COGNITIVE THERAPIES FOR AUTISTIC CHILDREN: CBT TECHNIQUES TO DEVELOP AUTONOMY AND SOCIAL SKILLS
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102412051851
José Aldo de Melo1
Aldenira Teixeira da Silva Torres2
Ademar Teixeira da Silva Júnior2
Ivana Bernadete Rodrigues de Souza Vale2
Iranilson Silva dos Santos2
João Vitor da Silva Lima2
Leila Silmara M. Nogueira2
Marta Bezerra Rodrigues2
Maria Lúcia de Medeiros2
Manoel de Oliveira Fernandes2
Maria Regineide de Lima Macedo Freitas2
Tarcisio Amaro do Nascimento2
Kalyana Cristina Fernandes. 3
RESUMO
Este artigo investiga a aplicação da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), com o objetivo de avaliar como as técnicas adaptadas podem promover o desenvolvimento de autonomia e habilidades sociais. Utilizando uma pesquisa bibliográfica, o estudo analisa a eficácia da TCC no tratamento de comportamentos repetitivos, dificuldades de socialização e regulação emocional, discutindo também as adaptações necessárias para atender às diferentes necessidades do espectro autista. A revisão da literatura aponta que a TCC, quando devidamente personalizada, apresenta resultados promissores, especialmente na melhora das interações sociais e na promoção da flexibilidade cognitiva. Contudo, as respostas variam de acordo com o nível de severidade do TEA, o que destaca a importância de adaptações individualizadas. Os resultados indicam que, embora a TCC seja uma abordagem eficaz, há uma carência de estudos comparativos entre os diferentes níveis do espectro, o que limita uma compreensão mais aprofundada sobre a sua aplicabilidade. O artigo conclui que, apesar dos avanços observados, novos estudos empíricos são necessários para validar plenamente as hipóteses levantadas e explorar o impacto a longo prazo das intervenções. A personalização das técnicas da TCC continua sendo um fator determinante para o sucesso no tratamento de crianças com TEA.
Palavras–Chave: Terapia Cognitivo-Comportamental; Transtorno do Espectro Autista; Habilidades sociais.
ABSTRACT
This article investigates the application of Cognitive-Behavioral Therapy (CBT) in children with Autism Spectrum Disorder (ASD), aiming to evaluate how adapted techniques can promote the development of autonomy and social skills. Using a bibliographic research approach, the study analyzes the effectiveness of CBT in treating repetitive behaviors, socialization difficulties, and emotional regulation, while also discussing the necessary adaptations to meet the varying needs within the autism spectrum. The literature review suggests that CBT, when appropriately tailored, shows promising results, especially in improving social interactions and fostering cognitive flexibility. However, responses vary according to the severity level of ASD, underscoring the importance of individualized adaptations. The findings indicate that, although CBT is an effective approach, there is a lack of comparative studies across different levels of the spectrum, limiting a more in-depth understanding of its applicability. The article concludes that despite the observed progress, further empirical studies are needed to fully validate the raised hypotheses and explore the long-term impact of the interventions. The customization of CBT techniques remains a crucial factor for success in treating children with ASD.
Key-words: Cognitive-Behavioral Therapy; Autism Spectrum Disorder; Social skills.
1INTRODUÇÃO
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) tem se destacado como uma intervenção eficaz no tratamento de crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A complexidade deste transtorno, que envolve desafios na comunicação, socialização e comportamentos repetitivos, exige abordagens terapêuticas que promovam o desenvolvimento de habilidades essenciais para a vida cotidiana dessas crianças. Nesse contexto, a TCC emerge como uma ferramenta valiosa para auxiliar o desenvolvimento da autonomia e das habilidades sociais, aspectos frequentemente comprometidos em indivíduos com TEA. Com uma intervenção precoce e adequada, as crianças podem melhorar sua capacidade de interação social, comunicação e adaptação a diferentes ambientes.
A presente pesquisa delimita-se ao seguinte problema de pesquisa: quais são os impactos das técnicas da TCC na promoção da autonomia e habilidades sociais em crianças com TEA? Essa questão busca investigar de que maneira as intervenções baseadas na TCC podem efetivamente melhorar a qualidade de vida dessas crianças, auxiliando-as a superar desafios relacionados ao espectro autista.
Diante do problema levantado, hipotetiza-se que a aplicação de técnicas da TCC, quando adaptadas às especificidades de cada criança com TEA, pode promover melhorias significativas na autonomia e nas habilidades sociais. Espera-se, ainda, que essas intervenções possibilitem uma melhor adaptação às mudanças de rotina e maior controle dos comportamentos desafiadores. Além disso, acredita-se que a TCC contribua para o desenvolvimento da capacidade de lidar com frustrações e regulação emocional.
O objetivo geral deste trabalho é avaliar a eficácia das técnicas da TCC em crianças com TEA, com foco na intervenção para comportamentos desafiadores, regulação emocional e habilidades sociais. Para alcançar esse propósito, os objetivos específicos são: (1) identificar as adaptações necessárias na aplicação da TCC em crianças com diferentes níveis de TEA; (2) analisar os resultados das intervenções em termos de redução de comportamentos repetitivos e aumento da autonomia; (3) comparar os efeitos da TCC em crianças com TEA leve, moderado e severo.
A relevância deste estudo reside na necessidade de se aprofundar nas estratégias terapêuticas que possam contribuir para o desenvolvimento de crianças autistas. A pesquisa visa fornecer dados que possam embasar intervenções clínicas mais eficazes, além de oferecer um olhar mais detalhado sobre como a TCC pode ser adaptada a diferentes perfis do TEA. Assim, o estudo poderá contribuir para a ampliação do conhecimento sobre as melhores práticas no tratamento de crianças com TEA, tanto no campo clínico quanto no educacional.
A metodologia utilizada nesta pesquisa baseia-se em uma revisão bibliográfica. Foram selecionadas obras que discutem a aplicação de técnicas cognitivo-comportamentais em crianças com TEA, com ênfase em estudos que tratam da adaptação dessas técnicas para necessidades específicas desse público. O procedimento metodológico incluiu a análise crítica de artigos científicos, livros e outros materiais acadêmicos que tratam do tema.
Este artigo está estruturado em cinco capítulos principais. O primeiro capítulo consiste na introdução, onde o tema é apresentado e o problema de pesquisa é delineado. No segundo capítulo, discute-se o referencial teórico, com base em autores que abordam a TCC e suas aplicações para crianças com TEA. O terceiro capítulo aborda a metodologia, onde são explicados os procedimentos adotados para a realização do estudo. O quarto capítulo traz os resultados e discussões, onde são apresentados os achados da pesquisa. Por fim, no quinto capítulo, apresentam-se as conclusões, destacando-se as contribuições do trabalho para o campo da psicologia e sugerindo-se caminhos para futuras pesquisas.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma abordagem amplamente utilizada no tratamento de diversos transtornos psicológicos, com ênfase na modificação de pensamentos e comportamentos desadaptativos. A sua aplicação no Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem ganhado crescente relevância ao longo dos anos, especialmente devido ao impacto positivo que pode ter na promoção de habilidades sociais e na autonomia de crianças com TEA. Judith Beck (2013, 2022) é uma das principais autoras sobre o tema, e suas obras fornecem um panorama detalhado sobre a teoria e a prática da TCC, consolidando-se como referência no campo. Beck destaca que a TCC visa modificar pensamentos disfuncionais por meio de técnicas estruturadas, adaptando-se a diferentes públicos, inclusive o infantil, o que a torna relevante para o tratamento do autismo.
Nos últimos anos, diversos estudos buscaram avaliar os efeitos da TCC em crianças com TEA. BRITO et al. (2021) destacam que a TCC tem se mostrado eficaz na melhoria das interações sociais e na redução de comportamentos repetitivos em crianças autistas. Esses autores apontam que, ao contrário de outras terapias que focam no desenvolvimento isolado de habilidades, a TCC promove uma abordagem holística, ajudando a criança a entender e regular suas emoções, além de desenvolver competências sociais fundamentais para a autonomia. A aplicação precoce da TCC pode resultar em ganhos significativos, especialmente quando adaptada às necessidades específicas das crianças com TEA.
Além disso, há uma vasta literatura que discute a necessidade de adaptar as técnicas da TCC para o público autista. Leahy (2019), em seu manual, fornece uma gama de estratégias terapêuticas que podem ser ajustadas para lidar com os desafios específicos do autismo, como a dificuldade em interpretar sinais sociais e o comportamento repetitivo. Ele sugere o uso de reforços positivos e modelagem como técnicas essenciais para estimular comportamentos adaptativos.
Da mesma forma, Moretti e Marcondes (2019) abordam a prática clínica em TCC, destacando que o uso de histórias sociais e a modelagem comportamental são particularmente eficazes para crianças com TEA, auxiliando na compreensão de situações sociais complexas e na gestão de emoções.
A revisão de Consolini, Lopes e Lopes (2019) sobre o uso da TCC no tratamento de crianças com TEA de alto funcionamento reafirma a eficácia dessas intervenções. Os autores destacam que a TCC pode ser especialmente útil na redução de comportamentos compulsivos e na melhoria da interação social em crianças com esse perfil.
O estudo sugere que, ao trabalhar com crianças de alto funcionamento, é importante adaptar as técnicas para focar na flexibilidade cognitiva, ajudando-as a lidar melhor com mudanças na rotina e a desenvolver estratégias mais eficazes de enfrentamento de frustrações.
Ainda no contexto educacional, Assis e Castro Alves (2021) discutem o papel do psicólogo escolar no desenvolvimento de crianças com TEA e a importância de intervenções baseadas na TCC para apoiar esse processo. Eles argumentam que a aplicação de estratégias de TCC no ambiente escolar pode melhorar não apenas o desempenho acadêmico dessas crianças, mas também sua interação com colegas e professores, contribuindo para um ambiente mais inclusivo e propício ao aprendizado. O psicólogo escolar tem o papel de adaptar essas intervenções, considerando as particularidades cognitivas e comportamentais de cada criança.
Gillihan (2021), em sua obra sobre TCC, explora as estratégias que podem ser utilizadas para ajudar crianças autistas a lidarem com a ansiedade, depressão e outros problemas emocionais comuns entre indivíduos com TEA.
A regulação emocional é um dos principais focos da TCC no contexto do autismo, sendo a ansiedade um dos maiores desafios enfrentados por essas crianças. Técnicas como o treino de habilidades sociais e o uso de reforço positivo podem auxiliar no controle da ansiedade, proporcionando uma maior estabilidade emocional e um ambiente mais seguro para o desenvolvimento social.
No que diz respeito ao desenvolvimento de habilidades sociais, Del Prette e Del Prette (2017) apresentam um trabalho fundamental sobre a psicologia das habilidades sociais na infância, que tem sido amplamente referenciado em estudos sobre a TCC no tratamento de TEA. Eles argumentam que a TCC pode ser uma estratégia eficaz para ensinar habilidades sociais, uma vez que trabalha diretamente com a modificação de pensamentos e comportamentos inadequados, estimulando o desenvolvimento de interações mais saudáveis e funcionais. Esse enfoque é essencial, pois crianças com TEA frequentemente encontram dificuldades nas interações interpessoais, o que pode prejudicar sua inclusão social.
De acordo com Teixeira (2016) existe uma contribuição significativa ao discutir o desenvolvimento de crianças e adolescentes com TEA em contextos escolares e sociais. Em seu “Manual do Autismo”, ele ressalta que a TCC tem sido uma das intervenções mais eficazes para melhorar a qualidade de vida de crianças com autismo, especialmente quando combinada com outras abordagens educacionais e terapêuticas.
A combinação de diferentes técnicas, como o uso de reforço positivo e histórias sociais, ajuda a maximizar os resultados, permitindo que as crianças desenvolvam maior autonomia e melhorem suas habilidades de comunicação e socialização.
Em relação a aplicação da TCC em crianças autistas a bibliografia estudada demonstra que essa abordagem terapêutica, quando adaptada às especificidades do TEA, pode promover avanços significativos no desenvolvimento da autonomia e das habilidades sociais. A literatura revisada corrobora a hipótese de que a TCC, aplicada de maneira precoce e personalizada, é uma ferramenta eficaz no tratamento de crianças com TEA, fornecendo subsídios teóricos e práticos para intervenções clínicas e educacionais de sucesso.
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) tem se consolidado ao longo das últimas décadas como uma abordagem eficaz para tratar diversas questões comportamentais e emocionais, incluindo o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Desde sua criação, a TCC passou por adaptações significativas, permitindo que suas técnicas fossem aplicadas em diferentes contextos, públicos e condições clínicas. Judith Beck, uma das pioneiras na sistematização dessa abordagem, em suas edições de 2013 e 2022, enfatiza que a flexibilidade da TCC a torna uma ferramenta versátil, particularmente eficaz no tratamento de crianças com TEA, quando adaptada corretamente às suas necessidades cognitivas e sensoriais.
A obra de Leahy (2019) reforça essa ideia ao apontar que uma das principais forças da TCC é sua capacidade de ensinar o paciente a identificar e modificar pensamentos e crenças disfuncionais. Para crianças autistas, que frequentemente apresentam rigidez de pensamento e dificuldade de adaptação às mudanças, essa abordagem pode ser transformadora. Através de técnicas como reestruturação cognitiva, essas crianças podem aprender a lidar de maneira mais adaptativa com situações de estresse e ansiedade, comuns em seu cotidiano.
Sarah Moretti e Maria Leticia Marcondes (2019), em sua obra sobre a prática clínica da TCC, ressaltam que a terapia cognitivo-comportamental para crianças autistas deve ser fortemente visual e concreta, levando em consideração as dificuldades de abstração e compreensão de linguagem figurativa que muitas crianças com TEA enfrentam. Essas autoras sugerem o uso de recursos visuais, como cartões de emoções e gráficos de comportamento, que ajudam a criança a entender e identificar suas próprias emoções, além de favorecer a interação social.
A revisão integrativa de Consolini, Lopes e Lopes (2019) sobre a aplicação da TCC em crianças autistas de alto funcionamento aponta que a terapia também pode ser eficaz na redução de comportamentos repetitivos, um dos principais sintomas do TEA.
Segundo os autores, ao se trabalhar com a flexibilidade cognitiva através de técnicas da TCC, essas crianças podem aprender a lidar melhor com a necessidade de rotina e previsibilidade, desenvolvendo maior tolerância a mudanças e imprevistos. Isso é crucial para que as crianças com autismo consigam interagir com mais segurança em ambientes escolares e sociais, onde a imprevisibilidade é muitas vezes inevitável.
No campo educacional, Teixeira (2013) também reconhece a relevância da TCC para o tratamento de crianças autistas em ambientes escolares. O autor sugere que a TCC pode ser utilizada como uma ferramenta para melhorar o comportamento e o desempenho acadêmico das crianças, através de estratégias que ajudem a gerenciar frustrações e a se adaptar a novas tarefas e rotinas. A aplicação de histórias sociais, por exemplo, é uma técnica amplamente utilizada na TCC para preparar a criança para situações que podem gerar ansiedade, como mudanças no horário escolar ou atividades de grupo.
A aplicação da TCC em contextos escolares é também enfatizada por Assis e Castro Alves (2021), que destacam o papel do psicólogo escolar no desenvolvimento de crianças com TEA. Esses autores argumentam que, ao adaptar as técnicas da TCC para o ambiente educacional, é possível criar um espaço mais inclusivo, onde as crianças autistas possam aprender e interagir com maior autonomia. O psicólogo escolar pode atuar como um mediador entre as demandas da escola e as necessidades da criança, utilizando estratégias cognitivo-comportamentais para minimizar os desafios encontrados no processo de aprendizagem e socialização.
Por fim, o trabalho de Ferreira Filho et al. (2023) propõe o uso de jogos de tabuleiro como uma ferramenta terapêutica dentro da TCC para crianças autistas. Eles destacam que essa abordagem lúdica pode ser um meio eficaz de ensinar habilidades sociais e promover a autonomia, uma vez que os jogos oferecem um contexto estruturado e previsível onde as crianças podem praticar comportamentos sociais apropriados. Além disso, os jogos permitem a repetição de comportamentos desejáveis, o que é crucial para a internalização de novas habilidades, especialmente para crianças com TEA.
Diante do exposto, pode-se notar que na literatura existente demonstra a eficácia da TCC como uma intervenção valiosa para o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais em crianças com TEA.
O uso de técnicas adaptadas, como reforço positivo, modelagem comportamental e histórias sociais, tem mostrado resultados promissores na promoção da autonomia e na melhoria das interações sociais dessas crianças. Ao longo dos últimos anos, os estudos têm avançado no sentido de entender como essas técnicas podem ser ajustadas às necessidades específicas de cada criança, o que reforça a importância da personalização do tratamento.
3 METODOLOGIA
A metodologia deste estudo baseou-se em uma abordagem qualitativa, com foco em uma revisão bibliográfica sobre a aplicação da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) no tratamento de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A pesquisa caracterizou-se como exploratória, buscando ampliar o entendimento sobre a eficácia das técnicas da TCC na promoção de autonomia e habilidades sociais nessas crianças. Segundo Gil (2002), esse tipo de pesquisa tem o propósito de fornecer maior familiaridade com o tema, sendo útil para a formulação de hipóteses e novas investigações. A partir desse conceito, o estudo buscou consolidar informações que pudessem fundamentar a prática clínica no contexto da TCC para o público infantil com TEA.
Para realizar a coleta de dados, os pesquisadores recorreram a bases de dados eletrônicas reconhecidas, como Scielo, Google Scholar, PubMed e BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), onde foram realizadas buscas com descritores específicos: Terapia Cognitivo-Comportamental, Transtorno do Espectro Autista, habilidades sociais, desenvolvimento de autonomia, intervenção precoce no autismo.
O processo de busca e seleção de publicações considerou apenas materiais publicados nos últimos dez anos, com exceção de autores clássicos da área, como Judith Beck (2013, 2022), cujas contribuições são fundamentais para o entendimento da base teórica da TCC.
A coleta de dados resultou em um conjunto robusto de referências, incluindo estudos empíricos e revisões teóricas que tratavam diretamente da aplicação da TCC em crianças autistas.
Os critérios de inclusão abrangeram artigos e livros que discutiam a aplicação de técnicas cognitivas em crianças com TEA, com foco nas intervenções destinadas ao desenvolvimento de habilidades sociais e autonomia. Publicações em português, inglês e espanhol foram aceitas, ampliando a abrangência da revisão.
Em contrapartida, excluíram-se publicações que tratavam de outras abordagens terapêuticas que não estivessem diretamente relacionadas à TCC, bem como materiais que não discutissem o impacto das técnicas no desenvolvimento infantil.
A análise dos dados coletados ocorreu por meio de uma leitura crítica e detalhada das obras selecionadas. Os textos foram organizados em categorias temáticas, de acordo com os principais enfoques abordados pelos autores, como a eficácia da TCC na redução de comportamentos repetitivos, sua contribuição para o controle emocional e a adaptação das técnicas para diferentes perfis de crianças com autismo.
A análise de conteúdo, conforme Bardin (2011), permitiu identificar padrões e tendências recorrentes nos estudos, destacando as técnicas mais eficazes da TCC, como reforço positivo, modelagem comportamental e o uso de histórias sociais para o desenvolvimento de habilidades sociais.
No decorrer da análise, os resultados dos estudos revisados foram comparados e sintetizados, com o objetivo de compreender como as intervenções com TCC impactam crianças de diferentes níveis do espectro autista. Isso possibilitou a identificação de adaptações necessárias, como o uso de apoio visual e a simplificação da linguagem, o que se mostrou essencial para garantir a efetividade das intervenções.
A revisão também revelou que o envolvimento dos pais e educadores no processo terapêutico é crucial para a consolidação dos resultados, pois a aplicação das técnicas da TCC precisa ser reforçada tanto no ambiente terapêutico quanto no cotidiano da criança.
Embora a revisão bibliográfica tenha fornecido uma base teórica sólida, o estudo apresentou algumas limitações. A dependência de dados secundários, provenientes de publicações pré-existentes, impediu a realização de análises empíricas próprias, limitando a possibilidade de observar diretamente os efeitos da TCC em crianças com TEA.
Além disso, observou-se uma carência de estudos comparativos que abordassem as diferenças de resposta às intervenções em crianças de níveis leves, moderados e severos do espectro autista. Esses aspectos apontaram para a necessidade de futuras pesquisas que explorem esses fatores em maior profundidade.
Os procedimentos metodológicos adotados envolveram a organização das publicações selecionadas e a realização de uma leitura exaustiva para extrair as informações mais relevantes. A análise resultou na síntese das principais abordagens terapêuticas encontradas na literatura, que foram sistematizadas de maneira a responder aos objetivos gerais e específicos do estudo.
A revisão bibliográfica proporcionou uma compreensão mais ampla e atualizada sobre o uso da TCC em crianças com TEA, corroborando com as hipóteses levantadas inicialmente e fornecendo subsídios teóricos importantes para futuras intervenções clínicas e educacionais.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
A presente pesquisa bibliográfica permitiu reunir e analisar uma série de estudos que tratam da aplicação da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), evidenciando os efeitos positivos dessa abordagem para o desenvolvimento de habilidades sociais e autonomia. De modo geral, os resultados apontaram que a TCC mostra-se eficaz na modificação de comportamentos disfuncionais, na redução de comportamentos repetitivos e no aprimoramento da interação social. Esses resultados corroboram com estudos anteriores, como os de Beck (2013, 2022) e Brito et al. (2021), que já haviam destacado os benefícios da intervenção precoce por meio de técnicas cognitivas.
Ao comparar os estudos, observou-se que, embora a TCC seja amplamente eficaz, a personalização das técnicas terapêuticas é essencial para maximizar os resultados em crianças com diferentes perfis do espectro autista. Brito et al. (2021), por exemplo, destacam que crianças com níveis mais leves do espectro tendem a responder melhor a intervenções que enfatizam o desenvolvimento de habilidades sociais, enquanto crianças com níveis mais severos necessitam de maior suporte para a regulação emocional e o controle de comportamentos desafiadores.
Esse achado reforça a necessidade de adaptações da TCC, considerando as particularidades individuais, como ressaltado por Consolini, Lopes e Lopes (2019), que enfatizam a importância da flexibilidade cognitiva e a adaptação de técnicas como modelagem e reforço positivo. Essas adaptações envolvem ajustes tanto na forma de apresentação das técnicas quanto nos métodos de reforço. O uso de recursos visuais e linguagem concreta, por exemplo, mostrou-se essencial para que crianças autistas compreendam melhor as situações e aprendam a gerenciar suas emoções (Moretti e Marcondes, 2019).
Além disso, Ferreira Filho et al. (2023) destacam que o uso de jogos de tabuleiro e outras abordagens lúdicas favorece a interação e promove o aprendizado de habilidades sociais de forma estruturada e previsível, elementos que são fundamentais para crianças com TEA. Assim, ao adaptar o ambiente terapêutico para atender às necessidades sensoriais e cognitivas de cada criança, a TCC torna-se mais eficaz no desenvolvimento de comportamentos socialmente apropriados.
Ao longo dos estudos analisados, verificou-se que a personalização das intervenções terapêuticas é um ponto crítico no sucesso da TCC em crianças com TEA. Como Gillihan (2021) apontou, crianças autistas têm diferentes sensibilidades sensoriais, dificuldades cognitivas e capacidades de resposta a intervenções, o que demanda abordagens individualizadas.
Essa adaptação, segundo Teixeira (2016), envolve não apenas ajustes no conteúdo terapêutico, mas também no ambiente de aplicação das técnicas. Utilizar apoio visual, estratégias lúdicas e uma abordagem que inclua a família e os educadores no processo são fatores fundamentais para potencializar os resultados.
A literatura revisada indicou que a dificuldade de adaptação a mudanças é um dos maiores desafios para crianças autistas, e a TCC, ao trabalhar a flexibilidade cognitiva, ajuda a minimizar esses impactos. Consolini, Lopes e Lopes (2019) sugerem que a flexibilidade cognitiva pode ser treinada por meio de exercícios repetitivos e previsíveis, permitindo que a criança aprenda a lidar com situações inesperadas de forma mais tranquila e controlada.
Outro aspecto relevante mencionado por Assis e Castro Alves (2021) refere-se à importância de adaptar as técnicas da TCC para o ambiente escolar, o que possibilita a criação de uma rede de suporte mais ampla e efetiva, envolvendo professores e pais no processo de desenvolvimento da criança. Em comparação com estudos anteriores, constatou-se que as técnicas da TCC, como a reestruturação cognitiva e o reforço positivo, continuam sendo amplamente eficazes no tratamento de TEA. Contudo, a obra de Beck (2013, 2022) destaca a necessidade de se adaptar essas técnicas às necessidades específicas de cada criança.
As autoras ressaltam que, embora as crianças com TEA possam inicialmente apresentar maior resistência a mudanças de comportamento, com a adaptação correta das técnicas, os resultados tendem a ser duradouros e impactantes no longo prazo. Da mesma forma, Gillihan (2021) sublinha que a regulação emocional pode ser aprimorada com técnicas baseadas em TCC, como o treino de habilidades sociais e o uso de estratégias de enfrentamento, especialmente para lidar com frustrações e mudanças de rotina.
Esses achados estão em consonância com Ferreira Filho et al. (2023), que enfatizam o impacto positivo das técnicas da TCC na promoção da autonomia das crianças autistas. Por meio da repetição de comportamentos desejáveis e do reforço positivo em ambientes lúdicos e estruturados, como jogos de tabuleiro, as crianças demonstram um avanço significativo na internalização de habilidades sociais. Isso permite que elas transfiram esses aprendizados para outros ambientes, como o escolar e o doméstico.
Os resultados desta pesquisa bibliográfica sugerem implicações importantes para a prática clínica. Primeiramente, torna-se evidente que a aplicação da TCC em crianças com TEA deve ser altamente personalizada, levando em consideração as diferenças individuais no nível do espectro e nas características cognitivas e sensoriais.
A intervenção precoce, conforme Brito et al. (2021), mostrou-se crucial para maximizar os benefícios da terapia, já que as crianças têm maior plasticidade cerebral e capacidade de absorver novos padrões comportamentais quando submetidas à TCC em fases iniciais do desenvolvimento.
Outro ponto a ser destacado refere-se à necessidade de envolver a família e a escola no processo terapêutico. Conforme apontado por Assis e Castro Alves (2021), a colaboração entre o terapeuta, os pais e os educadores amplia a eficácia das intervenções, pois facilita a generalização dos comportamentos aprendidos em ambientes controlados para contextos sociais mais amplos. Essa interação entre os diferentes atores do processo terapêutico é essencial para garantir que a criança autista consiga aplicar as habilidades sociais e emocionais em situações cotidianas.
Embora os resultados desta revisão bibliográfica tenham trazido contribuições valiosas, recomenda-se que futuros estudos empíricos sejam realizados para investigar a aplicação das técnicas da TCC em diferentes níveis do espectro autista. É necessário que mais estudos comparativos explorem as respostas de crianças com TEA leve, moderado e severo às técnicas da TCC, considerando as particularidades cognitivas e comportamentais de cada grupo.
Além disso, seria relevante investigar o impacto de intervenções prolongadas, a fim de verificar se os resultados se mantêm a longo prazo e quais fatores podem influenciar a eficácia da terapia ao longo do tempo.
Outro campo promissor para novos estudos envolve a análise do papel dos jogos e outras abordagens lúdicas dentro da TCC. A obra de Ferreira Filho et al. (2023) já demonstrou a eficácia dos jogos de tabuleiro para o desenvolvimento de habilidades sociais, mas mais pesquisas são necessárias para validar essas descobertas em diferentes contextos e faixas etárias. Investigando esses aspectos, será possível ampliar ainda mais as práticas clínicas e adaptar as intervenções para atender às necessidades individuais das crianças autistas, promovendo, assim, maior inclusão social e desenvolvimento pessoal.
Além das adaptações necessárias para a prática clínica, é importante destacar o papel do terapeuta como facilitador da aprendizagem e do desenvolvimento da criança autista. O terapeuta deve ser sensível às necessidades emocionais e comportamentais do paciente, ajustando a intensidade e a complexidade das intervenções conforme o progresso da criança.
Gillihan (2021) destaca que a relação terapêutica é um elemento essencial para o sucesso da TCC, uma vez que a confiança e a segurança no ambiente terapêutico influenciam diretamente a disposição da criança em participar das sessões e assimilar os novos comportamentos. Portanto, o vínculo estabelecido entre terapeuta e paciente deve ser construído com cuidado, respeitando as limitações de comunicação e interação características do TEA.
Além disso, os estudos revisados indicam que a TCC, quando aplicada de forma contínua e consistente, pode gerar mudanças duradouras no comportamento da criança. Beck (2022) argumenta que, apesar dos desafios iniciais, as crianças autistas tendem a responder bem a intervenções que são mantidas ao longo do tempo, com reforços constantes dos comportamentos adaptativos.
A continuidade da terapia permite que as habilidades sociais e emocionais sejam gradualmente internalizadas, facilitando sua aplicação em diferentes contextos. No entanto, é necessário que os terapeutas e familiares estejam preparados para ajustes constantes na abordagem, garantindo que as estratégias sejam flexíveis o suficiente para acompanhar o desenvolvimento individual de cada criança.
Outro ponto relevante é a necessidade de combinar a TCC com outras intervenções e suportes para maximizar os resultados. Conforme ressaltado por Teixeira (2016), a terapia cognitivo-comportamental pode ser complementada por outras abordagens terapêuticas e educacionais, como o uso de programas de educação especial e terapias ocupacionais, que também ajudam no desenvolvimento da autonomia e das habilidades motoras e sensoriais das crianças com TEA. A integração de múltiplas abordagens cria uma rede de suporte mais abrangente, permitindo que a criança tenha acesso a um tratamento holístico, que considera suas diferentes necessidades.
A literatura também sugere a importância da avaliação contínua do progresso da criança ao longo da terapia. Como destacado por Ferreira Filho et al. (2023), o uso de instrumentos de avaliação qualitativa e quantitativa, como relatórios de pais e educadores, além de observações diretas, é fundamental para monitorar as mudanças comportamentais e sociais. A partir desses dados, o terapeuta pode ajustar as técnicas da TCC, garantindo que as intervenções continuem a ser eficazes e adequadas às necessidades em evolução da criança.
O presente capítulo demonstrou que a TCC, quando adequadamente adaptada às necessidades das crianças com TEA, apresenta-se como uma ferramenta eficaz para o desenvolvimento de autonomia e habilidades sociais.
A comparação entre os estudos analisados evidenciou que, embora a TCC seja uma abordagem amplamente válida, sua eficácia depende diretamente da personalização das técnicas e da inclusão da família e educadores no processo terapêutico.
CONSIDERAÇÕES FINAIS/CONCLUSÕES
Este estudo teve como objetivo avaliar a eficácia das técnicas da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) aplicadas a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), com foco na promoção de autonomia e no desenvolvimento de habilidades sociais. Desde o início, a pesquisa levantou a hipótese de que, ao serem adaptadas às necessidades específicas das crianças autistas, as técnicas da TCC seriam eficazes na melhoria de suas interações sociais, na redução de comportamentos repetitivos e na regulação emocional.
Com base na revisão bibliográfica realizada, os resultados obtidos parcialmente confirmaram essa hipótese, evidenciando a eficácia da TCC em vários aspectos do tratamento do TEA, mas também sugeriram que algumas questões permanecem em aberto, demandando mais investigações.
Os principais resultados deste trabalho revelaram que a TCC, quando aplicada com as devidas adaptações, pode promover avanços significativos no comportamento das crianças com TEA. Estudos como os de Beck (2013, 2022) e Brito et al. (2021) reforçam essa eficácia, especialmente quando as técnicas terapêuticas são personalizadas de acordo com o nível do espectro autista e as particularidades cognitivas de cada criança.
Entre as principais contribuições da TCC, destacam-se o desenvolvimento da flexibilidade cognitiva, o fortalecimento da autonomia e a melhora das habilidades de socialização. No entanto, também ficou claro que esses resultados variam conforme o grau de severidade do TEA e a qualidade do suporte oferecido pelos pais e educadores.
Apesar dos resultados positivos, algumas hipóteses levantadas no início do estudo não puderam ser totalmente verificadas, especialmente no que diz respeito às diferenças de resposta entre crianças de diferentes níveis do espectro autista.
Embora a literatura revisada tenha abordado amplamente os efeitos da TCC em crianças com TEA, há uma carência de estudos empíricos que comparem os resultados da terapia entre crianças com níveis leves, moderados e severos do espectro. Assim, essa questão permanece em aberto, indicando a necessidade de futuros estudos que explorem com maior profundidade essas variações de resposta, tanto a curto quanto a longo prazo.
Diante dessas limitações, recomenda-se que novas pesquisas empíricas sejam conduzidas para avaliar a aplicação da TCC em diferentes níveis do espectro autista, com foco nas adaptações necessárias para cada grupo.
A realização de estudos longitudinais também pode ser importante para verificar se os resultados obtidos com a TCC se mantêm ao longo do tempo e se há fatores que influenciam a manutenção desses resultados.
Além disso, seria interessante que futuras investigações analisassem o impacto de combinações terapêuticas, envolvendo a TCC e outras abordagens, como a terapia ocupacional e programas de educação especial, no desenvolvimento de crianças com TEA.
Em termos de autocrítica, este estudo reconhece que, por se tratar de uma revisão bibliográfica, limita-se à análise de dados secundários, o que impede a observação direta dos efeitos das intervenções em campo.
Embora a literatura consultada tenha fornecido uma base teórica sólida, a ausência de dados empíricos específicos sobre o grupo-alvo deste estudo (crianças com diferentes níveis de TEA) reduziu a possibilidade de uma avaliação mais detalhada e comparativa dos resultados.
Portanto, a pesquisa sugere que futuras investigações também considerem a coleta de dados em campo, de modo a validar as hipóteses aqui levantadas e aprofundar a análise sobre as adaptações necessárias da TCC para diferentes perfis de crianças autistas.
Por fim, este estudo conclui que a TCC, quando utilizada de forma adaptada e personalizada, tem grande potencial no desenvolvimento da autonomia e das habilidades sociais em crianças com TEA.
No entanto, como algumas hipóteses levantadas ainda não foram plenamente respondidas, as considerações finais indicam que a pesquisa sobre a TCC aplicada ao TEA ainda está em evolução, e a continuidade de estudos é essencial para aprimorar a prática clínica e promover a inclusão social e o bem-estar das crianças autistas.
REFERÊNCIAS
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[1] Graduado em Psicologia, pela UNIcatolica do Rio Grande do Norte. E-mail: melojaldo@gmail.com.
3 Doutora em Psicologia pela Universidade de Fortaleza. Graduada em Psicologia pela Universidade Estadual da Paraíba. Email: kalyanafernandes@hotmail.com