TESTES MOLECULARES E SOROLÓGICOS NO DIAGNÓSTICO DO HIV

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7190276


Autoria de:

Felipe Ferraz Correia1,
Fellipe Fernandes Barbosa1,
Priscila Ferreira Silva2;
Paulo Palma Urbano2


RESUMO   

O objetivo geral foi discutir sobre os testes moleculares e sorológicos nos diagnósticos do HIV. Os objetivos específicos foram descrever o conceito do HIV e sua transmissão e analisar os testes moleculares e sorológicos nos diagnósticos do HIV. Estudos comprovam que pessoas com determinadas doenças tendem a desenvolver uma limitação na variabilidade genética, sendo preciso muitas vezes a utilização de alguns recursos clínicos para que as doenças presentes nas mesmas sejam tratadas ou acompanhadas. Isso ocorre em pacientes com HIV, os mesmos ficam mais vulneráveis geneticamente, sendo necessária a inserção de alguns produtos médicos para estabilizar o quadro no qual os mesmos se encontram ou mesmo promover o combate a possíveis sintomas que sejam apresentados pelos pacientes ao longo dos anos. Observando todos os pontos apresentados pode-se concluir que algumas doenças infecciosas como a HIV podem vir aos poucos comprometer a variabilidade genética das pessoas, uma vez que seus sintomas são muito fortes e se não tratados a tempo tendem a limitar ainda mais o desenvolvimento hormonal e corporal do paciente. Dessa forma, as pessoas com alguma doença infecciosa precisam promover o seu tratamento o mais rápido possível, para que os efeitos genéticos possam ser minimizados ou mesmo acompanhados de uma maneira mais aprofundada. Pesquisa é toda atividade voltada para a solução de problemas; como atividade de busca, indagação, investigação, inquirição da realidade, é a atividade que vai nos permitir, no âmbito da ciência, elaborar um conhecimento, ou um conjunto de conhecimentos, que nos auxilie na compreensão desta realidade e oriente em nossas ações.  

Palavras chaves: Hiv. Testes moleculares. Testes sorológicos. 

ABSTRACT  

The general objective was to discuss molecular and serological tests in HIV diagnoses. The specific objectives were to describe the concept of HIV and its transmission and to analyze the molecular and serological tests in the diagnosis of HIV. Studies show that people with certain diseases tend to develop a limitation in genetic variability, and it is often necessary to use some clinical resources so that the diseases present in them are treated or monitored. This occurs in patients with HIV, they are more genetically vulnerable, requiring the insertion of some medical products to stabilize the situation in which they are or even promote the fight against possible symptoms that are presented by patients over the years. Observing all the points presented, it can be concluded that some infectious diseases such as HIV can gradually compromise people’s genetic variability, since their symptoms are very strong and, if not treated in time, tend to limit even more the hormonal development and patient’s body. In this way, people with an infectious disease need to promote their treatment as soon as possible, so that the genetic effects can be minimized or even monitored in a more in-depth way. Research is any activity aimed at solving problems; as an activity of search, inquiry, investigation, inquiry into reality, it is the activity that will allow us, within the scope of science, to develop knowledge, or a set of knowledge, that helps us to understand this reality and guide our actions 

Keywords: Hiv. Molecular tests. Serological tests.

1. INTRODUÇÃO 

No início, a AIDS foi considerada no conhecimento reificado uma doença que atingia somente grupos restritos, sendo denominada de “doença dos gays” e “doença dos quatro H” (homossexuais, hemofílicos, haitianos e heroinômanos). Com a sua disseminação, o perfil epidemiológico modificou-se, acarretando sua feminização, heterossexualização, envelhecimento e pauperização (COURA, 2015). 

A AIDS tornou-se uma pandemia do século 20, e as projeções futuras da disseminação da doença colocaram um enorme fardo sobre os sistemas de saúde sobrecarregados da maioria dos países afetados. Muitos fatores são afetados pela AIDS. O impacto não se limita às estatísticas de saúde. Eles também representam sérios problemas econômicos, dados os altos custos envolvidos na ajuda aos infectados pelo vírus. Por sua vez, a AIDS teve impacto social e modificou comportamentos e hábitos. As más condições de vida, o acesso precário à mobilidade no sistema de saúde e as necessidades educacionais de grandes segmentos da população têm contribuído para o desenvolvimento contínuo da epidemia (HAGA, 2015). 

Atualmente, desenvolve-se o referencial da vulnerabilidade, a qual consiste em um conjunto de aspectos individuais e coletivos, relacionados à maior exposição de indivíduos e populações à infecção e ao adoecimento pelo HIV e, de modo inseparável, à maior ou menor disponibilidade de recursos de todas as ordens para se protegerem do vírus e da doença.  

Na perspectiva da infecção do HIV em âmbito mundial, a África se estabelece com destaque nos índices, com cerca de 60% de todos os casos. O caribe, Ásia Central e leste europeu são também áreas vigorosamente atingidas pela epidemia, com aproximadamente 1% de sua população geral. E no Brasil, atualmente, estima-se que haja mais de 718 mil indivíduos infectados, porém apenas 80% conhecem seu diagnóstico (MARQUES, MANSUR, 2016). 

O diagnóstico precoce também possibilita uma assistência adequada ao portador do vírus, controlando o desenvolvimento da AIDS. A institucionalização dessas ações permite a redução do impacto da epidemia na população, a promoção de saúde e a melhoria da qualidade do serviço prestado nas unidades de saúde (COURA, 2015).  

Permite também conhecer e aprofundar o perfil social e epidemiológico da comunidade de abrangência, dimensionar e mapear a população de maior vulnerabilidade e, com isso, reformular estratégias de prevenção e monitoramento. Há populações que são fortemente estigmatizadas e historicamente excluídas dos serviços, como, por exemplo, travestis, profissionais do sexo masculino e feminino, usuários de drogas, homossexuais, jovens em situação de rua. É importante a promoção e a ampliação do acesso dessas pessoas ao serviço, aos insumos de prevenção, ao diagnóstico com aconselhamento (MARQUES, MANSUR, 2016). 

Um grande passo concedido no que se refere a HIV consiste na criação de uma lei federal que visa promover o tratamento gratuito das pessoas com tal doença, observando principalmente que esse quadro clínico pode representar um grande risco para toda a sociedade e devido ao aumento significativo que a doença teve nos últimos anos. Com a aprovação da Lei 9.313 de 13 de Novembro de 1996, as pessoas uma vez que tenham comprovado o diagnóstico de doença HIV positivo, passam a ter o seu tratamento totalmente custeado pelo estado e podem realizar o mesmo em qualquer instituição médica (COURA, 2015). 

Segundo Haga (2015), a variabilidade genética total das espécies está representada pela contribuição da variabilidade intra-racial e inter-racial. Diante disso, verifica-se a importância de mensurar a variabilidade genética, visto que a conservação dos recursos genéticos está efetivamente relacionada com a manutenção da variabilidade inter-racial evitando a extinção das raças, assim como a manutenção da variabilidade genética intrarracial evitando a erosão genética (HAGA, 2015). 

Estudos comprovam que pessoas com determinadas doenças tendem a desenvolver uma limitação na variabilidade genética, sendo preciso muitas vezes a utilização de alguns recursos clínicos para que as doenças presentes nas mesmas sejam tratadas ou acompanhadas. Isso ocorre em pacientes com HIV, os mesmos ficam mais vulneráveis geneticamente, sendo necessária a inserção de alguns produtos médicos para estabilizar o quadro no qual os mesmos se encontram ou mesmo promover o combate a possíveis sintomas que sejam apresentados pelos pacientes ao longo dos anos (MARQUES, MANSUR, 2016). 

Observando todos os pontos apresentados pode-se concluir que algumas doenças infecciosas como a HIV podem vir aos poucos comprometer a variabilidade genética das pessoas, uma vez que seus sintomas são muito fortes e se não tratados a tempo tendem a limitar ainda mais o desenvolvimento hormonal e corporal do paciente. Dessa forma, as pessoas com alguma doença infecciosa precisam promover o seu tratamento o mais rápido possível, para que os efeitos genéticos possam ser minimizados ou mesmo acompanhados de uma maneira mais aprofundada (COURA, 2015).

2. OBJETIVOS 

Geral: 

Discutir sobre os testes moleculares e sorológicos nos diagnósticos do HIV

Específicos: 

  • Descrever o conceito do HIV e sua transmissão e; 
  • Analisar os testes moleculares e sorológicos nos diagnósticos do HIV. 

3. METODOLOGIA 

Pesquisa é toda atividade voltada para a solução de problemas; como atividade de busca, indagação, investigação, inquirição da realidade, é a atividade que vai nos permitir, no âmbito da ciência, elaborar um conhecimento, ou um conjunto de conhecimentos, que nos auxilie na compreensão desta realidade e oriente em nossas ações.  Este estudo consiste numa revisão da literatura. Para tanto foram utilizadas as seis etapas características desse tipo de estudo: elaboração da pergunta norteadora; busca ou amostragem na literatura; coleta de dados; análise crítica dos estudos incluídos; discussão dos resultados (GIL, 2018). 

O método de revisão da literatura permite a inclusão de pesquisas experimentais e não experimentais, a combinação da obtenção de dados empíricos e teóricos, pode levar à definição de conceitos, identificação de lacunas no campo da pesquisa, revisão teórica e análise de métodos de pesquisa sobre um determinado tema. O desenvolvimento desse método requer recursos, conhecimentos e habilidades (GIL, 2018).  

Considerando a classificação proposta por Gil (2018, p. 5), pode-se dizer que essa sugestão pode ser mais bem representada por meio de pesquisas exploratórias, e seu propósito é tornar mais compreensível o problema para torná-lo mais claro ou ajudar a fazer hipóteses. No entendimento do autor, o objetivo principal deste tipo de pesquisa pode ser o aprimoramento de ideias e a descoberta intuitiva, o que torna uma escolha muito flexível para gerar estudos bibliográficos ou estudos de caso na maioria dos casos (Gill, 2018).  

Durante a fase exploratória, foi realizada uma revisão teórica com o objetivo de aprofundar os conhecimentos no tema para a segunda fase que foi uma pesquisa descritiva por meio de pesquisa bibliográfica com os objetivos descritos a fim de apresentar de modo mais eficiente o problema, foi também feito o levantamento e tratamento de dados. A busca das produções científicas foi realizada durante os anos de 2013 a 2022 e abrangeu artigos de livre acesso escritos na língua portuguesa e publicados na íntegra. 

Foram excluídos trabalhos de conclusão de curso, artigos escritos em outro idioma diferente do português, duplicados, pagos ou sem relação com o tema proposto. As buscas das produções científicas ocorreram nas bases de dados google acadêmico e Scielo. A análise crítica dos artigos selecionados observou criteriosamente seus objetivos, métodos usados, resultados e discussões apresentadas, apresentando assim os resultados desta revisão. 

4. DESENVOLVIMENTO  

HIV: 

O vírus e a síndrome, desconhecidos, constituíram os elementos essenciais para a formação de representações sociais, sendo transformados em algo conhecido, HIV/AIDS, sendo possível de serem pensados e passíveis de ação. Desde então, emergiram diversas representações da síndrome e das pessoas por ela acometidas. Estas foram modificadas, influenciadas pelas mudanças epidemiológicas, pela organização social e pelo desenvolvimento científico (COURA, 2015). 

Com o avanço das pesquisas, descobriu-se a causa da AIDS, desenvolveram-se testes para detecção do vírus, mecanismos de prevenção, autoproteção profissional e medicamentos antirretrovirais. Mas ressalta-se que os sentimentos dos pacientes durante a descoberta da sua soropositividade ao HIV são de dor e sofrimento, tornando bastante difícil o atendimento a este cliente, tanto para ele quanto para o profissional, já que este diagnóstico está interligado aos sentimentos de morte, perda, abandono, preconceito, rejeição pelas outras pessoas, rompimento das relações e medo do desconhecido (HAGA, 2015). 

A transmissão sanguínea associada ao uso de drogas injetáveis é um meio muito eficaz de transmissão do HIV, devido ao uso compartilhado de seringas e agulhas. Essa via de transmissão adquire importância crescente em várias partes do mundo, como na Ásia, América Latina e no Caribe (MARQUES, MANSUR, 2016). 

A transmissão vertical, decorrente da exposição da criança durante a gestação, parto ou aleitamento materno, vem aumentando devido à maior transmissão heterossexual. Na África, são encontradas as maiores taxas desta forma de infecção pelo HIV, da ordem de 30 a 40%; entretanto, em outras partes do mundo, como na América do Norte e Europa, situam-se em torno de 15 a 29%. Os principais motivos dessa diferença devem-se ao fato de que, na África, a transmissão heterossexual é mais intensa, e que neste continente, o aleitamento materno é muito mais frequente do que nos países industrializados (COURA, 2015). 

A TV do HIV pode ocorrer em três períodos: intrauterino, no nascimento (intraparto) ou durante a amamentação (pós-parto). O HIV pode ser transmitido dentro do útero pelo transporte celular transplacentário, por meio de uma infecção progressiva dos trofoblastos da placenta até que o vírus atinja a circulação fetal, ou devido a rupturas na barreira placentária seguidas de micro transfusões da mãe para o feto. A transmissão durante o parto ocorre pelo contato do bebê com as secreções infectadas da mãe ao passar pelo canal vaginal, por meio de uma infecção ascendente da vagina para as membranas fetais e para o líquido amniótico ou por meio da absorção no aparelho digestivo do RN. No período após o parto, a principal forma de transmissão é a amamentação. Em crianças não amamentadas, a transmissão intraútero tardia e no período intraparto parecem ser os momentos de maior risco para TV. Cerca de 65% das infecções ocorrem no período Peri parto, e 95% ocorrem até 2 meses antes do nascimento (HAGA, 2015). 

Mesmo com identificação da divulgação dos cuidados e das formas de transmissão o HIV ainda se apresenta como uma das doenças infecciosas mais presentes nos países do mundo todo, principalmente devido as práticas das relações sexuais entre pessoas de 20 a 35 anos sem os cuidados preventivos necessários. Vale ressaltar que ocorreu também um crescimento na transmissão da doença por meio da utilização de sangue infectado, em alguns anos as pessoas que estavam com o vírus não tinham conhecimento do tratamento que poderia ser realizado como forma de minimizar os impactos da doença ou uma possível cura para os mesmos (MARQUES, MANSUR, 2016). 

O diagnóstico precoce também possibilita uma assistência adequada ao portador do vírus, controlando o desenvolvimento da AIDS. A institucionalização dessas ações permite a redução do impacto da epidemia na população, a promoção de saúde e a melhoria da qualidade do serviço prestado nas unidades de saúde (COURA, 2015).  

Permite também conhecer e aprofundar o perfil social e epidemiológico da comunidade de abrangência, dimensionar e mapear a população de maior vulnerabilidade e, com isso, reformular estratégias de prevenção e monitoramento. Há populações que são fortemente estigmatizadas e historicamente excluídas dos serviços, como, por exemplo, travestis, profissionais do sexo masculino e feminino, usuários de drogas, homossexuais, jovens em situação de rua. É importante a promoção e a ampliação do acesso dessas pessoas ao serviço, aos insumos de prevenção, ao diagnóstico com aconselhamento (MARQUES, MANSUR, 2016). 

Um grande passo concedido no que se refere a HIV consiste na criação de uma lei federal que visa promover o tratamento gratuito das pessoas com tal doença, observando principalmente que esse quadro clínico pode representar um grande risco para toda a sociedade e devido ao aumento significativo que a doença teve nos últimos anos. Com a aprovação da Lei 9.313 de 13 de Novembro de 1996, as pessoas uma vez que tenham comprovado o diagnóstico de doença HIV positivo, passam a ter o seu tratamento totalmente custeado pelo estado e podem realizar o mesmo em qualquer instituição médica (COURA, 2015). 

Segundo Haga (2015), a variabilidade genética total das espécies está representada pela contribuição da variabilidade intra-racial e inter-racial. Diante disso, verifica-se a importância de mensurar a variabilidade genética, visto que a conservação dos recursos genéticos está efetivamente relacionada com a manutenção da variabilidade inter-racial evitando a extinção das raças, assim como a manutenção da variabilidade genética intrarracial evitando a erosão genética (HAGA, 2015). 

Estudos comprovam que pessoas com determinadas doenças tendem a desenvolver uma limitação na variabilidade genética, sendo preciso muitas vezes a utilização de alguns recursos clínicos para que as doenças presentes nas mesmas sejam tratadas ou acompanhadas. Isso ocorre em pacientes com HIV, os mesmos ficam mais vulneráveis geneticamente, sendo necessária a inserção de alguns produtos médicos para estabilizar o quadro no qual os mesmos se encontram ou mesmo promover o combate a possíveis sintomas que sejam apresentados pelos pacientes ao longo dos anos (MARQUES, MANSUR, 2016). 

Observando todos os pontos apresentados pode-se concluir que algumas doenças infecciosas como a HIV podem vir aos poucos comprometer a variabilidade genética das pessoas, uma vez que seus sintomas são muito fortes e se não tratados a tempo tendem a limitar ainda mais o desenvolvimento hormonal e corporal do paciente. Dessa forma, as pessoas com alguma doença infecciosa precisam promover o seu tratamento o mais rápido possível, para que os efeitos genéticos possam ser minimizados ou mesmo acompanhados de uma maneira mais aprofundada (COURA, 2015).

5. TESTES MOLECULARES E SOROLÓGICOS NO DIAGNÓSTICO DO HIV: 

 O Ministério da Saúde estabeleceu procedimentos para a utilização de métodos diagnósticos de HIV em diferentes sequências, que podem ser testes que detectam antígenos e/ou anticorpos, destinados a atender diferentes situações clínicas a fim de tirar conclusões seguras no diagnóstico. Em relação ao sangue transfusões (ALEXANDER, 2016). 

Como a segurança das transfusões de sangue é sempre uma prioridade, os métodos de triagem do HIV continuam evoluindo. Além disso, a triagem clínica em bancos de sangue, além da triagem laboratorial, é determinada pelo Regulamento Abrangente nº 5, e os testes utilizados para triagem possuem 100% de sensibilidade e mais de 99% de especificidade (BOTTONE, BARLETT, 2017). 

A triagem do HIV no Centro de Hemoterapia e Hematologia do Estado do Pará (Fundação HEMOPA) é realizada por triagem molecular sérica, na qual a triagem sorológica é derivada de imunoensaios de quarta geração (quimioluminescência), que encurtam a janela diagnóstica (infecção e tempo entre a detecção de marcadores virais), que é afetado pela alta sensibilidade do teste (CDC, 2014).  

Ao contrário da triagem molecular, que é realizada com o auxílio do teste de ácido nucleico (NAT), ela detecta diretamente vírus de ácido nucleico para revelar a detecção precoce de novos doadores ou doadores soroconvertidos. Na Fundação HEMOPA, é utilizado o ensaio Abbott Architect HIV Ag/Ab, no qual é utilizada a quimioluminescência, um método diagnóstico altamente sensível. Deste modo, tanto os anticorpos anti-HIV-1/2 como o antigénio p24 do HIV podem ser detectados qualitativamente em amostras de soro ou plasma (COURA, 2015). 

A quantidade de antígeno e anticorpo presente na amostra será determinada usando unidades de luz relativa (RLU), que é proporcional. Os resultados do teste sorológico são representados pelo sinal quimioluminescente como a relação sinal/corte (S/CO) determinada pela calibração do ensaio ARCHITECT HIV Ag/Ab Combo. Dada a relação S/CO, a amostra pode ser interpretada como reagente e não reagente. Uma amostra foi considerada positiva quando sua relação S/CO foi superior a 1,2 (GAETTI-JARDIM, et al, 2013). 

A obtenção de amostras com relações S/CO entre 0,8 e 1,2 foi considerada indeterminada. No entanto, com base nas informações do fabricante, amostras de reagentes já positivas e indeterminadas podem ser consideradas. Para amostras não reativas, a relação S/CO deve ser inferior a 0,8 (GUARNER, 2017). 

O teste molecular NAT foi introduzido na Fundação HEMOPA em 2012, mas somente em 2013 tornou-se obrigatório para teste de banco de sangue por meio do Decreto nº 2.712 de 2013. Detecção NAT HIV/HCV/HBV Bio-Manguinhos é um método multiplex baseado em alta sensibilidade e especificidade para a detecção de ácido nucleico de fonte infecciosa através de uma plataforma de PCR em tempo real, na qual a infecção é detectada e o tempo de janela de diagnóstico é reduzido de 30 dias para 10 dias para 12 dias. (NAT-HIV) desempenha um papel importante na identificação da viremia, especialmente quando a viremia é detectada, desde o início da infecção, melhorando assim a segurança transfusional (HAGA, 2015). 

Embora seja um teste baseado na reação em cadeia da polimerase (PCR), os resultados são expressos apenas qualitativamente como detectáveis e indetectáveis. Em alguns casos, resultados inconsistentes podem ser observados onde amostras na bolsa de sangue levam a triagem sorológica como reativa ou inconclusiva no NAT, possivelmente resultando em HIV indetectável (MARQUES, MANSUR, 2016).  

Por esta razão, é aconselhável enviar amostras para testes de confirmação. Ainda assim, mesmo que o teste confirmatório tenha dado negativo, a bolsa de sangue da amostra foi descartada por apresentar resultado alterado. Além disso, os doadores em potencial ficarão temporariamente inaptos e podem ser intimados a repetir o teste em novas amostras para mudar isso (SCHUSTER, 2013). 

Os testes sorológicos e moleculares utilizados em bancos de sangue são importantes para a sociedade, pois visam identificar precocemente os indivíduos infectados e melhorar a segurança transfusional. Portanto, pode-se observar que o uso combinado desses testes na triagem contribui significativamente para a identificação da infecção em menor tempo (GUARNER, 2017). 

Vale ressaltar que, em cumprimento à legislação que regulamenta a segurança da transfusão de sangue, cabe ao banco de sangue a responsabilidade de esclarecer os desfechos alterados e levar à possibilidade de confirmação para manter a segurança das informações e auxiliar no acompanhamento dos doadores de sangue inadequados (HAGA, 2015).   

Para maximizar a confiabilidade da publicação do relatório, bem como minimizar a ocorrência de Resultados falsos negativos ou falsos positivos, Ministério da Saúde, pela Portaria nº 488 de 17 de junho Em 1998, a obrigação de estabelecer um procedimento ordenado para testes, Projetado para detectar anticorpos anti-HIV em indivíduos com mais de 2 (dois) anos de idade (HAGA, 2015). 

Ao chegar ao laboratório, o indivíduo obtém uma amostra de sangue mediante solicitação para teste de HIV definido. Após a coleta, a amostra é centrifugada para obtenção do soro ou plasma a ser utilizado em testes. As amostras de soro ou plasma devem primeiro ser submetidas à primeira etapa de montagem Uma sequência obrigatória prescrita pelos regulamentos, chamada de fase de triagem sorológica. Nesta etapa, a amostra deve ser testada 2 vezes diferentes ao mesmo tempo (GUARNER, 2017). 

Esses 2 testes, chamados Teste 1 e Teste 2, devem ter fundamentações metodológicas e/ou antígenos diferentes, e pelo menos um deles, Deve ser capaz de detectar anticorpos anti-HIV-1 e anti-HIV-2. Além disso, todos os conjuntos de diagnóstico O (kit) utilizado para a realização do teste deve ser registrado no Ministério da Saúde. Sempre que a primeira amostra for positiva para o teste IFI ou teste WB e a segunda amostra for teste de triagem negativo, é necessário considerar a possibilidade de troca ou contaminação amostra (HAGA, 2015). 

Deve-se notar que todos os conjuntos de diagnóstico têm características intrínsecas, ou seja, podem levar a resultados incorretos. Resultados falsos positivos podem ser devidos a problemas técnicos no procedimento de inspeção ou alterações biológicas que determinam a responsividade em um indivíduo, independente das condições estudadas (COURA, 2015). 

As razões de fontes técnicas, podemos citar: contaminação da ponta, reação de contaminação do soro vizinhos positivos fortes, troca de amostras, ciclos repetidos de congelamento e descongelamento amostras, pipetagem de baixa precisão, inativação de amostras a 56°c e transporte ou armazenamento uso indevido de amostras ou kits (COURA, 2015). 

Como possíveis razões para resultados falsos positivos, entre outras coisas, podemos citar semelhanças interações de antígenos entre microrganismos, doenças autoimunes, outras infecções virais, uso de drogas injeção, aquisição passiva de anticorpos anti-hIV. Devese notar que nem todos os casos falsos positivos têm uma causa clara ou podem ser evitados. Além disso, dependendo do método utilizado, esses motivos podem ou não variar (GUARNER, 2017). 

Em relação aos resultados falsos negativos, é importante mencionar que a sensibilidade do teste é um principal razão é que, dependendo da capacidade de detecção do kit, variabilidade na composição antigênica da janela imunológica ou painel de diagnóstico, entre razões técnicas, como fatores que levam a resultados falsos negativos, podemos citar: troca de amostras, uso de reagentes vencidos, uso de equipamentos pipetagem inadequada e incorreta e transporte ou armazenamento incorreto de amostras ou kits (HAGA, 2015). 

Por fim, é importante ressaltar que mesmo com o processamento adequado das amostras de sangue, e a execução técnica correta de todas as fases da reação sorológica no laboratório, é fundamental o processo de consulta antes e depois do exame é todo sério. Exame, devidamente interpretado por profissionais de saúde e pacientes, resultando em atitude de acordo com diagnóstico obtido a partir da avaliação clínica e laboratorial dos pacientes (GUARNER, 2017). 

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Como vimos, o processo de diagnosticar se um paciente é HIV positivo é complexo, várias etapas precisam ser tomadas para melhorar a confiabilidade do teste. Examinar atentamente todas as informações nos laudos obtidos, além de apontar a presença do vírus, caso a infecção seja confirmada, são essenciais para iniciar o tratamento adequado.  

É importante transmitir essa notícia aos pacientes com a mente bem tranquila, mostrando que enquanto não há cura, existem tratamentos para combater o vírus. Nesse momento, além de desmontar os principais mitos sobre a síndrome, é imprescindível orientar quais medidas devem ser tomadas para não contaminar outras pessoas.  

Esperamos que isso tenha ajudado a entender a sequência de procedimentos necessários para diagnosticar a presença do HIV. Lembre-se de nomear um laboratório confiável que respeite os padrões técnicos do governo para que você não tenha problemas com resultados errados. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

ALEXANDER, T. S. Human Immunodeficiency Virus Diagnostic Testing: 30 Years ofEvolution. Clin Vaccine Immunol, [S.l.], v. 23, n. 4, p. 249-53, abr. 2016. 

BOTTONE, P. D.; BARTLETT, A. H. Diagnosing Acute HIV Infection. Pediatr Ann, [S.l.], v. 46, n. 2, p. e47-e50, fev. 2017. 

CDC (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION). Laboratory testing for the diagnosis of HIV infection: updated recommendations [On-line]. Centers for Disease Control and Prevention, 27 jun. 2014.  

COURA, J. R. Doenças Infecciosas e Parasitárias. 4. ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 2015.  

DUTRA, Cláudia Daniele Tavares; LIBANATI, Rosana Maria Feio. Abordagem metabólica e nutricional da lipodistrofia em uso da terapia anti-retroviral. Rev. Nutrição, v. 21, n. 4, pp. 439-446, 2008. 

GAETTI-JARDIM JR, et al. (2013). Impacto do diagnóstico tardio da AIDS na sobrevida dos pacientes. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 2(4-Supp.2). 

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2018. 

GUARNER, J. Human immunodeficiency virus: Diagnostic approach. Semin Diagn Pathol, [S.l.], v. 34, n. 4, p. 318-324, jul. 2017. 

HAGA, S. C. H. Transmissão da AIDS e sua tipicidade no código penal brasileiro. 2015, 55 f. Monografia. Universidade de campinas, Campinas, 2015.  

MAHAN, L. Katthleen; STUMP, Sylvia Scott. Krause: Alimentos, nutrição e dietoterapia. 11 ed. São Paulo: Roca. Tradução de: Krauses’s food nutrition e diet therapy. th11. pp. 991-1006. 

MARQUES, A.; MANSUR, H. História Natural da Infecção pelo HIV. Cad. Saúde Pública, v. 34, n.5, p.5-14, 2016.  

SCHUSTER, A. D. Avaliação sorológica de HIV por técnicas de Elisa de quarta geração. Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção, v. 3, n. 4, p. 122-127, 4 out. 2013. 

SENA, Elisama Araújo de; FREITAS, Cláudia Helena Soares de Morais; PONTES, Aline Lima de Souza. O papel do nutricionista na Atenção aos Portadores do HIV/AIDS no Sistema Penitenciário Brasileiro: uma Revisão da Literatura. Rev. Brasileira de Ciências da Saúde, v.18, n. 2, pp. 169-178, 2014.


1Discente da Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo / SP, Brasil

2Docente da Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo/ SP, Brasil