6
Fatores de risco
O estudo da relação entre os transtornos mentais e as PVHIV busca compreender os impactos psicossociais dessa associação. Por conviverem com uma doença que ameaça a vida, as PVHIV geralmente lidam com sintomas depressivos resultantes dessa circunstância estressante, a depressão é uma consequência comum da vulnerabilidade desses indivíduos, associada à progressão da doença e a maus prognósticos.7
Transtornos do humor, transtornos de ansiedade, distúrbios do sono e queixas somáticas são comumente encontrados em pacientes vivendo com HIV. Esses transtornos psiquiátricos afetam mais de 50% dessa população, sendo que a prevalência de depressão chega a 30,31% e supera os índices encontrados na população em geral.8
Além disso, um artigo sobre a prevalência do Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) entre pessoas vivendo com HIV/SIDA fornece insights cruciais para compreender e abordar esta questão de saúde mental. A prevalência global estimada de TEPT e PVHIV é de 32,67%, destacando a necessidade urgente de intervenções e apoio apropriados. Os resultados enfatizam a importância da detecção precoce e do tratamento direcionado da TEPT, bem como a necessidade de pesquisas futuras robustas e representativas para melhorar a compreensão desta condição e desenvolver intervenções mais eficazes para a saúde mental da PVHIV. 9
A presença desses transtornos afeta negativamente a adesão ao tratamento, a supressão da carga viral, a qualidade de vida, os resultados do tratamento e a funcionalidade das PVHIV.10 As observações constatam que o desenvolvimento destas disfunções psicológicas tem correlação significativa com o estigma associado à doença. Na análise de subgrupos deste estudo, o estigma relacionado ao HIV aumenta a chance de transtorno mental comum em até 2,21 vezes, quando comparado a pessoas sem estigma social relacionado ao HIV.
Em relação a um desses estigmas, Tara S. Beattie11 realizou um estudo abrangendo um total de 18.524 trabalhadoras do sexo em 17 países de baixa e média renda. Em tal estudo foram identificadas altas prevalências de problemas de saúde mental, como depressão, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e pensamentos e tentativas de suicídio entre as trabalhadoras do sexo. A análise revelou uma forte associação entre problemas de saúde mental e experiências de violência, uso prejudicial de álcool e drogas, uso inconsistente de preservativos, além de infecções por HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis.
Ademais, apesar desses estigmas e determinantes sociodemográficos relacionados ao HIV serem difíceis de definir devido às desigualdades estruturais e culturais, Armoon Bahram et al.12 em seu estudo relacionam como fatores condicionantes do estigma: idade, estado civil, contagem de linfócitos T auxiliares com grupo de diferenciação4 (CD4), adesão à medicação, tempo de diagnóstico e acesso aos cuidados.
Estigmas relacionados ao HIV possuem um impacto negativo significativo que é permeado por discriminação, medo de rejeição dos serviços de saúde, dificuldades para acessar o cuidado de saúde e prejuízo nas condições de saúde física e mental. Constituindo, de tal modo, uma importante barreira para a adesão ao tratamento da terapia antirretroviral (TARV).12
Nesse contexto, há diversos fatores de risco para o desenvolvimento de ideações suicidas e suicídio consumado entre esses indivíduos, como o estigma, a depressão, os transtornos mentais, os impactos psicossociais, dentre outros. Light Tsegay et al.13 afirmam que um quarto dos jovens vivendo com HIV tem ideações suicidas, o que evidencia a vulnerabilidade psicológica e social das PVHIV. Ademais, um estudo realizado na China em 2023 concluiu que a prevalência de ideação suicida em PVHIV é de 27,3%, com variações significativas entre grupos demográficos e clínicos. Pacientes diagnosticados com HIV/SIDA há mais de um ano apresentam uma taxa de ideação suicida ligeiramente maior (28,4%) do que aqueles diagnosticados há menos de um ano (27,6%). Pacientes com histórico de depressão apresentam taxa de ideação suicida significativamente maior (34,3%) em comparação com aqueles sem depressão (20,5%). O grupo com contagem de CD4 ≤ 200 células/μl apresenta maior taxa de ideação suicida (20,6%).14
Outrossim, Tsegay L. et. al.13 ressaltam que a prevalência de depressão entre adolescentes que vivem com HIV/SIDA foi de 26.07%. O predomínio de depressão foi mais alto entre as adolescentes do sexo feminino (32.15%) em comparação com os adolescentes do sexo masculino (25.07%). Há maior prevalência de depressão entre os adolescentes mais velhos, com idades entre 15 e 19 anos (37.09%), do que entre os mais jovens, com idades entre 10 e 14 anos (29.82%). A análise revelou uma variação significativa na prevalência de depressão entre os estudos incluídos, destacando a importância de considerar fatores como a gravidade da infecção pelo HIV, estágios da doença e presença de infecções oportunistas.
Outro estudo, realizado por Olashore et al.15 na África subsaariana, evidenciou a prevalência de transtornos psiquiátricos em jovens vivendo com o HIV e em tratamento com antirretrovirais. Os transtornos psiquiátricos mais comuns foram depressão e transtorno de ansiedade.
Em uma análise do gênero feminino, Wang et al.16 destacam pobreza, baixa escolaridade, violência, uso de álcool e drogas, o próprio HIV e o estigma social relacionado à prostituição como vulnerabilidades sobrepostas que corroboram a alta prevalência de problemas de saúde mental nas profissionais do sexo de países de baixa renda. Por outro lado, analisando o gênero masculino, os homens que fazem sexo com homens (HSH) estão geralmente associados a estigmas e são considerados minorias sexuais afetadas pelos transtornos mentais.17
Tratamento
Os tratamentos psicológicos são fundamentais no manejo dos sintomas associados ao HIV. Nesse contexto, foram avaliadas revisões, sistemáticas e meta-análises que apontam a eficácia da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) em grupo para a redução dos sintomas depressivos em PVHIV. Esses estudos evidenciam o sucesso da TCC em proporcionar alívio significativo dos sintomas, contribuindo para melhoria da qualidade de vida dessas pessoas.7
No entanto, a falta de medidas consistentes para comparar a eficácia desses tratamentos e as diferenças culturais dificultam sua implementação. Pesquisas de países de alta, média e baixa renda indicam uma variedade de tratamentos psicológicos bem-sucedidos na redução dos sintomas depressivos em pessoas vivendo com HIV (PVHIV). Foram identificados diversos ensaios clínicos que avaliaram tratamentos psicológicos abrangendo intervenções como Terapia Cognitivo- Comportamental (TCC), Terapia Interpessoal (IPT), aconselhamento de apoio entre pares, Terapia de Solução de Problemas (PST) e Grupo de Suporte Psicoeducacional (GSP). Todos os estudos incluídos demonstraram uma redução nos sintomas depressivos em relação aos valores iniciais.7
Tratamentos psicológicos adaptados a cada localidade estão se mostrando apropriados, aceitáveis e eficazes em culturas africanas, como o programa Friendship Bench no Zimbábue. Os tratamentos psicológicos têm sido preferidos em relação aos farmacológicos devido a sua flexibilidade, efeitos colaterais limitados e custo relativamente baixo. No entanto, a eficácia desses tratamentos pode ser influenciada por vários fatores, como diferenças culturais, competência dos terapeutas e formato da entrega.17
Um número crescente de terapias mente-corpo está sendo utilizadas na terapia para estes transtornos, com o intuito de reduzir a sobrecarga psicológica das PVHIV.20 Nesse cenário, opções baseadas na meditação e na ioga estão associadas até mesmo à melhora da contagem de CD4. Segundo Jiang Taiyi et al.18 em um estudo que evidenciou a importância da intervenção e integração da meditação e da ioga na rotina terapêutica das PVHIV, esse método terapêutico mostrou benefícios no sistema imunológico, na depressão, na ansiedade, no estresse, na angústia e na qualidade de vida dos indivíduos.
No que tange à psicoterapia, Ayano et al.9 abordam o impacto positivo das intervenções psicossociais na saúde mental dos homens vivendo com o HIV, especialmente na qualidade de vida e nos sintomas de depressão. Além disso, é ressaltado que a melhora da depressão pode ser particularmente significativa em populações com maior nível educacional e quando a TCC é utilizada.
Em síntese, os estudos mais recentes da temática abordada destacam a elevada prevalência de transtornos mentais nas PVHIV, e enfatizam a importância de abordagens que incorporem serviços psicossociais e de saúde mental. Além disso, essas pesquisas apontam para a necessidade de intervenções específicas voltadas para diferentes grupos, como adolescentes, homens e mulheres profissionais do sexo, considerando as peculiaridades de cada subpopulação.
A partir das informações apresentadas anteriormente, é evidente que o cuidado integral à saúde mental das PVHIV deve ser uma prioridade nos serviços de saúde. Essa abordagem abrangente beneficia a saúde mental dos indivíduos e contribui para uma melhor adesão ao tratamento do HIV/AIDS, melhor qualidade de vida e redução do estigma associado à doença.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa analisou a relação entre transtornos mentais e HIV por meio de uma revisão integrativa da literatura. Em conclusão, a revisão atingiu seus objetivos ao sintetizar e analisar criticamente a literatura existente e destacou a importância social desse tema complexo para a saúde pública e para o Sistema Único de Saúde (SUS). Todavia, esse artigo evidencia a necessidade de estudos mais abrangentes sobre prevalência, fatores de risco e intervenções eficazes, assim como, a necessidade de mais pesquisas em língua portuguesa e em países da América Latina, a fim de se levantar dados mais direcionados às condições e particularidades das PVHIV que aqui residem. Tendências específicas foram observadas, como a necessidade de abordagens integradas de tratamento e apoio psicossocial adaptado às necessidades das pessoas vivendo com HIV. Tratamentos psicológicos, como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), têm mostrado eficácia na redução dos sintomas depressivos em PVHIV. Também destacou a importância de colmatar as lacunas de conhecimento e de melhorar as práticas de saúde neste contexto. Por fim, espera-se que os achados desta revisão contribuam significativamente para o avanço do conhecimento e a melhoria das práticas de saúde no contexto do HIV e dos transtornos mentais.
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