TRANSTORNOS E DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA AQUISIÇÃO DA LEITURA E ESCRITA, EM ALUNOS DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.12652543


Maria José da Silva Cardoso Scalzer1
Roselene Chagas de Novaes Ferreira2
Dulcicléia Cirina de Oliveira3
Jaclene Ferracini da Cruz4


RESUMO

Os transtornos e dificuldades enfrentados por alunos dos anos iniciais do ensino fundamental na aquisição da leitura e escrita podem variar de acordo com cada indivíduo, mas existem alguns desafios comuns que podem ser mencionados. Alguns alunos podem enfrentar dificuldades na discriminação de sons e letras, na correspondência entre letras e sons, na consciência fonológica e na decodificação de palavras. Diante da relevância do tema, este artigo teve como objetivo geral analisar os transtornos e dificuldades de aprendizagem na aquisição da leitura e escrita em alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental.  Esse estudo consistiu em uma revisão de literatura com análise crítica das informações encontradas, buscando identificar as principais abordagens teóricas e os resultados de pesquisas que investigam os transtornos e dificuldades de aprendizagem na aquisição da leitura e escrita. A relação entre os transtornos de aprendizagem e o desempenho acadêmico dos alunos ficou evidente nessa investigação, uma vez que a capacidade de compreender e expressar ideias por meio da leitura e escrita influencia diretamente o desenvolvimento e o sucesso escolar. Conclui-se que é imprescindível que medidas de intervenção sejam adotadas com o intuito de minimizar os impactos dessas dificuldades na vida escolar dos alunos.

PALAVRAS-CHAVE: Transtornos de aprendizagem. Dificuldades de aprendizagem. Leitura.  Escrita. Ensino Fundamental.

ABSTRACT

The disorders and difficulties faced by students in the early years of elementary school in acquiring reading and writing may vary according to each individual, but there are some common challenges that can be mentioned. Some students may face difficulties in discriminating sounds and letters, matching letters and sounds, phonological awareness and decoding words. Given the relevance of the topic, this article had the general objective of analyzing learning disorders and difficulties in the acquisition of reading and writing in students in the early years of Elementary School. This study consisted of a literature review with critical analysis of the information found, seeking to identify the main theoretical approaches and research results that investigate learning disorders and difficulties in the acquisition of reading and writing. The relationship between learning disorders and students’ academic performance was evident in this investigation, since the ability to understand and express ideas through reading and writing directly influences development and academic success. It is concluded that it is essential that intervention measures are adopted in order to minimize the impacts of these difficulties on students’ school lives.

KEYWORDS: Learning disorders. Learning difficulties. Reading. Writing. Elementary school.  

INTRODUÇÃO

A aquisição da leitura e escrita nos anos iniciais do Ensino Fundamental representa um marco no desenvolvimento cognitivo e social das crianças. No entanto, alguns alunos podem apresentar transtornos e dificuldades de aprendizagem nessa área, o que pode afetar significativamente seu desempenho acadêmico e emocional ( BARTHOLOMEU; SISTO; RUEDA, 2006).

Este artigo tem como objetivo geral analisar os transtornos e dificuldades de aprendizagem na aquisição da leitura e escrita em alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental.

Os objetivos específicos são: Identificar os principais transtornos e dificuldades de aprendizagem relacionados à leitura e escrita; Investigar as possíveis causas e fatores que contribuem para o desenvolvimento desses transtornos; Avaliar a relação entre os transtornos de aprendizagem e o desempenho acadêmico dos alunos; Propor estratégias e intervenções pedagógicas para auxiliar os alunos com dificuldades na aquisição da leitura e escrita, abordar a diferença entre transtorno e dificuldade de aprendizagem.

A dificuldade na aquisição da leitura e escrita pode ser causada por diversos fatores, como dislexia, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), transtorno específico da linguagem, entre outros (BARBOSA, 2014). 

Esses transtornos têm impacto direto na vida escolar das crianças, uma vez que comprometem a sua capacidade de compreender e expressar ideias por meio da leitura e escrita (BARBOSA, 2015).

 Nesse sentido, o presente artigo busca responder a seguinte pergunta de investigação:  Quais são os  principais transtornos e dificuldades de aprendizagem na aquisição da leitura e escrita em alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental?

As hipóteses geradas são :

Hipótese 1: A dislexia é um dos transtornos mais comuns que afetam a aquisição da leitura e escrita nos anos iniciais do Ensino Fundamental.

Hipótese 2:  O TDAH pode interferir na atenção, concentração e organização necessárias para a aprendizagem da leitura e escrita.

Hipótese 3: A falta de intervenção adequada por parte dos professores pode agravar as dificuldades de aprendizagem em leitura e escrita.

Hipótese 4: Estratégias pedagógicas diferenciadas podem auxiliar no processo de aprendizagem de alunos com transtornos e dificuldades de aprendizagem na leitura e escrita.

A metodologia empregada para a revisão de literatura consistirá em uma pesquisa bibliográfica em livros, artigos científicos e pesquisas já realizadas sobre o tema. Será feita uma análise crítica das informações encontradas, buscando identificar as principais abordagens teóricas e os resultados de pesquisas que investigam os transtornos e dificuldades de aprendizagem na aquisição da leitura e escrita. Os dados serão organizados em um panorama atualizado sobre o tema, visando estabelecer uma base teórica sólida para o desenvolvimento do artigo.

O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DA LEITURA E DA ESCRITA

A aquisição da leitura e da escrita é um processo fundamental na formação de qualquer indivíduo. É através da leitura e escrita que obtém-se acesso ao conhecimento, comunicação e outras habilidades cognitivas. Entender como ocorre esse processo é de extrema importância para que se possa auxiliar os alunos em suas dificuldades e proporcionar uma educação eficaz.

O processo de aquisição da leitura e da escrita envolve diferentes etapas e habilidades que se desenvolvem de forma sequencial. Inicialmente, o aluno passa pela fase pré-alfabética, onde é introduzido no mundo das letras e começa a entender a relação entre símbolos e sons ( BARBOSA,1991). 

Nesse estágio, a criança trabalha com a hipótese alfabética, tentando relacionar as letras com os sons correspondentes. Em seguida, temos a fase alfabética, onde o aluno começa a dominar as habilidades básicas de leitura e escrita. É nesta etapa que ele aprende a associar os sons das palavras às letras e decodificar as palavras ( BARBOSA,1991).

Nessa fase, a leitura e a escrita ocorrem de forma mais fluente, embora ainda demandem esforço e atenção. Posteriormente, temos a fase ortográfica, na qual o aluno já internalizou as regras ortográficas e possui um domínio mais avançado das habilidades de leitura e escrita. Nessa etapa, ele consegue ler e escrever textos mais complexos, compreendendo e produzindo textos com maior facilidade( BARTHOLOMEU; SISTO; RUEDA, 2006).

A aquisição de competências de leitura e escrita começa com o desenvolvimento de competências de pré-leitura e pré-escrita, que servem como blocos de construção fundamentais para a alfabetização ( BARTHOLOMEU; SISTO; RUEDA, 2006).

 Essas habilidades abrangem uma série de habilidades cognitivas e linguísticas que são essenciais para o sucesso posterior na leitura e na escrita. As crianças devem primeiro desenvolver habilidades como: 

– Proficiência em linguagem oral 

– Aquisição de vocabulário 

– Consciência fonológica 

– Habilidades motoras finas para escrever

 Estas competências de pré-leitura e pré-escrita fornecem a base necessária para os processos de alfabetização mais complexos que estão por vir, destacando a importância do desenvolvimento precoce da linguagem e do desenvolvimento cognitivo na aquisição de competências de leitura e escrita ( PETROLINO,2007).

À medida que as crianças progridem no seu percurso de alfabetização, elas entram na fase de alfabetização emergente, caracterizada pelo desenvolvimento de competências e conhecimentos fundamentais sobre leitura e escrita ( PETROLINO,2007). 

Este estágio abrange um conjunto de comportamentos, hipóteses e conhecimentos que as crianças adquirem antes do início da instrução formal de leitura. Durante a fase de alfabetização emergente, as crianças começam a fazer conexões entre sons e letras, progredindo de associações básicas para uma compreensão fonética mais complexa (JESUS, 2008). 

Esta fase estabelece as bases para a futura proficiência em leitura e escrita, enfatizando a importância da exposição precoce a ambientes e experiências ricas em alfabetização. Um aspecto crucial da aquisição de habilidades de leitura e escrita envolve a aprendizagem da fonética e das palavras visuais, que são componentes essenciais da instrução de alfabetização precoce (JESUS, 2008).

 O ensino de fonética concentra-se em ensinar às crianças a relação entre sons e letras, permitindo-lhes decodificar e codificar palavras de forma eficaz. O reconhecimento visual de palavras, por outro lado, envolve a memorização de palavras de alta frequência que não seguem padrões fonéticos regulares. 

Ao dominar a fonética e as palavras visuais, as crianças melhoram a sua fluência e compreensão na leitura, abrindo caminho para competências de alfabetização mais avançadas. Esta fase na aquisição de competências de leitura e escrita sublinha a importância da instrução e prática explícitas no desenvolvimento de competências fundamentais de literacia (SANTI, 2014).

CAUSAS E FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O DESENVOLVIMENTO DOS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM 

Os transtornos de aprendizagem podem ser influenciados por uma variedade de fatores. Estes fatores podem ser de origem genética, cognitiva, neurológica, emocional ou ambiental. Ainda que a causa exata dos transtornos de aprendizagem não seja totalmente conhecida, diversos estudos apontam para a combinação de fatores genéticos e ambientais como os principais contribuintes (DOMINGOS, 2018).

 Fatores genéticos podem predispor um indivíduo a desenvolver transtornos de aprendizagem, uma vez que características como a habilidade de processamento auditivo, memória de trabalho, atenção e habilidades linguísticas são influenciadas pela herança genética (DOMINGOS, 2018).

Além disso, pesquisas indicam que há uma correlação entre transtornos de aprendizagem e distúrbios neurológicos, como disfunções cerebrais, problemas de desenvolvimento do sistema nervoso central e desequilíbrios bioquímicos. Além dos fatores genéticos, as experiências ambientais também exercem um papel importante no desenvolvimento dos transtornos de aprendizagem (COLLARES; MOISÉS, 1992). 

Ambientes familiares pobres ou pouco estimulantes podem contribuir para dificuldades de aprendizagem, uma vez que a falta de estímulos cognitivos e interação social podem prejudicar o desenvolvimento das habilidades básicas para a aquisição da leitura e escrita( COLL , 2007).

Os transtornos de aprendizagem são condições que afetam o processo de aprendizado e podem ter um impacto significativo nas habilidades acadêmicas e sociais de uma pessoa. Embora a causa exata desses transtornos não seja conhecida, existem várias causas e fatores que podem contribuir para o seu desenvolvimento( CIASCA; ROSSINI, 2000).

Uma das principais causas dos transtornos de aprendizagem é a genética. Estudos mostram que esses transtornos tendem a ocorrer em famílias e muitas vezes são herdados. Isso sugere que certos genes podem estar envolvidos no desenvolvimento desses transtornos. No entanto, é importante destacar que a genética não é a única causa e que fatores ambientais também desempenham um papel significativo ( CIASCA; ROSSINI, 2000).

Outro fator importante é o funcionamento cerebral. Pesquisas mostram que certas áreas do cérebro que são responsáveis ​​pelo processamento da linguagem, leitura, escrita e matemática podem ser afetadas em indivíduos com transtornos de aprendizagem. Essas diferenças no funcionamento cerebral podem levar a dificuldades específicas nessas áreas acadêmicas (COLL, 2007).

Além disso, fatores ambientais também podem desempenhar um papel no desenvolvimento dos transtornos de aprendizagem. Por exemplo, uma exposição a toxinas durante a gravidez, como o álcool ou o chumbo, pode prejudicar o desenvolvimento do cérebro e contribuir para o surgimento desses transtornos. Também o nascimento prematuro, baixo peso ao nascer e complicações durante o parto têm sido associados a um maior risco de transtornos de aprendizagem ( CARVALHO; CRENITTE; CIASCA, 2007).

Outros fatores de risco importantes incluem a falta de estímulo adequado em casa ou na escola, a falta de apoio educacional, experiências traumáticas, transtornos emocionais e testes cognitivos inadequados. Por exemplo, um ambiente escolar que não oferece estratégias de ensino diferenciadas para crianças com dificuldades de aprendizagem pode contribuir para o desenvolvimento desses transtornos ( CAMPANUDO, 2009).

É importante destacar que os transtornos de aprendizagem não são causados ​​por falta de inteligência ou esforço. Esses transtornos são neurobiológicos e estão fora do controle da pessoa afetada. É fundamental que sejam oferecidos suporte e estratégias de ensino adequadas para ajudar essas pessoas a superar suas dificuldades e atingir seu potencial máximo ( COMIM, 2010).

Em resumo, as causas dos transtornos de aprendizagem são multifatoriais e incluem fatores genéticos, funcionamento cerebral, exposição a toxinas, fatores ambientais e falta de estímulo adequado ( CARDOSO, 1996).

É importante reconhecer que esses transtornos são neurobiológicos e que as pessoas afetadas não são responsáveis por suas dificuldades. Fornecer um ambiente de apoio e estratégias de ensino diferenciadas é fundamental para ajudar essas pessoas a superar suas dificuldades e ter sucesso acadêmico e social.

RELAÇÃO ENTRE OS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM E O DESEMPENHO ACADÊMICO DOS ALUNOS

Os transtornos de aprendizagem podem ter um impacto significativo no desempenho acadêmico dos alunos. Dificuldades na aquisição da leitura e da escrita podem levar a um baixo rendimento escolar, dificuldades de compreensão de textos, problemas de adaptação social e baixa autoestima.

Alunos com transtornos de aprendizagem podem apresentar dificuldades específicas em áreas como decodificação de palavras, compreensão de textos, escrita e organização de ideias. Essas dificuldades podem levar a um ciclo de fracasso escolar, onde o aluno se sente desmotivado com o processo de aprendizagem e tende a evitar atividades que exijam leitura e escrita.

É importante ressaltar que o desempenho acadêmico dos alunos com transtornos de aprendizagem não está diretamente relacionado com sua capacidade intelectual. Muitas vezes, esses alunos possuem habilidades cognitivas acima da média, mas encontram dificuldades específicas na aquisição da leitura e escrita.

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM OU TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM?

As dificuldades de aprendizagem podem ser confundidas com transtornos de aprendizagem, mas é importante fazer essa distinção. As dificuldades de aprendizagem são caracterizadas por dificuldades específicas em determinadas áreas, como a leitura, escrita ou matemática. 

Essas dificuldades podem ser causadas por fatores como falta de motivação, falta de estímulo adequado, problemas de saúde ou problemas emocionais. Já os transtornos de aprendizagem são de natureza neurobiológica e interferem significativamente no processo de aquisição da leitura e escrita ( COMIM, 2010).

 Eles são caracterizados por déficits em habilidades específicas, como processamento auditivo, memória de trabalho, atenção e habilidades linguísticas. Diferentemente das dificuldades de aprendizagem, os transtornos de aprendizagem não são superáveis com estímulo e treino, requerendo intervenções pedagógicas especializadas. 

O papel do professor na identificação correta das dificuldades e distúrbios de aprendizagem: O papel do professor é fundamental na identificação correta das dificuldades e distúrbios de aprendizagem. 

O professor deve estar atento aos sinais de dificuldades no processo de aprendizagem dos alunos, como baixo desempenho em leitura e escrita, dificuldades de compreensão de textos, falta de interesse ou desmotivação.

 Além disso, é importante que o professor conheça as características e sintomas dos transtornos de aprendizagem, para que possa encaminhar os alunos para avaliação diagnóstica com profissionais especializados. 

O professor deve ter um olhar individualizado para cada aluno, identificando suas necessidades e buscando estratégias pedagógicas adequadas para auxiliar no seu desenvolvimento. Além disso, é importante que o professor crie um ambiente inclusivo e acolhedor, estimulando a participação ativa dos alunos e valorizando suas habilidades individuais

 O PAPEL DO PROFESSOR NA IDENTIFICAÇÃO CORRETA DAS DIFICULDADES E DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM

O papel do professor é fundamental na identificação correta das dificuldades e distúrbios de aprendizagem. O professor deve estar atento aos sinais de dificuldades no processo de aprendizagem dos alunos, como baixo desempenho em leitura e escrita, dificuldades de compreensão de textos, falta de interesse ou desmotivação ( COMIM, 2010).

  Além disso, é importante que o professor conheça as características e sintomas dos transtornos de aprendizagem, para que possa encaminhar os alunos para avaliação diagnóstica com profissionais especializados (COLLARES; MOISÉS, 1992).

O professor deve ter um olhar individualizado para cada aluno, identificando suas necessidades e buscando estratégias pedagógicas adequadas para auxiliar no seu desenvolvimento. Além disso, é importante que o professor crie um ambiente inclusivo e acolhedor, estimulando a participação ativa dos alunos e valorizando suas habilidades individuais (FERREIRA, 2014).

A observação e monitorização do comportamento dos alunos pelos professores desempenham um papel crucial na identificação precoce de dificuldades e distúrbios de aprendizagem. Ao envolverem-se ativamente com os alunos na sala de aula, os professores podem observar padrões de comportamento, desempenho acadêmico e interações sociais que podem indicar desafios subjacentes (FERREIRO 1988). 

Luckesi (1999) enfatiza a importância da avaliação como um ato amoroso entre professor e aluno, destacando o caráter carinhoso desse processo de avaliação. A investigação sugere que 65% dos professores estão preparados para identificar problemas relacionados com as dificuldades de aprendizagem dos alunos, sublinhando a importância da sensibilização e envolvimento dos professores nesta área.

Segundo Ferreiro (1996) através de observação e análise cuidadosas, os professores podem detectar sinais de problemas de aprendizagem e tomar medidas proativas para resolvê-los de forma eficaz. 

– Observar o comportamento e as interações dos alunos 

– Acompanhamento do desempenho acadêmico e engajamento social

 – Reconhecer padrões que possam indicar dificuldades de aprendizagem

A colaboração entre professores, pais e profissionais de educação especial é essencial na identificação precisa de dificuldades e distúrbios de aprendizagem. Ao trabalharem juntos, essas partes interessadas podem compartilhar insights, observações e avaliações valiosas para criar uma compreensão abrangente das necessidades do aluno (FERREIRO, 2004).

Ferreiro (1996) destaca que os professores podem beneficiar da experiência e das perspectivas dos pais e dos profissionais de educação especial para desenvolver intervenções personalizadas e estratégias de apoio para alunos com diversas necessidades de aprendizagem: construir parcerias com pais e especialistas;  compartilhamento de observações e avaliações ;  desenvolvimento de intervenções personalizadas e planos de apoio.

A intervenção e o apoio precoces são componentes críticos do papel do professor na abordagem das dificuldades e distúrbios de aprendizagem. Ao identificar prontamente os problemas e implementar intervenções direcionadas, os professores podem ajudar os alunos a superar desafios e a prosperar academicamente ( FERREIRO, 2004)..

 Compreendendo que tanto os distúrbios como as dificuldades podem afetar as experiências de aprendizagem dos alunos, os professores desempenham um papel fundamental na prestação de apoio e adaptações adequadas. Dado que as estratégias de aprendizagem devem ser adaptadas às necessidades específicas de cada aluno, a identificação precoce pelos professores é fundamental para a implementação de intervenções eficazes (COLL, 2007). 

Ao oferecer apoio oportuno e promover um ambiente de aprendizagem favorável, os professores podem capacitar os alunos para que alcancem todo o seu potencial e tenham sucesso na sua jornada acadêmica. Uma estratégia fundamental para os professores identificarem eficazmente as dificuldades e perturbações de aprendizagem é através da implementação de diferenciação no ensino e na avaliação( FREIRE, 1996).

Ao reconhecer as diversas necessidades dos alunos na sala de aula, os professores podem adaptar os seus métodos de ensino e abordagens de avaliação para acomodar estilos e preferências individuais de aprendizagem (GOMEZ; TERAN, 2015). 

Algumas maneiras pelas quais os professores podem incorporar a diferenciação incluem: fornecimento de materiais e recursos instrucionais variados; oferecer arranjos de agrupamento flexíveis com base nas necessidades dos alunos e ajustar o ritmo e a complexidade das tarefas para atender aos níveis de aprendizagem individuais (GOMEZ; TERAN, 2015).

 Ao implementar estratégias de diferenciação, os professores podem enfrentar melhor os desafios específicos que os alunos com dificuldades ou perturbações de aprendizagem podem enfrentar, levando, em última análise, a uma identificação e apoio mais precisos( JARDIM, 2001).

A utilização de ferramentas de triagem e avaliações é outra estratégia eficaz para os professores identificarem dificuldades e distúrbios de aprendizagem em seus alunos( JESUS, 2008).

 Essas ferramentas podem ajudar os educadores a coletar informações valiosas sobre o desempenho acadêmico, o comportamento e as habilidades cognitivas dos alunos, auxiliando na detecção precoce de possíveis desafios de aprendizagem (LIMA; PESSOA, 2007). 

Algumas ferramentas de triagem e avaliações comuns que os professores podem utilizar incluem: testes padronizados; listas de verificação observacionais; triagens de desenvolvimento e Avaliações baseadas no currículo ( LIMA; PESSOA, 2007).

Ao incorporar regularmente estas ferramentas de triagem na sua prática, os professores podem identificar proativamente os alunos que possam estar com dificuldades acadêmicas e iniciar intervenções e apoio apropriados ( LOPES; CRENITTE, 2013).

O desenvolvimento profissional e a formação em dificuldades de aprendizagem desempenham um papel crucial ao dotar os professores dos conhecimentos e competências necessários para identificar e apoiar eficazmente os alunos com dificuldades e perturbações de aprendizagem (MENEGUETTI; SOUZA, 2012). 

O desenvolvimento profissional contínuo garante que os professores se mantêm informados sobre as pesquisas mais recentes e as melhores práticas no domínio da educação especial, permitindo-lhes criar ambientes de aprendizagem inclusivos e de apoio para todos os alunos (OLIVEIRA, 2009).

ESTRATÉGIAS E INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS PARA AUXILIAR OS ALUNOS COM DIFICULDADES NA AQUISIÇÃO DA LEITURA E ESCRITA

Existem diversas estratégias e intervenções pedagógicas que podem auxiliar os alunos com dificuldades na aquisição da leitura e escrita. É importante que o professor esteja preparado para atender às necessidades individuais dos alunos e adote abordagens diferenciadas, levando em consideração suas habilidades e dificuldades específicas(SEMKIV ;SILVA,2013).

 Alguns exemplos de estratégias pedagógicas são:

  Avaliação contínua: é importante realizar uma avaliação contínua para identificar as dificuldades específicas de cada aluno e adaptar o ensino de acordo com suas necessidades ( SOARES, 2003). 

Uso de recursos visuais e táteis: utilizar materiais concretos, como jogos, flashcards e objetos manipuláveis, pode ajudar na compreensão e fixação do conteúdo ( SOARES, 2016). 

 Ensino explícito e estruturado: fornecer instruções claras e estruturadas, dividindo as atividades em etapas e oferecendo exemplos concretos para facilitar a compreensão (SILVA,2014). 

 Uso de tecnologia assistiva: utilizar recursos digitais, como aplicativos e programas de apoio à leitura e escrita, pode auxiliar os alunos com dificuldades específicas (SANTI, 2004).

 Trabalho colaborativo: promover atividades em grupo, estimulando a cooperação entre os alunos e o compartilhamento de ideias, pode favorecer a aprendizagem (SANTI, 2004). 

 Reforço positivo: valorizar os esforços e conquistas dos alunos, mesmo que pequenas, pode estimular sua motivação e autoestima. Essas são apenas algumas das inúmeras estratégias que podem ser utilizadas para auxiliar os alunos com dificuldades na aquisição da leitura e escrita ( PETROLINO, 2007).. 

Cada aluno é único em suas habilidades e necessidades, portanto, é importante que o professor esteja aberto a experimentar diferentes abordagens e adaptar seu ensino de acordo com as características individuais de cada aluno ( SOUZA, 2015).

TRANSTORNOS E DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA  AQUISIÇÃO DA LEITURA E ESCRITA, EM ALUNOS DOS  ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Os distúrbios de aprendizagem da leitura e da escrita abrangem uma variedade de desafios que podem impactar significativamente o progresso acadêmico e o bem-estar geral de um aluno. Estas perturbações envolvem frequentemente dificuldades na aquisição e utilização de competências linguísticas, especialmente nas áreas da leitura e da escrita (COELHO, 2009).. 

Tipos comuns de distúrbios de aprendizagem na leitura e escrita incluem dislexia, disgrafia e dificuldades específicas de aprendizagem relacionadas ao processamento da linguagem (COELHO, 2011).

 A dislexia, por exemplo, é caracterizada por dificuldades na leitura de palavras individuais e na compreensão de textos, levando a dificuldades na compreensão do material escrito ( GOMEZ; TERAN, 2015).

 Por outro lado, a disgrafia se manifesta como desafios na escrita, incluindo caligrafia inadequada, erros ortográficos e dificuldade de expressar pensamentos no papel. Identificar e compreender estes vários distúrbios de aprendizagem é crucial para fornecer apoio e intervenções adequadas aos alunos afetados, especialmente aqueles nos primeiros anos do ensino fundamental (SOUZA, 2017).

Reconhecer os sintomas e sinais de distúrbios de aprendizagem na leitura e na escrita é essencial para a detecção e intervenção do processo. Os alunos que completaram dois anos de educação básica estão numa fase crítica em que ainda desenvolvem competências básicas de leitura ( CARDOSO,1996). 

Portanto, manter-se atento a indicadores comuns de dificuldades de aprendizagem, tais como dificuldades persistentes de leitura e escrita, dificuldades com correspondência entre letras e sons e desafios com ortografia e gramática, pode ajudar educadores e pais a identificar potenciais problemas desde o início (TABILE; JACOMETO, 2017). A detecção precoce permite a implementação de intervenções e serviços de apoio oportunos, ajudando os alunos a superar obstáculos e a progredir academicamente.

A importância da detecção e intervenção precoce nos distúrbios de aprendizagem relacionados à leitura e à escrita não pode ser subestimada. Ao enfrentar estes desafios nos primeiros anos da educação básica, os educadores e os pais podem prevenir contratempos acadêmicos, melhorar a confiança e a auto-estima dos alunos e promover uma atitude positiva em relação à aprendizagem (TABILE; JACOMETO, 2017). 

Além disso, as intervenções precoces podem ajudar a mitigar o impacto em longo prazo dos distúrbios de aprendizagem nos resultados educacionais e no bem-estar geral. Ao criar um ambiente de aprendizagem inclusivo e de apoio que dá prioridade à identificação precoce e às intervenções personalizadas, as escolas podem capacitar os alunos com dificuldades de aprendizagem para atingirem o seu pleno potencial e terem sucesso acadêmico e social (TEBEROSKI; COLOMER, 2003).

Os distúrbios de aprendizagem e as dificuldades de leitura e escrita podem impactar profundamente o desempenho acadêmico dos alunos dos anos iniciais do ensino fundamental (DOMINGOS, 2018). 

O domínio da leitura e da escrita é crucial para uma aprendizagem bem-sucedida ao longo da vida escolar do aluno. Quando os alunos têm dificuldade em adquirir estas competências essenciais, o seu progresso acadêmico pode ser prejudicado, levando a: 

– Dificuldade de compreensão e conclusão de tarefas. – Tem dificuldades em compreender e reter informações.

 – Notas e desempenho acadêmico mais baixos. 

– Frustração e perda de motivação na aprendizagem. 

Esses desafios acadêmicos podem impactar significativamente a experiência educacional geral do aluno e podem contribuir para sentimentos de inadequação e insegurança.

Além das consequências acadêmicas, os distúrbios de aprendizagem na leitura e na escrita também podem ter efeitos emocionais e psicológicos nos alunos. Os alunos que enfrentam estes desafios podem experimentar uma variedade de emoções, incluindo: 

– Frustração 

– Baixa autoestima

 – Ansiedade 

– Depressão

 – Isolamento social

 O contexto psicológico, como a dinâmica familiar, o nível de expectativas e a exposição a ambientes adversos, pode agravar ainda mais o impacto emocional das dificuldades de aprendizagem. Reconhecer e abordar os efeitos emocionais e psicológicos dos distúrbios de aprendizagem é essencial para apoiar de forma abrangente os alunos a superar esses desafios e promover o seu bem-estar ( TEBEROSKI; COLOMER, 2003).

Para apoiar os alunos com distúrbios de aprendizagem na leitura e na escrita, é crucial implementar estratégias e intervenções eficazes. Os educadores e a equipe de apoio podem ajudar os alunos: 

– Fornecer instrução individualizada e suporte adaptado às necessidades do aluno.

 – Utilizar tecnologias de apoio para facilitar as tarefas de leitura e escrita.

 – Implementar abordagens de aprendizagem multissensorial para melhorar a compreensão. 

– Criar um ambiente de aprendizagem inclusivo e favorável.

 – Colaborar com pais, cuidadores e profissionais de saúde mental para atender às necessidades emocionais e psicológicas. 

Segundo Luna e Silva (2013) ao empregar estas estratégias e promover um sistema de apoio colaborativo, os educadores podem capacitar os alunos com distúrbios de aprendizagem para superar eficazmente os desafios de leitura e escrita e alcançar o sucesso acadêmico.

GARANTIA DA EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL DOS ALUNOS COM DISTÚRBIOS APRENDIZAGEM NA LEITURA E NA ESCRITA

Os planos educativos individualizados (PEI) e as adaptações desempenham um papel crucial na garantia da educação fundamental dos alunos com distúrbios de aprendizagem na leitura e na escrita. Esses planos personalizados descrevem as estratégias de ensino específicas, serviços de apoio e acomodações que os alunos com deficiência precisam para ter acesso a uma educação significativa( GOMEZ ; TERAN, 2015).

Ao adaptar as experiências de aprendizagem para atender às necessidades únicas de cada aluno, o Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPs) ajuda a abordar uma ampla gama de distúrbios de aprendizagem que podem afetar as habilidades de leitura e escrita, como transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), autismo, problemas cognitivos e atrasos no desenvolvimento( SOUZA, 2017).

 A implementação de IEPs pode promover um ambiente de aprendizagem mais inclusivo e favorável que capacita os alunos a superar desafios e alcançar o sucesso acadêmico ( SOUZA, 2017).

A colaboração entre pais, educadores e outras partes interessadas relevantes é essencial para apoiar eficazmente os alunos com dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita. Ao trabalharem juntos, pais e educadores podem compartilhar insights, observações e informações valiosas sobre o progresso e os desafios dos alunos (BARBOSA, 2015).

 Essa abordagem colaborativa garante que todos os envolvidos estejam alinhados para fornecer suporte consistente e coordenado para atender às necessidades específicas dos alunos. A comunicação aberta e a parceria entre a casa e a escola facilitam a implementação das estratégias delineadas no IEPs e ajudam a criar um sistema de apoio holístico que promove a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos (BARBOSA, 2015).

A criação de ambientes de aprendizagem propícios e o fornecimento de recursos adequados são componentes essenciais para garantir a educação básica dos alunos com distúrbios de aprendizagem na leitura e na escrita (TABILE; JOCOMETO, 2017).

 As escolas podem melhorar as experiências de aprendizagem oferecendo intervenções especializadas, tecnologias de apoio e serviços de apoio específicos que atendam às necessidades individuais dos alunos. (HOFFMANN, 2008). 

 Ao promover uma atmosfera positiva e inclusiva onde os alunos se sintam apoiados e valorizados, os educadores podem ajudar a aumentar a confiança e a auto-estima dos alunos que enfrentam desafios de aprendizagem (HOFFMANN, 2008). 

O acesso a recursos como programas especializados de alfabetização, ferramentas sensoriais e materiais educativos adaptados a diferentes estilos de aprendizagem pode capacitar ainda mais os alunos para superarem barreiras e obterem ganhos significativos nas suas competências de leitura e escrita (HOFFMANN, 2008).

Reconhecer e abordar os distúrbios de aprendizagem na leitura e na escrita é crucial para o bem-estar acadêmico e emocional dos alunos. Ao compreender os tipos, sintomas e importância da intervenção precoce, educadores e pais podem fornecer o apoio necessário a estes alunos (LUCKESI, 2000).

 Apesar dos desafios que enfrentam, como os impactos no desempenho acadêmico e no bem-estar emocional, estratégias como planos educativos individualizados, colaboração com pais e educadores e criação de ambientes de aprendizagem favoráveis ​​podem fazer uma diferença significativa (LUNA; SILVA, 2013).

 Ao garantir uma educação básica e apoio aos alunos com dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita, podemos ajudá-los a prosperar e a atingir o seu pleno potencial no seu percurso educativo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante dos objetivos específicos propostos, foi possível identificar os principais transtornos e dificuldades de aprendizagem relacionados à leitura e escrita nos anos iniciais do Ensino Fundamental. 

A dislexia mostrou-se como um dos transtornos mais comuns que afetam esse processo, assim como o TDAH, que interfere na atenção, concentração e organização necessárias para aprender a ler e escrever. Além desses, outros transtornos como o transtorno específico da linguagem também foram identificados como fatores que contribuem para as dificuldades nessa área.

Verificou-se também que a falta de intervenção adequada por parte dos professores pode agravar as dificuldades de aprendizagem em leitura e escrita. Portanto, é fundamental que os educadores estejam capacitados para identificar e atender os alunos que apresentam essas dificuldades, buscando estratégias pedagógicas diferenciadas que possam auxiliar no processo de aprendizagem desses estudantes.

A relação entre os transtornos de aprendizagem e o desempenho acadêmico dos alunos ficou evidente, uma vez que a capacidade de compreender e expressar ideias por meio da leitura e escrita influencia diretamente o desenvolvimento e o sucesso escolar. Por isso, é imprescindível que medidas de intervenção sejam adotadas com o intuito de minimizar os impactos dessas dificuldades na vida escolar dos alunos.

Dessa forma, este estudo contribui para uma melhor compreensão dos transtornos e dificuldades de aprendizagem na aquisição da leitura e escrita nos anos iniciais do Ensino Fundamental, assim como destaca a importância de intervenções pedagógicas específicas para auxiliar os alunos com essas dificuldades. É necessário que professores, gestores escolares e demais profissionais da educação estejam comprometidos em buscar estratégias e abordagens adequadas para promover a inclusão e a aprendizagem desses estudantes, garantindo que todos tenham acesso a uma educação de qualidade.

REFERÊNCIAS

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1Graduada em Pedagogia, Mestranda em educação pela FUNINBER.
2Graduada em Pedagogia, Mestranda em educação pela FUNINBER.
3Graduada em Pedagogia, Mestranda em educação pela FUNINBER.
4Graduada em Pedagogia , Matemática, e Administração de Empresas. Especialista em Educação Matemática, Orientação, Supervisão e Direção e Mestranda em educação pela FUNINBER.